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Índice

1 Objetivo geral e específico .................................................................................................................... 2


1.1 Objetivo geral: ............................................................................................................................. 2
1.2 Objetivos específicos: .................................................................................................................. 2
2 Justificativa............................................................................................................................................ 2
3 Metodologia de pesquisa...................................................................................................................... 2
4 Introdução............................................................................................................................................. 3
5 Memórias Semicondutoras ................................................................................................................... 4
5.1 Princípio de funcionamento ....................................................................................................... 5
5.2 Classificação das memórias semicondutoras ............................................................................ 6
5.2.1 Quanto a Volatilidade ......................................................................................................... 6
5.2.2 Quanto a gravação de dados .............................................................................................. 7
5.2.3 Quanto ao estado ................................................................................................................. 7
5.2.4 Quanto a leitura .................................................................................................................. 7
5.2.5 Quanto a otimização ........................................................................................................... 7
5.3 Tipos de memorias semicondutoras .......................................................................................... 7
5.4 Vantagem das memorias semicondutoras ................................................................................. 8
5.5 Desvantagem das memorias semicondutoras ......................................................................... 10
5.6 Aplicação das memorias semicondutoras ............................................................................... 11
5.7 Arquitetura de uma memória semicondutora ........................................................................ 12
6 Dispositivos lógicos programáveis ...................................................................................................... 13
6.1 Princípio de funcionamento ..................................................................................................... 13
6.2 Classificação dos Dispositivos lógicos programáveis ............................................................. 14
6.3 Tipos de dispositivos lógicos programáveis ................................................................................ 14
6.4 Vantagens de Dispositivos lógicos programáveis ................................................................... 15
6.5 Desvantagens de Dispositivos logico programáveis ............................................................... 16
6.6 Aplicação dos Dispositivos lógicos programáveis................................................................... 16
6.7 Arquitetura do Dispositivos lógicos programáveis ................................................................ 17
7 Conclusão ............................................................................................................................................ 19
8 Bibliografia .......................................................................................................................................... 20
1 Objetivo geral e específico
1.1 Objetivo geral:
No presente trabalho, tem-se como objetivo elucidar as memorias semicondutoras e dispositivo
logico programável e suas arquitetura, e o impacto social que esses dispositivos contribuem suas
práticas, conceitos, características, vantagens, desvantagens, aplicações e suas arquiteturas e
salientando a importância dos mesmos.

1.2 Objetivos específicos:


1. Memorias semicondutoras;
2. Dispositivos lógicos programáveis
3. Arquiteturas

2 Justificativa

Este trabalho nos possibilitará a compreensão dos conceitos das memorias semicondutoras e
dispositivos lógicos programáveis, assim como as suas Arquiteturas e reconhecer seus impactos
na sociedades.

3 Metodologia de pesquisa

A pesquisa do tema deste trabalho e a proposição de seu objetivo foram decorrentes de uma
pesquisa realizada com base em consultas bibliográficas, debates e levantamento de opiniões do
grupo. Para o presente trabalho foi realizado um levantamento de diversas revisões bibliográficas
das memorias semicondutoras e dispositivos lógicos programáveis.
4 Introdução

As memórias semicondutoras são dispositivos eletrônicos que permitem o armazenamento de


informações de forma digital. Elas são amplamente utilizadas em diversas áreas da tecnologia,
como computação, telecomunicações, automação industrial, entre outras. Os dispositivos lógicos
programáveis, por sua vez, são componentes eletrônicos que permitem a implementação de
funções lógicas e digitais personalizadas, através da programação de sua configuração interna.
Neste trabalho, serão abordados os conceitos de memórias semicondutoras, dispositivos lógicos
programáveis, classificação e arquitetura
5 Memórias Semicondutoras

Segundo Maxfield (2011), As memórias semicondutoras são dispositivos eletrônicos que


permitem o armazenamento de dados em dispositivos eletrônicos, como computadores,
smartphones e tablets. Elas são essenciais para a operação desses dispositivos, permitindo que eles
armazenem e recuperem informações de forma rápida e eficiente.

