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ECONOMIA

Tipo de Exercício: Exercício

Designação da Unidade: A Intervenção do Estado na Economia


Número da Unidade: 11

Grupo I

1. Seleccione, em cada caso, a opção que considera correcta.

1. Em 2015, num determinado país, o Estado introduziu no Programa Nacional de Vacinação uma
nova vacina gratuita, financiada através de impostos diretos progressivos, que permitiu a
vacinação de toda a população. Considerando-se tudo o resto constante, se afirmarmos que a
introdução dessa vacina pelo Estado contribuiu para a promoção da equidade, estaremos a
produzir uma afirmação
a) falsa, pois a nova vacina permitiu a proteção da saúde dos cidadãos de menores
rendimentos.
b) falsa, pois esta medida agravou as desigualdades na repartição pessoal dos rendimentos.
c) verdadeira, pois todos os cidadãos, independentemente dos seus rendimentos, puderam
usufruir do acesso à nova vacina.
d) verdadeira, pois todos os gastos com a saúde foram reduzidos, permitindo o aumento dos
rendimentos primários da população.

2. Uma das medidas da política de redistribuição dos rendimentos consiste na aplicação de um


imposto direto progressivo, pois
a) a taxa média de imposto é igual para os diversos níveis de rendimento, reduzindo as
desigualdades na repartição dos rendimentos das famílias.
1
1
0 b) o pagamento do mesmo valor de imposto por todas as famílias reduz as desigualdades na
repartição pessoal dos rendimentos.
2
4
0 c) a taxa média de imposto é crescente com o rendimento, reduzindo as desigualdades na
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2 repartição dos rendimentos das famílias.
1
0
d) o pagamento de valores decrescentes de imposto com o aumento do rendimento das
v0 famílias reduz as desigualdades na repartição pessoal dos rendimentos.
0/
4
0

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3. Numa cidade, as emissões de gases poluentes das empresas produtoras de aço afetam o bem-
estar da população da área envolvente, sem que estas empresas suportem os custos
resultantes da poluição emitida. Assim, o Estado decidiu aplicar um imposto sobre as emissões
de gases poluentes, com o objetivo de as suprimir. Esta medida
a) de política ambiental traduziu-se no fornecimento de um bem público.
b) de política fiscal pretendeu eliminar uma externalidade negativa.
c) de política agrícola traduziu-se em ganhos de eficiência económica.
d) de política orçamental pretendeu diminuir as desigualdades sociais.

4. Num determinado país, em 2014, o Estado solicitou um empréstimo ao resto do mundo, no


valor de 100 milhões de euros. Os juros da dívida pública, relativos a esse empréstimo e pagos
em 2015, constituem, para esse país, uma
a) despesa corrente do Estado.
b) despesa de capital do Estado.
c) receita corrente do Estado.
d) receita de capital do Estado.

5. Num determinado ano, o orçamento do Estado de um país regista um


a) superavit, quando o valor das receitas públicas é igual ao valor das despesas públicas.
b) superavit, quando as despesas públicas são inferiores às receitas públicas.
c) défice, quando o valor das despesas públicas é igual ao valor das receitas públicas.
d) défice, quando as receitas públicas são superiores às despesas públicas.

6. Em 2015, num determinado país, o Estado vendeu a um grupo económico privado, por 5
milhões de euros, metade do capital social de uma empresa pública. Nesse mesmo ano, cobrou
120 mil euros de imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos, adquiriu um terreno para
a construção de um hospital público, no valor de 10 milhões de euros, e pagou vencimentos, no
valor de 20 milhões de euros. Com base na situação descrita, podemos afirmar que
a) o imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos é um imposto direto, constituindo
para o Estado uma receita corrente.
b) a venda de metade do capital social da empresa pública foi inscrita no orçamento do
Estado como uma receita de capital.
c) a compra do terreno para a construção do hospital público é um custo fixo, representando
para o Estado uma despesa corrente.
d) o pagamento dos vencimentos aos funcionários públicos foi inscrito no orçamento do
Estado como uma despesa de capital.

7. Em 2014, num dado país, perante o agravamento da crise económica, o Estado decidiu
aumentar em 5% o valor dos vencimentos dos funcionários públicos, com o objetivo de
estimular o crescimento da procura interna. Considerando-se tudo o resto constante, podemos
afirmar que o Estado, no âmbito das suas funções económicas e sociais, pretendeu, através do
uso deste instrumento da
a) política de preços, eliminar uma externalidade.
b) política de concorrência, garantir a eficiência económica.
c) política monetária, contribuir para a equidade.
d) política orçamental, promover a estabilidade macroeconómica.

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8. O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) é classificado como um
a) imposto direto, constituindo uma das receitas correntes do Estado.
b) imposto direto, constituindo uma das receitas de capital do Estado.
c) imposto indireto, constituindo uma das receitas correntes do Estado.
d) imposto indireto, constituindo uma das receitas de capital do Estado.

9. O Gráfico 3 apresenta dados relativos às receitas e às despesas públicas totais, em Portugal,


entre 2011 e 2013. O Gráfico 4 apresenta dados relativos ao défice orçamental na Área do Euro
a 17 Estados-membros, nos mesmos anos.

Com base nos gráficos 3 e 4, podemos afirmar que, em Portugal, o défice orçamental, em percentagem
do PIB,
a) em 2013, foi maior do que em 2012
b) em 2011, foi menor do que em 2012
c) em 2011, foi superior ao da Área do Euro a 17 Estados-membros
d) em 2013, foi inferior ao da Área do Euro a 17 Estados-membros. EXAME 2015 – 1 FASE

10. No âmbito das suas funções económicas e sociais, o Estado, ao aplicar políticas de
redistribuição dos rendimentos, pretende essencialmente garantir a eficiência.

Esta afirmação é
a) verdadeira, porque o Estado, ao reduzir as desigualdades na repartição dos rendimentos,
pretende essencialmente diminuir os custos de produção das empresas.
b) verdadeira, porque o Estado, ao reduzir as desigualdades na repartição dos rendimentos,
pretende essencialmente promover a estabilidade.
c) falsa, porque o Estado, ao reduzir as desigualdades na repartição dos rendimentos,
pretende essencialmente promover a equidade.
d) falsa, porque o Estado, ao reduzir as desigualdades na repartição dos rendimentos,
pretende essencialmente assegurar um aumento das exportações.

