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Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto

Vice-Governador do Estado de Minas Gerais


Mateus Simões de Almeida

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Secretário de Estado de Educação

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Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas

Secretária Adjunta

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Geniana Guimarães Faria

Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica


Kellen Silva Senra
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Superintendente de Políticas Pedagógicas
Graziela Santos Trindade
o

Coordenadora-Geral de Educação Integral e Profissional


Andréa Botelho de Abreu

Coordenadora do Ensino Fundamental em Tempo Integral


Angélica de Moura Pires
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Coordenadora do Ensino Médio em Tempo Integral


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Cláudia Maria Silva Lobo

Equipe Técnica - EFTI

Clareci Nunes Siqueira da Silva


Escyla Cristina Soares
Marcelo Ferreira Castro
Nilce Aparecida de Oliveira Moreira
Equipe Técnica - EMTI

Denise Ingrid Araújo


Kátia de Laura Borges
Regina Maria Arantes Jerônimo
Rodrigo Ferreira Gonçalves
Sinara Dias Machado Rocha
Tainara Duarte Moreira

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Estagiária da Coordenação-Geral de Educação Integral e Profissional
Raíssa Cássia Maia Martins

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APRESENTAÇÃO

Prezados(as) Educadores(as) Mineiros(as),

A Educação Integral, proposta contemporânea que, alinhada às demandas do século XXI objetiva

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o desenvolvimento dos sujeitos em suas múltiplas dimensões - física, intelectual, emocional,
cultural e social é ofertada na Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais por meio do Ensino
Fundamental em Tempo Integral, do Ensino Médio em Tempo Integral Propedêutico e do Ensino

in
Médio em Tempo Integral Profissional.

A ampliação da jornada escolar que caracteriza o ensino em tempo integral é uma importante

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estratégia para garantir a educação interdimensional dos estudantes e possibilitar a formação de
cidadãos autônomos, solidários e competentes, ampliando assim as aprendizagens para além dos
aspectos cognitivos. A ampliação do tempo, portanto, deve potencializar a interação dos
estudantes com diferentes e diversificadas oportunidades de aprendizagens e vivências, múltiplos
e
recursos, espaços, saberes e pessoas, por meio de um projeto pedagógico construído
Pr
cotidianamente a partir do contexto, interesses e necessidades dos estudantes e em conformidade
com as demandas da vida e da sociedade.

A arquitetura das matrizes curriculares da Educação Integral envolve uma proposta pedagógica
integrada, na qual componentes curriculares das áreas de conhecimento do Currículo Referência
o

de Minas Gerais e os componentes das Atividades Integradoras articulam-se de forma a garantir os


direitos à aprendizagem e ao pleno desenvolvimento do estudante. As Atividades Integradoras,


exclusividade da Educação Integral, cumprem o papel de articular, aprofundar e ampliar as
aprendizagens, com vistas à formação acadêmica de excelência, ao desenvolvimento de
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habilidades e competências do século XXI e à formação para a vida.


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Para além dessa arquitetura curricular, a Educação Integral conta também com um conjunto de
ações e práticas educativas que permitem o desenvolvimento dos Princípios Educativos que
balizam o Modelo Pedagógico da Educação Integral em Minas Gerais. Para tanto, a Secretaria de
Estado de Educação de Minas Gerais, segue, em 2024, com o firme propósito de ampliar a oferta
de uma educação integral e pública de qualidade social em nossa rede.

Neste documento, apresentamos as diretrizes para a operacionalização do Modelo de Educação


Integral em Minas Gerais no cotidiano das escolas. Nessa perspectiva, a prática docente deve ser
permeada pela intencionalidade pedagógica, pela corresponsabilidade, pelo exercício cotidiano da
atenção, do diálogo e da escuta atenta ao outro e a si mesmo, visando não apenas ao
desenvolvimento da dimensão cognitiva de nossos estudantes, mas da oferta de uma educação
que transcenda o domínio da racionalidade (do logos) e incorpore os domínios da emoção
(pathos), da corporeidade (eros) e da espiritualidade (mytho). Que, pela educação integral, nossos

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estudantes possam vivenciar e consolidar as quatro aprendizagens fundamentais ao seu
desenvolvimento pleno: Aprender a Ser, Aprender a Conviver, Aprender a Fazer e Aprender a

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Conhecer.

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Coordenação-Geral de Educação Integral e Profissional

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SUMÁRIO

1. A OFERTA DE EFTI NA REDE ESTADUAL 4


2. O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA PARA GARANTIA DO DIREITO DO ESTUDANTE AO
ENSINO INTEGRAL 5

ar
3. FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS 6
4. A MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL INTEGRAL 8
4.1. DOS ANOS INICIAIS 8

in
4.2. DOS ANOS FINAIS 8
5. O PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO DA AVALIAÇÃO E FREQUÊNCIA 10

lim
6. OS COMPONENTES CURRICULARES DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS 11
7. EMENTAS DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS - ANOS INICIAIS 13
7.1. CORPO E MOVIMENTO 13
7.2. NIVELAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA 15
e
7.3. ESTUDOS ORIENTADOS 18
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7.4. LINGUAGENS ARTÍSTICAS 20
7.5. PRÁTICAS EXPERIMENTAIS (Ciências e Matemática) 22
7.6. VIVÊNCIAS EM LINGUAGENS 24
8. EMENTAS DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS - ANOS FINAIS 25
o

8.1. CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO 26


8.2. PROJETO DE VIDA 28

8.3. ESTUDOS ORIENTADOS 30


8.4. LINGUAGENS ARTÍSTICAS 32
8.5. PRÁTICAS EXPERIMENTAIS (Ciências e Matemática) 35
r

8.6. VIVÊNCIAS EM LINGUAGENS 37


Ve

9. METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM 39


10. ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL NAS ESCOLAS EFTI 43
11. FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DO EFTI 47
12. ORGANIZAÇÃO DO INTERVALO ENTRE TURNOS 49
13. ORGANIZAÇÃO DO EFTI NAS ESCOLAS INDÍGENAS 51
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS 53
REFERÊNCIAS 54

1. A OFERTA DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TEMPO INTEGRAL NA REDE ESTADUAL

ar
Os componentes curriculares das atividades integradoras do Ensino Fundamental em Tempo
Integral (EFTI) serão ofertados em consonância com os conceitos e conteúdos relativos aos
componentes curriculares que compõem as áreas de conhecimento e desenvolvidos por meio de
metodologias ativas que promovam o protagonismo e a autonomia do estudante e favoreçam um

in
melhor acompanhamento da aprendizagem.

De acordo com as diretrizes do Plano de Atendimento Escolar estabelecidas na Resolução SEE nº

lim
4.869 de 05 de julho de 2023, as turmas do EFTI estão organizadas por ano de escolaridade,
considerando suas especificidades:

→ Nos anos iniciais (4º e 5º anos), diante da estrutura de regência de turma, os


componentes curriculares que compõem as áreas de conhecimento permanecerão sendo
e
ministrados em um turno e os componentes curriculares das atividades integradoras no
contraturno, aplicadas na estrutura de módulo aula. Logo, a enturmação será única, ou
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seja, os estudantes devem frequentar os dois turnos na mesma turma.

→ Nos anos finais (6º, 7º, 8º e 9º anos), a organização das aulas acontecerá nos dois
turnos. Os componentes curriculares que compõem as áreas de conhecimento e os
componentes curriculares das atividades integradoras deverão ser distribuídos em toda a
o

jornada diária de aula do estudante. Logo, a enturmação será única, ou seja, os


estudantes devem frequentar os dois turnos na mesma turma.

Ressaltamos que nas duas organizações deve ser garantido o planejamento e o desenvolvimento
articulado dos conteúdos, na perspectiva da interdisciplinaridade.

O estudante será acompanhado e avaliado em sua aprendizagem em todos os componentes


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curriculares, bem como em sua frequência, em toda a carga horária prevista na matriz curricular. A
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turma criada para desenvolvimento da matriz curricular de ensino integral terá a garantia de
continuidade no ano subsequente.
2. O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA PARA GARANTIA DO DIREITO DO ESTUDANTE AO
ENSINO INTEGRAL

Para que os objetivos do EFTI sejam alcançados, é necessário que a equipe pedagógica da escola
faça um trabalho de sensibilização das famílias, pais e responsáveis, quanto à oportunidade de
formação integral do estudante, não apenas em sua dimensão cognitiva, mas também nos

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aspectos sociais, emocionais, físicos e culturais.

Essa sensibilização é necessária para que o estudante matriculado em turmas de EFTI conclua o
ano de escolaridade com sucesso e sem interrupção, com as habilidades consolidadas, para

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viabilizar o seu prosseguimento nos estudos. A ampliação da jornada diária possibilita a ampliação,
o aprofundamento e a diversificação das experiências formativas dos estudantes. Estando na

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escola por mais tempo, nossos estudantes têm maior apoio em suas trajetórias de aprendizado e
também maior segurança alimentar, pois recebem 3 refeições diárias, incluindo o almoço. Além
disso, a proposta curricular integrada amplia as possibilidades de utilização de metodologias e as
vivências de situações que contribuem para o desenvolvimento de importantes competências
socioemocionais: Autogestão, Engajamento com os Outros, Amabilidade, Resiliência Emocional e
e
Abertura ao Novo.
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Fonte: Instituto Ayrton Senna

O desenvolvimento interdimensional dos estudantes, sua formação acadêmica e para a vida são,
portanto, potencializados na educação em tempo integral, e é importante destacarmos essa
premissa para os estudantes e seus familiares e/ou responsáveis, de forma a garantirmos uma
educação pública integral de qualidade social, permitindo uma preparação para a vida e para a
construção de suas trajetórias pessoais, sociais e profissionais.

Portanto, as famílias devem compreender a jornada em tempo integral enquanto direito


fundamental e que a consecução desse direito requer a frequência, a assiduidade e a permanência
na escola em tempo integral.

Cabe à equipe gestora envidar todos os esforços para garantir a permanência do estudante no
Ensino Integral. Para isso, é fundamental que as diretrizes e orientações necessárias à efetivação

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da proposta pedagógica apresentada nesse documento sejam desenvolvidas em todas as escolas.
Todos os esclarecimentos precisam ser feitos às famílias, incentivando a matrícula no tempo
integral e solicitando o seu empenho junto aos filhos para garantir a continuidade dos seus

in
estudos, o protagonismo na construção de seu projeto de vida e, portanto, escolhas mais
assertivas em suas trajetórias pessoais e profissionais.

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3. FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS

As práticas pedagógicas para o EFTI fundamentam-se nas diferentes áreas de conhecimento e


e
nos componentes curriculares das atividades integradoras e devem possibilitar o desenvolvimento
integral dos objetivos de aprendizagem previstos no Currículo Referência de Minas Gerais
Pr
(CRMG), aliadas a uma concepção interdimensional do ser humano, que envolve suas habilidades,
seus valores, crenças, saberes e atitudes.

Para o professor Antônio Carlos Gomes da Costa, uma formação interdimensional é aquela que
oferece as condições necessárias ao desenvolvimento das potencialidades dos estudantes e que
o

transcenda o domínio da racionalidade e se comprometa com a integralidade da ação educativa,


ou seja, a prática pedagógica deve considerar não só a dimensão cognitiva como também as

dimensões da emoção (a relação do homem com ele mesmo e com o outro), da corporeidade
(seus ímpetos e forças) e da espiritualidade (a relação com aquilo que dá sentido à sua vida). (ICE,
2019)
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Fonte: Elaboração própria

Nesse contexto, o planejamento do professor precisa ser elaborado em consonância com os


conteúdos trabalhados nas áreas do conhecimento, o que favorece uma educação integral de
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qualidade, por oportunizar ao estudante experiências significativas e contextualizadas.

Essa integração é mediada pelo Especialista em Educação Básica (EEB) / Especialista


Coordenador, que deve acompanhar sistematicamente o planejamento e a implementação das
atividades propostas, apoiando os professores e propondo estratégias e metodologias ativas e
o

diversificadas, coerentes com as orientações pedagógicas para o EFTI.

Durante todo o processo, os professores dos componentes curriculares das atividades


integradoras, em conjunto com a equipe gestora e com os demais professores observam e


discutem as dificuldades apresentadas pelos estudantes ao longo do ano letivo, para implementar
ações e/ou estratégias que atendam, realmente, às necessidades de aprendizagem do estudante.
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Ressalta-se que, na perspectiva da educação integral, compreende-se a interdisciplinaridade como


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uma abordagem metodológica que contribui efetivamente para o fortalecimento das aprendizagens
e consolidação de habilidades, pois possibilita a integração entre os saberes e o aprofundamento
dos conhecimentos, sem desconsiderar as especificidades de cada área. Por isso, essa
abordagem precisa permear o planejamento escolar.

Também, uma prática interdisciplinar, no tempo integral, valoriza a utilização de diferentes espaços
educacionais, abrangendo tanto os ambientes internos da escola quanto aqueles que se estendem
para além de seus limites.

Reitera-se a importância de se aprofundar o estudo e a discussão dos conceitos e conteúdos


propostos nos documentos seguintes, já enviados às SRE:

∙ Cadernos MAPA (Material de Apoio Pedagógico para Aprendizagens), que orientam


para o desenvolvimento de atividades relacionadas às habilidades do CRMG e se
constituem como um importante instrumento de ensino que, bem articulado com os

ar
professores dos diferentes componentes curriculares, podem contribuir significativamente
para a melhoria dos resultados dos estudantes. Disponível em:
<https://seliga.educacao.mg.gov.br/se-liga-2023/cadernos-mapa>. Acesso em:

in
29/01/2024.
∙ Planos de Curso, cuja organização progressiva por bimestre contribui para a

lim
elaboração de atividades bem articuladas com os conteúdos que estão sendo
desenvolvidos pelos professores dos diferentes componentes curriculares. Disponível em:
<https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em: 29/01/2024.

Além disso, é fundamental que, em seu planejamento, os professores considerem também as


e
habilidades focais e portanto, imprescindíveis ao processo formativo desenvolvido em cada ano do
ensino fundamental. Sugerimos, como referência para esse estudo e planejamento, o Mapa de
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Foco da BNCC organizado pelo Instituto Reúna.

4. A MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL INTEGRAL


o

A matriz curricular é o documento que norteia o ensino em uma instituição, sendo o ponto de
partida para a definição de toda a estrutura pedagógica da escola. Trata-se de um instrumento

que, fundamentado nos objetivos educacionais propostos pelo CRMG, organiza objetivamente os
componentes curriculares e a carga horária.

Por meio da Resolução 4.908 de 12 de setembro de 2023, a SEE/MG definiu para 2024 uma nova
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matriz para o EFTI. Assim sendo, as escolas de EFTI deverão elaborar o planejamento de ensino,
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em conformidade com essa nova organização, observando o quantitativo de módulos-aula por


componente curricular e a respectiva carga horária.

4.1. DOS ANOS INICIAIS

A matriz curricular dos anos iniciais está estruturada em 25 horas/aula semanais para os
componentes curriculares das áreas de conhecimento e 20 horas/aula semanais para os
componentes curriculares das atividades integradoras, totalizando 45 horas/aula semanais. A
carga horária anual é 1.466 horas e 40 minutos e a carga horária diária de 9 (nove) módulos-aula.

Como já citado anteriormente, é importante reiterar que, para os anos iniciais, será mantida a
organização das aulas das áreas de conhecimento e dos componentes curriculares das atividades
integradoras em turnos distintos, diante da impossibilidade de fragmentar a carga horária do
professor regente de turma.

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4.2. DOS ANOS FINAIS

in
A matriz curricular dos anos finais está organizada em áreas do conhecimento e componentes
curriculares das atividades integradoras apenas para orientação didática, superando dessa
forma, a organização curricular baseada na lógica de turno e contraturno e implementando um

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currículo integrado e integrador de experiências, conforme diretrizes e disposições da Lei nº
14.640, de 31 de julho de 2023, da Portaria nº 2.036, de 26 de novembro de 2023, da Resolução
SEE nº 4.948, de 25 de janeiro de 2024 e demais normativas vigentes e aplicáveis à educação
integral na rede estadual de ensino de Minas Gerais.
e
Portanto, para os anos finais, a matriz organiza-se em 30 horas/aula semanais para os
componentes curriculares das áreas de conhecimento e 15 horas/aula para os componentes
Pr
curriculares das atividades integradoras, totalizando 45 horas/aula semanais. O EFTI nos anos
finais terá, portanto, uma carga horária anual de 1.500 horas, com carga horária diária de 9 (nove)
módulos-aula.
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5. O PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO DA AVALIAÇÃO E DA FREQUÊNCIA

O acompanhamento da vida escolar do estudante, seja relativo ao processo de avaliação ou de


frequência, deverá ser feito pelo Professor, em conjunto com o EEB/Especialista Coordenador e
com o apoio da Direção da escola, levando-se em consideração todas as atividades previstas na
organização curricular do EFTI e conforme legislação vigente.

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Dessa forma, cria-se uma rede de acompanhamento, monitoramento e avaliação do processo de
aprendizagem, possibilitando a identificação dos avanços e das dificuldades, para viabilizar a
análise de resultados e corrigir rumos, se necessário.

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No processo de avaliação na educação integral, ressalta-se a importância de fazer prevalecer os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos, ampliando o olhar para além do desempenho

lim
cognitivo e contemplando o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais, de
convivência, de respeito à diversidade, de estar e agir no mundo. Deve ser, portanto, um processo
reflexivo que acompanhe os aprendizados atitudinais dos estudantes e revele o quanto a proposta
curricular está sendo realmente integrada aos saberes construídos.
e
Ressalta-se que o aspecto “qualitativo” não se opõe ao “quantitativo”, ou seja, a atribuição de
notas deverá ser realizada considerando a avaliação contínua e processual, por meio dos
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diferentes instrumentos avaliativos. Assim, a partir do diagnóstico da turma e do planejamento
pedagógico definido para o ano letivo, a equipe pedagógica e o corpo docente definirão aspectos
qualitativos (participação nas atividades, frequência, pontualidade, organização, respeito), dentre
outros a serem avaliados e a respectiva pontuação. Para cada componente curricular da atividade
integradora serão distribuídos 25 pontos por bimestre, totalizando 100 pontos anuais.
o

O propósito, também, é refletir sobre o processo de avaliação dos componentes curriculares das

atividades integradoras, que deverá considerar o desenvolvimento das competências


socioemocionais e cognitivas, por meio dos instrumentos e recursos descritos na Resolução SEE
nº 4.948, de 25 de janeiro de 2024, assim como a análise dos resultados das avaliações somativas
e formativas. O importante é garantir uma avaliação contínua e processual, conforme definido no
r

Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola.


Ve

Todas as estratégias de trabalho desenvolvidas pelo professor possibilitam a observação dos


aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais e devem ser consideradas como diagnóstico
para um planejamento coerente com as reais necessidades de aprendizagem dos estudantes.

É importante analisar esses aspectos e discuti-los com os demais professores da turma, em


reuniões pedagógicas e no Conselho de Classe, momentos fundamentais que favorecem o
compartilhamento de informações, essencial para subsidiar o planejamento das intervenções
pedagógicas.

De acordo com a Resolução SEE nº 4.948/24, os componentes curriculares das atividades


integradoras não poderão influir na classificação e promoção dos estudantes, mas “(...) deverão ter
notas computadas, variando entre 60 e 100 pontos anuais e ter a frequência do estudante
computada para fins de registro de vida escolar, como os demais componentes da matriz
curricular”. E ainda, não são passíveis de interrupção no percurso escolar dos estudantes e não

ar
ensejam reprovação ou progressão parcial.

Portanto, identificar os instrumentos e procedimentos avaliativos, analisar o rendimento escolar,


constatar as dificuldades, envolver os estudantes nos processos avaliativos, oportunizando que

in
eles avaliem sua própria aprendizagem e dar a eles um retorno constante da sua evolução deve
ser uma prática contínua na educação em tempo integral.

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6. OS COMPONENTES CURRICULARES DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS

Os componentes curriculares das atividades integradoras são um conjunto de ações pedagógicas


nas quais os conhecimentos e saberes são trabalhados em consonância com os conceitos e
conteúdos dos componentes curriculares que compõem as áreas de conhecimento. Por isso, a
importância da articulação entre os professores da turma para que as atividades sejam integradas

ar
e significativas, oportunizando novas possibilidades de ensino, evitando uma prática fragmentada e
descontextualizada.

Assim, com base na Resolução SEE nº 4.908/2023, as atividades integradoras que compõem a

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matriz curricular do EFTI para 2024 são as seguintes:

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ATIVIDADES INTEGRADORAS
COMPONENTES CURRICULARES COMPONENTES CURRICULARES
- ANOS INICIAIS - - ANOS FINAIS -
Corpo e Movimento Cultura Corporal do Movimento
Estudos Orientados Estudos Orientados
Linguagens Artísticas Linguagens Artísticas
e
Nivelamento em Língua Portuguesa Projeto de Vida
Práticas Experimentais Práticas Experimentais
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(Matemática/Ciências) (Matemática/Ciências)
Vivências em Linguagens Vivências em Linguagens

Ressalta-se que o planejamento de ensino com esses componentes pressupõe:


o

● o desenvolvimento de projetos escolares, sequências didáticas, atividades práticas


concretas e contextualizadas e outras metodologias que favorecem o desenvolvimento de


uma aprendizagem significativa;
● o incentivo à interação professor/estudante e às práticas de comunicação oral e escrita que
contribuem para que os estudantes desenvolvam protagonismo e autonomia na tomada de
r

decisões, nas vivências em coletividade, na gestão do tempo, na organização pessoal;


Ve

● o acompanhamento pedagógico contínuo e sistemático para garantir a aprendizagem dos


conteúdos dos componentes curriculares das atividades integradoras e o fortalecimento da
aprendizagem dos componentes curriculares que compõem as áreas do conhecimento;
● a definição dos espaços educativos a serem utilizados, considerando a proposta de trabalho.

Para subsidiar o planejamento do professor, a seguir, estão descritas as ementas de cada


componente curricular das atividades integradoras, as quais pretendem contribuir na elaboração
de um planejamento coerente com a proposta de uma educação interdimensional, que integra
diferentes tempos, espaços e agentes educativos.

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7. EMENTAS DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS - ANOS INICIAIS

7.1. CORPO E MOVIMENTO

O componente curricular Corpo e Movimento propõe o desenvolvimento de atividades que


favorecem o (re)conhecimento corporal. Os estudantes, nessa faixa etária, encontram-se em pleno
desenvolvimento neuropsicomotor. É por meio de seus movimentos e gestos e as sensações

ar
percebidas pelos órgãos dos sentidos, que recebem ou captam as informações do meio e
aprendem a reconhecer os limites e potencialidades de seu corpo.

Por isso, o planejamento desse componente curricular deverá prever experiências lúdicas e

in
educativas, que estimulem a consciência corporal, a expressividade e o prazer pelo movimento, o
estímulo ao desenvolvimento das funções psicomotoras, entre outras.

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Nesse contexto, vale incentivar práticas de dança, de representação teatral, criação artística,
experimentação, recriação, movimentos que envolvam equilíbrio, esportes, jogos, ginástica,
mímicas e brincadeiras, buscando a ampliação do repertório de movimentos individuais e grupais.
Todas as práticas devem envolver os aspectos afetivos, cognitivos, físicos e sociais, cabendo ao
e
professor exercer a escuta ativa, para que tais práticas não se caracterizem por uma ação
unidimensional e descontextualizada do processo formativo desenvolvido nos componentes
Pr
curriculares do Currículo Referência.

Para refletir…
As vivências corporais contribuem para a aprendizagem efetiva dos conteúdos dos diversos
componentes curriculares, uma vez que, por meio delas, o estudante experimenta sensações,
o

desenvolve resiliência e reconhece as potencialidades e limites de seu corpo, aspectos essenciais


para o desenvolvimento de suas funções cognitivas. Por isso, a importância de promover
atividades desafiadoras, compreendendo que corpo e mente são partes fundamentais para a

formação do ser humano integral.

E para saber mais…

Atividade sobre os limites do corpo - 4º e 5º anos


r

O documento explora os limites e potencialidades do corpo para os estudantes de 4º e 5º anos,


Ve

relacionando com hábitos de higiene e saúde. Ao final, oportuniza uma reflexão sobre os aspectos
estudados, por meio de alguns questionamentos os quais devem ser planejados para favorecer a
interação social. Disponível em:
<https://www.tudosaladeaula.com/2023/05/atividade-sobre-os-limites-do-corpo-4ano-5ano.html>.
Acesso em: 29/01/2024.

Atividades de Educação Física - Anos Iniciais


O artigo, também do site “Tudo em Sala de Aula”, apresenta atividades relativas à Educação Física
para os estudantes de cada ano dos anos iniciais. As atividades precisam ser exploradas e
analisadas, são organizadas por temas, e contribuem com a prática do professor no
aprimoramento de suas aulas. Disponível em:
<https://www.tudosaladeaula.com/p/atividades-de-educacao-fisica-anos.html>. Acesso em:
29/01/2024.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada ano do
Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo é ajudar a

ar
orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.

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7.2. NIVELAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA

O componente curricular "Nivelamento em Língua Portuguesa" que, como as outras atividades


integradoras, precisa ter um caráter interdisciplinar, objetiva a recomposição das habilidades
necessárias ao processo de aquisição de leitura e de escrita não consolidadas pelos estudantes
em anos anteriores, no componente curricular de Língua Portuguesa, de forma a garantir o
fortalecimento da aprendizagem com vistas ao seu ingresso nos Anos Finais.

ar
É importante destacar que, neste componente curricular, o sentido da palavra “nivelamento” não se
refere à ação de “nivelar” o estudante no mesmo patamar dos colegas, mas sim, de oportunizar a

in
ele a consolidação das habilidades de leitura e escrita que, porventura, ainda se encontram em
desenvolvimento.

Além disso, este componente não é reforço escolar. É, na verdade, uma atividade integradora

lim
inclusiva, na qual todos os estudantes participam de forma ativa e equânime, cabendo ao
professor um olhar diferenciado para aqueles que apresentam maiores dificuldades, de forma a
garantir que todos desenvolvam as habilidades inerentes aos seus direitos de aprendizagem.

As atividades devem ser desenvolvidas na perspectiva do letramento, envolvendo os diferentes


e
gêneros textuais, a fim de possibilitar ao estudante sua efetiva participação nas práticas sociais.
Não é uma proposta de trabalho sistemático em sala de aula com os conteúdos de Língua
Pr
Portuguesa, e sim, um trabalho sistemático a ser desenvolvido de forma lúdica, dinâmica,
utilizando os diferentes espaços educativos.

Portanto, o planejamento precisa ser bem articulado com o trabalho do professor regente de turma
e deve ser elaborado com base nos resultados de avaliações internas ou externas. Isso requer que
o

a gestão escolar promova reflexões coletivas e análise de resultados, garantindo um planejamento


conjunto e articulado.

É importante refletir sobre as diferentes estratégias de organização da turma, considerando as


necessidades de aprendizagens e as metodologias a serem utilizadas. Nesse aspecto, o
desenvolvimento de projetos ou sequências didáticas apresentam desafios que incentivam a
r

pesquisa ou a busca de conhecimentos, por meio das próprias vivências; por isso, contribuem para
Ve

o fortalecimento e consolidação das aprendizagens.

O professor precisa estar predisposto a inovar metodologias e atualizar tecnologias educacionais,


de forma a saber se comunicar com o estudante, garantindo o envolvimento de todos nas práticas
de Língua Portuguesa.
Ao final dos anos iniciais, espera-se que o estudante esteja apto a prosseguir sua trajetória escolar
nos Anos Finais com consciência de sua atuação nas práticas sociais, como escritor e leitor, e
predisposto a se apropriar de novos conhecimentos exigidos nessa nova etapa de escolaridade.

Para refletir…

ar
O trabalho com as habilidades relacionadas à oralidade é fundamental para consolidar as
habilidades de leitura e escrita especialmente nas últimas etapas dos anos iniciais. Isso porque
oportuniza ao estudante observar o caráter discursivo das falas, os conectivos necessários para
garantir a compreensão de quem escuta e as estratégias que utiliza para garantir a interação com

in
o outro, como a pontuação, por exemplo.

E para saber mais…

lim
Caderno de Língua Portuguesa - 1º ao 9º do Ensino Fundamental
Este caderno faz parte do material de apoio ao professor para recomposição das aprendizagens
dos estudantes e sugere um planejamento de trabalho e fichas de atividades sequenciais.
Atividades do 4º ano, pg. 39 a 48. Atividades do 5º ano, pg. 49 a 58. Disponível em:
<https://observatorio.movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2023/02/caderno-fichas-dos-pr
e
ofessores-lingua-portuguesa.pdf>. Acesso em: 29/01/2024.

Mapa de Foco da BNCC


Pr
Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada ano do
Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo é ajudar a
orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.
o

Livros:
NEVES, Iara Conceição B (org.). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. Rio Grande do

Sul: UFRGS, 2011.205p.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. 194p.


Este livro apresenta ao professor inúmeras estratégias que podem ser desenvolvidas antes,
durante e após a leitura de textos, para consolidar habilidades de interpretação e compreensão de
r

textos.
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LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed,
2002. 128p.
7.3. ESTUDOS ORIENTADOS

O componente curricular Estudos Orientados se propõe a desenvolver o protagonismo e a


autonomia do estudante para buscar suas próprias maneiras de organizar seus estudos e concluir
suas tarefas, ou seja, ensiná-lo a aprender a aprender, por meio de técnicas que o auxiliarão em
seu processo de aprendizagem.

ar
Essa atividade integradora deve promover o desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais e a descoberta do sentido em estudar, favorecendo a construção de seu projeto
de vida. A cada ano de escolaridade, os estudantes serão orientados para a aprendizagem de

in
estratégias para aprimorar a autogestão e o autodidatismo, aprendendo a responsabilizar-se pelos
próprios estudos.

lim
O planejamento do professor deverá contemplar o ensino de técnicas de aprendizagem,
gerenciamento do tempo, recursos materiais necessários ao desenvolvimento da tarefa, recursos
multimídia para favorecer e reforçar técnicas de estudo, bem como atividades que envolvam as
competências socioemocionais, de forma a garantir o equilíbrio físico e emocional para o bom
e
andamento dos estudos. Tudo isso, para ter significado para o estudante, precisa estar
diretamente interligado às tarefas solicitadas pelo professor regente de turma.
Pr
O professor dessa atividade integradora sabe que deve atuar como mediador do processo de
aprendizagem, sendo parceiro e articulador das ações junto ao professor regente de turma. Seus
saberes precisam se relacionar com os saberes dos estudantes, atuando e intervindo
assertivamente para garantir o avanço na aprendizagem e a consolidação de competências
o

cognitivas e socioemocionais que garantem a continuidade exitosa do estudante na sua trajetória


acadêmica.

