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Orientações

Ensino Integral

2023
Governador do Estado do Tocantins
Wanderlei Barbosa Castro

Secretário de Estado da Educação


Fábio Pereira Vaz

Secretário Executivo
Éder Martins Fernandes

Superintendente de Educação Básica


Markes Cristiana de Oliveira Santos

Diretora de Educação Básica


Celestina Maria Pereira de Souza

Gerente de Ensino Médio


Eliziane de Paula Silveira

Gerente de Ensino Integral


Schierley Régia Costa Colino de Sousa

Gerente de Currículo e Avaliação da Aprendizagem


Marcia Cristina Mota Brasileiro

Elaboração

Ana Clara Abrantes Simões


Ana Paula de Sousa Barbosa
Ires Pereira Leitão Alves
Laurita Maria Pereira Lauria Veloso Gerbis
Neusilene Parente Correia Pinto
Rosângela Maria Medeiros Souza
Rosemary Gonçalves Teixeira Carvalho
Schierley Régia Costa Colino de Sousa
Sulavone Aquino Mota Ries

Revisão

Ana Clara Abrantes Simões


Ires Pereira Leitão Alves
Neusilene Parente Correia Pinto
Schierley Régia Costa Colino de Sousa
Sulavone Aquino Mota Ries

Sumário

6 PARTE INTRODUTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL


Apresentação
21 PARTE DIVERSIFICADA

Projeto de Vida
7 PARTE INTRODUTÓRIA
A Proposta do Ensino 23 PARTE DIVERSIFICADA
Integral
Eletivas
11 PRÁTICAS EDUCATIVAS
Acolhimento 28 PARTE DIVERSIFICADA

Estudo Orientado
14 PRÁTICAS EDUCATIVAS
Tutoria 32 PARTE DIVERSIFICADA

Práticas Experimentais
16 PRÁTICAS EDUCATIVAS
Clubes de Protagonismo

18 PRÁTICAS EDUCATIVAS
Lideranças de Turma
Sumário

34 PARTE DIVERSIFICADA 46 ITINERÁRIOS FORMATIVOS


Protagonismo Eletivas

36 PARTE DIVERSIFICADA 53 ITINERÁRIOS FORMATIVOS


Pensamento Científico Trilhas de Aprofundamento

39 PARTE DIVERSIFICADA 55 ITINERÁRIOS FORMATIVOS


Acompanhamento da Tutoria
Aprendizagem

ENSINO MÉDIO 58 ITINERÁRIOS FORMATIVOS


Nivelamento
41 ITINERÁRIOS FORMATIVOS
Projeto de Vida
64 ITINERÁRIOS FORMATIVOS
Estudo Orientado

67 ITINERÁRIOS FORMATIVOS
Práticas Experimentais

69 ETIS COM COMPLEXOS


ESPORTIVOS
Uso dos espaços esportivos

74 REFERÊNCIAS
6

Apresentação
Em 2023, iniciamos um novo ciclo com ações de fortalecimento das boas
práticas já desenvolvidas e novas propostas para construirmos uma rede de
ensino integral cada vez mais protagonista e integrada no Estado do
Tocantins.

Nos próximos 04 anos, nossas estratégias seguirão no sentido de promover


uma gestão protagonista em todas as instâncias da educação básica
estadual, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-TO) até às unidades
escolares, passando pelas Diretorias Regionais de Educação (DRE).

PARTE INTRODUTÓRIA
A gestão protagonista é fundamentada na corresponsabilidade dos
diferentes atores, compreendidos enquanto agentes ativos que contribuem
para a solução dos desafios, e baseada em evidências, permitindo que a
implementação do ensino integral ocorra com mais qualidade, inclusive na
melhoria dos indicadores educacionais, e volume.

Como primeiro passo nessa direção, apresentamos as Orientações 2023,


com o objetivo de alinhar os procedimentos pedagógicos, trazendo como
centralidade do fazer de todas as escolas de ensino integral a formação de
crianças, adolescentes e jovens protagonistas, isto é, de crianças,
adolescentes e jovens que sejam capazes de se colocarem como sujeitos
construtores dos seus projetos de vida e de se verem como parte da solução
de problemas reais.

Adotando um olhar sensível às diversidades das unidades escolares que


ofertam o ensino integral no estado, as orientações apoiarão as equipes das
DREs e unidades escolares na sua organização e implementação das novas
estruturas curriculares do Ensino Fundamental e do Ensino Médio Integral,
bem como no fortalecimento da implantação das estruturas curriculares já
vigentes.

Ressaltamos que as orientações propostas são norteadoras, a fim de


garantir a articulação intencional entre a Formação Geral Básica/BNCC e a
Parte Diversificada/Itinerários Formativos do Currículo, buscando sempre
incentivar e acompanhar a composição protagonista de uma rotina de
estudos para além do espaço escolar, focada na significação dos
conhecimentos, na construção e socialização dos projetos de vida.
7

A Proposta do Ensino
Integral
A proposta pedagógica da Seduc-TO para as Escolas de Ensino Integral tem
por centralidade o estudante e seu projeto de vida. Nesse sentido, de forma
a ampliar, diversificar e enriquecer os conhecimentos e experiências
necessárias para apoiar esse estudante na construção do seu projeto de
vida, o Ensino Integral promove de forma inovadora a flexibilização
curricular, integrando a Base Nacional Comum Curricular/Formação Geral
Básica e a Parte Diversificada/Itinerários Formativos.

PARTE INTRODUTÓRIA
A Parte Diversificada/Itinerários Formativo são compostos por componentes
curriculares que exercem o papel de articuladores entre o mundo
acadêmico e as práticas sociais, devendo ser executados por meio de aulas
e procedimentos teóricos e metodológicos que promovam a
experimentação e atividades contextualizadas e significativas para os
estudantes.

As estruturas curriculares de 2023, vigentes do 1° ao 5° anos, do 6º ao 9º anos


e da 1ª a 3ª série, trazem novidades que visam contribuir para dinamizar
ainda mais a experiência do estudante na escola de Ensino Integral. A
modalidade regular/integral do Ensino Integral é 9.000 horas anuais para o
Ensino Fundamental Integral Anos Iniciais, 7.200 horas anuais para o Ensino
Fundamental Integral Anos Finais, 5.400 horas anuais para o Ensino Médio
Integral, estruturadas a partir dos seguintes Componentes Curriculares [1]:

No Ensino Fundamental Integral Anos Iniciais - Protagonismo,


Acompanhamento da Aprendizagem, Estudo Orientado, Práticas
Experimentais e Língua Brasileira de Sinais (Libras);

No Ensino Fundamental Integral Anos Finais - Acompanhamento da


Aprendizagem, Projeto de Vida, Protagonismo, Eletivas, Eletivas Esportivas
ou Culturais, Estudo Orientado, Práticas Experimentais, Pensamento
Científico e Língua Brasileira de Sinais (Libras);

No Ensino Médio Integral - Projeto de Vida, Eletivas, Trilhas de


Aprofundamento, Práticas Experimentais, Estudo Orientado, Nivelamento
em Língua Portuguesa e Matemática, Tutoria, Eletivas Integradoras, Eletivas
Esportivas ou Culturais.

[1] As orientações para o desenvolvimento dos Componentes Curriculares Língua Brasileira de Sinais (Libras),
Saberes e Fazeres do Campo, Saberes e Fazeres Indígenas e Língua Indígena são comuns a toda a rede, sendo
disponibilizadas pelos respectivos setores responsáveis.
Considerando os diferentes contextos em que ocorrem a oferta do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio Integral, a estrutura curricular também deve
refletir essa diversidade. Dessa forma, os componentes curriculares da
modalidade campo/quilombola são:

No Ensino Fundamental Integral Anos Iniciais - Protagonismo,


Acompanhamento da Aprendizagem, Estudo Orientado, Práticas
Experimentais, Saberes e Fazeres do Campo e Língua Brasileira de Sinais
(Libras);

No Ensino Fundamental Integral Anos Finais - Projeto de Vida, Protagonismo,


Eletivas, Eletivas Esportivas ou Culturais, Estudo Orientado, Práticas
Experimentais, Saberes e Fazeres do Campo e Língua Brasileira de Sinais
(Libras);

No Ensino Médio Integral - Projeto de Vida, Eletivas, Trilhas de


Aprofundamento, Práticas Experimentais, Estudo Orientado, Nivelamento
em Língua Portuguesa e Matemática, Tutoria, Eletivas Integradoras, Eletivas

PARTE INTRODUTÓRIA
Esportivas ou Culturais e Saberes e Fazeres do Campo.

Especificamente no contexto da modalidade indígena, a carga horária anual


para o Ensino Fundamental Integral Anos Iniciais e Anos Finais é mantida,
respectivamente em 9.000 horas e 7. 200 horas. Para o Ensino Médio
Integral, a carga horária é reduzida para 4.200 horas anuais, mantendo a
estrutura de 2022. A configuração destas ocorre a partir dos seguintes
Componentes Curriculares:

No Ensino Fundamental Integral Anos Iniciais - Práticas Experimentais,


Estudo Orientado, Saberes e Fazeres Indígenas e Protagonismo.

No Ensino Fundamental Integral Anos Finais - Eletivas Esportivas ou


Culturais, Eletivas, Práticas Experimentais, Estudo Orientado, Saberes e
Fazeres Indígenas, Protagonismo e Projeto de Vida.

No Ensino Médio Integral - Projeto de Vida, Eletivas, Trilhas de


Aprofundamento, Práticas Experimentais, Estudo Orientado, Nivelamento
em Língua Portuguesa e Matemática e Língua Indígena.

As escolas que ofertam a Educação Profissional e Técnica possuem


estruturas curriculares específicas de acordo com o curso que ofertam. As
escolas que já ofertavam a Educação Profissional e Técnica em 2022
seguirão com as mesmas estruturas de 2022, sendo que as unidades
curriculares integradoras padrão são:

Ensino Médio Integral - Práticas Experimentais, Estudo Orientado,


Nivelamento em Língua Portuguesa, Eletivas 1 e 2 e Língua Espanhola (caso
não haja a oferta de Língua Espanhola, a escola deverá ofertar uma aula a
mais no Componente Curricular de Nivelamento de Matemática).
Ressalta-se que é muito importante a integração entre os componentes
curriculares da Parte Diversificada/Itinerários Formativos e os componentes
curriculares específicos do curso técnico ofertado.

Seja na oferta propedêutica ou na oferta técnica, o Ensino Integral


estrutura-se em cinco premissas conectadas aos principais atores
responsáveis pelo sucesso da implementação dessa política:

PREMISSA ATOR ESCOPO

O estudante como participante em


todas as ações (problemas e
Protagonismo Estudante
soluções) da escola e construtor do

PARTE INTRODUTÓRIA
seu projeto de vida.

Os educadores comprometidos com


os processos de
autodesenvolvimento permanente.
Formação Continuada Professores
Os quatro pilares do conhecimento
orientando as práticas pedagógicas
do projeto escolar.

A escola com foco nos objetivos e


resultados pactuados, utilizando as
Excelência em Gestão Gestores ferramentas de gestão e fortemente
orientada pela Pedagogia da
Presença e Formação em Serviço.

Todas as entidades, organizações ou


Corresponsabilidade Comunidade pessoas comprometidas com a
melhoria da qualidade do Ensino.

Todas as ações planejadas e


desenvolvidas na escola devem se
Replicabilidade Seduc-TO
mostrar viáveis sob o ponto de vista
pedagógico, temporal e econômico.
Perpassando essas cinco premissas, essa proposta está fundamentada em
quatro principais Princípios Educativos que orientam a prática pedagógica
ao longo de toda a Educação Básica. Esses 04 Princípios Educativos visam
possibilitar que os estudantes desenvolvam uma visão do seu próprio futuro,
sendo capaz de transformá-la em realidade para atuar nas três dimensões
da vida humana: pessoal, social e produtiva, naquilo que se considera ser o
mais importante projeto de sua vida. Os Princípios Educativos são:

O Protagonismo - O estudante no centro do processo de ensino e


aprendizagem;

Os Quatro Pilares da Educação - As aprendizagens fundamentais para que


uma pessoa possa se desenvolver plenamente (Aprender a conhecer,
Aprender a fazer, Aprender a conviver e Aprender a ser);

A Pedagogia da Presença - Toda a equipe escolar está disponível, se acolhe


e dialoga, principalmente com os estudantes;

PARTE INTRODUTÓRIA
A Educação Interdimensional - O processo de ensino e aprendizagem
voltado para o desenvolvimento de todas as dimensões da experimentação
humana, isto é, corpo, inteligência, responsabilidade pessoal e
espiritualidade.

Assim, na efetivação desses princípios, por meio dos Componentes


Curriculares, Práticas Educativas (Acolhimento, Tutoria, Liderança de
Turma e Clubes de Protagonismo) e instrumentos de gestão (Plano de Ação,
Programa de Ação e Guias de Aprendizagem), objetiva-se a formação de
estudantes:

Autônomos - Com uma forte base de conhecimentos e valores que pautam


a suas ações e escolhas;

Solidários - Empáticos aos problemas reais que estão ao seu redor,


apresentando-se como parte da solução;

Competentes - Com amplas competências que permitam se capacitar


permanentemente nas várias dimensões da sua vida, executando o projeto
construído e idealizado para o seu futuro (seu projeto de vida).
11
Acolhimento

O Acolhimento é um dos pilares para a construção de uma


relação de parceria entre educadores, família e estudantes,
sendo um elemento essencial na rotina do trabalho pedagógico.

O Acolhimento oportuniza aos estudantes o estabelecimento


PRÁTICAS EDUCATIVAS

dos primeiros vínculos com a escola, representando a primeira


etapa da construção do seu projeto de vida.

Ressaltamos que, sendo uma prática muito importante e


determinante do sucesso do Modelo Pedagógico e de Gestão da
escola de Ensino Integral, essa deve ser contínua e fazer parte
da rotina escolar.

Para iniciar o trabalho pedagógico de 2023, é imprescindível a


adoção de uma postura de acolhimento. O Acolhimento, sendo
uma ação deliberada e intencional, abrange no mínimo quatro
momentos e três públicos distintos em todas as escolas da Rede
Estadual de Educação do Tocantins:

Equipe Escolar: Anualmente (23/01/2023);


Estudantes: Anualmente (01 a 03/02/2023) e Diariamente;
Pais/Responsáveis: Anualmente (Um dia no período de 01 a
03/02/2023).

Acolhimentos Anuais
Como referencial para a realização desses momentos anuais,
foram enviados para todas as escolas da rede as Orientações
Pedagógicas 2023, o Manual do Acolhedor, o Portfólio do
Estudante e o Livro da Vida (disponíveis aqui).

