CURSO: ESPECIALIZAÇÃO – ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
DISCIPLINA: ANALISE LINGUÍSTICA E SEMIÓTICA
ALUNO(A) MARIA DOS REIS DA SILVA DATA ; 17/03/2024
Introdução
Neste texto, iremos articular as concepções de língua e linguagem já
estudadas em Teoria da Linguagem e Teoria Literária (TLTL) com as discussões abordadas nesta semana em relação à gramática, análise linguística e semiótica. Buscaremos embasamento teórico para embasar nossas argumentações, seguindo as normas da ABNT.
Concepção de língua e linguagem
Para compreendermos a relação entre língua, linguagem, gramática e
semiótica, é fundamental iniciar pela definição desses conceitos. De acordo com Saussure (1916), a língua é um sistema de signos, que possui regras e estruturas próprias, compondo-se de elementos móveis e combinatórios. Já a linguagem, segundo Bakhtin (1979), é uma construção social e histórica, sendo a forma pela qual nos expressamos e nos relacionamos com o mundo. Ao refletirmos sobre essas concepções, podemos compreender que a língua é uma ferramenta específica, que utilizamos para nos comunicar, e a linguagem é mais ampla, englobando diversas formas de expressão, como gestos, imagens e sons.
Além disso, a linguagem também é influenciada por aspectos
culturais e individuais, sendo moldada pelo contexto em que é utilizada. A gramática, por sua vez, trata das regras e normas que regem o uso da língua, incluindo aspectos como a ortografia, a sintaxe e a semântica. É por meio da gramática que organizamos e estruturamos nossas expressões linguísticas, garantindo a compreensão e a comunicação efetiva.
A semiótica é uma área de estudo que busca entender os
diferentes sistemas de signos presentes na linguagem e em outras formas de comunicação. Ela analisa como os signos são produzidos, interpretados e significados, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada da comunicação humana. Portanto, a compreensão da relação entre língua, linguagem, gramática e semiótica permite-nos compreender como utilizamos a língua como uma ferramenta para expressar nossa linguagem de maneira estruturada e significativa. Esses conceitos nos ajudam a entender como nos comunicamos e como nos relacionamos com o mundo e com os outros através da linguagem.
Relação com a gramática
A gramática, por sua vez, é o conjunto de regras que regem a língua.
Tradicionalmente, é dividida em três partes: fonologia, sintaxe e semântica. A fonologia se refere aos sons da língua, a sintaxe trata da estrutura das frases e a semântica diz respeito ao significado das palavras.
No entanto, atualmente, a gramática normativa vem perdendo
espaço para a gramática descritiva, que estuda os usos reais da língua e analisa como ela funciona na prática. A análise linguística, nesse contexto, busca compreender as variações linguísticas e as mudanças ocorridas ao longo do tempo.
Relação com a semiótica
A semiótica, por sua vez, é o estudo dos signos e dos processos de
significação. Trata-se de uma ciência que analisa a forma como os signos são construídos e como são interpretados pelos indivíduos. De acordo com Peirce (1940), os signos são representações de algo para alguém, sendo compostos por um significante (a forma perceptível do signo) e um significado (a ideia ou conceito representado pelo signo). Ao relacionarmos a linguagem com a semiótica, percebemos que a linguagem é composta por signos, que podem ser verbais (palavras) ou não verbais (gestos, imagens, etc.), e é por meio desses signos que nos comunicamos e atribuímos significados.
Conclusão
Em suma, é possível perceber a estreita relação entre língua,
linguagem, gramática e semiótica. A língua é um sistema de signos, que possui estrutura e regras próprias, enquanto a linguagem é mais ampla, englobando diversas formas de expressão. A gramática, por sua vez, estuda as regras da língua, sendo a gramática descritiva mais relevante atualmente. Já a semiótica se dedica ao estudo dos signos e dos processos de significação.
Ao compreendermos esses conceitos e analisarmos as suas inter-
relações, podemos perceber a importância de estudá-los e compreender como funcionam na prática. É por meio desse conhecimento que podemos desenvolver uma melhor comunicação e compreensão do mundo ao nosso redor. Referências
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas
fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979.
PEIRCE, C. S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 1980.
SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 1997.