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Jejum Terapêutico

Seu Processo, Adequação e


Cuidados

www.ipnaturologia.com Dep. Ciências da Saúde


Como o Jejum Intermitente pode ajudar a conquistar uma
Vida mais Saudável e mais Longa!

O jejum oferece diversos benefícios para a saúde, inclusive melhorias na


saúde cardiovascular, menor risco de cancro, recuperação dos genes e um
aumento da longevidade.
Pesquisas mostram que é possível desfrutar dos benefícios da restrição
calórica por meio do jejum intermitente, comendo adequadamente durante
alguns dias e cortando calorias noutros.
Um dos principais mecanismos, que fazem o jejum intermitente ser tão
benéfico para a saúde, está relacionado com o impacto que ele causa na
sensibilidade à insulina.
O jejum intermitente ajuda a redefinir o corpo, queimando gordura como
combustível.

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O Corpo foi construído para enfrentar ciclos
periódicos de “Fartura e Fome”

O jejum imita os hábitos


alimentares dos nossos
ancestrais, que não tinham acesso
aos mercados nem a uma
alimentação constante. Eles
passavam por períodos de fartura
e fome e as pesquisas modernas
mostram que esse ciclo produz uma
variedade de benefícios
bioquímicos.

Resumindo, alterando o quê e quando a alimentação é consumida, é


possível alterar drasticamente o funcionamento do nosso corpo.

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Jejum na história

O jejum é tão antigo quanto o homem. A história está repleta de grandes


personagens defendendo esta prática e várias culturas têm elogiado as
vantagens medicinais desde a antiguidade.

Aparece na Bíblia praticada por muitos profetas, por Jesus e seus apóstolos.
Há poucos povos no mundo, ou nenhum, cujos sistemas religiosos e éticos não
institucionalizaram a prática do jejum.

Foi praticado entre os Astecas, Egípcios, Essênios, Persas, Vikings, Celtas,


Druidas, nativos americanos, …O objetivo do jejum, conciliado com o
repouso, é o de depurar o corpo, potenciando os mecanismos de auto
cura, constituindo uma boa estratégia preventiva.

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Hipócrates, com a sua frase: “Antes de
ir ao médico, jejuar um dia” era um
firme defensor do jejum. Igualmente
Sócrates. Platão argumentou que os
jejuns regulares melhoravam a
capacidade física e mental (fazia com
frequência jejuns de 10 dias). Pitágoras
não foi apenas um grande matemático,
governou uma escola filosófica
espiritual, para entrar os estudantes
deviam jejuar durante 21 dias da água.
Afirmou que isso era o necessário, uma
vez que o templo do espírito (o corpo)
precisava estar o suficientemente
purificado para então receber a mente e
a alma dos ensinamentos espirituais
superiores que ele expôs.
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Plutarco considerou que a abstinência de comida, 1 dia, era preferível a
qualquer medicação para curar doenças. O grande médico árabe Avicena
prescreveu jejum para os seus pacientes. Paracelso, o célebre médico e
alquimista, chamou o jejum de o melhor remédio. Todos os grandes místicos
contemporâneos, como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, São João da
Cruz, São Francisco de Assis, Santo Inácio de Loyola, fizeram do jejum uma
prática comum.
Muhammad disse que o jejum e a oração eram o único meio de acesso à auto
libertação. Athenaeum (físico grego do século II) escreveu: “O jejum cura
doenças, seca humores, expulsa demónios, liberta pensamentos impuros,
purifica a mente, purifica o coração e eleva o homem ao trono de Deus”.

Também são famosos os povos de Hunza e os índios pelos seus jejuns anuais.

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Benefícios do Jejum Intermitente para a Saúde
No contexto histórico, como vimos, o jejum é bastante comum, pois há
milhares de anos faz parte de práticas espirituais. Mas a ciência moderna
confirmou que há bons motivos para jejuar.

Benefícios do Jejum:
❑ Normalização da sensibilidade à insulina e à leptina e o aumento da
eficiência da energia mitocondrial;
❑ Normalização dos níveis de grelina, conhecida também como a “hormona
da fome”;
❑ Aumento da produção da hormona de crescimento humano (HGH);
❑ Redução dos níveis de triglicerídeos e melhoria de outros biomarcadores
das doenças;
❑ Redução do stress oxidativo.