LEMBRETES

Destacamos como novidade do ano de 2023, que o


Acolhimento Inicial englobará todos os estudantes, novatos e
veteranos, do 1º ao 5º anos, do 6º ao 9º anos e de 1ª a 3ª séries.
LEMBRETES

No Acolhimento Inicial, deverão ser apresentadas/relembradas aos


estudantes as bases do projeto escolar e de que maneira essa
estrutura se colocará à disposição da construção do seu projeto de
vida.

A escola tem autonomia para adequar o cronograma e a realização


das dinâmicas sugeridas ao seu contexto.

PRÁTICAS EDUCATIVAS
No Ensino Fundamental, o Acolhimento Inicial é conduzido
preferencialmente pela Equipe Escolar, sendo que nos Anos Finais,
essa poderá contar com o apoio do Grêmio Estudantil.

No Ensino Médio, o Acolhimento Inicial é conduzido


preferencialmente pelos Jovens Protagonistas Acolhedores, com o
apoio da Equipe Escolar. Destacamos que a participação dos
egressos como Acolhedores poderá ser uma importante estratégia
principalmente para o acolhimento dos estudantes veteranos.

Especificamente para os estudantes da 2ª e 3ª séries do Ensino


Médio, as atividades do Acolhimento Inicial deverão ser realizadas
no primeiro dia (01/02/2023). Os outros dois dias (02 e 03/02/2023)
serão dedicados ao trabalho com as Trilhas de Aprofundamento
para que os estudantes possam já começar a refletir sobre a sua
escolha futura.

O Acolhimento Inicial gera produtos preciosos. Nesse momento, é a


primeira vez que o estudante realiza o registro dos seus sonhos e
expectativas. Esses registros tornam-se documentos importantes
para a escola, fazendo parte do acervo da Coordenação
Pedagógica, devendo apoiar a equipe escolar na elaboração de
estratégias e apontando diretrizes importantes para o
planejamento e execução do Plano de Ação da escola.

Acolhimentos Diários
O Acolhimento Diário ocorre, principalmente, com foco no estudante,
sendo uma prática cotidiana liderada pela gestão escolar e que tem
por pressuposto a acolhida do estudante desde o momento de
chegada na escola. O Acolhimento Diário cria espaços de escuta e
expressão de sentimentos, anseios, dificuldades e incertezas; estimula
o diálogo na comunidade escolar e seu engajamento, gerando
vínculos, afetos e relação de pertencimento; estimula a manutenção
do vínculo do estudante com a escola, a sua aprendizagem e o seu
projeto de vida; fomenta o estabelecimento de boas relações no
ambiente escolar e estimula o desenvolvimento de competências
socioemocionais como amabilidade e conscienciosidade.
LEMBRETES

Não há uma única maneira de se realizar o Acolhimento Diário.


Contudo, é importante lembrar que o Acolhimento deve ser
realizado de forma planejada, intencional e fundamentada no
princípio da Pedagogia da Presença.

Os pequenos gestos são fundamentais para um verdadeiro


Acolhimento. O sorriso que acolhe; o bom dia verdadeiro; o olhar
atento e a busca pela compreensão de possíveis problemas são
ações que fazem a diferença nesse primeiro momento de
aproximação entre estudante e equipe escolar.

A participação ativa dos estudantes pode enriquecer o


PRÁTICAS EDUCATIVAS

Acolhimento. Por meio dos Clubes de Protagonismo ou de uma


Frente de estudantes específica para o Acolhimento, os estudantes
podem integrar tanto o planejamento quanto a execução do
Acolhimento diário.
14
Tutoria

A Tutoria é fundamentada em uma proposta de educação que


desenvolve as habilidades necessárias para que o(a) estudante
atue de forma efetiva na sociedade em que está inserido(a) e
o(a) tutor(a) tem um papel primordial nesse processo.

PRÁTICAS EDUCATIVAS
Como prática educativa, a Tutoria precisa ser compreendida
como processo de interação entre os partícipes, tutor(a) e
seus(as) tutorados(as), impulsionando-os(as) e orientando-
os(as) para sua formação integral, com vistas ao pleno
desenvolvimento das dimensões pessoal, acadêmica e
profissional. Desse modo, os(as) educadores(as) devem se fazer
presentes na vida dos(as) estudantes em todos os tempos e
espaços da escola:

atuando de forma acolhedora;


mediando a construção de conhecimentos;
exercendo a tutoria com responsabilidade.

Os papéis do tutor(a)
A Tutoria deverá ocorrer como forma de interação, de presença
na vida do outro, em que o professor é o apoiador para tornar
possível que os estudantes desenvolvam e/ou coloquem em
ação algum direito, dever, conhecimento, competência ou
habilidade.

A Tutoria é um apoio fundamental na construção dos projetos de


vida dos estudantes, cabendo ao Tutor auxiliá-los a descobrir as
direções que querem tomar e a fazerem o necessário para
concretizar suas intenções em cada etapa de seu
desenvolvimento.

Nesse sentido, cabe ao tutor acompanhar o caminho percorrido


pelo(a) estudante para o alcance do sucesso escolar com vistas
no desenvolvimento de seu projeto de vida e se comunicar de
forma sistemática, buscando acesso a informações necessárias
sobre seu(a) tutorado(a), em especial a respeito do seu projeto
de vida e dos resultados acadêmicos, planejando seu
desenvolvimento e avaliando a eficiência de suas orientações de
modo a resolver problemas que possam ocorrer durante o
processo educativo.
O(a) tutor(a) exerce, assim, um papel pedagógico imprescindível ao
sucesso escolar dos estudantes. A Tutoria pode ocorrer em diversos
momentos em que haja disponibilidade do Tutor e necessidade do
tutorado.

Quem pode ser Tutor no espaço escolar


É importante ressaltar que qualquer profissional da escola pode ser
tutor, devendo ser assegurado que os estudantes tenham a liberdade
de fazer a escolha sobre aquele que será o seu tutor. O tutor é aquele
que consegue colocar os outros à vontade a partir de uma relação de
confiança mútua e de afinidade com foco na ampliação da consciência
das pessoas com as quais interage. Assim, o tutor é alguém:

Que tem disponibilidade para servir;


PRÁTICAS EDUCATIVAS

Desprendido, com genuíno interesse em ver o próximo atingir seus


objetivos.

O tutor deve sempre exercer uma escuta e um apoio empático e


responsável, demonstrando maturidade afetiva e intelectual,
conhecimento da maneira de ser do estudante e dos elementos
pedagógicos que tornam possível conhecê-lo e ajudá-lo.

A escolha dos tutores


A escolha dos Tutores deverá acontecer assim que os estudantes
conhecerem seus Professores.

A Coordenação Pedagógica, junto com a Orientação Educacional,


deverá promover e divulgar a escolha dos tutores, que deverá envolver
todos os profissionais da unidade escolar que tiverem condições de
apoiar e acompanhar os estudantes.

Esse é o espaço para que todos se engajem de forma criativa e


animada, podendo produzir vídeos, cards, um espaço de divulgação da
tutoria, de forma a incentivar que todos os estudantes conheçam e
realizem a escolha do seu tutor.

Após a escolha, cada Tutor receberá da Coordenação Pedagógica e da


Orientação Educacional uma ficha, com dados dos seus tutorados, na
qual serão registrados os acompanhamentos e progressos.
16
Clubes de
Protagonismo

Os Clubes é uma Prática Educativa com o objetivo central de


formar o estudante Protagonista. Os Clubes são um espaço
fundamental para educar o estudante a partir dos quatro pilares

PRÁTICAS EDUCATIVAS
da educação, de forma que ele possa aprender a Aprender,
aprender a Fazer, aprender a Conviver e aprender a Ser.

Essa Prática Educativa de Vivência em Protagonismo depende:

da qualidade do engajamento dos estudantes em sua


dinâmica diária;
da oferta de condições, oportunidades e apoio de toda a
Equipe Escolar.

É importante que os desejos do estudante e suas perspectivas


sejam as molas propulsoras dessas ações. O estudante, por meio
do Clube Juvenil, adquire vivências, práticas e experiências
sobre a vida. O estudante se torna o sujeito de suas escolhas,
decidindo agir com assertividade diante da vida e dos outros.

Ao criar um Clube de Protagonismo, os estudantes precisam ter


consciência dos elementos que orientarão os seus trabalhos
para que as atividades possam ser desenvolvidas da melhor
forma possível e o Clube seja fortalecido (ex. quais serão as
prioridades do Clube, quais estratégias serão utilizadas, quais
são os resultados a serem alcançados, quais são as funções da
equipe).

Por isso, é essencial que o gestor escolar se reúna com os


Presidentes dos Clubes para definir a agenda de trabalho dos
Clubes, promovendo um diálogo formativo de líder para líder.
Além disso, o gestor escolar deve se reunir com os estudantes
interessados em criar um Clube para tirar dúvidas, passar as
orientações sobre a elaboração de um Plano de Ação e ajudar os
participantes com a divulgação e o convite aos colegas que
tenham interesse em se associar.
No Ensino Fundamental Integral:
As escolas têm autonomia para optar em trabalhar essa prática
educativa no horário do intervalo do almoço ou nas aulas de
Protagonismo, organizando os estudantes em grupos, conforme a
realidade da cada Unidade Escolar.

Como primeiro passo para a promoção de Clubes de Protagonismo


fortes e ativos, o professor do Componente incentivará a participação
de todos e, principalmente, deverá refletir sobre os interesses e
necessidades dos estudantes, por meio da escuta ativa.

Como segundo passo, o professor deverá colher as sugestões de


Clubes, com os respectivos recursos, tanto físicos quanto materiais,
necessários para sua implementação.
PRÁTICAS EDUCATIVAS

Após análise das possibilidades de funcionamento e seleção junto à


equipe diretiva, deverá ser apresentado um cardápio de sugestões
para que os estudantes façam suas escolhas.

No Ensino Médio Integral:


A Semana do Protagonismo é uma importante estratégia para a
divulgação e mobilização dos estudantes para a criação dos Clubes.
Inicialmente, sugerimos que as escolas organizem a Semana do
Protagonismo para a primeira semana de março/2023 (06/03 a 10/03)
e enviaremos em breve orientações específicas para a sua realização.

Ressaltamos a importância do Caderno de Clubes e Protagonismo


Juvenil para melhor apoiar a escola na estruturação e promoção dos
Clubes e demais práticas protagonistas.
18
Liderança de
Turma

A Liderança de Turma é uma prática educativa e pedagógica


fundamental na construção do protagonismo juvenil. A lógica de
representação dos estudantes de uma determinada turma
possibilita o desenvolvimento da responsabilidade, do senso de

PRÁTICAS EDUCATIVAS
coletividade, da criticidade e da autonomia no conjunto dos
estudantes.

No início do ano letivo, a equipe diretiva deverá anunciar em


todas as turmas o processo de eleição dos líderes e vice-líderes
de turma. Nesse momento, é muito importante que todos os
estudantes compreendam o papel do líder de turma, suas
responsabilidades, atribuições e limites de atuação.

Após o anúncio, os estudantes deverão organizar o processo de


eleição, com a mediação da equipe diretiva que deverá garantir
principalmente a estrutura das atividades e ações. Além disso, a
equipe diretiva deverá estimular que os estudantes se
apropriem de diferentes formas de apresentar suas ideias (ex.
vídeos, cartazes, panfletos), e disponibilizar espaços na escola
para que possam viabilizar essas produções.

Ressalta-se que a eleição dos líderes deve ser estruturada por


um regimento com a definição das regras e calendário, que
permitam a inscrição dos interessados, espaço para que
possam defender sua candidatura e modelo de votação.

Logo em seguida das eleições, a primeira reunião do conselho


de líderes deverá ser convocada, com a presença da equipe
diretiva, para estruturar o conselho. De forma a fortalecer e
incentivar as lideranças de turma, o(a) gestor(a) deverá
organizar um calendário de reuniões ordinárias com os líderes
de turma, para incentivar a organização constante dos
estudantes na definição das reivindicações coletivas. Destaca-
se que é muito importante que os estudantes recebam uma
devolutiva sobre as questões trazidas, ainda que seja uma
negativa.
No Ensino Médio Integral:
Ressaltamos a importância do Caderno de Clubes e Protagonismo
Juvenil para melhor apoiar a escola na estruturação e fortalecimento
das lideranças de turma e demais práticas protagonistas.
PRÁTICAS EDUCATIVAS
PARTE
DIVERSIFICADA
A Parte Diversificada do Currículo exerce papel fundamental no
desenvolvimento dos estudantes, fazendo a conexão entre o mundo
acadêmico e as práticas sociais; ampliando, enriquecendo e
diversificando o repertório de experiências e conhecimentos. De
forma geral, no Ensino Fundamental, a Parte Diversificada é
composta por: Acompanhamento da Aprendizagem, Projeto de Vida,
Protagonismo, Eletivas, Eletivas Esportivas ou Culturais, Estudo
Orientado, Práticas Experimentais, Pensamento Científico, Língua
Brasileira de Sinais (Libras), Saberes e Fazeres do Campo e Saberes
e Fazeres Indígenas.

IMPORTANTE: Todas as ações realizadas pelas escolas deverão


constar no Projeto Político Pedagógico (PPP) da Unidade Escolar,
tais como:

Funcionamento dos Clubes, especificando se esses serão


trabalhados durante o período de almoço ou dentro da aulas de
Protagonismo;
Caso optem em continuar com a prática de Avaliação Semanal, a
mesma deverá ocorrer de forma que cada professor poderá
desenvolvê-la dentro do seu componente curricular.
21
Projeto de Vida

Esse componente curricular é de fundamental importância, é


uma estratégia essencial na perspectiva da formação integral e
é em torno desta Metodologia de Êxito que o Projeto Pedagógico
da Escola se estrutura.

O Projeto de Vida está na 6ª competência Geral da BNCC, a qual


propõe levar o estudante a valorizar e se apropriar de

PARTE DIVERSIFICADA
conhecimentos e experiências, para entender o mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu Projeto
de Vida com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.

Por meio do Projeto de Vida, os estudantes podem traçar um


plano que lhes permita visualizar os melhores caminhos para
atingir seu sonho, a partir de estratégias que levam ao seu
autoconhecimento. Nesse processo, cabe aos gestores e
professores o importante papel de apoiar as escolhas.

Planejamento
Todo o trabalho do Projeto de Vida deverá ser pautado a partir
dos sonhos dos estudantes construídos durante o Acolhimento
Inicial. Estes sonhos deverão ser tabulados e socializados com a
comunidade escolar.

