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3.

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE

O ensaio de estanqueidade tem adquirido uma importância cada vez maior ao longo do tempo, visto que
as especificações de estanqueidade para produtos fabricados pela indústria estão se tornando cada vez
mais severas. Esta tendência se deve não somente a motivos econômicos ou ecológicos, como também ao
fato dos fabricantes estarem implantando em suas instalações fabris sistemas de garantia da qualidade,
oferecendo uma garantia maior para seus produtos.

3.1. Finalidade

O ensaio de estanqueidade é utilizado para verificar se um produto apresenta algum tipo de vazamento.

3.2. Aplicação

Este ensaio pode ser aplicado nos mais variados produtos: latas, lâmpadas, instalações prediais (tubulações
de água, gás e esgoto), recipientes metálicos ou de plástico contendo diversos tipos de fluidos gasosos ou
líquidos, vasos de pressão, caldeiras, botijões, componentes eletroeletrônicos, válvulas, tanques, reatores,
grandes redes hidráulicas e sistemas de gás combustível.

Cabe ressaltar que os sistemas que transportam fluídos combustíveis requerem cuidados especiais uma
vez que a existência de vazamento pode ocasionar acidentes de grandes proporções como intoxicação,
explosões, incêndios e outros.

3.3. Condições para realização do ensaio

Um objeto só pode ser ensaiado quando a região a ser inspecionada (seja a superfície, a parede ou o
recipiente) estiver sujeita a uma diferença de pressão e, para que se possa evidenciar o vazamento, caso
exista, deve haver transporte de matéria através de uma descontinuidade que possa ser detectada ou
quantificada através de um método de inspeção adequado.

3.4. Classificação dos métodos de estanqueidade

Os métodos de ensaio de estanqueidade podem ser classificados em dois grupos, de acordo com as direções
de escoamento do fluido em um vazamento. A figura a seguir mostra os métodos de ensaio de sobrepressão
(esquerda) e de vácuo (direita).

Patm Patm
P P

P>Patm P<Patm

SOBREPRESSÃO: VÁCUO:
Pressão interna maior que pressão externa Pressão externa maior que pressão interna

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• Pressão interna maior que pressão externa: se a pressão interna de um objeto a ser ensaiado for maior
que a pressão externa, então a pressão em seu interior fará com que o fluido (gás ou líquido) que ele
contém escape para fora através de uma descontinuidade que porventura possa existir.

• Pressão externa maior que pressão interna: neste caso, o fluido que se encontra no lado de fora do
objeto de ensaio irá penetrar nele através de uma descontinuidade até que as pressões externa e interna
se igualem.

3.5. Estanqueidade e Taxa de vazamento

De acordo com o dicionário Aurélio, ESTANQUE significa “sem fenda ou abertura por onde entre ou saia
líquido”. Em uma única palavra, a definição para estanque é ISOLADO.

A TAXA DE VAZAMENTO é a quantidade de massa que atravessa a descontinuidade em um determinado


intervalo de tempo e em condições estabelecidas.

A TAXA DE VAZAMENTO MÁXIMA ADMISSÍVEL - TVMA é o critério de aceitação estabelecido para o ensaio
de estanqueidade. A mesma deve ser acompanhada de outras duas informações fundamentais, relativas
às condições de ensaio:

• Tipo de fluido (meio de ensaio especificado):

- Um poro muito pequeno permite a passagem de um determinado líquido somente se o seu diâmetro
for maior que o diâmetro da molécula do líquido. Se o seu diâmetro for menor, então este poro será
bloqueado pelo líquido. Uma pequena descontinuidade pode não permitir a passagem de líquido,
porém pode deixar passar por ela uma quantidade enorme de gás.

• Diferença de pressão:

- Quanto maior a diferença entre a pressão interna e a pressão externa do recipiente a ser testado,
maior a quantidade de fluido que escapará e, consequentemente, a taxa de vazamento medida
também será maior.

Sem essas duas informações, a taxa de vazamento máxima admissível não tem significado algum.

