Você está na página 1de 4

FICHA_RECUPERAÇÃO – PESOS e TAXAS DE VARIAÇÃO (Explicações e exercícios)

Professora – Ana Paula Oliveira e Helena Mendes

Existem diferenças entre o peso de uma variável no total e a taxa de variação anual de uma variável.

1. Assim, temos:

1.1. O peso de uma variável no total, por exemplo, o peso das despesas em consumo alimentar das famílias no
total das despesas de consumo compara o valor da variável num determinado ano com o valor total do agregado
de que faz parte, nesse mesmo ano.

Peso das despesas em consumo alimentar no total 2020 = (Despesas em consumo alimentar2020 / Total das despesas
de consumo2020) x 100

O peso de uma variável no total, por exemplo, o peso do consumo privado no PIB compara o valor da variável
num determinado ano com o valor do PIB, nesse mesmo ano.

Peso do consumo privado no PIB2020 = (Consumo privado2020 / PIB2020) x 100

1.2. A taxa de variação, por exemplo, anual compara o nível de uma variável num determinado ano com o nível
observado um ano antes.

Taxa de variação anual do consumo privado 2020 = ((Consumo privado2020 – Consumo privado2019) / Consumo
privado2019) x 100

Consideremos o exemplo seguinte:


EXEMPLO 1

1. A tabela seguinte apresenta, para três países, dados relativos ao rendimento disponível médio das
famílias e à utilização desse rendimento, em 2017 e em 2018.
Rendimento disponível médio das famílias e indicadores da sua utilização (em milhões de euros)

1.1. Com base nos dados apresentados na tabela anterior e na lei de Engel, podemos afirmar que, em 2018, face a
2017, as famílias se comportaram, em média, de acordo com a referida lei,
(A) no país A e no país B.
(B) no país B e no país C.
(C) no país C.
(D) no país A.

1.2. Com base nos dados apresentados na tabela anterior, podemos afirmar que, em 2018, face a 2017, as
despesas das famílias em
(A) consumo não alimentar foi 25,4% no país A.
(B) consumo alimentar foi -9,0% no país B.
(C) consumo não alimentar foi 5,7% no país A.
(D) consumo alimentar foi 2,7% no país B.
Resolução:
1.1.
País A:
Despesas totais em consumo = Rendimento disponível – Poupança
Despesas totais de consumo2017 = 20 000 – 1000
Despesas totais de consumo2017 = 19 000
Despesas totais de consumo2018 = 23 000 – 1000
Despesas totais de consumo2018 = 22 000
Peso do consumo não alimentar no total (OU Coeficiente orçamental da despesa em consumo não alimentar) =
(Despesa em consumo não alimentar / Despesas totais de consumo) x 100
Coeficiente orçamental da despesa em consumo não alimentar 2017 = 11 400 / 19 000 x 100
Coeficiente orçamental da despesa em consumo não alimentar 2017 = 60%
Coeficiente orçamental da despesa em consumo não alimentar 2018 = 14 300 / 22 000 x 100
Coeficiente orçamental da despesa em consumo não alimentar 2018 = 65%
De acordo com a lei de Engel, quando o rendimento disponível aumenta, as despesas totais em consumo
aumentam e o coeficiente orçamental da despesa em consumo não alimentar aumenta.

1.2.
Taxa de variação das despesas em consumo não alimentar 2018 = ((Despesas em consumo não alimentar 2018 -
Despesas em consumo não alimentar 2017) / Despesas em consumo não alimentar 2017) x 100
Taxa de variação das despesas em consumo não alimentar 2018 = ((14 300 – 11 400) / 11400) x 100
Taxa de variação das despesas em consumo não alimentar 2018 = 25,4%

Identifique a opção correta para cada um dos itens seguintes, apresentando a fórmula usada e todos os cálculos
que efetuar.

1. A tabela seguinte apresenta dados relativos ao consumo e ao rendimento das famílias, num determinado país,
em 2020.
Em milhares de euros
Consumo médio das famílias 745
Rendimento disponível médio das famílias 910