Para refletir…

É importante discutir com os estudantes sobre a relação entre o estudo e o seu projeto de vida e
r

que tudo que ele aprende na escola é fundamento para a definição de suas metas de vida. Estudar
não é apenas para fazer tarefas e provas. Por isso, os professores utilizam uma diversidade de
Ve

estratégias para a elaboração de seu planejamento como, por exemplo, ensinar técnicas de
memorização e revisão, de leitura e compreensão de textos, elaborar plano de estudos de acordo
com os conteúdos do CRMG, fazer pesquisas, ensinar a utilização dos recursos tecnológicos
disponíveis na escola, anotar, fazer sínteses ou resumos, sinopses, e até ensinar a lidar com a
ansiedade ou com o estresse.
E para saber mais…

Três formas de potencializar a matéria de orientação de estudos


O site do “Tutor Mundi” explora três formas de potencializar ao máximo a orientação de estudos e
engajar os estudantes ao ensiná-los a aprender, bem como disponibiliza atividades de estudos
para que o estudante crie sua rotina de estudos. Disponível em:

ar
<https://tutormundi.com/blog/orientacao-de-estudos/>. Acesso em: 29/01/2024.

As nove melhores dicas de estudo


Este vídeo de 6 minutos descreve 9 dicas relacionadas a hábitos de estudo. Disponível em:

in
<https://www.youtube.com/watch?v=z-siDHLMJyU >. Acesso em: 29/01/2024.

Mapa de Foco da BNCC

lim
Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada ano do
Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo é ajudar a
orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.
e
Pr
o
rsã
Ve
7.4. LINGUAGENS ARTÍSTICAS

O objetivo do componente curricular Linguagens Artísticas é proporcionar aos estudantes do EFTI


uma imersão nas diversas formas de expressão artística. Por meio de abordagens lúdicas e
interativas, a atividade busca desenvolver a apreciação estética, a criatividade e as linguagens
artísticas como instrumentos de comunicação e reflexão.

ar
Esse componente deve ser trabalhado a partir dos conhecimentos e vivências dos estudantes, com
foco na valorização de todas as formas de expressão artística e em cada linguagem proposta no
Currículo Referência (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro e Artes Integradas).

in
O respeito à diversidade cultural e artística precisa permear todo o planejamento do professor,
considerando ser um componente que objetiva a livre expressão, a criatividade, a imaginação, a
apreciação das diversas manifestações artísticas e culturais presentes nas culturas locais e

lim
globais.

Ele deverá prever o estímulo à experimentação e às vivências das diferentes linguagens, bem
como a utilização de materiais didáticos diversificados e tecnologias educacionais, como
softwares, aplicativos e plataformas online, visitas culturais, a elaboração de projetos escolares e
e
sequências didáticas e tudo que instiga o estudante a expressar emoções, sentimentos e
possibilita a ampliação de seu repertório cultural.
Pr
Ressalta-se a importância de compreender o caráter flexível das ações, para que se possa
proceder a adaptações e atender aos desejos, às emoções e às necessidades de aprendizagem
dos estudantes, garantindo sua participação ativa nas ações escolares.
o

Para refletir…

A tecnologia também faz parte das linguagens artísticas. Vários espaços culturais, como museus,

galerias, teatros, já utilizam de recursos digitais para possibilitar uma imersão em obras
tridimensionais e em diferentes perspectivas.
Você sabia que a emoção permeia as linguagens artísticas, inspirando e liberando sentimentos?
Trabalhar as linguagens artísticas na escola é favorecer a descoberta das potencialidades e
habilidades do estudante, podendo até contribuir para definir um projeto de vida.
r
Ve

E para saber mais…

Linguagens Artísticas
Este vídeo conceitua as diferentes linguagens artísticas e seus tipos, de forma simples e objetiva.
Duração: 4’30.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=GdUPte8LKaw>. Acesso em: 29/01/2024.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada ano do
Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo é ajudar a
orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.

ar
in
e lim
Pr
o
rsã
Ve
7.5. PRÁTICAS EXPERIMENTAIS (Ciências e Matemática)

Este componente curricular configura-se em um componente investigativo, que deverá ser


desenvolvido tanto na área de Matemática quanto na área de Ciências. O componente Práticas
Experimentais pressupõe um planejamento que articula os conhecimentos teóricos e
conhecimentos práticos, tendo sempre o estudante como protagonista nas ações de investigar,
comparar ou relacionar fatos e fenômenos.

ar
O planejamento deverá relacionar os conhecimentos matemáticos ou científicos à leitura de
mundo, de forma a envolver o estudante e a criar predisposição para se relacionar com as práticas

in
de investigação, exploração e compartilhamento das descobertas. Para isso, é importante garantir
um trabalho interdisciplinar, bem articulado com os componentes curriculares de Matemática e
Ciências, bem como considerar as práticas, vivências e experiências sociais para, de fato,

lim
promover uma aprendizagem significativa.

Muitas situações do cotidiano do estudante podem e devem ser discutidas e analisadas, buscando
alternativas para sua solução. Por isso, o professor precisa trazer para a escola essas situações,
promover experimentos, pesquisas, utilizar instrumentos e técnicas de laboratório (de matemática
e
ou ciências), bem como oportunizar a análise dos diferentes fenômenos físicos, químicos ou
biológicos.
Pr
É o momento de estimular a curiosidade, a criatividade e o interesse, por meio da ciência ou da
matemática, fazendo uso não apenas dos espaços do laboratório da escola, mas dos diversos
espaços educativos, seja na escola ou fora dela. Também deve ser estimulado o pensamento
científico, a pesquisa, a aprendizagem baseada em problemas, o levantamento de estatísticas, a
o

análise de probabilidades, de gráficos e tabelas, enfim, a construção do conhecimento por meio da


investigação.

É essencial o desenvolvimento de projetos escolares e de sequências didáticas, pois favorecem


um trabalho interdisciplinar, complementando e ampliando o trabalho com as habilidades
desenvolvidas nas aulas do professor regente de turma.
r

Destaca-se a importância da exploração das tecnologias digitais, de acordo com os recursos que a
Ve

escola disponibiliza, pois favorecem tanto a compreensão de conceitos científicos e matemáticos,


como o aprofundamento do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades digitais aplicadas
no seu cotidiano.

Para refletir…
O trabalho com Práticas Experimentais pressupõe que o professor domine o “fazer científico”, que
seja um pesquisador, um investigador. E requer a participação efetiva dos estudantes na escolha
dos temas, pois precisam ter sentido e significado para a sua vida.
Você sabia que Pedro Demo, professor do Departamento de Sociologia da UNB, destaca que a
pesquisa científica pode ser desenvolvida desde a Educação Infantil? Ressalta ainda a
contribuição dos estudos de Piaget, que mostra que “crianças de quatro anos já formulam
perguntas. Que ela aprende porque inventa um esquema mental que abarca o mundo que ela
conhece. Depois, o mundo passa a não caber mais no esquema, e ela tem de desconstruí-lo e

ar
construir um novo, que volte a abarcá-lo.” (MAZOCCO, 2023).

E para saber mais…

in
Espaço Interativo de Ciências
Site com recursos de jogos e produções de materiais educacionais que são utilizados na educação
em ciências nos diferentes níveis de ensino. Disponível em:

lim
<https://eic.ifsc.usp.br/category/jogos/>. Acesso em: 29/01/2024.

4 sugestões para desenvolver a alfabetização e estimular a investigação científica


Este artigo da Nova Escola propõe um experimento, no jardim da escola, envolvendo jogo de
perguntas, resolução de problema e outras práticas lúdicas, por meio da pesquisa e investigação.
Disponível em:
<https://www.google.com/url?q=https://novaescola.org.br/conteudo/21162/4-sugestoes-para-desenv
e
olver-a-alfabetizacao-e-estimular-a-investigacao-cientifica&sa=D&source=docs&ust=17065325079
84668&usg=AOvVaw3UwAOXhqFthfgwDBHyAvLv> Acesso em: 29/01/2024.
Pr
Letramento científico: planos de aula para trabalhar o tema no Ensino Fundamental I
Este artigo, do Instituto Claro, apresenta uma sequência didática com o objetivo de instigar o
estudante a conhecer e identificar as partes e funções da planta, considerando as estratégias de
observação, pesquisa, levantamento de hipóteses, experimentos práticos e uso da tecnologia.
Disponível em:
<https://www.google.com/url?q=https://www.institutoclaro.org.br/educacao/nossas-novidades/notici
as/letramento-cientifico-4-planos-de-aula-para-trabalhar-o-tema-no-ensino-fundamental-i/&sa=D&s
o

ource=docs&ust=1706532507984926&usg=AOvVaw1vyHntS8BVH7Zm8YV_yIQU> Acesso em:


29/01/2024

Projeto Práticas Experimentais


Este vídeo, sobre as Práticas Experimentais da EE Brasílio Machado/SP, traz um olhar
interdisciplinar, envolvendo as diferentes áreas de conhecimento, com foco nos estudantes dos 4º
e 5º anos. Duração: 4’46. Disponível em: <https://youtu.be/3xJ4aeaiSQE>. Acesso em: 29/01/2024.
r
Ve

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada ano do
Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo é ajudar a
orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.
7.6. VIVÊNCIAS EM LINGUAGENS

O componente curricular Vivências em Linguagens tem o objetivo de possibilitar a ampliação dos


conhecimentos linguísticos das diferentes linguagens e textos multimodais, de forma a
complementar e suplementar as competências que estão sendo trabalhadas pelo professor regente
de turma, proporcionando o desenvolvimento de múltiplas linguagens que fortaleçam o estudante

ar
em seu processo de inserção plena e exitosa numa sociedade letrada.

É uma oportunidade de estimular a criatividade, promover a comunicação eficaz e ampliar as


possibilidades de aprendizado, proporcionando aos estudantes uma vivência enriquecedora nas

in
diversas formas de linguagem (verbal, corporal, visual, musical).

O planejamento do professor deverá favorecer um trabalho interdisciplinar, com ênfase no

lim
multiletramento e na função social das linguagens. Isso significa desenvolver jogos de linguagens,
competições, projetos, gincanas, sequências didáticas, gamificação, utilização de recursos digitais
e educacionais, entre outras estratégias que desafiam o estudante a se organizar em busca de
soluções linguísticas.
e
Ressalta-se, nesse contexto, a importância de envolvê-lo nas práticas sociais, com atividades
interativas voltadas para os diferentes gêneros textuais, por exercerem funções sociais em
Pr
situações cotidianas de comunicação.

O professor deve compreender que esta atividade integradora não é uma proposta de trabalho
sistemático em sala de aula que objetiva o ensino do componente de Língua Portuguesa. É, na
verdade, um componente que pressupõe o uso dos diferentes espaços educativos, dentro e fora da
o

escola, com o objetivo de desenvolver e consolidar habilidades, possibilitando aos estudantes a


vivência de situações comunicativas que favoreçam o exercício da criatividade, a fruição de

repertórios culturais, a capacidade de argumentação, entre outros.

Dessa forma, espera-se que os estudantes tenham a oportunidade de ampliar suas habilidades de
comunicação, tornando-se consciente de seu protagonismo nas diferentes vivências em linguagens
que a sociedade exige.
r
Ve

Para refletir…

Ao integrar diversos ambientes educativos para o desenvolvimento do componente


curricular Vivências em Linguagens, como museus, bibliotecas, espaços culturais e
virtuais, o professor oportuniza aos estudantes vivência e ampliação de suas
competências linguísticas. A interação com diferentes formas de expressão artística,
textos publicitários, vídeos online e outros recursos multimodais enriquecem a
compreensão e a habilidade de comunicação dos estudantes em contextos variados.
Isso contribui, significativamente, para a formação de indivíduos linguisticamente
proficientes e culturalmente sensíveis.

E para saber mais…

As concepções de linguagem e seu impacto no ensino de Ciências


O texto destaca a evolução das concepções linguísticas ao longo da história da

ar
Linguística, ressaltando a centralidade da linguagem no processo educacional e
enfatizando a importância do professor compreender as concepções linguísticas na
prática educacional, destacando a necessidade de uma abordagem reflexiva e crítica
na formação docente. Disponível em:

in
<https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/42/as-concepcoes-de-linguagem-e-s
eu-impacto-no-ensino-de-ciencias>. Acesso em: 29/01/2024.

lim
As práticas de linguagem contemporâneas e a BNCC
O artigo (Escrevendo o Futuro) apresenta algumas características das práticas de
linguagem, de acordo com a BNCC e orienta formas de organizar o trabalho com
essas práticas na escola. Disponível em:
<https://www.google.com/url?q=https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/revista
-digital/artigo/81/as-praticas-de-linguagem-contemporaneas-e-a-bncc&sa=D&source=d
e
ocs&ust=1706532507986933&usg=AOvVaw1mLKR9BzRy5TBv22CB3xtc> Acesso
em: 29/01/2024.
Pr
Multiletramentos na escola: veja como aplicar o conceito
Este artigo para o professor (site Portábilis) sugere gêneros textuais multimodais
interessantes que podem contribuir no planejamento da atividade integradora no
tempo integral. Disponível em:
<https://blog.portabilis.com.br/multiletramentos-na-escola/> Acesso em: 29/01/2024
o

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para


cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular.
O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a
serem desenvolvidos. Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em:
r

29/01/2024.
Ve

Livro:
ALMEIDA, Rita de Cássia Santos (org.). Linguagem, Gramática e Leitura.
Petrópolis: Vozes, 2010. 140p.
8. EMENTAS DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS - ANOS FINAIS

8.1. CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO

De acordo com a BNCC, a cultura corporal do movimento compreende o movimento


humano para além de sua dimensão neuromotora, "valorizando e legitimando os
sentidos e significados construídos social e culturalmente como elementos constitutivos

ar
das diversas formas de ação e expressões corporais humanas".

Por isso, o componente Cultura Corporal do Movimento propõe uma abordagem mais
aprofundada e desafiadora, no que se refere à dimensão corporal, de forma a

in
proporcionar uma experiência educativa que promova o aprimoramento das habilidades
motoras, o desenvolvimento cognitivo e a consciência crítica sobre o corpo e o

lim
movimento. Busca-se explorar conceitos mais avançados, integrando, de maneira
significativa, as diferentes dimensões do ser humano.

O planejamento do professor, nesse contexto, precisa ser elaborado na perspectiva de


desenvolvimento de habilidades socioemocionais e de práticas corporais que promovam
e
reflexão sobre o espaço que ocupa e sobre sua necessária participação na sociedade,
para melhoria da qualidade de vida.
Pr
Por isso, a importância de se pensar em atividades integradas e coletivas, em contextos
que podem envolver discussões sobre a valorização da tradição e da diversidade
cultural, lazer e saúde, estereótipos e preconceitos relacionados às práticas corporais,
alternativas para a sua superação, dentre outras.
o

São importantes as práticas que trazem desafios, que estimulam a autodisciplina, a


reflexão crítica, a conscientização corporal, de forma lúdica, porém sistematizada.

Promover momentos de debates sobre o espaço que o estudante ocupa na sociedade e


o impacto que seus movimentos corporais, gestos, sentimentos e atitudes podem
causar na coletividade, é uma boa estratégia para ampliar sua visão de mundo e
r

repensar valores.
Ve

As atividades devem envolver aspectos afetivos, cognitivos, sociais e motores do


estudante e estimular o pleno desenvolvimento de suas funções psicomotoras.
Portanto, diferentes espaços educativos devem ser explorados e utilizados pelo
professor com o objetivo de ampliar suas relações de mundo e de suas experiências de
desenvolvimento corporal e cognitivo.

Por meio de um trabalho articulado com o professor de Educação Física do Currículo


Referência, espera-se que os estudantes, ao concluir os Anos Finais, tenham
consolidado habilidades essenciais que envolvam não só as reflexões sobre as práticas
corporais, mas também a consciência da expressão e da mensagem que seu corpo é
capaz de transmitir às pessoas.

Para refletir…

A Cultura Corporal do Movimento vem somar-se a uma educação intelectual, ética e

ar
moral, mediada por um professor pesquisador, reflexivo e questionador de suas próprias
práticas. Esse conceito auxilia a compreender que os elementos que a compõem, como
a dança, os jogos, as lutas, os esportes e a ginástica se relacionam com as questões
éticas, cujos princípios envolvem a cooperação, inclusão, solidariedade, respeito e

in
empatia.

lim
E para saber mais…

Cultura Corporal do Movimento (Primeiras reflexões)


Este vídeo do Prof. Demerval, destinado à formação dos professores de Educação
Física, apresenta reflexões importantes sobre o conceito de Cultura Corporal do
e
Movimento, de acordo com a BNCC, e enfatiza a necessidade de planejar atividades
corporais que possam ampliar a visão de mundo dos estudantes. Duração: 13’47.
Disponível em:
Pr
<https://youtu.be/Gf2E-VSVTNk>. Acesso em: 29/01/2024.

Corpo em movimento
Explora as relações entre o movimento do corpo, as convenções e a materialidade dos
espaços, utilizando os espaços do cotidiano como objeto de estudo, pesquisa e
experimentação, além de mobilizar conhecimentos prévios relacionados à dança. Disponível
o

em:
<http://www.escolasnarede.seec.rn.gov.br/roteiro-de-estudo/corpo-em-movimento-54049>.

Acesso em: 29/01/2024.

Cultura corporal do movimento - Portal IDEA


O texto explora profundamente o significado e a importância da cultura corporal de
movimento, destacando suas principais características, origens históricas e impacto na
r

sociedade moderna. Disponível em:


Ve

<https://portalidea.com.br/cursos/cultura-corporal-de-movimento-apostila01.pdf>.
Acesso em: 29/01/2024.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada
ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo
é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos.
Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.

ar
in
e lim
Pr
o

r
Ve
8.2. PROJETO DE VIDA

O componente curricular Projeto de Vida propõe um trabalho de percepção da


identidade, das vontades e desejos dos estudantes para despertar sonhos e ambições,
bem como oportuniza uma reflexão sobre seus objetivos de vida e os mecanismos que
precisam ser acionados para a sua realização.

ar
Essa atividade integradora configura-se em importante oportunidade de valorização e
apropriação de conhecimentos, saberes, e vivências que possibilitam ao estudante a
compreensão das relações sociais e o exercício da cidadania com liberdade,

in
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

O planejamento deve ser construído, coletivamente, junto aos professores dos demais
componentes curriculares, valorizando sempre os conhecimentos prévios do estudante,

lim
para garantir o seu engajamento na proposta.

Numa progressão de aprendizagens, o planejamento precisa ser elaborado a partir do


reconhecimento de sua identidade e do espaço que o estudante ocupa no mundo,
ampliando para o reconhecimento de suas potencialidades e para a importância do
e
estudo nesse contexto de conhecer a si próprio e de definir suas escolhas.
Pr
Em sequência, é preciso contemplar o trabalho com as competências socioemocionais,
envolvendo os valores éticos e morais, passando pelo autoconhecimento, autonomia e
protagonismo e ampliando para o pensamento crítico, reflexivo, sustentável, até a sua
aproximação do contexto do Ensino Médio e total engajamento e protagonismo na
idealização e no planejamento de seu projeto de vida.
o

Professores de Projeto de vida sabem que trabalhar essa atividade integradora significa

atuar em todos os aspectos interdimensionais do ser humano, especialmente os


aspectos socioemocionais. E que o trabalho deverá considerar suas aspirações
pessoais e despertar o desejo de dar continuidade à sua trajetória escolar consciente de
suas escolhas.
r

As diretrizes pedagógicas devem voltar-se para o tempo futuro, sem desconsiderar o


Ve

presente e o passado, sem desconsiderar os sonhos dos estudantes, suas


possibilidades e seus limites. Sequências didáticas e projetos escolares, organização
por temas, estratégias e metodologias que envolvam a comunicação, a interação, a
pesquisa, entre outras, devem ser desenvolvidas para oportunizar que os estudantes
ampliem suas formas de fazer a leitura de mundo e aprendam a projetar o futuro.
Ao final do 9º ano do Ensino Fundamental, espera-se que os estudantes tenham
projetado metas de estudo para enfrentar os desafios do Ensino Médio e estejam
preparados para tomar decisões mais conscientes relativas ao seu futuro.

Para refletir…

A BNCC orienta para uma formação integral do estudante, em que o papel da escola é

ar
contribuir na realização de escolhas éticas e sustentáveis em diversos campos, como
estudo, trabalho e estilo de vida. Ressalta-se, nesse contexto, a competência 6:
“Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do

in
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.
Essa competência precisa ser construída desde o ingresso do estudante nos Anos

lim
Finais, a partir de uma organização progressiva dos conteúdos, estimulando o
autoconhecimento, o sentido de liderança e a resiliência para que, acreditando em seus
sonhos, ele possa dar continuidade à sua trajetória escolar,, pessoal e profissional.

E para saber mais… e


Projeto de Vida na Escola: Como desenvolver, desafios e práticas na educação
A reportagem (blog Kuau) aborda a importância do Projeto de vida na escola,
mostrando como consolidar competências socioemocionais e desenvolver a autonomia
Pr
dos estudantes. Disponível em:
<https://blog.kuau.com.br/projeto-de-vida/projeto-de-vida-ensino-fundamental/>.
Acesso em: 29/01/2024.

Projeto de vida: Ser ou existir?


o

O texto (BNCC) traz o conceito e a importância do projeto de vida, destacando seu


papel para a descoberta de si próprio, dos outros e do meio em que se vive, para a
definição das formas de atuar na sociedade, nos aspectos sociais, pessoais e

profissionais e mostra as formas de trabalhar o projeto de vida com estudantes do


Ensino Fundamental.
Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/apr
ofundamentos/200-projeto-de-vida-ser-ou-existir?highlight=WyJqb2dvcyJd>. Acesso
r

em: 29/01/2024.
Ve

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para
cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular.
O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem
desenvolvidos. Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em:
29/01/2024.
8.3. ESTUDOS ORIENTADOS

O objetivo do componente curricular Estudos Orientados é desenvolver o protagonismo


e a autonomia do estudante para buscar suas próprias maneiras de organizar seus
estudos e concluir suas tarefas, ou seja, ensiná-lo a aprender a aprender, por meio de
técnicas que o auxiliarão em seu processo de aprendizagem.

ar
Essa atividade integradora deve promover o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais e a construção de sentido ao ato de estudar, favorecendo
a construção de seu projeto de vida. A cada ano de escolaridade, os estudantes serão

in
orientados para a aprendizagem de estratégias para aprimorar a autogestão e o
autodidatismo, aprendendo a responsabilizar-se pelos próprios estudos.

O professor de Estudos Orientados deve propor ao estudante atividades diversificadas e

lim
técnicas de aprendizagem, gerenciamento do tempo, recursos materiais eficazes para o
desenvolvimento da tarefa, recursos multimídia para favorecer e reforçar técnicas de
estudo diversificadas que envolvam a leitura, análise e manipulação de dados,
conceitos, conhecimentos e o uso correto de informações de fontes seguras.
e
Além disso, deve contemplar também atividades que envolvam as competências
socioemocionais, de forma a garantir o equilíbrio físico e emocional dos estudantes e o
Pr
bom andamento dos estudos. Tudo isso, para ter significado para o estudante, precisa
estar diretamente interligado às tarefas solicitadas pelos professores regentes de aula.

A ênfase está, portanto, na implementação de um planejamento articulado entre os


professores envolvidos, aliado a uma gestão escolar eficiente. Dessa forma, os
o

professores poderão transitar de forma eficaz em busca dos instrumentos necessários


ao desenvolvimento das estratégias e metodologias que envolvem, por exemplo, o

ensino de técnicas de memorização e revisão, de leitura e compreensão de textos,


elaboração de plano de estudos, pesquisas, utilização dos recursos tecnológicos, fazer
anotações, esquemas, sínteses, resumos ou sinopses, e até ensinar a lidar com a
r

ansiedade ou com o estresse.


Ve

Vale ressaltar a importância dessa atividade integradora para o desenvolvimento de


todos os componentes curriculares, bem como a atuação do professor do EFTI como
mediador do processo de aprendizagem, sendo parceiro e articulador das ações junto
aos professores das áreas de conhecimento do Currículo Referência.

Para refletir…
Como vimos, Estudos Orientados contribuem para a identificação de prioridades de
estudo, organização de tarefas e gestão do tempo, aspectos importantes que, se não
forem bem administrados, podem impedir que os estudantes tenham resultados
significativos. Christian Barbosa, no livro “Tríade do Tempo”, explica como é possível
distinguir entre o urgente e o importante, ao definir metas, delegar tarefas e ao lidar com
interrupções e distrações, abordando também temas como planejamento, foco,
automação e disciplina (https://casadoestudo.com/a-triade-do-tempo/ sinopse). Acesso
em: 29/01/2024.

ar
Assim, os estudos se tornam um processo mais personalizado e adaptável, preparando
os estudantes para os desafios futuros e incentivando o desenvolvimento integral de
suas potencialidades.

in
E para saber mais…

lim
9 Técnicas de estudo para orientar os alunos
Este artigo (SAE Digital) apresenta algumas técnicas de estudo que favorecem e
otimizam a aprendizagem e orientam o processo de receber e organizar informações.
Disponível em: <sae.digital/tecnicas-de-estudo/> Acesso em: 29/01/2024.
e
Guia de Tutoria Pedagógica
Este caderno (Programa Tutoria - Itaú Social) discute o papel dos gestores tutores com
Pr
seus tutorados, para qualificar sua ação na escola e nas atividades com os estudantes,
envolvendo ações de planejamento e gestão de aulas, o exercício de diferentes formas
de lecionar, a avaliação da aprendizagem em sala de aula, dentre outros.
Disponível em:
<https://www.itausocial.org.br/wp-content/uploads/2018/05/48-guia-tutoria-pedagogica-0
9082017_1510329199.pdf> Acesso em: 29/01/2024.
o

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada
ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo
é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos.
Disponível em:
r

<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.


Ve
8.4. LINGUAGENS ARTÍSTICAS

O componente curricular Linguagens Artísticas tem o objetivo de proporcionar aos


estudantes do EFTI uma imersão nas diversas formas de expressão artística. Por meio
de abordagens lúdicas e interativas, a atividade busca desenvolver a apreciação estética,
a criatividade e as linguagens artísticas como instrumentos de comunicação e reflexão.

ar
Linguagens Artísticas tem uma abordagem interdisciplinar e deve ser trabalhada a partir
dos conhecimentos e vivências dos estudantes, com foco na valorização de todas as
formas de expressão artística e em cada linguagem proposta no Currículo Referência

in
(Artes Visuais, Dança, Música, Teatro, Artes Integradas) e suas dimensões do
conhecimento.

lim
O respeito à diversidade cultural e artística precisam permear todo o planejamento do
professor, considerando ser um componente que objetiva a livre expressão, a
criatividade, a imaginação, a apreciação das diversas manifestações artísticas e culturais
presentes nas culturas locais e globais. Logo, o planejamento deverá prever o estímulo à
experimentação e às vivências das diferentes linguagens, a exploração de diferentes
e
recursos tecnológicos, de forma a proporcionar uma experiência enriquecedora e
significativa aos estudantes.
Pr
As atividades devem possibilitar aos estudantes a contextualização, apreciação e
produção de arte por meio dos diversos saberes culturais integrados às linguagens, em
representações individuais e coletivas. Dessa forma, devem ser incentivadas produções
artísticas, visuais e musicais, manifestações corporais e dramáticas, atividades
o

relacionadas às artes cênicas, artesanato e danças populares. O professor poderá ainda


realizar experiências embasadas na criatividade e na autoria dos estudantes, através de

práticas de multiletramento, que considera os diferentes modos de se expressar.

Ressalta-se a importância de compreender o caráter flexível do planejamento dessa


atividade integradora, para que se possa proceder a adaptações e atender aos desejos,
r

às emoções e às necessidades de aprendizagem dos estudantes, garantindo sua


Ve

participação ativa nas ações escolares.

Dessa maneira, nessa perspectiva de interdisciplinaridade, o professor deverá criar


possibilidades para o desenvolvimento do saber estético e artístico que compõem sua
comunidade e tem significado para o estudante e para os que o rodeiam.

Além das artes regionais, há que se trabalhar as expressões culturais relativas a outros
povos e civilizações, no sentido de “valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e
culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural (BRASIL, 2017, p. 9).

O trabalho terá um caráter colaborativo, complementar e suplementar ao que está sendo


desenvolvido pelos professores do Currículo Referência, especialmente ao professor de
Arte. É importante garantir a diversidade de materiais didáticos, recursos digitais e
tecnologias educacionais, como softwares, aplicativos e plataformas online, organizar

ar
visitas culturais, elaborar projetos e sequências didáticas e tudo que instiga o estudante a
expressar emoções, sentimentos e possibilita a ampliação de seu repertório cultural.

Espera-se que, ao concluir o Ensino Fundamental, os estudantes tenham desenvolvido

in
suas habilidades criativas e expressivas, ampliado sua compreensão e apreciação das
linguagens artísticas e construído uma relação significativa com os diversos saberes e

lim
com o mundo da arte, de forma a se tornar um cidadão participativo e ser protagonista na
busca de solução para as diferentes situações que a sociedade lhe apresenta.

Para refletir…

Essa atividade integradora incentiva o trabalho em equipe e colaborativo e a troca de


e
ideias e opiniões, contribuindo para o crescimento pessoal e a construção de relações
interpessoais positivas. Para isso, inúmeros são os espaços educativos, dentro e fora da
Pr
escola, que possibilitam aos estudantes do EFTI não apenas ampliar suas experiências,
mas também fortalecer a conexão entre os conceitos teóricos e a aplicação prática no
mundo real. Essa é uma estratégia necessária e fundamental para o ensino em tempo
integral, para promover um aprendizado mais significativo. Linguagens Artísticas exigem
espaço para deixar fruir todas as formas de comunicação e expressão artística.
o

E para saber mais…


Linguagem Artística: Características e Tipos


A reportagem aborda a complexidade da linguagem artística, destacando que, embora
seja uma forma poderosa de comunicação, seus códigos são distintos e muitas vezes
subjetivos. Ressalta a riqueza e a diversidade da linguagem artística e demonstra que
cada forma de expressão contribui para a comunicação humana, provocando
r

sentimentos, reflexões e interpretações únicas. Disponível em:


Ve

<https://maestrovirtuale.com/linguagem-artistica-caracteristicas-e-tipos/>. Acesso em:


29/01/2024.

As dimensões do conhecimento de Arte


Esse vídeo, do Professor Rafael Pawlina, indicado para a formação de professores
explica, de forma clara e objetiva, os conceitos iniciais das linguagens da arte e as
dimensões do conhecimento, de acordo com a BNCC. Duração: 20’08. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=VsEKINgJjo4>. Acesso em: 29/01/2024.
Arte e tecnologias: letramentos artísticos e linguagens da arte na perspectiva de
uma educação emancipatória
Este artigo, apresentado no 9º Simpósio Internacional de Educação e Comunicação,
destinado aos professores que querem aprofundar seus conhecimentos sobre as
linguagens artísticas, mostra a relevância das linguagens artísticas na
contemporaneidade, a partir das tecnologias e suas implicações na formação dos
estudantes. Disponível em:

ar
<https://eventos.set.edu.br/simeduc/article/view/9481/4125>. Acesso em: 29/01/2024.