Outra definição importante é a do termo TECNICAMENTE ESTANQUE. Segundo a norma TRB 600, um objeto
é considerado “estanque” quando a sua taxa de vazamento é menor que a Taxa de Vazamento Máxima
Admissível - TVMA.

Desta forma, nem sempre é necessário que o objeto seja 100% estanque, pois o simples fato de uma
substância passar por uma descontinuidade de um recipiente, não significa que este recipiente não esteja
em condições de ser utilizado pelo usuário. A adequação para uma dada finalidade dependerá,
naturalmente, a que o recipiente se destina.

Além disso, é preciso saber como proceder quando a taxa de vazamento do objeto de ensaio medida for
maior que a taxa de vazamento máxima admissível, isto é, se é ou não preciso localizar o vazamento e,
caso isso seja necessário, como realizar a localização.

Quando é economicamente vantajoso ou existe o perigo de contaminar o meio ambiente, é sempre


necessário reparar o local por onde ocorre o vazamento. Com esse objetivo, faz-se um ENSAIO DE
ESTANQUEIDADE LOCAL ou, como normalmente se diz, localiza-se o vazamento.

Se não for necessário reparar o objeto de ensaio, o que normalmente ocorre quando se inspeciona objetos
baratos fabricados em série, como lâmpadas incandescentes, pequenos recipientes, latas, etc., então o
objetivo da inspeção é somente saber qual é a taxa de vazamento do objeto de ensaio. Neste caso, faz-se
um ensaio de estanqueidade adequado para o tipo de inspeção desejada, sendo este ensaio conhecido
também como ENSAIO DE ESTANQUEIDADE INTEGRAL. No ensaio de estanqueidade integral é medido o
somatório das taxas de vazamento do objeto de ensaio.

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A figura a seguir mostra a representação esquemática do ensaio de estanqueidade local e integral, onde:

1 - Objeto de ensaio;

2 - Detector de vazamento;

3 - Garrafa contendo gás Hélio;

4 - Pistola de gás;

5 - Envoltório.

1 1

He He
3 3
He He

2 2

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE LOCAL: ENSAIO DE ESTANQUEIDADE INTEGRAL:


Identifica o vazamento e o ponto de vazamento Identifica o vazamento, mas não o local do vazamento

3.6. Parâmetros que determinam a escolha do método de ensaio

Para a escolha do método de ensaio mais adequado é necessário conhecer uma série de informações, tais
como:

• Qual a diferença de pressão que será empregada na inspeção;

• Se o objeto de ensaio pode ser pressurizado ou evacuado;

• Qual será o meio de ensaio (gás ou líquido);

• Se o objeto de ensaio é resistente ao meio de ensaio;

• Qual é a taxa de vazamento máxima admissível (com qual meio de ensaio, com que diferença de pressão
e, se for o caso, a que temperatura ela deverá ser determinada);

• Se o ensaio a ser realizado é local ou integral.

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3.7. Métodos de ensaio

Existem diversos métodos simples de


localização de vazamentos que são bastante
conhecidos e que não necessitam do emprego
de equipamentos ou instrumentos auxiliares,
isto é, são feitos simplesmente utilizando-se os
sentidos humanos. A figura ao lado apresenta
alguns exemplos.

O desenvolvimento tecnológico, entretanto, fez com que os métodos de inspeção mencionados acima não
ficassem restritos somente ao emprego dos sentidos humanos.

A utilização de equipamentos complexos e específicos permitiu ampliar bastante a faixa de medição e


melhorar muito a precisão destes métodos de ensaio. Desta maneira, os primeiros métodos de localização
de vazamento e de ensaio de estanqueidade se transformaram em métodos de ensaio altamente
sofisticados e precisos, tais como:

• Método de detecção por fluxo de massa;

• Método do gás rastreador (por exemplo, ensaio com hélio);

• Método de detecção de vazamento por ultrassom;

• Método da variação de pressão (detecção por queda de pressão simples e por pressão diferencial);

• Método da bolha;

• Método de detecção por variação do volume de líquido.