As memórias semicondutoras são baseadas em circuitos integrados, que são compostos por
milhões de transistores e capacitores interconectados. Existem vários tipos de memórias
semicondutoras, cada uma com suas próprias características e aplicações.

Figura5.1: Memoria volátil DRAM

Fonte: Instituto Newton


Figura5.2: memoria não volátil NAND Flash

Fonte: Kingston Technology

5.1 Princípio de funcionamento


O princípio de funcionamento das memórias semicondutoras é baseado na capacidade de um
transistor de conduzir ou não conduzir corrente elétrica através dele, dependendo do seu estado.
As memórias semicondutoras são construídas a partir de vários transistores e capacitores
interconectados que podem armazenar dados na forma de cargas elétricas.

Existem vários tipos de memórias semicondutoras, mas o princípio básico de operação é o mesmo.
Por exemplo, a memória RAM (Random Access Memory) é uma memória volátil que armazena
temporariamente os dados necessários para executar aplicativos. Quando um programa é
executado, os dados são transferidos da memória secundária para a memória RAM. Quando o
programa é encerrado, os dados são apagados da memória RAM. A memória RAM é composta
por um grande número de transistores e capacitores organizados em células de memória. Cada
célula de memória armazena um bit de dados (0 ou 1).

Já a memória ROM (Read-Only Memory) é uma memória não volátil que contém dados que não
podem ser alterados pelo usuário. As informações são gravadas na memória ROM durante a
fabricação do dispositivo e permanecem lá permanentemente. A memória ROM é usada para
armazenar informações críticas do sistema, como o firmware do dispositivo. ( MAINI, 2007 )

Outro tipo de memória semicondutora é a memória flash. A memória flash é uma forma de
memória não volátil que armazena dados eletricamente. É usada em dispositivos de
armazenamento de dados, como pen drives, cartões de memória e SSDs. A memória flash é
composta de células de memória flash, que armazenam um ou mais bits de dados. As células de
memória flash são compostas de transistores MOSFET (Metal-Oxide-Semiconductor Field-Effect
Transistor) interconectados.

Figura 5.1:Estrutura interna de memoria semicondutora

Fonte: Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação, Profa. Luiza Maria Romeiro Codá

5.2 Classificação das memórias semicondutoras


5.2.1 Quanto a Volatilidade
Podem ser Memórias voláteis e não voláteis:

As memórias voláteis são aquelas que perdem os dados armazenados quando a energia é
desligada, enquanto as não voláteis mantêm os dados armazenados mesmo sem energia. Exemplos
de memórias voláteis são a DRAM e a SRAM, enquanto a NAND Flash e a NOR Flash são
exemplos de memórias não voláteis.
5.2.2 Quanto a gravação de dados
Memórias de acesso aleatório e sequencial: as memórias de acesso aleatório (RAM) permitem
acesso direto aos dados armazenados em qualquer posição da memória, enquanto as memórias de
acesso sequencial (ROM, EEPROM, Flash) exigem que os dados sejam lidos ou gravados em uma
determinada ordem.

5.2.3 Quanto ao estado


Podem ser Memórias estáticas e dinâmicas:

As memórias estáticas (SRAM) mantêm os dados armazenados enquanto houver energia e não
exigem atualizações periódicas, enquanto as memórias dinâmicas (DRAM) exigem atualizações
periódicas para manter os dados armazenados. As memórias estáticas são mais rápidas e mais caras
que as dinâmicas.

5.2.4 Quanto a leitura


Podem ser Memórias de leitura e escrita e somente leitura: as memórias de leitura e escrita
permitem tanto a leitura quanto a gravação de dados, enquanto as memórias somente leitura
(ROM) permitem apenas a leitura de dados. A SRAM, DRAM, NAND Flash e NOR Flash são
exemplos de memórias de leitura e escrita, enquanto a ROM é um exemplo de memória somente
leitura.