Nos Anos Iniciais, o projeto de vida será trabalhado de forma


transversal a fim de enriquecer e aprimorar as aprendizagens,
fomentando o desenvolvimento das competências
socioemocionais, autoconhecimento e as relações inter e intra
pessoais saudáveis, por meio de um ambiente escolar acolhedor,
integrador e favorável. Desta forma, estimula os estudantes a
refletirem sobre o significado da vida, ampliando a compreensão
sobre as relações humanas e estimulando a construção de uma
visão crítica, cidadã e consciente.

Nos Anos Finais, as aulas de Projeto de Vida devem reforçar o


autoconhecimento, alteridade e valores com foco nas
competências socioemocionais. As atividades iniciais devem ser
direcionadas para que os estudantes possam expressar seus
sentimentos, suas vivências e mesmo seus medos e emoções.
Todo o trabalho do Projeto de Vida deverá ser pautado a partir
dos sonhos dos estudantes construídos durante o Acolhimento.
Estes sonhos deverão ser tabulados e socializados com a
comunidade escolar.
As aulas deverão ser planejadas a partir do Organizador Curricular de
Projeto de Vida 2023, e como suporte o Repositório de planos de aulas
de PV.

Perfil do professor
Os professores modulados no Componente Curricular Projeto de Vida
devem ter perfil articulador, acolhedor, ter capacidade de inspirar e
apoiar o estudante na construção da sua identidade, utilizando a
pedagogia da presença, a escuta ativa, provocando o despertar para
os seus sonhos, uma vez que este Componente Curricular visa
proporcionar a ampliação e consolidação de valores e princípios
necessários à vida pessoal, social e produtiva dos estudantes no seu
PARTE DIVERSIFICADA

Projeto de Vida. Recomenda-se que o Professor de Projeto de Vida não


acumule outros componentes da Parte Diversificada e Coordenação
de Área.

Avaliação
Propõe-se que o processo avaliativo aconteça de forma processual,
possibilitando o acompanhamento do desenvolvimento das
capacidades necessárias para a construção do Projeto de Vida, por
intermédio da observação dos estudantes, de sua participação, de seu
compromisso e dos avanços em suas competências e habilidades
individuais.
23
Eletivas

O Componente Curricular Eletivas tem como objetivo ampliar e


aprofundar as aprendizagens da Formação Geral Básica, ou
ainda, trabalhar com abordagens inerentes às expectativas e
interesses dos estudantes e sua formação integral.

As Eletivas devem ter intencionalidade pedagógica (ter claro


quais são os objetivos de aprendizagens, onde estão em relação

PARTE DIVERSIFICADA
a esses objetivos e como fazer para alcançá-los) e articulação
com as Competências Gerais da BNCC, com as Áreas do
Conhecimento de interesse dos estudantes com foco no
desenvolvimento de habilidades afins e a progressividade das
aprendizagens.

As mesmas são consideradas elementos fundamentais do


processo de formação e de construção do Projeto de Vida e da
Excelência Acadêmica, um dos Eixos Formativos ao lado da
Formação para a Vida e da Formação de Competências para o
Século XXI.

Nesse sentido, essas propõem a ampliação e qualificação do


repertório de conhecimentos dos estudantes. A partir do seu
diálogo com Projeto de Vida, essas possibilitam a ampliação
desse repertório de vivências culturais, artísticas, esportivas,
científicas e estéticas. Um importante apoio para a
implementação e fortalecimento do currículo da Formação
Geral Básica, objetivando a ampliação e o enriquecimento do
repertório cultural dos estudantes, bem como o estímulo à
criatividade por meio da exploração de temas presentes nas
ciências, nas artes, nas linguagens e na cultura corporal.

É de oferta semestral e de livre escolha dos estudantes. A escola


deve oferecer um conjunto de opções de Eletivas contando com
duas aulas semanais. Cabe aos professores atribuídos elaborar
os planos de aula, nos quais devem constar uma ementa. A
publicação das ementas permite aos estudantes escolher de
forma consciente a eletiva que desejam cursar.

As Eletivas devem ser planejadas de modo a culminar com a


realização de um produto ou evento a ser apresentado para toda
a escola. Tendo em vista o incentivo à convivência e à troca de
experiências, essas têm por princípio a integração de
estudantes dos diversos anos/séries, desse modo orientamos
que sejam agrupados estudantes do 6º e 7º anos e do 8º e 9º
anos, em turmas multisseriadas, com a possibilidade de
agrupamentos entre estudantes do mesmo ano/série, caso a
escola possua mais de três turmas do mesmo ano/série.
Planejamento
As Eletivas devem sempre levar em consideração o diagnóstico das
produções realizadas pelos estudantes por meio do portfólio de
Acolhimento, de forma a contribuir com a elaboração do projeto de
vida. Ou seja, a partir dos sonhos indicados pelos estudantes ao longo
das dinâmicas de Acolhimento, o professor deve propor uma Eletivas
que, além de articular habilidades do currículo, aprofunde elementos
que fazem parte dos projetos de vida dos estudantes daquela unidade
escolar.

As Eletivas, na sua organização, possibilitam a multiplicidade de


convivência de perfis em termos de maturidade, de histórias de vida,
de experiências, de repertórios, de perspectivas, de limites e de
possibilidades em torno de um objeto em comum.
PARTE DIVERSIFICADA

A unidade escolar deve organizar a oferta de várias Eletivas, de forma a


oportunizar a escolha dos estudantes conforme seus interesses
acadêmicos, profissionais, culturais e relacionados com seu projeto de
vida.

O trabalho com as Eletivas deve, assim, primar pela criatividade e


inovação, com base nas metodologias ativas, valorizar a ludicidade,
agregar novos valores à prática docente e às aprendizagens. Elas
poderão ser trabalhadas por meio da aprendizagem baseadas em
problemas ou em projetos.

Ao planejar uma Eletivas devemos:

Envolver os estudantes e considerar a importância do tema na vida


deles. Eles precisam se enxergar no tema ou no seu contexto;
Partir de uma situação-problema que possa ser alterada em função
dos interesses dos estudantes e/ou da melhoria da qualidade de
vida;
Ser abrangente o suficiente para atender ao currículo, gerando
boas situações de aprendizagens;
Diagnosticar possíveis interesses e necessidades dos estudantes;
Planejar e Prototipar possíveis atividades que engajem os
estudantes durante as Eletivas;

Para organizar esse momento, as metodologias ativas são fortes


aliadas. Metodologias como: nuvem de ideias, rodas de conversa e
caixa de sugestões, possibilitam a construção de um ambiente mais
acolhedor, interativo e lúdico para os estudantes, resultando no maior
engajamento dos mesmos.
Assim, recomenda-se que o professor no momento do planejamento
considere abordagens envolvendo:

Investigação Científica Intervenção Sociocultural

Os estudantes buscam Os alunos conhecem o


informações no universo contexto que querem
da pesquisa, na transformar, geram o
investigação, construção engajamento com a
de conceitos e hipóteses. comunidade e promovem
a intervenção de alguma
forma como culminância

PARTE DIVERSIFICADA
do projeto.
Processos Criativos

Os estudantes criam possibilidades das mais variadas formas


de representações do tema, seja uma peça teatral, uma
intervenção, um mão na massa, um produto sustentável
artesanal, campanha publicitária ou outro, que tenha relação
com a temática trabalhada.

Definidos os temas, os Professores, os CPA e CP se reúnem para


estruturação e elaboração das ementas das Eletivas. Após a sua
estruturação, estas serão apresentadas aos estudantes para fazerem
a(s) sua (s) escolhas.

Um mesmo Professor poderá ser lotado em até 03 (três) Eletivas. O


professor poderá ofertar a mesma Eletivas para mais de uma turma
desde que seja considerado o interesse dos estudantes.

LEMBRETES

Destacamos a importância da realização do Feirão das Eletivas para


apoiar nesse processo de escolha da Eletivas pelos estudantes;

Sugere-se elaborar um plano de comunicação interno e externo


para divulgação das eletivas que têm possibilidade de oferta (o quê,
para quê, como e quando), apresentando as Eletivas aos
estudantes, de forma contextualizada às expectativas,
possibilidades da escola, às expectativas e possibilidades das
juventudes do século XXI e às potencialidades local e regional; fazer
escuta dos estudantes para escolha das eletivas; e realizar a
inscrição dos estudantes na eletivas escolhida para a formação das
turmas.
Eletivas Esportivas ou
Culturais
Esta Eletivas tem como objetivo, potencializar a formação integral do
estudante em suas múltiplas dimensões. Conforme estabelece a BNCC
e o Modelo Pedagógico de Ensino em Tempo Integral. Assim, contribuir
para o desenvolvimento total da pessoa: corpo, inteligência,
sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal e
espiritualidade.

Planejamento
As aulas deverão apresentar uma abordagem de forma
PARTE DIVERSIFICADA

vivencial/prática, com fundamento interdisciplinar em relação aos


benefícios à saúde do corpo, da mente, a inclusão, o autocuidado, a
cultura e outros, respeitando o nível de desenvolvimento dos
estudantes, ano/série, com objetivo de aprofundar, enriquecer além
de criar um acervo cultural ou esportivo disponível para as ações e
eventos da escola.

Orienta-se que seja apresentado aos estudantes um cardápio de


Eletivas, com diversas modalidades de atividades tais como:

Eixo esportivo: Esportes, Ginásticas, Danças, Lutas, Jogos, Práticas de


Autocuidado, etc.;

Eixo cultural: Artes Visuais, Cultura Local, Cultura Popular,


Interculturalidade, Teatro, Dança, Música, etc.

Para a escolha do eixo, é importante considerar principalmente, entre


as modalidades, a(s) qual(is), a Unidade Escolar tenha disponibilidade
em recursos, estrutura física e profissional especializado.

Conforme análise de todos os aspectos, a escola poderá ofertar os


dois eixos (esportivo e/ou cultural) ou optar por apenas um. Destaca-
se que, a depender da estrutura da escola, as Eletivas poderão ser
ofertadas por turma de origem ou poderá haver a enturmação entre
estudantes de 6º e 7º anos e estudantes de 8º e 9º anos, com a
possibilidade de agrupamentos entre estudantes do mesmo ano/série,
caso a escola possua mais de três turmas do mesmo ano/série.

No caso da Eletivas Esportivas ou Culturais, a escola deverá avaliar a


partir do seu contexto quantas Eletivas serão atribuídas a cada
professor. O professor poderá ofertar a mesma Eletivas para turmas
diferentes, a depender do interesse dos estudantes.
Perfil do professor
O professor da Eletivas poderá ser de qualquer área do conhecimento,
desde que:

Seja curioso, idealista, criativo, pró-ativo, apaixonado pela


construção do conhecimento e anseie por novidades;

Goste de inovações, de pesquisa, de colocar em prática ideias


diferentes. Profissionalmente, esteja sempre aberto a novas

PARTE DIVERSIFICADA
perspectivas e novas experiências, enxergando-se como um
permanente aprendiz;

Seja capaz de estimular a curiosidade de todos os estudantes, de


criar oportunidades de aprendizagens variadas, possibilitando
descobertas e novas experiências a partir da identidade das
crianças/adolescentes;

Compreenda que seu papel é de educar a criança/adolescente em


todas as suas dimensões, estimulando o conhecimento teórico-
prático, o pensamento crítico, analítico e propositivo, a iniciativa, o
foco no futuro com a presença das habilidades socioemocionais;

Seja sensível às necessidades variadas das crianças/adolescentes e


suas diferentes bagagens e estar comprometido com o sucesso de
todos;

Acredite que a troca de conhecimento entre os professores,


professores e estudantes e entre estudantes é fundamental para o
enriquecimento do processo de aprendizagem.

Seguindo o mesmo perfil geral, o professor da Eletivas Esportivas ou


Culturais com eixo na parte esportiva deverá possuir Licenciatura em
Educação Física; e o professor da Eletivas Esportivas ou Culturais com
eixo na parte cultural poderá ser preferencialmente da área de
Linguagens que possuir habilidades artísticos culturais, identificadas
pela Equipe Diretiva.

Avaliação
A aprendizagem poderá ser avaliada por meio de registros em fichas
de acompanhamento, portfólio e culminância das Eletivas, por meio de
um processo reflexivo, interpretativo e subjetivo, observando o
desenvolvimento integral e não apenas os aspectos da parte técnica e
estética dos conteúdos.
28
Estudo Orientado

O trabalho com estudo Orientado está contemplado mais


especificamente na Competência Geral 2 - Pensamento
científico, crítico e criativo.

“Exercitar a curiosidade intelectual e


recorrer à abordagem própria das ciências,
PARTE DIVERSIFICADA

incluindo a investigação, a reflexão, a análise


crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e
inventar soluções com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.”

O Estudo Orientado vem oportunizar a mudança de postura


frente ao processo de aprendizagem e consequentemente
melhoria no desempenho dos estudantes. A prática torna-se um
exercício de protagonismo estudantil, desenvolvendo hábitos de
estudo na escola e fora dela, como uma prioridade e uma
necessidade. Quando o estudante vê significado em sua relação
com o saber, o ato de estudar passa a ter novo sentido para seu
projeto de vida (PV), e as aulas de Estudo Orientado ganham um
papel importante.

Esse Componente Curricular deve apoiar o estudante na


aquisição de hábitos e incentivá-lo na rotina de estudo diário,
como: responsabilidade, organização pessoal, planejamento e
uso de técnicas de estudo e tem como objetivos a aprendizagem
dos(as) estudantes, o aprimoramento de competências e
habilidades cognitivas e socioemocionais, o desenvolvimento da
autonomia e a formação de jovens protagonistas.

O Estudo Orientado apoia o projeto de vida porque desenvolve


competências que permitem ao estudante aprender a fazer
escolhas, priorizar ou direcionar aprendizagens de acordo com
os seus interesses, necessidades e perfis de aprendizagens.
Assim, por meio de técnicas, potencializa a aquisição de
habilidades prioritárias.
Planejamento
Durante as aulas de Estudo Orientado, o professor deverá desenvolver
atividades com intencionalidade pedagógica e uso de variadas
estratégias e metodologias ativas como: Atividades com
Agrupamentos com intencionalidade, aos Pares, Rotação por Estações
que possibilita trabalhar todos os perfis de aprendizagem (cada
estação contemplando: uma técnica de estudo; um perfil de
aprendizagem: (auditivo/visual/cinestésico/leitor) de um mesmo
objeto de conhecimento.

PARTE DIVERSIFICADA
Essa metodologia favorece as diferentes formas de aprendizagem e
principalmente a equidade. As aulas devem auxiliar os componentes
curriculares da BNCC, visando a melhoria do processo de ensino e
aprendizagem dos(as) estudantes, desse modo, favorecendo a
interdisciplinaridade.

