Você está na página 1de 16

EMAC - ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS

Universidade Federal de Goiás

DESENHO II
Perspectivas Cônicas
Prof. Ms. José Wilson B. Soares
jwbsoares@ufg.br

2023

EMAC
ESCOLA DE
MÚSICA E ARTES CÊNICAS
EMAC
ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS

2
Perspectivas com Pontos de Fuga
Para que a perspectiva tenha um ponto de fuga, é preciso que “[...]
o plano do desenho [seja] paralelo a dois pares de arestas frontais
de um objeto retilíneo (ou nivelado com a superfície frontal)”
(CURTIS, 2015, p. 254);

Quando o observador se move de modo que “[...] apenas um par de


arestas frontais (geralmente verticais) [seja] paralelo ao plano do
desenho, a relação é de uma perspectiva com dois pontos de fuga”
(CURTIS, 2015, p. 254);

No entanto, a visão humana e a fotografia geralmente captam


perspectivas nas quais, desse modo, “[...] não há pares de arestas
paralelas ao plano do desenho, [gerando] uma perspectiva com três
pontos de fuga em relação ao objeto” (CURTIS, 2015, p. 254). 3
Perspectivas com Pontos de Fuga

4
Na perspectiva com um ou dois pontos de fuga, é possível observar diversos
efeitos pictóricos, que são os responsáveis pela ilusão tridimensional do
desenho. Entre eles, cabe destacar a convergência de linhas, a diminuição
do tamanho dos objetos conforme se afastam do observador, e o escorço,
aparente distorção da forma dos planos.

5
Convergência
A convergência nos desenhos de
perspectiva cônica “[...] consiste no
movimento aparente de retas paralelas
em direção a um ponto de fuga comum,
à medida que se afastam do
observador”. Assim, a convergência
pode ser resumida da seguinte maneira:
“A primeira regra de convergência é que
cada conjunto de retas paralelas tem
seu próprio ponto de fuga. Um conjunto
de retas paralelas consiste, apenas,
naquelas que são paralelas entre si”
(CHING, 2017, p. 112).

2
6
Diminuição de tamanho
Resultado direto da convergência das linhas em direção ao ponto de fuga, a diminuição
aparente do tamanho dos objetos conforme seu afastamento do observador é uma das
características mais marcantes da perspectiva cônica. Como você deve estar imaginando,
enquanto nas perspectivas com um ponto de fuga a diminuição ocorre em um sentido, nas
perspectivas com dois pontos de fuga, os objetos parecem ficar menores conforme se
afastam em todas as direções.
Na Figura ao lado, você
pode observar como os
objetos mais próximos
ao ponto de fuga são
representados com
tamanho menor,
enquanto os alinhados
verticais não sofrem
esta distorção entre si.

3
7
Escorço
O escorço trata da distorção
das formas e relações
dimensionais entre os
elementos retratados em
razão da posição destes em
relação ao observador. Esse
efeito pode ser encarado
como resultado direto da
diminuição aparente do
tamanho dos objetos
conforme sua proximidade
aos pontos de fuga.
Na Figura ao lado, você pode
ver como as faces de um
mesmo objeto são
desenhadas com formas
diferentes de acordo com a
4.
posição do observador.
8
Como construir
a Perspectiva
Com 2 Pontos
de Fuga.
9
Esquema em planta baixa
O primeiro passo é estabelecer,
em planta baixa, o plano de
desenho (PD), o cone de visão
(que deve ser igual ou menor a
60° para evitar distorções) e os
pontos de fuga à esquerda
(PFE) e à direita (PFD). Uma
linha perpendicular entre o PD e
o observador gerará o centro de
visão (CV). Ching (2017, p. 17)
alerta que “[...] geralmente, é
conveniente que o plano do
desenho intercepte um
elemento principal vertical do
espaço, para que ele possa ser
5 usado como linha de medição
vertical (LMV)”.
10
Pontos de medição Os pontos de medição (PM) são pontos de
fuga complementares que auxiliam na “[...]
transferência de dimensões reais de uma linha
de medição (LM) no PD a uma linha em
perspectiva” (CHING, 2017, p. 131).

Você pode ver os pontos de medição direito (PMD)


e esquerdo (PME) sobre o PD, obtidos por meio de
um arco cujo centro está localizado sobre o ponto
de fuga do lado oposto e com raio igual à distância
6
entre esse ponto de fuga e o ponto do observador.
11
Construção da malha perspectivada
O primeiro passo é traçar a linha do horizonte (LH) e a linha do solo (LS).
A seguir “[...] transfira as posições dos principais pontos de fuga esquerdo e direito
(PFE e PFD) e dos pontos de medição esquerdo e direito (PME e PMD) do esquema
em planta” (CHING, 2017, p. 132).
Depois faça marcações de distância sobre a linha do solo e, após isso, trace uma linha
de medida vertical (LMV) e marque distâncias na mesma escala da linha do solo.
Agora, trace as linhas de solo principais, ligando os pontos de fuga direito e esquerdo
ao encontro da LS com a LMV.
O próximo passo, segundo Ching (2017, p. 132), é o traçado das “[...] linhas de
construção utilizadas apenas para transferir medidas em escala na linha de solo (LS)
para as principais linhas de solo horizontais em perspectiva”. Para isso, basta ligar os
pontos de medição esquerdo (PME) e direito (PMD) às marcações de distância sobre a
linha do solo (LS).

Atente para os pontos em que essas linhas cruzam as linhas de solo principais,
que você já traçou. Nesses pontos, estão as subdivisões de sua malha
perspectivada.
12
Construção da malha perspectivada

7. Construindo a Malha perspectivada.


13
Finalização da malha
Finalmente, basta ligar os
pontos de interseção entre as
linhas de solo principais e as
linhas de medição auxiliares
para obter uma malha
corretamente proporcionada, a
partir da qual podem ser
desenhados os objetos
tridimensionais posicionados no
espaço. Para traçar as alturas
perspectivadas, basta ligar os
pontos de medição sobre a
LMV e os pontos de fuga,
obedecendo, assim, ao
princípio da diminuição
aparente do tamanho dos 8
objetos mais afastados.
14
09
15
Obrigado

16

Você também pode gostar