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Governador do Estado de Minas Gerais


Romeu Zema Neto

Vice-Governador do Estado de Minas Gerais


Mateus Simões de Almeida

Secretário de Estado de Educação


Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas

Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria

Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica


Kellen Silva Senra

Superintendente de Políticas Pedagógicas


Graziela Santos Trindade

Coordenadora-Geral de Educação Integral e Profissional


Andréa Botelho de Abreu

Coordenadora do Ensino Fundamental em Tempo Integral


Angélica de Moura Pires

Coordenadora do Ensino Médio em Tempo Integral


Cláudia Maria Silva Lobo

Equipe Técnica - EFTI


Clareci Nunes Siqueira da Silva Marcelo Ferreira Castro
Escyla Cristina Soares Nilce Aparecida de Oliveira Moreira

Equipe Técnica - EMTI


Denise Ingrid Araújo Rodrigo Ferreira Gonçalves
Kátia de Laura Borges Sinara Dias Machado Rocha
Regina Maria Arantes Jerônimo Tainara Duarte Moreira

Estagiária da Coordenação-Geral de Educação Integral e Profissional


Raíssa Cássia Maia Martins

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APRESENTAÇÃO

Prezados(as) Educadores(as) Mineiros(as),


A Educação Integral, proposta contemporânea
que, alinhada às demandas do século XXI objetiva o
desenvolvimento dos sujeitos em suas múltiplas
dimensões - física, intelectual, emocional, cultural e
social é ofertada na Rede Estadual de Ensino de Minas
Gerais por meio do Ensino Fundamental em Tempo
Integral, do Ensino Médio em Tempo Integral
Propedêutico e do Ensino Médio em Tempo Integral
Profissional.
A ampliação da jornada escolar que caracteriza o ensino em tempo integral é
uma importante estratégia para garantir a educação interdimensional dos estudantes
e possibilitar a formação de cidadãos autônomos, solidários e competentes,
ampliando assim as aprendizagens para além dos aspectos cognitivos. A ampliação
do tempo, portanto, deve potencializar a interação dos estudantes com diferentes e
diversificadas oportunidades de aprendizagens e vivências, múltiplos recursos,
espaços, saberes e pessoas, por meio de um projeto pedagógico construído
cotidianamente a partir do contexto, interesses e necessidades dos estudantes e em
conformidade com as demandas da vida e da sociedade.
A arquitetura das matrizes curriculares da Educação Integral envolve uma
proposta pedagógica integrada, na qual componentes curriculares das áreas de
conhecimento do Currículo Referência de Minas Gerais e os componentes
curriculares das Atividades Integradoras articulam-se de forma a garantir os direitos à
aprendizagem e ao pleno desenvolvimento do estudante. As Atividades Integradoras,
exclusividade da Educação Integral, cumprem o papel de articular, aprofundar e
ampliar as aprendizagens, com vistas à formação acadêmica de excelência, ao
desenvolvimento de habilidades e competências do século XXI e à formação para
a vida.
Para além dessa arquitetura curricular, a Educação Integral conta também com
um conjunto de ações e práticas educativas que permitem o desenvolvimento dos
Princípios Educativos que balizam o Modelo Pedagógico da Educação Integral em
Minas Gerais. Para tanto, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais,

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segue, em 2024, com o firme propósito de ampliar a oferta de uma educação integral
e pública de qualidade social em nossa rede.
Neste documento, apresentamos as diretrizes para a operacionalização do
Modelo de Educação Integral em Minas Gerais no cotidiano das escolas. Nessa
perspectiva, a prática docente deve ser permeada pela intencionalidade pedagógica,
pela corresponsabilidade, pelo exercício cotidiano da atenção, do diálogo e da escuta
atenta ao outro e a si mesmo, visando não apenas ao desenvolvimento da dimensão
cognitiva de nossos estudantes, mas da oferta de uma educação que transcenda o
domínio da racionalidade (do logos) e incorpore os domínios da emoção (pathos), da
corporeidade (eros) e da espiritualidade (mytho). Que, pela educação integral, nossos
estudantes possam vivenciar e consolidar as quatro aprendizagens fundamentais ao
seu desenvolvimento pleno: Aprender a Ser, Aprender a Conviver, Aprender a Fazer
e Aprender a Conhecer.

Coordenação-Geral de Educação Integral e Profissional

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 05
2 FUNDAMENTOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM MINAS GERAIS 08
2.1 Eixos formativos do modelo 08
● FORMAÇÃO ACADÊMICA DE EXCELÊNCIA 09
● FORMAÇÃO PARA A VIDA 09
● FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI 10

2.2 Princípios educativos 10


● PEDAGOGIA DA PRESENÇA 10
● QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO 11
● EDUCAÇÃO INTERDIMENSIONAL 11
● PROTAGONISMO 12

DOCUMENTO ORIENTADOR DO EFTI 2024 11


DOCUMENTO ORIENTADOR DO EMTI 2024 62

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1 INTRODUÇÃO

A Educação em Tempo Integral de Minas Gerais, em consonância com a Lei


Federal
nº 14.640, de 31 de julho de 2023, que institui o Programa Escola em Tempo Integral,
tem o compromisso de promover a formação integral e a inclusão social dos
adolescentes e jovens, propiciar-lhes oportunidades de desenvolvimento humano e
de exercício efetivo da cidadania por meio de uma proposta pedagógica
fundamentada na formação educacional de excelência, conforme proposição da Base
Nacional Comum Curricular.
Sendo assim, o Programa de Educação em Tempo Integral de Minas Gerais
compartilha da necessidade de uma Educação Integral do estudante para além do
tempo, pautado nos seguintes objetivos:

1. Formação Integral dos Estudantes: promove a formação integral dos


estudantes. Isso significa não apenas aspectos acadêmicos, mas também,
aspectos sociais, emocionais e os relacionados à cidadania considerados
essenciais para o desenvolvimento dos alunos.
2. Inclusão Social: promove a inclusão social dos adolescentes e jovens. Isso
implica oferecer oportunidades para o desenvolvimento humano e o exercício
efetivo da cidadania.
3. Desenvolvimento Humano: proporciona oportunidades de desenvolvimento
humano, preparando os estudantes para os desafios do século XXI. Isso
envolve não apenas a aquisição de conhecimentos acadêmicos, mas também,
o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, competências e valores
importantes para a vida.
4. Alinhamento com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC): destaca a
importância de seguir a regulamentação da Base Nacional Comum Curricular,
indicando um compromisso com padrões educacionais nacionais.
5. Gestão Participativa e Transparência: destaca a importância da gestão
participativa, envolvendo a comunidade na tomada de decisões educacionais,
e a transparência na utilização dos recursos.
6. Ênfase no Protagonismo Juvenil: valoriza o protagonismo juvenil,
incentivando os estudantes a serem sujeitos ativos de sua própria educação.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 5


Isso implica desenvolver habilidades de liderança, autonomia, tomada de
decisões e resolução de problemas reais na escola e na comunidade.
7. Modelo Pedagógico centrado no Jovem e seu Projeto de Vida: adota um
modelo pedagógico centrado no estudante, com foco no desenvolvimento de
seu Projeto de Vida, visando a formar jovens autônomos, solidários e
competentes.

De acordo com o Programa Nacional Escola em Tempo Integral:

O desenvolvimento integral é um processo contínuo, ao longo da vida, e


expressa a multidimensionalidade humana, ou seja, a existência e
interdependência das dimensões física, intelectual, emocional, social e
cultural na constituição da pessoa.
É também um processo singular que ocorre na vida de cada um e ao mesmo
tempo experiência histórica e social construída e ressignificada nos mais
diversos espaços, como famílias, comunidades, territórios e instituições
sociais.
A Educação Integral é um princípio integrador e articulador das concepções
de ser humano, escola, currículo, de ensino e aprendizagem, sociedade e
das diferentes etapas da Educação Básica. Possibilita a superação da
fragmentação dos conhecimentos e vincula-os às práticas sociais e à vida
cotidiana. Nesta concepção de educação, busca-se avançar das práticas que
reduzem o papel da escola a uma mera transmissão de conteúdos ou de
priorização de uma só dimensão do desenvolvimento, geralmente, a
dimensão intelectual sobre as demais.
Desta forma, com as diferentes dimensões do desenvolvimento sendo
trabalhadas de modo intencional no currículo escolar, pode-se eliminar
barreiras que impedem a todos os estudantes de permanecer e ascender na
trajetória escolar, em especial os de grupos sociais historicamente
vulnerabilizados como as pessoas com deficiências, transtornos, altas
habilidades e super dotação, meninos e meninas negros, de classe social
econômica desfavorecida, povos tradicionais e originários entre outros.
A Educação Integral pressupõe igualmente o direito à escuta e à participação
de bebês, crianças e adolescentes, ao seu modo e conforme suas condições,
integrando ao currículo necessidades, interesses e as culturas infantis e
juvenis nas experiências educativas.
Nesta perspectiva, não apenas os territórios e equipamentos de diferentes
setores (como esportes, cultura, cidadania, parques e praças, saúde e
assistência) são partícipes do processo de ensino e aprendizagem, como
seus agentes.
A Educação Integral é também o fundamento integrador das dimensões do
cuidar e educar e da relação entre a educação escolar e as práticas sociais
em toda a Educação Básica.
Faz-se necessário distinguir o conceito de Educação Integral e de Tempo
Integral. O tempo é uma das estratégias que possibilita a materialização da

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 6


proposta de um currículo de Educação Integral, mas não a única. É essencial
que a ampliação e organização do tempo integral seja consequência do
Projeto Político-Pedagógico e do Currículo Escolar, associado aos espaços
dentro e fora da escola, considerando a diversidade de materiais que são
ofertados nas experiências educativas, atento às interações e organizações
de agrupamentos entre os estudantes, promotora de saberes de diferentes
matrizes étnico-raciais no currículo escolar, assim como asseguradora da
escuta e participação dos estudantes e comunidades escolares nos
processos educativos e na gestão escolar (BRASIL, 2023, grifos nossos).