Para que este trabalho ocorra de forma significativa, as aulas deverão


ser planejadas a fim de desenvolver habilidades essenciais para o
processo de desenvolvimento dos estudantes em todas as áreas do
conhecimento.

A proposta é que as intervenções pedagógicas sejam facilitadoras no


processo de aprendizagem das habilidades essenciais. Nessa
perspectiva, as aulas visam estabelecer uma relação entre a temática
que será abordada e os objetos de conhecimento esperados para
determinado ano/série. Dessa forma, pode-se criar uma proposta
interdisciplinar, envolvendo todos os componentes curriculares,
principalmente os de Língua Portuguesa e Matemática, a fim de
fortalecer habilidades para melhor aproveitamento nos índices
educacionais/IDEB.

Uma estratégia de organização para o planejamento seria por meio de:

ROTEIRO de estudo orientado;


GPS DAS HABILIDADES PARA ESTUDO ORIENTADO;
GUIA DE APRENDIZAGEM.

Objetivos das aulas:

Reconhecer a importância do desenvolvimento de hábitos e rotinas


de estudos;
Reconhecer elementos essenciais para o ato de estudar;
Compreender a diferença entre qualidade e intensidade de
estudos;
Apropriar-se da capacidade de se organizar para estudar;
Compreender e aplicar técnicas de estudo na rotina diária.
Para alcançar esses objetivos as aulas deverão contemplar:

Aulas de organização e planejamento de estudos;


Aulas de orientação de estudos;
Aulas de técnicas de estudos.

O planejamento das aulas deverá contemplar três momentos:

MOMENTOS AÇÃO DO PROFESSOR

Ministrar aula de organização e


Organização de Estudos
planejamentos de estudos

Orientação de estudos Orientar e execução do estudo pessoal


PARTE DIVERSIFICADA

Técnicas de estudos Dar aula de técnicas de estudos.

Perfil do professor
Os Professores deverão atuar como mediadores dos processos do
percurso de aprendizagem. No entanto, espera-se que esse
profissional tenha a capacidade de promover uma articulação entre os
docentes da escola por se tratar de um componente curricular
integrador de objetos de conhecimento e potencializador de
habilidades cognitivas e sociais, uma vez que o professor fará parte
dessa construção do aprender a estudar, tornando-se parceiro dos
estudantes nesse momento. É importante que o professor ofereça
diferentes estratégias metodológicas e recursos.

Para atuar com os Anos Iniciais o professor deverá apresentar perfil de


alfabetizador, uma vez que propõe-se um trabalho mais centrado no
letramento em Língua Portuguesa e letramento matemático.

O Professor deste Componente Curricular deve ser dinâmico,


articulador e criativo. A carga horária deve ser distribuída entre os
Professores da Formação Geral Básica e da Parte Diversificada que
tiverem disponibilidade de carga horária.
Avaliação
A avaliação deverá ocorrer a partir de observações, no
desenvolvimento dos estudantes quanto à sua capacidade de auto-
organização e autodidatismo com os estudos, assim como, quanto às
habilidades socioemocionais essenciais como o cooperativismo,
empatia e a responsabilidade.

PARTE DIVERSIFICADA
32 Práticas
Experimentais

As Práticas Experimentais não são práticas desarticuladas dos


elementos teóricos e conceituais das aulas de Matemática e
Ciências, mas parte indissociável que permite ampliar as
oportunidades de aprendizagem consolidando os
conhecimentos adquiridos, por intermédio da experimentação
e deve ocupar lugar destacado na sua condução. Proporcionam
PARTE DIVERSIFICADA

espaços de vital importância para que o estudante protagonista


seja atuante construtor do próprio conhecimento, descobrindo
que a Ciência é mais do que aprendizagem de fatos.

Nesse sentido, deve ser feita a reflexão da busca contínua de


uma prática que revele o valor do aprendizado por meio dos
Quatro Pilares para que os estudantes possam se desenvolver
plenamente, considerando a progressão das suas
potencialidades, ou seja, a capacidade de cada um de fazer
crescer algo que traz consigo ou mesmo que adquire ao longo
da vida:

“Aprender a Ser”: capacidade para agir com autonomia,


responsabilidade e compromisso consigo, com os outros e
na construção de um projeto de vida;

“Aprender a conhecer”: participar da pesquisa e do


processo de construção do conhecimento.

“Aprender a fazer”: é muito mais do que aprender como é


feito; é também construir os modos e os instrumentos da
‘feitura’.

“Aprender a conviver”: busca do conhecimento e das


estratégias de reconstrução da convivência na diferença.
Planejamento
As aulas deverão ser planejadas articulando os objetos de
conhecimento com os experimentos em situações reais de
aprendizagem por meio da observação, do desenvolvimento de
hipóteses e a geração de novas ideias e conceitos e poderão
acontecer em diversos espaços para potencializar o exercício da
experimentação. As metodologias precisam ser pensadas com vistas a
favorecer o desenvolvimento dos estudantes. Para melhor organização
do planejamento sugerimos o Roteiro para Práticas Experimentais.

PARTE DIVERSIFICADA
Perfil do professor
Todo professor lotado no Componente Curricular Matemática também
deverá ser lotado em sua aula de Prática Experimental
correspondente. Para os professores que ministram aulas do
componente curricular de Ciências serão acrescidas,
preferencialmente, na sua carga horária as aulas de Prática
Experimental correspondente.

Avaliação
A avaliação dar-se-á durante todo o processo, desde a construção das
hipóteses até a conclusão dos experimentos. Deverá ser observado o
desenvolvimento científico, crítico e reflexivo dos estudantes,
habilidades socioemocionais necessárias, como: autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação frente às
questões científico-tecnológicas.
34 Protagonismo
O Componente Curricular Protagonismo possibilita a discussão
sobre Protagonismo Juvenil, através de conceitos e vivências
fundamentados nas Competências Gerais da BNCC.

Nesse sentido, ao estudante devem ser oferecidos espaços,


condições e oportunidades para as suas aprendizagens e dentre
elas, àquelas que possibilitem empreender na realização das
suas potencialidades pessoais e sociais, atuando como fonte de
iniciativa (porque atuará e não será espectador de sua
aprendizagem), liberdade (porque exercitará a capacidade de
PARTE DIVERSIFICADA

analisar, avaliar e decidir) e compromisso (porque assumirá as


responsabilidades sobre aquilo que decide).

Planejamento
As aulas deverão ser planejadas a partir do Organizador
Curricular de Protagonismo 2023 programados para cada ano
(6° ao 9° anos). Neste Componente Curricular as aulas serão
desenvolvidas por meio de conceitos e vivências em
protagonismo, com possibilidades de funcionamento dos Clubes
dentro das aulas, de forma alternada com as temáticas
programadas, mediante cronograma sistematizado. Desse
modo, o professor terá condições de orientar com
intencionalidade essa prática educativa junto aos estudantes e
colaborar na organização das atividades dos Clubes, no sentido
de fortalecer o protagonismo.

Protagonismo nos Anos Iniciais

Para os Anos Iniciais, vale destacar a importância da valorização


de situações lúdicas e a possibilidade de exercitar o
protagonismo, por meio da convivência, das brincadeiras, da
participação, da exploração, da expressão e do
autoconhecimento.

Para desenvolver as temáticas propostas, devem ser


trabalhadas numa perspectiva problematizadora e contextual e
que possam provocar no estudante a reflexão e a vivência na
coletividade, nas brincadeiras, e demais situações propostas em
sala de aula.
Os temas para as turmas de 1º ao 5º anos devem ter como eixos
norteadores, as abordagens nas seguintes dimensões:

1º ao 3º Anos - Curiosidade, imaginação criativa e sociabilidade,


empatia, autonomia, autocuidado, sociabilidade, imaginação
criativa, cooperativismo e senso de corresponsabilidade;

4° e 5º Anos - Resiliência, diálogo, autoconfiança, iniciativa social,


determinação, colaboratividade, solidariedade.

Protagonismo nos Anos Finais

PARTE DIVERSIFICADA
Orienta-se que o professor provoque em suas abordagens
metodológicas a análise dos conceitos propostos nas temáticas e
propicie situações nas quais os estudantes possam se posicionar sobre
o seu estar no mundo, na sua comunidade e exercitar a capacidade de
refletir e agir sobre a realidade social ancorados em valores para o
exercício da cidadania.

Nesse sentido, a partir do trabalho tanto na teoria quanto na vivência


dentro dos Clubes, o professor dará apoio e incentivo quanto ao
desenvolvimento da autorregulação e autogestão para superação dos
desafios e a construção do seu projeto de vida, assim como a
contribuição e a participação ativa dos Clubes como solução de
problemas no ambiente escolar.

Avaliação
Os estudantes serão avaliados de forma processual em suas
dimensões socioemocionais e com base no desenvolvimento das
competências para o Século XXI, quanto a sua responsabilidade
pessoal, e com os estudos, seu engajamento com os pares, o espírito
colaborativo e participativo, conforme o nível de maturidade de cada
ano/série.
36
Pensamento
Científico
O Componente Curricular Pensamento Científico é destinado às
turmas de 8º e 9º anos, e tem por objetivo promover a
alfabetização científica ao combinar o conhecimento científico
com a habilidade de aprender a tirar conclusões baseadas em
evidências, de formar estudantes cientistas, pesquisadores,
cidadãos inquietos e ávidos por conhecimento.

Esses estudantes devem ser capazes de analisar e interpretar


dados, situações, acontecimentos nacionais e mundiais e
PARTE DIVERSIFICADA

dialogar com seus próprios conhecimentos. Por sua vez, a escola


deve proporcionar espaços de aprendizagens que estimulem os
estudantes para esse universo de descobertas, por meio dos
Laboratórios de Ciências e Línguas, assim como, do uso
adequado da pesquisa na biblioteca e na internet, entre outros
espaços dentro e fora da escola.

O pensamento científico está presente na 2º Competência Geral


da BNCC, a qual propõe levar o estudante a exercitar a
curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e
testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas. Essa competência trata do desenvolvimento
do raciocínio, que deve ser feito por meio de várias estratégias,
privilegiando o questionamento, a análise crítica e a busca por
soluções criativas e inovadoras.

Planejamento
As aulas deverão ser planejadas levando em consideração os
três eixos:

1. Conhecimento
2. Pesquisa
3. Projetos.
Para as turmas de 8° Anos, o foco será no desenvolvimento de
competências e habilidades que formam um jovem pesquisador. Por
sua vez, para as turmas de 9° anos o foco será na prática de tudo o que
foi aprendido no ano anterior, por meio da elaboração de projetos de
pesquisa que objetivam intervir no contexto escolar e entorno. Para
nortear o planejamento dos mini projetos, está disponível uma tabela
com temáticas sugestivas.

Elementos da Metodologia Pensamento Científico

Atitude científica: Capacidade de observar os dados do mundo natural


e social e fazer inferências a partir dessas observações, superando os

PARTE DIVERSIFICADA
pré-conceitos “naturais” ou pré-científicos que as pessoas possam ter.

Trabalho em grupo: O conhecimento e o diálogo constante entre as


pessoas com base em dados e observações do mundo real.

Objeto de Conhecimento: Entendimento dos conteúdos específicos


das diferentes disciplinas científicas, tal como são formulados pelas
ciências modernas.

Reflexividade: Entendimento da ciência e da tecnologia como


fenômeno social que tem impacto positivo ou negativo na sociedade e
na vida das pessoas.

Para as turmas de 9º Anos, orienta-se que as aulas sejam


desenvolvidas com a construção de mini projetos investigativos a
partir de temas-problemas, que favorecem a problematização,
possibilitando o desenvolvimento de práticas de investigação que
estimulem o pensamento investigativo e crítico dos estudantes. Temas
que abordam questões ambientais, de alimentação e saúde, produzem
facilmente processos investigativos transdisciplinares.

Para o desenvolvimento da metodologia, o professor fará sempre os


direcionamentos durante o processo com foco em momentos
específicos como:

Momento Interdisciplinar: contextualização do Tema/Problema


(levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes e
sensibilização do problema);

Momento da Problematização: direção das etapas da pesquisa,


fazendo orientações e provocações a fim de instigar os estudantes
no desenvolvimento das etapas do projeto a partir da observação
do mundo/contexto à sua volta e perguntas relacionadas ao
levantamento de aspectos com impacto: social, ambiental, pessoal,
econômico ou cultural. Além da análise de situações relacionadas,
delineamento dos problemas e planejamento das investigações, e
elaboração de hipóteses;
Momento da Experimentação e Investigação: planejamento e
realização de atividades de campo (observações, leituras, visitas de
campo, ambientes virtuais etc.); levantamento de fontes de
pesquisas bibliográficas; desenvolvimento e utilização de
ferramentas, inclusive digitais, para coleta, análise e representação
de dados (imagens, esquemas, tabelas, gráficos, quadros,
diagramas, mapas, modelos, representações de sistemas,
fluxogramas, mapas conceituais, simulações, aplicativos etc.).

Momento da Avaliação e Autoavaliação: por meio dos debates,


autoavaliação, exposições e discussões em grupos de trabalhos e
análise de aspectos observados como: se selecionaram e
construíram argumentos com base em evidências, modelos e/ou
conhecimentos científicos; aprimoraram seus saberes e
conseguiram incorporar, gradualmente, e de modo significativo, o
conhecimento científico e desenvolvem os projetos de pesquisa de
acordo com a metodologia de pesquisa científica.
PARTE DIVERSIFICADA

Perfil do professor
Professores de qualquer área de conhecimento podem ministrar aulas
de Pensamento Científico, devendo atuar de forma criativa e lúdica,
visando desenvolver a capacidade de investigação e fomentar a
criticidade e experimentação dos estudantes.

Avaliação
A avaliação e autoavaliação dar-se-á durante todo o processo,
observando não só os aspectos cognitivos desenvolvidos, mas
também os aspectos socioemocionais como a responsabilidade, o
espírito colaborativo e investigativo e o engajamento com seus pares.
39 Acompanhamento
da Aprendizagem
O Componente Curricular Acompanhamento da Aprendizagem
tem por objetivo contribuir com a progressão das habilidades
em todas as áreas de conhecimento e nesse momento de
recomposição das aprendizagens, o componente curricular
fortalecerá as habilidades e competências de letramento em
Língua Portuguesa e Letramento matemático.

PARTE DIVERSIFICADA
Tem por finalidade atender aos estudantes que não optaram
pelo Ensino Religioso, cuja oferta é obrigatória para a Unidade
Escolar e optativa para o estudante.