Mapa de Foco da BNCC

in
Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada
ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O
objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem
desenvolvidos. Disponível em:

lim
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.

e
Pr
o

r
Ve
8.5. PRÁTICAS EXPERIMENTAIS (CIÊNCIAS E MATEMÁTICA)

O componente curricular Práticas Experimentais é uma atividade integradora de caráter


investigativo, que poderá ser desenvolvido tanto na área de Matemática quanto na área de
Ciências. Práticas Experimentais para o Ensino Fundamental pressupõe um planejamento
que articula os conhecimentos teóricos e conhecimentos práticos, tendo sempre o estudante

ar
como protagonista nas ações de investigar, comparar ou relacionar fatos e fenômenos.

O planejamento deverá relacionar os conhecimentos matemáticos ou científicos à leitura de


mundo, de forma a envolver o estudante e a criar predisposição para se relacionar com as

in
práticas de investigação, exploração e compartilhamento das descobertas.

Para isso, é importante que o professor de Práticas Experimentais desenvolva um trabalho

lim
interdisciplinar, bem articulado com os componentes curriculares de Matemática e Ciências.
São importantes as práticas que envolvem resolução de desafios e de situações reais, pois
para solucioná-los, é preciso incentivar o estudo e a pesquisa, levantar estatísticas, analisar
probabilidades, gráficos e tabelas, concluir; ou seja, construir o conhecimento por meio da
investigação.
e
O professor, também um investigador, será um orientador/mediador de todo o percurso do
Pr
processo de ensino aprendizagem. A sua escuta e seu olhar atento para as necessidades
do estudante contribuirão para a definição de temas que o estudante deseja pesquisar.
Nesse sentido, ele poderá desenvolver projetos escolares, sequências didáticas ou outra
metodologia que instigue o estudante a buscar informações e levantar hipóteses sobre as
situações apresentadas.
o

Também é importante fazer uso dos recursos digitais e tecnologias educacionais


disponibilizadas pela escola, que favorecem tanto a compreensão de conceitos científicos e


matemáticos, como o aprofundamento do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades
digitais aplicadas no seu cotidiano.

Dessa forma, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que os estudantes utilizem


r

instrumentos e busquem informações de forma autônoma, para compreender os fenômenos


Ve

físicos, químicos ou biológicos e resolver as diferentes situações do cotidiano.

Para refletir…

Trabalhar com essa atividade integradora é conscientizar os estudantes da importância de


observar, a partir de suas próprias experiências, as mais diversas situações vividas por ele
no cotidiano e os diferentes fenômenos naturais que o envolvem, instigando-o a uma
participação efetiva nas atividades práticas, com reflexão e criticidade. Esse é o sentido de
desenvolver o protagonismo nas atividades investigativas, em que é o estudante que busca
o conhecimento, expõe opiniões, debate, reflete, cria. Cabe ao professor incentivá-lo,
valorizando toda e qualquer ideia por ele exposta.

E para saber mais…

ar
Pensamento Científico 8º e 9º ano
O documento (Escola da Escolha) expressa a preocupação com o baixo desempenho do
Brasil em Educação Básica, especialmente em Ciências, evidenciado pelos resultados do
PISA. Destaca a importância de espaços de aprendizagem, como laboratórios, bibliotecas e

in
internet, para estimular a pesquisa. Disponível em:
<https://educacao.sedu.es.gov.br/Media/EducacaoSedu/Arquivos/TempoIntegral/ProjetoDeVi
da/Pensamento%20Cient%C3%ADfico%208%C2%BA%20e%209%C2%BA%20ano.pdf>.
Acesso em: 29/01/2024.

lim
A experimentação nas aulas de Ciências
Este caderno (Nova Escola) é um estudo de práticas experimentais em Ciências e enfatiza a
experimentação como forma de aguçar o olhar dos estudantes para a investigação
científica. Apresenta dicas e roteiros para a elaboração de experimentos, facilmente
e
adaptáveis para as práticas experimentais no EFTI. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/cursos/wp-content/uploads/2018/03/NE-cursos_ciencias.pdf>.
Pr
Acesso em: 29/01/2024.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada
ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo
o

é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos.


Disponível em:

<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.

Jogos - LEMA – Laboratório do Ensino de Matemática


O site (UFSC) sugere jogos interessantes, que despertam motivação e trazem uma prática
dinâmica para o trabalho com os estudantes de EFTI. Disponível em:
r

<https://lema.ufsc.br/category/jogos/>. Acesso em: 29/01/2024.


Ve

Jogos no Ensino Fundamental II: 6º ao 9º Ano


Este site (UNESP) trabalha a metodologia de resolução de problemas, com o objetivo de
desenvolver capacidades de compreender o problema, planejar e buscar soluções,
favorecendo uma avaliação crítica das situações. Disponível em:
<https://www.ibilce.unesp.br/#!/departamentos/matematica/extensao/lab-mat/jogos-no-ensin
o-de-matematica/6-ao-9-ano/> Acesso em: 29/01/2024.
4 práticas pedagógicas diferentes para as aulas de Ciências
Este artigo (Centro de Referência em Educação Integral) explora conceitos-chave e práticas
pedagógicas que podem ser adaptadas de acordo com o contexto e a realidade das escolas
e dos estudantes de EFTI. Disponível em:
<https://educacaointegral.org.br/reportagens/4-praticas-pedagogicas-diferentes-para-as-aula
s-de-ciencias/.> Acesso em: 29/01/2024.

ar
in
e lim
Pr
o

r
Ve
8.6. VIVÊNCIAS EM LINGUAGENS

O componente curricular Vivências em Linguagens objetiva a ampliação dos conhecimentos


linguísticos das diferentes linguagens e textos multimodais, de forma a complementar e
suplementar as competências que estão sendo desenvolvidas pelos professores de Língua
Portuguesa e Língua Inglesa da Área de Linguagens do CRMG.

ar
O objetivo do trabalho com esse componente é diversificar e ampliar o repertório linguístico
dos estudantes, fortalecer seu processo de inserção plena e exitosa numa sociedade
letrada, com capacidade de contribuir para a formação humana, histórica, social e cultural.

in
É uma oportunidade de consolidar competências linguísticas, por meio do estímulo à
criatividade e à comunicação correta e eficaz, proporcionando aos estudantes uma vivência

lim
enriquecedora nas diversas formas de linguagem (verbal, corporal, visual, musical).

O planejamento do professor deverá favorecer um trabalho interdisciplinar, com ênfase no


multiletramento e na função social das linguagens. Isso significa desenvolver jogos de
linguagens, competições, projetos, gincanas, sequências didáticas, gamificação, utilização
e
de recursos digitais e educacionais, entre outras estratégias que desafiam o estudante a se
organizar em busca de soluções linguísticas.
Pr
Ressalta-se, nesse contexto, a importância de envolvê-lo nas práticas sociais, com
atividades interativas voltadas para os diferentes gêneros textuais, por exercerem funções
sociais em situações cotidianas de comunicação.

Esta atividade integradora não é uma proposta de trabalho sistemático em sala de aula e
o

nem tem como objetivo ensinar o componente de Língua Portuguesa. O seu objetivo é
formar o estudante para desempenhar suas funções comunicativas nas diferentes esferas

sociais, de forma participativa e cidadã.

Por isso, pressupõe o uso dos diferentes espaços educativos, dentro e fora da escola, para
que ele tenha oportunidades mais amplas de expressar opinião, argumentar, partilhar ideias
r

e sentimentos, enfim, comunicar-se, consciente de seu protagonismo nas diferentes


Ve

vivências em linguagens que a sociedade lhe confere.

Para refletir…

Considerando as práticas de linguagem organizadas pela BNCC (leitura, produção de texto,


oralidade, análise linguística/semiótica), essa atividade integradora traz as inúmeras
possibilidades de desenvolvimento de projetos escolares contextualizados histórica e
culturalmente e que enfatizam o aprender a aprender, a lidar com as informações, intervir
com responsabilidade nas diversas situações vivenciadas e a criar autonomia para a tomada
de decisão. Pense nisso!

E para saber mais…

As concepções de linguagem e seu impacto no ensino de Ciências


O texto destaca a evolução das concepções linguísticas ao longo da história da Linguística,
ressaltando a centralidade da linguagem no processo educacional e enfatizando a

ar
importância do professor compreender as concepções linguísticas na prática educacional,
destacando a necessidade de uma abordagem reflexiva e crítica na formação docente.
Disponível em:
<https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/42/as-concepcoes-de-linguagem-e-seu-im

in
pacto-no-ensino-de-ciencias>. Acesso em: 29/01/2024.

Multiletramentos na escola: veja como aplicar o conceito


Este artigo para o professor (site Portábilis) sugere gêneros textuais multimodais

lim
interessantes que podem contribuir no planejamento da atividade integradora em
tempo integral. Disponível em:
<https://blog.portabilis.com.br/multiletramentos-na-escola/>. Acesso em 29/01/2024.

Mapa de Foco da BNCC


e
Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais para cada
ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo
Pr
é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos.
Disponível em:
<https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc>. Acesso em: 29/01/2024.
o

r
Ve
9. METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

A ampliação da jornada diária dos estudantes do EFTI possibilita aos professores o


desenvolvimento de atividades significativas, diversificadas e contextualizadas com a
utilização de metodologias ativas, que têm o objetivo de incentivar a aprendizagem
autônoma e participativa por meio de problemas e situações reais. Dessa forma, os
professores devem estimular o estudante a ir além dos conceitos apresentados, a debater e

ar
problematizar diferentes situações, tornando-o protagonista do processo de construção de
conhecimento.

in
Destacamos a seguir algumas metodologias e estratégias de trabalho pedagógico
desenvolvidas pelos professores, com o objetivo de proporcionar momentos de discussão e
reflexão necessários a um planejamento comprometido com a garantia dos direitos de

lim
aprendizagem e com a formação integral dos estudantes.

Antes, vale ressaltar que uma das orientações para o trabalho com as atividades
integradoras, muito discutida nesse documento, é a utilização dos diferentes espaços
educativos, não apenas a sala de aula, cujo ambiente também pode proporcionar momentos
e
enriquecedores de aprendizado, quando o planejamento está coerente com a necessidade
da turma e com a expansão do tempo escolar.
Pr
Atividades que consideram os diferentes espaços educativos enriquece a experiência
educacional, pois possibilita a fruição dos movimentos, oferece oportunidades de
aprendizado prático, interação social e conexão com o mundo real. A definição do ambiente
ou do espaço que mais atende aos objetivos de aprendizagem faz parte do planejamento do
o

professor de EFTI.

→ Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras na escola são considerados como atividades lúdicas estruturadas, com
regras definidas, alinhadas aos objetivos de aprendizagem. Eles possibilitam a interação
r

entre os estudantes e oportunizam, ao professor, observar e avaliar o desempenho e o


raciocínio lógico. Também propiciam a construção de novos conhecimentos e aprofundam o
Ve

que já foi trabalhado, podendo ser uma oportunidade de autoavaliação para o estudante.

Os jogos e as brincadeiras oportunizam momentos de leitura e de produção de texto,


desenvolvem o raciocínio lógico, em uma jornada emocionante e cheia de descobertas. Eles
permitem que os estudantes vivenciem, de maneira lúdica, a felicidade, o prazer e a
liberdade de sentir, sonhar, decidir, planejar, aventurar-se e agir. Além disso, incentivam a
reflexão para a superação de desafios e busca de soluções.
→ Dança
A dança é uma dimensão do conhecimento proposta na BNCC e propicia aos estudantes o
desenvolvimento não somente da coordenação motora, mas, principalmente, o
desenvolvimento da linguagem corporal e artística e a autoconsciência de suas ações.

Essa modalidade articula os processos cognitivos às experiências sensíveis dos

ar
movimentos. O estudante tem a oportunidade de observar o que ocorre no corpo, dando
sentido às relações entre a corporeidade, a produção estética e às próprias emoções que a
dança proporciona.

in
É uma atividade prazerosa e deve fazer parte do planejamento dos professores de ensino
integral, no contexto do que se ensina e respeitando suas especificidades. Por isso, o

lim
planejamento dessa atividade não pode se limitar a uma repetição de danças midiáticas ou
de repertórios tradicionais. A dança, como importante instrumento de construção da
cidadania, possibilita diferentes leituras de mundo, desde manifestações populares até as
danças contemporâneas.
e
→ Esporte
Pr
O esporte é uma manifestação que atua de forma relevante para a formação social e
intelectual do estudante, bem como possibilita trabalhar com valores importantes para a
convivência na sociedade. É muito mais que uma atividade de lazer, contribuindo também
para o desenvolvimento dos aspectos relativos à formação humana (cognitivos, físicos,
o

afetivos e sociais).
O professor de EFTI deverá contribuir para que os estudantes potencializem suas

habilidades e se reconheçam ao aprender técnicas esportivas relativas aos objetos de


conhecimento trabalhados pelo professor do componente curricular de Educação Física
(esportes de campo, rede/parede, de precisão, invasão, etc.), respeitando o contexto de
Anos Iniciais ou Finais.
r
Ve

→ Tecnologia e Inovação
Considerando a realidade de cada escola, as inovações tecnológicas devem ser
estrategicamente incorporadas às aulas, possibilitando uma aprendizagem mais envolvente
e transformando a forma como os estudantes aprendem e como os professores ensinam.

As plataformas de ensino online, aplicativos, jogos educativos, atividades interativas, entre


tantas que já fazem parte do cotidiano do professor, podem tornar o processo de
aprendizagem mais atrativo e acessível, além de criar um ambiente inclusivo, estimulante e
transformador.

A tecnologia pode se tornar uma aliada no processo educacional, possibilitando


experiências de comunicação e informação em tempo real.

Ressalta-se que recursos tecnológicos, redes sociais, aplicativos de mensagens, etc., na


educação, devem ser usados com intencionalidade pedagógica, para promover a

ar
aprendizagem significativa.

in
→ Oficinas de Leitura e produção de textos
É fundamental, no EFTI, promover oficinas específicas para o aprimoramento da leitura e
escrita e consolidação das habilidades linguísticas, seja por meio de sequências didáticas

lim
e/ou projetos ou qualquer outra metodologia que incentive a reflexão, a pesquisa, a busca
de conhecimentos, o aprender a aprender.

A sua contribuição está diretamente relacionada ao desenvolvimento e domínio das


habilidades de leitura e escrita, da oralidade, da expressividade, o que capacita os
e
estudantes a se comunicarem efetivamente em diferentes contextos. Ressalta-se o estímulo
à criatividade, ao pensamento crítico e à curiosidade intelectual.
Pr
Ler permite desenvolver o raciocínio, o vocabulário e a capacidade de interpretação.
Escrever envolve mecanismos discursivos, habilidades mentais e sensoriais, atreladas a
diversos conhecimentos.
o

→ Gamificação

A gamificação na escola se refere ao uso de elementos e técnicas de jogos digitais, como


avatares, desafios, rankings, prêmios, etc., em contextos diferentes da sua proposta original,
com o objetivo de incentivar a aprendizagem dos estudantes. Ela incorpora características
típicas de jogos, como pontos, recompensas, competição, desafios e narrativas, em
r

atividades do mundo real. O principal propósito da gamificação é tornar tarefas ou


Ve

processos mais envolventes, divertidos e motivadores, estimulando a participação ativa e o


aprendizado.

Na gamificação, é comum o sentimento de competição, de conquista de níveis ou pontos,


resolução de desafios, recebimento de recompensas. Assim, todos os estudantes precisam
estar engajados na proposta do jogo, conhecer as regras e os objetivos de cada ação ou
tarefa.
A gamificação deve ser planejada de forma consciente, não aleatória. É essencial que essa
abordagem esteja alinhada com os objetivos de aprendizagem, garantindo sua contribuição
efetiva para a consolidação do conhecimento.

→ Aprendizagem Baseada em Problemas


Planejar coletivamente projetos educacionais que envolvam atividades práticas e

ar
contextualizadas proporciona aos estudantes uma abordagem mais dinâmica e significativa
para a aprendizagem dos diversos saberes. Para isso, as situações problema precisam ser
definidas com a turma, de acordo com a necessidade e interesse dos estudantes.

in
A organização da turma para essa abordagem é fundamental no processo educacional, pois
a forma escolhida precisa incentivar a colaboração, a troca de ideias e a interação social.

lim
Seja por meio de grupos heterogêneos, individualmente ou em duplas, o importante é que
os estudantes tenham interesses ou necessidades comuns. Caberá ao professor direcionar
o trabalho e orientar a pesquisa, incentivando a exploração e o aprofundamento dos
conhecimentos. e
Essa abordagem não apenas amplia o repertório de conhecimento dos estudantes, mas
também estimula a capacidade de autorregulação, desenvolvendo o protagonismo, a
Pr
autonomia e a responsabilidade, visto que os estudantes devem definir seus objetivos e
buscar estratégias para gerenciar seu próprio tempo e suas ações.

A organização da turma para o trabalho pressupõe um ambiente dinâmico de


aprendizagem, em que os estudantes podem aplicar conceitos teóricos em situações
o

práticas, desenvolvendo assim, uma compreensão mais profunda e contextualizada do


conteúdo. Essa abordagem colaborativa não apenas fortalece os laços entre os estudantes,

mas também prepara os alunos para enfrentar desafios de maneira cooperativa.

→ Práticas de Campo
r

O trabalho de campo é uma prática investigativa que possibilita a vivência do estudante com
Ve

o intuito de aprofundar os saberes e os conhecimentos. Além de preparar o estudante para


intervir na sociedade, favorece o protagonismo e a autonomia, bem como estimula
discussões sobre o seu projeto de vida.

As estratégias envolvem questionamentos, observação, descoberta, coleta de dados e


informações, análise de dados, relatório conclusivo, permitindo ao professor de EFTI
reflexões importantes para reconhecimento de fatos e fenômenos da forma que ocorrem no
mundo real e, ao estudante, a vivência dos conhecimentos teóricos aprendidos.
Seja qual for o espaço educativo escolhido para o trabalho em campo, é importante que o
professor estimule os conhecimentos prévios do estudante, sua curiosidade e formas de
percepção do ambiente.

As práticas de campo envolvem os estudantes em atividades diferenciadas, interativas, que


vão além dos muros da escola, possibilitando compreender o meio social e cultural da
sociedade em que vive, por meio de diferentes perspectivas.

ar
→ Sequências didáticas

in
O desenvolvimento das sequências didáticas, no EFTI, são imprescindíveis pela sua
característica de não tratar o conhecimento de forma fragmentada, entendendo que os
diversos saberes apresentam-se de forma integrada e interdisciplinar.

lim
De acordo com Zabala (1998), sequência didática é “uma série ordenada e articulada de
atividades que formam as unidades didáticas”. Nas práticas de EFTI, que pressupõem um
trabalho totalmente voltado para o letramento (gêneros textuais) e na perspectiva da
interdisciplinaridade, o planejamento das atividades poderá ser feito junto com os
e
estudantes, a partir de seus conhecimentos prévios, considerando temas que são
significativos para a vida, que apresentem desafios cognitivos de acordo com o
Pr
desenvolvimento da turma, que realmente ensinem a aprender a aprender.

O importante é engajar os estudantes na proposta, por meio da escolha correta dos espaços
educativos e de estratégias pedagógicas que atendam ao contexto e às necessidades de
aprendizagem.
o

→ Projetos Escolares
A proposta dos projetos escolares é trazer a vida real para a escola. Ou seja, é articular os
conhecimentos escolares às diversas propostas sociais.
r

Para planejar um projeto escolar, que tem caráter essencialmente interdisciplinar por
provocar questionamentos relacionados a todas as áreas de conhecimento, é necessário
Ve

discutir com os estudantes o tema e a sua pertinência para a vida real, os conhecimentos
envolvidos e as estratégias de trabalho, a organização da turma, os procedimentos
necessários, as formas de avaliar, o que se pretende conhecer, entre outros elementos, os
quais contribuirão para que o professor defina, em seu planejamento, os aspectos
conceituais, procedimentais e atitudinais que pretende desenvolver.

Ao elaborar a proposta, o professor explicita o tema, bem como os objetivos, a justificativa, a


metodologia a ser desenvolvida, as atividades, as formas de acompanhamento e avaliação
da aprendizagem, até a última etapa, que é a finalização ou culminância.

O trabalho com projetos escolares pressupõe a mediação de um professor que provoca, que
instiga a curiosidade do estudante, que amplia seus saberes e que o orienta para o
protagonismo nas ações, motivando-o na busca dos conhecimentos e na construção de seu
projeto de vida.

ar
in
e lim
Pr
o

r
Ve
10. ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL NAS ESCOLAS DE EFTI

Os critérios e procedimentos para inscrição, classificação e convocação de candidatos para


o exercício de função pública na Rede Estadual de Ensino em 2024 estão definidos na
Resolução SEE nº 4.920 de 06 de outubro de 2023 e as normas para organização do
quadro de pessoal das Escolas Estaduais estão na Resolução SEE nº 4.925 de 10 de

ar
novembro de 2023.

Assim, as escolas que possuem 4 (quatro) turmas ou mais de Ensino Fundamental em


Tempo Integral têm direito a um Especialista em Educação Básica Coordenador. O EEB

in
Coordenador cumprirá a carga horária de 24 (vinte e quatro) horas semanais e deverá
atender, alternadamente, aos dois turnos. Já o EEB sujeito à carga horária de 40 (quarenta)
horas semanais ocupará duas vagas e cumprirá sua jornada conforme disposições da

lim
Resolução SEE nº4.945 de 28 de dezembro de 2023.

Lembramos que os critérios e diretrizes referentes aos procedimentos para inscrição e


classificação de candidatos à contratação/convocação temporária para o exercício de
funções nas escolas indígenas e turmas indígenas vinculadas às escolas não indígenas da
e
Rede Estadual de Ensino da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais estão
dispostos na Resolução SEE nº 4.946 de 29 de dezembro de 2023.
Pr
A equipe gestora da escola deverá atentar-se às disposições legais e orientações
encaminhadas pela SEE/MG para garantir a efetividade das diretrizes teóricas e
operacionais da educação integral na rede, acompanhando sistematicamente a prática
pedagógica desenvolvida pela equipe docente.
o

Ao ingressar no quadro de pessoal da escola como professor de EFTI, o profissional deve


ter conhecimento de suas habilidades para exercer o acolhimento, que é uma ação
pedagógica que integra os estudantes à escola, com o intuito de desenvolver o sentido de
pertencimento e fortalecer os vínculos com os profissionais. Além disso, deve exercer a
pedagogia da presença, a qual, por meio da presença ativa e comprometida do educador,
r

possibilita ao estudante desenvolver o seu protagonismo, a liberdade de expressão, a


Ve

criatividade e a proatividade.

Quanto às habilidades pertinentes ao exercício da docência, ele deverá ter conhecimento de


que o desenvolvimento de seu trabalho pressupõe a utilização de diferentes e diversos
espaços educativos, de que precisa estar articulado ao trabalho dos professores da
formação básica, deverá também ter conhecimento das orientações e dos aspectos
descritos nas ementas da sua atividade integradora (itens 7 e 8), portanto, apto a:
Desenvolver atividades de investigação e experimentação,
por meio de jogos, brincadeiras, desafios, ferramentas
Práticas tecnológicas, entre outros recursos que exigem a busca de
Experimentais
soluções para as diferentes situações vivenciadas na
(Matemática/Ciências) sociedade contemporânea, citadas na ementa.

Proporcionar uma vivência enriquecedora nas diversas

ar
formas de linguagem (verbal, corporal, visual, musical),
envolvendo as diferentes áreas de conhecimento, por meio
de jogos, produção de diversos textos multimodais, projetos,
Vivências em gincanas, sequências didáticas, gamificação, entre outras

in
Linguagens estratégias desafiadoras, na perspectiva do letramento.

Desenvolver técnicas de aprendizagem e gerenciamento do

lim
tempo, técnicas de memorização, utilizar recursos multimídia
diversificados considerando a abordagem a ser feita e de
acordo com as necessidades da turma e disponibilidade da
Estudos Orientados escola, entre outras estratégias já citadas na ementa. Para
garantir um planejamento coerente e de fato fortalecer as
aprendizagens, o trabalho precisa estar articulado com os
e
professores dos diferentes componentes curriculares, de
forma a contribuir com o desenvolvimento das tarefas
escolares.
Pr
Identificar as competências, habilidades e atitudes que
devem ser desenvolvidas na busca do projeto de vida do
estudante, estimulando-o a conhecer-se, a questionar, a
compreender sua relação com o mundo e a refletir sobre as
consequências de suas escolhas. Abordar temas e planejar
o

atividades que promovam o autoconhecimento, o


Projeto de Vida desenvolvimento das competências socioemocionais, valores

morais, autonomia e protagonismo dos estudantes.


Promover debates e discussões que envolvem dilemas
éticos e morais, estimulando a reflexão sobre as escolhas,
decisões e suas consequências.
r

Promover atividades que possibilitem ao estudante


Ve

reconhecer os limites e potencialidades de seu corpo, bem


como desenvolver valores relativos à boa convivência,
cooperação, respeito às formas de expressão, entre outros.
Corpo e Movimento
Desenvolver experiências lúdicas e educativas, que
estimulem a consciência corporal, a expressividade e o prazer
pelo movimento, por meio de um ambiente dinâmico e
inclusivo.
Nivelamento em Analisar resultados de avaliações diagnósticas e formativas,
Língua Portuguesa entre outras, para um planejamento coerente com as reais
necessidades dos estudantes.
Desenvolver atividades de recomposição das habilidades de
leitura e escrita não consolidadas em anos anteriores, numa
perspectiva de letramento, para favorecer sua inserção nas
práticas sociais.
Planejar na perspectiva da interdisciplinaridade, a partir de
metodologias que incentivam reflexão, análise e construção

ar
ou consolidação dos conhecimentos.

Desenvolver práticas esportivas, brincadeiras e atividades

in
recreativas, aprofundando o conhecimento de suas
potencialidades e a consciência crítica do seu corpo e de seus
movimentos e aprimorando as funções cognitivas e as
habilidades motoras. Explorar conceitos mais avançados,

lim
integrando, de maneira significativa, às diferentes dimensões
Cultura Corporal do do ser humano e ao mundo real. Desenvolver práticas que
Movimento trazem desafios, que estimulem a autodisciplina, a reflexão
crítica, a conscientização corporal, de forma lúdica, porém
sistematizada.
Linguagens
Artísticas
e
Articular as diferentes linguagens e suas expressões de
forma interdisciplinar, criando possibilidades para o
desenvolvimento do saber estético e artístico dos estudantes,
Pr
a partir de seus conhecimentos e vivências.
Promover a imersão dos estudantes nas diversas formas de
expressão artística, numa abordagem lúdica e interativa.
Articular as atividades com o desenvolvimento de valores,
como o respeito à diversidade, às diversas formas de
expressão artística, à liberdade de se expressar, criar,
apreciar. Favorecer a livre expressão de emoções e
o

sentimentos. Contribuir para a ampliação de seu repertório


cultural.
r sã
Ve
11. FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DO EFTI

Para o fortalecimento das ações do EFTI, a equipe pedagógica deve reafirmar o


compromisso com um trabalho coletivo, em que todos os atores se sintam envolvidos no
processo educacional e possam contribuir para a construção de uma formação integral,
com a responsabilidade que exige essa modalidade de ensino.

ar
Para isso, esse documento orientador propõe algumas ações/atribuições de cada
segmento, as quais contribuem para uma reflexão sobre as práticas pedagógicas
desenvolvidas no espaço educativo e podem subsidiar o planejamento de aula do

in
professor.

Ações/Atribuições

lim
SRE Conhecer, estudar, orientar e divulgar os documentos que
norteiam o EFTI - Implementação da Matriz Curricular,
Documento Orientador, bem como acompanhar a implementação
da proposta junto às escolas;
e
Acompanhar o planejamento, execução e análise dos resultados
das avaliações diagnósticas e formativas;
Pr
Monitorar o processo de ensino e aprendizagem, bem como as
ações de intervenção pedagógica dos estudantes, garantindo que
as metodologias e didáticas desenvolvidas estão de acordo com
as orientações pedagógicas;
o

Propor, junto com o EEB/Especialista Coordenador, estratégias e


metodologias assertivas, considerando as necessidades da turma
e do professor;

Propor à equipe pedagógica o registro e a socialização das boas


práticas das atividades integradoras, num trabalho conjunto com
o EFTI/SEE;
Atender às diferentes demandas das escolas, garantindo a
r

efetividade das ações pedagógicas;


Ve

Participar de encontros, reuniões e formações propostas pelo


EFTI/SEE, conforme demanda.
Diretor Estudar, divulgar e orientar os professores para a implementação
da proposta pedagógica do EFTI e da Matriz Curricular,
conforme orientações constantes do Documento Orientador;
Reunir com o EEB/Especialista Coordenador e monitorar o
cumprimento das decisões tomadas nas reuniões;
Reunir com EEB/Especialista Coordenador e com os professores
para o planejamento de ações relacionadas às atividades

ar
integradoras, à recomposição das aprendizagens e às
intervenções pedagógicas;
Incentivar e possibilitar aos professores a elaboração de um
planejamento inovador, por meio de metodologias ativas;

in
Reunir com a equipe de professores, sistematicamente, para
acompanhar o planejamento e o desenvolvimento das ações, de
acordo com as necessidades de aprendizagem dos estudantes e

lim
conforme os documentos que norteiam o EFTI;
Atender às diferentes demandas da escola, conforme orientação
da SRE;
Participar de encontros, reuniões e formações propostas pelo
EFTI/SRE, quando solicitado.
e
EEB / Estudar, orientar e promover a capacitação dos professores para
a implementação da proposta pedagógica, conforme o
Pr
Especialista
Documento Orientador;
Coordenador
Acompanhar o planejamento dos professores e propor inovações,
a fim de desenvolver ações pedagógicas de acordo com os
documentos que norteiam o EFTI;
o

Propor estratégias e metodologias diferenciadas, garantindo a


articulação entre os componentes curriculares do EFTI e o Para o
fortalecimento das ações do EFTI, a equipe pedagógica deve reafirmar o

compromisso com um trabalho coletivo, em que todos os atores se


sintam envolvidos no processo educacional e possam contribuir para a
construção de uma formação integral, com a responsabilidade que
exige essa modalidade de ensino.
r

Para isso, esse documento orientador propõe algumas


ações/atribuições de cada segmento, as quais contribuem para uma
Ve

reflexão sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas no espaço


educativocurrículo básico, tendo como foco as competências
socioemocionais;
Promover momentos coletivos de planejamento e troca de
experiências que garantam a ampliação das experiências
curriculares;
Planejar junto com o diretor as reuniões com os professores e
pais/responsáveis dos estudantes, para fortalecimento do ensino
integral;
Articular e promover a realização de atividades extraclasse com
os professores;
Acompanhar e atender às demandas dos professores e garantir
que a proposta pedagógica da educação integral seja efetivada;
Participar de encontros, reuniões e formações propostas pelo

ar
EFTI, quando solicitado.

in
Professor Apropriar-se e implementar a proposta do Documento Orientador;
Articular e elaborar com os demais professores o
desenvolvimento de projetos e atividades que incentivem o

lim
processo criativo dos estudantes, por meio de metodologias
diversificadas e a utilização de diferentes espaços educativos;
Desenvolver processos de avaliação qualitativa, utilizando os
diversos instrumentos de avaliação, conforme Resolução xxxxxx.
e
Discutir com o EEB/Especialista Coordenador as demandas e
dificuldades da turma/estudantes, planejando e elaborando
estratégias para garantir a consolidação das competências e
Pr
habilidades;
Participar de reuniões de planejamento e realizar atividades
extracurriculares no ambiente escolar e/ou fora da escola;
Realizar avaliação contínua, dar feedback e replanejar as ações,
quando necessário;
o

Participar de encontros, reuniões e formações propostas pelo


EFTI, quando solicitado.