5.2.5 Quanto a otimização


Podem ser Memórias de alta velocidade e alta capacidade: algumas memórias semicondutoras são
otimizadas para oferecer alta velocidade de acesso, enquanto outras são otimizadas para oferecer
alta capacidade de armazenamento. Por exemplo, a SRAM é uma memória de alta velocidade,
enquanto a NAND Flash é uma memória de alta capacidade.

5.3 Tipos de memorias semicondutoras


De acordo com Peter (2008), os tipos de memorias semicondutoras são:

 DRAM (Dynamic Random Access Memory): é uma memória volátil que armazena dados
em capacitores que precisam ser atualizados periodicamente para manter a integridade dos
dados.
 SRAM (Static Random Access Memory): é uma memória volátil que armazena dados em
flip-flops, que são circuitos compostos por vários transistores.
 NAND Flash: é uma memória não volátil que armazena dados em células de memória que
podem ser programadas e apagadas eletricamente.
 NOR Flash: é uma memória não volátil que armazena dados em células de memória que
podem ser acessadas de forma aleatória.
 FeRAM (Ferroelectric Random Access Memory): é uma memória não volátil baseada em
óxidos de metal ferroelétricos, que possuem uma polarização elétrica que pode ser
alternada para armazenar dados.
 MRAM (Magnetoresistive Random Access Memory): é uma memória não volátil que
armazena dados em células de memória que utilizam a resistência magnética para
armazenar informações. Possui alta velocidade de escrita e leitura e baixo consumo de
energia.
 PRAM (Phase Change Random Access Memory): é uma memória não volátil que
armazena dados em células de memória que utilizam a mudança de fase de um material
para armazenar informações. Possui alta densidade de armazenamento e baixo consumo de
energia.
 ReRAM (Resistive Random Access Memory): é uma memória não volátil que armazena
dados em células de memória que utilizam mudanças na resistência elétrica para armazenar
informações. Possui alta velocidade de escrita e leitura e baixo consumo de energia.
 STT-RAM (Spin-Transfer Torque Random Access Memory): é uma memória não volátil
que armazena dados em células de memória que utilizam o spin dos elétrons para
armazenar informações. Possui alta densidade de armazenamento e baixo consumo de
energia.

5.4 Vantagem das memorias semicondutoras


Segundo o Brock (2019), as memorias semicondutoras possuem seguintes vantagens:

1. Velocidade: as memórias semicondutoras são muito mais rápidas do que as memórias


magnéticas e ópticas. Elas podem acessar os dados em questão de nanossegundos,
enquanto as memórias magnéticas e ópticas levam milissegundos.
2. Confiabilidade: as memórias semicondutoras são mais confiáveis do que as memórias
magnéticas e ópticas, pois não possuem peças móveis que possam se desgastar ou falhar.
Além disso, elas são menos suscetíveis a danos físicos.

3. Durabilidade: as memórias semicondutoras são muito mais duráveis do que as memórias


magnéticas e ópticas. Elas podem suportar milhões de ciclos de leitura e gravação sem
falhar, enquanto as memórias magnéticas e ópticas têm uma vida útil limitada.

4. Consumo de energia: as memórias semicondutoras consomem muito menos energia do que


as memórias magnéticas e ópticas. Isso significa que elas podem ser usadas em dispositivos
móveis com baterias pequenas.

5. Tamanho: as memórias semicondutoras são muito menores e mais leves do que as


memórias magnéticas e ópticas. Isso torna possível a criação de dispositivos muito
pequenos, como smartphones e tablets.

6. Resistência a vibrações e choques: as memórias semicondutoras são resistentes a vibrações


e choques, o que as torna ideais para uso em ambientes hostis, como em veículos e
equipamentos industriais.

7. Alta densidade de armazenamento: os chips de memória semicondutora têm uma alta


densidade de armazenamento, o que significa que é possível armazenar grandes
quantidades de dados em um espaço relativamente pequeno.