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11. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) é classificado como um
a) imposto direto e é um dos instrumentos da política fiscal do Estado.
b) imposto indireto e é um dos instrumentos da política fiscal do Estado.
c) imposto direto e é uma receita de capital do Estado.
d) imposto indireto e é uma receita de capital do Estado.

12. Num determinado país, em 2014, o Estado, com o objetivo de aumentar as receitas públicas
totais, decidiu agravar em 2 pontos percentuais as taxas do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares (IRS).
Considerando-se tudo o resto constante, podemos afirmar que esta medida de política fiscal provocou
a) a redução do excedente das contas públicas.
b) o aumento do poder de compra das famílias.
c) o aumento do salário nominal médio da economia.
d) a redução do rendimento disponível dos particulares.

13. O Governo apresenta à Assembleia da República, até 15 de outubro de cada ano, uma proposta
de lei contendo a previsão das receitas e despesas do Estado português para o ano civil
seguinte. Esta proposta refere-se
a) às Contas Gerais da Administração Pública.
b) ao Orçamento do Estado.
c) às Grandes Opções do Plano.
d) ao Pacto de Estabilidade e Crescimento.

14. Num dado país, em 2013, as receitas públicas foram 90 milhões de euros e corresponderam a
60% do PIB. Nesse ano, verificou-se um excedente orçamental, que correspondeu a 10% do
PIB. Então, podemos afirmar que, em 2013, as despesas públicas desse país
a) foram 150 milhões de euros.
b) foram 105 milhões de euros.
c) corresponderam a 50% do PIB.
d) corresponderam a 70% do PIB.

15. Em 2013, num determinado país, o Estado cobrou apenas as seguintes receitas: 8 milhões de
euros de Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), 20 milhões de euros de Imposto Sobre
Veículos (ISV) e 200 milhões de euros de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
(IRS). Nesse ano, o Estado obteve 228 milhões de euros de
a) receitas correntes, sendo 28 milhões de euros de impostos diretos e o restante de impostos
indiretos.
b) receitas correntes, sendo 28 milhões de euros de impostos indiretos e o restante de
impostos diretos.
c) receitas de capital, sendo 28 milhões de euros de impostos diretos e o restante de
impostos indiretos.
d) receitas de capital, sendo 28 milhões de euros de impostos indiretos e o restante de
impostos diretos.

16. Num determinado país, na proposta do Orçamento do Estado para 2014, foram incluídos, entre
outros, os fluxos relativos à privatização de uma empresa pública, no valor de 200 milhões de
euros, e à cobrança de impostos indiretos, no valor de 520 milhões de euros. Estas receitas
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foram inscritas naquele documento,
a) respetivamente, como receitas públicas de capital e como receitas públicas correntes.
b) respetivamente, como receitas públicas correntes e como receitas públicas de capital.
c) ambas, como receitas públicas de capital.
d) ambas, como receitas públicas correntes.

17. Um imposto direto progressivo


a) caracteriza-se pela taxa de imposto idêntica para os diversos níveis de rendimentos dos
contribuintes.
b) tem como objetivo o agravamento das desigualdades na repartição do rendimento.
c) é um dos instrumentos utilizados pela política de redistribuição do rendimento.
d) assegura que os contribuintes com diferentes rendimentos brutos pagam o mesmo valor de
imposto.

18. A poluição sonora causada por uma determinada empresa industrial afeta diariamente a vida
dos habitantes da pequena comunidade onde está localizada. A poluição sonora constitui um
exemplo de uma falha de mercado. Esta afirmação é
a) falsa, pois o mercado de concorrência imperfeita é capaz de aplicar eficientemente os
recursos escassos.
b) falsa, pois os custos sociais causados pela externalidade são integrados no preço de venda
do bem.
c) verdadeira, pois as medidas de combate à poluição impedem uma afetação eficiente dos
fatores produtivos.
d) verdadeira, pois a poluição representa um custo social que não é tido em conta por quem
o causa.

19. O Quadro 3 apresenta dados relativos à economia portuguesa, em 2011.

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Com base no Quadro 3, podemos concluir que, em 2011,
a) as receitas de capital representaram 9,2% das receitas correntes.
b) as receitas totais representaram 44,7% do PIB.
c) as despesas de capital representaram 12,1% das despesas correntes.
d) as despesas totais representaram 45,2% do PIB.

20. Considere que um determinado país é uma economia aberta e que, num dado ano, o Estado
desse país decidiu atribuir subsídios para apoiar a agricultura.
Neste caso, o Estado está a implementar uma medida protecionista. Esta afirmação é
a) falsa, pois, através desta medida, o Estado está a definir limites quantitativos às
importações de bens agrícolas.
b) verdadeira, pois esta medida desincentiva as importações de bens agrícolas, tornando-as
relativamente mais caras.
c) falsa, pois esta medida desincentiva as importações de bens agrícolas, promovendo a
produção nacional.
d) verdadeira, pois, através desta medida, o Estado está a definir diretamente o preço das
importações de bens agrícolas.

21. Num dado país, existe uma única empresa produtora e distribuidora de pão. Em 2012, essa
empresa decidiu aumentar o preço do pão em 30%, tendo-se mantido tudo o resto constante.
Esta situação levou o Estado a intervir, limitando esse aumento a 10%.
Então, podemos afirmar que a intervenção do Estado no mercado do pão desse país possibilitou
a) a eliminação de uma externalidade negativa.
b) a limitação dos lucros do monopolista.

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c) o acesso a um bem público.
d) o recurso a um bem primário.

22. O Quadro 5 apresenta dados relativos à situação orçamental de um determinado país, em 2012, e dados
relativos ao PIB desse país, no mesmo ano.

Com base no Quadro 5, podemos afirmar que as despesas públicas, nesse país, em 2012, corresponderam a
a) 40 milhões de euros.
b) 10 milhões de euros.
c) 20% do PIB.
d) 30% do PIB.

23. O ISV (Imposto sobre Veículos), aplicado pelo Estado, é considerado um imposto
a) direto.
b) extraordinário.
c) corrente.
d) indireto.