3.7.1. Método de detecção por fluxo de massa

A detecção por fluxo de massa utiliza sensores de vazão mássicos de grande sensibilidade, capazes de
detectar pequenos fluxos (normalmente de ar) da ordem de 0,2cm3/min. Como eles medem diretamente
o fluxo de ar, causado pelas perdas por vazamento, permitem um teste bem mais rápido se comparado
com os testes por queda de pressão.

3.7.2. Método do gás rastreador (por exemplo, ensaio com hélio)

A detecção com uso de gás hélio aplica-se a situações de alta sensibilidade, aproveitando-se do tamanho
da molécula de hélio, que por ser pequena, “vaza” mais facilmente. Existem diferentes métodos de detecção
que vão desde a queda de pressão simples à detecção de átomos de hélio.

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O princípio do ensaio de estanqueidade empregando hélio como gás rastreador encontra-se apresentado
esquematicamente na figura a seguir.

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Onde:

1 - Objeto de ensaio; 1
2 - Garrafa de hélio;

3 - Pistola de hélio;

4 - Detector de vazamento de hélio com espectrômetro


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de massa e bomba de vácuo.
4

Esquema do método de ensaio de


estanqueidade com hélio

Os métodos de ensaio com hélio são divididos em dois grupos básicos:

• Métodos com sobrepressão (sonda aspiradora);

• Métodos com vácuo.

Os métodos de ensaio com sobrepressão (objeto de ensaio com pressão maior que a atmosférica) ou com
vácuo também são classificados como sendo integral ou local.

A seguir é apresentado, esquematicamente, os diferentes métodos de ensaio de estanqueidade com hélio.

P P

He
He

Objeto ensaiado pressurizado Objeto ensaiado pressurizado


com gás de ensaio e uso de com gás de ensaio e uso de
sonda aspiradora (ensaio local) envoltório (ensaio integral)

5
He He

Objeto de ensaio com vácuo e Objeto de ensaio com vácuo


uso de pistola de gás de ensaio dentro de um recipiente com
(ensaio local) gás de ensaio (ensaio integral)

He

Ensaio Bombing
(ensaio integral)

Quando se tem que inspecionar um objeto que não pode ser evacuado, então o ensaio é feito com o objeto
com uma pressão maior que a atmosférica. Para a realização deste tipo de ensaio, existem no mercado
equipamentos de aspiração especiais, denominados sondas aspiradoras, que foram projetados para serem
conectados ao detector de vazamento de hélio.

A sonda aspiradora captura o gás presente em um determinado local e o conduz até o espectrômetro de
massa do detector de vazamento de hélio, onde o seu teor de gás de ensaio é analisado.

O ensaio bombing foi especialmente desenvolvido para medir a taxa de vazamento de objeto
hermeticamente fechado. Antes da medida da taxa de vazamento, o objeto de ensaio é introduzido em
uma câmara, que, a seguir, é pressurizada com gás de ensaio.

Se o objeto de ensaio tiver uma descontinuidade, então o gás de ensaio passará por ela e atingirá o seu
interior. Após isso, o objeto de ensaio é colocado em uma câmara de vácuo, que se encontra conectada
com um detector de vazamento de hélio.

O gás de ensaio que se encontra no interior do objeto de ensaio, então, escapará pela descontinuidade, e
irá para o detector de vazamento de hélio. Esta é uma variante do método de ensaio integral com vácuo
(ensaio bombing).

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3.7.3. Método de detecção de vazamento por ultrassom

O método de detecção de vazamento por ultrassom utiliza a detecção de ultrassom presente em qualquer
vazamento de gás por orifícios pequenos. Ao escapar por um pequeno orifício, o átomo gera ondas de som
em frequências altas, na faixa do ultrassom. Utilizando transdutores para alta frequência, a presença do
ultrassom pode ser detectada e o vazamento confirmado. A dificuldade deste método é quantificar o
vazamento. É um método que se aplica a produtos de grande volume interno (tanques de combustível de
postos, por exemplo).