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O jejum intermitente é, sem dúvida, uma maneira eficiente de
perder gorduras indesejadas e eliminar a ansia por açúcar. Como
muitos de nós carregam gordura em excesso que não conseguimos
eliminar, este é um benefício muito importante.

Quando o açúcar não é necessário como combustível principal, o


corpo não anseia tanto por ele nos momentos em que o stock de
açúcar está baixo.
Outro mecanismo que torna o jejum tão eficiente para a perda de
peso é o facto de que ele provoca a secreção de HGH, uma
hormona que queima gordura e que oferece muitos benefícios
"rejuvenescedores" para a saúde e para a boa forma.

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Finalmente, mas não menos importante, o jejum intermitente foi
identificado também como um aliado poderoso na prevenção e talvez até
mesmo no tratamento da demência. Inicialmente, as cetonas são
libertadas como subproduto da queima de gordura e são elas, não a
glicose, o combustível realmente preferido do cérebro.

Protege também as células neuronais


contra alterações relacionadas
com as doenças de
Alzheimer e de Parkinson.

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O jejum intermitente é um termo abrangente que cobre uma grande
variedade de cronogramas de jejum.
De forma geral, envolve a eliminação total ou parcial de alimentos/
calorias, duas vezes por semana, em dias alternados ou mesmo
diariamente.
Essa eliminação total ou parcial deve variar entre 20% a 60% do
consumo de calorias total. E pode ser específico: cortar hidratos de
carbono ou proteínas, por exemplo.

Privar-se de nutrientes por muito tempo faz o mecanismo funcionar de


forma diferente e os efeitos acabam sendo negativos.

O jejum total não deve durar mais do que 24/ 48 horas e precisa
ser feito de forma periódica.

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Cuidados Básicos
❑ Ser feito apenas por pessoas saudáveis;
❑ Manter-se hidratado - água e sais minerais, para assim não provocar
desidratação e o aumento da pressão arterial, promovendo a
desintoxicação;
❑ Se você faz algum tipo de tratamento ou toma alguma medicação, precisa
garantir uma total segurança, pois alguns medicamentos precisam ser
tomados com alimentos e/ ou podem se tornar tóxicos quando a química do
seu corpo normalizar;
❑ Não consuma qualquer alimento por quatro ou mais horas antes de ir
dormir;
❑ Lembre-se que o jejum intermitente é um estilo de vida, não uma dieta, e
isso significa fazer escolhas saudáveis sempre que nos vamos
alimentar.

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Para se ter o resultado de proteção celular e mitocondrial, são
necessárias pelo menos 16 horas ou mais de jejum (contando com
a noite). Porém, esse processo ativador de autofagia não pode
permanecer continuamente ativado, ou seja, o tempo todo.
É necessário permitir as células que se reconstruam e rejuvenesçam, o
que ocorre durante a fase de realimentação, razão pela qual o jejum
cíclico e a alimentação são tão importantes.

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Em 2016, o Prémio Nobel de Medicina foi dado ao biólogo japonês
Yoshinori Ohsumi pela sua descoberta dos mecanismos reais da
autofagia.
A autofagia é um processo pelo qual o seu corpo elimina as células
danificadas, reciclando o seu conteúdo, promovendo:

▪ Uma limpeza que estimula a proliferação de células novas e saudáveis.


Isso é básico em termos de longevidade celular;
▪ Destrói invasores estrangeiros, como vírus, bactérias e outros
patógenos;
▪ Desintoxica a célula de materiais nocivos;
▪ Elimina agregados proteicos e organelos danificados, a fim de manter a
homeostase citoplasmática;
▪ Inibe a geração de radicais livres.
▪ Limita liberação de proteínas intra-mitocondriais tóxicas.

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Parece estranho imaginar que ficar sem comer pode melhorar a nossa
saúde.
Segundo Yoshinori Ohsumi, existe uma relação entre autofagia e
jejum que nos pode dar alguns anos a mais de vida.