24. Quando as receitas públicas excedem as despesas públicas, regista-se um


a) superavit orçamental.
b) défice comercial.
c) superavit comercial.
d) défice orçamental.

25. Quando uma empresa gera custos que não são, na totalidade, incorporados no preço de venda
dos bens produzidos, considera-se que estamos perante
a) uma externalidade.
b) um monopólio.
c) uma amortização.
d) um bem público.

26. No país A, para estimular o crescimento da produtividade, o Estado decidiu concretizar a


medida estabelecida no Orçamento do Estado desse ano que consistia num programa de
formação obrigatória para os quadros superiores da Administração Central. Alguns empresários
do sector privado, por sua iniciativa, adotaram a mesma medida. Nestas condições, podemos
considerar a medida adotada pelo Estado como imperativa para o
a) sector público.
b) sector privado.

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c) sector cooperativo.
d) sector financeiro.

27. Suponha que o Estado não autorizou, em determinado momento, a fusão entre duas empresas
de telecomunicações, argumentando que essa operação provocaria uma redução indesejável
da concorrência. Com tal medida, o Estado pretendeu garantir a
a) eficiência.
b) equidade.
c) estabilização da economia.
d) planificação da economia.

28. Os bens públicos caracterizam-se, nomeadamente, pelo facto de


a) não ser possível excluir ninguém do seu consumo.
b) não terem um custo de produção muito elevado.
c) o consumidor ter de pagar um preço para a eles ter acesso.
d) o mercado os vender a preços mais baixos do que o Estado.

29. Com o objectivo de assegurar a sustentabilidade a longo prazo dos encargos com a Segurança
Social, alguns Estados europeus têm vindo a aumentar a idade mínima de reforma dos
trabalhadores. Esta decisão enquadra-se no domínio de uma política
a) de preços.
b) de salários.
c) conjuntural.
d) estrutural.

30. Suponha que o Estado aumenta a taxa do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado).
Permanecendo tudo o resto constante, isso provocará…
a) uma diminuição do Índice de Preços no Consumidor.
b) uma diminuição no Rendimento Disponível das Famílias.
c) um aumento na cobrança de impostos indirectos.
d) um aumento do défice orçamental.

31. Uma das funções económicas e sociais do Estado é a de garantir a equidade. Isso significa que o
Estado deve…
a) orientar a economia de modo que os recursos sejam utilizados com eficiência.
b) distribuir os recursos de forma a evitar externalidades negativas.
c) promover um crescimento económico respeitador do ambiente.
d) intervir de modo a atenuar desigualdades económicas e sociais.

32. Quando o Estado pretende atenuar as desigualdades verificadas na repartição pessoal dos
rendimentos, pode utilizar impostos…
a) directos proporcionais.
b) directos progressivos.
c) indirectos de taxa única.
d) indirectos sobre as exportações.

33. A iluminação pública é exemplo de um bem público, porque…


a) é um bem abundante.
b) responde a uma necessidade primária.
c) satisfaz uma necessidade do Governo.
d) goza de não exclusividade.

34. É exemplo de uma medida imediata de combate ao desemprego…


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a) a alteração da taxa de juro dos depósitos à ordem.
b) o aumento da idade de reforma dos trabalhadores.
c) o equilíbrio das contas públicas.
d) a implementação de cursos de formação profissional.

35. Numa situação de défice das contas do Estado, um aumento de impostos, permanecendo tudo
o resto constante, levará...
a) à diminuição do défice orçamental.
b) ao crescimento da dívida pública.
c) ao aumento das taxas de juro.
d) à manutenção do saldo orçamental.

36. Com a política de redistribuição do rendimento, o Estado pretende...


a) receber impostos pagos pelas famílias.
b) atenuar a desigualdade na repartição do rendimento.
c) obter receitas para fazer face às suas despesas.
d) eliminar qualquer desigualdade de rendimentos.

37. Na definição das suas políticas económicas, o Estado utiliza diversos instrumentos, como, por
exemplo,...
a) a taxa de inflação.
b) os lucros obtidos pelas empresas.
c) os impostos.
d) a taxa de desemprego.

38. Quando o Estado entrega prestações sociais às famílias, está a proceder a uma...
a) repartição primária do rendimento.
b) redistribuição do rendimento.
c) redução do défice orçamental.
d) redução das despesas orçamentais.

39. As políticas económicas e sociais conjunturais têm como horizonte temporal...


a) o médio e o longo prazos.
b) o longo prazo.
c) o curto e o longo prazos.
d) o curto prazo.

40. Duas das medidas que o Estado pode utilizar para reduzir o défice orçamental são...
a) o aumento dos impostos indirectos e a diminuição das transferências para as Famílias.
b) a diminuição das contribuições para a Segurança Social e a diminuição dos impostos indirectos.
c) o aumento das transferências para as Famílias e a diminuição das contribuições para a
Segurança Social.
d) a diminuição dos impostos indirectos e o aumento das transferências para as Famílias.

41. O Estado deve:


a) Assegurar a obtenção de receitas públicas e privadas;
b) Garantir a maximização do lucro;
c) Promover a eliminação das desigualdades sectoriais.
d) Promover a eficiência, a equidade e a estabilidade;

42. O Povo, o Território e os Órgãos de soberania são os elementos que constituem…

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a) A sociedade;
b) O Estado;
c) A Nação;
d) O governo.

43. Com vista a garantir o bem-estar de toda a colectividade, o Estado intervém nas esferas …
a) Jurídica, legislativa e social;
b) Ambiental, territorial e espacial;
c) Social, económica e política;
d) Individual, pessoal e colectiva.

44. A iluminação pública é exemplo de:


a) Uma externalidade positiva
b) Uma externalidade negativa
c) Um bem colectivo.
d) Um bem público.

45. Um dos objetivos do Estado, no exercício das suas funções económicas e sociais, consiste em
a) assegurar preços baixos para todos os bens.
b) fixar o valor dos lucros a atingir pelas empresas.
c) promover a eficiência na utilização dos recursos.
d) implementar políticas estruturais de curto prazo.

46. Com a política de redistribuição do rendimento, o Estado pretende...


a) receber impostos pagos pelas famílias.
b) atenuar a desigualdade na repartição do rendimentos.
c) obter receitas para fazer face às suas despesas.
d) eliminar qualquer desigualdade de rendimentos.