Essas e outras ações e procedimentos, desenvolvidos na perspectiva da coletividade


escolar, certamente, fortalecem a escola, porque criam uma atmosfera de confiança e
r

uma conexão positiva e de qualidade com as famílias e com a comunidade escolar.


Ve
12. ORGANIZAÇÃO DO INTERVALO ENTRE TURNOS

De acordo com a Resolução SEE nº 4.925/2023, que organiza o Quadro de Pessoal nas
escolas da rede pública estadual, a escola que oferta EFTI terá direito a um professor por
turma para acompanhamento do horário de almoço, cumprindo uma hora por dia,
totalizando a carga horária de 6 horas/aula por semana ou 1h30 por dia totalizando 9
horas/aula por semana.

ar
O intervalo entre os turnos, que inclui o horário de almoço, precisa ser compreendido como
uma etapa do trabalho escolar e se configura como uma ação educativa. Por isso, as

in
ações devem ser discutidas, planejadas e devem fazer parte do PPP da escola.

O planejamento, construído junto com os estudantes, que também prevê organização do


tempo e das ações escolares, deve focar atividades relativas à alimentação, higienização e

lim
relaxamento dos estudantes. São ações organizadas, vistas como momentos de
aprendizagem, prevalecendo a comunicação, o diálogo, a ludicidade, o prazer coletivo.

Nesse sentido, a higienização, que envolve a organização da turma para lavar as mãos,
escovar os dentes, entre outras, possibilita a abordagem de temas fundamentais sobre
e
saúde e higiene pessoal. A alimentação está muito relacionada com a saúde e, em
conversa informal, o professor poderá levantar hipóteses e questionamentos sobre o tipo
Pr
de alimentação de cada um dos estudantes, os hábitos alimentares, valores nutricionais,
entre outros.

É fundamental que neste tempo os estudantes tenham a oportunidade de utilizar diferentes


espaços escolares, favorecendo o descanso, os momentos de interação com outros
o

colegas e a realização de atividades de lazer.


O tempo destinado ao relaxamento deve propiciar descanso físico e mental, portanto, é


importante atender ao que os estudantes demandam neste momento, incentivando as
conversas informais, as práticas de descontração, as dinâmicas, a contação de histórias
e/ou piadas, brincadeiras, entre outras.
r

Ressalta-se a importância da equipe escolar acompanhar e monitorar o intervalo entre


Ve

turnos, garantindo que as atividades desenvolvidas sejam realmente utilizadas para o fim
a que se destinam.
13. ORGANIZAÇÃO DO EFTI NAS ESCOLAS INDÍGENAS

O Ensino Fundamental em Tempo Integral - EFTI, nas escolas indígenas, deve ser um
espaço de construção de relações interétnicas, orientadas para a manutenção da
pluralidade cultural, pelo reconhecimento de diferentes concepções pedagógicas e pela
afirmação dos povos indígenas como sujeitos de direitos: formas próprias de organização

ar
social de saberes e transmissão cultural para as gerações futuras, enfatizando as línguas,
conhecimentos e culturas indígenas, seus valores simbólicos, tradições, conhecimentos e
processos de constituição.

in
Excepcionalmente, nas escolas indígenas, as turmas dos anos iniciais do Ensino
Fundamental em Tempo Integral serão organizadas do 1º ao 5º ano observando-se, para
enturmação, a demanda de estudantes atendidos em cada escola. A organização desta

lim
oferta será de responsabilidade do gestor escolar juntamente com a SRE, não
dispensando o diálogo com a comunidade indígena e suas lideranças. As atividades
poderão ser realizadas em sala de aula, bem como em espaços educacionais alternativos,
de convivência e sociabilidade de cada comunidade indígena, localizados em seus
e
territórios, para o atendimento aos estudantes pertencentes a essas comunidades.

A matriz curricular do EFTI nas escolas indígenas é publicada em resolução própria,


Pr
sendo ela direcionada para o atendimento específico da modalidade. A sua construção
segue as premissas de organização estabelecidas para a rede, não dispensando as
singularidades existentes. Nesse sentido, as orientações pedagógicas apresentadas neste
documento quanto aos componentes curriculares das Atividades Integradoras do EFTI
o

configuram-se em referencial para a prática docente. O planejamento desses


componentes deve alinhar-se aos demais conceitos e conteúdos da matriz curricular e

deve contemplar os valores e princípios da Educação Escolar Indígena. Os materiais


didático-pedagógicos precisam ser elaborados com a participação das lideranças e da
comunidade e devem considerar os hábitos, os costumes e o contexto sociocultural e
econômico do território de cada povo indígena.
r
Ve

O Ensino Fundamental em Tempo Integral nas escolas indígenas também poderá ser
ofertado por meio de oficinas, a depender da opção definida pela liderança indígena e
comunidade escolar. O desenvolvimento pedagógico deve se constituir em um espaço de
construção de relações interétnicas, orientadas para a manutenção da pluralidade
cultural, pelo reconhecimento de diferentes concepções pedagógicas e pela afirmação
dos povos indígenas como sujeitos de direitos.

Nessa perspectiva, para essas escolas, a organização do EFTI deverá fundamentar-se e


orientar-se pelas Diretrizes para o Ensino Fundamental em Tempo Integral das escolas
indígenas. É importante destacar que a escola possui autonomia para escolher quais
atividades serão ofertadas e o desenvolvimento e condução dos conteúdos devem
considerar, valorizar e potencializar as formas próprias de organização social e
transmissão de saberes para as gerações futuras, enfatizando as línguas, os
conhecimentos e culturas indígenas, seus valores simbólicos, tradições e processos de

ar
constituição da memória e identidade.

Quanto ao processo de avaliação, ressaltamos que, além dos aspectos qualitativos e


quantitativos apresentados neste Documento Orientador, nas escolas indígenas é

in
fundamental considerar os aspectos processuais, diagnósticos, formativos, dialógicos e
participativos, considerando o direito de aprender, as experiências de vida do estudante e
suas características culturais específicas. Dessa forma, nas avaliações propostas pelos

lim
professores poderão ser desenvolvidas práticas que possibilitem a reflexão de suas ações
pedagógicas, orientando e reorientando-as ao aprimoramento de projetos educativos
próprios à lógica indígena.

Lembramos que os critérios e diretrizes referentes aos procedimentos para inscrição e


e
classificação de candidatos à contratação/convocação temporária para o exercício de
funções nas escolas indígenas e turmas indígenas vinculadas às escolas não indígenas
Pr
da Rede Estadual de Ensino da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais estão
dispostos na Resolução SEE nº 4.946 de 29 de dezembro de 2023.

Orientações sobre diretrizes e legislação referentes à educação em escolas indígenas


devem ser encaminhadas à equipe da Coordenação de Educação do Campo, Indígena e
o

Quilombola, integrante da Diretoria de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais pelo


e-mail: dmte.ciq@educacao.mg.gov.br.

r
Ve
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A SEE/MG reconhece o grande potencial dos profissionais da educação e a


responsabilidade que todos têm no desenvolvimento de um trabalho comprometido com
cada comunidade escolar.

ar
O apoio das Superintendências Regionais de Ensino - SRE na implementação e
monitoramento das ações e orientações aqui propostas e na articulação, principalmente
entre as escolas, de momentos formativos para a troca de experiências e de práticas

in
exitosas, é essencial para a política de educação integral na rede estadual de ensino. Por
isso, é imprescindível que os profissionais - sobretudo os professores, o EEB, o

lim
EEB/Especialista Coordenador e gestores escolares - estudem e se apropriem das
orientações desse documento, para que o planejamento e o desenvolvimento das ações
pedagógicas sejam coerentes com a realidade do território da escola, as potencialidades
e necessidades formativas dos estudantes.
e
Considerando o objetivo precípuo de garantir o desenvolvimento cognitivo e
socioemocional de cada estudante, ou seja, seu o desenvolvimento integral e também as
Pr
transformações características de cada fase de vida, é importante oferecer acolhimento
diário a cada estudante de todos os anos de escolaridade por meio de atividades
sistemáticas que envolvam os estudantes, professores, servidores, pais/responsáveis e
comunidade local durante todo o ano letivo. Destacamos que, aos estudantes do 6º ano,
que iniciam um novo ciclo no Ensino Fundamental e aos estudantes que se encontram
o

no 9º ano, que precisam se preparar para os desafios do Ensino Médio, é preciso um


acolhimento especial, reiterando o apoio da escola na construção do seu Projeto de Vida.

Enfim, ressaltamos que a proposta pedagógica para a Educação Integral visa não
somente à garantia dos direitos de aprendizagem e ao desenvolvimento das
competências e habilidades previstas no CRMG, mas também à ampliação e
r

diversificação das vivências e experiências formativas de forma a possibilitar o sucesso


Ve

do estudante em toda a sua trajetória escolar e contribuir para o seu protagonismo nas
diferentes situações e desafios da sociedade contemporânea.
REFERÊNCIAS

BARBOSA, Christian. A tríade do tempo. Editora BUZZ, 2018.

​ BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental.


MEC/Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 26/01/2024.

ar

​ BRASIL. Institui os procedimentos de priorização e critérios de seleção de propostas de
reforma e ampliação de unidades escolares e aquisição de mobiliário para atendimento de
demandas do Programa Escola em Tempo Integral. Resolução Nº 26, de 24 de novembro de
2023.

in
<resolucao-no-26-de-24-de-novembro-de-2023-resolucao-no-26-de-24-de-novembro-de-2023-dou-im
prensa-nacional.pdf (www.gov.br)>. Acesso em: 26/01/2024.

​ BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Currículos e Educação

lim
Integral. Manual Operacional de Educação Integral. Brasília/DF 2012. 80p. Disponível em:
<portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11452-manual-operaciona
l-de-educacao-integral-2012-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 26/01/2024.

​ ICE - Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Caderno Modelo Pedagógico – Eixos
Formativos, 2. Ed. Recife: 2019. Disponível em:


e
https://icebrasil.org.br/wp-content/uploads/2022/03/EM-apresentacao-v1.pdf. Acesso em: 29/01/2024.

​ MAZZOCO, Bruno. Nova escola - Investigação científica é essencial em todas as etapas de


Pr
ensino. 2023. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/21673/investigacao-cientifica-e-essencial-em-todas-as-etapas-de-
ensino. Acesso em: 26/01/2024.

​ MINAS GERAIS. Currículo Referência de Minas Gerais. Secretaria de Estado de Educação de Minas
Gerais. Minas Gerais, 2018. Disponível em: <https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/ Acesso
o

em: 10 jan. 2024.>. Acesso em: 26/01/2024.



​ MINAS GERAIS. Currículo Referência de Minas Gerais. Secretaria de Estado de Educação de

Minas Gerais. Minas Gerais, 2024. Disponível em:


https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em:
25/01/2024.

​ REÚNA, Instituto. Mapa de Foco da BNCC. Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção
de habilidades focais para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
r

Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a


Ve

serem desenvolvidos. Disponível em: https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.


Acesso em: 26/01/2024.

​ REÚNA, Instituto. Material de apoio ao professor para recomposição das aprendizagens dos
estudantes. Fichas para o planejamento dos educadores de Língua Portuguesa e Matemática para o
Ensino Fundamental. 2024. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/conteudo/material-de-apoio-ao-professor-para-recomposicao-das-ap
rendizagens-dos-estudantes. Acesso em: 26/01/2024.

​ REÚNA, Instituto. Material de apoio Seleção de habilidades focais para cada ano do Ensino
Fundamental de acordo com a Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Seu objetivo é ajudar a
orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos que estão sendo produzidos por redes de
ensino. Disponível em: https://www.institutoreuna.org.br/ferramentas/mapas-de-foco-bncc. Acesso
em: 26/01/2024.

​ SAE Digital conhecimento.fgv.br. Gamificação na educação: o que é e como ser aplicada Disponível
em: <conhecimento.fgv.br>. Acesso em: 26/01/2024.

​ SENNA, Instituto Ayrton. Competências socioemocionais dos estudantes. Disponível em:
https://institutoayrtonsenna.org.br/o-que-defendemos/competencias-socioemocionais-estudantes/?ga

ar
d_source=1&gclid=CjwKCAiAk9itBhASEiwA1my_65d2kQwUmMthofFlOKMndgSpgluwu0hQaShiSm5
Fz4tr_Bm7tV3TsxoCalsQAvD_BwE Acesso em: 26/01/2024.

​ ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

in
e lim
Pr
o
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Ve
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o
Pr
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in
ar
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM MINAS GERAIS
2.1 EIXOS FORMATIVOS DO MODELO
● FORMAÇÃO ACADÊMICA DE EXCELÊNCIA
● FORMAÇÃO PARA A VIDA

ar
● FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI
2.2 PRINCÍPIOS EDUCATIVOS
● PEDAGOGIA DA PRESENÇA

in
● QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO
● EDUCAÇÃO INTERDIMENSIONAL
● PROTAGONISMO

e
3.2 ACOLHIMENTO MARCO ZERO
3.3 ACOLHIMENTO DIÁRIO
lim
3. CADERNO ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL
3.1 PRÁTICAS E AÇÕES EDUCATIVAS
Pr
3.4 CLUBES DE PROTAGONISMO
3.5 REPRESENTANTE DE TURMA
3.6 PROJETO DE VIDA
3.7 AS ATIVIDADES INTEGRADORAS (Parte Diversificada do Currículo)
o

3.7.1 NIVELAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA E NIVELAMENTO EM


MATEMÁTICA

3.7.2 ELETIVAS
3.7.3 PRÁTICAS EXPERIMENTAIS
3.7.4 LABORATÓRIO DE APRENDIZAGENS
r

3.7.5 ESTUDOS ORIENTADOS


Ve

3.7.6 PESQUISA E INTERVENÇÃO – EMTI PROPEDÊUTICO


3.8. MODELO DE GESTÃO - EMTI
3.8.1 A EQUIPE ESCOLAR ATUANDO A PARTIR DA TGE
3.8.2 OS PRINCÍPIOS DE GESTÃO NO EMTI
3.8.3 OS CONCEITOS DE GESTÃO NO MODELO EMTI
3.8.4 PLANEJAMENTO E OPERACIONALIZAÇÃO
3.8.5 PLANO DE AÇÃO
3.8.6 REGISTRO DO PLANO DE AÇÃO DA PLATAFORMA SIGAE
3.8.7 REGISTROS E RELATÓRIOS
3.9 PAPÉIS E ATRIBUIÇÕES– DIRETOR(A), ESPECIALISTA EM
EDUCAÇÃO BÁSICA COORDENADOR(A) GERAL DO EMTI - EEBCG OU
PROFESSOR(A) COORDENADOR(A) GERAL – PCG - DO(A)
PROFESSOR(A) COORDENADOR(A) DE CURSO EMTI PROFISSIONAL E

ar
DEMAIS PROFESSORES (AS) DO EMTI
3.10 REUNIÕES DE FLUXO
3.11 OS GUIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

in
● PARA OS ESTUDANTES
● PARA OS PROFESSORES

lim
● PARA OS PAIS
● GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM – COMO FAZER

3.12 ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL PROFISSIONAL


e
3.13 ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE HORÁRIO NAS ESCOLAS DE EMTI
3.14 AVALIAÇÕES
Pr
● AVALIAÇÕES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS
● AVALIAÇÕES NA FORMAÇÃO GERAL BÁSICA
3.15 CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO
3.16 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AS ESCOLAS DE EMTI
o

3.17 REFERÊNCIAS

ENSINO FUNDAMENTAL EM TEMPO INTEGRAL


r
Ve
1. INTRODUÇÃO

O Programa de Educação em Tempo Integral de Minas Gerais, em consonância com o a


Lei Federal nº 14.640, que institui o Programa Escola em Tempo Integral, tem o

ar
compromisso de promover a formação integral e a inclusão social dos adolescentes e
jovens, propiciar-lhes oportunidades de desenvolvimento humano e de exercício
efetivo da cidadania, além de trabalhar um conteúdo pedagógico voltado para a

in
formação educacional de excelência, conforme a regulamentação da Base Nacional
Comum Curricular.

lim
Sendo assim, o Programa de Educação em Tempo Integral de Minas Gerais compartilha
da necessidade de uma Educação Integral do estudante para além do tempo, pautado
nos seguintes objetivos:
1. Formação Integral dos Estudantes: promove a formação integral dos estudantes.
e
Isso significa não apenas aspectos acadêmicos, mas também, aspectos sociais,
emocionais e os relacionados à cidadania considerados essenciais para o
Pr
desenvolvimento dos alunos.
2. Inclusão Social: promove a inclusão social dos adolescentes e jovens. Isso implica
oferecer oportunidades para o desenvolvimento humano e o exercício efetivo da
cidadania.
o

3. Desenvolvimento Humano: proporciona oportunidades de desenvolvimento


humano, preparando os estudantes para os desafios do século XXI. Isso envolve não
apenas a aquisição de conhecimentos acadêmicos, mas também, o desenvolvimento
de habilidades socioemocionais, competências e valores importantes para a vida.
r

4. Alinhamento com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC): destaca a


Ve

importância de seguir a regulamentação da Base Nacional Comum Curricular,


indicando um compromisso com padrões educacionais nacionais.
5. Gestão Participativa e Transparência: destaca a importância da gestão participativa,
envolvendo a comunidade na tomada de decisões educacionais, e a transparência na
utilização dos recursos.
6. Ênfase no Protagonismo Juvenil: valoriza o protagonismo juvenil, incentivando os
estudantes a serem sujeitos ativos de sua própria educação. Isso implica desenvolver
habilidades de liderança, autonomia, tomada de decisões e resolução de problemas
reais na escola e na comunidade.
7. Modelo Pedagógico centrado no Jovem e seu Projeto de Vida: adota um modelo
pedagógico centrado no estudante, com foco no desenvolvimento de seu Projeto de

ar
Vida, visando a formar jovens autônomos, solidários e competentes.

in
De acordo com o Programa Nacional Escola em Tempo Integral:

O desenvolvimento integral é um processo contínuo, ao longo da vida, e expressa a


multidimensionalidade humana, ou seja, a existência e interdependência das

lim
dimensões física, intelectual, emocional, social e cultural na constituição da pessoa.

É também um processo singular que ocorre na vida de cada um e ao mesmo tempo


experiência histórica e social construída e ressignificada nos mais diversos espaços,
como famílias, comunidades, territórios e instituições sociais.
e
A Educação Integral é um princípio integrador e articulador das concepções de ser
humano, escola, currículo, de ensino e aprendizagem, sociedade e das diferentes
Pr
etapas da Educação Básica. Possibilita a superação da fragmentação dos
conhecimentos e vincula-os às práticas sociais e à vida cotidiana. Nesta concepção de
educação, busca-se avançar das práticas que reduzem o papel da escola a uma mera
transmissão de conteúdos ou de priorização de uma só dimensão do desenvolvimento,
geralmente, a dimensão intelectual sobre as demais.
o

Desta forma, com as diferentes dimensões do desenvolvimento sendo trabalhadas de


modo intencional no currículo escolar, pode-se eliminar barreiras que impedem a todos
os estudantes de permanecer e ascender na trajetória escolar, em especial os de

grupos sociais historicamente vulnerabilizados como as pessoas com deficiências,


transtornos, altas habilidades e super dotação, meninos e meninas negros, de classe
social econômica desfavorecida, povos tradicionais e originários entre outros.

A Educação Integral pressupõe igualmente o direito à escuta e à participação de bebês,


r

crianças e adolescentes, ao seu modo e conforme suas condições, integrando ao


Ve

currículo necessidades, interesses e as culturas infantis e juvenis nas experiências


educativas.

Nesta perspectiva, não apenas os territórios e equipamentos de diferentes setores


(como esportes, cultura, cidadania, parques e praças, saúde e assistência) são
partícipes do processo de ensino e aprendizagem, como seus agentes.

A Educação Integral é também o fundamento integrador das dimensões do cuidar e


educar e da relação entre a educação escolar e as práticas sociais em toda a Educação
Básica.
Faz-se necessário distinguir o conceito de Educação Integral e de Tempo Integral. O
tempo é uma das estratégias que possibilita a materialização da proposta de um
currículo de Educação Integral, mas não a única. É essencial que a ampliação e
organização do tempo integral seja consequência do Projeto Político-Pedagógico e do
Currículo Escolar, associado aos espaços dentro e fora da escola, considerando a
diversidade de materiais que são ofertados nas experiências educativas, atento às
interações e organizações de agrupamentos entre os estudantes, promotora de saberes

ar
de diferentes matrizes étnico-raciais no currículo escolar, assim como asseguradora da
escuta e participação dos estudantes e comunidades escolares nos processos
educativos e na gestão escolar (BRASIL, 2023, grifos nossos).

in
Visando à formação integral dos estudantes, Minas Gerais adotou um Modelo
Pedagógico para a Educação Integral que tem como centralidade o estudante e seu

lim
Projeto de Vida. Isso significa que todo o currículo, todos os processos pedagógicos e
todas as ações da escola devem ser movimentados para garantir que o estudante
tenha condições de concretizar seu Projeto de Vida do Fundamental ao Médio e têm
como ideal formativo um jovem autônomo, ativo, solidário e competente: estudantes e
e
sujeitos da própria ação e prontos a buscar a solução de problemas reais na escola, na
comunidade e na vida social, com espírito de liderança, capaz de tomar decisões e
Pr
fazer escolhas embasadas no conhecimento, na reflexão, na consideração de si próprio
e do coletivo.

A sustentação desse Modelo consiste na articulação dos Modelos Pedagógico e de


o

Gestão como estruturas indissociáveis, conforme suas especificidades. Assim,


podemos considerar que se trata de um Modelo Pedagógico eficaz e um Modelo de

Gestão comprometido com os resultados. A interdependência existente permite


transformar a intenção educativa em ação efetiva.
r

Esse modelo traz em sua centralidade a grande tarefa da escola: criar processos
Ve

educativos estruturados que assegurem ao estudante as condições para que ele inicie a
construção de seu Projeto de Vida, que se dará em níveis muito distintos, considerando
as etapas de ensino em que se localiza o estudante e as suas necessidades de
estímulos, visto que o desenvolvimento de cada um ocorrerá como consequência de um
processo formativo estruturado (ICE, 2020).
2. FUNDAMENTOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM MINAS GERAIS

O projeto escolar fundamenta-se nos Princípios Educativos (Pedagogia da Presença,


Quatro Pilares da Educação, Protagonismo e Educação Interdimensional) que são
operacionalizados pelo currículo, cuja Prática Pedagógica e Metodologias de Êxito se
orientam por meio dos três Eixos Formativos (Formação Acadêmica de Excelência,

ar
Formação para a Vida e Formação de Competências para o Século XXI).

in
Toda a equipe e espaço escolar participam ativamente do processo educativo, do
portão à sala de aula, passando por espaços de alimentação, biblioteca, etc, criando
condições para a construção do Projeto de Vida dos estudantes, de modo que todos os

lim
envolvidos considerem a perspectiva de uma formação que permitirá ao estudante
desenvolver uma visão do seu próprio futuro, sendo capaz de transformá-la em
realidade para atuar nas três dimensões da sua vida: pessoal, social e produtiva.
e
2.1 EIXOS FORMATIVOS DO MODELO
Pr
O ideal formativo, a concretizar no final do Ensino Médio, é fruto de todo o trabalho
que a escola coloca a serviço dessa formação com o exercício dos Princípios, os eixos
sendo movimentados e o Modelo de Gestão apoiando o Modelo Pedagógico.
o

Em nosso modelo de Escola Integral em Minas Gerais, temos três Eixos Formativos

(Formação Acadêmica de Excelência, Formação para a Vida e Formação de


Competências para o Século XXI) que orientam a prática pedagógica dos professores da
escola nas decisões de natureza pedagógica e didática no desenvolvimento do
r

currículo. Essa prática pedagógica se faz por meio de um currículo articulado entre a
Ve

Formação Geral Básica (BNCC) e uma parte de Formação Diversificada com suas
Atividades Integradoras, sendo orientado por Princípios Educativos (Pedagogia da
Presença, Quatro Pilares da Educação, Protagonismo e Educação Interdimensional),
que devem estar presentes na prática de todos que compõem a comunidade escolar –
gestor, professores, técnicos, estudantes e pais/responsáveis. Só que tudo isso tem que
ganhar movimento, tem que ter vida na escola, tem que sair do plano teórico e ganhar
o plano da prática. Isso acontece porque o Modelo de Gestão, cuja base é
essencialmente humanista, traz conceitos e instrumentos para transformar em prática
e em resultados mensuráveis tudo aquilo que é intenção, tudo o que é apenas um
plano.

A grande quebra de paradigma – colocar o estudante e a construção do seu Projeto de

ar
Vida na centralidade do Projeto Escolar – provoca mudanças importantes desde a
organização do currículo até o planejamento da escola, cuja equipe atua de maneira

in
plenamente alinhada a esses Princípios com a mente, coração e vontade abertos para
realização do projeto escolar. Quando isso acontece, todos apoiam os estudantes na
construção dos seus projetos de vida e na sua formação.

e lim
Na escola, o cuidar está alicerçado em três eixos fundamentais, por meio dos quais a
prática pedagógica se organiza, ou seja, tanto no currículo quanto na forma de
operacionalizá-lo. Esses três eixos convivem em igual nível de importância, um não se
sobrepõe ao outro porque não há construção de Projeto de Vida com apenas um
Pr
desses eixos. São eles:

● A Formação Acadêmica de Excelência. Aqui é preciso ter claro que todos os


estudantes devem receber e desenvolver uma formação acadêmica nos mais
altos padrões. Essa formação é realizada pelos professores por meio de práticas
o

eficazes de ensino e de processos verificáveis de aprendizagem que devem


assegurar o pleno domínio, por parte do estudante, do conhecimento a ser

apropriado durante a educação básica. Quando dizemos a todos, estamos nos


referindo a todos mesmo. É preciso considerar que os estudantes com
deficiência (e aqui é fundamental destacarmos que a deficiência não deve ser
vista como categoria única, mas sim multifacetada e carregada de
r

singularidades) precisam ser incluídos quando a equipe escolar elabora e


Ve

monitora suas práticas de ensino e verifica seus processos de ensino e de


aprendizagem.

● A Formação para a Vida: Está relacionada a executar um projeto de vida que


pressupõe a capacidade de fazer escolhas, realizá-las e responder por elas. Isso
será tanto melhor realizado quanto for ampliada e consolidada as suas
referências em termos de conhecimento, de informação e de valores. A
organização escolar deve possibilitar ao estudante a ampliação das suas
referências no que tange valores e princípios que ele constitui ao longo da sua
vida nos diversos ambientes e contextos em que vive. Ampliar e consolidar
esses valores é importante para que o estudante possa tomar decisões
fundamentadas em critérios conscientes e que, numa base mais restrita, talvez
o leve a decidir por critérios menos consistentes.

● Formação para o Desenvolvimento das Competências para o Século XXI: A

ar
formação integral não se dá somente pelo desenvolvimento das competências
cognitivas, mas também pela presença de um conjunto de outras competências
essenciais no domínio das emoções e das habilidades socioemocionais. Para
construir um Projeto de Vida, é essencial saber se posicionar diante do mundo

in
nos seus diversos contextos e isso requer o desenvolvimento de muitas
habilidades pessoais, sociais e produtivas.

lim
2.2 PRINCÍPIOS EDUCATIVOS

Nosso Modelo Pedagógico está fundamentado em 4 Princípios Educativos, que irão


orientar o projeto escolar e, consequentemente, a prática pedagógica, impactando a
e
formação dos estudantes nas dimensões pessoal, social e produtiva, com foco na
construção de seu projeto de vida.
Pr
Os Princípios Educativos – Pedagogia da Presença, Protagonismo, Quatro Pilares da
Educação e Educação Interdimensional – devem orientar todas as ações e atitudes de
todos os profissionais que atuam com os estudantes (professores da turma ou não,
o

diretor, merendeira, secretária, técnicos da Secretaria de Educação...), todos devem


partilhar da mesma forma de ver e interagir com os estudantes nos diversos ambientes
e situações educativas, para que sejam tratados como sendo fonte de iniciativa, de
liberdade e de compromisso.
r

● A Pedagogia da Presença é um Princípio mobilizador de forças afirmativas e


Ve

impulsionadoras, de atenção e de diálogo com intensa escuta do outro e de si


próprio. É orientadora das ações de toda a Equipe Escolar, em todos os espaços
educativos. Ele traduz a capacidade do educador se fazer presente na vida do
educando para apoiá-lo no processo de desenvolvimento das competências e
habilidades no âmbito pessoal, social, produtivo e cognitivo, bem como das
suas potencialidades.