A autofagia é o processo natural que faz as células se reciclarem


— e isso também acontece quando fazemos jejum.

Ao compreender os mecanismos, o cientista conseguiu relacionar


autofagia e jejum — e mostrar um processo semelhante que ocorre
dentro das nossas células.

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Mecanismo da autofagia intracelular: ilustração 3D do Nobel de Medicina 2016

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Ativar a Autofagia – Uma maneira simples de
Aumentar a Saúde e Prevenir Doenças
Ativar a autofagia é manter a sua saúde em ordem, retardando o
envelhecimento e prevenindo-se contra doenças, em especial distúrbios
neurodegenerativos e cancro.
Sem autofagia, as suas células ficarão cheias de toxinas e detritos, e uma vez
que elas comecem a funcionar mal e/ ou morrem, o seu corpo será incapaz de
limpar eficientemente essas células, o que exacerbará ainda mais o problema.

Não é difícil/ otimizar a autofagia. A associação do jejum, exercício


físico, nutrição ótima e suplementos são estratégias úteis.

Pense nisso!

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O problema da ativação da autofagia

❑ Por um lado, o processo elimina materiais tóxicos ou infeciosos das células;

❑ Por outro lado, se o processo de autofagia vai além de “reciclar” e eliminar


proteínas, pode começar a destruir a célula, levando à morte celular.

Isso significa que a autofagia deve ser cuidadosamente utilizada.

O jejum intermitente é apropriado para a maioria das pessoas, mas se sofrer


de hipoglicemia ou diabetes tipo1, é preciso ter cuidado.
O jejum não deve ser utilizado em caso de convalescença, doenças
infeciosas, intervenção cirúrgica, úlcera, alteração da flora intestinal,
insuficiência cardíaca e hepática e gravidez. As mulheres que estão a
amamentar também devem evitar o jejum.
Aconselhe-se com o seu Terapeuta ou Naturopata!

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O JEJUM COMO TERAPIA

“Se eu soubesse que ia durar tanto tempo, tinha tido mais cuidado
comigo”…

George Burns

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Considerações gerais

O jejum é a terapia instintiva seguida pelos animais quando não se


encontram bem.

Todos os animais praticam o jejum.

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Considerações gerais

Existem muitas espécies que realizam o jejum regularmente, em certos


períodos da sua vida, ou quando estão doentes ou feridos. Outras vezes ficam
presos nas tocas (neve) ou por falta de comida (hibernação). O ser humano,
governado pelas mesmas leis da natureza que os animais, podem praticar o
jejum por um longo tempo e até mesmo beneficiar-se dele. A sua eficácia e
vantagens consegue-se pelo facto de provocar uma série de reações que
regulam e tonificam a atividade do sistema imunitário.
Um dos efeitos é de tipo hormonal (aumenta os corticoides e a adrenalina) e
provoca um incremento dos linfócitos T (imunidade celular). Também ficam
estimulados os mecanismos de desintoxicação hepáticos e sobe o nível de
cetona no sangue que, ao atuar sobre o cérebro, favorece a capacidade do
organismo para recuperar o equilíbrio.

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Estes efeitos são acompanhados por
uma depuração geral de resíduos
metabólicos. A acumulação de toxinas
é a causa principal de muitas
doenças, principalmente de tipo
reumático e digestivo.
O organismo liberta-se continuamente
delas através dos rins, intestino,
fígado e pele.
Mas se o corpo tem de eliminar uma
grande quantidade de substâncias
nocivas e não consegue, as toxinas
acumulam-se originando uma série
de doenças.

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O corpo obtém energia através dos alimentos e das reservas. A primeira é a
mais viável e aceitável, mas a segunda também é eficaz.
O jejum restrito consiste em não ingerir mais que água (2 a 4 litros diários)
durante vários dias. O primeiro é mais difícil de superar mas a partir do
segundo dia inicia-se a combustão dos açúcares e gorduras e a fome diminui.
Ao metabolizar as gorduras libertam-se as toxinas que estavam acumuladas
nelas, passa à circulação sanguínea e podem aparecer certos sintomas.
Sente-se cansaço, irritabilidade, dor de cabeça, náuseas, enjoos, urina escura,
etc, porque as toxinas saem antes de serem eliminadas. Depois os sintomas e
a fome desaparecem e sente-se uma energia enorme.