47. A redistribuição dos rendimentos é uma função que cabe ao agente económico...
a) Famílias.
b) Resto do Mundo.
c) Empresas.
d) Estado.

48. Os elementos que constituem o Estado são:


a) Presidente da República, Primeiro-Ministro e o Governo
b) Governo, Povo e Assembleia da República
c) O Povo, a Assembleia da República e o Presidente da República
d) O Território, o Povo e os Órgãos de Soberania

49. Quando o Estado entrega prestações sociais às famílias, está a proceder a uma...
a) repartição primária do rendimento.
b) redistribuição do rendimento.
c) redução do défice orçamental.
d) redução das despesas orçamentais.

50. Um dos objectivos da intervenção do Estado na redistribuição do rendimento é garantir uma


maior…
a) produtividade.
b) autonomia.
c) eficiência.
d) equidade.
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51. Tendo em vista satisfazer as necessidades da colectividade e garantir a vida em sociedade, o
Estado desempenha as funções:
a) Legislativa, judicial e executiva.
b) Financeira, económica e legislativa
c) Politica, económica e social
d) Executiva, pública e colectiva

52. A decisão do governo de aumentar o salário mínimo nacional é uma medida que tem como
objectivo essencial…
a) aumentar a eficiência na utilização dos recursos
b) diminuir as desigualdades sociais
c) proporcionar a criação de emprego
d) assegurar o equilíbrio das contas externas.

53. Em 2012, num determinado país, existiam apenas quatro empresas produtoras de aço. Em
2013, a administração de uma das empresas decidiu adquirir as restantes, com o objectivo de
aumentar os preços e os lucros. O elevado investimento inicial necessário para criar uma
empresa produtora desse bem poderia inviabilizar o aparecimento de novas empresas nesse
mercado. No contexto descrito, nesse país, o Estado interveio, impedindo a concretização da
transacção. A intervenção do Estado justifica-se, porque

a) o produto transaccionado no mercado era um bem público.


b) o produto comercializado no mercado era um bem colectivo.
c) o funcionamento do mercado num regime de monopólio contribuiria para a sua menor
eficiência económica.
d) o funcionamento do mercado num regime de concorrência perfeita contribuiria para a sua
menor eficiência económica.

54. O bem A apresenta duas características: ninguém pode ser excluído de o consumir e o uso que
alguém faz dele não diminui a quantidade disponível para outros o utilizarem. Estas duas
características, a de bem não excluível e a de bem não rival, são características dos
a) bens públicos.
b) bens privados.
c) bens comuns.
d) bens normais.

55. Podemos considerar que existe uma «falha de mercado» quando


a) o mercado não resolve todos os problemas de escassez de recursos produtivos.
b) os bancos cobram juros pelos empréstimos concedidos às empresas.
c) o mercado não considera as externalidades positivas nem as externalidades negativas.
d) os lucros anuais das empresas superam os salários pagos durante o mesmo período.

56. As despesas públicas:


a) Tributárias ou coactivas;
b) Creditícias;
c) Correntes ou de capital;
d) Patrimoniais ou voluntárias.

57. Constitui uma despesa do Estado o valor:


a) Das remessas dos emigrantes;
b) Da venda de património público;
c) Dos depósitos das famílias em bancos privados;
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d) Compra de bens materiais.

58. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) é um imposto:


a) Complementar.
b) Directo.
c) Desigual.
d) Nenhuma das anteriores.

59. As despesas de capital são efectuadas para:


a) Garantir o normal funcionamento da Administração Pública
b) Para aumentar a capacidade produtiva do país.
c) Incluem os impostos, as taxas e outras contribuições.
d) Nenhuma das anteriores.

60. As receitas públicas podem ser:


a) Apenas provenientes dos impostos.
b) Patrimoniais, tributárias ou creditícias.
c) Gastos efectuados pelo Estado
d) Nenhuma das anteriores.

61. Constitui um exemplo de Despesa pública corrente


a) o vencimento dos funcionários públicos.
b) a construção de uma autoestrada.
c) o valor dos impostos indiretos.
d) a importação de bens efetuada pelas empresas.

62. É exemplo de um imposto directo o…


a) Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS).
b) Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
c) Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).
d) Imposto sobre o Tabaco (IT)

63. Os impostos directos incidem…


a) sobre os rendimentos das famílias e sobre os rendimentos das empresas.
b) apenas sobre os rendimentos das famílias.
c) apenas sobre as despesas das empresas.
d) sobre as despesas das empresas e sobre as despesas das famílias.

64. As diversas repartições de finanças de um dado país decidiram melhorar a qualidade dos
serviços prestados e, para isso, adquiriram novas fotocopiadoras e novas esferográficas. Os
valores de compra das fotocopiadoras e das esferográficas são inscritos no Orçamento do
Estado como
a) despesas correntes, em ambos os casos.
b) despesas de capital, em ambos os casos.
c) despesas de capital e correntes, respectivamente.
d) despesas correntes e de capital, respectivamente.

65. O Orçamento de Estado é o documento elaborado anualmente pelo Governo e apresentado


sob a forma de lei, à Assembleia da República, no qual se prevêem…
a) as exportações e as importações que se esperam vir a efectuar.
b) os investimentos a realizar pelo sector público e pelo sector privado´
c) as receitas públicas a cobrar e as despesas públicas a efectuar
d) ao saldos orçamental e externo do país.
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66. Na óptica do Orçamento do Estado, as despesas públicas dividem-se em despesas correntes e
de capital. As despesas correntes correspondem…
a) aos encargos com a manutenção do património do Estado
b) aos encargos permanentes do Estado no desempenho das suas funções
c) ao investimento em capital fixo realizado pelo Estado.
d) ao investimento em capital circulante que se espera vir a realizar.

67. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas colectivas (IRC) é um imposto:


a) Complementar.
b) Directo.
c) Desigual.
d) Nenhuma das anteriores.

GRUPO II
Leia o texto.

Os impostos diretos progressivos penalizam mais quem ganha mais e menos quem ganha menos,
contribuindo para a promoção da equidade. Pelo contrário, os impostos indiretos sobre um dado bem
são pagos, na mesma medida, tanto por alguém que ganha muito como por alguém que apenas recebe
o rendimento social de inserção. Como política fiscal, o recurso aos impostos indiretos, sobretudo
quando se trate de bens de consumo essencial, pode comprometer a promoção da equidade.