Visando à formação integral dos estudantes, Minas Gerais adotou um Modelo


Pedagógico para a Educação Integral que tem como centralidade o estudante e seu
Projeto de Vida. Isso significa que o currículo, os processos pedagógicos e as ações
da escola devem ser movimentados para garantir que o estudante tenha condições
de concretizar seu Projeto de Vida do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, tendo
como ideal formativo um jovem autônomo, ativo, solidário e competente que, além de
estudante, seja sujeito da própria ação e capaz de buscar a solução de problemas
reais na escola, na comunidade e na vida social, com espírito de liderança; de tomar
decisões e fazer escolhas embasadas no conhecimento, na reflexão, na consideração
de si próprio e do coletivo.
A sustentação desse Modelo consiste na articulação dos Modelos Pedagógico
e de Gestão como estruturas indissociáveis, conforme suas especificidades. Assim,
podemos considerar que se trata de um Modelo Pedagógico eficaz e um Modelo de
Gestão comprometido com os resultados. A interdependência existente permite
transformar a intenção educativa em ação efetiva.

Esse modelo traz em sua centralidade a grande tarefa da escola: criar


processos educativos estruturados que assegurem ao estudante as
condições para que ele inicie a construção de seu Projeto de Vida, que se
dará em níveis muito distintos, considerando as etapas de ensino em que se
localiza o estudante e as suas necessidades de estímulos, visto que o
desenvolvimento de cada um ocorrerá como consequência de um processo
formativo estruturado (ICE, 2020).

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 7


2 FUNDAMENTOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM MINAS GERAIS

O projeto escolar fundamenta-se nos Princípios Educativos (Pedagogia da


Presença, Quatro Pilares da Educação, Protagonismo e Educação Interdimensional)
que são operacionalizados pelo currículo, cuja Prática Pedagógica e Metodologias de
Êxito se orientam por meio dos três Eixos Formativos (Formação Acadêmica de
Excelência, Formação para a Vida e Formação de Competências para o Século XXI).
Toda a equipe e espaço escolar participam
ativamente do processo educativo, do portão à sala de
aula, passando por espaços de alimentação, biblioteca,
etc., criando condições para a construção do Projeto de
Vida dos estudantes, de modo que todos os envolvidos
considerem a perspectiva de uma formação que permitirá
ao estudante desenvolver uma visão do seu próprio
futuro, sendo capaz de transformá-la em realidade para
atuar nas três dimensões da sua vida: pessoal, social e
produtiva.

2.1 Eixos formativos do modelo

O ideal formativo, a concretizar no final do Ensino Médio, é fruto de todo o


trabalho que a escola coloca a serviço dessa formação com o exercício dos Princípios,
os eixos sendo movimentados e o Modelo de Gestão apoiando o Modelo Pedagógico.
Em nosso modelo de Escola Integral em Minas Gerais, temos três Eixos
Formativos (Formação Acadêmica de Excelência, Formação para a Vida e Formação
de Competências para o Século XXI) que orientam a prática pedagógica dos
professores da escola nas decisões de natureza pedagógica e didática no
desenvolvimento do currículo. Essa prática pedagógica se faz por meio de um
currículo articulado entre a Formação Geral Básica (BNCC) e uma parte de Formação
Diversificada com suas Atividades Integradoras, sendo orientado por Princípios
Educativos (Pedagogia da Presença, Quatro Pilares da Educação, Protagonismo e
Educação Interdimensional), que devem estar presentes na prática de todos que
compõem a comunidade escolar – gestor, professores, técnicos, estudantes e
pais/responsáveis. Só que tudo isso tem que ganhar movimento, tem que ter vida na
escola, tem que sair do plano teórico e ganhar o plano da prática. Isso acontece

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 8


porque o Modelo de Gestão, cuja base é essencialmente humanista, traz conceitos e
instrumentos para transformar em prática e em resultados mensuráveis tudo aquilo
que é intenção, tudo o que é apenas um plano.
A grande quebra de paradigma – colocar o estudante e a construção do seu
Projeto de Vida na centralidade do Projeto Escolar – provoca mudanças importantes
desde a organização do currículo até o planejamento da escola, cuja equipe atua de
maneira plenamente alinhada a esses Princípios com a mente, coração e vontade
abertos para realização do projeto escolar. Quando isso acontece, todos apoiam os
estudantes na construção dos seus projetos de vida e na sua formação.
Na escola, o cuidar está alicerçado em três eixos fundamentais, por meio dos
quais a prática pedagógica se organiza, ou seja, tanto no currículo quanto na forma
de operacionalizá-lo. Esses três eixos convivem em igual nível de importância, um não
se sobrepõe ao outro porque não há construção de Projeto de Vida com apenas um
desses eixos. São eles:

● A Formação Acadêmica de Excelência. Aqui é preciso ter claro que todos os


estudantes devem receber e desenvolver uma formação acadêmica nos mais
altos padrões. Essa formação é realizada pelos professores por meio de
práticas eficazes de ensino e de processos verificáveis de aprendizagem que
devem assegurar o pleno domínio, por parte do estudante, do conhecimento a
ser apropriado durante a educação básica. Quando dizemos a todos, estamos
nos referindo a todos mesmo. É preciso considerar que os estudantes com
deficiência (e aqui é fundamental destacarmos que a deficiência não deve ser
vista como categoria única, mas sim multifacetada e carregada de
singularidades) precisam ser incluídos quando a equipe escolar elabora e
monitora suas práticas de ensino e verifica seus processos de ensino e de
aprendizagem.
● A Formação para a Vida: Está relacionada a executar um projeto de vida que
pressupõe a capacidade de fazer escolhas, realizá-las e responder por elas.
Isso será tanto melhor realizado quanto for ampliada e consolidada as suas
referências em termos de conhecimento, de informação e de valores. A
organização escolar deve possibilitar ao estudante a ampliação das suas
referências no que tange valores e princípios que ele constitui ao longo da sua
vida nos diversos ambientes e contextos em que vive. Ampliar e consolidar
esses valores é importante para que o estudante possa tomar decisões

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 9


fundamentadas em critérios conscientes e que, numa base mais restrita, talvez
o leve a decidir por critérios menos consistentes.
● Formação para o Desenvolvimento das Competências para o Século XXI:
A formação integral não se dá somente pelo desenvolvimento das
competências cognitivas, mas também pela presença de um conjunto de outras
competências essenciais no domínio das emoções e das habilidades
socioemocionais. Para construir um Projeto de Vida, é essencial saber se
posicionar diante do mundo nos seus diversos contextos e isso requer o
desenvolvimento de muitas habilidades pessoais, sociais e produtivas.

2.2 Princípios educativos

Nosso Modelo Pedagógico está fundamentado em 4


Princípios Educativos, que irão orientar o projeto escolar e,
consequentemente, a prática pedagógica, impactando a
formação dos estudantes nas dimensões pessoal, social e
produtiva, com foco na construção de seu projeto de vida.
Os Princípios Educativos – Pedagogia da Presença, Protagonismo, Quatro
Pilares da Educação e Educação Interdimensional – devem orientar todas as ações
e atitudes de todos os profissionais que atuam com os estudantes (professores
da turma ou não, diretor, merendeira, secretária, técnicos da Secretaria de
Educação...), todos devem partilhar da mesma forma de ver e interagir com os
estudantes nos diversos ambientes e situações educativas, para que sejam tratados
como sendo fonte de iniciativa, de liberdade e de compromisso.

● A Pedagogia da Presença é um Princípio mobilizador de forças afirmativas e


impulsionadoras, de atenção e de diálogo com intensa escuta do outro e de si
próprio. É orientadora das ações de toda a Equipe Escolar, em todos os
espaços educativos. Ele traduz a capacidade do educador se fazer presente
na vida do educando para apoiá-lo no processo de desenvolvimento das
competências e habilidades no âmbito pessoal, social, produtivo e cognitivo,
bem como das suas potencialidades.

Algumas características da Pedagogia da Presença:


▪ Todos educam pelo exemplo;

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 10


▪ Todos os educadores conjugam esforços em todas as dimensões para apoiar
o estudante, pois se importam com ele e com a sua formação;
▪ Estimula os educadores a sentirem orgulho de seu trabalho e a se
reconhecerem como presença afirmativa na vida do estudante;
▪ É exercício ativo de atenção, de diálogo com intensa escuta do outro e de si
próprio;
▪ Estar próximo, com alegria, sem oprimir nem inibir; sabendo afastar-se no
momento oportuno, encorajando a crescer e a agir com liberdade e
responsabilidade.

● Os Quatro Pilares da Educação trazem uma ampla concepção sobre


educação, em que os pilares são as aprendizagens fundamentais para que
uma pessoa possa se desenvolver plenamente, considerando a progressão de
suas potencialidades, ou seja, a capacidade de cada um de fazer, crescer algo
que traz consigo ou mesmo que adquire ao longo da vida.