8. Velocidade de acesso rápido: as memórias semicondutoras são capazes de acessar dados


de forma muito mais rápida do que as tecnologias de armazenamento de dados mecânicos,
como discos rígidos. Isso as torna ideais para aplicações que exigem acesso rápido aos
dados, como processamento de vídeo em tempo real e jogos.

9. Consumo de energia mais baixo: as memórias semicondutoras consomem menos energia


do que as tecnologias de armazenamento mecânicas, o que é uma vantagem em aplicações
com bateria limitada, como dispositivos portáteis.

10. Menor risco de falha mecânica: as memórias semicondutoras não possuem partes móveis,
o que significa que há menos risco de falha mecânica em comparação com tecnologias de
armazenamento mecânicas.
11. Maior durabilidade: as memórias semicondutoras são projetadas para serem resistentes a
choques e vibrações, o que as torna ideais para aplicações em ambientes hostis.

5.5 Desvantagem das memorias semicondutoras


Segundo o Brock (2019), as memorias semicondutoras possuem as seguintes Desvantagens

 Custo mais elevado: as memórias semicondutoras são mais caras do que algumas outras
tecnologias de armazenamento de dados, como discos rígidos mecânicos.

 Capacidade limitada: apesar de a densidade de armazenamento ser alta, as memórias


semicondutoras ainda têm uma capacidade limitada de armazenamento em comparação
com outras tecnologias, como discos rígidos.

 Limite de ciclos de escrita: a maioria das memórias semicondutoras tem um número


limitado de ciclos de escrita e leitura antes de começar a falhar. Isso significa que elas
podem se desgastar com o tempo e precisar de substituição.

 Sensibilidade à radiação: as memórias semicondutoras podem ser sensíveis à radiação, o


que pode causar falhas em dispositivos que usam essas tecnologias em ambientes de
radiação intensa, como no espaço ou em ambientes de alta altitude.

 Vulnerabilidade a falhas de energia: se ocorrer uma falha de energia repentina durante o


acesso ou gravação de dados, as memórias semicondutoras podem corromper ou perder os
dados armazenados.

 Sensibilidade à temperatura: as memórias semicondutoras podem ser sensíveis a


temperaturas extremas. Altas temperaturas podem causar falhas permanentes nos chips de
memória semicondutora, enquanto baixas temperaturas podem reduzir a vida útil da
memória semicondutora.

 Falha súbita: as memórias semicondutoras podem falhar repentinamente, sem sinais de


aviso. Quando isso acontece, pode ser difícil recuperar os dados armazenados na memória
semicondutora.
 Problemas de compatibilidade: nem todas as memórias semicondutoras são compatíveis
com todos os dispositivos. Isso pode tornar difícil a atualização de sistemas mais antigos
com novas tecnologias de memória semicondutora.

 Vulnerabilidade a ataques cibernéticos: as memórias semicondutoras são vulneráveis a


ataques cibernéticos, como ataques de vírus e malware. Esses ataques podem corromper
ou roubar os dados armazenados na memória semicondutora.

 Dificuldades na recuperação de dados: se ocorrer uma falha na memória semicondutora,


pode ser difícil recuperar os dados armazenados. Isso pode ser um problema crítico para
dados importantes, como informações de negócios ou dados médicos.

5.6 Aplicação das memorias semicondutoras


Para Harris (2012), as memorias semicondutoras aplicam-se em:

 Eletrônicos de consumo: smartphones, tablets, laptops, câmeras digitais, players de música,


entre outros dispositivos eletrônicos de consumo utilizam memórias semicondutoras para
armazenar dados e executar programas.

 Sistemas embarcados: sistemas embarcados, como sistemas de controle industrial, sistemas


automotivos, sistemas de segurança, entre outros, utilizam memórias semicondutoras para
armazenar dados e programas.

 Computação de alto desempenho: supercomputadores, servidores e data centers utilizam


memórias semicondutoras de alta velocidade, como memórias RAM e memórias flash, para
armazenar e processar grandes quantidades de dados.

