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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL


INSTITUTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA F III
PROFA. DOROTÉIA DE FÁTIMA BOZANO

DANIEL SILVA LONGO


RGA: 2021.2406.001-2

PRÁTICA 5 – ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES

CAMPO GRANDE, MS
ABRIL 2023
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I. OBJETIVOS

i) Determinar a capacitância equivalente na associação de capacitores em série;

ii) Determinar a capacitância equivalente na associação de capacitores em paralelo;

iii) Estudar a conservação de energia em capacitores.


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II. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Potência é a taxa de variação do trabalho pelo tempo. Dessa forma, define-se potência
média como a energia transferida pelo tempo, possuindo no SI a unidade de Watts (W)
(HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2021). Em circuitos elétricos, temos que a taxa de
transferência de energia elétrica, ou seja, a potência, é igual à tensão multiplicada pela
corrente, como descrito na Equação 1 (HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2021).

P=Vi (1)

Em resistores, energia potencial elétrica é convertida em energia térmica devido à


desaceleração dos elétrons ao passar pelo meio resistivo. Dessa forma, há uma potência para
essa conversão de energia, podendo ser representada pela Equação 3 ao associar a Equação 1
com a lei de Ohm, descrita na Equação 2. (HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2021).

V R=Ri (2)

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P R=V R i=Ri (3)

Como as fontes reais, inclusive baterias e pilhas, possuem uma resistência interna
diferente de 0, elas também dissipam parte da energia gerada em forma de calor. Assim, a
potência fornecida por uma fonte de alimentação após perdas internas é chamada de potência
útil. Considere uma fonte real ligada em série com um resistor. Nesse caso, a corrente pode
ser dada pela tensão fornecida pela fonte (V0) dividida pela resistência total do sistema, ou
seja, a associação entre o resistor (R) e a resistência interna da fonte (R f). Essa equação se
encontra na Equação 4 (BOZANO, 2023).

V0
i= (4)
(R+R f )

Assim, pode-se substituir na Equação 3 e encontrar uma função para a potência


dissipada no resistor (PC). A função resultante encontra-se na Equação 5 (BOZANO, 2023).
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R 2
PC = 2
V0 (5)
( R+ R f )

Ao derivar essa função em relação à resistência elétrica do resistor (R), encontramos


então a transferência de potência da fonte para o resistor. Ao igualar a 0, significa que essa
transferência de potência será máxima, e, no caso de uma transferência de potência máxima,
temos que a resistência do resistor deve ser igual à resistência interna da fonte. A equação
encontra-se na Equação 6 (BOZANO, 2023).

dPC 1 2 R 2
= V 0−2 V 0 =0 (6)
dR ( R+ R f )2
(R+ Rf )3

Porém, transferência de potência máxima não significa necessariamente máxima


eficiência na transferência de potência. Para saber de fato a eficiência, pode-se calcular a
potência dissipada na fonte e a potência dissipada no resistor e então somá-las e dividir pela
potência dissipada no resistor, conforme está disponível na Equação 7 (BOZANO, 2023).

P C + Pf R
η= = (7)
PC R+ R f

Dessa forma, observa-se que, a fim de possuir máxima eficiência, a potência dissipada
pela fonte deve ser muito menor que a potênica dissipada pelo resistor (BOZANO, 2023).
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III. MATERIAIS E MÉTODOS.

III.I.i – Materiais

• Protoboard;
• 2 multímetros digitais;
• 1 resistor de potência de 10 Ω/10 W;
• uma fonte de corrente contínua (DC);
• um potenciômetro de 50 Ω e 4 W.

III.I.ii – Procedimento

Montou-se o circuito de acordo com o circuito descrito na Figura 1, com o resistor


inserido para simular a resistência interna da fonte uma vez que a resistência real é muito
pequena na fonte utilizada.

Figura 1 – Montagem experimental.

Fonte: BOZANO, 2023

Em seguida, com a chave S aberta, zerou-se o potenciômetro e mediu-se sua


resistência elétrica utilizando um multímetro na função de Ohmímetro. Fornecendo
aproximadamente 5 V de tensão na fonte, fechou-se a chave S e mediu-se a tensão no resistor
e no potenciômetro. Abriu-se a chave e aumentou-se a resistência do potenciômetro em 2 Ω.
Repetiu-se o processo até chegar no valor máximo de resistência eléþrica do potenciômetro
(50 Ω).
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IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Mediu-se o valor real da resistência utilizada (R1). O valor é:

R1 = 9,87 Ω
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V. CONCLUSÃO

Foram realizados 3 experimentos nos quais buscou-se medir a resistência elétrica


interna de um voltímetro em diferentes fundos de escala. Para isso, montou-se um circuito
com duas resistências de valor semelhante em série e mediu-se a tensão nos resistores. Com o
resultado obtido, foi possível calcular a resistência interna do voltímetro usado para medir a
tensão. No voltímetro, foram utilizados os fundos de escala de 200 mV, 2 V e 20 V.
Após o procedimento experimental, os resultados encontrados foram (1,2±0,9)x107 Ω
para o fundo de escala de 200 mV, (9±3)x106 Ω para o fundo de escala de 2 V e (1,1±0,1)x107
Ω para o fundo de escala de 20 V. Todos os valores possuem 10 MΩ, o valor nominal
fornecido pelo fabricante para a impedância do voltímetro, em seu intervalo. Dessa forma,
conclui-se que é bem provável que todos os fundos de escala analisados utilizem a mesma
resistência elétrica.
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VI – BIBLIOGRAFIA

BOZANO, Dorotéia de Fátima. Medidas de grandezas físicas, incertezas e propagação de incertezas. Campo
Grande: UFMS, 2022.

BOZANO, Dorotéia de Fátima. Prática 5 – Associação de capacitores. Campo Grande: UFMS, 2023.

BOZANO, Dorotéia de Fátima. Linearização, método dos mínimos quadrados e construção de gráficos.
Campo Grande: UFMS, 2020.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física – Volume 1: Mecânica. 10
ed. Reimpressão. Traduzido por BIASI, Ronaldo Sérgio de. Rio de Janeiro: LTC, 2021.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física – Volume 3:


Eletromagnetismo. 10 ed. Reimpressão. Traduzido por BIASI, Ronaldo Sérgio de. Rio de Janeiro: LTC, 2021.

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