Planejamento
As aulas deverão ser planejadas considerando as seguintes
ações:

Analisar os dados educacionais (aprendizagem e fluxo) dos


estudantes que optarem pelo componente;

Identificar quais as habilidades que podem contribuir de


forma interdisciplinar e multidisciplinar no processo de
ensino aprendizagem;

Contemplar os temas contemporâneos – locais, regionais e


nacionais, na perspectiva de desenvolver as competências
Gerais da Educação Básica;

Desenvolver projetos multidisciplinares e/ou


interdisciplinares;

Diagnosticar as dificuldades de aprendizagem nos


componentes das áreas de conhecimento, implementando
metodologias diferenciadas, visando à permanência dos
estudantes com sucesso na escola.
ITINERÁRIOS
FORMATIVOS
A Resolução nº 169, de 20 de dezembro de 2022, do Conselho
Estadual de Educação (CEE) instituiu o Documento Curricular do
Território do Tocantins - DCT-TO, Etapa Ensino Médio, o qual
estabelece que, no território do Tocantins, o Currículo do Ensino
Médio deve ser ofertado em duas partes indissociáveis: Formação
Geral Básica (FGB) e os Itinerários Formativos.

Os Itinerários Formativos referem-se a Parte Flexível do Currículo,


tendo por objetivo ampliar e aprofundar aprendizagens, consolidar
a formação integral dos estudantes, promover a incorporação de
valores universais e desenvolver habilidades que permitam que
esses tenham uma visão ampla do mundo e sejam capazes de tomar
decisões dentro e fora da escola.

Os Itinerários Formativos nas escolas que ofertam o Ensino Médio


Integral são compostos pelas Unidades Curriculares (Projeto de
Vida, Eletivas e Trilhas de Aprofundamento) e pelas Unidades
Curriculares Integradoras (Nivelamento em Língua Portuguesa e
Matemática, Práticas Experimentais, Estudo Orientado, Tutoria,
Eletivas Integradoras, Eletivas I e II, Eletivas Esportivas ou Culturais,
Língua Espanhola, Língua Indígena e Saberes e Fazeres do Campo).

Destacamos que para o desenvolvimento das Unidades Curriculares


(Projeto de Vida, Eletivas e Trilhas de Aprofundamento), teremos
como principal referencial os Cadernos 3 e 4 do DCT-TO e o
Documento Orientador Técnico Complementar Etapa Ensino Médio
(a ser disponibilizado), apoiados pelos demais materiais
orientadores e formativos disponibilizados para toda a rede e
especificamente para as escolas que ofertam o Ensino Médio
Integral.
41
Projeto de Vida
A Unidade Curricular Projeto de Vida é de fundamental
importância, sendo um momento desencadeador para que os
estudantes reflitam sobre o presente e o que desejam para o seu
futuro acadêmico e/ou profissional (Lei nº 13.415, de 16 de
fevereiro de 2017). O Projeto de Vida objetiva, assim, oportunizar
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

a autorreflexão sobre o Eu, o Nós e o Outro, possibilitando ao


estudante realizar análises críticas e reflexivas sobre seu
passado, presente e futuro.

O Projeto de Vida está na 6ª competência Geral da BNCC, a qual


propõe levar o estudante a valorizar e apropriar-se de
conhecimentos e experiências para entender o mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto
de vida com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.

Nesse sentido, por meio do Projeto de Vida, os estudantes


podem traçar um plano que lhes permita visualizar os melhores
caminhos para atingir seu sonho, a partir de estratégias que
levam ao seu autoconhecimento e estimulem a sua autonomia,
seu protagonismo e o desenvolvimento das suas competências
cognitivas e socioemocionais.

As aulas de Projeto de Vida constituem como locus privilegiado


para a escuta, a reflexão, o diálogo e as percepções dos
estudantes por parte de seus pares e dos professores,
promovendo interação, aproximação e construção dialógica do
conhecimento. Ressalta-se que, nesse processo, cabe aos
gestores e professores o importante papel de apoiar as escolhas
dos estudantes.

Planejamento
Todo o trabalho do Projeto de Vida deverá ser pautado a partir
dos sonhos dos estudantes construídos durante o Acolhimento
Inicial. Estes sonhos deverão ser tabulados e socializados com a
comunidade escolar.
Nas aulas da Unidade Curricular Projeto de Vida, tendo a tabulação dos
sonhos como guia condutor, o Professor deverá trabalhar os objetos
de conhecimento de Projeto de Vida para cada série (1ª, 2ª e 3ª séries
do EMI), incluindo as temáticas relativas ao Pós-Médio, sendo estas
trabalhadas no Projeto de Vida das 3ª séries do ensino médio integral,
que seguem:

1ª séries - Identidade e Autoconhecimento;


2ª séries - A construção do Plano de Ação do Projeto de Vida;

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
3ª séries - Mundo de Possibilidades e Aulões preparatórios para o
ENEM.

Apresentamos uma sugestão de unidades temáticas por dimensão do


Projeto de Vida que permite ao estudante organizar a jornada de
desenvolvimento das suas competências e habilidades. Recomenda-se
que cada unidade escolar poderá fazer adaptações às suas realidades,
de modo a não tornar esta sugestão estática ou prescritiva.

As aulas para a 1ª série estão agrupadas de acordo com 4 grandes


temas:

Identidade: aborda temas que estimulam a criação do ambiente


reflexivo fundamental para o desenvolvimento do
autoconhecimento que deverá levar o estudante ao
reconhecimento de si próprio, das suas forças e das limitações a
serem superadas; da autoconfiança e da autodeterminação como
base da autodisciplina e da autorregulação.

Valores: explora temas e conteúdos que contribuem para o


desenvolvimento da capacidade do estudante para analisar, julgar
e tomar decisões baseadas em valores considerados universais que
o ajudarão a ampliar a sua capacidade de conviver através da
construção e da preservação de relacionamentos mais harmônicos
e duradouros pautados na convivência, no respeito e no diálogo.

Responsabilidade Social: refere-se à responsabilidade pessoal e às


atitudes do estudante frente às diversas situações, dimensões e
circunstâncias concretas da sua vida.

Competências para o Século XXI: concentra-se nas competências


e habilidades necessárias à formação humana, no desenvolvimento
dos potenciais para viver, conviver, conhecer e produzir na
sociedade contemporânea.
As aulas para a 2ª série estão agrupadas de acordo com 4 grandes
temas:

Sonhar com o futuro: é a representação daquilo que se é frente


àquilo que potencialmente será num futuro. As aulas iniciadas neste
ano permitem a elaboração de uma espécie de primeiro projeto
para uma vida toda, certamente a mais sofisticada e elaborada
narrativa de si, iniciada na escola.

Planejar o futuro: estimula e orienta o estudante a compreender


que o sucesso das realizações pessoais depende de algumas
etapas iniciais. A idealização de um sonho e os mecanismos
necessários para a sua materialização são algumas dessas etapas,
ou seja, é importante desenvolver o planejamento das realizações
pessoais. Para isso, é preciso que o educador continue a apoiá-lo no
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

processo de reflexão sobre “quem ele sabe que é, e quem gostaria


de vir a ser”, além de ajudá-lo a planejar o caminho que precisa
construir e seguir para realizar esse encontro.

Definir as ações: Ensina a estruturar um plano de ações a partir dos


objetivos que se deseja alcançar. Assim como, ensina o estudante a
administrar de forma adequada os recursos e meios disponíveis em
seu ambiente interno e externo, a fim de criar e potencializar
ganhos no curso das ações desenvolvidas.

Rever o Projeto de Vida: Permite que o estudante aprenda a


estabelecer uma periodicidade para o acompanhamento do seu
Projeto de Vida por meio da revisão do seu Plano de Ação (PA),
considerando que essa tarefa é um compromisso permanente
consigo e com os outros que o cercam. É por meio de uma
autoanálise que o estudante descobrirá os pontos que exigirão um
esforço pessoal adicional para o cumprimento das metas
estabelecidas. Bem como, a necessidade de reelaboração do seu
projeto.

Na 3ª série, os jovens vivem um momento de consolidação de


algumas decisões construídas e amadurecidas ao longo de uma
importantíssima tarefa: a elaboração do seu Projeto de Vida.

Mundo de possibilidades: É o momento de conhecer as formas e


possibilidades de ingressar ao nível superior, sobre
empreendedorismo, sobre a formação técnica. Os estudantes
deverão ter referências, informações e orientações fundamentais
para conclusão do processo de apoio ao Projeto de Vida, traçado ao
longo de todo o Ensino Médio. São muitas reflexões sobre qual o
caminho a tomar para a sua formação profissional e suas decisões
se tornam ainda mais complexas. Portanto, precisam ser apoiados,
tenham dedicado tempo e atenção ao planejamento do seu Projeto.
As coordenadas do GPS para a Universidade: O ingresso na
universidade, os principais cursos universitários existentes no país,
seus sistemas de avaliação e dicas para o estudante se dar bem nas
provas. Muitos caminhos levam até o mercado de trabalho: a
formação técnica e tecnológica. Informações sobre os cursos do
ensino técnico e os cursos superiores tecnológicos como uma das
possibilidades de acesso mais rápido ao mercado de trabalho.

Os itinerários para uma carreira militar para além das


"continências": A carreira militar nas Forças Armadas, seja na

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
Aeronáutica, no Exército ou na Marinha, oferece oportunidades de
inserção no mundo do trabalho e de ascensão profissional
qualificada entre os postos de combate (armas), chefia
(intendência) e especialização técnica (quadros).

Empreendedorismo ou a arte de criar impactos: A educação


empreendedora e o perfil do empreendedor, principais tipos de
empresas e seus setores, conceitos gerais de administração.

O Mapa-Múndi do trabalho: o que ele revela?: As exigências do


mercado de trabalho, o primeiro currículo, atitudes para não se
conseguir um emprego; empregabilidade e trabalhabilidade:
palavras-chave da esfera produtiva do século XXI.

As aulas que compõem essas temáticas deverão ser desenvolvidas a


partir de metodologias ativas, de forma que o estudante passe a estar
na centralidade do processo de aprendizagem, tenha assegurado a sua
participação, ampliando a sua atuação cidadã e contribuindo para
alcançar os resultados pactuados coletivamente na comunidade
escolar, tais como: a melhoria dos indicadores educacionais, dos
índices de frequência, da gestão compartilhada, além das habilidades
pessoais e profissionais associadas a liderança, diálogo, convivência e
corresponsabilidade com ambiente escolar.

Espera-se que, partindo desse percurso formativo, ao concluir o ensino


médio, os estudantes sejam capazes de realizar uma leitura crítica e
contextualizada dos processos e das múltiplas dimensões da
existência humana, que sejam responsáveis e atuem como agentes de
transformação, buscando resoluções e intervenções para o meio em
que vivem, agindo de forma protagonista, a partir do desenvolvimento
das competências e habilidades exigidas para tanto.

Para apoiar o trabalho do professor de Projeto de Vida, as referências


bibliográficas são: o livro didático #Meu Futuro, Cadernos de Projeto
de Vida e Pós Médio do Instituto de Corresponsabilidade pela
Educação (ICE), Caderno de Prática Pedagógicas para Educação
Socioemocional do Instituto Sonho Grande (ISG) e GPS de Projeto de
Vida.
Perfil do professor
Os professores modulados na Unidade Curricular Projeto de Vida
devem ter perfil articulador, acolhedor, ter capacidade de inspirar e
apoiar o jovem na construção da sua identidade, utilizando a
pedagogia da presença, a escuta ativa, provocando o despertar para
os seus sonhos, uma vez que este Componente Curricular visa
proporcionar a ampliação e consolidação de valores e princípios
necessários à vida pessoal, social e produtiva dos estudantes no seu
Projeto de Vida.
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Em relação aos professores lotados em Projeto de Vida nas 1ª e 2ª


séries, recomenda-se que a escola module dois professores de Projeto
de Vida e que o professor não acumule outras Unidades Curriculares
Integradoras e/ou Coordenação Pedagógica de Área.

Em relação aos professores lotados em Projeto de Vida nas 3ª séries,


recomenda-se que a modulação seja feita por área de conhecimento,
de acordo com o número total de turmas das 3ª séries de cada escola e
que os Coordenadores Pedagógicos de Área sejam modulados nesta
Unidade Curricular, para melhor articulação dos aulões com a sua área
de conhecimento.

Avaliação
Propõe-se que o processo avaliativo aconteça de forma processual,
possibilitando o acompanhamento do desenvolvimento das
capacidades necessárias para a construção do Projeto de Vida, por
intermédio da observação dos estudantes, de sua participação, de seu
compromisso e dos avanços em suas competências e habilidades
individuais.
46
Eletivas

De acordo com as estruturas vigentes para as escolas que


ofertam o Ensino Médio Integral, as Eletivas são ofertadas da
seguinte forma:

Estrutura Curricular de 2022 (Escolas que já ofertavam a

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
Educação Profissional em 2022 e Escolas Indígenas): Eletivas I e
II (1ª a 3ª séries);

Estrutura Curricular de 2022 (Escolas Indígenas): Eletivas (1ª a


3ª séries);

Estrutura Curricular de 2023 (Escolas regulares (Integral) e do


campo): Eletivas (1ª a 3ª séries), Eletiva Integradora (1ª série) e
Eletiva Esportiva ou Cultural (1ª a 3ª séries).

Eletivas, Eletivas I e II e
Eletivas Integradoras

As Eletivas têm como objetivo ampliar e aprofundar as


aprendizagens da Formação Geral Básica, dos Itinerários
Formativos, especialmente das Trilhas de Aprofundamento, ou
ainda, trabalhar com abordagens inerentes às expectativas dos
estudantes e sua formação integral.

De forma geral, temos três perfis de Eletivas adotados no


currículo do Ensino Médio Integral da Rede Estadual de Ensino;
sendo: Eletivas - Unidades Curriculares; Eletivas I e II e Eletivas
Integradoras - Unidades Curriculares Integradoras

As Eletivas devem ter intencionalidade pedagógica e articulação


com as Competências Gerais da BNCC, com as Áreas do
Conhecimento e com os Eixos Estruturantes definidos pelos
Itinerários Formativos, tendo origem em temas
centrais/integradores, sejam os temas contemporâneos
transversais, ou outros demandados pela comunidade ou de
interesse dos estudantes com foco no desenvolvimento de
habilidades afins e a progressividade das aprendizagens.

As Eletivas são consideradas elementos fundamentais do


processo de formação e de construção do Projeto de Vida e da
Excelência Acadêmica, um dos Eixos Formativos do Modelo
Pedagógico do Ensino Integral ao lado da Formação para a Vida e
da Formação de Competências para o Século XXI.
Nesse sentido, pretende-se com as Eletivas estabelecer um diálogo
contínuo com projeto de vida dos estudantes , as Eletivas possibilitam
a ampliação desse repertório de vivências culturais, artísticas,
esportivas, científicas, estéticas e linguísticas que também
constituirão as Trilhas de Aprofundamento.