 Tecnologias de comunicação: tecnologias de comunicação, como telefonia móvel, redes


de computadores e internet, utilizam memórias semicondutoras para armazenar e processar
dados em alta velocidade.
 Sistemas militares: sistemas militares, como radares, sistemas de navegação e
comunicação, utilizam memórias semicondutoras para armazenar e processar dados em
ambientes hostis e condições extremas.

 Medicina: equipamentos médicos, como tomógrafos, ressonância magnética e


equipamentos de monitoramento cardíaco, utilizam memórias semicondutoras para
armazenar e processar dados em tempo real.

 Automação residencial: sistemas de automação residencial utilizam memórias


semicondutoras para armazenar e processar dados relacionados à automação de ambientes
residenciais, como iluminação, temperatura e segurança.

5.7 Arquitetura de uma memória semicondutora


A arquitetura de uma memória semicondutora pode variar dependendo do tipo de memória. No
entanto, a maioria das memórias semicondutoras é baseada em uma estrutura de células de
memória organizadas em uma matriz bidimensional.

Cada célula de memória armazena um único bit de informação e é composta por um ou mais
transistores. As células de memória são organizadas em linhas e colunas, com cada linha e coluna
sendo endereçável por um número exclusivo.

A leitura e gravação de dados na memória são controladas por um circuito de controle de memória
que envia sinais de endereço, dados e controle para a matriz de células de memória. A matriz de
células de memória é conectada a um circuito de decodificação que seleciona a linha e a coluna
apropriadas para acessar a célula de memória desejada.

As memórias semicondutoras também podem incluir elementos como buffers de entrada e saída,
multiplexadores de endereço, circuitos de temporização e circuitos de controle adicionais para
gerenciar a leitura e gravação de dados na memória.

Em resumo, a arquitetura de uma memória semicondutora é projetada para permitir a organização


e o acesso eficiente de um grande número de células de memória, permitindo a armazenagem e
recuperação de informações digitais de forma rápida e confiável.
Figura 5.1: Arquitetura de uma memória semicondutora

Fonte: Grupo de Sistemas Digitais – EESC/USP

6 Dispositivos lógicos programáveis

De acordo com Maxfield (2011), Dispositivos Lógicos Programáveis (DLPs) são circuitos
integrados reprogramáveis que podem ser programados por um usuário para realizar tarefas lógicas
específicas. Eles podem ser usados para implementar funções digitais complexas em sistemas
eletrônicos, como em sistemas embarcados, processadores de sinal digital, sistemas de controle,
etc.

6.1 Princípio de funcionamento


Os Dispositivos Lógicos Programáveis (DLPs), como os FPGAs e CPLDs, funcionam por meio
de uma matriz de elementos lógicos programáveis, que podem ser configurados pelo usuário para
executar funções lógicas específicas.

Esses elementos lógicos programáveis são normalmente compostos por blocos lógicos que podem
ser configurados para realizar uma determinada função lógica, como uma porta AND, porta OR,
flip-flop, entre outras. Esses blocos lógicos são interconectados por meio de um conjunto de linhas
de interconexão programáveis, que permitem que os sinais sejam roteados entre os diferentes
blocos lógicos para realizar a função desejada.

O processo de programação envolve a descrição da função lógica desejada em uma linguagem de


descrição de hardware, como VHDL ou Verilog, e a implementação dessa descrição na matriz de
elementos lógicos programáveis do dispositivo. O programa pode ser carregado no dispositivo por
meio de um programador externo ou por meio de uma interface integrada no
dispositivo.(MAXFIELD, 2011)

6.2 Classificação dos Dispositivos lógicos programáveis


Para Maxfield (2011), Os Dispositivos Lógicos Programáveis (DLPs) podem ser classificados em
duas categorias principais: os Field Programmable Gate Arrays (FPGAs) e os Complex
Programmable Logic Devices (CPLDs).