Baseado em: Catarina de Albuquerque, entrevista à Visão, in http://visao.sapo.pt (consultado em outubro de 2015)

Explicite, com base no texto, as diferenças entre a utilização de impostos diretos progressivos e a utilização de
impostos indiretos, no que respeita à promoção da equidade. Na sua resposta, comece por distinguir impostos
diretos de impostos indiretos

RESPOSTA
• os impostos diretos incidem sobre os rendimentos (incluindo as fontes de rendimento que recaem
sobre o património) dos agentes económicos; os impostos indiretos incidem sobre o consumo de bens
e serviços (transacionados no mercado);
• os impostos diretos progressivos, ao apresentarem taxas (médias) de imposto mais elevadas para
famílias com rendimentos mais elevados, contribuem para a redução das desigualdades na repartição
(pessoal) dos rendimentos, promovendo a equidade;
• os impostos indiretos podem comprometer a equidade, porque, na aquisição de um dado bem (ou de
um bem de consumo essencial), as famílias com maiores rendimentos pagam a mesma taxa de imposto
(ou o mesmo montante de imposto) que as famílias com menores rendimentos (ou que apenas
recebem o rendimento social de inserção)

GRUPO III

Leia o texto que se segue.

Em 2011, em Portugal, de acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, após


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transferências sociais do Estado, 17,9% da população residente encontrava-se em risco de pobreza(1).
Sem o contributo de quaisquer transferências sociais do Estado, o mesmo inquérito indica que, a serem
considerados apenas os rendimentos do trabalho, de capital e de transferências privadas, 45,4% da
população residente estaria em risco de pobreza, no mesmo ano.

Instituto Nacional de Estatística, Anuário Estatístico de Portugal 2012, in www.ine.pt (adaptado)

(1) População cujo rendimento equivalente se encontra abaixo do limiar de pobreza, definido como
60% do rendimento mediano por adulto.

Explicite, com base no texto, o papel do Estado na redistribuição do rendimento, identificando dois
instrumentos cujo objetivo seja a promoção dessa redistribuição. EXAME 2015 1 FASE

Tópicos de resposta:
• o papel do Estado na redistribuição do rendimento consiste em alterar a repartição pessoal (ou a
repartição primária) dos rendimentos, de forma a reduzir as desigualdades nessa repartição (ou a
combater situações de pobreza);
• em Portugal, o Estado, através da redistribuição do rendimento, contribuiu para a redução do risco de
pobreza, que passou de 45,4%, antes de quaisquer transferências sociais do Estado, para 17,9%, após
as transferências sociais do Estado, em 2011;
• o Estado pode utilizar vários instrumentos na redistribuição do rendimento, como, por exemplo, o
subsídio de desemprego e o rendimento social de inserção (ou os impostos diretos progressivos).
GRUPO IV
Leia o texto que se segue.

As despesas e as receitas do Orçamento do Estado traduzem sempre escolhas e produzem sempre


efeitos ao nível económico e social, nomeadamente, em termos de promoção da equidade e da
estabilidade económica. Por exemplo, se o Estado aumentar a tributação sobre o rendimento das
Famílias, tal irá gerar efeitos sobre a atividade económica e alterar a repartição pessoal dos
rendimentos.

Paulo Trigo Pereira et al., Economia e Finanças Públicas, 2010 (adaptado)

Explicite, com base no texto, o papel do Orçamento do Estado como instrumento de intervenção
económica e social. EXAME 2013 – 2 FASE

Na resposta, é explicitado o papel do Orçamento do Estado como instrumento de intervenção


económica e social, sendo referidos, de forma correta1, os seguintes aspetos, ou outros considerados
relevantes:
• o Orçamento do Estado, ao explicitar a origem das receitas públicas e a sua aplicação em diferentes
áreas, permite identificar as opções económicas e sociais do Estado ao nível da promoção da equidade,
eficiência e estabilidade da economia;
• o Estado, através do seu Orçamento, poderá intervir na estabilidade da economia; por exemplo, o
Estado, ao aumentar os impostos sobre os rendimentos das Famílias, mantendo-se tudo o resto
constante, irá provocar uma redução do Rendimento disponível das Famílias, o que poderá ter como
efeito uma quebra no Consumo privado, influenciando a atividade económica;
• o Estado, através do seu Orçamento, poderá promover a equidade; por exemplo, o Estado, ao aplicar
14
impostos diretos de taxas progressivas sobre os rendimentos das Famílias, mantendo-se tudo o resto
constante, irá influenciar a repartição pessoal dos rendimentos.

GRUPO V

Os dados apresentados nos gráficos 4 e 5 referem-se à economia portuguesa, de 2010 a 2014.

15
Explique, com base nos dados apresentados, as alterações na estrutura da despesa pública total, em
Portugal, de 2010 a 2014, considerando:
– a evolução da despesa pública total, em termos nominais;
– a evolução das três componentes que justificaram o sentido da evolução da despesa pública total;
16
– os efeitos da evolução comparada da despesa pública total e de cada uma dessas três componentes
na estrutura da despesa pública total.
EXAME 2016 – 1 FASE GRUPO III

Tópicos de resposta:
• a despesa pública total decresceu, tendo registado uma taxa de variação de -9,1% (em termos
nominais)
• a formação bruta de capital (FBC), a remuneração dos empregados e o consumo intermédio foram as
componentes que justificaram o decréscimo da despesa pública total;
• a FBC, a remuneração dos empregados e o consumo intermédio diminuíram, tendo registado,
respetivamente, taxas de variação de - 63,1%, de -16,8% e de - 4,1% (em termos nominais)
• o decréscimo (percentual) da FBC e o decréscimo (percentual) da remuneração dos empregados
foram superiores ao decréscimo (percentual) da despesa pública total, explicando a diminuição do peso
destas componentes na despesa pública total;
• o decréscimo (percentual) do consumo intermédio foi inferior ao decréscimo (percentual) da despesa
pública total, explicando o aumento do peso desta componente na despesa pública total. 1 A referência
«em termos nominais» será exigida apenas uma vez ao longo da resposta.