O seu conteúdo são as quatros aprendizagens consideradas fundamentais


para que qualquer ser humano, em qualquer cultura, possa desenvolver o seu
potencial - Aprender a Ser, Aprender a Conviver, Aprender a Fazer e Aprender a
Conhecer.

● A Educação Interdimensional representa a busca da integração entre as


diferentes dimensões constitutivas do ser humano nos processos formativos
que ele vivencia na escola ou em outros espaços educativos. Isso pressupõe o
equilíbrio das relações do indivíduo consigo mesmo, com os outros seres
humanos, com a natureza e com a esfera transcendente da vida.
Enquanto princípio, a Educação Interdimensional implica a consideração da
aprendizagem em outras dimensões, para além da racional, e a construção de um
olhar mais amplo sobre os diferentes aspectos e nuances da realidade, o que favorece
o desenvolvimento e a harmonização entre as dimensões intrínsecas ao ser humano.
Trata-se de educar o estudante em todas as suas dimensões, para todos os aspectos
da sua vida, por meio de um modelo de educação e práticas educativas em sua
concepção mais ampla.
Tem como objetivo assegurar, por meio dos diversos
processos pedagógicos, o desenvolvimento não apenas da
dimensão cognitiva, mas da oferta de uma educação que
transcenda o domínio da racionalidade (do logos) e
incorpore os domínios da emoção (pathos), da corporeidade
(eros) e da espiritualidade (mythos).

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 11


● O Protagonismo no Ensino Integral em Minas Gerais tem grande
importância. Ele se apresenta como Premissa no Modelo de Gestão, Princípio
Educativo e Prática Educativa no Modelo Pedagógico. Como Princípio
Educativo, torna-se prática no “chão da escola”, por meio de um conjunto de
Práticas Educativas de Vivências em Protagonismo realizadas pelos
estudantes de variadas maneiras, em níveis diferenciados de autonomia, nas
distintas etapas do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Antônio Carlos
Gomes da Costa conceitua Protagonismo Juvenil como sendo a designação
para a participação de adolescentes atuando como parte da solução no
enfrentamento de situações reais na escola, na comunidade e na vida social
mais ampla. Sua principal característica: O jovem é envolvido como solução,
não como problema (ICE, 2016).

Nossa meta é fomentar uma participação autêntica, quando ao agir, o jovem


pode influir, por meio de palavras e atos, nos acontecimentos que afetam a sua vida
e a vida de todos aqueles em relação aos quais ele assumiu uma atitude de não-
indiferença, uma atitude de valorização positiva.
Dessa forma, o Protagonismo é um Princípio Educativo de grande importância
e sustentação do Modelo, pois visa a desenvolver jovens autônomos, solidários e
competentes, fonte de iniciativa, liberdade e compromisso.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 12


ENSINO FUNDAMENTAL
EM TEMPO INTEGRAL

Documento Orientador
2024

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 13


SUMÁRIO

1 O ENSINO FUNDAMENTAL EM TEMPO INTEGRAL 15

2 O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA PARA GARANTIA DO DIREITO DO


ESTUDANTE AO ENSINO INTEGRAL 17

3 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS 19

4. A MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL INTEGRAL 22


4.1 Dos anos iniciais 22
4.2 Dos anos finais 22

5 O PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO DA AVALIAÇÃO E FREQUÊNCIA 24

6 OS COMPONENTES CURRICULARES DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS 26

7 EMENTAS DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS - ANOS INICIAIS 28


7.1 Corpo e movimento 28
7.2 Nivelamento em língua portuguesa 29
7.3 Estudos orientados 31
7.4 Linguagens artísticas 33
7.5 Práticas experimentais (ciências e matemática) 35
7.6 Vivências em linguagens 37

8. EMENTAS DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS - ANOS FINAIS 40


8.1 Cultura corporal do movimento 40
8.2 Projeto de vida 42
8.3 Estudos orientados 44
8.4 Linguagens artísticas 46
8.5 Práticas experimentais (ciências e matemática) 49
8.6 Vivências em linguagens 52

9 METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM 54

10 ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL NAS ESCOLAS EFTI 60

11. FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DO EFTI 63

12 ORGANIZAÇÃO DO INTERVALO ENTRE TURNOS 66

13 ORGANIZAÇÃO DO EFTI NAS ESCOLAS INDÍGENA 68

14 CONSIDERAÇÕES FINAIS 70

REFERÊNCIAS 71

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 14


1 O ENSINO FUNDAMENTAL EM TEMPO INTEGRAL

Neste documento, propomos um direcionamento à prática docente, que deve


ser permeada pela intencionalidade pedagógica e pela corresponsabilidade. Apesar
das especificidades e particularidades de cada escola, todos nós, educadores,
trabalhamos em prol do mesmo objetivo: a garantia dos direitos de aprendizagem dos
nossos estudantes.
A Educação Básica, conforme reconhece a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), deve ter como objetivo o pleno desenvolvimento dos estudantes,
independentemente da duração da jornada escolar. Ela também assume o
compromisso com o planejamento e realização de processos formativos que
reconhecem, respeitam, valorizam e incidem sobre as diferentes dimensões
constitutivas do desenvolvimento dos sujeitos (cognitiva, física, social, emocional,
cultural e política) a partir da mobilização e integração entre diferentes espaços,
instituições sociais, tempos educativos. da diversificação das experiências e
interações sociais e da valorização da cultura dos diferentes territórios
etnoeducacionais.
Nesse sentido, o Ensino Fundamental em Tempo Integral propõe a formação
integral dos estudantes alicerçado na ampliação da Matriz Curricular que, por sua vez,
está fundamentada em uma proposta pedagógica integrada com o intuito de fortalecer
a aprendizagem por meio da articulação dos componentes curriculares das atividades
integradoras com os conteúdos dos diferentes componentes curriculares.
Os componentes curriculares das atividades integradoras do Ensino
Fundamental em Tempo Integral (EFTI) serão ofertados em consonância com os
conceitos e conteúdos relativos aos componentes curriculares que compõem as áreas
de conhecimento e desenvolvidos por meio de metodologias ativas que promovam o
protagonismo e a autonomia do estudante e favoreçam um melhor acompanhamento
da aprendizagem.
De acordo com as diretrizes do Plano de Atendimento Escolar estabelecidas na
Resolução SEE nº 4.869 de 05 de julho de 2023, as turmas do EFTI estão
organizadas por ano de escolaridade, considerando suas especificidades:

→ Nos anos iniciais (4º e 5º anos), diante da estrutura de regência de turma,


os componentes curriculares que compõem as áreas de conhecimento
permanecerão sendo ministrados em um turno e os componentes curriculares

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 15


das atividades integradoras no contraturno, aplicadas na estrutura de módulo
aula. Logo, a enturmação será única, ou seja, os estudantes devem frequentar
os dois turnos na mesma turma.

→ Nos anos finais (6º, 7º, 8º e 9º anos), a organização das aulas acontecerá
nos dois turnos. Os componentes curriculares que compõem as áreas de
conhecimento e os componentes curriculares das atividades integradoras
deverão ser distribuídos em toda a jornada diária de aula do estudante. Logo,
a enturmação será única, ou seja, os estudantes devem frequentar os dois
turnos na mesma turma.

Ressaltamos que nas duas organizações deve ser garantido o planejamento e


o desenvolvimento articulado dos conteúdos, na perspectiva da interdisciplinaridade.

O estudante será acompanhado e avaliado em sua aprendizagem em todos os


componentes curriculares, bem como em sua frequência, em toda a carga horária
prevista na matriz curricular. A turma criada para desenvolvimento da matriz curricular
de ensino integral terá a garantia de continuidade no ano subsequente.

Um ótimo trabalho a todos!

Equipe EFTI

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 16


2 O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA PARA GARANTIA DO DIREITO DO
ESTUDANTE AO ENSINO INTEGRAL

Para que os objetivos do EFTI sejam alcançados, é necessário que a equipe


pedagógica da escola faça um trabalho de sensibilização das famílias, pais e
responsáveis, quanto à oportunidade de formação integral do estudante, não apenas
em sua dimensão cognitiva, mas também nos aspectos sociais, emocionais, físicos e
culturais.
Essa sensibilização é necessária para que o estudante matriculado em turmas
de EFTI conclua o ano de escolaridade com sucesso e sem interrupção, com as
habilidades consolidadas, para viabilizar o seu prosseguimento nos estudos. A
ampliação da jornada diária possibilita a ampliação, o aprofundamento e a
diversificação das experiências formativas dos estudantes. Estando na escola por
mais tempo, nossos estudantes têm maior apoio em suas trajetórias de aprendizado
e também maior segurança alimentar, pois recebem 3 refeições diárias, incluindo o
almoço. Além disso, a proposta curricular integrada amplia as possibilidades de
utilização de metodologias e as vivências de situações que contribuem para o
desenvolvimento de importantes competências socioemocionais: Autogestão,
Engajamento com os Outros, Amabilidade, Resiliência Emocional e Abertura ao Novo.