Propagação do som em um vazamento Localização do vazamento com ultrassom

Um vazamento pode ser localizado com ultrassom de duas maneiras: empregando ou uma sonda normal
que captura a onda ultrassônica no ar ou uma sonda de contato. Se a inspeção for realizada com a sonda
normal, então é possível localizar um vazamento a uma distância maior que até 10 metros. No caso da
localização de vazamento com a sonda de contato, porém, há necessidade de encostá-la na superfície do
objeto que está sendo inspecionado, de maneira que a sonda possa conduzir as vibrações acústicas do
objeto de ensaio ao detector de ultrassom. A figura abaixo ilustra a condução das vibrações sonoras
provenientes da superfície do objeto de ensaio para o detector de ultrassom.

Localização de vazamento em uma válvula com uma sonda especial

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3.7.4. Método da variação de pressão

São conhecidos essencialmente dois métodos da variação da pressão: sistemas absolutos e sistemas
diferenciais. Os dois sistemas realizam um ciclo de teste com base em três fases fundamentais: (1)
enchimento por pressurização da cavidade em teste, (2) acomodação para estabilizar o volume de ar
introduzido e (3) teste, com o qual é analisado o andamento da pressão com a finalidade de medir uma
queda eventual em um intervalo de tempo.

Detecção por queda de pressão simples

O sistema absoluto (pressão absoluta), representado na figura abaixo, é o método teórico mais imediato,
econômico e evidente para realizar essa medição.

Método: Aplica-se pressão/vácuo na peça em teste. A


variação da pressão devido a vazamentos é medida e
avaliada.

Vantagens:

• Método simples, rápido e econômico;


• Número reduzido de ferramentas;
• Menor necessidade de pessoal de operação e manutenção;
• Função de medição automatizada;
• Avaliação independente do operador.

Desvantagens:

• Mudanças térmicas e elásticas da peça podem afetar no resultado dos testes.

Detecção por pressão diferencial

O sistema diferencial, representado na figura abaixo é empregado atualmente para casos nos quais é
necessário ter a mesma sensibilidade com pressões muito diferentes entre si, ou quando são realizados
testes com alta pressão (>20 Bar).

Método: Aplica-se pressão/vácuo na peça em teste. A


mudança de pressão devido a vazamentos na peça é
detectada por um sensor que compara com uma referência
interna.

Vantagens:

• Boa resolução na medição, mesmo sobre alta pressão;


• A referência interna é uma vantagem pois compensa a elasticidade das peças;

Desvantagens:

• Maior complexidade dos componentes pneumáticos;


• Tempos de teste mais prolongados;
• Custo superior da instrumentação;
• Não é adequado para grandes vazamentos ou teste de ruptura.

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3.7.5. Método de ensaio da bolha

A detecção de vazamento e, eventualmente, o ensaio de estanqueidade realizados com o método da bolha


consistem, basicamente, em tornar visível o desprendimento de bolhas em uma descontinuidade do objeto
de ensaio, de maneira que o local do vazamento possa ser identificado e a taxa de vazamento determinada.
A diferença de pressão empregada no ensaio com o método da bolha é feita de tal maneira que a pressão
no interior do objeto de ensaio seja maior que a pressão externa. A superfície externa do objeto de ensaio
é molhada, seja por imersão em um banho líquido ou através de borrifagem e, caso exista uma
descontinuidade através da qual escape uma quantidade significativa de gás ou vapor, então haverá a
formação de bolhas, que, dependendo do tamanho que apresentam e da frequência com que se formam,
permitem determinar o tamanho da descontinuidade.

Existem diversas maneiras de fazer ensaio de estanqueidade ou detectar vazamento com o método da
bolha. A pressurização do objeto de ensaio pode ser realizada tanto com gás (ar ou nitrogênio) como com
líquido. Nos itens a seguir serão apresentadas as diferentes técnicas de ensaio existentes, bem como
descritos os princípios de cada uma delas.