GRUPO VI

Leia o texto que se segue.

Uma fábrica produtora de aço despeja os seus resíduos num rio, tornando um local de lazer, situado a
jusante, inadequado para atividades como a natação e a pesca. A fábrica de aço não está a suportar,
como custos de produção, os custos resultantes do impacto dos seus resíduos noutras atividades. Se
esta situação prevalecer em todas as fábricas produtoras de aço, então o preço do aço será mais baixo
e a quantidade produzida poderá ser excessivamente alta.

Robert S. Pindyck e Daniel L. Rubinfeld, Microeconomia, S. Paulo,


Pearson, 2010, p. 546 (adaptado)

Explique, com base no texto, as razões para a quantidade produzida de aço poder ser excessivamente
alta.
Comece por identificar e explicitar a falha de mercado implícita no texto. 2015

Resposta
A falha de mercado implícita no texto é uma externalidade negativa.
A fábrica de aço está a gerar efeitos negativos sobre o bem-estar de outros agentes económicos e a quantidade
produzida de aço poderá ser excessivamente alta, pois os produtores, ao não suportarem os custos resultantes do
impacto dos seus resíduos noutras atividades económicas (ou na natação e na pesca), terão custos de produção
inferiores aos que teriam se suportassem esses custos.

GRUPO VI

O Quadro 5 apresenta valores referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) e às receitas e despesas públicas, em
termos nominais, em Portugal, em 2011 e em 2012. O Gráfico 4 apresenta valores relativos ao défice orçamental,
em Portugal e na Área do Euro a 17 Estados-membros, nos mesmos anos.

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Explique, com base nos documentos apresentados, o comportamento do défice orçamental, em
percentagem do PIB, em Portugal, em 2012, face a 2011, considerando:
– a evolução das receitas e das despesas públicas totais, em termos nominais, e do PIB, em termos
nominais, em Portugal;
– os efeitos dessa evolução sobre o défice orçamental, em percentagem do PIB, em Portugal;
– a evolução comparada do défice orçamental, em percentagem do PIB, em Portugal e na Área do Euro
a 17 Estados-membros. EXAME 2014 1 FASE

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Tópicos de resposta:
• as receitas públicas totais, em termos nominais, diminuíram de 76 934 milhões de euros, em 2011,
para 67 794 milhões de euros, em 2012, o que correspondeu a uma taxa de variação anual de –11,9%;
• as despesas públicas totais, em termos nominais, decresceram de 84 477 milhões de euros, em 2011,
para 78 390 milhões de euros, em 2012, o que correspondeu a uma taxa de variação anual de –7,2%;
• o PIB, em termos nominais, diminuiu de 171 065 milhões de euros, em 2011, para 165 409 milhões de
euros, em 2012, o que correspondeu a uma taxa de variação anual de –3,3%;
• verificou-se um agravamento do défice orçamental, em percentagem do PIB, que é explicado, por um
lado, pelo agravamento do défice orçamental, em valor absoluto, decorrente de a diminuição do valor
das despesas públicas totais ser inferior à redução verificada no valor das receitas públicas totais, e, por
outro lado, pela diminuição do valor do PIB;
• em Portugal, o défice orçamental, em percentagem do PIB, aumentou, passando de 4,4%, em 2011,
para 6,4%, em 2012; esta evolução foi inversa à verificada na Área do Euro a 17 Estados-membros,
onde o défice orçamental, em percentagem do PIB, diminuiu, passando de 4,2% para 3,7%.

GRUPO VII

Leia o texto que se segue.

Os economistas usam os faróis como exemplo de bens públicos. Os faróis são utilizados para marcar
locais específicos, de modo que os navios possam evitar águas traiçoeiras. O benefício que o farol traz
aos comandantes dos navios não é excluível nem rival, de modo que cada comandante é incentivado a
utilizar o farol para navegar sem pagar por esse serviço. Devido a este problema, a atividade da maioria
dos faróis é, atualmente, financiada pelo Estado.

N. Gregory Mankiw, Introdução à Economia,


Rio de Janeiro, Elsevier, 2001, p. 232 (adaptado)

Justifique, com base no texto, a necessidade da intervenção do Estado para garantir o fornecimento de
bens públicos.
Comece por explicitar as características, referidas no texto, dos bens públicos. EXAME 2014 2 FASE

Resposta Tópicos de resposta:


• a impossibilidade de exclusão (são bens não excluíveis) refere-se ao facto de ninguém poder ser
impedido de consumir um bem público (pois o seu consumo não pode ser individualizado);
• a não rivalidade (são bens não rivais) refere-se ao facto de o consumo do bem público por um agente
económico não diminuir a quantidade disponível desse bem para os outros agentes económicos;
• devido à não exclusão, não é possível evitar que um comandante faça uso de um serviço pelo qual se
recusou a pagar; assim, a iniciativa privada não consegue financiar adequadamente a sua atividade, o
que justifica a necessidade da intervenção do Estado no fornecimento dos bens públicos (produzindo e
oferecendo esses bens ou financiando a sua oferta).

GRUPO VIII

Leia o texto que se segue.


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Quando decidimos utilizar o automóvel para ir para o emprego, consideramos os benefícios de o
utilizar, como, por exemplo, o tempo que se pode ganhar para chegar ao destino.
Consideramos também os custos que temos de suportar, como, por exemplo, o combustível consumido
e o desgaste do carro. Contudo, normalmente, não tomamos em conta, na nossa decisão, o facto de, ao
deslocarmo-nos de carro, estarmos a contribuir para aumentar o trânsito e agravar a poluição. Esses
custos sociais, geralmente, não entram na nossa análise custo/benefício.

Bernardo Guimarães e Carlos Eduardo Gonçalves, Introdução à Economia, 2010 (adaptado)

Explicite as razões da intervenção do Estado destinada a ultrapassar a falha de mercado a que o texto
se refere.
Comece por identificar essa falha de mercado. EXAME 2013 EE

Na resposta, é identificada a falha de mercado a que o texto se refere e são explicitadas as razões da
intervenção do Estado destinada a ultrapassá-la, sendo mencionados, de forma correta, os seguintes
aspetos, ou outros considerados equivalentes:
• o texto refere-se a uma externalidade negativa;
• o mercado tem, por vezes, ineficiências; de forma a ultrapassar estas ineficiências, o Estado intervém
na economia com vista a promover o aumento da eficiência;
• a intervenção do Estado pretende ter em conta os benefícios e/ou os custos ignorados pelos agentes
económicos e contribuir para uma afetação mais eficiente dos recursos da economia.