Fonte: Instituto Ayrton Senna

O desenvolvimento interdimensional dos estudantes, sua formação acadêmica


e para a vida são, portanto, potencializados na educação em tempo integral, e é
importante destacarmos essa premissa para os estudantes e seus familiares e/ou

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 17


responsáveis, de forma a garantirmos uma educação pública integral de qualidade
social, permitindo uma preparação para a vida e para a construção de suas trajetórias
pessoais, sociais e profissionais.
Portanto, as famílias devem compreender a jornada em tempo integral
enquanto direito fundamental e que a consecução desse direito requer a frequência,
a assiduidade e a permanência na escola em tempo integral.
Cabe à equipe gestora envidar todos os esforços para garantir a permanência
do estudante no Ensino Integral. Para isso, é fundamental que as diretrizes e
orientações necessárias à efetivação da proposta pedagógica apresentada nesse
documento sejam desenvolvidas em todas as escolas. Todos os esclarecimentos
precisam ser feitos às famílias, incentivando a matrícula no tempo integral e
solicitando o seu empenho junto aos filhos para garantir a continuidade dos seus
estudos, o protagonismo na construção de seu projeto de vida e, portanto, escolhas
mais assertivas em suas trajetórias pessoais e profissionais.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 18


3 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS

As práticas pedagógicas para o EFTI fundamentam-se nas diferentes áreas de


conhecimento e nos componentes curriculares das atividades integradoras e devem
possibilitar o desenvolvimento integral dos objetivos de aprendizagem previstos no
Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG), aliadas a uma concepção
interdimensional do ser humano, que envolve suas habilidades, seus valores, crenças,
saberes e atitudes.
Para o professor Antônio Carlos Gomes da Costa, uma formação
interdimensional é aquela que oferece as condições necessárias ao desenvolvimento
das potencialidades dos estudantes e que transcenda o domínio da racionalidade e
se comprometa com a integralidade da ação educativa, ou seja, a prática pedagógica
deve considerar não só a dimensão cognitiva como também as dimensões da emoção
(a relação do homem com ele mesmo e com o outro), da corporeidade (seus ímpetos
e forças) e da espiritualidade (a relação com aquilo que dá sentido à sua vida). (ICE,
2019)

Fonte: Elaboração própria

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 19


Nesse contexto, o planejamento do professor precisa ser elaborado em
consonância com os conteúdos trabalhados nas áreas do conhecimento, o que
favorece uma educação integral de qualidade, por oportunizar ao estudante
experiências significativas e contextualizadas.
Essa integração é mediada pelo Especialista em Educação Básica (EEB) /
Especialista Coordenador, que deve acompanhar sistematicamente o planejamento e
a implementação das atividades propostas, apoiando os professores e propondo
estratégias e metodologias ativas e diversificadas, coerentes com as orientações
pedagógicas para o EFTI.
Durante todo o processo, os professores dos componentes curriculares das
atividades integradoras, em conjunto com a equipe gestora e com os demais
professores observam e discutem as dificuldades apresentadas pelos estudantes ao
longo do ano letivo, para implementar ações e/ou estratégias que atendam, realmente,
às necessidades de aprendizagem do estudante.
Ressalta-se que, na perspectiva da educação integral, compreende-se a
interdisciplinaridade como uma abordagem metodológica que contribui efetivamente
para o fortalecimento das aprendizagens e consolidação de habilidades, pois
possibilita a integração entre os saberes e o aprofundamento dos conhecimentos, sem
desconsiderar as especificidades de cada área. Por isso, essa abordagem precisa
permear o planejamento escolar.
Também, uma prática interdisciplinar, no tempo integral, valoriza a utilização
de diferentes espaços educacionais, abrangendo tanto os ambientes internos da
escola quanto aqueles que se estendem para além de seus limites.
Reitera-se a importância de se aprofundar o estudo e a discussão dos conceitos
e conteúdos propostos nos documentos seguintes, já enviados às SRE:

● Cadernos MAPA (Material de Apoio Pedagógico para Aprendizagens), que


orientam para o desenvolvimento de atividades relacionadas às habilidades do
CRMG e se constituem como um importante instrumento de ensino que, bem
articulado com os professores dos diferentes componentes curriculares, podem
contribuir significativamente para a melhoria dos resultados dos estudantes.
Disponível em: https://seliga.educacao.mg.gov.br/se-liga-2023/cadernos-mapa.
● Planos de Curso, cuja organização progressiva por bimestre contribui para a
elaboração de atividades bem articuladas com os conteúdos que estão sendo
desenvolvidos pelos professores dos diferentes componentes curriculares.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 20


Além disso, é fundamental que, em seu planejamento, os professores considerem
também as habilidades focais e, portanto, imprescindíveis ao processo formativo
desenvolvido em cada ano do ensino fundamental. Sugerimos, como referência para
esse estudo e planejamento, o Mapa de Foco da BNCC organizado pelo Instituto
Reúna.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 21


4 A MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL INTEGRAL

A matriz curricular é o documento que norteia o


ensino em uma instituição, sendo o ponto de partida
para a definição de toda a estrutura pedagógica da
escola. Trata-se de um instrumento que, fundamentado
nos objetivos educacionais propostos pelo CRMG,
organiza objetivamente os componentes curriculares e a
carga horária.
Por meio da Resolução 4.908 de 12 de setembro de 2023, a SEE/MG definiu
para 2024 uma nova matriz para o EFTI. Assim sendo, as escolas de EFTI deverão
elaborar o planejamento de ensino, em conformidade com essa nova organização,
observando o quantitativo de módulos-aula por componente curricular e a respectiva
carga horária.

4.1. Dos anos iniciais

A matriz curricular dos anos iniciais está estruturada em 25 horas/aula


semanais para os componentes curriculares das áreas de conhecimento e 20
horas/aula semanais para os componentes curriculares das atividades integradoras,
totalizando 45 horas/aula semanais. A carga horária anual é 1.466 horas e 40 minutos
e a carga horária diária de 9 (nove) módulos-aula.
Como já citado anteriormente, é importante reiterar que, para os anos iniciais,
será mantida a organização das aulas das áreas de conhecimento e dos componentes
curriculares das atividades integradoras em turnos distintos, diante da impossibilidade
de fragmentar a carga horária do professor regente de turma.

4.2. Dos anos finais

A matriz curricular dos anos finais está organizada em áreas do conhecimento


e componentes curriculares das atividades integradoras apenas para orientação
didática, superando dessa forma, a organização curricular baseada na lógica de turno
e contraturno e implementando um currículo integrado e integrador de experiências,
conforme diretrizes e disposições da Lei nº 14.640, de 31 de julho de 2023, da Portaria
nº 2.036, de 26 de novembro de 2023, da Resolução SEE nº 4.948, de 25 de janeiro

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 22


de 2024 e demais normativas vigentes e aplicáveis à educação integral na rede
estadual de ensino de Minas Gerais.
Portanto, para os anos finais, a matriz organiza-se em 30 horas/aula semanais
para os componentes curriculares das áreas de conhecimento e 15 horas/aula para
os componentes curriculares das atividades integradoras, totalizando 45 horas/aula
semanais. O EFTI nos anos finais terá, portanto, uma carga horária anual de 1.500
horas, com carga horária diária de 9 (nove) módulos-aula.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 23


5 O PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO DA AVALIAÇÃO E DA FREQUÊNCIA

O acompanhamento da vida escolar do estudante, seja relativo ao processo de


avaliação ou de frequência, deverá ser feito pelo Professor, em conjunto com o
EEB/Especialista Coordenador e com o apoio da Direção da escola, levando-se em
consideração todas as atividades previstas na organização curricular do EFTI e
conforme legislação vigente.
Dessa forma, cria-se uma rede de acompanhamento, monitoramento e
avaliação do processo de aprendizagem, possibilitando a identificação dos avanços e
das dificuldades, para viabilizar a análise de resultados e corrigir rumos, se
necessário.
No processo de avaliação na educação integral, ressalta-se a importância de
fazer prevalecer os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, ampliando o olhar
para além do desempenho cognitivo e contemplando o desenvolvimento de
competências e habilidades socioemocionais, de convivência, de respeito à
diversidade, de estar e agir no mundo. Deve ser, portanto, um processo reflexivo que
acompanhe os aprendizados atitudinais dos estudantes e revele o quanto a proposta
curricular está sendo realmente integrada aos saberes construídos.
Ressalta-se que o aspecto “qualitativo” não se opõe ao “quantitativo”, ou seja,
a atribuição de notas deverá ser realizada considerando a avaliação contínua e
processual, por meio dos diferentes instrumentos avaliativos. Assim, a partir do
diagnóstico da turma e do planejamento pedagógico definido para o ano letivo, a
equipe pedagógica e o corpo docente definirão aspectos qualitativos (participação nas
atividades, frequência, pontualidade, organização, respeito), dentre outros a serem
avaliados e a respectiva pontuação. Para cada componente curricular da atividade
integradora serão distribuídos 25 pontos por bimestre, totalizando 100 pontos anuais.
O propósito, também, é refletir sobre o processo de avaliação dos componentes
curriculares das atividades integradoras, que deverá considerar o desenvolvimento
das competências socioemocionais e cognitivas, por meio dos instrumentos e
recursos descritos na Resolução SEE nº 4.948, de 25 de janeiro de 2024, assim como
a análise dos resultados das avaliações somativas e
formativas. O importante é garantir uma avaliação contínua e
processual, conforme definido no Projeto Político Pedagógico
(PPP) da escola.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 24


Todas as estratégias de trabalho desenvolvidas pelo professor possibilitam a
observação dos aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais e devem ser
consideradas como diagnóstico para um planejamento coerente com as reais
necessidades de aprendizagem dos estudantes.
É importante analisar esses aspectos e discuti-los com os demais professores da
turma, em reuniões pedagógicas e no Conselho de Classe, momentos fundamentais
que favorecem o compartilhamento de informações, essencial para subsidiar o
planejamento das intervenções pedagógicas.
De acordo com a Resolução SEE nº 4.948/24, os componentes curriculares
das atividades integradoras não poderão influir na classificação e promoção dos
estudantes, mas “(...) deverão ter notas computadas, variando entre 60 e 100 pontos
anuais e ter a frequência do estudante computada para fins de registro de vida escolar,
como os demais componentes da matriz curricular”. E ainda, não são passíveis de
interrupção no percurso escolar dos estudantes e não ensejam reprovação ou
progressão parcial.
Portanto, identificar os instrumentos e procedimentos avaliativos, analisar o
rendimento escolar, constatar as dificuldades, envolver os estudantes nos processos
avaliativos, oportunizando que eles avaliem sua própria aprendizagem e dar a eles
um retorno constante da sua evolução deve ser uma prática contínua na educação
em tempo integral.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 25