Os médicos higienistas aconselham o jejum para que as pessoas percam o


medo ao jejum, ou não se assustem quando surgem, durante o mesmo, a
chamada crise de limpeza, com sintomas: astenia, língua pastosa, mau
hálito, insónia, dores de cabeça, …

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Porque o jejum cura?
O corpo tem a propriedade natural de auto curar-se se lhe dermos essa
oportunidade. O equilíbrio de toxemia patológica, isto é, mais toxinas
acumuladas que expulsadas, não existiria se cumpríssemos com as normas
mínimas elementares estabelecidos pela Lei Natural:
alimentação adequada, fisiológica, quantidade moderada de alimentos,
qualidade dos nutrientes, mínimo descanso
suficiente para o corpo, trabalho moderado,
não ingestão excessiva de toxinas invisíveis
mas nocivas como poluição eletromagnética, TV, …

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Quando realizamos o jejum e estamos em repouso, quase toda a energia vital
que o nosso corpo ainda conserva, ao não usá-lo na digestão de alimentos,
movimentar o corpo, a função sexual, etc … concentra-se em algo
surpreendente: auto depura-se. O corpo inicia a expulsão de toxinas pelos
mecanismos comuns de eliminação, como urina, fezes, suor, língua e
menstruação.

Um corpo saudável dispõe de uma energia vital (Vix Natura Medicatrix, que
definiu Hipócrates); se não o cuidarmos, como antes referido, essa energia
diminui e surge a enervação, que significa uma diminuição da energia vital, o que
leva à toxemia a aumentar.

Primeiro isso leva a uma doença aguda, depois crónica, a possibilidade de


doenças graves e até mesmo a morte prematura.

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No jejum verificam-se 3 fases:

Na primeira consome-se a pequena reserva de hidratos de carbono que


tem o organismo o que proporciona energia durante 24 horas. Esta é a
fase mais difícil porque se sente fome e dúvidas sobre se se deve comer
ou não.
Na segunda semana desaparece o apetite. O organismo apercebeu-se
que não há alimento e deixa de dar sinais de fome para iniciar a
metabolização das gorduras acumuladas. É uma etapa de bem estar e
dura vários dias. A pessoa sente-se bem e com energia sem depender de
alimentos.
Na última fase o organismo queima as suas reservas e o consumo de
proteínas corporais é muito importante. Há cansaço e debilidade.

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É aconselhável dedicar um dia de preparação ao jejum que pode consistir
nuns dias de fruta (1,5 kg de fruta repartida pelo dia) ou um dia de crus
(pela manhã fruta e ao meio dia e noite uma salada variada com verduras
raladas ou cortadas), ou um dia de arroz integral (pelas manhãs arroz
fervido com compota de maçã sem açúcar, ao meio dia arroz com tomate
e ervas e à noite arroz com maçã ao vapor).

É necessário beber muita água.

Há que evitar os fritos e comer alimentos semelhantes aos dos


bebés. Podem beber-se chá verde, de dente de leão, de menta de
cavalinha que ajudam a depurar.

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A constituição física das pessoas nem sempre lhes permite realizar jejum
restrito.
Nestes casos pode-se realizar uma cura depurativa que consiste em alimentar-se
durante vários dias à base de verduras ou sumos (arroz, batatas).
Muitos terapeutas recomendam as dietas depurativas por serem menos
agressivas. A depuração pode fazer-se, ainda, com alimentos crus ou cozidos.
No primeiro caso deve comer-se 1,5 Kg de fruta ou hortaliça (uva, figo, maçã,
cereja, morangos, pera, cenouras, aipo). No caso de alimentos cozidos convirá
ingerir 500 g de arroz integral/ batatas. Em vez das três refeições recomenda-se
ingerir de cada duas ou três horas. Deverá beber-se sempre 2 ou 3 litros de água
mineral, natural, de baixa mineralização. A ideia será misturar copos de água com
sumo de limão. Também se podem tomar infusões quentes.

