Poema

«A meu favor» de Alexandre

O´Neill
Integrado no livro «No Reino da Dinamarca» (1958)

Joana Carreira n9
Joana Copêto n10
Alexandre O'Neill

• Alexandre Manuel Vahia de Castro

O'Neill de Bulhões foi um importante
poeta do movimento surrealista
português. Era descendente de
irlandeses. Tem uma biblioteca com o
seu nome em Constância. O'Neill foi
um dos fundadores do Movimento
Surrealista de Lisboa.
• Nascimento: 19 de dezembro de 1924,
Lisboa
• Falecimento: 21 de agosto de 1986,
Lisboa
Poema:
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
Tema e assunto do poema
• Amor como um refúgio em meio ao caos da vida
• O eu lírico destaca elementos que tem a seu favor para enfrentar as
dificuldades da existência (olhar da pessoa amada, palavras de amor e
ódio, um tapete que simboliza a possibilidade de alcançar o infinito,
paredes que protegem do mundo exterior e um jardim )
• Amor como uma fonte de proteção em meio à adversidade.(o jardim
mencionado no final do poema pode ser visto como um símbolo de
esperança para o futuro.)
Recursos expressivos
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
Comentário crítico
• Evoca imagens e sentimentos complexos usando uma linguagem simples
e concisa.
• O autor destaca elementos que podem ser vistos como positivos na
sua vida.
• O uso de elementos naturais, como o barco escondido pela folhagem e o
jardim onde a aventura recomeça, sugere um sentimento de renovação e
recomeço.
• A sensação anterior é equilibrada pela sugestão de uma certa inquietude
e desconforto, sugeridos pelos insultos das paredes e a presença
constante de murmúrios.
"A Noite Estrelada", de
Vincent van Gogh.
• Simboliza os opostos em harmonia.
• Lugar de refúgio
• O azul escuro do céu e o amarelo
brilhante das estrelas lembram os
"olhos verdes secretos" mencionados
no poema.