Técnica da bolha por imersão

O método da bolha por imersão consiste em insuflar gás (ar ou


nitrogênio) em um objeto de ensaio e observar, imediatamente
após o mesmo ter sido imerso em um recipiente contendo água,
a formação e o desprendimento de bolhas. A sensibilidade deste
método de ensaio pode ser aumentada se as paredes do
recipiente que contém água forem transparentes e se for feito
vácuo acima da superfície do nível da água. As bolhas de gás
que se desprendem do objeto de ensaio aumentam de tamanho,
devido à baixa pressão reinante dentro do recipiente que contém
água, o que permite que sejam detectadas com maior facilidade.

Determinação da taxa de vazamento


pelo método da bolha por imersão.

Em vez de se empregar água, o ensaio pode ser conduzido utilizando-se outro tipo de líquido, de preferência
um que possua baixa densidade, como, por exemplo, álcool.

É possível medir a taxa de vazamento de uma maneira muito simples: através da imersão de uma proveta
graduada pouco acima do local onde ocorre o vazamento, pode-se capturar todas as bolhas que escapam
da descontinuidade. O gás que se acumula no interior da proveta desloca para baixo o líquido que se
encontra dentro dela. O deslocamento do líquido pode ser lido na graduação da proveta e, com base no
tempo de observação e na quantidade de gás recolhido, calcula-se a taxa de vazamento.

Técnica da bolha com solução formadora de espuma

A inspeção com a técnica da bolha com solução formadora de


espuma é realizada de maneira semelhante ao método bolha por
imersão. Segundo este método, a pressão no interior do objeto
de ensaio também é maior que a pressão externa, porém o local
suspeito de apresentar vazamento é molhado com uma solução
formadora de espuma de pequena tensão superficial. No local
onde se encontra uma descontinuidade através da qual escapa
gás ocorre a formação de espuma, cuja quantidade depende,
dentre outras coisas, do tamanho da descontinuidade.

Método da bolha com solução


formadora de espuma

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Técnica da bolha com câmara de vácuo

O método da bolha com câmara de vácuo constitui, na realidade, uma variante do método da bolha com
solução formadora de espuma supramencionado.

Quando se emprega a câmara de vácuo, cuja tampa é feita de um material transparente, em vez do objeto
de ensaio ser submetido a uma pressão maior que a atmosférica, o volume definido pela câmara de vácuo
sobre um determinado trecho do objeto de ensaio é evacuado, com o auxílio de uma pequena bomba. A
pressão não deve ser menor que 200mbar, visto que a solução formadora de bolha começa a desgaseificar,
formando bolhas e dando a impressão da existência de um vazamento que na realidade não existe. Antes
de se posicionar a câmara de vácuo sobre um determinado trecho do objeto de ensaio, o local a ser ensaiado
é molhado com uma solução formadora de espuma. No local onde existe uma descontinuidade, forma-se,
sobre o filme de solução formadora de espuma, uma espécie de cogumelo de espuma, cujo tamanho
depende da taxa de vazamento.

Método de bolha com câmara de vácuo

As figuras acima ilustram a inspeção em juntas soldadas de topo e de filete realizada com o método da
bolha com câmara de vácuo. A vantagem da utilização desta técnica na inspeção de tanques ou vasos de
pressão é que o objeto de ensaio não precisa ser pressurizado e, também, que basta ele permitir o acesso
ao local de ensaio por um lado somente.

O método da bolha com câmara de vácuo é bastante empregado na detecção de vazamento em fundo de
tanque de armazenamento. As soldas de filete podem ser ensaiadas com facilidade, bastando para isso
escolher uma dentre as diversas câmaras de vácuo existentes no mercado e especialmente desenvolvidas
para esta finalidade.

Outros tipos de juntas soldadas, mesmo que sejam em estruturas ou objetos de geometria complexa,
também não constituem problema, desde que o reforço das soldas não seja excessivo, visto que é possível
fabricar facilmente câmaras de vácuo específicas para cada caso.

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3.7.6. Método de detecção por variação do volume de líquido

Quando o recipiente armazena líquidos em seu interior e os métodos anteriores são difíceis de se aplicar,
pode-se detectar o vazamento pela variação do nível de líquido no interior do recipiente. Este método é
bastante utilizado em grandes reservatórios tais como tanques de postos e distribuidores de combustível,
tanques industriais etc.

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