Algumas características da Pedagogia da Presença:


▪ Todos educam pelo exemplo;
▪ Todos os educadores conjugam esforços em todas as dimensões para apoiar o
estudante, pois se importam com ele e com a sua formação;
▪ Estimula os educadores a sentirem orgulho de seu trabalho e a se
reconhecerem como presença afirmativa na vida do estudante;
▪ É exercício ativo de atenção, de diálogo com intensa escuta do outro e de si
próprio;

ar
▪ Estar próximo, com alegria, sem oprimir nem inibir; sabendo afastar-se no
momento oportuno, encorajando a crescer e a agir com liberdade e
responsabilidade.

in
● Os Quatro Pilares da Educação trazem uma ampla concepção sobre educação,
em que os pilares são as aprendizagens fundamentais para que uma pessoa
possa se desenvolver plenamente, considerando a progressão de suas

lim
potencialidades, ou seja, a capacidade de cada um de fazer, crescer algo que
traz consigo ou mesmo que adquire ao longo da vida.
O seu conteúdo são as quatros aprendizagens consideradas fundamentais para
que qualquer ser humano, em qualquer cultura, possa desenvolver o seu
potencial - Aprender a Ser, Aprender a Conviver, Aprender a Fazer e Aprender a
e
Conhecer.
Pr
● A Educação Interdimensional representa a busca da integração entre as
diferentes dimensões constitutivas do ser humano nos processos formativos
que ele vivencia na escola ou em outros espaços educativos. Isso pressupõe o
equilíbrio das relações do indivíduo consigo mesmo, com os outros seres
o

humanos, com a natureza e com a esfera transcendente da vida.


Enquanto princípio, a Educação Interdimensional implica a consideração da

aprendizagem em outras dimensões, para além da racional, e a construção de


um olhar mais amplo sobre os diferentes aspectos e nuances da realidade, o
que favorece o desenvolvimento e a harmonização entre as dimensões
intrínsecas ao ser humano. Trata-se de educar o estudante em todas as suas
r

dimensões, para todos os aspectos da sua vida, por meio de um modelo de


Ve

educação e práticas educativas em sua concepção mais ampla.


Tem como objetivo assegurar, por meio dos diversos processos pedagógicos, o
desenvolvimento não apenas da dimensão cognitiva, mas da oferta de uma
educação que transcenda o domínio da racionalidade (do logos) e incorpore os
domínios da emoção (pathos), da corporeidade (eros) e da espiritualidade
(mythos).
● O Protagonismo no Ensino Integral em Minas Gerais tem grande importância.
Ele se apresenta como Premissa no Modelo de Gestão, Princípio Educativo e
Prática Educativa no Modelo Pedagógico. Como Princípio Educativo, torna-se
prática no “chão da escola”, por meio de um conjunto de Práticas Educativas de
Vivências em Protagonismo realizadas pelos estudantes de variadas maneiras,
em níveis diferenciados de autonomia, nas distintas etapas do Ensino
Fundamental e Ensino Médio. Antônio Carlos Gomes da Costa conceitua

ar
Protagonismo Juvenil como sendo a designação para a participação de
adolescentes atuando como parte da solução no enfrentamento de situações
reais na escola, na comunidade e na vida social mais ampla. Sua principal
característica: O jovem é envolvido como solução, não como problema (ICE,

in
2016).

Nossa meta é fomentar uma participação autêntica, quando ao agir, o jovem pode

lim
influir, por meio de palavras e atos, nos acontecimentos que afetam a sua vida e a vida
de todos aqueles em relação aos quais ele assumiu uma atitude de não-indiferença,
uma atitude de valorização positiva.
e
Dessa forma, o Protagonismo é um Princípio Educativo de grande importância e
sustentação do Modelo, pois visa a desenvolver jovens autônomos, solidários e
Pr
competentes, fonte de iniciativa, liberdade e compromisso.

3. CADERNO ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL


o

A Equipe de Implantação do Ensino Médio em Tempo Integral da Secretaria de


Educação do Estado de Minas Gerais apresenta este Caderno com o objetivo de


oferecer orientações e instrumentos para a implementação e fortalecimento da
Educação em Tempo Integral no Ensino Médio.
r

Nele, serão abordadas as práticas e ações educativas que devem nortear o


planejamento e trabalho diário do professor, de modo que o modelo pedagógico
Ve

estabelecido para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral seja colocado em


prática e que a educação oferecida desenvolva todas as dimensões da formação do
estudante. Essas práticas são: Acolhimento Diário, Acolhimento Marco Zero, Clubes
de Protagonismo e Representantes de Turma.

Também são abordados componentes específicos do Itinerário Formativo: Projeto de


Vida, Nivelamento em Língua Portuguesa e Matemática, Eletiva, Eletivas do Itinerário
Formativo Técnico, Práticas Experimentais, Laboratório de Aprendizagens, Estudos
Orientados, Pesquisa e Intervenção.

Serão elencados instrumentos estratégicos do modelo de gestão (Tecnologia de


Gestão Educacional - TGE), para planejamento e operacionalização. São eles: Plano de
Ação da Escola, SIGAE (plataforma do Programa Jovem de Futuro), PDCA (Plain, Do,
Check, Act), Guia de Ensino e Aprendizagem e papéis de profissionais da equipe
gestora escolar e de professores.

ar
Por fim, será abordado o Ensino Médio em Tempo Integral Profissional e serão dadas
orientações sobre a organização do quadro de horário das escolas EMTI, avaliação
dos estudantes, Conselho de Classe Participativo e orientações gerais.

in
Importante ressaltar que o documento aqui apresentado não exclui a necessidade de
um aprofundamento de estudos nos Cadernos de Formação do Instituto de

lim
Corresponsabilidade pela Educação - ICE.

Link dos cadernos de formação

https://drive.google.com/drive/folders/1SkUrspTyJ6xKd4zQvIl7T9Rn_qLOBaIw?usp=sh
aring
e
Esperamos que este Caderno seja ferramenta de apoio para todos os educadores!
Pr
Equipe de Implantação do Ensino Médio em Tempo Integral

3.1 PRÁTICAS E AÇÕES EDUCATIVAS


o

As Práticas Educativas são um conjunto de possibilidades a serem exploradas com os


estudantes com o objetivo de enriquecer o repertório e as aprendizagens deles,
considerando as várias dimensões da formação. Devem ser asseguradas como recurso
r

metodológico no âmbito dos componentes curriculares e trabalhadas de acordo com o


Ve

planejamento diário do professor, das possibilidades de exploração, interesse e


motivação dos estudantes.

No Ensino Médio em Tempo Integral, as Práticas Educativas são organizadas da


seguinte forma:

● Práticas Educativas de Rotina: são as Práticas Educativas realizadas com


periodicidade, de maneira sequenciada e que se repete continuamente, ou
seja, são ações que fazem parte da rotina escolar. Elas não são eventos
extraordinários, mas, sim, comuns e que se fazem presentes na vida da escola
de maneira habitual. Um exemplo de prática de rotina seria o Acolhimento:
Marco Zero e o Acolhimento diário dos estudantes.
● Práticas Educativas Vivência em Protagonismo: São ações concretas e
intencionais empreendidas por toda Equipe Escolar e/ou por algumas de suas

ar
instituições parceiras e pelos próprios estudantes que objetivam, por meio de
oportunidades educativas, o desenvolvimento de competências pessoais,

in
sociais e produtivas, bem como a ampliação do repertório de conhecimento e
valores necessários ao processo de formação do ser autônomo, solidário e
competente - elementos fundamentais para a construção de um Projeto de

lim
Vida. São exemplos de Práticas Educativas Vivência em Protagonismo: Clubes de
Protagonismo e Representantes de Turma.
e
Saiba mais em:
Pr
● Caderno 8 - Rotinas e práticas
● Caderno do Acolhimento Inclusivo - Ensino Médio

3.2 ACOLHIMENTO MARCO ZERO


o

O Acolhimento Marco Zero é uma Prática Educativa que tem como objetivo consolidar,

por meio de um conjunto de atividades, a mensagem de que acolher, receber e aceitar


as pessoas, sejam elas os estudantes, a Equipe Escolar ou os Pais e Responsáveis, é
parte indissociável do Projeto Escolar, sendo realizado no início do ano letivo nas
r

escolas.
Ve

O Acolhimento é a “porta de entrada” dessa forma inovadora de conceber a educação


e de transformar a escola a fim de criar condições essenciais para a realização da sua
tarefa mais importante: o Projeto de Vida dos estudantes (ICE, 2020, p. 25 - Caderno
Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Rotinas e Práticas Educativas).

As atividades desenvolvidas durante o Acolhimento Marco Zero são realizadas de


modo intencional para os diferentes públicos que compõem a comunidade escolar: os
estudantes, a Equipe Escolar, os Pais ou
Responsáveis. Essa atividade tem como objetivo
sensibilizar os diferentes públicos a que se destina,
frente aos novos desafios de ver, sentir e cuidar do
estudante, a partir de novas perspectivas

ar
conceituais e práticas trazidas pelo Modelo da Escola da Escolha, suas metodologias e
práticas do projeto escolar.

in
Nesse acolhimento, são desenvolvidas diversas atividades que geram como
produto os registros dos sonhos dos estudantes e expectativas em torno da sua

lim
realização. É por meio da sistematização dos registros que a escola traça as suas
principais metas de trabalho para o ano letivo, fazendo com que o projeto escolar
esteja alinhado aos Projetos de Vida dos estudantes.

Os Pais e Responsáveis devem ser estimulados a conhecer e a valorizar as conquistas dos seus
e
filhos a partir do marco que se instala em suas vidas por meio do Acolhimento.

Muitas (e novas!) reflexões são geradas junto aos estudantes durante o Acolhimento e,
Pr
certamente, elas impactarão o modo como se relacionam com a escola e consigo. (ICE, 2020, p.
30 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Rotinas e Práticas Educativas)

Os registros gerados pelo Acolhimento Marco Zero são documentos importantes, pois
é por meio deles que toda a Equipe Escolar tem contato com os sonhos dos
o

estudantes, que foram apresentados na culminância da atividade. Além disso, esses


registros farão parte do acervo da Coordenação Pedagógica e apoiarão a Equipe Escolar


na elaboração de estratégias e diretrizes para o planejamento e execução do Plano de
Ação da escola.
r

Na primeira semana letiva, as escolas deverão realizar o Acolhimento Marco


Ve

Zero e todos os estudantes estarão envolvidos nessa atividade. Essa ação terá a
duração de um dia letivo, de acordo com cronograma que será enviado por
Memorando. Nas escolas que já estão inseridas no modelo do Ensino Médio em Tempo
Integral, os Jovens Protagonistas do ano anterior, juntamente com os estudantes
egressos (quando houver), que já receberam as orientações durante a Formação em
Protagonismo, estarão aptos a realizar o acolhimento dos novos estudantes em sua
própria escola. Nas escolas de EMTI Propedêutico ou Profissional, que iniciarão a oferta
em 2024, essa ação será realizada pelos Jovens Protagonistas (JPs) de outras escolas do
EMTI que também já realizaram a Formação em Protagonismo.

Saiba mais em:

ar
● Caderno 8 - Rotinas e práticas

● Caderno do Acolhimento Inclusivo - Ensino Médio

in
● Caderno do Acolhimento da Equipe Escolar, Pais e Responsáveis e Estudantes.

● https://drive.google.com/file/d/1RuCIKm-INWoj5lIEWffUbhfZWGnRZhCu/view?

lim
usp=sharing

3.3 ACOLHIMENTO DIÁRIO


e
O Acolhimento Diário é uma Prática Educativa que deve ser realizada de forma
planejada, intencional e fundamentada nos princípios da Pedagogia da Presença e
Pr
incorporada na rotina escolar das escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
O Acolhimento Diário, comunica aos estudantes que eles são bem-vindos naquele dia
na escola, sendo realizado por meio da troca de pequenos gestos, porém
fundamentais, tais como:
o

▪ O sorriso que acolhe;


▪ O bom dia verdadeiro;


▪ O olhar atento;
▪ A busca pela compreensão de possíveis problemas;
r

▪ A percepção de que algum estudante chegou de maneira diferente do usual


Ve

para a jornada escolar.

O Acolhimento é a primeira oportunidade de a escola


começar a fazer sentido e de ser o lugar onde finalmente o
estudante é reconhecido, visto, ouvido, respeitado e
acolhido.

É uma Prática Educativa executada diariamente


com os estudantes de todas as turmas. Deve sempre considerar as especificidades
dos adolescentes e jovens participantes, sempre zelando pelas formas de
comunicação e de interação que favoreçam o grupo, sem deixar ninguém de fora!
(ICE,2020, Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Rotinas e Práticas
Educativas)

ar
O planejamento é de responsabilidade da Equipe Gestora, executado pelo(a)
Gestor(a).

in
A agenda desse acolhimento pode ser composta por uma mensagem de boas-vindas;
informações sobre o que vai ocorrer na semana; celebração de algum evento

lim
importante ou conquista dos estudantes ou da equipe de educadores por algum
resultado alcançado; por reflexões sobre temas atuais que interessam à comunidade
escolar ou ainda, para celebrar os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes e
professores. É um momento profundamente ancorado no Princípio Educativo da
Pedagogia da Presença.
e
O Acolhimento Diário deve ter a participação de todos os educadores e funcionários da
Pr
escola. Ele pode acontecer conforme acordado previamente e planejado de forma
intencional com a equipe de professores. É necessário a participação dos estudantes,
para que os mesmos possam exercitar ao longo do ano letivo o acolher e ser acolhido.

No Acolhimento Diário, também podem ser comunicados os “recados” da gestão


escolar ou dos educadores em geral, sendo parte da programação, mas não o seu foco.
o

Também é o momento para reflexão coletiva sobre algum episódio que necessite da
consideração por parte de todos. A utilização de músicas alegra o ambiente e a sua

seleção deve sempre considerar a adequação das suas letras (ICE, 2020 - Caderno
Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Rotinas e Práticas Educativas)
r

O (A) Especialista da Educação Básica Coordenador(a) Geral - EEBCG - ou Professor


Ve

Coordenador Geral - PCG - deve ser atuante, assim como os estudantes que poderão
ser envolvidos no planejamento desses momentos. As páginas de 36 a 38 do Caderno
de Formação Inovação em Conteúdo Método e Gestão- Rotinas e Práticas Educativas,
Vol. 8, trazem ainda algumas considerações sobre o planejamento dessa ação e sobre a
inclusão de estudantes com deficiências.

Saiba mais em:


● Caderno 8 - Rotinas e práticas

3.4 CLUBE DE PROTAGONISMO

O Clube de Protagonismo é uma Prática Educativa de Vivência em Protagonismo, ele é


um espaço destinado aos estudantes, ou seja, ele é organizado pelos próprios
estudantes para atender suas áreas de interesse. Nele, os estudantes desenvolvem

ar
atividades que proporcionam trocas de informações, de experiências relacionadas ou
não à vida escolar. Sendo assim, o Clube deve atuar com a finalidade de colaborar com
o sucesso dos estudantes e da escola.

in
O objetivo do Clube de Protagonismo é:

(...) a formação do estudante Protagonista, pois a partir da vivência no Clube, o estudante

lim
desenvolverá e exercitará um conjunto de habilidades essenciais para a sua formação nos
âmbitos da sua vida pessoal, social e produtiva.

Um Clube de Protagonismo deve atender a duas premissas importantes: Ensinar algo que
agregue valor aos seus participantes; colaborar com o sucesso da escola na formação do
e
estudante protagonista. (ICE, 2020, p. 52-53 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e
Gestão. Rotinas e Práticas Educativas).
Pr
Na escola, os estudantes podem optar por criar mais de um Clube de Protagonismo,
isso vai depender do interesse deles pela criação de um ou mais clubes.
o

É importante que o(s) Clube(s) de Protagonismo possa(m) ser criado(s) exclusivamente


por interesse dos estudantes. Os educadores devem apoiá-los na construção e no

desenvolvimento. É de fundamental importância que se possa garantir as etapas para


essa construção, proporcionando espaços na execução da Semana de Protagonismo,
organização de horários para o funcionamento dos Clubes e reuniões sistematizadas
r

para o acompanhamento do funcionamento, juntamente com os Presidentes de


Ve

Clubes, coordenadas pelo(a) Diretor(a) e articulado de forma conjunta com o (a)


Especialista da Educação Básica Coordenador(a) Geral ou Professor Coordenador Geral.
Para toda a construção dessa Prática Educativa, é fundamental que os educadores
tenham como fonte de estudos os Cadernos:

● Caderno de Formação Inovação em Conteúdo Método e Gestão - Rotinas e


Práticas Educativas, Vol. 8, pág 50-53.
● Eu Sou uma Boa Ideia e Caderno do Protagonista – Clubes de Protagonismo.
● Caderno - Clubes de Protagonismo
● Proposta para projeto de Clube de Protagonismo

Saiba mais em:

● Caderno 8 - Rotinas e práticas

ar
● Cadernos orientadores Clube de Protagonismo:
https://drive.google.com/file/d/1zOdOH2gwPQwNe_1iWFBGklhjbYAA3q4H/vie

in
w?usp=sharing

● https://drive.google.com/file/d/1Fd1h5OzTwVtQanctEWQfZe-H3kAVxdCS/view

lim
?usp=sharing

● Modelo de Proposta de Clube de Protagonismo:


https://docs.google.com/document/d/1c_1-nzwRnaXFEkilhSTNQ9OqE_MLJxZF
ArutyFqTULw/edit?usp=share_link
e
Pr
3.5 REPRESENTANTES DE TURMA

Representante de turma é o estudante que, indicado e eleito pelos


o

colegas, desempenha o importante papel de representá-los perante a equipe escolar,


especialmente junto à direção da escola. Trata-se do estudante responsável por ouvir

as necessidades e interesses da turma e, orientado pela Direção e pelos professores,


por estimular a participação dos colegas nas ações e decisões da escola por meio de
vivências de liderança como protagonista.
r
Ve

Atribuições dos representantes de turma:

● Atuar como fonte de solução de situações-problema e de engajamento dos


colegas;
● Participar das reuniões do Conselho de Representantes e dos espaços
representativos na escola.

O(A) EEBCG ou PCG tem um papel fundamental na atuação dos representantes de


Turma. As orientações estão no Caderno de Tutoria – Apoio para Jovens Sonhadores,

ar
Caderno da Gestão Protagonista e Caderno do Protagonista (representantes de Turma).
A eleição dos representantes de Turmas deve também seguir as orientações
estabelecidas pela SEE/MG.

in
OBSERVAÇÃO: AS ELEIÇÕES DOS REPRESENTANTES DE TURMA SEGUIRÃO AS

lim
ORIENTAÇÕES DA REDE.

Saiba mais em:


e
● https://drive.google.com/file/d/1J76WXR-8cPtOUngmDxT-jiyb6JCWuGr6/view?
usp=sharing
Pr
● Caderno do Protagonista – Representantes de Turma

3.6 PROJETO DE VIDA


o

Desde 2022, Projeto de Vida é um componente curricular obrigatório em todas as


escolas da rede. Em 2024, estará em todas as turmas de Ensino Médio em Tempo


Integral, nos 1º, 2º e 3º anos.

O Projeto de Vida (PV) é a centralidade do Projeto Escolar. Uma Metodologia de Êxito


r

que objetiva despertar nos jovens seus sonhos e ambições, o que desejam para sua
Ve

vida e que pessoa pretendem ser, mobilizando-os a pensar nos mecanismos


necessários para essa realização. É mais que reflexão sobre sonhos e planos, é sobre
descobertas de potencialidades, de limites, de desejos. Não é um processo simples e
nem rápido, mas uma grande tarefa a ser realizada, é o primeiro projeto para uma vida
toda.
Veja na imagem abaixo o que nos une na construção do Projeto de Vida dos
estudantes:

ar
in
e lim
Pr
O professor de Projeto de Vida é fonte de inspiração, um exemplo de presença
afirmativa na vida dos estudantes. Dessa forma, deve:

● Compreender a necessidade de atuar sobre as variações de comportamentos


típicos na adolescência;
o

● Ter a clareza que o foco do seu trabalho é o estudante, a despeito das suas

circunstâncias;
● Provocar nos estudantes o despertar sobre suas ambições e os levar a refletir
sobre o que é necessário para realizá-las;
● Promover e saber que sua ação é regida pela Pedagogia da Presença;
r

● Atuar e ter autocontrole sobre suas emoções, sentimentos e julgamentos;


Ve

● Ter boa capacidade de comunicação;


● Empenhar-se para que o estudante não desanime, nem desvie dos seus
objetivos;
● Conhecer e saber como estabelecer os limites da relação entre ele e o
estudante, porque atua como apoiador do seu projeto de vida e não como o
seu “melhor amigo”.
Como apresentado no Caderno de Inovações em Conteúdo, Método e Gestão -
Metodologias de Êxito:
Não existe um “perfil perfeito” para professores das aulas de Projeto de Vida. No entanto, esses docentes
devem possuir a capacidade de inspirar o jovem, de “fazer corpo” por meio da Pedagogia da Presença,
sendo afirmativos em suas vidas. Também devem estar dispostos a mergulhar num processo
transformador que envolverá muita subjetividade e objetividade, pois, ao mesmo tempo em que deverão

ar
provocar nos jovens o despertar sobre os seus sonhos, suas ambições,aquilo que desejam para as suas
vidas, onde almejam chegar e que pessoas pretendem ser, deverão levá-los a refletir sobre a ação, sobre
as etapas que deverão atravessar e sobre os mecanismos necessários para chegar lá. O foco é o
estudante, independente de suas circunstâncias.

in
Professores de Projeto de Vida sabem que essa é uma experiência única, que certamente também os
transformará, porque significa se encontrar com as dimensões do jovem que foi e acolher o jovem que

lim
está diante dele, cheio de sonhos, de desejos, de planos, de vida e de suas múltiplas possibilidades.

Professores de Projeto de Vida são parceiros de uma construção única, de uma tarefa a realizar junto ao
jovem que deve ser encarado como a nossa rara “chance de futuro” (ICE, 2020, p. 26 - Caderno de
Formação Inovações em Conteúdo, Método e Gestão - Metodologias de Êxito)
e
Veja na imagem a seguir o que é e o que não é Projeto de Vida:
Pr
o

r
Ve
FONTE: ICE, 2020, p. 27

E como são estruturadas as aulas de Projeto de Vida?

Para as aulas de Projeto de Vida, são disponibilizados ao professor desse componente


curricular cadernos com aulas estruturadas.

Os cadernos são organizados da seguinte forma:

ar
GPS 1º Ano
Material do Educador - Aulas de Projeto de Vida / 1º Ano do Ensino

in
Médio
Caderno do Estudante

lim
GPS 2º Ano
Material do Educador - Aulas de Projeto de Vida / 2º Ano do Ensino
Médio
Caderno do Estudante
GPS 3º Ano
e
Caderno do Professor: Pós-Médio Um Mundo De Possibilidades
Pr
Caderno do Estudante

O GPS indica o caminho a ser traçado nas aulas estruturadas. É importante que o
conjunto de aulas seja trabalhado integralmente para garantir o êxito da metodologia.
o

Cada aula tem um objetivo e o conjunto delas pretende trabalhar competências e


habilidades específicas. Em caso de não efetivação das aulas, é necessário que a escola

sinalize de imediato à equipe da Superintendência Regional de Ensino (SRE), para que


juntos com a equipe de Implantação do EMTI/SEE-MG, façam as recomendações
necessárias para minimizar o impacto no percurso formativo em Projeto de Vida.
r

O EEBCG ou o Professor(a) Coordenador(a) Geral deve apoiar o professor de Projeto de


Ve

Vida, acompanhando o GPS das aulas, de modo que ele seja cumprido na sua
integralidade, assim como fazendo a articulação deste com os demais componentes.
Ele também é o elo entre o professor de Projeto de Vida e os demais professores,
visando a dar visibilidade aos projetos de vida dos estudantes e do Projeto de Vida
como centralidade das ações educativas da escola.

Em 2024, no 3º ano, não teremos mais o componente curricular Pós-Médio, mas sim,
Projeto de Vida. O professor desenvolverá suas aulas conforme orientado no GPS, no
Caderno do Estudante de Projeto de Vida do 3º ano e ainda, como suporte, o Caderno
Pós-Médio um Mundo de Possibilidades (nesse material há um conjunto de temas que
apoiarão o professor a desenvolver aulas a partir dos conteúdos indicados e os Aulões
para o ENEM).

ar
É fundamental que o professor planeje e apresente seu Plano de Aulas, envolvendo
as várias possibilidades apresentadas no material.

Para turmas de EMTI PROFISSIONAL, o professor pode também explorar as diversas

in
possibilidades de atuação dentro do curso técnico: trazer profissionais, visitar
empresas, laboratórios, entre outros.

lim
ATENÇÃO! Os cadernos estruturados e as orientações para as aulas do Projeto de
Vida para as turmas do EMTI serão disponibilizados pela Equipe de Implantação do
EMTI/SEE. Os materiais não serão os mesmos disponibilizados e utilizados na rede
para as aulas de Projeto de Vida. Em caso de dúvidas, entre em contato com o
e
Especialista Coordenador Geral ou Professor Coordenador Geral para saber se os
Pr
cadernos que tem “em mãos” estão corretos.

Saiba mais em:


o

Caderno 7 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão – Metodologias de


Êxito (Página 18 a 29)

Caderno Projeto de Vida 1º ano e GPS aulas Projeto de Vida 1º ano


Caderno de Projeto de Vida, GPS das aulas , Plano de Ação dos estudantes e material
complementar-2º ano
r

Caderno de Projeto de Vida 3º ano e GPS aulas Projeto de Vida 3º ano


Ve

3.7 AS ATIVIDADES INTEGRADORAS (Parte Diversificada do Currículo)

As Atividades Integradoras compõem a parte


diversificada do currículo do Ensino Médio em
Tempo Integral, respeita as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional e compreende os componentes estabelecidos na organização
curricular específica.

O detalhamento de cada uma das Atividades Integradoras estão disponíveis no


“Caderno das Atividades Integradoras do EMTI”.

São elas:

ar
● Nivelamento em Língua Portuguesa e Nivelamento em Matemática
● Eletivas do Itinerário Formativo Técnico (EMTI Profissional)
● Práticas Experimentais

in
● Laboratório de Aprendizagens
● Estudos Orientados

lim
● Pesquisa e Intervenção (EMTI Propedêutico)

e
3.7.1 NIVELAMENTO EM LÍNGUA PORTUGUESA E NIVELAMENTO EM MATEMÁTICA

O Nivelamento é uma ação que tem como finalidade


Pr
o fortalecimento das aprendizagens e habilidades
não consolidadas dos conteúdos dos anos anteriores
dos componentes curriculares Língua Portuguesa e
Matemática, dos estudantes que ingressarem no 1º
o

ano do Ensino Médio em Tempo Integral


Propedêutico ou Ensino Médio em Tempo Integral Profissional, em 2024. O EMTI


Propedêutico de 9h/a diárias terá o Nivelamento nos 03 anos do ensino médio.

No Nivelamento, devem prever a realização de avaliações diagnósticas, responsáveis


r

pela identificação de habilidades estruturadas não consolidadas em Língua Portuguesa


Ve

e Matemática, e ser seguidas de intervenções pedagógicas capazes de retomar as


aprendizagens necessárias e acompanhamento constante dos processos de ensino e
aprendizagem, de modo a garantir uma trajetória escolar de sucesso para todos os
estudantes1 (SEEMG, 2021).

1
Documento: Ensino médio em tempo integral profissional de Minas Gerais: construção de política
inovadora com rede de parceiros / Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. – Belo Horizonte,
MG : SEE/MG, 2021
O Componente Curricular Nivelamento compõe a Área de Conhecimento da Unidade
Curricular das Atividades Integradoras, nos Itinerários Formativos, no Currículo do
Novo Ensino Médio. Esse componente será ministrado pelos professores de Língua
Portuguesa e Matemática específicos para essas Atividades Integradoras.

Para apoiar os docentes no desenvolvimento e aplicação das atividades ofertadas aos

ar
alunos, os professores que atuarão nas aulas de Nivelamento no ano de 2024 terão
acesso aos materiais de apoio das Formações de Nivelamento com as Sequências
Didáticas (SD) disponibilizado no seguinte link:

in
https://drive.google.com/drive/folders/1O99no_eGKM0oTvKKQSUBs_NOqEbcoMVW?
usp=sharing

lim
OBSERVAÇÃO: O acesso ao material só é liberado para o domínio
@educacao.mg.gov.br e
Seguindo a matriz da Resolução SEE Nº 4.908/2023, o Nivelamento será ofertado nos
Pr
1º anos do Ensino Médio em Tempo Integral nas escolas de EMTI Propedêutico e EMTI
Profissional.

Vale ressaltar que o componente curricular Nivelamento não terá avaliações de caráter
o

de classificação e promoção do estudante. As avaliações serão processuais, contínuas e


de caráter formativo para as duas modalidades de Ensino Médio em Tempo Integral

Propedêutico e Ensino Médio em Tempo Integral Profissional.


r

3.7.2 ELETIVAS
Ve

As Eletivas são componentes curriculares temáticos que


contribuem para que o estudante desenvolva seu repertório e
construa seu próprio currículo. As Eletivas têm abordagem
interdisciplinar como forma de assegurar a formação da parte
diversificada do currículo.

Para que servem as Eletivas?


Enriquecer, ampliar e/ou diversificar temas, conteúdos ou áreas de conhecimento que
componentes da Formação Geral Básica não conseguem assegurar em plenitude no
cotidiano escolar. Para a correta execução das Eletivas seguem orientações:
● Não há necessidade de criação de horários comuns entre as turmas;
● As escolas deverão escolher o tema das Eletivas a serem ofertadas, dentre as
que estão no Catálogo de Eletivas (para a Formação Geral Básica) e observar a

ar
habilitação necessária para a atribuição das aulas;

● Para as Eletivas do Itinerário Formativo Técnico - não haverá catálogo, a equipe

in
escolar irá sugerir os temas a serem trabalhados com base no conteúdo de cada
componente do curso técnico.

lim
É necessário observar com atenção as particularidades e necessidades das turmas
para a escolha dos temas, os indicadores de aprendizagem e ampliar o repertório
acadêmico dos estudantes, seus Projetos de Vida à luz dos Princípios Educativos e dos
Eixos Formativos.
e
➢ Eletivas Ensino Médio em Tempo Integral Propedêutico:
Pr
Para as turmas dos 1º, 2º e 3º anos:

Eletivas 01 e 02 - Eletiva da Formação Geral Básica (BNCC):

A equipe escolar deve escolher os temas das Eletivas com base no Catálogo de Eletivas
o

disponibilizado pela SEE/MG. Para a escolha das Eletivas, orientamos:


1: Dentro de uma mesma área (mesmo professor), os estudantes, com a escola,


escolhem 02 (dois) temas: 1 (um) para o 1º semestre e outro para o 2º semestre.
r

OU
Ve

2: Dentro de uma mesma área (mesmo professor), os estudantes, com a escola,


escolhem 01 (um) tema a ser trabalhado durante todo o ano.

Link para acesso ao Catálogo de Eletivas 01 e 02 (Eletiva da Formação Geral Básica


(BNCC):
https://drive.google.com/file/d/1N0wybz8Eo4IspuIewk2OOBfsEnCvpY3K/view?usp=sh
aring

➢ Eletivas Ensino Médio em Tempo Integral Profissional:

Para as turmas dos 1º, 2º e 3º anos:

ar
Eletivas 01- Eletiva da Formação Geral Básica (BNCC):

A equipe escolar deve escolher os temas das Eletivas com base no Catálogo de Eletivas

in
disponibilizado pela SEE/MG. Para a escolha das Eletivas, orientamos:

lim
1: Dentro de uma mesma área (mesmo professor), os estudantes, com a escola,
escolhem 02 (dois) temas: 1 (um) para o 1º semestre e outro para o 2º semestre.