Os FPGAs são dispositivos de alta capacidade que contêm milhares ou até milhões de blocos
lógicos configuráveis, além de um grande número de linhas de interconexão. Eles são projetados
para suportar circuitos de lógica digital complexos e de alta velocidade, e são frequentemente
usados em aplicações como processamento de sinal digital, redes de comunicação e processamento
de imagens.

Os CPLDs, por outro lado, são dispositivos menores e mais simples, que contêm menos blocos
lógicos configuráveis e linhas de interconexão. Eles são projetados para implementar funções
lógicas simples e de baixa velocidade, e são frequentemente usados em aplicações como controle
de dispositivos periféricos, decodificação de endereços de memória e multiplexação de sinais.

6.3 Tipos de dispositivos lógicos programáveis


Segundo Maini (2007) os tipos de dispositivos lógicos programáveis são:

 Programmable Array Logic (PAL): um tipo de DLP que foi introduzido na década de 1970.
Ele consiste em uma matriz AND programável e uma matriz OR fixa, permitindo que ele
implemente funções lógicas simples.
 Generic Array Logic (GAL): uma evolução do PAL que adiciona um array de programação
OR, permitindo que ele implemente funções lógicas mais complexas.

 Field Programmable Object Array (FPOA): um tipo de DLP que permite a configuração
de elementos lógicos e interconexões em um array de células programáveis.

 Digital Signal Processor (DSP) FPGAs: uma categoria de FPGAs que incluem blocos de

 processamento digital de sinal dedicados, permitindo que eles processem sinais de entrada
em tempo real.

 High-Density FPGAs: um tipo de FPGA que é projetado para suportar a implementação de


circuitos de alta densidade, como em aplicações de rede de comunicação e processamento
de imagens.

 System-in-Package (SiP) FPGAs: um tipo de FPGA que integra vários chips, como
processadores, memória e outros dispositivos de suporte, em um único pacote.

6.4 Vantagens de Dispositivos lógicos programáveis


Para o Maini (2007) as vantagens dos dispositivos lógicos programáveis são:

1. Flexibilidade: os DLPs são altamente configuráveis e programáveis, o que os torna ideais


para projetos que exigem alterações frequentes em seu funcionamento.

2. Redução de custos: os DLPs podem substituir vários chips integrados separados em um


design, reduzindo assim o custo e a complexidade do projeto.

3. Maior velocidade: os DLPs podem fornecer desempenho mais rápido do que as soluções
baseadas em software, porque os circuitos estão implementados em hardware.

4. Maior confiabilidade: como os DLPs são implementados em hardware, são menos


propensos a erros de software ou falhas do sistema operacional.

5. Design personalizado: os DLPs permitem que os engenheiros de projeto criem designs


personalizados para atender a necessidades específicas, o que pode levar a soluções mais
eficientes e otimizadas.
6. Baixo consumo de energia: muitos DLPs são projetados para serem eficientes em termos
de energia, o que é importante para dispositivos alimentados por bateria ou outras fontes
de energia limitadas.

7. Ciclos de desenvolvimento mais curtos: a natureza programável dos DLPs permite que os
engenheiros de projeto testem e modifiquem rapidamente o design, o que pode levar a
ciclos de desenvolvimento mais curtos e uma vantagem competitiva para as empresas.

6.5 Desvantagens de Dispositivos logico programáveis


De acordo com Maini (2007) as desvantagens de dispositivos lógicos programáveis são:

1. Complexidade de design: os DLPs podem ser mais difíceis de projetar do que circuitos
integrados padrão, exigindo habilidades de programação e conhecimento de hardware.

2. Custo inicial: embora os DLPs possam reduzir os custos em longo prazo, o custo inicial
pode ser mais alto do que as soluções baseadas em software.

3. Menor densidade de porta: os DLPs geralmente têm menor densidade de porta do que os
circuitos integrados padrão, o que pode limitar sua aplicabilidade em projetos de alta
densidade.

