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INTRODUCAO
A língua japonesa em sua forma escrita utiliza um sistema
ideográfico que focaliza em especial o conceito/significado das palavras.
Porém, esse sistema parece não atrair as marcas gramaticais da língua,
necessitando utilizar um outro sistema, de caráter fonológico (o hiragana).
Assim, o que parece é que na língua japonesa, em sua modalidade
escrita, há a distinção explícita entre componentes conceptuais e
componentes gramaticais.
A partir desta análise, a presente pesquisa tem como objetivo
mostrar, numa abordagem gerativista, como esses ideogramas podem,
talvez, ajudar na compreensão da estrutura da Língua de Sinais Brasileira,
utilizada pelos surdos, já que nessa língua utilizam-se, em grande parte,
sinais ideográficos.
O que vamos apresentar hoje é uma pequena parte de uma pesquisa
que ainda está sendo desenvolvida junto ao setor de Lingüística, sob a
orientação da Professora Miriam Lemle. Portanto, mostraremos apenas
dados parciais desta pesquisa.
PESQUISA
Na teoria da gramática gerativa, a linguagem é vista como uma
capacidade inerente ao ser humano. Essa capacidade nos permite expressar
pensamentos através do encadeamento de sinais. Há uma gramática
universal das línguas, um modelo de linguagem que rege todas as línguas.
As culturas humanas inventaram duas maneiras distintas de expressar
conceitos e idéiasatravés da escrita. Algumas optam por representá-los
através de uma transcrição dos sons da fala. Outras optam por representá-
los através de alguma representação do significado, do conceito. O
Português, o espanhol, o francês, optaram por representar a língua através
de representações dos sons, usando o sistema alfabético. Já o chinês,
coreano, japonês, optaram por representar a língua na modalidade escrita
através dos conceitos, ou seja, utilizam sistemas ideográficos.
Baseando-nos em um Modelo de Linguagem proposto por dois
lingüistas gerativistas, Alec Marantz e Morris Halle, ambos do MIT
(Massachussets Institute of Technology), de acordo com a Teoria da
Morfologia Distribuída, tentaremos mostrar como se poderá fazer a
comparação entre duas línguas distintas.
Lista 1:
Repertório
de
traços
abstratos
conceptuais
Sintaxe
Juntar e Mover
traços
SPELL-OUT
Sistema Articulatório- inserção lexical Sistema Conceptual-
perceptual intencional
Lista 3:
Lista 2: Enciclopédia
Morfologia
Dá leituras
Repertório ao
de output na
unidades inserção
lexicais lexical
Bibliografia:
1.Marantz, Alec, 1997 - No escape from syntax: don't try morphological
analysis in the privacy of your own lexicon. Em A. Dimitriadis, l. Siegel et
al. (eds), University of Pennsylvania Working Papers in linguistics, Vol.4.2, 201-225.
3. Halle, Morris & Alec Marantz, 1994. Some key features of distributed
Morphology. Em Carnie, A., H. Harley e T. Bures (eds.), Papers on phonology
and morphology, MIT Working Papers in Linguistics 21, 275-288.