U.5.

Moeda e Inflação
Teste nº1

O presente teste avaliará as seguintes competências (Aprendizagens Essenciais):

 Justificar o aparecimento da moeda e descrever a sua evolução, caraterizando

os diversos tipos de moeda (moeda-mercadoria, moeda metálica, moeda
papel, papel moeda e moeda escritural);

 Explicar as funções da moeda (meio de pagamento, medida de valor e reserva

de valor);

 Relacionar as novas formas de pagamento com a evolução tecnológica;

 Explicitar fatores que influenciam a formação dos preços (custos de produção e

mecanismo de mercado);

 Distinguir os conceitos de inflação, deflação e desinflação;

 Calcular a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (taxa de

variação mensal, homóloga e média anual);

 Distinguir Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Índice Harmonizado de

Preços no Consumidor (IHPC);

 Explicar consequências da inflação (no valor da moeda e no poder de compra).

 GRUPO I

1. Atenta na seguinte noticia.

“Novas notas de 100 e 200 euros entram em circulação

As novas notas entram em circulação esta terça-feira e têm a mesma cor, mas
menor dimensão. Contam com novos elementos de segurança e concluem a
implementação das notas da série Europa.”

OBSERVADOR, in https://observador.pt/2019/ (notícia de 28 de maio de 2019)

(consultado em agosto de 2020)

1.1. As novas notas de 100 e 200 euros são do tipo “papel-moeda”.

As seguintes afirmações referem-se a este tipo de moeda.

Este tipo de moeda é de curso forçado, decretado pelo sistema

1
bancário.
Este tipo de moeda pode ser trocado pela quantia respetiva em prata
2
e ouro.
Uma moeda de material metálico constitui um exemplo deste tipo de
3
moeda.
Exemplos deste tipo de moeda são, por exemplo, as notas de banco
4
em dólares.

5 Este tipo de moeda é inconvertível em metal precioso.

Classifique as afirmações como V (verdadeiras) ou F (falsas).

1.2. Com a entrada em circulação das novas notas de 100 e 200 euros, o
Banco Central Europeu revela a sua intenção de

(A) diminuir a quantidade de recursos utilizados na produção de notas de banco.

(B) começar a alterar, progressivamente, a configuração das notas de euro.
(C) manter a mesma “cor” e o mesmo estilo, para garantir o seu reconhecimento.
(D) dificultar a falsificação de notas de banco e garantir a sua autenticidade.

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 2. Quando comparamos os preços num supermercado, estamos a utilizar a
moeda como

(A) meio de pagamento.

(B) medida de valor.
(C) reserva de valor.
(D) instrumento de troca.

3. O surgimento de novas formas de pagamento como os cartões eletrónicos,

códigos QR, pagamentos digitais, entre outros, deve-se

(A) ao fim do sistema de trocas indiretas.

(B) aos custos de produção elevados associados à produção destes tipos de
pagamentos.
(C) ao desenvolvimento da informática, eletrónica e das telecomunicações.
(D) à evolução tecnológica, que permite desenvolver produtos e equipamentos
cada vez mais obsoletos.

4. A Tabela 1 apresenta valores relativos à taxa de variação anual do Índice de

Preços no Consumidor (IPC) total e dos seus principais agregados, num
determinado país, em 2017, em 2018 e em 2019.

Tabela 1 ‒ IPC total e por principais agregados

Taxa de variação anual (em %)

2017 2018 2019

Total 2,0 0,5 -1,0
Bens 0,5 0,0 -0,5
Serviços 5,0 1,2 1,0

4.1. Com base na Tabela 1, podemos afirmar que, nesse país,

(A) o nível médio dos preços, entre 2017 e 2019, dada a desaceleração do
aumento do nível médio dos preços do agregado “Serviços”, cresceu a um
ritmo decrescente.
(B) o nível médio dos preços, que cresceu em 2017 e 2018, decresceu em 2019,
nomeadamente, dado o decréscimo do nível médios dos preços do agregado
“Bens”.
(C) o nível médio dos preços do agregado “Serviços”, entre 2017 e 2019,
decresceu a um ritmo decrescente.
(D) o nível médio dos preços do agregado “Bens” decresceu em 2018 e 2019.

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 4.2. De acordo com a Tabela 1, e considerando 2017 como ano base,
podemos afirmar que o índice de preços no consumidor, em 2019, foi

(A) 101,4849
(B) 101,5
(C) 99,5
(D) 99,495

4.3. Segundo os dados da Tabela 1, em 2017, mantendo-se tudo o resto

constante, o comportamento da taxa de variação do IPC de Bens deve-se

(A) ao aumento do custo das matérias-primas.

(B) à diminuição do custo das matérias-primas.
(C) ao aumento da quantidade oferecida de Bens.
(D) à diminuição da quantidade procurada de Bens.

4.4. A evolução do IPC total, em 2019, tem como consequência

(A) a diminuição do dispêndio de moeda necessário para adquirir um certo bem.

(B) a diminuição generalizada e sustentada dos custos das matérias-primas.
(C) a perda do valor da moeda.
(D) a diminuição do nível médio dos preços dos Serviços.

5. A Tabela 2 apresenta os valores da taxa de variação média mensal do índice

Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), em Portugal, entre outubro de
2020 e janeiro de 2021.