OU
e
2: Dentro de uma mesma área (mesmo professor), os estudantes, com a escola,
Pr
escolhem 01 (um) tema a ser trabalhado durante todo o ano.

Link para acesso ao Catálogo de Eletivas 01 (Eletiva da Formação Geral Básica (BNCC):
o

https://drive.google.com/file/d/1N0wybz8Eo4IspuIewk2OOBfsEnCvpY3K/view?usp=sh
aring

Eletiva do Itinerário Formativo Técnico:


r

● Não há Catálogo de escolha, o tema será definido a partir de discussões da


Ve

equipe escolar e deverá contemplar os conteúdos específicos de cada curso


técnico. Ela deve oferecer aos estudantes a possibilidade de desenvolver
trabalho-ciência-tecnologia-cultura, de acordo com o seu curso, na busca de
soluções para os problemas de seu tempo.

● Deve-se elaborar uma ementa com a proposta de plano de aula.


ATENÇÃO: Deve-se observar de que forma está distribuída a carga horária das aulas
de Eletivas nas turmas de 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio em Tempo Integral,
conforme a Matriz Curricular de cada Curso.

ar
Orientações para a Culminância das Eletivas nas turmas de Ensino Médio Integral
Propedêutico e Profissional

in
A Culminância das Eletivas deverá ser realizada tanto nas Eletivas 1 e 2 - Eletivas da
Formação Geral Básica (BNCC) quanto nas Eletivas do Itinerário Formativo Técnico.

lim
Para a Culminância, orientamos:

● A data para a Culminância das Eletivas deverá ser prevista no Calendário Escolar
e na Agenda Bimestral da escola, sendo que a realização dessa atividade
acontecerá ao final de cada semestre.
e
● Nas escolas de Ensino Médio Integral Propedêutico, o(s) professor(es) de
Pr
Eletivas e o(a) Especialista da Educação Básica Coordenador(a) Geral (EEBCG)
ficarão responsáveis pela organização da Culminância das Eletivas, juntamente
com os estudantes. Já nas escolas de Ensino Médio Integral Profissional, a
organização da Culminância ficará a cargo do(s) professor(es) de Eletivas e do(a)
o

Professor(a) Coordenador(a) Geral, juntamente com os estudantes.

● Durante a Culminância, a escola irá expor os trabalhos que foram produzidos


pelos estudantes e professores nas aulas de Eletivas à toda comunidade escolar,


aos pais/responsáveis dos estudantes e também para os demais estudantes da
escola. Dessa forma, iremos oferecer aos estudantes:
r
Ve

(...) a oportunidade de falar sobre o que aprenderam, consolidar as bases acadêmicas


que construíram, avaliar as escolhas que fizeram e os valores que agregaram às suas
vidas, bem como de se expor às críticas e proposições daqueles para quem
apresentarão os seus trabalhos. (...) sob a forma de relatórios de projetos de pesquisa,
jogos, robôs, experiências científicas, jornais, dramatizações, músicas, reportagens,
HQ, curta-metragem etc., não são apenas apresentados, mas expostos à crítica
pública. É um exercício rico de competências que deverá ter sentido e significado por
meio do conhecimento gerado pelo e para os jovens, nas diversas dimensões da vida
(ICE, 2020, p. 38-39 - Caderno de Formação Inovações em Conteúdo, Método e Gestão -
Metodologias de Êxito)

Sugerimos que a escola produza um portfólio com o produto da culminância das


Eletivas para fim de registro.

ar
3.7.3 PRÁTICAS EXPERIMENTAIS

in
O Componente Curricular Práticas Experimentais, além
de ser uma Atividade Integradora do Currículo, é uma
Metodologia de Êxito adotada pelas escolas EMTI em

lim
Minas Gerais.

A partir de 2024, o professor de Práticas Experimentais irá contemplar em seu


planejamento atividades práticas dos três componentes curriculares: Física, Química e
Biologia.
e
Pr
Nas aulas de Práticas Experimentais, os estudantes terão a oportunidade de
vivenciarem na prática os conteúdos teóricos e conceituais das aulas de Física, Química
e Biologia, por meio de experimentos em laboratórios específicos e/ou espaços
compatíveis das áreas da Formação Geral Básica - BNCC.
o

A adoção das práticas é uma das respostas à necessidade de superar a abordagem


curricular que privilegia o papel do professor como transmissor do conhecimento e o

do estudante como mero receptor. Com efeito, nessas práticas, o professor atua como
mediador do conhecimento e o estudante, como protagonista no processo de
construção do conhecimento e de suas aprendizagens.
r

As Práticas Experimentais objetivam estimular nos professores de Ciências da Natureza


Ve

a convicção de que as práticas desenvolvidas nos laboratórios e em sala devem


permitir uma profunda ampliação do grau de compreensão do mundo que cerca o
estudante no seu cotidiano, dando-lhe suporte conceitual e procedimental para
enxergar o seu entorno e encontrar explicações. O estudante deve ser levado a
entender que nas ciências não existem perguntas proibidas nem “vacas sagradas”, mas
buscas permanentes.

As práticas são parte do planejamento elaborado pelos professores e não atividades


consideradas extraordinárias. (ICE, 2020, p. 69 - Caderno de Formação Inovações em

Conteúdo, Método e Gestão - Metodologias de Êxito).Perfil do professor:


proatividade, curiosidade, dis

No Caderno Palavras Fáceis para Explicar Coisas que Parecem Difíceis, encontra-se
uma breve orientação sobre como organizar um rodízio para uso dos laboratórios e

ar
assegurar turmas menores, oferecer melhor atendimento do professor nos
experimentos e maior rotatividade dos estudantes nos laboratórios.

O detalhamento do Componente Curricular e materiais auxiliares se encontram no

in
Caderno das Atividades Integradoras do EMTI.

Saiba mais em:

lim
Caderno 7 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão – Metodologias de
Êxito (Página 66 a 69)
e
3.7.4 LABORATÓRIO DE APRENDIZAGENS
Pr
O componente curricular Laboratório de Aprendizagens tem como objetivo
movimentar os eixos cultura, arte e lazer, utilizando metodologias ativas e experiências
mais inovadoras com os estudantes.
As escolas deverão escolher os temas a serem trabalhados durante o ano,
o

considerando a área de atuação do professor e o interesse dos estudantes.


Professores da Área de Conhecimento Linguagens e suas Tecnologias, exceto Língua


Inglesa, e professores da Área de Conhecimento Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
poderão lecionar esse componente.
r

O conjunto de temas, o referencial teórico e metodológico encontram-se no


Ve

documento de orientação do componente curricular anexado ao Manual das


Atividades Integradoras.
https://drive.google.com/file/d/12dAxR7VUIPo3b8ndE8l3ukKmgZY0j7QS/view?usp=dri
ve_link

Em relação à carga horária do componente curricular Laboratório de Aprendizagens,


temos carga horária específica para o EMTI Propedêutico e EMTI Profissional, como
especificado a seguir:

● EMTI Propedêutico (carga horária: 35h):


1º ano : 01 (uma) aula semanal
2º e 3º anos: 02 (duas) aulas semanais, preferencialmente geminadas, para contribuir
no desenvolvimento das atividades.

ar
● EMTI Propedêutico (carga horária: 45h): 02 (duas) aulas semanais,
preferencialmente geminadas, para contribuir no desenvolvimento das
atividades realizadas nas turmas do 1º ao 3º ano.

in
● EMTI Profissional: 01 (uma) aula semanal para as turmas dos 1º e 2º anos do
Ensino Médio.

lim
Para desenvolver esse componente, segue o material didático:
https://drive.google.com/file/d/1cmFbbVi_bN-O8Frs9rmAyPyw0rAUZqmz/view?usp=s
haring e
3.7.5 ESTUDOS ORIENTADOS
Pr
O componente curricular Estudos Orientados surgiu da
necessidade de ensinar os alunos a estudar por meio de
técnicas de estudo e de rotina na escola que
o

contribuam para a melhoria da aprendizagem. O


objetivo dos Estudos Orientados é oferecer um tempo de qualidade destinado à

realização de atividades pertinentes aos diversos estudos.

O professor de Estudos Orientados atua como mediador do processo de aprendizagem,


desenvolvendo o autodidatismo.
r

(...) Inicialmente orientado por um professor, o estudante aprende métodos, técnicas e


Ve

procedimentos para organizar, planejar e executar os seus processos de estudo visando


ao autodidatismo, à autonomia, à capacidade de auto-regulação e de responsabilidade
pessoal. Não deve ser confundido com “tempo para realizar as tarefas”, mas para
realizar quaisquer atividades relativas às necessidades exigidas pelos estudantes, entre
elas as próprias tarefas. (ICE,2020, p. 48 - Caderno de Formação Inovações em
Conteúdo, Método e Gestão Metodologias de Êxito)
É importante compreendermos que os estudantes não são autodidatas e que é o
trabalho do corpo docente que levará o estudante a desenvolver o autodidatismo.

Além de organizar a rotina de estudo e ensinar o aluno a estudar, o Estudo Orientado


provê, a partir do exercício do planejamento, da organização e da execução de
atividades, condições que contribuem para a elaboração do Projeto de Vida. Os

ar
Estudos Orientados apoiam o Projeto de Vida na medida que auxilia os estudantes no
desenvolvimento de competências que os permitem aprender a fazer escolhas,
priorizar ou direcionar sua aprendizagem, de acordo com os seus interesses e

in
necessidades.

Os Estudos Orientados oferecem em sua composição:

lim
● Aulas estruturadas;
● Desenvolvimento de estudos com técnicas de estudo;
● Avaliação Semanal.
e
Os Estudos Orientados são parte do planejamento da rotina semanal de estudos e, como
componentes curriculares, têm a função de criar uma cultura e uma rotina permanente de
Pr
estudos entre os estudantes, por meio da realização de avaliações semanais, de modo a
acompanhar a evolução da sua aprendizagem. Nele também são reservados tempos para
métodos, técnicas e procedimentos para o estudante organizar, planejar e executar seus
processos de estudo, visando a autodidatismo, autonomia, capacidade de
auto-organização e de responsabilidade pessoal. Os Estudos Orientados são
o

imprescindíveis porque contribuem para o estudante aprender a estudar de maneira


autônoma, a aprender a aprender, atribuindo-lhe o sentido e o significado de que estudar

é muito mais do que cumprir tarefas acadêmicas (MINAS GERAIS, 2021).

Para o acesso ao material estruturado com as 40 aulas estruturadas, para as turmas de


r

1º anos, é necessário que o professor acesse o link abaixo e salve o arquivo no drive
Ve

pessoal ou o envie para impressão, a fim de usar o material nos dias planejados para as
aulas, conforme planejamento anual.

Professor, acesse aqui o plano de aula completo das 40 aulas estruturadas.

Organização das aulas de Estudos Orientados conforme Matriz Curricular

Conforme orientação da Resolução SEE nº 4908/2023, a carga horária prevista para


esse componente curricular é a que consta na matriz que a unidade escolar está
autorizada a utilizar. Dessa forma, como temos em nossa rede escolas de Ensino
Médio em Tempo Integral com Matriz de 07h/a e com Matriz de 09h/a,
orientamos:

Para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral com matriz de 7h/a:


● Nas turmas de 1º ano, teremos 1h/a semanal. Inicia-se as aulas de Estudos

ar
Orientados por meio do material estruturado.
● O professor deverá dar as aulas estruturadas (sem avaliação) e usar recursos
para apresentação dos resultados e aprendizagens consolidadas, por exemplo:

in
portfólio.
● Já para as turmas de 2º e 3º anos, teremos 02 (duas) aulas semanais, não há
necessidade das aulas serem geminadas. A cada 03 (três) aulas, será dada a

lim
avaliação (componentes da FGB trabalhados ao longo das 03 (três) semanas),
ou seja, a avaliação será mensal, abrangendo todos os componentes
curriculares da FGB. Sugerimos uma avaliação dividida por área de
conhecimento e, no máximo, 02 (duas) questões por componente curricular.
e
Para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral Propedêutico com matriz de
9h/a:
Pr
● Nas turmas de 1º ano, teremos 4h/a semanais, sendo distribuídas da seguinte
forma: 01 (uma) aula de Estudos Orientados, por meio do material
estruturado; 02 (duas) aulas para prática de estudos; 01 (uma) aula para
avaliação (componentes da FGB trabalhados ao longo da semana, conforme
componentes contemplados para a avaliação)
o

● Já para as turmas de 2º e 3º anos - 03 (três) aulas para prática de estudos e 01


(uma) aula para avaliação semanal (componentes da FGB trabalhados ao

longo da semana, conforme componentes contemplados para a avaliação).

Para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral Profissional com matriz de


9h/a:
r

● Nas turmas de 1º ano, teremos 3h/a semanais, sendo 01 (uma) aula de


Ve

Estudos Orientados por meio do material estruturado; 02 (duas) aulas para


prática de estudos. A cada 07 (sete) aulas, 02 (duas) deverão ser para a
avaliação (componentes da FGB trabalhados ao longo das aulas, conforme
componentes curriculares contemplados para a avaliação). Sugerimos uma
avaliação quinzenal dividida por 02 (duas) áreas de conhecimento.
Observação: Deve ser observada a sua matriz curricular com a mudança na estrutura
da carga horária e organização deste componente curricular.

Mais detalhes no Manual das Atividades Integradoras do EMTI.

ar
https://drive.google.com/file/d/12dAxR7VUIPo3b8ndE8l3ukKmgZY0j7QS/view?usp=dri
ve_link

in
Saiba mais em: Caderno 7 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão –
Metodologias de Êxito (Página 66 a 69)

lim
3.7.6 PESQUISA E INTERVENÇÃO – EMTI PROPEDÊUTICO

O componente curricular Pesquisa e Intervenção foi inserido na


e
Matriz Curricular do Ensino Médio de Tempo Integral de Minas
Gerais por meio da Resolução SEE Nº 4.657 de 12 de novembro de
Pr
2021, mantido na Matriz da Resolução 4.908 de 11 de setembro
de 2023, e visa a dar suporte para o desenvolvimento da
autonomia, resolução de problemas e do pensamento crítico e científico.

Pesquisa e Intervenção compõe a matriz curricular do EMTI dentro dos Itinerários


o

Formativos, trata-se de um componente que possibilitará a autonomia dos estudantes


quanto à escolha dos temas a serem desenvolvidos em sala de aula. Temas


transversais, pertinentes ao contexto social dos estudantes devem ser fomentados, a
fim de suscitar o interesse pela discussão e pesquisa.
r
Ve

Professores das 04 (quatro) áreas do conhecimento estão aptos a trabalharem com


este componente curricular, que se desenvolverá a partir de uma escuta com os
estudantes.
A Pesquisa e Intervenção contribui para que o educando consiga, ao longo do
desenvolvimento, levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, como bem dimensionado
pelo Currículo Referência de Minas Gerais, dentro das Habilidades Específicas dos
Itinerários Formativos. O levantamento de hipóteses pode ser no âmbito local,
regional, nacional e/ou global, almejando contextualizar os conhecimentos em sua

ar
realidade e fazendo o uso de procedimentos e linguagens de acordo com investigações
científicas.

in
No primeiro dia de aula, o professor deverá estabelecer um diálogo com sua turma
de forma a identificar os temas que são de interesse da turma, temas que são
possíveis de discussão no ambiente escolar, na comunidade ou até mesmo os mais

lim
amplos que envolvem a sociedade.
Apontados os temas, a turma deverá escolher 02 (dois) que serão trabalhados, um
no primeiro semestre e o outro no segundo semestre ou 04 (quatro) temas para
serem explorados bimestralmente. O tema a ser trabalhado deve ser o que a
maioria da turma decidir. Espera-se que o desenvolvimento da Pesquisa e
Intervenção, após a realização da escolha do tema da turma, auxilie na compreensão
e
da realidade e na implementação da intervenção.
Pr
Partindo da escolha do tema, o professor deverá, juntamente com seus estudantes,
elaborar 02 (dois) projetos de pesquisa, um que será desenvolvido no primeiro
semestre e outro que será desenvolvido no segundo semestre ou 04 (quatro) projetos
o

de pesquisa, um para cada bimestre. Importante ressaltar que será necessário a


motivação para que os estudantes desenvolvam um projeto de pesquisa baseado em

critérios científicos, são eles:

● Escolha do tema;
● Identificação do que já foi publicado;
r

● Justificativa da escolha do tema;


Ve

● Formulação do problema;
● Determinação dos objetivos;
● Definição da Metodologia;
● Coleta de dados;
● Organização dos dados;
● Análise e conclusão dos resultados.

E, em seguida, para ampliação do trabalho e pensando na necessidade de educar para


a participação social ativa e efetiva, os estudantes deverão elaborar uma proposta de
intervenção para o tema desenvolvido. Essa proposta deve ser amplamente discutida e

ar
sairá de uma construção coletiva, sobre a qual todos os estudantes da turma, em
debate construtivo, deverão opinar.

in
Os resultados dos projetos deverão ser compartilhados com toda a comunidade
escolar nos momentos de conclusão desses trabalhos. O componente Pesquisa e
Intervenção visa a fomentar o protagonismo, o livre debate, a motivação para a

lim
participação cidadã efetiva e o interesse pela pesquisa científica.

Saiba mais em:

Curriculo Referência de Minas Gerais:


e
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg
Pr
3.8 MODELO DE GESTÃO DAS ESCOLAS DE EMTI

A base fundamental para a concepção das escolas de Ensino


Médio em Tempo Integral de Minas Gerais é o compromisso com a
o

integralidade da ação educativa e, para que isso se concretize,


devemos considerar a indissociabilidade entre o Modelo


Pedagógico e o Modelo de Gestão.

Nessa perspectiva, a Tecnologia de Gestão Educacional:


r
Ve

se apresenta como sendo a base na qual o Modelo Pedagógico se alicerça para gerar o
trabalho que transformará toda a “intenção educativa” e “efetiva ação” traduzida em
resultados tangíveis e mensuráveis. (ICE,2020, p. 13 - Caderno Concepção do Modelo
de Gestão - TGE,) .

Essas características são essenciais para transformar a visão e a missão da escola em


ações efetivas ao longo do processo educacional.

Esta é a tarefa mais complexa da gestão escolar: assegurar que a escola cumpra sua
missão, garantindo uma educação de qualidade para o estudante, comprometida com
seu pleno desenvolvimento (corpo, intelecto, espírito e emoção) e com a introdução de
um currículo que traga sentido e significado para o estudante.

ar
Igualmente desafiador é a otimização do tempo dedicado aos processos
administrativos e de gestão. Sendo assim, é essencial que o Gestor, tendo como
principal responsabilidade coordenar as diferentes áreas e integrar os resultados

in
gerados, utilize, juntamente com sua equipe, um conjunto de ferramentas gerenciais
que favoreçam essa otimização do tempo e garanta que:

lim
missão, objetivos, metas, indicadores, estratégias e ações, estejam alinhados
e claramente definidos em todas as instâncias da escola, de modo que todos
possam, com clareza, compreender o seu papel e contribuir objetivamente
para a consecução dos resultados esperados para que sejam medidos,
e
avaliados e reconhecidos. (ICE, 2020. p. 16 - Caderno Concepção do Modelo
de Gestão - TGE)
Pr
Fazem parte desse conjunto de ferramentas, por exemplo, o relatório gerado no Ciclo
de Acompanhamento Formativo (CAF), o Exercício Prévio e o SIGAE, sendo esta última
a plataforma do programa Jovem de Futuro, onde o plano de ação de cada escola será
o

lançado, sistematizado e monitorado. Entretanto, é importante ressaltar que a


Tecnologia de Gestão Educacional não se configura como um conjunto de ferramentas


de gestão, mas sim, como um conjunto de princípios e conceitos que se vale de
ferramentas estratégicas de gestão. Sendo assim, a Tecnologia de Gestão Educacional é
definida como “a arte de integrar tecnologias específicas (diferentes saberes) às
r

diversas áreas do conhecimento e de educar pessoas. Ela é mais postura e tomada de


Ve

consciência do que um método de gestão” (ICE, 2020. p. 16 - Caderno Concepção do


Modelo de Gestão - TGE)
3.8.1 A EQUIPE ESCOLAR ATUANDO A PARTIR DA TGE

Para converter a intenção pedagógica, que reside no âmbito das ideias, em ações
concretas no ambiente escolar, alinhadas aos modelos pedagógicos e de gestão
delineados para as Escolas de Educação em Tempo Integral (EMTI), é essencial que
todos os participantes se baseiam em três pilares fundamentais:

ar
● Compreender e aplicar os princípios e conceitos do modelo.
● Planejar com base nesses princípios e conceitos.
● Executar as ações de acordo com esses princípios, conceitos e planejamento.

in
Dessa forma, o exercício contínuo de ação e concepção (teoria e prática) é o que
viabiliza a eficácia do modelo de gestão. Nesse contexto, o plano de ação é a

lim
matéria-prima que dá vida à TGE e fornece subsídios para a elaboração de relatórios
de acompanhamento. A partir desse ponto, com base nas ações planejadas e nos
resultados alcançados, iniciamos um novo ciclo, sempre priorizando a busca pela
melhoria contínua dos processos administrativos e pedagógicos (PDCA). Todas essas
e
ações são em prol do Projeto de Vida dos estudantes, tendo em vista os Princípios
Pr
Educativos das escolas de EMTI:

● O Protagonismo dos estudantes;


● Os quatro Pilares da Educação;
● A Pedagogia da Presença;
o

● A Educação Interdimensional.

O Modelo de Gestão denominado TGE (Tecnologia de Gestão Educacional), concebido


pelo Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), orienta-se pelos princípios
Ciclo Virtuoso, Comunicação e Educação pelo Trabalho, bem como pelos conceitos de
r

Descentralização, Delegação Planejada, Ciclo de Melhoria Contínua, Parceria e Níveis


Ve

de Resultados. A seguir, apresentaremos os três princípios e os cinco conceitos que


norteiam a aplicação da TGE no contexto escolar.

3.8.2 OS PRINCÍPIOS DE GESTÃO NO EMTI

Ciclo Virtuoso

O Ciclo Virtuoso é o movimento gerado pelas relações existentes entre gestão pública,
escola/estudante, investidores sociais e comunidade, retroalimentando-se por meio de
um sistema de comunicação pautado na confiança e na parceria. Em vista disso, cria-se
um Ciclo Virtuoso, produtor de riqueza material e moral, no qual os estudantes bem
formados impactam positivamente a comunidade em que vivem, os investidores
sociais interagem e percebem claramente os benefícios socioeducacionais, a escola e a
comunidade estabelecem um processo progressivo de aproximação e a gestão pública
maximiza seus investimentos sociais.

ar
Comunicação

in
É a fala em movimento, gerando outros movimentos em direção àquilo que é
necessário. Portanto, é fundamental que, entre os membros da equipe escolar, a

lim
comunicação seja clara e objetiva para evitar dificuldades e conflitos. O gestor deve ter
a comunicação como foco de seu trabalho, pois a falta de comunicação com uma
intenção clara tende a colocar em risco toda a sinergia da equipe.
e
Educação pelo Trabalho
Pr
O princípio da Educação pelo Trabalho, fundamentado na Pedagogia da Presença de
Antônio Carlos Gomes da Costa, destaca-se por influenciar a formação não apenas no
contexto do trabalho, mas também na preparação para a vida. Na esfera escolar, a
o

Pedagogia da Presença é manifestada por vínculos afetivos entre educadores e


estudantes, promovendo uma relação fundamental no processo de formação humana.

Essa abordagem educa de maneira real e eficaz, integrando conhecimento, valores e


habilidades nas atividades cotidianas.

Na Educação pelo Trabalho, centrada na Tecnologia de Gestão Educacional, o


r

estudante trabalha para aprender e, no processo, autoeduca-se, diferentemente do


Ve

modelo de educação para o trabalho, no qual o estudante aprende para trabalhar.

3.8.3 OS CONCEITOS DE GESTÃO NO EMTI

Descentralização

A descentralização implica a distribuição de responsabilidades entre os envolvidos,


estabelecendo objetivos claros para gestores, coordenadores, professores e
estudantes. Fundamentada em disciplina, respeito e confiança, ela promove iniciativas
e novas ideias, criando um ambiente propício para a delegação planejada.

Delegação Planejada

Delegação planejada na liderança implica acreditar no potencial do outro,

ar
gradualmente, concedendo autoridade e responsabilidades com base na confiança e
alinhamento filosófico da escola. Os reflexos conhecidos de um processo bem-sucedido

in
incluem fortalecimento da eficácia, aumento do pertencimento à escola, construção
conjunta de indicadores de desempenho, promoção de autoestima coletiva,
compreensão das expectativas de desempenho, formação do espírito de equipe e

lim
apoio ao desenvolvimento de competências decisórias.

Ciclo de Melhoria Contínua


e
O Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act) é um conceito e instrumento destinado a apoiar o
Pr
processo de melhoria contínua que considera as fases: planejar, executar, avaliar e
ajustar. Sua aplicação não só facilita a detecção de ajustes ao final de aulas, períodos
letivos ou qualquer ciclo que se queira estabelecer, mas também, estimula o
pensamento crítico, propiciando um ambiente criativo na escola. Importante notar que
o

o Ciclo PDCA é versátil, aplicável tanto em processos administrativos quanto


pedagógicos.

A seguir, destacamos as etapas do Ciclo PDCA:

● Planejar: Estabelecer objetivos, estratégias e metas, envolvendo diagnóstico da


r
Ve

situação atual e definição de indicadores para avaliação.


● Executar: Implementar o plano, executar o processo e coletar dados para
mapeamento, identificando e desenvolvendo competências necessárias.
● Avaliar: Realizar a medição e análise, estudando os resultados reais,
comparando com as metas, focando nos desvios, analisando causas, checando
adequação e integridade das ações. O uso de dados gráficos facilita a
visualização de tendências.
● Ajustar: Implementar ações corretivas, determinando onde aplicar mudanças
para melhorar o processo. Ao final de um período anual, é crucial corrigir o
Plano de Ação, ajustando estratégias, metas e indicadores com base nos
resultados alcançados. O ciclo recomeça após essa fase.

ar
Níveis de Resultado

São os distintos níveis do ciclo de vida vivenciados pela escola, a partir da implantação
do modelo pedagógico e de gestão das escolas de EMTI. Existe uma relação de

in
proporcionalidade entre os resultados alcançados pela escola e seus níveis do ciclo de
vida, cada um sendo suporte para os seguintes.

lim
São três os níveis de resultado:

● Sobrevivência
● Crescimento
● Sustentabilidade
e
Na fase de Sobrevivência, a escola passa por um período de aprendizado, pelo qual
Pr
experimenta os primeiros desafios, avalia seus resultados e busca consolidar a
aplicação do modelo pedagógico e de gestão, aprendendo com os erros e acertos ao
longo do processo.
o

No segundo nível, a fase do Crescimento, espera-se o pleno entendimento dos


Princípios Educativos do modelo EMTI e o domínio das Metodologias de Êxito. Ele

representa a fase em que a escola busca consolidar suas práticas, aprimorar suas
rotinas e promover o desenvolvimento pessoal e profissional de sua equipe. Neste
estágio, a escola está em um processo de evolução e amadurecimento, preparando-se
r

para alcançar a Sustentabilidade e resultados mais significativos.


Ve

Por fim, no nível de resultado "Sustentabilidade", a escola se estabelece, obtém


resultados mais significativos e se torna um centro difusor de boas práticas
educacionais, demonstra sua capacidade de gerar valor ao sistema educacional e à
sociedade. Neste estágio, a escola mantém sua operação contínua e eficaz, cumprindo
sua missão como instituição pública de educação e entrega os resultados esperados.
“Em condições ideais, serão necessários aproximadamente três anos para que uma
escola navegue pelos dois primeiros níveis (Sobrevivência e Crescimento) e, então,
estabeleça-se no nível de Sustentabilidade” (ICE, 2020, pág. 33 - Caderno Concepção
do Modelo de Gestão - TGE).

Parcerias

ar
O conceito de parcerias no contexto educacional envolve a manifestação do
compromisso e da responsabilidade com um objetivo comum. As escolas podem

in
estabelecer alianças com parceiros locais, organizações e/ou pessoas que apoiam o
projeto escolar por meio de ações que atendem a demandas específicas. Além disso,
existem parcerias institucionais com organizações que, associadas à Secretaria de

lim
Educação, apoiam o desenvolvimento de projetos acadêmicos, científicos, culturais,
artísticos ou esportivos, beneficiando a escola e a comunidade.
e
3.8.4 PLANEJAMENTO E OPERACIONALIZAÇÃO
Pr
O planejamento é uma etapa crucial para qualquer Gestor ou educador, é o momento
de toda a equipe refletir sobre a visão de futuro da Secretaria de Educação para a
escola e decidir como transformar essa visão em estratégias e ações no dia a dia
escolar, incluindo a definição de prazos e a atribuição de responsabilidades para a
o

coleta de informações e dados necessários à elaboração dos instrumentos de gestão.

O Modelo de Gestão para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral conta


atualmente com quatro instrumentos estratégicos e operacionais que operam entre si


a favor dos resultados esperados. São eles:

1. Plano de Ação da Escola (com planos e metas pactuados coletivamente);


r

2. SIGAE (Plataforma do programa Jovem de Futuro);


Ve

3. PDCA – Plan, Do, Check, Act (planejar, executar, avaliar e ajustar para assegurar
a melhoria contínua);
4. Guia de Ensino e de Aprendizagem (apoia de forma objetiva a gestão dos
processos pedagógicos com vistas na obtenção dos resultados pretendidos e
criação de condições para a futura construção dos Projetos de Vida dos
estudantes).

A observância do Plano de Ação marca o ponto inicial de todo o processo de


planejamento. A partir desse momento, cada estratégia delineada se desdobra em
ações e tarefas no Sistema de Gestão da Aprendizagem Escolar (SIGAE). O propósito é
designar responsabilidades de acordo com cada ação estratégica planejada e registrada

ar
no SIGAE, distribuindo-as entre os membros da equipe escolar. Isso implica alinhar
objetivos, metas e indicadores que orientarão o desenvolvimento das ações
individuais.

in
Vale ressaltar que, além do Planejamento, outras atividades cotidianas na escola
devem adotar como referência os princípios do PDCA (Planejar, Executar, Verificar e

lim
Agir). Essa abordagem não se limita apenas ao âmbito do Planejamento, mas permeia
todas as atividades diárias, proporcionando uma trajetória consistente de melhoria
contínua.