A partir desse alinhamento geral:

A Eletivas (Unidade Curricular): é voltada aos interesses e afinidades


dos estudantes, de forma que os temas a serem escolhidos deverão
estar relacionados com o Projeto de Vida dos estudantes e com as
diversas áreas de conhecimento.

A Eletivas I/Eletivas II e Eletivas Integradoras (Unidade Curricular


ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Integradora): são voltadas às necessidades dos estudantes,


complementares à Parte Geral Básica, envolvendo, fortalecendo e
enriquecendo a Parte Geral Básica.

Planejamento
As Eletivas, na sua organização, possibilitam a multiplicidade de
convivência de perfis em termos de maturidade, de histórias de vida,
de experiências, de repertórios, de perspectivas, de limites e de
possibilidades em torno de um objeto em comum.

As Eletivas são de oferta semestral e de livre escolha dos estudantes,


possibilitando que estes enriqueçam sua formação, experimentando
atividades diversificadas.

Nesse sentido, a escola deve organizar a oferta de várias Eletivas, de


forma a oportunizar a escolha dos estudantes conforme seus
interesses acadêmicos, profissionais, culturais e relacionados com seu
Projeto de Vida.

O trabalho com as Eletivas deve, assim, primar pela criatividade e


inovação, com base nas metodologias ativas, valorizar a ludicidade,
agregar novos valores à prática docente e às aprendizagens.

Dentro dos eixos que se organizam as Eletivas, elas poderão ser


trabalhadas por meio da aprendizagem baseadas em problemas ou
em projetos.
Ao planejar uma Eletivas, devemos:

Envolver os estudantes e considerar a importância do tema na vida


deles. Eles precisam se enxergar no tema ou no seu contexto;
Partir de uma situação-problema que possa ser alterada em função
dos interesses dos estudantes e/ou da melhoria da qualidade de
vida;
Ser abrangente o suficiente para atender ao currículo, gerando
boas situações de aprendizagens;
Escolher um Título que seja coerente e atrativo aos estudantes.

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
Definidos os temas e os títulos, os Professores, a Coordenação
Pedagógica de Área e a Coordenação Pedagógica se reúnem para
estruturação e elaboração das Eletivas. Recomenda-se que as Eletivas
sejam criadas pelos professores com base nos interesses,
necessidades e nas sugestões dos próprios estudantes. A escola
também poderá ofertar Eletivas dos Portfólios disponibilizados no site
da Seduc. Após a sua estruturação, estas serão apresentadas aos
estudantes para que possam fazer a(s) sua(s) escolha(s).

As Eletivas devem ser planejadas considerando situações didáticas


diversificadas com vistas ao desenvolvimento, integração e
consolidação das áreas do conhecimento de forma contextualizada e,
para isso, seu eixo metodológico é de orientação interdisciplinar,
norteando-se pelas seguintes perguntas conforme modelo da Ementa
de Eletiva, disponível no Caderno 4 do DCT-TO (pg. 18):

Qual(is) competência(s) geral(is) da BNCC contempla?

Qual(is) competência(s) específica(s) de área contempla?

Qual(is) habilidade(s) dos Itinerários devem ser contemplada(s)?

Quais componentes curriculares serão envolvidos?

Quais objetos de conhecimentos serão trabalhados? Como serão


desenvolvidos?

Qual(is) eixo(s) estrutura(m)?


As eletivas devem ser planejadas de modo a culminar com a realização
de um produto ou evento a ser apresentado para toda a escola. Tendo
em vista o incentivo à convivência e à troca de experiências, as Eletivas
têm por princípio a integração de estudantes das diversas séries.
Desse modo, orientamos que:

Eletivas (Unidades Curriculares): as escolas busquem fazer a


enturmação entre os estudantes de 1ª a 3ª séries;

Eletivas Integradoras (Unidade Curricular Integradora): as escolas


poderão ofertá-las por turma. Caso a escola opte por ofertá-las por
turma, deverão ser ofertados de 02 a 03 temas dentro da própria
turma para que os estudantes tenham opções de escolha.
Alternativamente, caso a escola entenda que seja possível, esta poderá
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

realizar a enturmação dos estudantes da 1ª série;

Eletivas I e II (Unidades Curriculares Integradoras): as escolas


poderão ofertá-las por turma. Caso a escola opte por ofertá-las por
turma, deverão ser ofertados de 02 a 03 temas dentro da própria
turma para que os estudantes tenham opções de escolha.
Alternativamente, caso a escola entenda que seja possível, esta poderá
realizar a enturmação dos estudantes da 1ª a 3ª séries.

Um mesmo Professor poderá ser lotado em até 03 (três) Eletivas. O


professor poderá ofertar a mesma Eletiva para mais de uma turma
desde que seja considerado o interesse dos estudantes.

LEMBRETES

Destacamos a importância da realização do Feirão das Eletivas para


apoiar nesse processo de escolha da Eletiva pelo estudante;

Sugere-se elaborar um plano de comunicação interno e externo


para divulgação das eletivas que têm possibilidade de oferta (o quê,
para quê, como e quando), apresentando as Eletivas aos
estudantes, de forma contextualizada às expectativas,
possibilidades da escola, às expectativas e possibilidades das
juventudes do século XXI e às potencialidades local e regional; fazer
escuta dos estudantes para escolha das eletivas; e realizar a
inscrição dos estudantes na eletiva escolhida para a formação das
turmas.
Eletivas Esportivas ou
Culturais
Esta Eletivas tem como objetivo, potencializar a formação integral do
estudante em suas múltiplas dimensões. Conforme estabelece a BNCC
e o Modelo Pedagógico de Ensino em Tempo Integral. Assim, contribuir

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
para o desenvolvimento total da pessoa: corpo, inteligência,
sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal e
espiritualidade.

Planejamento
As aulas deverão apresentar uma abordagem de forma
vivencial/prática, com fundamento interdisciplinar em relação aos
benefícios à saúde do corpo, da mente, a inclusão, o autocuidado, a
cultura e outros, respeitando o nível de desenvolvimento dos
estudantes, ano/série, com objetivo de aprofundar, enriquecer além
de criar um acervo cultural ou esportivo disponível para as ações e
eventos da escola.

Orienta-se que seja apresentado aos estudantes um cardápio de


Eletivas, com diversas modalidades de atividades tais como:

Eixo esportivo: Esportes, Ginásticas, Danças, Lutas, Jogos, Práticas de


Autocuidado, etc.;

Eixo cultural: Artes Visuais, Cultura Local, Cultura Popular,


Interculturalidade, Teatro, Dança, Música, etc.

Para a escolha do eixo, é importante considerar principalmente, entre


as modalidades, a(s) qual(is), a Unidade Escolar tenha disponibilidade
em recursos, estrutura física e profissional especializado.

Conforme análise de todos os aspectos, a escola poderá ofertar os


dois eixos (esportivo e/ou cultural) ou optar apenas por um. Destaca-
se que, a depender da estrutura da escola, as Eletivas poderão ser
ofertadas por turma de origem ou poderá haver a enturmação entre
estudantes das 1ª a 3ª séries ou entre os estudantes da mesma série.

No caso das Eletivas Esportivas ou Culturais, a escola deverá avaliar a


partir do seu contexto quantas Eletivas atribuir a cada professor. O
professor poderá ofertar a mesma Eletiva para turmas diferentes, a
depender do interesse dos estudantes.
Perfil do professor

O papel do Professor na sala de aula das Eletivas é levar o estudante a


analisar problemas, situações e acontecimentos dentro de um
contexto real, utilizando os conhecimentos presentes em diversas
áreas. Ele desafia e estimula os jovens, mobiliza questionamentos e
hipóteses, dúvidas e certezas temporárias, criando nos estudantes a
necessidade pela busca de respostas, sendo eles os próprios
empreendedores dessa busca. Assim, suas aulas devem prover formas
criativas e estimulantes para criar novas estruturas conceituais.
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

O Professor de Eletivas deve:

Ser curioso, idealista, criativo, pró-ativo, apaixonado pela


construção do conhecimento e ansiar por novidades;

Gostar de inovações, de pesquisa, de colocar em prática ideias


diferentes. Profissionalmente, está sempre aberto a novas
perspectivas e novas experiências, enxergando-se como um
permanente aprendiz;

Ser capaz de estimular a curiosidade de todos os estudantes, criar


oportunidades de aprendizagens variadas, possibilitando
descobertas e novas experiências a partir da identidade dos jovens;

Compreender que seu papel é de educar o jovem em todas as suas


dimensões, estimulando o conhecimento teórico-prático, o
pensamento crítico, analítico e propositivo, a iniciativa, o foco no
futuro com a presença das habilidades socioemocionais;

Ser sensível às necessidades variadas dos jovens e suas diferentes


bagagens e estar comprometido com o sucesso de todos;

Acreditar que a troca de conhecimento entre os professores,


professores e estudantes e entre estudantes é fundamental para o
enriquecimento do processo de aprendizagem.

Seguindo o mesmo perfil geral, o professor das Eletivas Esportivas ou


Culturais com eixo na parte esportiva deverá possuir Licenciatura em
Educação Física; e o professor da Eletiva Esportiva ou Cultural com eixo
na parte cultural poderá ser preferencialmente da área de Linguagens
que possuir habilidades artísticos culturais, identificadas pela Equipe
Diretiva.
Avaliação
A aprendizagem poderá ser avaliada por meio de registros em fichas
de acompanhamento, portfólio e culminância das Eletivas, por meio de
um processo reflexivo, interpretativo e subjetivo, observando o

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
desenvolvimento integral e não apenas os aspectos da parte técnica e
estética dos conteúdos.
53 Trilhas de
Aprofundamento
As Trilhas de Aprofundamento compõem as Unidades
Curriculares dos Itinerários Formativos no qual, o estudante
escolhe conforme seu interesse. As Trilhas de Aprofundamento
são organizadas por Áreas de Conhecimento e visam ampliar e
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

aprofundar as aprendizagens em uma ou mais Áreas de


Conhecimento.

Ao longo do percurso formativo, o estudante da escola regular e


do campo que oferta o Ensino Médio Integral cursará as Trilhas
de Aprofundamento das áreas de conhecimento, totalizando
960 horas/aula ao final da 3ª série, sendo 480 horas/aula anuais
para a 2ª série e 480 horas/anuais para a 3ª série. O estudante da
escola indígena que oferta o Ensino Médio Integral cursará as
Trilhas de Aprofundamento das áreas de conhecimento,
totalizando 720 horas/aula ao final da 3ª série, sendo 320
horas/aula anuais para a 2ª série e 400 horas/aula anuais para a
3ª série. As escolas que ofertam a Educação Profissional e
Técnica possui carga horária específica conforme a estrutura
curricular vigente.

Planejamento
A implementação das trilhas de aprofundamento são orientadas
por meio do Caderno 3 do DCT-TO e do Documento Orientador
Técnico Complementar Etapa Ensino Médio (a ser enviado).

Destacamos que, sempre que possível, a escola deve ofertar


Trilhas de Aprofundamento contemplando as quatro áreas de
conhecimento. A escola deverá estudar e se apropriar das
Trilhas de Aprofundamento propostas no DCT-TO.
Nos dias 02 e 03 de fevereiro de 2023, a escola deverá
apresentar todas as Trilhas de Aprofundamento para os
estudantes da 2ª e 3ª séries para que estes façam as suas
escolhas alinhadas ao seu Projeto de Vida. A escola deverá
avaliar quais as Trilhas de Aprofundamento são possíveis de
serem ofertadas na escola a depender do quantitativo de
turmas, os recursos disponíveis (inclusive RH), o contexto
escolar, entre outros fatores.

O estudante percorrerá 1 (uma) Trilha de Aprofundamento na 2ª


série e outra na 3ª série que poderá ser de acordo com suas
escolhas e possibilidades da oferta da escola.
Considerando que nas escolas regulares e do campo que ofertam o
Ensino Médio Integral a carga horária para Trilhas de Aprofundamento
é a mesma (480 horas/aula) para as 2ª e 3ª séries. Quanto a
organização das turmas poderá haver a enturmação entre estudantes
de 2ª e 3ª séries para compor as turmas de Trilhas de Aprofundamento,
desde que seja a mesma Trilha de Aprofundamento escolhida pelos

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
estudantes.

Perfil do professor

A modulação dos professores em Trilhas de Aprofundamento deverá


seguir as tabelas anexas à Instrução Normativa nº 10, de 18 de janeiro
de 2023 . É fundamental que o professor lotado em Trilhas de
Aprofundamento, além de licenciado, seja proativo e que apresente
perfil que contribua para inovação, protagonismo e formação
propedêutica sólida.
55
Tutoria
A partir de 2023, a Tutoria, além de ser uma prática educativa,
estará presente no rol das Unidades Curriculares Integradoras

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
na Estrutura Curricular das Escolas de Ensino Médio Integral,
exceto nas Unidade Escolares que já ofertam em 2022 o Ensino
Técnico Profissionalizante integrado ao Ensino Médio e a Escola
Indígena de Tempo Integral que possuem Estruturas
Curriculares próprias, conforme o curso e/ou modalidade
ofertada.

Neste primeiro ano de aplicação, cada turma (de 1ª a 3ª séries)


terá um professor tutor que será responsável por acompanhar
cada estudante da turma, desenvolver as ações indicadas pelos
materiais orientadores e atender às demais demandas advindas
da realidade da turma. Importante ressaltar que nesse primeiro
ano, a escola terá autonomia para definir se a tutoria individual,
enquanto prática educativa, será desenvolvida ou não de forma
concomitante à Tutoria enquanto Unidade Curricular
Integradora.

O trabalho de Tutoria é muito mais amplo do que a busca de


melhores resultados escolares e o apoio para alcançá-los. Como
apoio essencial na construção do projeto de vida do estudante,
cabe ao Tutor auxiliá-lo a descobrir as direções que quer tomar e
a fazer o necessário para concretizar suas intenções em cada
passo de seu desenvolvimento. A Tutoria é, assim, um espaço
valioso para realizar um acompanhamento pedagógica em que o
Tutor orienta os estudantes de forma planejada em relação ao
desenvolvimento de competências tanto cognitivas quanto
socioemocionais que aproximem os(as) estudantes de seu
projeto de vida. A Tutoria combina:

Orientação pessoal - para proporcionar uma formação integral


e apoiar seu autoconhecimento, sua adaptação e a tomada de
decisões, apoiar e orientar as mudanças advindas da evolução
do seu projeto de vida.