Tabela 2 – Índice Harmonizado de Preços no Consumidor

(Taxa de variação média mensal – em %)

outubro novembro dezembro janeiro

2020 2020 2020 2021
Portugal -0,6 -0,6 -0,6 -0,6

Banco de Portugal, BP Stat, in https://bpstat.bportugal.pt/dados/

(consultado em fevereiro de 2021)

5.1. Considere que o cabaz utilizado para o cálculo do Índice custava 120
euros no início de outubro de 2020.

É correto afirmar que esse mesmo cabaz custava,

(A) no final de dezembro de 2020, 120 euros

(B) no final de janeiro de 2020, 93,69 euros, aproximadamente.
(C) no final de dezembro de 2020, 117,85 euros, aproximadamente.
(D) no final de janeiro de 2020, 119,71 euros, aproximadamente.

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 5.2. Uma das vantagens associada à utilização do Índice Harmonizado de
Preços no Consumidor é

(A) o facto de facilitar o cálculo da inflação, em Portugal.

(B) a harmonização dos sistemas de cálculo de inflação à escala mundial.
(C) a análise mais rigorosa da evolução do nível médio dos preços nos países
extra-UE.
(D) o facto de facilitar a comparação da evolução do nível médio dos preços na
União Europeia.

6. A Tabela 3 refere-se à taxa da inflação e à taxa de variação do rendimento

nominal das famílias, no País A, em 2018 e 2019.

2018 2019

Taxa de variação do
-A- -1,2
rendimento nominal (em %)

Taxa de Inflação (em %) 4,0 -B-

O valor -A- corresponde à taxa de variação do rendimento nominal, em 2018.

O valor -B- corresponde à taxa de inflação, em 2019.

Sabendo que as Famílias do País A verificaram uma perda de poder de
compra, em 2018 e 2019, podemos dizer que os valores -1- e -2-
correspondem a

(A) 5% e -2%, respetivamente.

(B) -3% e 0%, respetivamente.
(C) 2% e -1,15%, respetivamente.
(D) 1% e -1,6%, respetivamente.

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 GRUPO II

1. Leia o seguinte texto.

Nem todas as formas de deflação são necessariamente prejudicais. Contudo,

quando resultam de erros, como do declínio na oferta de moeda que contribuiu
para um colapso na procura nos Estados Unidos, Suécia e Japão durante a
Depressão. Sob tais circunstâncias, a deflação pode ter consequências
económicas prejudiciais. Se os preços caem, os consumidores podem adiar as
compras, enfraquecendo a procura, e as empresas podem relutar em investir até
que os preços recuperem a sua situação normal.

Gene Park, Saori N. Katada, Giacomo Chiozza, Yoshiko Kojo,

Taming Japan's Deflation: The Debate over Unconventional Monetary Policy
Cornell Studies in Money, Cornell University Press, 2018
(Adaptado)

1.1.Explique, com base no texto, de que forma as situações de deflação podem

ser potenciadoras de períodos de recessão.

1.2.Observe o Gráfico 1 que expõe a evolução da taxa de inflação, no País B.

Gráfico 1 – Taxa de Inflação

(em %)

-1

-2

-3
Período A Período B Período C Período D Período E

Indique os períodos em que se verificou deflação, no país B.

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 1.3. Em 2020, o País B verificou uma situação de deflação, sendo que os
preços diminuíram 12%. No país C, em 2020, os preços aumentaram 7%.

O preço do cabaz representativo da estrutura de consumo do País B e C

era de 49 e 56, respetivamente, em 2020. Indique que cabaz era mais
barato em 2019.

Na sua resposta, apresente as fórmulas usadas e os cálculos efetuados.

Apresente o preço de ambos os cabazes, em 2019, em unidades

monetárias, arredondadas às décimas.

2. A análise da variação do nível médio de preços pode ser feita recorrendo a

inúmeros indicadores.

A taxa de variação média mensal e média homóloga são dois dos indicadores
que utilizamos para esta análise.

Retire da seguinte tabela um elemento e formule uma crítica à utilização da

taxa média mensal.

Críticas
A- Falta de rigor
B- Sazonalidade
C- Má representação dos consumos de uma população

Na sua resposta deve explicar de que forma a taxa de variação média

homóloga evita o problema exposto, recorrendo à definição deste indicador.

3. Leia o seguinte texto.

A moeda tem a característica […] de reter o valor de compra ao longo do tempo,

ou seja, se recebemos moeda hoje podemos guardá-la e gastá-la no futuro, pois
a moeda mantém o seu valor de compra. Outros ativos financeiros e reais
também possuem esta função […] mas a moeda é preferível a todos eles, pois
tem maior liquidez (ou seja, a moeda é imediatamente aceite nas transações) e
os outros ativos financeiros e reais têm os seus valores futuros imprevistos.

Carlos José Caetano Bacha, Macroeconomia aplicada à análise da economia brasileira,

Volume 55 de Académica, EdUSP, 2004 (Adaptado)

Identifique e explique a função da moeda referida no texto.

Na sua resposta, explique também de que forma a incerteza afeta essa função.

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 4. A Tabela 3 apresenta dados relativos ao Índice de Preços no Consumidor
(IPC), total e por agregados, na economia portuguesa, em 2015 e em 2016.

Tabela 3
Taxa de variação média anual do índice de preços no consumidor
total e por agregados (em %)

Explicite, com base nos dados fornecidos, o contributo dos agregados do IPC
para a evolução da taxa de inflação anual, em Portugal, em 2016, face a 2015.

Exame – 2019 – Época Especial – IAVE

FIM

COTAÇÕES

I
Questão
1.1. 1.2. 2. 3. 4.1. 4.2. 4.3. 4.4.
Cotação 25 10 10 10 10 10 10 10
I II
Questão
5.1. 5.2. 6. 1.1. 1.2. 1.3. 2. 3.
Cotação 10 10 10 15 10 15 10 10
II
Questão TOTAL
4.
Cotação 15 200

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