1.1 Calcule o peso do consumo no rendimento das famílias, em 2020.

1.2 Calcule o peso do consumo no rendimento das famílias em 2021, considerando que, nesse ano, face a
2020, quer o consumo, quer o rendimento disponível médio das famílias aumentaram 10 mil euros em 2021.
1.3. Calcule o peso do consumo médio das famílias no seu rendimento disponível médio em 2021,
considerando que:
 quer o consumo médio, quer o rendimento disponível médio das famílias aumentaram 10%, em 2021 (ou
a taxa de variação anual do consumo médio foi 10% e a taxa de variação anual do rendimento disponível médio
foi 10% em 2021);
 o consumo médio e o rendimento disponível médio aumentaram, respetivamente, 20% e 10%, em 2021
(ou a taxa de variação anual do consumo médio foi 20% e a taxa de variação anual do rendimento disponível
médio foi 10%, em 2021);
 o consumo médio e o rendimento disponível médio aumentaram, respetivamente, 10% e 20%, em 2021
(ou a taxa de variação anual do consumo médio foi 10% e a taxa de variação anual do rendimento disponível
médio foi 20%, em 2021).
Nota: retire para cada uma das situações apresentadas as respetivas conclusões.
2. A tabela seguinte apresenta dados, calculados em termos nominais, relativos ao consumo médio e ao
rendimento disponível médio das famílias, num determinado país, no período 2014 a 2016.

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016


Taxa de variação anual (em %)
Consumo médio das famílias 4,0 3,5 2,0 1,0 0,0 -0,5 -0,9
Rendimento disponível médio das famílias -0,2 0,4 0,5 0,9 3,0 2,0 0,7

1.4. Explicite a evolução:


 do consumo médio das família;
 do rendimento disponível médio das famílias.

2. A tabela seguinte apresenta dados sobre as despesas de consumo das famílias numa determinada
economia, em 2016 e em 2017.
Despesas de consumo das famílias

Considere que o produto interno bruto (PIB) dessa economia, em 2016, foi 20,0 mil milhões de euros.
Com base na situação descrita, podemos afirmar que o valor das despesas de consumo das famílias foi,
aproximadamente,

(A) 14,4 mil milhões de euros, em 2016.


(B) 13,2 mil milhões de euros, em 2017.
(C) 14,1 mil milhões de euros, em 2016.
(D) 13,7 mil milhões de euros, em 2017.

4. Uma das características da sociedade de consumo atual é o endividamento excessivo dos particulares. A tabela
seguinte apresenta dados relativos à dívida total dos particulares, em Portugal, no período de 2008 a 2012.

Dívida total dos particulares

Banco de Portugal, in www.bportugal.pt


(consultado em fevereiro de 2016) (adaptado).

Com base na tabela anterior, podemos afirmar que, em Portugal, a dívida total dos particulares
(A) diminuiu, em percentagem do rendimento disponível, entre 2010 e 2011, refletindo o decréscimo no valor da
dívida total.
(B) diminuiu, em percentagem do produto interno bruto, entre 2009 e 2010, apesar do aumento do valor da
dívida total.
(C) aumentou, em percentagem do rendimento disponível, entre 2008 e 2009, traduzindo o decréscimo no valor
da dívida total.
(D) aumentou, em percentagem do produto interno bruto, entre 2011 e 2012, devido ao aumento do valor da
dívida total.
5. A tabela seguinte apresenta dados relativos ao consumo das famílias de um determinado país, no período de
2013 a 2015.
Consumo das famílias

Com base na tabela anterior, podemos afirmar que, neste país,

(A) em 2015, face a 2014, a taxa de variação das despesas em alimentação foi 17%.
(B) em 2015, face a 2014, a taxa de variação do total das despesas de consumo foi 20%.
(C) em 2014, face a 2013, a taxa de variação das despesas em alimentação foi 8%.
(D) em 2014, face a 2013, a taxa de variação do total das despesas de consumo foi 16%.

6. A tabela seguinte apresenta dados relativos à população do país A, em 2015, e à taxa de atividade registada
nesse ano.
População inativa (em milhares de indivíduos) 5 103,5
Taxa de atividade (em %) 52,1

Determine, com base no quadro anterior, o valor da população total do país A, em 2015.
Apresente a(s) fórmula(s) usada(s) e todos os cálculos que efetuar.

7. Os gráficos 1 e 2 apresentam os pesos das remunerações do trabalho e do capital no rendimento de um


determinado país, em 2000 e em 2010.

Gráfico 1 – Distribuição dos rendimentos em 2000 Gráfico 2 – Distribuição dos rendimentos em


2010
(em % do total) (em % do total)

Considere ainda que, nesse país, em 2000, o rendimento total foi 100 milhões de euros e que, em 2010, face a
2000, esse rendimento aumentou 10,0%.

Com base na situação descrita, podemos afirmar que, em 2010, face a 2000,
(A) as remunerações do trabalho registaram uma taxa de variação de 6,0%.
(B) as remunerações do capital registaram uma taxa de variação de -3,2%.
(C) as remunerações do capital registaram uma taxa de variação de -6,6%.
(D) as remunerações do trabalho registaram uma taxa de variação de 10,0%.

Você também pode gostar