4. Dificuldade em solucionar problemas: como os DLPs são programáveis, pode ser difícil
determinar a causa de um problema, especialmente se o design é altamente personalizado.

5. Limitações de desempenho: os DLPs podem não ser tão rápidos ou eficientes quanto os
circuitos integrados padrão em algumas aplicações de alta velocidade ou alta precisão.

6. Segurança: como os DLPs são programáveis, podem ser vulneráveis a ataques cibernéticos
e ameaças de segurança se as medidas de proteção adequadas não forem tomadas.

6.6 Aplicação dos Dispositivos lógicos programáveis


Segundo o Maini (2007), os dispositivos lógicos programáveis são aplicados em:

1 Telecomunicações: os DLPs são usados em equipamentos de rede, como roteadores e


comutadores, para controlar o tráfego de dados.
1. Controle industrial: os DLPs são usados em sistemas de controle industrial para monitorar
e controlar processos de produção.

2. Automotivo: os DLPs são usados em sistemas de controle automotivo, como sistemas de


navegação, controle de clima e sistemas de entretenimento.

3. Aeroespacial e defesa: os DLPs são usados em sistemas de controle de aeronaves, satélites


e outros equipamentos de defesa.

4. Medicina: os DLPs são usados em equipamentos médicos, como monitores de paciente e


sistemas de diagnóstico por imagem.

5. Energia: os DLPs são usados em sistemas de controle de energia, como turbinas eólicas,
sistemas de energia solar e redes inteligentes de energia.

6. Instrumentação: os DLPs são usados em instrumentos de medição e teste, como


osciloscópios e analisadores de espectro.

7. Educação: os DLPs são usados em laboratórios de ensino e projetos educacionais para


demonstrar princípios de eletrônica e programação.

6.7 Arquitetura do Dispositivos lógicos programáveis


A arquitetura de um dispositivo lógico programável (PLD) consiste em uma matriz de células
lógicas interconectadas por uma rede de fios de interconexão programáveis. As células lógicas são
agrupadas em blocos lógicos que geralmente incluem flip-flops, multiplexadores, somadores,
registradores de deslocamento, comparadores, entre outros componentes lógicos.

A rede de interconexão programável é composta de vários canais horizontais e verticais que


permitem a conexão de diferentes células lógicas. Esses canais podem ser programados para
fornecer rotas de conexão entre as células lógicas ou entre os blocos lógicos.

Os PLDs modernos também incluem elementos como memória embutida, PLLs (phase-locked
loops), circuitos de interface de entrada e saída (I/O) e outros recursos que permitem a
implementação de sistemas digitais complexos em um único chip. A arquitetura geral de um PLD
pode variar dependendo do tipo e do fabricante do dispositivo. ( HARRIS, 2012)
Figura6.1: Arquitetura de um Dispositivo logico programávelFonte: Departamento de Engenharia
Elétrica e de Computação, Profa. Luiza Maria Romeiro Codá
7 Conclusão

As memórias semicondutoras e dispositivos lógicos programáveis são componentes eletrônicos


essenciais em diversas áreas da tecnologia, permitindo o armazenamento de informações e a
implementação de funções digitais personalizadas. A classificação e arquitetura interna desses
componentes influenciam diretamente em suas características de desempenho, flexibilidade,
capacidade de integração de memória, consumo de energia e custo. O conhecimento desses
conceitos é fundamental para o desenvolvimento de sistemas eletrônicos eficientes e de alta
qualidade.
8 Bibliografia

DAVID HARRIS; SARAH HARRIS, Digital Design and Computer Architecture. 2012, 2a Ediçao

ANIL K. MAINI, Applications. Digital Electronics. Principles, Devices and application. 2007, 7a
Edição.

BROCK J. LAMERES, Introduction to Logic Circuits & Logic Design with VHDL. 2019, 1a
Edição

MAX MAXFIELD. FPGAs: Instant Access" de Clive. 2011, 1 Edicão

PETER J. ASHENDEN. The Designer's Guide to VHDL. 2008, 3 Edicão

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