Não convêm realizar muito exercício nem esforço intelectual.

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Convirá terminar o jejum logo que apareçam sintomas de debilidade, sinal
que terminaram as reservas de gordura e podem iniciar-se o consumo de
proteínas.

A melhor época para


o jejum é a primavera
e o outono.

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O jejum não é morrer de fome

Algo muito importante que deve ser enfatizado é que o jejum não é para passar
fome.
Paradoxalmente ao que se pode acreditar, depois de 3 ou 6 dias de jejum
voluntário, todos os sentimentos ou desejo por comida desaparecem, até mesmo
odiando-a. Todas aquelas pessoas que por diferentes razões (tempo de escassez,
guerras, …) passaram alguns dias sem comer, mas não voluntariamente, não
podem dizer que jejuaram, porque tudo o que fizeram foi morrer de fome. A sua
experiência não é suficiente para entender o jejum, uma arte que só pode ser
entendida através da prática, desde que seja feita na forma e condições
adequadas: com a palavra não há forma de explicar a experiência do jejum.

Kafka disse: “Tente explicar a outra pessoa a arte do jejum! Quem não tem
coragem de praticar nunca chegará a entendê-la!”

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Tipos de jejum:

Durante o jejum é natural que o indivíduo sue e tenha mau hálito. Por isso, deve
ser iniciado com alguma moderação e retomado gradualmente. Ao fim de 10 dias
pode ter uma refeição normal.

Há que distinguir alguns tipos de jejum:

a) jejum ocasional:
o jejum ocasional de um ou dois dias, sem periodicidade são desaconselhados e
não se atingem os objetivos que se pretendem.
b) jejum regular:
geralmente jejua-se um dia por semana de preferência sempre no mesmo dia da
semana, principalmente ao fim de semana. Este regime está indicado para
tratamento da obesidade, taxa de colesterol alto, descanso do coração e
problemas cardíacos.

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c) jejum matinal:
foi introduzido no séc. XIX pelo médico americano Deweye tem como objetivo
diminuir a quantidade de comida ingerida ao longo do dia.
Podem tomar-se sumos de fruta para acalmar a sede matinal e pode-se almoçar
uma hora mais cedo. É desaconselhado a crianças, jovens, pessoas com quebra
de açúcar e quem faz esforços logo de manhã.

d) jejum breve:
jejuns de 2 ou 3 dias e estão indicados para perturbações agudas gastro
intestinais, falta de apetite e obesos.

e) jejum de chá:
trata-se de um jejum à base de água e chá. Os únicos chás que podem ser
tomados sem indicação médica são a hortelã-pimenta, camomila e
cidreira. O chá deve ser tomado sem açúcar de deve ser ½ a ¾ litros por dia.

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f) jejum de sumo:
têm a vantagem de não privarem o corpo de vitaminas e substâncias
complementares. Bebe-se diariamente ¾ litro de sumo de fruto ou
legumes (alho, rábano, aipo, espinafres, salsa, alface, gengibre, beterraba…) da
seguinte forma: manhã / meio-dia / tarde –
100 gr sumo de fruta mais 100 g sumo de legumes e 50 gr suco de ervas.

Os sumos podem ser misturados


mas devem ser bebidos lentamente.

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O sábio Milarepa
considerou o jejum
uma das coisas mais
importantes que toda
pessoa deveria saber
fazer. Com a sua
prática, nos
tornaremos mais
serenos, pacientes,
fortes e humildes.

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Normalmente, é devido ao medo e à ignorância, o receio que na generalidade
se tem ao pensar em não realizar apenas 1 das refeições do dia.
Uma vez superada a mania que temos de comer o tempo todo, o jejum é a
coisa mais fácil do mundo. Não há razão para ter medo do jejum, porque esse
é um modo de vida que ajuda o nosso corpo a construir parte do que
destruímos, o que restaura a saúde física e mental. O jejum enriquece o
corpo e o espírito!...