Destacamos, para melhor compreensão da equipe escolar, que as escolas de


e
Educação em Tempo Integral (EMTI) adotam a mesma matriz curricular das demais
Pr
instituições de ensino em tempo parcial, especificamente no que diz respeito à
matriz curricular da Formação Geral Básica. A ampliação da carga horária é, portanto,
uma estratégia que visa a enriquecer a formação do estudante dentro dos
parâmetros já estabelecidos anteriormente, especialmente em relação aos Eixos e
o

Princípios.

Dessa maneira, é fundamental que as ações e tarefas registradas no SIGAE abranjam


não apenas as diretrizes-padrão, mas também incorporem o diferencial das escolas
de EMTI, as chamadas Atividades Integradoras.
r
Ve

3.8.5 PLANO DE AÇÃO

Etapas para a Elaboração do Plano de Ação da Escola

1. Estudo e Mobilização da equipe escolar


O primeiro passo é ter em mãos o Plano de Ação da Secretaria de Educação que
norteará o desdobramento das estratégias específicas da escola, lembrando
que a visão de futuro e as premissas não devem ser alteradas, pois se tratam de
uma expressão da Secretaria de Educação.
Tendo em vista a importância desse momento de planejamento,
recomendamos ao Grupo Gestor da Escola o estudo dos fundamentos do
Modelo das escolas de EMTI com a utilização do material de referência
(Documento Orientador e Referencial Teórico), assegurando espaço de tempo

ar
na semana de planejamento, nos dias escolares que antecedem o ano letivo,
para pleno entendimento do modelo que está sendo implantado. Com os

in
fundamentos conhecidos, o Diretor, juntamente com toda sua equipe, pode
então desdobrar o plano de ação da Secretaria em estratégias específicas da
unidade escolar.

e lim
2. Entendendo a Mecânica do Plano de Ação da Escola

Dado que o Plano de Ação visa a desenvolver uma situação futura a partir da situação
presente, é importante que toda a Equipe Escolar participe da sua elaboração,
Pr
trazendo assim o despertar do sentimento de pertencimento e corresponsabilidade em
relação às metas que serão estabelecidas.
Para tanto, é necessário o entendimento dos princípios e conceitos que sustentam a
elaboração do Plano de Ação:
o

Visão e Missão e Valores - Referência: Mapa Estratégico da SEE/MG


A Visão representa um estado futuro para a Escola e expressa a intenção estabelecida


pela Secretaria de Educação e não deve ser mudada. De acordo com o Mapa
Estratégico da SEE:
r
Ve

Visão: Ser referência nacional em educação pública, em qualidade e equidade.


A Missão é a base para orientar a tomada de decisões e auxilia na definição dos
objetivos, no estabelecimento de prioridades e na elaboração de estratégias.
Representa uma reflexão sobre a razão de ser da escola.
Missão: Garantir acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes.
Os Valores são as convicções e crenças definidas pela Secretaria, não são apenas
diretrizes normativas; elas são princípios fundamentais que devem ser internalizados
por todos na instituição. Esses valores são elementos inspiradores que guiam as ações
diárias, promovendo unidade e coerência no trabalho coletivo e devem estar presentes
na atitude de todos.
Valores: DIÁLOGO | ÉTICA E TRANSPARÊNCIA | EQUIDADE | INOVAÇÃO | GESTÃO
BASEADA EM EVIDÊNCIAS | COLABORAÇÃO

ar
Mapa Estratégico da Secretaria de Educação:

in
https://drive.google.com/file/d/1KUtG8IjImqZQ4_UCb-fj790-wRCrHxJ7/view?usp=sh
aring

lim
Premissa e objetivos
As Premissas são o ponto de partida para a definição de objetivos, prioridades e metas
e são marcos que representam os princípios básicos, aos quais se conectam objetivos,
e
prioridades e resultados esperados.
A partir daí, os Objetivos são definidos alinhados com cada uma dessas premissas e
Pr
orientados pelos objetivos da Secretaria, expressando de forma clara e precisa aquilo
que se pretende alcançar com cada público.

A seguir, apresentamos os objetivos básicos para cada uma das cinco Premissas atuais
o

do modelo das escolas de EMTI:


1. Protagonismo: Jovem autônomo, solidário e competente;


2. Formação Continuada: Educadores qualificados e comprometidos, que
incorporam os Princípios Educativos do Modelo;
r

3. Excelência em gestão: Gestores focados nos resultados pactuados e na


Ve

melhoria contínua dos processos educativos;


4. Corresponsabilidade: Comunidade, familiares e parceiros comprometidos e
participativos no projeto escolar;
5. Replicabilidade: Secretaria com políticas públicas fundadas em práticas
replicáveis e sustentáveis para a expansão do Modelo e Escola de referência
para a rede, tendo implementado com sucesso as práticas pedagógicas e de
gestão.

Prioridades
Estabelecer prioridades é determinar o que é mais importante, elegendo como
prioritários os pontos que causarão um impacto significativo nos resultados a longo
prazo. É crucial lembrar que tudo na escola tem seu valor, porém, nem tudo é

ar
prioritário.
Priorizar é concentrar esforços, dessa forma, é importante manter um número

in
moderado de prioridades, garantindo que a equipe possa lidar efetivamente com elas.

Indicadores e Metas

lim
Indicadores representam um fenômeno e são usados para mensurar resultados de um
determinado processo. Vamos citar aqui dois tipos de indicadores:
e
Indicador de resultados: mensura o que a escola alcançou em função de ações
passadas, com avaliação realizada ao término de um período determinado. A meta
Pr
representa o resultado desejado que almejamos atingir. Por exemplo, as médias
obtidas pelos estudantes no ENEM ou no SAEB podem ser adotadas como indicadores
de resultados e a meta seria um patamar específico a ser alcançado.
É essencial selecionar indicadores cujas metas atingidas tenham um impacto
o

significativo nos resultados e que reflitam a missão da escola. Destacamos que cada
prioridade do Plano de Ação requer o monitoramento de, pelo menos, um indicador

que evidencie o impacto das ações desenvolvidas.

Indicador de processo: é aquele que monitora uma tendência. É importante, pois seu
r

monitoramento permite que seja possível fazer mudanças durante o processo em


Ve

tempo de corrigir o rumo e garantir o resultado final. A definição de indicadores requer


o conhecimento dos processos e de suas variáveis que influenciam e impactam o
alcance das metas. Nesse sentido, o monitoramento periódico desses indicadores pode
fornecer ao Diretor e ao corpo docente valiosas informações sobre o desempenho dos
estudantes e seu processo formativo.
Alguns exemplos de indicadores de processo que podemos estabelecer:
● Indicador de processo: percentual de Guias de Ensino e Aprendizagem
publicados (relacionado ao indicador de resultados: “percentual de execução do
Currículo”). Período: bimestral
● Indicador de processo: estimativa de aprovação pelo Conselho de Classe
periódico (relacionado ao indicador de resultado: “percentual de estudantes
com média final maior do que 60%”).

ar
Estratégias

in
A estratégia é o que sintetiza e qualifica o conjunto das ações a serem desenvolvidas
para converter intenções em ações concretas. No contexto do programa Jovem de
Futuro, as estratégias se desdobram em tarefas detalhadas no plano de ação lançado

lim
no SIGAE, de acordo com a metodologia adotada no Circuito de Gestão de
Aprendizagem (CDG). Esse detalhamento, incluindo atividades, responsáveis e prazos,
é essencial para viabilizar e operacionalizar a estratégia, sendo condição necessária
e
para atingir os resultados esperados a curto e médio prazo.
Pr
Macroestrutura
A macroestrutura, diferente de um organograma convencional, visualiza a escola e seu
sistema de comunicação, destacando o fluxo dos processos. Além disso, representa um
ciclo virtuoso, que reflete a importância da comunidade beneficiada pela educação de
o

qualidade e daqueles que apoiam a organização.



r
Ve
ar
in
lim
A macroestrutura se destaca por facilitar a comunicação com processos internos
horizontais, promovendo eficiência nas decisões. Sua descentralização permite a
participação de todos na concepção, execução e tomada de decisões.
e
Acompanhamento do Plano de Ação
Pr
A gestão efetiva do Plano de Ação consiste em verificar o cumprimento das metas
estabelecidas. O acompanhamento pressupõe a tomada de medidas quando as ações
trabalhadas não são efetivas para o alcance dos resultados previstos. Essa abordagem é
a genuína aplicação do PDCA.
o

Em relação à periodicidade do acompanhamento do plano de ação, deve-se seguir o


calendário da estratégia do programa Jovem de Futuro. Cabe ao Gestor estabelecer o


processo de acompanhamento, por meio do monitoramento das tarefas delineadas
para os membros da sua equipe.
r
Ve

3.8.6 REGISTROS DO PLANO DE AÇÃO NA PLATAFORMA DO SIGAE

A partir deste ano de 2024, todas as escolas de EMTI adotarão o SIGAE como
ferramenta para o registro do Plano de Ação da escola, seguindo os princípios e
conceitos da TGE. Dessa forma, com base em todas as orientações contidas neste
documento-guia, o grupo gestor deverá elaborar as estratégias e ações que serão
implementadas na escola.
Vale ressaltar que as Atividades Integradoras são estratégias para alcançar os
objetivos relacionados ao modelo pedagógico e de gestão do EMTI. Portanto, é
essencial mapear a operacionalização dessas atividades (ver manual no link abaixo)
para cada um dos sete componentes curriculares (Estudo Orientado, Nivelamento,
Projeto de Vida, etc…). A partir desse mapeamento, o gestor poderá lançar as ações,
de acordo com a metodologia do SIGAE, atribuindo a cada membro de sua equipe

ar
suas respectivas tarefas associadas ao componente.

Saiba mais em:

in
Manual das Atividades Integradoras:

https://drive.google.com/file/d/12dAxR7VUIPo3b8ndE8l3ukKmgZY0j7QS/view?usp=dri

lim
ve_link

3.8.7 REGISTROS E RELATÓRIOS


e
Escrever sobre a prática faz refletir sobre as decisões que foram ou serão tomadas,
Pr
permitindo aprimorar o trabalho diário e adequá-lo com frequência às necessidades
dos alunos. Os registros valorizam o trabalho e os resultados conquistados pela equipe,
além de serem matéria-prima para o planejamento, são essenciais para a realização do
ciclo PDCA.
o

São boas práticas relacionadas aos registros e relatórios:


● Todos os indicadores adotados devem ter responsáveis pela atualização dos


registros;
● Deve haver relatórios que evidenciem o monitoramento, análise e
encaminhamento de ações acessíveis a todos da equipe;
r

● As reuniões precisam ser precedidas de uma pauta com horário estabelecido;


Ve

● Toda reunião deve seguir a pauta, ser objetiva e ter uma ata das conclusões,
que pode ser formal, manuscrita em livro diário ou mesmo um e-mail, desde
que resuma: pauta, participantes, tópicos discutidos, encaminhamentos, prazos
e responsáveis;

● É de extrema importância incorporar a prática de desenvolver relatórios


parciais e anuais de resultados que sejam concisos e objetivos. Essa ação
proporciona subsídios essenciais para o ajuste do Plano de Ação no ano
subsequente.

Uma recomendação para a elaboração do relatório é, ao longo dos semestres,


colecionar um conjunto de dados e informações que se referem aos resultados das

ar
atividades realizadas, visando, assim, à constituição da memória da instituição.

in
3.9 PAPEIS E ATRIBUIÇÕES – DIRETOR(A), ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO BÁSICA
COORDENADOR(A) GERAL DO EMTI - EEBCG OU PROFESSOR(A) COORDENADOR(A)
GERAL – PCG - DO(A) PROFESSOR(A) COORDENADOR(A) DE CURSO EMTI

lim
PROFISSIONAL E DEMAIS PROFESSORES (AS) DO EMTI.

Com a definição de papéis e responsabilidades, pretende-se criar um ambiente


e
colaborativo, com menos gargalos para a execução de tarefas. Todas as pessoas
integrantes que ocupam posição de liderança ou que sejam responsáveis por
Pr
determinado processo, devem ser relacionados. A seguir, para elucidar esse conceito,
destacamos as responsabilidades de três públicos distintos: Diretor Escolar,
Coordenador Geral do EMTI (EEBCG ou PCG), Professor (a) Coordenador (a) de Curso
no EMTI Profissional e Professores das turmas de EMTI .
o

Diretor(a) Escolar:
Responsável por conhecer os princípios da liderança servidora. Criar momentos
de discussão e estudo do modelo EMTI. Zelar para que o modelo pedagógico
esteja construído sob uma sólida base de gestão, cuidando para que os
r

processos de planejamento, execução e avaliação do projeto escolar tenha


Ve

como centralidade o jovem e seu projeto de vida. Zelar pela convivência


democrática, desenvolvimento do protagonismo e pela Pedagogia da Presença.

Coordenador(a) Geral do EMTI (PCG ou EEBCG)


Responsável por zelar para que os princípios educativos sejam movimentados
de forma a garantir que os eixos formativos, formação acadêmica de excelência,
formação para a vida e desenvolvimento de habilidades para o século XXI sejam
efetivados no projeto escolar. Deverá monitorar os fluxos que garantem a
integração entre a FGB e as atividades integradoras e acompanhar a
operacionalização das ações, práticas educativas e metodologias de êxito, de
forma a garantir a assertividade dos objetivos.

ar
O EEBCG ou PCG cumprirá as seguintes funções:
● Zelar para que os princípios, ações e práticas educativas sejam

in
desenvolvidas conforme estabelece a metodologia usada nas escolas
EMTI;
● Coordenar os trabalhos para que sejam garantidos os três Eixos

lim
Formativos, a saber - Formação Acadêmica de Excelência, Formação
para a Vida, Formação de Competências para o século XXI;
● Trabalhar, junto com a equipe escolar, nos planejamentos coletivos, a
e
fim de incluir no projeto escolar as premissas da Pedagogia da Presença,
Protagonismo, Corresponsabilidade, Formação Continuada e
Pr
Replicabilidade;
● Fomentar a formação dos Clubes de Protagonismo, possibilitando aos
estudantes tempos e espaços adequados para desenvolvimento das
ações dos clubes;
o

● Garantir a formação básica do modelo pedagógico para os(as)


professores(as) convocados que chegarem à escola após o período de

formação;
● Monitorar o desenvolvimento do cumprimento do currículo das
Atividades Integradoras, conforme preconiza a metodologia usada nas
r

escolas EMTI;
Ve

● Sistematizar e garantir, junto com o diretor escolar, que o Acolhimento


Diário dos estudantes aconteça com a intencionalidade do modelo
pedagógico;
● Divulgar os Guias de Ensino e Aprendizagem - GEA -, de modo que os
estudantes, equipe escolar e famílias tenham acesso às informações
contidas nele;
● Trabalhar para a conscientização da equipe escolar, para que o Projeto
de Vida seja a centralidade do projeto escolar;
● Acompanhar e monitorar o desenvolvimento das aulas de Projeto de
Vida - PV - quanto ao planejamento e cumprimento de todas as aulas
estruturadas;
● Compartilhar, com toda a equipe escolar, o desenvolvimento das

ar
reflexões propostas pelos estudantes nas aulas de Projeto de Vida - PV;
● Organizar a logística de desenvolvimento do componente curricular

in
Estudos Orientados, garantindo que haja espaço durante o bimestre,
para que todos os componentes curriculares da Formação Geral Básica -
FGB - sejam contemplados, bem como, as Avaliações Semanais

lim
aconteçam dentro dos prazos planejados;
● Planejar, com o(a) professor(a) de Práticas Experimentais, o
revezamento dos componentes da Área de Ciências da Natureza em
suas aulas;
e
● Reunir periodicamente com os(as) professores(as) das Atividades
Pr
Integradoras, para avaliação e alinhamento dos trabalhos desenvolvidos
com os/as estudantes;
● Monitorar o desenvolvimento e cumprimento do currículo das
Atividades Integradoras conforme preconiza o modelo pedagógico;
o

● Participar das Reuniões de Fluxo, para promover a integração dos


componentes das Atividades Integradoras e Formação Geral Básica -

FGB - e, também, com os componentes específicos da formação técnica;


● Monitorar a aplicação das Sequências Didáticas de Língua Portuguesa e
Matemática nas aulas de Nivelamento;
r

● Possibilitar momentos de estudos coletivos com a equipe escolar;


Ve

● Atender solicitações da Coordenação do EMTI do Órgão Central e


Superintendência Regional de Ensino;
● Apropriar do referencial teórico da metodologia das escolas EMTI, por
meio dos Cadernos de Formação e dos materiais indicados pela equipe
de implantação EMTI;
● O EEBCG ou PCG, quando convocado, deverá participar das formações
realizadas pela SEE/MG em parceria com os Institutos, promovendo
posteriormente, na escola, em reuniões pedagógicas, a replicabilidade
para os demais EEB, Professores(as) e toda equipe escolar.

Professor (a) Coordenador (a) de Curso EMTI Profissional deverá:


● Ter perfil para coordenar projetos e programas;

ar
● Estar atuando como professor do curso técnico na escola;
● Ter CH inferior ou igual a 12h/a, para que sejam acrescidas as 4h/a
destinadas à Coordenação.

in
Atribuições do Professor(a) Coordenador (a) de Curso:

lim
● Cuidar para que os professores dos cursos técnicos compreendam o
contexto da educação integral e seus princípios;
● Orientar os professores dos cursos técnicos quanto às disposições legais
sobre a educação integral profissional;
● Acompanhar o aproveitamento dos estudantes, cuidando para que
e
todas as possibilidades de recuperação previstas em legislação sejam
facultadas a eles;
Pr
● Planejar, com os professores da FGB, projetos interdisciplinares que
dialoguem com o curso técnico;
● Intermediar ações de visitas técnicas;
● Incentivar o desenvolvimento de metodologias ativas para os
componentes curriculares dos cursos técnicos.
o

Professores(as) do EMTI:

São encarregados(as) de conhecer e compreender os princípios fundamentais da


educação integral. Esses profissionais devem aplicar metodologias inovadoras em suas
aulas. Têm a responsabilidade de garantir que a aprendizagem seja significativa para os
r

estudantes, contribuindo para o desenvolvimento de seus projetos de vida. Devem


Ve

também cultivar a Pedagogia da Presença e promover o protagonismo, aplicando


técnicas eficazes de ensino e avaliação para assegurar a excelência acadêmica.

A ideia consiste em especificar as funções essenciais do processo, evidenciando a


relevância de cada membro para o sucesso do projeto escolar. Nesse contexto,
compreendendo o conceito de “papeis e responsabilidades”, cabe ao diretor mapear
sua equipe e, em conformidade com a legislação vigente, delinear claramente os
papeis e responsabilidades de todos os membros da equipe.

3.10 REUNIÕES DE FLUXO

As reuniões de fluxo estão fundamentadas no segundo princípio de gestão do EMTI.


De acordo com este princípio “o gestor deve ter a comunicação como foco de seu

ar
trabalho”, por isso, essas reuniões são essenciais para alinhar toda a equipe escolar,
visando a assegurar a fluidez do processo educativo pelo fluxo de comunicação. Além
disso, e não menos importante, as reuniões de fluxo possibilitam a movimentação do

in
ciclo virtuoso, a partir da descentralização de todos os processos que envolvem os
conceitos envolvidos na metodologia das escolas do EMTI, como por exemplo, a

lim
delegação planejada e a corresponsabilidade de todos com o projeto de vida do
Estudante.

Para uma melhor compreensão, é importante levar em consideração os seguintes


alinhamentos recomendados pela macroestrutura do EMTI:
e
● Equipe Gestora: Diretor, Vice-Diretor, Especialista (EEB) e Especialista
Pr
Coordenador(a) Geral (EEBCG) ou Professor Coordenador Geral (PCG) - pauta
mínima: gestão da Escola, resultados e decisões estratégicas;
● Especialista de Educação Básica Coordenador(a) Geral - EEBCG ou Professor(a)
Coordenador(a) Geral (PCG) com os Professores do componente curricular
o

Projeto de Vida - Pauta mínima: monitoramento com a planilha de


acompanhamento do currículo e GPS do componente Projeto de Vida,


andamento das aulas de Projeto de Vida e alinhamentos;
● Acesse a planilha de monitoramento (aba Projeto de Vida):
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1985eLf8wV2s4fy7U28hC_ZkOCANfn
r

y-9P53wPJ29oCU/edit?usp=sharing
Ve

● Especialista de Educação Básica Coordenador Geral (EEBCG) ou Professor


Coordenador Geral (PCG) com Professores do componente curricular Estudos
Orientados - Pauta mínima: monitoramento utilizando a planilha de
acompanhamento do currículo, acompanhamento dos Estudos Orientados e
integração com as demandas da Formação Geral Básica - FGB -, planejamento
das avaliações semanais, análise dos dados das avaliações e devolutiva aos
professores, acompanhamento da implementação da proposta pedagógica;
● Acesse a planilha de monitoramento (aba Estudos Orientados)
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1985eLf8wV2s4fy7U28hC_ZkOCANfn
y-9P53wPJ29oCU/edit?usp=sharing

ar
● Diretor com Representantes de Turma (Conselho de Representantes) - Pauta
mínima: demanda dos representantes de turma e encaminhamentos da Escola

in
(decisões e soluções);
● Diretor com Presidentes de Clubes de Protagonismo - Pauta mínima:
Acompanhamento da implementação dos clubes e progresso nas atividades dos

lim
Clubes.

● Especialista de Educação Básica Coordenador Geral (EEBCG) ou Professor


Coordenador Geral (PCG) com Professor Coordenador de Curso - Pauta
e
mínima: Encontros periódicos para promover a integração dos componentes
curriculares dos cursos técnicos com ações e práticas pedagógicas
Pr
desenvolvidas pela escola.

3.11 OS GUIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM


o

O Guia de Ensino e Aprendizagem - GEA - é um importante instrumento de gestão dos


processos pedagógicos que apoia de forma objetiva a obtenção dos resultados

pretendidos com vistas na criação de condições para a futura construção dos projetos
de vida dos estudantes. É um instrumento que orienta objetivamente o processo de
ensino e aprendizagem de cada componente curricular e atua em três níveis distintos:
r
Ve

● Junto ao professor: para o planejamento e desenvolvimento das atividades


pedagógicas;
● Junto ao estudante: apoiando o desenvolvimento da capacidade de
autorregulação da sua aprendizagem;
● Junto aos Pais ou Responsáveis: apoiando o acompanhamento do
ensino/aprendizagem dos estudantes;
O Guia compartilha “o que” e “como” será o acesso ao conhecimento, possibilitando
que os Princípios Educativos sejam mobilizados no cotidiano escolar e traduzindo,
assim, a prática pedagógica. Além disso, o Guia orienta a prática docente organizando,
alinhando as demandas pedagógicas e articulando as habilidades exigidas pela BNCC.
Outro aspecto importante relacionado ao uso do GEA é que esse instrumento

ar
possibilita transformar “ação” aquilo que é apresentado enquanto princípio educativo,
estando diretamente associados ao desenvolvimento das competências estabelecidas

in
nos Princípios Educativos deste Modelo (EMTI). O GEA construído da forma
recomendada estimula o desenvolvimento de habilidades nas quatro dimensões:
pessoal, cognitiva, social e produtiva (Aprender a Ser, Conhecer, Conviver e a Fazer).

lim
Observação: toda a equipe escolar deve compreender que o GEA não substitui o Plano
de Aula do professor e não representa o Planejamento anual dos componentes
curriculares.
e
Pr
GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM- ORIENTAÇÕES PARA A SUA ELABORAÇÃO

● Todos os guias devem ser elaborados antes do início de cada bimestre. Eles
precisam ser objetivos, claro, concisos (sem prejuízo do significado) e práticos;
o

● Para a elaboração do guia o professor refletir sobre o que Ensinar (habilidades


e Competências para o bimestre (conforme CRMG)) e como Ensinar (ancorados

nos Princípios Educativos e nos Eixos Formativos, de modo a incorporá-los de


maneira efetiva na didática, nas estratégias de ensino e na prática avaliativa de
cada componente curricular, transformando esses elementos em “ação
r

concreta”).
Ve

● Orientado pelo Coordenador Geral (EEBCG e PCG), cada professor dos


componentes curriculares da Formação Geral Básica (FGB) e cada professor de
componentes curriculares da parte técnica, elabora o seu GEA baseado no
modelo em anexo no link:
https://docs.google.com/document/d/12J5262SuwBDfFIGLkRktFTbhNFvFuBjq/
edit?usp=sharing&ouid=111819870585575524641&rtpof=true&sd=true
● O Coordenador Geral (EEBCG e PCG), para esta orientação, utilizará o Currículo
Referência de Minas Gerais (CRMG), este Documento Orientador e os Cadernos
de Formação que orientam de forma mais aprofundada a metodologia para as
escolas de EMTI;
● Os planos de aula dos professores serão elaborados com base nos Guias de
Ensino (GEA) que deverão refletir o Plano de Ação da escola. Desta forma, é

ar
fundamental que todos os envolvidos participem efetivamente da construção
deste instrumento (Plano de Ação)

in
● Refletir sobre a presença de estudantes com deficiência na sala de aula, a fim
de que, numa perspectiva inclusiva, todo o processo de planejamento seja
concebido, considerando as necessidades desse público específico;

lim
GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM – ASPECTOS PEDAGÓGICOS
● Apresentar o conteúdo apoiado em três pilares:
e
○ Conceitos: Temas que serão trabalhados no período;
○ Procedimentos: Estratégias, métodos e técnicas (fontes, referências de
Pr
consulta e pesquisa, atividades complementares,etc);
○ Atitudes: Observáveis, esperadas e resultantes das estratégias, métodos
e técnicas aplicados durante o processo de ensino-aprendizagem.
● Incorporar ao contexto da unidade do bimestre e selecionar apenas atividades
o

complementares que abordam o conteúdo de forma clara e explícita, baseadas


em três tipos:

○ Consolidação: para acentuar a importância dos temas ou conceitos


tratados em aula;
○ Reforço: para motivar e melhorar a compreensão do conteúdo;
r

○ Ampliação: Atividades que, por sua amplitude, não podem fazer parte
Ve

diretamente da docência em sala de aula, mas, que por sua importância


e atualidade, devem ser conhecidas pelos estudantes.
● Ao elaborar os GEA, o professor deve considerar que a seleção dos objetivos
precisa considerar os seguintes aspectos:
○ Objetivos com o nível mínimo de competências;
○ Pré-requisitos para as aprendizagens posteriores;
○ Diferentes graus de progresso entre os estudantes;
○ O trabalho desenvolvido na escola deve ajudar o estudante a se
aproximar de seu objetivo (Projeto de Vida);
○ Estabelecimento de metas de desenvolvimento para os estudantes no
âmbito do componente curricular Estudo Orientado, promovendo a
dinâmica em que alunos mais experientes compartilham conhecimento

ar
com os menos experientes. Essa abordagem visa a desenvolver
habilidades socioemocionais essenciais durante essa interação

in
educativa.

GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM – DIVULGAÇÃO

lim
● Após a elaboração do GEA, ele deve ser de conhecimento de todos os
professores, além dos estudantes e seus familiares;
● Ao escolher o local de divulgação, observar a altura em que os GEA serão
e
afixados, levando em consideração a variação de estatura entre os estudantes e
a presença de cadeirantes;
Pr
● Ainda em uma abordagem inclusiva, considerar públicos específicos ao publicar
o Guia (Comunicação em Braille, por exemplo, e outras especificidades);
● Após a divulgação, ensinar os estudantes a usar esse instrumento como recurso
de orientação, de acompanhamento e de avaliação do seu processo de
o

desenvolvimento (mobilização do Protagonismo e da Corresponsabilidade);


● Incluir o GEA como tema a ser abordado nas primeiras reuniões entre escola e

os pais ou responsáveis, para que sejam estabelecidas formas de comunicar


esses documentos a cada período.
● Sempre que possível, divulgar o GEA em ambiente eletrônico, disponibilizando
r

o acesso por QR Code, site, blogs, redes sociais, etc.


Ve

GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM E A PEDAGOGIA DA PRESENÇA


O GEA é um dos principais meios de comunicação, instrumento pedagógico e de gestão
das escolas de EMTI. Portanto, sua utilização deve estar intrinsecamente ligada ao
princípio da Pedagogia da Presença. Isso implica um forte compromisso na relação
professor-estudante e professor-família.
GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM E SUA APLICAÇÃO NO PDCA
Nos capítulos anteriores, destacamos a indissociabilidade entre o Modelo Pedagógico
e o Modelo de Gestão. Neste capítulo, vamos elucidar como se dá esse processo de
elaboração e utilização do GEA, utilizando o instrumento de melhoria contínua que é o
PDCA.

ar
Fase 1 - Planejar

in
Nesta fase, são utilizados como referência os parâmetros e diretrizes da Secretaria de
Educação, com documentos orientadores e o CRMG contemplando os aspectos “O que
ensinar” e “Como ensinar”, de acordo com a metodologia citada anteriormente.

Fase 2 - Executar e lim


A partir do que foi planejado “no que ensinar” e “no como ensinar”, o fazer pedagógico
do professor é desdobrado na elaboração do plano de aula, nas avaliações, no
acompanhamento e monitoramento das aulas, etc. Tudo isso passando pelo mesmo
Pr
ciclo do PDCA.

Fase 3 - Avaliar
Na fase de avaliação, com todos os dados e informações do processo de execução dos
o

GEA registrados, avaliam-se os resultados. Os principais pontos de avaliação são:


● Relação entre previsão e execução do currículo dado;

● Efetividade do planejamento das aulas;


● O acerto no “como fazer”;
● A incorporação dos Princípios Educativos no cotidiano da sala de aula;
r

● O resultado efetivo da aprendizagem.


Ve

Toda essa avaliação servirá de subsídio para as correções e melhorias na próxima fase
de ajuste do PDCA.

Fase 4 - Ajustar
A fase de ajustes é alimentada pelas análises críticas e informações da fase de
avaliação, considerando os acertos, os resultados efetivos e os pontos críticos. Dessa
forma, aplicam-se as ações de correção para os pontos que não atingiram as
expectativas de resultado ou pontos que ainda podem superar os resultados já
alcançados. Tudo isso se torna matéria-prima para o novo ciclo de elaboração e
utilização do GEA.

Acesse ao Modelo de GEA em:

ar
https://docs.google.com/document/d/12J5262SuwBDfFIGLkRktFTbhNFvFuBjq/edit?us
p=sharing&ouid=111819870585575524641&rtpof=true&sd=true

in
Para saber mais, acesse:

Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão – Gestão do Ensino e da

lim
Aprendizagem página 23 a 33

4. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL


PROFISSIONAL
e
Os cursos de Educação Profissional têm por finalidade
Pr
proporcionar ao estudante conhecimentos, saberes e
competências pessoais e profissionais necessários ao
exercício de atividades laborais e da cidadania, com base
nos fundamentos científico-tecnológicos, sócio-históricos e
o

culturais.