Orientação escolar ou acadêmica - para apoiar a superar as


dificuldades quanto a hábitos e métodos de estudo inadequados
ou ineficientes, necessidade de integração com o grupo,
mediação junto aos professores, entre outros.

Orientação profissional - para apoiar no processo de


autoconhecimento diante das opções de estudos e
oportunidades existentes no âmbito profissional; favorecer
escolhas acadêmicas e profissionais coerentes com sua
personalidade, suas aptidões e seus interesses.
Planejamento

Para a Unidade Curricular Integradora de Tutoria, o tutor deve planejar


discussões temáticas que estimulem a reflexão dos tutorandos e
também situações de trocas de experiências entre eles (para que
relatem as dificuldades enfrentadas, as estratégias utilizadas e os
avanços alcançados), propiciando momentos coletivos e individuais
durante as aulas.

Estes momentos podem ser construídos em parceria com professores


de outras áreas, especialmente de Projeto de Vida, a Orientação
Educacional e a Equipe Multiprofissional para que tais temáticas
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

possam ser aprofundadas e trabalhadas com diferentes enfoques.

É pertinente considerar que a Tutoria, no espaço coletivo, demanda


uma condução distinta do processo individual, porque tem de
construir um espaço de confiança, cuidado, respeito e aprendizado
conjunto, de forma que todos se sintam seguros para compartilhar
suas experiências e desafios. Isto não só na relação do tutor com cada
estudante, mas, sobretudo, entre eles mesmos.

Por essa razão, é preciso ter uma atenção especial com a integração,
os vínculos grupais, a comunicação e conflitos que possam ocorrer.
Deve-se buscar um clima de empatia e cooperação que fortaleça os
percursos individuais.

Fazem parte da estrutura de plano de aula sugerido:

Acolhimento: momento destinado à apresentação da proposta da


aula, à recepção dos estudantes e à criação do clima para o início
da atividade.

Aquecimento: apresentação e aproximação do tema que será


trabalhado no encontro, utilizando uma estratégia que dialogue
com o momento posterior. Ele pode ser aproveitado também para
integrar o grupo e estreitar os laços, o que ajudará a fortalecer o
respeito e a confiança e, consequentemente, a participação nas
atividades.

Desenvolvimento: vivência do tema por cada estudante,


individualmente ou em grupo. Trazer linguagens artísticas ou de
comunicação pode funcionar como uma estratégia poderosa para
provocar a reflexão e aglutinar o grupo em torno de uma tarefa que
o faça mergulhar nos temas propostos. É útil prever um tempo para
que os estudantes compartilhem o que foi produzido e os
sentimentos vividos ao realizar a atividade.

Encerramento: hora de finalizar a aula fazendo uma síntese do que


foi trabalhado e avaliando se o objetivo proposto foi alcançado.
Pode-se destinar um tempo para a orientação de uma tarefa a ser
realizada pelos estudantes até a próxima aula.
Para apoiar o tutor no desenvolvimento das aulas, enviamos o Caderno
sobre Competências Socioemocionais, a Matriz de Competências
Socioemocionais do EMTI e o Caderno de Tutoria. Em breve,
enviaremos o Organizador Curricular de Tutoria para fortalecer ainda
mais o desenvolvimento do Componente.

Perfil do professor

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
É importante que os professores selecionados para esta tarefa
demonstrem abertura a novos conhecimentos e experiências e, em
especial, estejam aptos para assumirem a responsabilidade de
conduzir este momento de modo a garantir que o acompanhamento
acadêmico ocorra em consonância principalmente com a Pedagogia
da Presença e a Educação Interdimensional.

O modelo da estratégia de definição dos(as) tutores(as) por turma a


ser adotado pela escola deverá ser objeto de discussão e definição em
virtude das condições existentes. Nesse sentido, apresentamos
inicialmente duas possibilidades:

1. A equipe diretiva já defina previamente os tutores por turma, sem


que haja a possibilidade de escolha pela turma ou estudante. Caso a
escola opte por esse caminho, é muito importante que haja um
trabalho de sensibilização junto aos estudantes e tutores para que seja
construída uma relação de confiança e abertura entre a turma e o
tutor, ou;

2. A equipe diretiva promova a escolha dos tutores pelas turmas entre


os professores já lotados na Unidade Curricular Integradora. Caso a
escola opte por esse caminho, sugerimos que seja realizado um
momento, similar ao Dia D de Tutoria, para que as turmas votem no
professor. O professor que será o Tutor da turma será o que for mais
votado entre os estudantes. É importante que os estudantes
compreendam a figura do tutor para que realizem essa escolha e que
tenham a possibilidade de indicar mais de uma opção no momento da
votação.

Avaliação
Propõe-se que o processo avaliativo aconteça de forma processual,
possibilitando o acompanhamento do desenvolvimento das
habilidades e competências previstas na Unidade Curricular
Integradora de Tutoria, por intermédio da observação dos estudantes,
de sua participação, de seu compromisso e dos avanços em suas
competências e habilidades individuais.
58 Nivelamento

O propósito central do nivelamento é promover aprendizagens


que, apesar de previstas, não foram desenvolvidas pelos
estudantes nas etapas, anos ou séries anteriores à série em
curso. De modo que não seja toda e qualquer aprendizagem
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

prevista, mas àquelas que são fundamentais para que os


estudantes sigam aprendendo.

A metodologia do nivelamento pressupõe o reconhecimento de


que os estudantes têm necessidades diferentes que precisam
ser contempladas para que todos possam seguir aprendendo.
Portanto, implementar o nivelamento implica estudar a própria
aprendizagem, a progressão curricular, as formas e as
finalidades da avaliação, os desafios da diferenciação
pedagógica e os critérios de sucesso que são utilizados para
certificar as aprendizagens.

O nivelamento é, assim, um diferencial nas escolas de Ensino


Médio Integral para fortalecer o trabalho com as habilidades
essenciais que não foram desenvolvidas em anos/etapas
anteriores e para fortalecer a proposta pedagógica para toda a
rede estadual que foca na aprendizagem dos estudantes.

Importante destacar que o nivelamento é distinto da


recuperação e do reforço. Tanto a recuperação quanto o
reforço são metodologias que se referem às habilidades do ano
corrente:

A recuperação visa retomar os objetos de conhecimento que


foram trabalhados no desenvolvimento de determinadas
habilidades de um ou mais estudantes que não tiveram o
resultado esperado;

O reforço, por sua vez, visa aprofundar os objetos de


conhecimento trabalhados em determinadas habilidades,
com um ou mais estudantes, e necessita de estratégias de
execução diferenciadas daquelas utilizadas, devendo ser
uma ação preventiva, contínua para consolidar essa
habilidade que deveria ser consolidada naquele ano.

O nivelamento aproxima-se da Recomposição da


Aprendizagem, uma vez que essa também se refere às
habilidades essenciais que não foram consolidadas no ano
anterior e objetiva permitir a cada estudante desenvolver suas
aprendizagens a partir do ponto em que está.
Contudo, no caso da Recomposição, esta surge no período de crise em
que a aprendizagem do ano anterior foi completamente fragmentada
e é necessário compreender o que efetivamente foi de fato
compreendido/absorvido pelos estudantes durante esse período para
se pensar as estratégias que permitam essa recomposição daquilo que
não foi aprendido. Destaca-se que todas são metodologias que atuam
em prol da aprendizagem dos estudantes.

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
Planejamento/Avaliação

O planejamento para a Unidade Curricular Integradora de Nivelamento


ocorre a partir da construção de um Plano de Nivelamento (para apoiar
na construção do Plano de Nivelamento), consulte o Caderno
Nivelamento. O Plano de Nivelamento é composto por três etapas:

iagnóstica
ãoD
ç
ia
al
Av

Execução
tiva
oma
S
o

ã
aliaç
Av
Avaliação Diagnóstica: o professor deve diagnosticar as
aprendizagens dos estudantes (defasagens, especificidades,
potencialidades), tendo os objetivos curriculares como referência.
Essa etapa é caracterizada por cinco passos principais: análise do
currículo; a seleção das aprendizagens-foco; o desenho, seleção e/ou
elaboração de instrumentos; codificação e organização dos dados
disponíveis e análise dos resultados da avaliação e tomadas de
decisão.

análise do currículo: o primeiro passo é conhecer o currículo da


rede, compreendendo como está desenhada a progressão das
aprendizagens. O professor deve compreender quais são as
aprendizagens prévias que são essenciais para o alcance das
habilidades dos estudantes, elencadas como objetivos de
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

aprendizagem em seu planejamento para um dado período. para


isso, consultar os Documentos Curriculares do Território do
Tocantins vigentes.
Por exemplo: O professor da 1ª série do Ensino Médio elencou
porcentagem para trabalhar; ele deve, então, analisar o
currículo do ensino fundamental a fim de entender, em
detalhes, quais aprendizagens sobre porcentagem deveriam
ter sido desenvolvidas previamente por seus estudantes.

seleção das aprendizagens-foco: o segundo passo é selecionar


dentre as aprendizagens prévias identificadas como essenciais
quais podem ou devem ser incluídas na avaliação diagnóstica.

Por exemplo: O professor identificou quatro habilidades


prévias essenciais conectadas à noção de porcentagem;
porém, ele decidiu selecionar a habilidade “Resolver e
elaborar problemas envolvendo cálculo de porcentagens,
incluindo o uso de tecnologias digitais” (EF08MA04) por
compreender que essas habilidades anteriores e é mais
fundamental que a subsequente.

desenho, seleção e elaboração de instrumentos: para o terceiro


passo, múltiplos instrumentos podem ser utilizados para construir
um processo de avaliação diagnóstica. Como referencial para o
planejamento do início do ano letivo, o professor poderá utilizar os
resultados das avaliações realizadas em 2022. É muito importante
que o professor defina esses instrumentos a partir das informações
que ele precisa coletar, podendo aplicar mais de um instrumento
para obter esses dados.
Por exemplo: O professor consulta os resultados de
matemática 2022 dos estudantes de 9º ano e percebe que
ainda precisa de mais informações para definir quais
habilidades prévias essenciais ainda não foram consolidadas
em relação à porcentagem; ele realiza, então, ele promove
uma rodada de questionamentos orais durante a aula, sobre o
significado do símbolo % e o conceito de porcentagem e uma
prova individual curta sobre procedimentos de cálculo de
porcentagem, sem uso de calculadora ou outros

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
instrumentos.

codificação e organização dos dados disponíveis: após desenhado,


selecionado e aplicado o instrumento de avaliação, os resultados
devem ser organizados. Sugerimos que estes sejam agrupados em
temas, conceitos, habilidades, entre outros, de forma a permitir que
o professor saiba como a turma (e cada estudantes) se saiu em
relação a aprendizagens específicas e trabalhe visando ao
desenvolvimento das aprendizagens pretendidas.

Por exemplo:

Tipo de Taxa de acerto Taxa de acerto da


tarefa/objetivo da turma turma

Divisões não inteiras;


Calcular
55% pouca variedade de
porcentagem
estratégias.

É necessário lembrar que é importante cruzar os dados dos


diferentes instrumentos aplicados e identificar os estudantes que
apresentaram maior dificuldade em relação aos objetivos de
aprendizagem elencados, bem como aqueles com potencial para
contribuírem com a aprendizagem dos pares durante o nivelamento,
visando sempre a promoção da equidade.

análise dos resultados da avaliação e tomadas de decisão: no


último passo, os resultados devem ser analisados criteriosamente
pelos professores, com apoio e revisão da equipe pedagógica,
tendo por norte perguntas como: Quais são as defasagens
observadas? Quais são as hipóteses a respeito das dificuldades
observadas? Quais as potencialidades observadas? Como podem
ser aproveitadas no nivelamento?
Execução: A partir dos resultados da avaliação diagnóstica, o professor
deve agir para reduzir as defasagens, valendo-se de estratégias e
recursos didáticos diversos que permitam aos estudantes desenvolver
as aprendizagens em que estão defasados. O professor, com o apoio e
respaldo da equipe pedagógica, possui autonomia para definir como o
planejamento deverá ser executado. Algumas sugestões para apoiar
nessa definição são:

considerar diferentes organizações do tempo didático (ex.


sequências didáticas, projetos, atividades habituais, etc);

refletir sobre agrupamentos de estudantes e o modo de


implementar trabalhos em grupo (os estudantes, com diferentes
desempenhos em certa habilidade, trabalhando juntos em
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

pequenas equipes de modo que todos possam participar – com


relativa autonomia em relação ao professor – de uma atividade com
tarefas claramente atribuídas);

considerar diferentes estratégias (ex. sala de aula invertida,


rotação por estações, aprendizagem baseada em projetos, etc) e
recursos didáticos (ex. livro didático, livros diversos, jornais,
revistas, materiais manipulativos, jogos, murais colaborativos,
videos, podcast, etc.);

planejar e executar práticas de avaliação formativa durante todo o


processo de nivelamento (implementar de modo intencional e
inter-relacionado diversas práticas de avaliação formativa, - como
questionamentos orais, avaliação por pares ou autoavaliação,
devolutivas descritivas, entre outras -, guiadas pelas seguintes
perguntas-chave: Aonde queremos chegar?; Onde estamos?; Como
podemos fazer para fechar a lacuna?).

Durante a execução, o professor poderá utilizar as sequências


didáticas 2019.

Avaliação Somativa: nessa última etapa, o professor deve fazer um


balanço geral do êxito na implementação do plano de nivelamento.
Nesse sentido, a avaliação somativa faz um balanço final das
aprendizagens que foram alcançadas em um determinado período. A
pergunta central que se objetiva responder é: os estudantes
superaram as defasagens de aprendizagens identificadas? Se sim, o
professor deve seguir rumo às novas aprendizagens pretendidas. Se
não, é preciso pensar quais são as alternativas possíveis. As
informações coletadas na avaliação somativa podem passar a ter uso
diagnóstico, reiniciando o ciclo de nivelamento.

Lembramos que o professor e seus estudantes são os atores principais


de um plano de nivelamento. Contudo, para o êxito do plano, é muito
importante que Coordenadores Pedagógicos de Área (CPAs),
Coordenadores Pedagógicos (CP) e Gestores também se envolvam em
suas diferentes etapas, por meio de ações articuladas, por exemplo:
CPA - Contribuir com a análise do currículo e da progressão
curricular; contribuir com a descrição dos níveis de aprendizagem
adequados; apoiar a consolidação e a analisar de forma articulada
os resultados obtidos pelos professores da área;

CP - Orientar os professores com relação aos fundamentos e


metodologias de avaliação;

Gestores - Acompanhar as ações dos demais atores.

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
Disponibilizamos um instrumento que pode auxiliar no registro do
plano de nivelamento.