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Jejuns experimentais:
No século XIX, cientistas como Huxley, Schulz, Carlson, investigaram os

efeitos do jejum. Os resultados foram surpreendentes: assim, depois de

submeter alguns vermes a um jejum prolongado o que os reduziu ao tamanho

mínimo e a sua posterior realimentação até recuperar tudo o que perdeu

observou-se que esses animais tinhas sofrido um notável rejuvenescimento;

Parecia que tinham nascido de novo.

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Huxley separou um verme de um colono e submeteu-os a jejuns periódicos.

Quando não praticava o jejum o verme comeu o mesmo que os outros. Com o

tempo, ele observou que o verme separado vivia 19 vezes mais que os outros.

Em indivíduos, ao jejuar também se produz um rejuvenescimento semelhante,

embora menos marcado dos tecidos celulares, isso tem uma lógica, se alguém

perde 45% do peso normal quando jejua, quando se recupera, metade de seu

corpo é formada por protoplasma novo. Além disso, libertamos uma grande

parte das toxinas que causaram o envelhecimento celular.

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Evidência científica

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8469355/

J.O. Holloszy e L. Fontana, da Faculdade de Medicina da Universidade de


Washington.

Conclusões: Há evidências para garantir que o jejum diminui o risco de hipertensão,


aterosclerose, diabetes, […]

Publicação “Circulation” Institute on Aging,(Instituto Nacional de Saúde dos Estados


Unidos) pelo Dr. I. Ahmet. 2005

Demonstra os efeitos da proteção cardiovascular do jejum intermitente.

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Publicação “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Dr. R. L. Walford, 1992: Estudo sobre a redução da pressão arterial, triglicéridos,


açúcar no sangue, colesterol e contagem de leucócitos.

Dr. L Fontana, Washington University School of Medicine, 2004, 2004: O jejum é


eficaz na aterosclerose.

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Observações Dr. I. Hafström, Instituto Karolinska, Estocolmo.

1988: Observações sobre os benefícios do jejum na artrite na revista “Arthritis and


Rheumatism”

1991: Estudo do jejum total na dor articular, sintomas artríticos e alterações


endócrinas involucradas na melhoria sistêmica. Journal “Rheumatic Diseases Clinics
of North America”

Eficácia do jejum em doenças inflamatórias intestinais que não melhoraram com


fármacos.

Em 2006 a entrevista publicada no Jornal Internacional de Medicina


Comportamental, os Drs M. e S. Kanazawa Fukudo, da Escola de Medicina da
Universidade Tohoku, em Sendai (Japão).

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Publicação “Jejum em caso de asma e obesidade: melhorias evidentes”. Journal
“Free Radical Biology e Medicine”, Dr J.B. Johnson, 2006.

Observaram que o número de pacientes obesos submetidos a jejum intermitentes


melhorou os sintomas da asma e também reduziu os marcadores de inflamação e o
stress oxidativo.

Publicação “Jejum antes de transtornos mentais”. Revista “Tohoku Journal of


Experimental Medicine”, o Dr. J. Suzuki, Universidade de Tohoku de 1976.

O resultado: obteve-se melhorias significativas no 87% do intestino irritável, a


hipertensão, asma, diabetes, depressão, ansiedade, anorexia, bulimia e outras
neuroses.

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A Clínica Buchinger, Marbella. Como referência na Europa para tratamentos de
jejum terapêutico.

Esta clínica é conhecida por ser a preferia por múltiplas celebridades, tem diferentes
serviços orientados a saúde, onde se destaca o jejum terapêutico orientado a
“doenças cardiovasculares”, “perturbações do Sistema Músculo-esquelético”,
“doenças gastrointestinais”, “Transtornos metabólicos”, “síndromes dolorosas”,
“desequilíbrios do sistema imunológico” e “doenças da pele”. Link para a clínica
Buchinger.

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Referências bibliográficas:
Nobelprize.org, Yoshinori Ohsumi

Nat Rev Drug Discov. 2012 Sep; 11(9): 709–730

The Conversation October 10, 2016

CellFebruary 23, 2017; 168(5): 775-788

STAT News June 14, 2018

https://link.springer.com/article/10.1186/1743-7075-7-7

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Obrigada!

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