Nesse sentido, a oferta de cursos de Educação Profissional, em cumprimento aos


objetivos da educação nacional, articula-se com o Ensino Médio e com as dimensões
do trabalho, da tecnologia, da ciência e da cultura, propiciando, simultaneamente, a
r

elevação dos níveis de escolaridade e contribuindo para a profissionalização dos jovens


Ve

com vistas à sua inserção no mundo do trabalho e atendendo às demandas das


comunidades e dos Arranjos Produtivos Locais (APL).

O desenvolvimento dos cursos de Educação Profissional atenderá aos princípios


norteadores, apresentados no Art. 3º das Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Profissional Técnica de Nível Médio (Resolução CNE/CEB nº 01/2021), e às
normas complementares e operacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível
Médio no Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais (Resolução CEE/MG nº
484/2021).

No EMTI, a Educação Profissional Técnica de Nível Médio também tem como foco o
desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais ao século XXI, a
formação acadêmica de excelência e a formação para a vida, eixos norteadores da

ar
educação integral na rede estadual de ensino de Minas Gerais. Portanto, é essencial
destacar a importância de uma formação profissional abrangente e ética de nossos
estudantes, reconhecendo que a educação desempenha um papel fundamental no

in
desenvolvimento econômico e social da comunidade. Dessa forma, no EMTI
Profissional, a formação do estudante se dará pela articulação entre os componentes

lim
da Formação Geral Básica e o Itinerário Formativo do qual fazem parte as Atividades
Integradoras (exclusivas da educação integral) e os componentes da Formação Técnica
e Profissional - Preparação Básica para o Trabalho e Empreendedorismo e Formação
Técnica Específica.
e
Essa integração curricular tem o intuito de possibilitar aos estudantes o conhecimento
Pr
e compreensão das estruturas norteadoras do mundo do trabalho; construir e
desenvolver os saberes, as habilidades e as competências necessárias à participação
nos espaços sociais produtivos. Nesse contexto, poderemos oferecer aos nossos
jovens uma formação integral que reúna habilidades e competências humanas,
o

acadêmicas e técnico-profissionais, essenciais para o século XXI, potencializando suas


aprendizagens e aumentando suas possibilidades de escolha quanto ao seu presente e

seu futuro, ou seja, ao seu Projeto de Vida.

4.1. DOCUMENTOS PEDAGÓGICOS EMTI PROFISSIONAL

No Ensino Médio em Tempo Integral Profissional, temos a oferta de 18 cursos técnicos


r

de nível médio, conforme Resolução nº 4908, de 11 de setembro de 2023.


Ve

Os professores dos componentes do Itinerário da Formação Técnica e Profissional


devem elaborar e implementar seu planejamento tendo como referência os seguintes
documentos: Ementa e Plano de Curso.

Esses documentos também estão disponíveis no site da Secretaria de Estado de


Educação, na área destinada à área destinada ao Ensino Médio em Tempo Integral -
Documentos Pedagógicos - EMTI Profissional. Ainda em 2024, serão disponibilizadas
orientações específicas para os componentes da Unidade Curricular Preparação Básica
para o Trabalho e Empreendedorismo.

Os Planos de Curso e as Ementas têm o objetivo de referenciar os saberes a serem


alcançados, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas pelos

ar
professores no processo de ensino-aprendizagem. Destacamos que todas as diretrizes
são referenciadas pelo O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, documento que
disciplina a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio,

in
orientando e informando as instituições de ensino, os estudantes, as empresas e a
sociedade em geral. Seu conteúdo é atualizado periodicamente pelo Ministério da

lim
Educação para contemplar novas demandas socioeducacionais.

4.2 Coordenação das Atividades da Educação Profissional


e
Para o acompanhamento dos cursos técnicos ofertados de forma integrada ao ensino
médio, cada escola de EMTI Profissional terá 01 (um) PROFESSOR COORDENADOR DE
Pr
CURSO TÉCNICO, conforme Resolução SEE nº 4.925, de 28 de dezembro de 2023. Esse
professor fará jus ao acréscimo de 04 horas/aulas.

Atribuições do Professor Coordenador de Curso:

● Planejar/programar e executar, juntamente com os professores, as atividades


o

relacionadas à prática de formação a serem vivenciadas pelos estudantes no


semestre letivo: oficinas, visitas técnicas, seminários, palestras, workshops e


outras;
● Organizar, juntamente com os professores e a direção da escola, ações de
r

Intervenção Pedagógica voltadas a garantir diferentes oportunidades de


Ve

aprendizagem e continuidade de um percurso escolar com sucesso;


● Auxiliar o(a) Diretor(a) da escola na gestão e no monitoramento das ações do
curso;
● Orientar os professores e estudantes sobre as normas e procedimentos
relativos aos cursos técnicos;
● Monitorar a frequência e planejar, juntamente com a direção da escola, ações
que promovam o acolhimento e o engajamento dos estudantes, de modo a
evitar a evasão;
● Acompanhar a efetivação do Plano de Curso, garantindo a estruturação de um
percurso formativo significativo, alinhado ao perfil do egresso e as demandas
do mundo do trabalho;
● Em conjunto com os professores e o EEBCG ou Professor Coordenador, propor

ar
ações, projetos, elaborar normas e atividades do curso.

in
Lembramos que, de acordo com a Lei nº 14.139 , de 16 de abril de 2021, o dia 23 de
setembro ficou instituído como o Dia Nacional da Educação Profissional e Tecnológica.

lim
Recomendamos que o Professor Coordenador de Curso organize, com a colaboração
dos demais professores e o Coordenador Geral do EMTI e com a participação dos
estudantes, momentos de discussões e aprofundamentos sobre temáticas transversais
referentes ao mundo do trabalho e aos seus projetos de vida.
e
OBSERVAÇÃO: Os critérios e procedimentos para inscrição, classificação e convocação
Pr
de candidatos para o exercício de função pública de Professor de Educação Básica, nas
escolas da Rede Estadual de Ensino que ofertam a Educação Profissional Técnica de
Nível Médio, estão definidos na Resolução n° 4.920/2023.

As dúvidas acerca do processo de convocação devem ser esclarecidas com a equipe da


o

Diretoria de Gestão de Pessoal do Sistema Educacional - DGEP pelo e-mail:


dgep.gab@educacao.mg.gov.br .

4.3. Cadastro no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e


Tecnológica - SISTEC
r

Para a oferta das turmas de Ensino Médio em Tempo Integral Profissional, a equipe da
Ve

SRE, juntamente com as escolas, deverão realizar todos os procedimentos necessários


no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica - SISTEC,
tais como: verificar se o diretor já possui cadastro no SISTEC, realizar a criação da
oferta de curso, a criação de turma, o ciclo de matrículas e outros.
ATENÇÃO!

O prazo para cadastrar um ciclo de matrícula é até o 25º dia do mês seguinte à data
de início das aulas. Por exemplo, se as aulas começarem em fevereiro de 2024,
independentemente do dia deste mês, tal ciclo pode ser cadastrado até o dia 25 de
março de 2024. Todas as orientações e o passo-a-passo para as ações citadas acima

ar
estão disponibilizadas no Manual do SISTEC, no item B, “Primeiros Passos do
Sistema”, páginas 17 a 48.

in
lim
A escola deve acompanhar a emissão de Portarias e providenciar os devidos registros
no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica - SISTEC,
bem como no Sistema Mineiro de Administração Escolar - SIMADE, para dar início às
atividades das turmas e cursos autorizados.
e
Havendo desistência de alunos depois de iniciadas as atividades escolares, a escola
Pr
poderá preencher essas vagas, desde que a atividade se dê antes do prazo final do
ciclo de matrículas (vide Manual do SISTEC).

Em caso de dúvidas sobre o SISTEC, a SRE deverá solicitar orientações à Equipe de


Educação Profissional da SEE através do e-mail:
o

educacaoprofissional@educacao.mg.gov.br

Clique nos links abaixo e saiba mais sobre o SISTEC:

Site SISTEC:
r

Manual do SISTEC
Ve

4.4 Adendo ao Regimento Interno

Para as escolas que iniciarão a oferta de cursos técnicos de nível médio, é necessário
providenciar a elaboração do Adendo ao Regimento Escolar, uma vez que esse
documento norteia todas as diretrizes e ações da instituição.
Para facilitar as adequações necessárias ao Regimento Escolar, disponibilizamos, como

sugestão, um Modelo de Adendo ao Regimento.

É fundamental que, após a atualização, o documento seja aprovado e homologado,


conforme disposto no Capítulo II da Resolução SEE Nª 4.948/2024, que dispõe sobre
o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar.

ar
4.5 Diploma, Histórico e Certificado
Os modelos de históricos, certificados e diplomas dos cursos técnicos e suas

in
certificações intermediárias, assim como as orientações de preenchimento e emissão,
estão disponíveis na ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR Nº 06/2022. Para acessá-la,

lim
clique no link abaixo.

ORIENTAÇÕES PARA EMISSÃO DE DIPLOMA, HISTÓRICO E CERTIFICADO

4.6. Avaliação no EMTI Profissional


e
O acompanhamento dos processos de construção de conhecimentos e das
Pr
aprendizagens deve ser feito com a utilização de diversos instrumentos de registro,
individuais e coletivos. Esses registros devem validar qualitativa e quantitativamente o
processo de desenvolvimento e aprendizagem da turma e de cada um dos seus
estudantes.
o

ATENÇÃO: No EMTI Profissional, os componentes da Unidade Curricular Preparação


Básica para o Trabalho e Empreendedorismo não influem na classificação e promoção


dos estudantes. Entretanto, os componentes curriculares da Formação Técnica
Específica (Itinerário da Formação Técnica e Profissional) não se aplicam ao disposto
r

no Art 106 da Resolução SEE nº 4.948/2024 e, portanto, são passíveis de reprovação,


Ve

devendo os professores se orientarem pela legislação vigente, que prevê instrumentos


de recuperação das aprendizagens e reclassificação apenas por frequência.

Conforme disposto no Art. 124 da Resolução SEE N° 4.948/2024, no caso do EMTI


Profissional, só poderá ser aplicada a reclassificação por frequência, de forma a
garantir o reposicionamento do estudante no ano diferente de sua situação atual
para fins de prosseguimento de seus estudos, se comprovada aprendizagem.
Para efetivar o processo de reclassificação o estudante deverá realizar uma avaliação
elaborada pelos professores de todos os componentes curriculares do módulo em
questão, que permita a análise das competências e habilidades que devem estar
desenvolvidas. Somente se obtiver o aproveitamento mínimo em todos os
componentes curriculares do módulo é que o estudante será promovido, em caráter de

ar
reclassificação. Ressaltamos que é imprescindível garantir as oportunidades de
aprendizagem, de recuperação da aprendizagem e a oferta de recursos pedagógicos

in
sejam desenvolvidos, analisados, debatidos em Conselho de Classe bimestrais e sejam
devidamente registrados e arquivados na pasta individual do estudantes para
assegurar a confiabilidade do processo de reclassificação por frequência inferior a 75%

lim
(setenta e cinco por cento) e desempenho satisfatório.

Destacamos que, para o EMTI Profissional, a escola deverá atentar-se não só às


e
orientações específicas apresentadas neste capítulo como também às demais diretrizes
teórico-metodológicas apresentadas neste Documento Orientador, de forma a garantir
Pr
a consecução dos princípios da educação integral.
o

r
Ve
5. ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE HORÁRIO NAS ESCOLAS DE EMTI

No Ensino Médio em Tempo Integral, o horário das aulas deve ser


integrado, de maneira que os componentes curriculares da
Formação Geral Básica e dos Itinerários Formativos estejam

ar
mesclados entre as nove ou sete aulas diárias, nos períodos
matutino e vespertino.

in
As turmas do EMTI Profissional também devem organizar essa distribuição com os
componentes da Formação Técnica e Profissional, garantindo uma distribuição
equilibrada entre todos os componentes curriculares nas 9 aulas diárias.

lim
6. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Na educação integral, é fundamental que os aspectos qualitativos tenham relevância


quanto aos aspectos quantitativos, de forma que no processo avaliativo, os
e
professores ampliem o olhar para além do desempenho cognitivo e contemplem
também o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais, de
Pr
convivência, de respeito à diversidade, de estar e agir no mundo. A avaliação deve ser,
portanto, um processo reflexivo que acompanhe os aprendizados atitudinais dos
estudantes e revele o quanto a proposta curricular está sendo realmente integrada aos
o

saberes construídos e aos eixos e princípios da educação integral.


6.1. AVALIAÇÕES DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

As Atividades Integradoras, assim como os demais


Itinerários Formativos, exceto os componentes
r

curriculares da Formação Técnica Específica do EMTI


Ve

Profissional, não possuem caráter de classificação e


promoção. A avaliação desses componentes deve ser formativa, processual e contínua.
Os professores devem observar o crescimento qualitativo dos estudantes frente aos
objetivos desses componentes.

Para efeito de registros no sistema, os professores deverão lançar notas, porém,


observando a necessidade de não registrar notas menores que as médias bimestrais.
Reiteramos o previsto no artigo 106 da Resolução SEE Nº 4.948, de 25 de janeiro de 2024:

Art.106- A avaliação do aproveitamento dos estudantes nos componentes


curriculares que têm como ênfase os aspectos afetivo, social, cultural e o
desenvolvimento do protagonismo do estudante na construção de seu
projeto de vida deve considerar o desenvolvimento de seus objetivos
específicos e não poderá influir na classificação e promoção dos
estudantes. São eles:

ar
I - arte, ensino religioso e educação física;
II - todos os componentes das atividades integradoras do EFTI;
III - os componentes das unidades curriculares do EMTI e EMTI
Profissional: Projeto de Vida; Eletivas; Preparação para o Mundo do
Trabalho; Aprofundamento nas áreas do conhecimento; Atividades

in
Integradoras; e, Preparação Básica para o Trabalho e Empreendedorismo
(Itinerário da Formação Técnica e Profissional);
IV - os componentes curriculares do itinerário formativo do ensino médio,
à exceção do itinerário formativo técnico (5º itinerário) quando houver.

lim
Parágrafo único. Os componentes curriculares dispostos neste artigo
deverão ter notas atribuídas bimestralmente, considerando o
aproveitamento mínimo de 60% (sessenta por cento). A frequência do
estudante deverá ser fidedignamente computada para fins de registro
de vida escolar, assim como nos demais componentes da matriz
curricular (MINAS GERAIS, 2024, grifos nossos).
e
Pr
6.2. AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO GERAL BÁSICA

Será considerado aprovado o estudante que obtiver:

● Frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária anual,
o

ou semestral, conforme o caso.


● Aproveitamento mínimo de 60 (sessenta) pontos cumulativos, por componente

curricular.

Lembramos que, no EMTI Profissional, os componentes curriculares da Formação


Técnica Específica (Itinerário da Formação Técnica e Profissional) são passíveis de
r

reprovação, devendo os professores se orientarem pela legislação vigente.


Ve

7. CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe seguirá as disposições da Resolução SEE nº 4.948/2024 e demais


orientações disponibilizadas pela SEE/MG. Destacamos que é fundamental que a
escola se atente ao que dispõe o Art. 110 da Resolução SEE Nº 4.948/2024:
A promoção dos estudantes deve ser decidida, coletivamente, pelos professores
no Conselho de Classe, levando-se em conta o desempenho global do estudante,
seu envolvimento no processo de aprender e não apenas a avaliação de cada
professor em seu componente curricular, de forma isolada, considerando-se os
princípios da continuidade da aprendizagem e da interdisciplinaridade (MINAS
GERAIS, 2024).

8. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AS ESCOLAS DE EMTI

ar
● Sobre o horário de almoço:

in
Tempo mínimo de 60 minutos. Tempo e espaço para
desenvolvimento de atividades artísticas e culturais

lim
livremente desenvolvidas pelos estudantes (Clubes de
Protagonismo), mas fomentadas pela escola. A escola
deverá se organizar, juntamente com os estudantes,
para que não demandem muito desse tempo a servir a refeição. Não haverá
e
um servidor contratado com função específica para monitorar o horário do
almoço.
Pr
● Por conveniência pedagógica, no EMTI, um professor não deve lecionar mais de
02 componentes curriculares dos Itinerários Formativos.
o

Quer saber mais sobre as ações desenvolvidas pela SEE/MG para Fortalecimento das

Aprendizagens? Acesse o link do Guia de Ações para o Fortalecimento das


Aprendizagens 2024.
r
Ve
REFERÊNCIAS

BRASIL. Escola em Tempo Integral: Conceito. Disponível em:


https://www.gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral/fundamentos/conceito.
Ministério da Educação (MEC). Acesso em: 08 jan. 2024.

BRASIL. Manual do Usuário. Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e

ar
Tecnológica. Disponível em:
https://www.gov.br/mec/pt-br/media/seb-1/pdf/MANUAL_SISTEC.pdf. Ministério da
Educação (MEC). Acesso em: 08 jan. 2024.

in
INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão. Metodologias de Êxito. 4 ed. Recife: ICE, 2020. 74 p.

lim
INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão. Rotinas e Práticas Educativas. 4 ed. Recife ICE, 2020. 62 p.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Concepção do Modelo de


e
Gestão. Tecnologia de Gestão Educacional. 4 ed. Recife: ICE, 2020. 80 p.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Modelo Pedagógico. Concepção


Pr
do Modelo Pedagógico. 4 ed. Recife: ICE, 2020. 64 p.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Modelo Pedagógico: Princípios


Educativos. 2 ed. Recife: ICE, 2016, 60 p.
o

MINAS GERAIS. Diretrizes para implementação dos Itinerários Formativos de


Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento para o 2º ano do Ensino Médio 2023 /
Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEE/MG, 2023.

MINAS GERAIS. Ensino médio em tempo integral profissional de Minas Gerais:


construção de política inovadora com rede de parceiros / Secretaria de Estado da
Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEE/MG 2021. 124 p.
r

MINAS GERAIS. Mapeamento dos Temas dos Cadernos de Formação do ICE. Elaborado
Ve

pela servidora Vanessa Nicoletti Gomes de Oliveira. Disponível em:

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1qBDP_yGTibbaBVSYXkfkOpbnoUIPdyq9AK1zB-
q5FhM/edit?usp=share_link
MINAS GERAIS. RESOLUÇÃO SEE Nº 4.948, 25 de janeiro de 2024. Dispõe sobre a
organização e o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação Básica de
Minas Gerais e dá outras providências. /Secretaria de Estado da Educação de Minas
Gerais. Belo Horizonte: SEE/MG, 2024. Disponível em:
https://www.jornalminasgerais.mg.gov.br/index.php?dataJornal=2024-01-26. p. 27- 31.

ar
MINAS GERAIS. Portfólio Aprofundamento nas Áreas de Conhecimento. Novo Ensino
Médio. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEE/MG, 2021.
Disponível em:
https://drive.google.com/drive/folders/1JbdOVymCikrRWBtaHIwxN00Kjz8j_4LI. Acesso

in
em: 08 jan. 2024.

e lim
Pr
o

r
Ve
CADERNOS DE FORMAÇÃO DO ICE (12 cadernos em 5 volumes)
Os temas abordados nos
Link do material
Cadernos
1. Caderno • A Concepção do Modelo;
Memória e • O porquê de um Modelo

ar
Concepção – de Escola; https://drive.google.com/file/d/17a
Concepção chhC2NBfgzquQ3-gMN-Jzeji9fUePR/
do Modelo da • As Bases Sustentadoras view?usp=sharing
Escola da do Modelo.

in
Escolha
• Infância;
2. Caderno • Adolescência e
https://drive.google.com/file/d/1pe
Memória e Juventude;

lim
9ps1TyFvF7-3jnBx1baKCNJ6sK2FnA/
Concepção – • Sociedade;
view?usp=sharing
Conceitos • Escola e Currículo;
• Educação.
• Por que (ainda) falar de
Educação Inclusiva?
Volu
e
• Escola como lugar de
me 1 encontro;
• Como a diferença está
Pr
representada no cotidiano?
• Nossas concepções
3. Caderno orientam nossas práticas
Memória e sociais; https://drive.google.com/file/d/1_U
Concepção – • ...mas afinal, o que é foaGHg3Gfl41BJ6AtC20Rq-plUwQUl/
o

Educação deficiência? Quem são as view?usp=sharing


Inclusiva pessoas com deficiência?
• O que é uma escola

inclusiva?
• Deficiência versus
Ambiente versus
Funcionalidade;
r

• Nossa recomendação
para a ação.
Ve

• O Contexto da Concepção
4. Caderno do Modelo Pedagógico;
Modelo
• O Marco Conceitual e https://drive.google.com/file/d/1Yfh
Pedagógico –
Filosófico; FR3FK23UmzlQ5XvY2pF9EXmDSH6X
Volu Concepção
• O Marco Lógico; f/view?usp=sharing
me 2 do Modelo
• O Modelo Pedagógico;
Pedagógico
• A Arquitetura Curricular.
5. Caderno • O Protagonismo; https://drive.google.com/file/d/1yh
Modelo • Os Quatro Pilares da _6FzXqiAFRdKLN0PrhGzWQ12JkxYGr
Pedagógico – Educação; /view?usp=sharing
Princípios • A Pedagogia da Presença;
Educativos • A Educação
Interdimensional.
• A Formação Acadêmica
6. Caderno
de Excelência;
Modelo https://drive.google.com/file/d/1Hu
• A Formação para a Vida;
Pedagógico – TJc8ITGDdIIx2OCzBPSLD1L9g_dcFW/
• A Formação das
Eixos view?usp=sharing

ar
Competências para o
Formativos
Século XXI.
7. Caderno • A Base Nacional Comum
Inovações em Curricular;

in
Conteúdo, • As Metodologias de Êxito:
https://drive.google.com/file/d/13Q
Método e Projeto de Vida;
fFl8j6P-QB_6zqRri96L_3JhAY4xhr/vie
Gestão – As Eletivas;
w?usp=sharing

lim
Metodologias Estudo Orientado;
de Ê Práticas Experimentais
xito Pós-Médio.
Rotinas
• A importância da rotina
na formação do estudante
e
autônomo, solidário e
competente;
Pr
• A Pedagogia da Presença
na rotina diária da Escola;
• Um dia na Escola da
Volu Escolha: a programação
me 3 8. Caderno diária e a inserção de
Inovações em Práticas Educativas;
o

Conteúdo, • Indicadores de processo


https://drive.google.com/file/d/1aY
Método e inerentes à Rotina Escolar;
nU94FqL0XMNFYiNoSKGADdc5AGeY

Gestão – • A importância do par


OJ/view?usp=sharing
Rotinas e família-escola no
Práticas acompanhamento escolar
Educativas dos estudantes.
As Práticas Educativas
r

• As Práticas Educativas de
Rotina:
Ve

• O Acolhimento;
• A Roda de Conversa ;
• Tutoria;
• As Práticas Educativas de
Vivências em
Protagonismo.
Os Ambientes de
9. Caderno https://drive.google.com/file/d/1Oi-
Volu Convivência
Inovações em obTtgfmS2lxhHygVx87OLHNjVyXUa/
me 4 • Falando com as paredes;
Conteúdo, view?usp=sharing
Método e • Os corredores que
Gestão – favorecem encontros;
Espaços • O estacionamento dos
Educativos automóveis e... as bicicletas
também;
• Verde por onde eu for;
• O jardim das flores, das
cenouras... e da beleza;

ar
• Um refeitório para
chamar de nosso;
• Banheiros que educam;
• Área de entrada da

in
escola;
• O Espaço para o
Encontro;
• A Sala dos Professores,

lim
dos estudos... e do
cafezinho.
Os Ambientes de
Aprendizagem
• A Biblioteca e a sua nobre
e
tarefa educativa;
• As Salas Temáticas;
• A Sala de Aula Flexível;
Pr
• A Sala para Estar;
• Laboratórios de Ciências
da Natureza e Matemática.
10. Caderno • Avaliação da
Inovações em Aprendizagem;
o

Conteúdo, • Guia de Ensino e de


Método e Aprendizagem; https://drive.google.com/file/d/1szo
Gestão – vofwaUEQjJ2CDW1awKwIsGd3e54t

Gestão do M/view?usp=sharing
Ensino e da • Conselho de Classe.
Aprendizage
m
r

• A memória da concepção
do Modelo de Gestão;
Ve

11. Caderno
• Princípios;
Concepção
• Conceitos;
do Modelo https://drive.google.com/file/d/1ob
• Liderança Servidora e
de Gestão - kkRsogES8zVtTt_MqNA-dFmvDyypz
Motivação;
Tecnologia de W/view?usp=sharing
Volu • A motivação na Escola da
Gestão
me 5 Escolha;
Educacional
• Planejamento e
Operacionalização.
• Palavras Incríveis;
12. Caderno https://drive.google.com/file/d/1Bg
Escola da • Pessoas que sabem Gl6n3u1lZvBFgNpJ3nFX-SCzmMRYg
Escolha – muitas coisas e os seus W/view?usp=sharing
Palavras pensamentos fantásticos;
Fáceis para
Explicar
Coisas que • Explica Mais!
Parecem
Difíceis

ar
https://drive.google.com/file/d/1u-
Reuniões de Video ICE - Planejamento
mdDgL_BhC8SobaUCoA8a1A-sXTJP
Fluxo de reuniões de fluxo
mf/view?usp=sharing

in
e lim
Pr
o

r
Ve
Cadernos Especiais - ICE
Cadernos Os temas abordados no Caderno Link do material
• Primeiros Toques;

Caderno do • Deficiência Física;


• Deficiência Intelectual; https://drive.google.com/file/d/1OX88
Acolhimento
KYrrx79JwLjdVoAiQ9hfkd_psTcl/view?u

ar
Inclusivo - • Deficiência Múltipla; sp=sharing
Ensino Médio • Outras Condições;
• Tecnologias Assistivas.

in
Caderno do • Caderno do Acolhimento Inclusivo
Acolhimento (igual ao anterior) e
https://drive.google.com/file/d/1YNMP
da Equipe
ceDfuvcM9qmhPY_jgNxOueu-LVmk/vie
Escolar, Pais e • Orientação para o Acolhimento da

lim
w?usp=sharing
Responsáveis Equipe Escolar (realizado pelos JPs)
e Estudantes.
• Caro Professor Tutor
• São muitos os caminhos para
apoiar o jovem
e
• Uma introdução ao Caderno
• A Tutoria no Novo Ensino Médio
Pr
• A metodologia
• Ideias para inspirar o seu
planejamento
A Tutoria - • A agenda do Professor Tutor
https://drive.google.com/file/d/1qyW9
Apoio para • Os temas de trabalho comuns aos
KXVO5J3Ytwbpgukwt4DdYedjG0ll/view
o

jovens 1º, 2º e 3º anos ?usp=sharing


sonhadores
• A Tutoria no 1º ano

• Temas propostos para a


composição das aulas de Tutoria - 1º
ano
• A Tutoria no 2º e 3º anos
r

• Temas propostos para a


composição das aulas de Tutoria - 2º
Ve

e 3º anos
• Para concluir
Nele, você encontra orientações,
Caderno do
definições, ideias e exemplos sobre
Protagonista - https://drive.google.com/file/d/1w5fw
como atuar sendo um Líder de
Líderes de 0NJSt5CXUC0DrAa-gQsdUes8gUbo/vie
Turma (Representante de turma),
Turma (em w?usp=sharing
inspirados nas histórias de vida de
MG –
outros líderes (que existiram de
Representant verdade!), estudantes que assim
es de Turma) como você também realizaram suas
trajetórias protagonistas cheias de
práticas e vivências ricas de
experiências e usufruíram de cada
oportunidade de aprendizado que
elas proporcionaram.
1. Por que é legal ser Protagonista?

ar
Como ser um Protagonista na vida?
2. O que é um Clube de
Protagonismo?
3. Como começar um Clube de

in
Protagonismo?
4. Como organizar um Clube?
5. A estrutura de um Clube.

lim
6. Fazendo a engrenagem girar.
7. Falando em miúdos.
Caderno do
https://drive.google.com/file/d/1gsuW
Protagonista - 8. Os PMC dos Clubes (Problemas
pl6j1OX5V2F8a_P04xvC5SN6d72f/view
Clubes de Mais Comuns).
?usp=sharing
e
Protagonismo 9. Como a Equipe Escolar deve
apoiar?
10. Por que estabelecer um Contrato
Pr
de Convivência?
11. Que exemplos podemos seguir
para criar nossos Clubes?
12. Algumas ideias, caso elas
estejam em falta!
o

13. Não podemos esquecer...


14. As PMF dos associados

(Perguntas Mais Frequentes).


Caderno Eu
Sou um Boa
30 sugestões em 8 categorias com
Ideia https://drive.google.com/file/d/1kYBm
detalhamento de 16 Clubes para
r

(exemplos de 4345NHR4od7HmoSNCRV5NSiMBFKg/v
estimular a criatividade dos
clubes de iew?usp=sharing
Ve

estudantes.
protagonismo
)
Esse Caderno foi concebido para
apoiá-los na tarefa de fazer brotar
Caderno da nas suas escolas os mais autênticos https://drive.google.com/file/d/1sKow
Gestão protagonistas, aqueles capazes de uLDvNu8J503XnsTjMKTBfQZsg--V/view
Protagonista atuar como fontes de solução, de se ?usp=sharing
reconhecer como parte de um
sistema que requer cada vez mais a
presença de pessoas proativas,
dispostas a agir de maneira
colaborativa e contributiva na
criação de solução para problemas
reais. Nele, podem ser encontradas
orientações, sugestões e dicas sobre
como inspirar os estudantes e
apoiá-los, para que os Clubes de

ar
Protagonismo sejam estimulados e
se desenvolvam na escola com
entusiasmo, com foco e
competência.

in
Para apoiá-lo, você terá os seus
professores, a equipe escolar, as
aulas de Projeto de Vida e esse Guia
que agora apresentamos. Para

lim
começar a usá-lo, é muito simples:
basta avançar para a próxima
página!
Em todas as páginas, você vai ser
provocado a refletir, a pensar sobre
e
Guia prático muitas coisas que dizem respeito a
para a você, ao seu mundo e a muitos https://drive.google.com/file/d/1kYnBA
elaboração do outros assuntos. Tudo o que você aUrkwyaVngqBCrxVbYa9rh36iDP/view?
Pr
Projeto de pensa, a sua causa e os seus valores, usp=sharing
Vida os seus interesses e as suas
expectativas importam e podem
ficar registrados como uma memória
do seu projeto neste Guia. O Guia
o

deve contribuir como depositário de


suas reflexões e tesouros
descobertos sobre si mesmo.

Certamente tudo isso ajudará na


construção de novas e brilhantes
ideias para dar sentido ao seu jeito
de ser e estar neste mundão.
r
Ve

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