6 OS COMPONENTES CURRICULARES DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS

Os componentes curriculares das atividades integradoras são um conjunto de


ações pedagógicas nas quais os conhecimentos e saberes são trabalhados em
consonância com os conceitos e conteúdos dos componentes curriculares que
compõem as áreas de conhecimento. Por isso, a importância da articulação entre os
professores da turma para que as atividades sejam integradas e significativas,
oportunizando novas possibilidades de ensino, evitando uma prática fragmentada e
descontextualizada.
Assim, com base na Resolução SEE nº 4.908/2023, as atividades integradoras
que compõem a matriz curricular do EFTI para 2024 são as seguintes:

ATIVIDADES INTEGRADORAS

COMPONENTES CURRICULARES COMPONENTES CURRICULARES


- ANOS INICIAIS - - ANOS FINAIS -

Corpo e Movimento Cultura Corporal do Movimento

Estudos Orientados Estudos Orientados

Linguagens Artísticas Linguagens Artísticas

Nivelamento em Língua Portuguesa Projeto de Vida

Práticas Experimentais Práticas Experimentais


(Matemática/Ciências) (Matemática/Ciências)

Vivências em Linguagens Vivências em Linguagens

Ressalta-se que o planejamento de ensino com esses componentes pressupõe:

● o desenvolvimento de projetos escolares, sequências didáticas, atividades


práticas concretas e contextualizadas e outras metodologias que favorecem o
desenvolvimento de uma aprendizagem significativa;
● o incentivo à interação professor/estudante e às práticas de comunicação oral
e escrita que contribuem para que os estudantes desenvolvam protagonismo e
autonomia na tomada de decisões, nas vivências em coletividade, na gestão
do tempo, na organização pessoal;
● o acompanhamento pedagógico contínuo e sistemático para garantir a
aprendizagem dos conteúdos dos componentes curriculares das atividades

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 26


integradoras e o fortalecimento da aprendizagem dos componentes
curriculares que compõem as áreas do conhecimento;
● a definição dos espaços educativos a serem utilizados, considerando a
proposta de trabalho.

Para subsidiar o planejamento do professor, a seguir, estão descritas as


ementas de cada componente curricular das atividades integradoras, as quais
pretendem contribuir na elaboração de um planejamento coerente com a proposta de
uma educação interdimensional, que integra diferentes tempos, espaços e agentes
educativos.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 27


7. EMENTAS DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS - ANOS INICIAIS

7.1 Corpo e movimento

O componente curricular Corpo e Movimento propõe o desenvolvimento de


atividades que favorecem o (re)conhecimento corporal. Os estudantes, nessa faixa
etária, encontram-se em pleno desenvolvimento neuropsicomotor. É por meio de seus
movimentos e gestos e as sensações percebidas pelos órgãos dos sentidos, que
recebem ou captam as informações do meio e aprendem a reconhecer os limites e
potencialidades de seu corpo.
Por isso, o planejamento desse componente curricular deverá prever
experiências lúdicas e educativas, que estimulem a consciência corporal, a
expressividade e o prazer pelo movimento, o estímulo ao desenvolvimento das
funções psicomotoras, entre outras.
Nesse contexto, vale incentivar práticas de dança, de representação teatral,
criação artística, experimentação, recriação, movimentos que envolvam equilíbrio,
esportes, jogos, ginástica, mímicas e brincadeiras, buscando a ampliação do
repertório de movimentos individuais e grupais.
Todas as práticas devem envolver os aspectos afetivos, cognitivos, físicos e
sociais, cabendo ao professor exercer a escuta ativa, para que tais práticas não se
caracterizem por uma ação unidimensional e descontextualizada do processo
formativo desenvolvido nos componentes curriculares do Currículo Referência.

PARA REFLETIR…
As vivências corporais contribuem para a aprendizagem efetiva dos conteúdos dos
diversos componentes curriculares, uma vez que, por meio delas, o estudante
experimenta sensações, desenvolve resiliência e reconhece as potencialidades e
limites de seu corpo, aspectos essenciais para o desenvolvimento de suas funções
cognitivas. Por isso, a importância de promover atividades desafiadoras,
compreendendo que corpo e mente são partes fundamentais para a formação do ser
humano integral.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 28


E para saber mais…

Atividade sobre os limites do corpo - 4º e 5º anos


O documento explora os limites e potencialidades do corpo para os
estudantes de 4º e 5º anos, relacionando com hábitos de higiene e saúde.
Ao final, oportuniza uma reflexão sobre os aspectos estudados, por meio de
alguns questionamentos os quais devem ser planejados para favorecer a
interação social. Disponível em:
https://www.tudosaladeaula.com/2023/05/atividade-sobre-os-limites-do-
corpo-4ano-5ano.html.

Atividades de Educação Física - Anos Iniciais


O artigo, também do site “Tudo em Sala de Aula”, apresenta atividades
relativas à Educação Física para os estudantes de cada ano dos anos
iniciais. As atividades precisam ser exploradas e analisadas, são
organizadas por temas, e contribuem com a prática do professor no
aprimoramento de suas aulas. Disponível em:
https://www.tudosaladeaula.com/p/atividades-de-educacao-fisica-
anos.html.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades
focais para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base
Nacional Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização
curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

7.2 Nivelamento em língua portuguesa

O componente curricular "Nivelamento em Língua Portuguesa" que, como as


outras atividades integradoras, precisa ter um caráter interdisciplinar, objetiva a
recomposição das habilidades necessárias ao processo de aquisição de leitura e de
escrita não consolidadas pelos estudantes em anos anteriores, no componente
curricular de Língua Portuguesa, de forma a garantir o fortalecimento da
aprendizagem com vistas ao seu ingresso nos Anos Finais.
É importante destacar que, neste componente curricular, o sentido da palavra
“nivelamento” não se refere à ação de “nivelar” o estudante no mesmo patamar dos
colegas, mas sim, de oportunizar a ele a consolidação das habilidades de leitura e
escrita que, porventura, ainda se encontram em desenvolvimento.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 29


Além disso, este componente não é reforço escolar. É, na verdade, uma
atividade integradora inclusiva, na qual todos os estudantes participam de forma ativa
e equânime, cabendo ao professor um olhar diferenciado para aqueles que
apresentam maiores dificuldades, de forma a garantir que todos desenvolvam as
habilidades inerentes aos seus direitos de aprendizagem.
As atividades devem ser desenvolvidas na perspectiva do letramento,
envolvendo os diferentes gêneros textuais, a fim de possibilitar ao estudante sua
efetiva participação nas práticas sociais. Não é uma proposta de trabalho sistemático
em sala de aula com os conteúdos de Língua Portuguesa, e sim, um trabalho
sistemático a ser desenvolvido de forma lúdica, dinâmica, utilizando os diferentes
espaços educativos.
Portanto, o planejamento precisa ser bem articulado com o trabalho do
professor regente de turma e deve ser elaborado com base nos resultados de
avaliações internas ou externas. Isso requer que a gestão escolar promova reflexões
coletivas e análise de resultados, garantindo um planejamento conjunto e articulado.
É importante refletir sobre as diferentes estratégias de organização da turma,
considerando as necessidades de aprendizagens e as metodologias a serem
utilizadas. Nesse aspecto, o desenvolvimento de projetos ou sequências didáticas
apresentam desafios que incentivam a pesquisa ou a busca de conhecimentos, por
meio das próprias vivências; por isso, contribuem para o fortalecimento e consolidação
das aprendizagens.
O professor precisa estar predisposto a inovar metodologias e atualizar
tecnologias educacionais, de forma a saber se comunicar com o estudante, garantindo
o envolvimento de todos nas práticas de Língua Portuguesa.
Ao final dos anos iniciais, espera-se que o estudante esteja apto a prosseguir
sua trajetória escolar nos Anos Finais com consciência de sua atuação nas práticas
sociais, como escritor e leitor, e predisposto a se apropriar de novos conhecimentos
exigidos nessa nova etapa de escolaridade.

PARA REFLETIR…

O trabalho com as habilidades


relacionadas à oralidade é fundamental
para consolidar as habilidades de leitura e
escrita especialmente nas últimas etapas

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 30


dos anos iniciais. Isso porque oportuniza ao estudante observar o caráter discursivo
das falas, os conectivos necessários para garantir a compreensão de quem escuta e
as estratégias que utiliza para garantir a interação com o outro, como a pontuação,
por exemplo.

E para saber mais…

Caderno de Língua Portuguesa - 1º ao 9º do Ensino Fundamental


Este caderno faz parte do material de apoio ao professor para recomposição
das aprendizagens dos estudantes e sugere um planejamento de trabalho e
fichas de atividades sequenciais. Atividades do 4º ano, pg. 39 a 48. Atividades
do 5º ano, pg. 49 a 58. Disponível em:https://observatorio.movimento
pelabase.org.br/wp-content/uploads/2023/02/caderno-fichas-dos-professores-
lingua-portuguesa.pdf.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

Livros:
NEVES, Iara Conceição B (org.). Ler e escrever: compromisso de todas as
áreas. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2011.205p.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. 194p.
Este livro apresenta ao professor inúmeras estratégias que podem ser
desenvolvidas antes, durante e após a leitura de textos, para consolidar
habilidades de interpretação e compreensão de textos.

LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto


Alegre: Artmed, 2002. 128p.

7.3. Estudos orientados

O componente curricular Estudos Orientados se propõe a


desenvolver o protagonismo e a autonomia do estudante para
buscar suas próprias maneiras de organizar seus estudos e

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 31


concluir suas tarefas, ou seja, ensiná-lo a aprender a aprender, por meio de técnicas
que o auxiliarão em seu processo de aprendizagem.
Essa atividade integradora deve promover o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais e a descoberta do sentido em estudar, favorecendo a
construção de seu projeto de vida. A cada ano de escolaridade, os estudantes serão
orientados para a aprendizagem de estratégias para aprimorar a autogestão e o
autodidatismo, aprendendo a responsabilizar-se pelos próprios estudos.
O planejamento do professor deverá contemplar o ensino de técnicas de
aprendizagem, gerenciamento do tempo, recursos materiais necessários ao
desenvolvimento da tarefa, recursos multimídia para favorecer e reforçar técnicas de
estudo, bem como atividades que envolvam as competências socioemocionais, de
forma a garantir o equilíbrio físico e emocional para o bom andamento dos estudos.
Tudo isso, para ter significado para o estudante, precisa estar diretamente interligado
às tarefas solicitadas pelo professor regente de turma.
O professor dessa atividade integradora sabe que deve atuar como mediador
do processo de aprendizagem, sendo parceiro e articulador das ações junto ao
professor regente de turma. Seus saberes precisam se relacionar com os saberes dos
estudantes, atuando e intervindo assertivamente para garantir o avanço na
aprendizagem e a consolidação de competências cognitivas e socioemocionais que
garantem a continuidade exitosa do estudante na sua trajetória acadêmica.

PARA REFLETIR…

É importante discutir com os estudantes sobre a relação entre o estudo e o seu projeto
de vida e que tudo que ele aprende na escola é fundamento para a definição de suas
metas de vida. Estudar não é apenas para fazer tarefas e provas. Por isso, os
professores utilizam uma diversidade de estratégias para a elaboração de seu
planejamento como, por exemplo, ensinar técnicas de memorização e revisão, de
leitura e compreensão de textos, elaborar plano de estudos de acordo com os
conteúdos do CRMG, fazer pesquisas, ensinar a utilização
dos recursos tecnológicos disponíveis na escola, anotar, fazer
sínteses ou resumos, sinopses, e até ensinar a lidar com a
ansiedade ou com o estresse.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 32


E para saber mais…

Três formas de potencializar a matéria de orientação de estudos


O site do “Tutor Mundi” explora três formas de potencializar ao máximo a
orientação de estudos e engajar os estudantes ao ensiná-los a aprender, bem
como disponibiliza atividades de estudos para que o estudante crie sua rotina
de estudos. Disponível em: https://tutormundi.com/blog/orientacao-de-
estudos/.

As nove melhores dicas de estudo


Este vídeo de 6 minutos descreve 9 dicas relacionadas a hábitos de estudo.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=z-siDHLMJyU.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

7.4 Linguagens artísticas

O objetivo do componente curricular Linguagens Artísticas é proporcionar aos


estudantes do EFTI uma imersão nas diversas formas de expressão artística. Por meio
de abordagens lúdicas e interativas, a atividade busca desenvolver a apreciação
estética, a criatividade e as linguagens artísticas como instrumentos de comunicação
e reflexão.
Esse componente deve ser trabalhado a partir dos conhecimentos e vivências
dos estudantes, com foco na valorização de todas as formas de expressão artística e
em cada linguagem proposta no Currículo Referência (Artes Visuais, Dança, Música,
Teatro e Artes Integradas).
O respeito à diversidade cultural e artística precisa permear todo o
planejamento do professor, considerando ser um componente que objetiva a livre
expressão, a criatividade, a imaginação, a apreciação das diversas manifestações
artísticas e culturais presentes nas culturas locais e globais.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 33


Ele deverá prever o estímulo à experimentação e às vivências das diferentes
linguagens, bem como a utilização de materiais didáticos diversificados e tecnologias
educacionais, como softwares, aplicativos e plataformas online, visitas culturais, a
elaboração de projetos escolares e sequências didáticas e tudo que instiga o
estudante a expressar emoções, sentimentos e possibilita a ampliação de seu
repertório cultural.
Ressalta-se a importância de compreender o caráter
flexível das ações, para que se possa proceder a adaptações
e atender aos desejos, às emoções e às necessidades de
aprendizagem dos estudantes, garantindo sua participação
ativa nas ações escolares.

PARA REFLETIR…

A tecnologia também faz parte das linguagens artísticas. Vários espaços culturais,
como museus, galerias, teatros, já utilizam de recursos digitais para possibilitar uma
imersão em obras tridimensionais e em diferentes perspectivas.
Você sabia que a emoção permeia as linguagens artísticas, inspirando e liberando
sentimentos? Trabalhar as linguagens artísticas na escola é favorecer a descoberta
das potencialidades e habilidades do estudante, podendo até contribuir para definir
um projeto de vida.

E para saber mais…

Linguagens Artísticas
Este vídeo conceitua as diferentes linguagens artísticas e seus tipos, de forma
simples e objetiva. Duração: 4’30.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GdUPte8LKaw.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
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DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 34


7.5 Práticas experimentais (Ciências e Matemática)

Este componente curricular configura-se em um


componente investigativo, que deverá ser desenvolvido tanto
na área de Matemática quanto na área de Ciências. O
componente Práticas Experimentais pressupõe um
planejamento que articula os conhecimentos teóricos e
conhecimentos práticos, tendo sempre o estudante como protagonista nas ações de
investigar, comparar ou relacionar fatos e fenômenos.
O planejamento deverá relacionar os conhecimentos matemáticos ou
científicos à leitura de mundo, de forma a envolver o estudante e a criar predisposição
para se relacionar com as práticas de investigação, exploração e compartilhamento
das descobertas. Para isso, é importante garantir um trabalho interdisciplinar, bem
articulado com os componentes curriculares de Matemática e Ciências, bem como
considerar as práticas, vivências e experiências sociais para, de fato, promover uma
aprendizagem significativa.
Muitas situações do cotidiano do estudante podem e devem ser discutidas e
analisadas, buscando alternativas para sua solução. Por isso, o professor precisa
trazer para a escola essas situações, promover experimentos, pesquisas, utilizar
instrumentos e técnicas de laboratório (de matemática ou ciências), bem como
oportunizar a análise dos diferentes fenômenos físicos, químicos ou biológicos.
É o momento de estimular a curiosidade, a criatividade e o interesse, por meio
da ciência ou da matemática, fazendo uso não apenas dos espaços do laboratório da
escola, mas dos diversos espaços educativos, seja na escola ou fora dela. Também
deve ser estimulado o pensamento científico, a pesquisa, a aprendizagem baseada
em problemas, o levantamento de estatísticas, a análise de probabilidades, de
gráficos e tabelas, enfim, a construção do conhecimento por meio da investigação.
É essencial o desenvolvimento de projetos escolares e de sequências
didáticas, pois favorecem um trabalho interdisciplinar, complementando e ampliando
o trabalho com as habilidades desenvolvidas nas aulas do professor regente de turma.
Destaca-se a importância da exploração das tecnologias digitais, de acordo
com os recursos que a escola disponibiliza, pois favorecem tanto a compreensão de
conceitos científicos e matemáticos, como o aprofundamento do conhecimento e o
desenvolvimento de habilidades digitais aplicadas no seu cotidiano.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 35


PARA REFLETIR…

O trabalho com Práticas Experimentais pressupõe que o professor domine o “fazer


científico”, que seja um pesquisador, um investigador. E requer a participação efetiva
dos estudantes na escolha dos temas, pois precisam ter sentido e significado para a
sua vida.
Você sabia que Pedro Demo, professor do Departamento de Sociologia da UNB,
destaca que a pesquisa científica pode ser desenvolvida desde a Educação Infantil?
Ressalta ainda a contribuição dos estudos de Piaget, que mostra que “crianças de
quatro anos já formulam perguntas. Que ela aprende porque inventa um esquema
mental que abarca o mundo que ela conhece. Depois, o mundo passa a não caber
mais no esquema, e ela tem de desconstruí-lo e construir um novo, que volte a abarcá-
lo.” (MAZOCCO, 2023).

E para saber mais…

Espaço Interativo de Ciências


Site com recursos de jogos e produções de materiais educacionais que são
utilizados na educação em ciências nos diferentes níveis de ensino. Disponível
em: https://eic.ifsc.usp.br/category/jogos/.

4 sugestões para desenvolver a alfabetização e estimular a investigação


científica
Este artigo da Nova Escola propõe um experimento, no jardim da escola,
envolvendo jogo de perguntas, resolução de problema e outras práticas
lúdicas, por meio da pesquisa e investigação. Disponível em:
https://www.google.com/url?q=https://novaescola.org.br/conteudo/21162/4-
sugestoes-para-desenvolver-a-alfabetizacao-e-estimular-a-investigacao-
cientifica&sa=D&source=docs&ust=1706532507984668&usg=AOvVaw3UwA
OXhqFthfgwDBHyAvLv.