GRUPO VIII

Leia o texto que se segue.


Embora o mercado seja, em geral, uma forma eficiente de afetação dos recursos, podem existir
situações em que tal não se verifica. Uma dessas situações ocorre quando uma única pessoa ou
empresa tem capacidade para influenciar os preços do mercado. Por exemplo, suponha que numa
cidade todos precisam de água, mas só há um poço. O dono do poço tem poder de mercado (o
monopólio sobre a venda da água), não estando sujeito à concorrência. Pode, por isso, influenciar os
preços. Assim, uma solução poderá ser a intervenção do Estado.

Gregory Mankiw, Principles of Macroeconomics, 1998 (adaptado)

Explicite a intervenção do Estado na atividade económica no sentido de contribuir para a correção da


«falha de mercado» a que o texto se refere. EXAME 2102 2 FASE

Na resposta, é explicitada a intervenção do Estado na atividade económica no sentido de contribuir para a


correção da «falha de mercado» a que o texto se refere, sendo contemplados, de forma correta1, os seguintes
aspetos, ou outros considerados equivalentes:
• a existência de um mercado de monopólio, como o da água do poço, e a consequente ausência de concorrência
no mercado podem contribuir para a fixação de preços elevados, limitadores do acesso à água;
• o Estado poderá intervir limitando o preço de venda da água ou favorecendo o aparecimento de outros
vendedores (ou, em alternativa, limitando os lucros do monopolista);
• a intervenção do Estado far-se-á no sentido de corrigir a imperfeição na concorrência, promovendo desta forma
a eficiência do mercado.

GRUPO IX

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Os documentos apresentados referem-se à evolução das receitas e das despesas públicas, em Portugal,
em 2009 e em 2010, e ao saldo orçamental em Portugal e na União Europeia a 27 Estados-membros, no
período de 2008 a 2010.

Explicite, com base nos documentos apresentados, a evolução do saldo orçamental, em Portugal, em
2010, face a 2009, considerando:
– o comportamento das receitas e das despesas públicas;
– a evolução comparada do saldo orçamental em Portugal e na UE a 27 Estados-membros. EXAME 2102
EE

Na resposta, é explicitada a evolução do saldo orçamental em Portugal, em 2010, face a 2009, sendo
referidos, de forma correta1, os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes:
• em 2010, as receitas públicas totais aumentaram 7,4%, face a uma diminuição de 5,6% registada em
2009; em contrapartida, no mesmo ano, verificou-se um abrandamento do ritmo de crescimento das
despesas públicas totais, tendo-se registado uma taxa de variação de 5,6%, contra o valor de 8,9%
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registado em 2009;
• no ano em causa, apesar de as receitas públicas totais terem crescido a uma taxa de variação superior
à das despesas públicas totais, o seu peso no PIB continuou inferior ao das despesas públicas totais,
sendo, respetivamente, de 41,5% e de 51,3%, evidenciando assim a manutenção de um défice
orçamental elevado, de 9,8%;
• o comportamento das receitas públicas totais em 2010, expressa, por um lado, o crescimento de 2,3%
registado pelas receitas correntes, face ao decréscimo de 5,7% verificado em 2009, e, por outro lado, o
aumento de 273,4% registado pelas receitas de capital, o que contrasta com a diminuição de 0,3%
verificada em 2009;
• o comportamento das despesas públicas totais em 2010, expressa a variação das despesas de capital,
que continuaram a crescer a um ritmo muito acelerado, 45,9%; no mesmo ano, as despesas correntes
continuaram a crescer, mas a um ritmo inferior ao registado no ano anterior, 2,1%, contra o valor de
7,7% registado em 2009;
• no período em causa, verificou-se uma redução do défice orçamental em percentagem do PIB, quer
em Portugal, quer na UE 27; no entanto, o défice português em percentagem do PIB continuou acima
do verificado na UE 27, sendo estes, respetivamente, de 9,8% e de 6,6%;
• no período em causa, a evolução do défice português em percentagem do PIB acompanhou a
tendência verificada na UE 27, embora registando desequilíbrios orçamentais mais significativos.

GRUPO X

Leia o texto que se segue.


A política económica não se esgota nas políticas conjunturais. Num outro horizonte temporal, a política
económica tenta também agir de forma a criar condições para um crescimento económico tão rápido e
equilibrado quanto possível.
João Ferreira do Amaral, Política Económica, 1996 (adaptado)

No texto, são apresentados dois tipos de políticas económicas – políticas conjunturais e políticas
estruturais.
Estabeleça a diferença entre esses dois tipos de políticas económicas. EXAME 2011 1 FASE

Na resposta é estabelecida a diferença entre os dois tipos de políticas económicas referidos no texto,
sendo apresentados, de forma correcta1, os seguintes aspectos, ou outros considerados relevantes:
• as políticas conjunturais actuam no curto prazo e pretendem corrigir desequilíbrios que surgem num
período curto;
• as políticas estruturais actuam nos médio e longo prazos e pretendem, nomeadamente, criar
condições para o crescimento económico.

GRUPO XI

Leia o texto que se segue.


Uma das razões da intervenção do Estado na economia é a necessidade de oferta de bens que, sendo
desejados pelos cidadãos, não são fornecidos através do funcionamento dos mercados.
Uma outra razão dessa intervenção prende-se com alguns efeitos externos da produção de bens

22
mercantis.
Uma terceira razão está ligada à regulação; de facto, muitos mercados funcionam de forma não
competitiva, requerendo a intervenção do Estado para corrigir restrições à concorrência.