Perfil do professor

Na carga horária dos professores que ministram aulas nas Área de


conhecimento/Componentes Curriculares de Matemática e Língua
Portuguesa, serão acrescidas as aulas de Nivelamento em Matemática
e Língua Portuguesa.
64
Estudo Orientado
No Ensino Médio, espera-se que os estudantes consigam
estabelecer uma sólida relação entre estudar e suas
razões/objetivos e dar sequência aos seus projetos de vida, além
de cultivarem o desejo de continuar aprendendo ao longo da
vida.
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Desse modo, a Unidade Curricular Integradora de Estudo


Orientado deverá ter como foco cada jovem em sua
individualidade, levando em consideração suas modalidades de
aprendizagem e favorecendo o desenvolvimento de habilidades
importantes para sua vida e sua formação acadêmica, indo além
do que é trabalhado em sala de aula.

O espaço destinado ao Estudo Orientado é constituído por um


conjunto de práticas didático-pedagógicas com foco no
desenvolvimento de competências e habilidades para que o
estudante se organize e assuma as responsabilidades,
praticando o que foi aprendido, por meio da adequada utilização
dos tempos planejados para a realização dos seus estudos.

O Estudo Orientado é uma oportunidade para aprender a


planejar, a organizar e a executar suas atividades de estudo,
bem como é uma oportunidade para conhecer melhor suas
dificuldades e aprender a buscar o apoio necessário,
contribuindo diretamente para a construção do seu projeto de
vida.

Planejamento
Para que a Unidade Curricular Integradora de Estudo Orientado
atinja os objetivos propostos, é preciso um grande
alinhamento interdisciplinar, no qual todas as áreas de
conhecimento/componentes curriculares apontem a direção
dos objetos de conhecimento que precisam ser mais
aprofundados por turma/etapas, sem deixar de observar os
indicadores de desempenho individuais dos estudantes.
Nesse sentido, o professor, com o apoio de toda a equipe escolar,
deverá planejar as aulas de Estudo Orientado a partir do diagnóstico
coletivo e individual dos estudantes. Este diagnóstico poderá ser
obtido, por exemplo, por meio de avaliações internas das áreas,
avaliações externas, atividades de rotinas, debates, apresentações
orais, Conselho de Classe, conversas com os professores, conversa
com o Coordenador Pedagógico, conversa com os estudantes, entre
outros.

A partir desse alinhamento interdisciplinar e diagnóstico realizado,


durante as aulas de Estudo Orientado, o professor deverá desenvolver
atividades com intencionalidade pedagógica e uso de variadas
estratégias e metodologias ativas (ex. Rodas de conversa, avaliação

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
em pares, trabalhos em grupo, esquematização, estações por
rotação). Sugere-se que as aulas de Estudo Orientado sejam
estruturadas a partir de três momentos principais:

Organização de estudos: no qual o professor auxilia o estudante na


organização e no planejamento de estudos (ex. Agenda coletiva,
Formas de estudar, Agenda pessoal).

Orientação de estudos: no qual o professor orienta os estudantes nos


estudos pessoais e estruturados (ex. Estudo pessoal, realização de
roteiros elaborados para apoiar uma Área de conhecimento/
Componente Curricular específico).

Técnicas de estudos: no qual o professor dá aula de técnicas de


estudos ou projetos.

O planejamento a partir desses três momentos principais evidencia


que o professor ministrará sua aula, bem como será mediador das
aulas de Estudo Orientado. Além disso, essa organização favorece as
diferentes formas de aprendizagem e principalmente de equidade,
permitindo que os estudantes criem hábitos e rotinas de estudo,
desenvolvam o compromisso, a organização pessoal, organização do
tempo e espaço, estabeleça prioridades, organize sua agenda de
atividades escolares e planos de estudos, e identifique qual a melhor
técnica para sua aprendizagem. Isso faz com que o estudante
desenvolva a sua responsabilidade, autoconfiança, protagonismo,
organização e responsabilidade pessoal. Para auxiliar nesse
planejamento, recomendamos a utilização do Caderno de Estudo
Orientado.

Ressalta-se que é muito importante que o professor de Estudo


Orientado compartilhe com a Coordenação Pedagógica e demais
professores as dificuldades e avanços que vêm sendo observados
durante as aulas de Estudo Orientado, garantindo que esse
alinhamento interdisciplinar se renove ao longo do processo.

Destaca-se que nas estruturas curriculares em que há 04 aulas de


Estudo Orientado, 02 (duas) aulas devem estar direcionadas para
Avaliação Semanal, de forma a promover o acompanhamento
contínuo da aprendizagem dos estudantes.
Perfil do professor

O Professor desta Unidade Curricular Integradora deve ser dinâmico,


articulador e criativo. A carga horária é distribuída entre os Professores
da Formação Geral Básica e dos Itinerários Formativos (Unidades
Curriculares e Unidades Curriculares Integradoras) que tiverem
disponibilidade de carga horária.
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Avaliação
A avaliação deverá ocorrer a partir de observações, no
desenvolvimento dos estudantes quanto à sua capacidade de auto-
organização e autodidatismo com os estudos, assim como, quanto às
habilidades socioemocionais essenciais como o cooperativismo,
empatia e a responsabilidade.
67
Práticas
Experimentais

ITINERÁRIOS FORMATIVOS
As Práticas Experimentais não são práticas desarticuladas dos
elementos teóricos e conceituais das aulas de Matemática,
Física, Química e Biologia, mas parte indissociável que permite
ampliar as oportunidades de aprendizagem por intermédio da
experimentação e deve ocupar lugar destacado na sua
condução. As práticas experimentais existem para que os
estudantes vivam as experiências laboratoriais daquilo que a
teoria não é capaz de demonstrar, e nem poderia, e
proporcionam espaços de vital importância para que o
estudante protagonista seja atuante construtor do próprio
conhecimento, descobrindo que a Ciência é mais do que
aprendizagem de fatos.

Nesse sentido, deve ser feita a reflexão da busca contínua de


uma prática que revele o valor do aprendizado por meio dos
Quatro Pilares para que os estudantes possam se desenvolver
plenamente, considerando a progressão das suas
potencialidades, ou seja, a capacidade de cada um de fazer
crescer algo que traz consigo ou mesmo que adquire ao longo
da vida:

“Aprender a Ser”: capacidade para agir com autonomia,


responsabilidade e compromisso consigo, com os outros e
na construção de um projeto de vida;

“Aprender a conhecer”: participar da pesquisa e do


processo de construção do conhecimento.

“Aprender a fazer”: é muito mais do que aprender como é


feito; é também construir os modos e os instrumentos da
‘feitura’.

“Aprender a conviver”: busca do conhecimento e das


estratégias de reconstrução da convivência na diferença.
Planejamento
As aulas serão planejadas articulando os objetos de conhecimento
com os experimentos em situações reais de aprendizagem por meio da
observação, do desenvolvimento de hipóteses e a geração de novas
ideias e conceitos e poderão acontecer em diversos espaços para
potencializar o exercício da experimentação.

As práticas devem, assim, permitir a ampliação do grau de


compreensão do mundo que cerca o jovem no seu cotidiano, dando-
lhe suporte conceitual e procedimental para enxergar o seu entorno e
encontrar explicações.
ITINERÁRIOS FORMATIVOS

As metodologias precisam ser pensadas com vistas a favorecer o


desenvolvimento dos estudantes. Desse modo, o professor poderá, por
exemplo, sugerir procedimentos que esses possam realizar com
segurança sem sua presença de forma a fomentar a autonomia e o
protagonismo.

Perfil do professor
Todo professor lotado nas Áreas de conhecimento/Componentes
Curriculares de Biologia, Química, Física e Matemática deverão ser
lotados na aula de Prática Experimental correspondente.

Avaliação

A avaliação dar-se-á durante todo o processo, desde a construção das


hipóteses até a conclusão dos experimentos. Deverá ser observado o
desenvolvimento científico, crítico e reflexivo dos estudantes,
habilidades socioemocionais necessárias, como: autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação frente às
questões científico-tecnológicas.
69

ETIS COM
COMPLEXO
ESPORTIVO

USO DOS ESPAÇOS


ESPORTIVOS
Em todos os ambientes da escola seja nos espaços de aprendizagem, de
convivência ou nos espaços de esporte e cultura, trazem especificidades e
por essa razão, eles são denominados: Ambientes de Aprendizagem (onde
também se aprende), Ambientes de Convivência (onde se convive e se
aprende pela convivência) e Ambientes Esportivos e Cultural (onde se
aprende utilizando outras linguagens).

Ambientes de Convivência

Área de entrada da escola atraente; paredes que comunicam e educam;


Os corredores que favorecem a comunicação e aproximam pessoas;
O estacionamento dos automóveis..., das bicicletas com local definido;
Pátios limpos e acolhedores como convite à integração das pessoas;
Espaços arborizados com assentos, para o encontro;

ETIS COM COMPLEXOS ESPORTIVOS


Refeitório organizado ao atendimento de autosserviço, limpo, agradável
e tranquilo;
Banheiros que educam. Limpos e supridos adequadamente;
A Sala dos Professores, dos estudos..., e do cafezinho, ambientes
agradáveis e acolhedores.

Ambientes de Aprendizagem

A Biblioteca e a sua nobre tarefa educativa;


A sala de aula como local de referência e pertencimento;
Laboratório de Informática que fomenta a pesquisa;
Laboratórios de Atividades Práticas, organizados e instigadores de
experimentos.

Ambientes de Esportes e Cultural


Quadra de Esporte que favorece as diversas modalidades de esporte;
Espaço de Jogos diversos, organizado que incentiva ao desafio;
Espaço de Dança que provoca a criatividade e a beleza;
Espaço de Música e Instrumentos musicais que favorece habilidades
musicais;
Piscina que favorece a segurança e as diversas modalidades de nados;
Auditório com aspecto limpo e organizado que possibilita a presença de
público e favorece a contemplação de diversas atividades.
Em todos esses espaços educativos, os estudantes participam ativamente.
Não são meros expectadores, são protagonistas e incentivados a atuar,
sendo sempre encorajados a se expressar por meio de diversas linguagens,
bem como a cuidar dos ambientes quanto à sua organização e conservação
pelos quais são corresponsáveis.

Organização dos espaços esportivos

A) Do Coordenador do Complexo Esportivo - Acompanhar e supervisionar

1. Acompanhar as atividades pedagógicas nesses ambientes, dando apoio e


suporte necessário aos professores, alinhado com as ações do Coordenador

ETIS COM COMPLEXOS ESPORTIVOS


Pedagógico.

2. Monitorar e supervisionar o funcionamento e as necessidades e


demandas de manutenção, de serviços e equipamentos dos espaços para o
Coordenador Administrativo e Financeiro da Unidade Escolar (CAF) para
tomada de decisões e providências.

B) Constituição de cronograma de atividades

A organização dos tempos para o uso desses ambientes é fundamental para


que a rotina escolar seja desenvolvida de forma harmônica e planejada,,
fazendo uso de agenda, horários e calendário para o registro de aulas,
eventos escolares, culminâncias de projetos e outras atividades a serem
realizadas nesses espaços.

C) Regulamentos para os usuários do Complexo

Para o uso de diferentes oficinas ou clubes nesses espaços como: dança,


lutas, jogos, esportes, entre muitas outras atividades da cultura corporal, a
orientação é que sejam planejados com antecedência o uso de
equipamentos, tecnologias e demais materiais a serem utilizados nas
respectivas atividades. Respeitando as orientações de manutenção e
conservação assim como agendamentos prévios desses ambientes.
D) Regulamentos para os usuários da Quadra Poliesportiva

1. Obrigatória a utilização de roupas apropriadas para a realização das


aulas práticas e o uso de tênis;

2. Os alunos deverão permanecer na quadra com atitudes éticas;

3. Os alunos deverão evitar comer, fumar e beber no recinto;

4. Todo material a ser utilizado, nas aulas de educação física, deverá ser
organizado com antecedência de no mínimo 15 minutos;

5. Todo material a ser utilizado em atividades extracurriculares deverá


ter a devida autorização e monitoramento da coordenação do Complexo
Esportivo.

ETIS COM COMPLEXOS ESPORTIVOS


E) Regulamentos para os usuários da Piscina

Os dispositivos deste Regulamento, pertinentes aos banhistas, devem


ser afixados em local visível contendo as seguintes informações:

1. Legenda com a indicação da profundidade mínima e máxima da


piscina;

2. Obrigatoriedade do exame médico atualizado, quando exigido


(Articular com a Unidade Básica de Saúde local);

3. Obrigatoriedade da presença do responsável junto aos estudantes;

4. É necessário estar em trajes de banho (Maiô, shorts, bermuda);

5. Proibição de alimentos, bebidas e utensílios na área delimitada;

6. Número máximo de banhistas (O número máximo permitido de


banhistas utilizando simultaneamente o tanque da piscina não pode
exceder à proporção de um usuário para cada 2m² (dois metros
quadrados) de superfície líquida);

7. Não é permitido utilizar a piscina o usuário que apresentar afecções de


pele, visual, auditivo, respiratório e outras enfermidades
infectocontagiosas.
F) Organização dos Equipamentos Aquáticos

1. A piscina deve apresentar ambiente limpo e organizado, ser mantida em


condições higiênico-sanitária adequada, com superfícies livres de
resíduos de sujeira orgânica ou inorgânica encontrados na superfície;

2. Para funcionamento da piscina o estabelecimento deve contratar


serviço de operador capacitado para realizar atividades de tratamento,
manutenção das condições higiênicas, operação dos equipamentos e
controle da qualidade da água do tanque.

G) Segurança dos usuários

LICENÇA SANITÁRIA: Documento emitido pelo órgão de Vigilância Sanitária,


que autoriza o funcionamento da atividade em estabelecimentos sob
vigilância e controle sanitário.

ETIS COM COMPLEXOS ESPORTIVOS


H) Documentos necessários para as Atividades Aquáticas

Autorização do responsável para participação de Atividades Aquáticas.


74
Referências
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Escolas da Rede Pública Estaduais.

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Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/20976/o-que-
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ARANTES, V. A.; PINHEIRO, V. G. Projetos de vida de Jovens


brasisleiros: identidades e valaoresem contexto. Estudos de
Psicologia, Campinas, 2021, v. 38. Disponível em:
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HILL, Walker H.; KRATHWOHL, David R. Taxonomia dos objetivos
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Educação. Brasília, 2010b.

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Médio.
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BAnico.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (2018). Res. CNE/CP nº


4/2018 - Institui a Base Nacional Comum Curricular na Etapa do
Ensino Médio (BNCC-EM), como etapa final da Educação Básica.
Disponível em:
<https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/c
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de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a
Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
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BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as bases e


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