Paulo Trigo Pereira et al., Economia e Finanças Públicas, 2009 (adaptado)

Explicite cada uma das razões que, de acordo com o texto, podem levar o Estado a intervir na
economia. EXAME 2011 2 FASE

Na resposta são explicitadas as razões que podem levar à intervenção do Estado na economia, sendo
referidos, de forma correcta, os seguintes aspectos, ou outros considerados relevantes:
• a ausência ou a insuficiência de oferta privada (do mercado) de certos bens, nomeadamente, de bens
públicos, pode levar o Estado a suprir essa falha;
• a existência de externalidades negativas, ou seja, de efeitos indesejáveis provocados pela produção
privada de bens, é outro factor que pode levar à intervenção do Estado;
• a existência de restrições à concorrência – concorrência imperfeita – pode também levar o Estado a
intervir no sentido de regular o funcionamento dos mercados.

GRUPO XII

A taxa de inflação em Portugal inverteu, em 2006, a tendência decrescente observada desde 2001. O
aumento da taxa de inflação em termos médios anuais ficou associado, sobretudo, ao impacto do
agravamento da tributação sobre os preços no consumidor, bem como à aceleração dos preços de
importação de produtos não energéticos.
No âmbito das medidas de carácter fiscal com impacto na inflação, assumiu particular destaque a
subida do Imposto sobre o Tabaco, no início de 2006. O aumento da taxa normal do IVA (Imposto sobre
o Valor Acrescentado), em Julho de 2005, terá igualmente contribuído para exercer pressão sobre os
preços internos, em 2006. O aumento do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) também teve efeito
nos preços dos combustíveis.
.

Classifique, como directos ou indirectos, dois dos impostos referidos no texto. Exame 2009 1 fase

Na resposta são classificados como indirectos dois dos seguintes impostos:


• Imposto sobre o Tabaco;
• Imposto sobre o Valor Acrescentado;
• Imposto sobre os Produtos Petrolíferos.

GRUPO XIII

Leia o texto que se segue.

O destino que o mercado dá aos resultados da actividade económica é, por vezes, influenciado por
factores estranhos ao próprio mercado. Por essa razão, a repartição feita pelo mercado pode não ser
justa. Assim, o Estado pode intervir no sentido de alcançar uma maior equidade.

João César das Neves,

23
Princípios de Economia Política (adaptado)

Justifique, tendo em conta o texto, a necessidade de intervenção do Estado, nas esferas económica e
social, com vista a alcançar uma maior equidade.
Exame 2009 1 fase

Na resposta é justificada a necessidade de intervenção do Estado, nas esferas económica e social, de


forma a alcançar uma maior equidade, sendo referidos, entre outros, os seguintes aspectos:
• a repartição do rendimento efectuada pelo mercado «pode não ser justa», gerando desigualdades
económicas e sociais;
• com vista a garantir o acesso a níveis de bem-estar considerados desejáveis, sobretudo aos cidadãos
mais carenciados, o Estado pode efectuar uma redistribuição do rendimento.

GRUPO XIV

Em 2005, observou-se, na economia portuguesa, uma estagnação do emprego total e um aumento da


taxa de desemprego. Esta evolução da taxa de desemprego, em 2005, parece ter sido mais afectada por
um aumento da duração do desemprego do que por um maior fluxo de novos desempregados. De
facto, em 2005, a duração do desemprego registou um aumento face ao ano anterior, atingindo o valor
médio de 21,1 meses.
É sabido que o desemprego de longa duração tende a aumentar em períodos de fraco
crescimento económico e de reestruturação sectorial, nomeadamente, em resultado da
inadequação das competências profissionais dos desempregados às novas ofertas de emprego, factor
especialmente relevante numa população com baixo nível médio de escolaridade.
No entanto, esta evolução desfavorável do desemprego de longa duração deverá estar também
associada às alterações introduzidas, em 1999 e em 2003, no regime de concessão do subsídio de
desemprego, que tornaram mais fácil o acesso ao subsídio e aumentaram os períodos da sua
concessão.
O quadro que se segue apresenta a evolução de alguns indicadores do desemprego em Portugal, no
período compreendido entre 2003 e 2005.

A situação de desemprego, tal como outras situações, tem efeitos indesejáveis, tanto a nível económico
como social, podendo levar à intervenção do Estado.
Apresente três aspectos que evidenciem a importância do Orçamento do Estado como instrumento de
intervenção económica e social, em geral.

A resposta apresenta três dos aspectos que se seguem, ou outros


considerados relevantes, para evidenciar a importância do Orçamento do Estado como instrumento de
intervenção económica e social, em geral:
• o Estado utiliza tanto as suas receitas como as suas despesas para prosseguir os seus objectivos
económicos e sociais;
• do lado das receitas, o Estado pode alterar a distribuição do rendimento (através dos impostos e das
contribuições sociais);
• ainda do lado das receitas, o Estado pode orientar a actividade produtiva através dos impostos
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(política fiscal);
• do lado das despesas, o Estado pode (em certas circunstâncias) tentar dinamizar a economia através
do consumo público, do investimento público e/ou de subsídios à produção;
• ainda do lado das despesas, o Estado pode efectuar transferências sociais para as famílias mais
carenciadas.

GRUPO XV

O comportamento do mercado de trabalho em Portugal, em 2004, foi globalmente consistente com a


evolução da actividade económica. No sector dos serviços, voltou a registar-se uma criação de emprego
que contrasta com a contracção observada nos restantes sectores de actividade, situação que reflecte o
fenómeno de terciarização da estrutura produtiva.
Por sua vez, o rendimento disponível dos particulares (em termos reais) cresceu cerca de
1%, em 2004, continuando, entre outros factores, as transferências para as famílias a contribuir de
forma importante para esse rendimento disponível (o que reflecte o peso significativo das prestações
sociais pagas pelas administrações públicas às famílias).
Por outro lado, o comportamento dos salários nominais e do IPC, entre 2001 e 2004, consta do quadro
que se segue.

Explique, tendo em atenção o segundo parágrafo do texto, o papel do Estado na redistribuição do


rendimento. Exame 2007 1 fase

A resposta explica o papel do Estado na redistribuição do rendimento, referindo, nomeadamente, que:


• a intervenção do Estado nesta área tem como objectivo corrigir desigualdades resultantes da
repartição operada pelo mercado (repartição primária);
• através da aplicação de impostos directos progressivos, o Estado efectua uma forma de correcção das
desigualdades verificadas;
• através de transferências internas (por exemplo, das prestações sociais pagas às Famílias), o Estado
efectua uma outra forma de correcção das desigualdades.

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