Letramento científico: planos de aula para trabalhar o tema no Ensino


Fundamental I
Este artigo, do Instituto Claro, apresenta uma sequência didática com o
objetivo de instigar o estudante a conhecer e identificar as partes e funções da
planta, considerando as estratégias de observação, pesquisa, levantamento
de hipóteses, experimentos práticos e uso da tecnologia. Disponível em:
https://www.google.com/url?q=https://www.institutoclaro.org.br/educacao/nos

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 36


sas-novidades/noticias/letramento-cientifico-4-planos-de-aula-para-trabalhar-
o-tema-no-ensino-fundamental-
i/&sa=D&source=docs&ust=1706532507984926&usg=AOvVaw1vyHntS8BVH
7Zm8YV_yIQU.

Projeto Práticas Experimentais


Este vídeo, sobre as Práticas Experimentais da EE Brasílio Machado/SP, traz
um olhar interdisciplinar, envolvendo as diferentes áreas de conhecimento,
com foco nos estudantes dos 4º e 5º anos. Duração: 4’46. Disponível em:
https://youtu.be/3xJ4aeaiSQE.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

7.6 Vivências em linguagens

O componente curricular Vivências em Linguagens tem o objetivo de


possibilitar a ampliação dos conhecimentos linguísticos das diferentes linguagens e
textos multimodais, de forma a complementar e suplementar as competências que
estão sendo trabalhadas pelo professor regente de turma, proporcionando o
desenvolvimento de múltiplas linguagens que fortaleçam o estudante em seu
processo de inserção plena e exitosa numa sociedade letrada.
É uma oportunidade de estimular a criatividade, promover a comunicação eficaz e
ampliar as possibilidades de aprendizado, proporcionando aos estudantes uma
vivência enriquecedora nas diversas formas de linguagem (verbal, corporal, visual,
musical).
O planejamento do professor deverá favorecer um trabalho interdisciplinar, com
ênfase no multiletramento e na função social das linguagens. Isso significa
desenvolver jogos de linguagens, competições, projetos, gincanas, sequências
didáticas, gamificação, utilização de recursos digitais e educacionais, entre outras
estratégias que desafiam o estudante a se organizar em busca de soluções
linguísticas.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 37


Ressalta-se, nesse contexto, a importância de envolvê-lo nas práticas sociais,
com atividades interativas voltadas para os diferentes gêneros textuais, por exercerem
funções sociais em situações cotidianas de comunicação.
O professor deve compreender que esta atividade integradora não é uma
proposta de trabalho sistemático em sala de aula que objetiva o ensino do componente
de Língua Portuguesa. É, na verdade, um componente que pressupõe o uso dos
diferentes espaços educativos, dentro e fora da escola, com o objetivo de desenvolver
e consolidar habilidades, possibilitando aos estudantes a vivência de situações
comunicativas que favoreçam o exercício da criatividade, a fruição de repertórios
culturais, a capacidade de argumentação, entre outros.
Dessa forma, espera-se que os estudantes tenham a oportunidade de ampliar
suas habilidades de comunicação, tornando-se consciente de seu protagonismo nas
diferentes vivências em linguagens que a sociedade exige

PARA REFLETIR…

Ao integrar diversos ambientes educativos para o desenvolvimento do componente


curricular Vivências em Linguagens, como museus, bibliotecas, espaços culturais e
virtuais, o professor oportuniza aos estudantes vivência e ampliação de suas
competências linguísticas. A interação com diferentes formas de expressão artística,
textos publicitários, vídeos online e outros recursos multimodais enriquecem a
compreensão e a habilidade de comunicação dos estudantes em contextos variados.
Isso contribui, significativamente, para a formação de indivíduos linguisticamente
proficientes e culturalmente sensíveis.

E para saber mais…

As concepções de linguagem e seu impacto no ensino de Ciências


O texto destaca a evolução das concepções linguísticas ao longo da história
da Linguística, ressaltando a centralidade da linguagem no processo
educacional e enfatizando a importância do professor compreender as
concepções linguísticas na prática educacional, destacando a necessidade
de uma abordagem reflexiva e crítica na formação docente. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/42/as-concepcoes-de-
linguagem-e-seu-impacto-no-ensino-de-ciencias.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 38


As práticas de linguagem contemporâneas e a BNCC
O artigo (Escrevendo o Futuro) apresenta algumas características das
práticas de linguagem, de acordo com a BNCC e orienta formas de organizar
o trabalho com essas práticas na escola. Disponível em:
https://www.google.com/url?q=https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteu
do/revista-digital/artigo/81/as-praticas-de-linguagem-contemporaneas-e-a-
bncc&sa=D&source=docs&ust=1706532507986933&usg=AOvVaw1mLKR9
BzRy5TBv22CB3xtc.

Multiletramentos na escola: veja como aplicar o conceito


Este artigo para o professor (site Portábilis) sugere gêneros textuais
multimodais interessantes que podem contribuir no planejamento da
atividade integradora no tempo integral. Disponível em:
https://blog.portabilis.com.br/multiletramentos-na-escola/.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

Livro:
ALMEIDA, Rita de Cássia Santos (org.). Linguagem, Gramática e Leitura.
Petrópolis: Vozes, 2010. 140p.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 39


8. EMENTAS DAS ATIVIDADES INTEGRADORAS - ANOS FINAIS

8.1 Cultura corporal do movimento

De acordo com a BNCC, a cultura corporal do


movimento compreende o movimento humano para além de
sua dimensão neuromotora, "valorizando e legitimando os
sentidos e significados construídos social e culturalmente
como elementos constitutivos das diversas formas de ação e
expressões corporais humanas".
Por isso, o componente Cultura Corporal do Movimento propõe uma
abordagem mais aprofundada e desafiadora, no que se refere à dimensão corporal,
de forma a proporcionar uma experiência educativa que promova o aprimoramento
das habilidades motoras, o desenvolvimento cognitivo e a consciência crítica sobre o
corpo e o movimento. Busca-se explorar conceitos mais avançados, integrando, de
maneira significativa, as diferentes dimensões do ser humano.
O planejamento do professor, nesse contexto, precisa ser elaborado na
perspectiva de desenvolvimento de habilidades socioemocionais e de práticas
corporais que promovam reflexão sobre o espaço que ocupa e sobre sua necessária
participação na sociedade, para melhoria da qualidade de vida.
Por isso, a importância de se pensar em atividades integradas e coletivas, em
contextos que podem envolver discussões sobre a valorização da tradição e da
diversidade cultural, lazer e saúde, estereótipos e preconceitos relacionados às
práticas corporais, alternativas para a sua superação, dentre outras.
São importantes as práticas que trazem desafios, que estimulam a
autodisciplina, a reflexão crítica, a conscientização corporal, de forma lúdica, porém
sistematizada.
Promover momentos de debates sobre o espaço que o estudante ocupa na sociedade
e o impacto que seus movimentos corporais, gestos, sentimentos e atitudes podem
causar na coletividade, é uma boa estratégia para ampliar sua visão de mundo e
repensar valores.
As atividades devem envolver aspectos afetivos, cognitivos, sociais e motores
do estudante e estimular o pleno desenvolvimento de suas funções psicomotoras.
Portanto, diferentes espaços educativos devem ser explorados e utilizados pelo
professor com o objetivo de ampliar suas relações de mundo e de suas experiências
de desenvolvimento corporal e cognitivo.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 40


Por meio de um trabalho articulado com o professor de Educação Física do
Currículo Referência, espera-se que os estudantes, ao concluir os Anos Finais,
tenham consolidado habilidades essenciais que envolvam não só as reflexões sobre
as práticas corporais, mas também a consciência da expressão e da mensagem que
seu corpo é capaz de transmitir às pessoas.

PARA REFLETIR…

A Cultura Corporal do Movimento vem somar-se a uma educação intelectual, ética e


moral, mediada por um professor pesquisador, reflexivo e questionador de suas
próprias práticas. Esse conceito auxilia a compreender que os elementos que a
compõem, como a dança, os jogos, as lutas, os esportes e a ginástica se relacionam
com as questões éticas, cujos princípios envolvem a cooperação, inclusão,
solidariedade, respeito e empatia.

E para saber mais…

 Cultura Corporal do Movimento (Primeiras reflexões)


Este vídeo do Prof. Demerval, destinado à formação dos professores de
Educação Física, apresenta reflexões importantes sobre o conceito de
Cultura Corporal do Movimento, de acordo com a BNCC, e enfatiza a
necessidade de planejar atividades corporais que possam ampliar a
visão de mundo dos estudantes. Duração: 13’47. Disponível em:
https://youtu.be/Gf2E-VSVTNk.

 Corpo em movimento
Explora as relações entre o movimento do corpo, as convenções e a
materialidade dos espaços, utilizando os espaços do cotidiano como
objeto de estudo, pesquisa e experimentação, além de mobilizar
conhecimentos prévios relacionados à dança. Disponível em:
http://www.escolasnarede.seec.rn.gov.br/roteiro-de-estudo/corpo-em-
movimento-54049.

 Cultura corporal do movimento - Portal IDEA


O texto explora profundamente o significado e a importância da cultura
corporal de movimento, destacando suas principais características,
origens históricas e impacto na sociedade moderna. Disponível em:

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 41


https://portalidea.com.br/cursos/cultura-corporal-de-movimento-
apostila01.pdf.

 Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades
focais para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base
Nacional Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a
flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos.
Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

8.2 Projeto de vida

O componente curricular Projeto de Vida propõe um trabalho de percepção da


identidade, das vontades e desejos dos estudantes para despertar sonhos e
ambições, bem como oportuniza uma reflexão sobre seus objetivos de vida e os
mecanismos que precisam ser acionados para a sua realização.
Essa atividade integradora configura-se em importante oportunidade de
valorização e apropriação de conhecimentos, saberes, e vivências que possibilitam ao
estudante a compreensão das relações sociais e o exercício da cidadania com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
O planejamento deve ser construído, coletivamente, junto aos professores dos
demais componentes curriculares, valorizando sempre os conhecimentos prévios do
estudante, para garantir o seu engajamento na proposta.
Numa progressão de aprendizagens, o planejamento precisa ser elaborado a
partir do reconhecimento de sua identidade e do espaço que o estudante ocupa no
mundo, ampliando para o reconhecimento de suas potencialidades e para a
importância do estudo nesse contexto de conhecer a si próprio e de definir suas
escolhas.
Em sequência, é preciso contemplar o trabalho com as competências
socioemocionais, envolvendo os valores éticos e morais, passando pelo
autoconhecimento, autonomia e protagonismo e ampliando para o pensamento crítico,
reflexivo, sustentável, até a sua aproximação do contexto do Ensino Médio e total
engajamento e protagonismo na idealização e no planejamento de seu projeto de vida.
Professores de Projeto de vida sabem que trabalhar essa atividade integradora
significa atuar em todos os aspectos interdimensionais do ser humano, especialmente

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 42


os aspectos socioemocionais. E que o trabalho deverá considerar suas aspirações
pessoais e despertar o desejo de dar continuidade à sua trajetória escolar consciente
de suas escolhas.
As diretrizes pedagógicas devem voltar-se para o tempo futuro, sem
desconsiderar o presente e o passado, sem desconsiderar os sonhos dos estudantes,
suas possibilidades e seus limites. Sequências didáticas e projetos escolares,
organização por temas, estratégias e metodologias que envolvam a comunicação, a
interação, a pesquisa, entre outras, devem ser desenvolvidas para oportunizar que os
estudantes ampliem suas formas de fazer a leitura de mundo e aprendam a projetar o
futuro.
Ao final do 9º ano do Ensino Fundamental, espera-se que os estudantes
tenham projetado metas de estudo para enfrentar os desafios do Ensino Médio e
estejam preparados para tomar decisões mais conscientes relativas ao seu futuro.

PARA REFLETIR…

A BNCC orienta para uma formação integral do estudante, em que o papel da escola
é contribuir na realização de escolhas éticas e sustentáveis em diversos campos,
como estudo, trabalho e estilo de vida. Ressalta-se, nesse contexto, a competência 6:
“Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.

Essa competência precisa ser construída desde o ingresso do estudante nos Anos
Finais, a partir de uma organização progressiva dos conteúdos, estimulando o
autoconhecimento, o sentido de liderança e a resiliência para que, acreditando em
seus sonhos, ele possa dar continuidade à sua trajetória escolar, pessoal e
profissional.

E para saber mais…

Projeto de Vida na Escola: Como desenvolver, desafios e


práticas na educação
A reportagem (blog Kuau) aborda a importância do Projeto de vida na escola,
mostrando como consolidar competências socioemocionais e desenvolver a
autonomia dos estudantes. Disponível em:

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 43


https://blog.kuau.com.br/projeto-de-vida/projeto-de-vida-ensino-fundamental/.

Projeto de vida: Ser ou existir?


O texto (BNCC) traz o conceito e a importância do projeto de vida, destacando
seu papel para a descoberta de si próprio, dos outros e do meio em que se
vive, para a definição das formas de atuar na sociedade, nos aspectos sociais,
pessoais e profissionais e mostra as formas de trabalhar o projeto de vida com
estudantes do Ensino Fundamental.
Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/aprofundamentos/200-projeto-de-vida-ser-ou-
existir?highlight=WyJqb2dvcyJd.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

8.3 Estudos Orientados

O objetivo do componente curricular Estudos Orientados é desenvolver o


protagonismo e a autonomia do estudante para buscar suas próprias maneiras de
organizar seus estudos e concluir suas tarefas, ou seja, ensiná-lo a aprender a
aprender, por meio de técnicas que o auxiliarão em seu processo de aprendizagem.
Essa atividade integradora deve promover o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais e a construção de sentido ao ato de estudar,
favorecendo a construção de seu projeto de vida. A cada ano de escolaridade, os
estudantes serão orientados para a aprendizagem de estratégias para aprimorar a
autogestão e o autodidatismo, aprendendo a responsabilizar-se pelos próprios
estudos.
O professor de Estudos Orientados deve propor ao
estudante atividades diversificadas e técnicas de
aprendizagem, gerenciamento do tempo, recursos materiais
eficazes para o desenvolvimento da tarefa, recursos
multimídia para favorecer e reforçar técnicas de estudo
diversificadas que envolvam a leitura, análise e manipulação

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 44


de dados, conceitos, conhecimentos e o uso correto de informações de fontes
seguras.
Além disso, deve contemplar também atividades que envolvam as
competências socioemocionais, de forma a garantir o equilíbrio físico e emocional dos
estudantes e o bom andamento dos estudos. Tudo isso, para ter significado para o
estudante, precisa estar diretamente interligado às tarefas solicitadas pelos
professores regentes de aula.
A ênfase está, portanto, na implementação de um planejamento articulado
entre os professores envolvidos, aliado a uma gestão escolar eficiente. Dessa forma,
os professores poderão transitar de forma eficaz em busca dos instrumentos
necessários ao desenvolvimento das estratégias e metodologias que envolvem, por
exemplo, o ensino de técnicas de memorização e revisão, de leitura e compreensão
de textos, elaboração de plano de estudos, pesquisas, utilização dos recursos
tecnológicos, fazer anotações, esquemas, sínteses, resumos ou sinopses, e até
ensinar a lidar com a ansiedade ou com o estresse.
Vale ressaltar a importância dessa atividade integradora para o
desenvolvimento de todos os componentes curriculares, bem como a atuação do
professor do EFTI como mediador do processo de aprendizagem, sendo parceiro e
articulador das ações junto aos professores das áreas de conhecimento do Currículo
Referência.

PARA REFLETIR…

Como vimos, Estudos Orientados contribuem para a identificação de prioridades de


estudo, organização de tarefas e gestão do tempo, aspectos importantes que, se não
forem bem administrados, podem impedir que os estudantes tenham resultados
significativos. Christian Barbosa, no livro “Tríade do Tempo”, explica como é possível
distinguir entre o urgente e o importante, ao definir metas, delegar tarefas e ao lidar
com interrupções e distrações, abordando também temas como planejamento, foco,
automação e disciplina (https://casadoestudo.com/a-triade-do-tempo/ sinopse).

Assim, os estudos se tornam um processo mais personalizado e adaptável,


preparando os estudantes para os desafios futuros e incentivando o desenvolvimento
integral de suas potencialidades.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 45


E para saber mais…

9 Técnicas de estudo para orientar os alunos


Este artigo (SAE Digital) apresenta algumas técnicas de estudo que favorecem
e otimizam a aprendizagem e orientam o processo de receber e organizar
informações. Disponível em: sae.digital/tecnicas-de-estudo/.

Guia de Tutoria Pedagógica


Este caderno (Programa Tutoria - Itaú Social) discute o papel dos gestores
tutores com seus tutorados, para qualificar sua ação na escola e nas atividades
com os estudantes, envolvendo ações de planejamento e gestão de aulas, o
exercício de diferentes formas de lecionar, a avaliação da aprendizagem em
sala de aula, dentre outros.
Disponível em:
https://www.itausocial.org.br/wp-content/uploads/2018/05/48-guia-tutoria-
pedagogica-09082017_1510329199.pdf.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

8.4 Linguagens Artísticas

O componente curricular Linguagens Artísticas tem o


objetivo de proporcionar aos estudantes do EFTI uma
imersão nas diversas formas de expressão artística. Por
meio de abordagens lúdicas e interativas, a atividade busca
desenvolver a apreciação estética, a criatividade e as
linguagens artísticas como instrumentos de comunicação e
reflexão.
Linguagens Artísticas tem uma abordagem interdisciplinar e deve ser
trabalhada a partir dos conhecimentos e vivências dos estudantes, com foco na
valorização de todas as formas de expressão artística e em cada linguagem proposta

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 46


no Currículo Referência (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro, Artes Integradas) e
suas dimensões do conhecimento.
O respeito à diversidade cultural e artística precisam permear todo o
planejamento do professor, considerando ser um componente que objetiva a livre
expressão, a criatividade, a imaginação, a apreciação das diversas manifestações
artísticas e culturais presentes nas culturas locais e globais. Logo, o planejamento
deverá prever o estímulo à experimentação e às vivências das diferentes linguagens,
a exploração de diferentes recursos tecnológicos, de forma a proporcionar uma
experiência enriquecedora e significativa aos estudantes.
As atividades devem possibilitar aos estudantes a contextualização, apreciação
e produção de arte por meio dos diversos saberes culturais integrados às linguagens,
em representações individuais e coletivas. Dessa forma, devem ser incentivadas
produções artísticas, visuais e musicais, manifestações corporais e dramáticas,
atividades relacionadas às artes cênicas, artesanato e danças populares. O professor
poderá ainda realizar experiências embasadas na criatividade e na autoria dos
estudantes, através de práticas de multiletramento, que considera os diferentes
modos de se expressar.
Ressalta-se a importância de compreender o caráter flexível do planejamento
dessa atividade integradora, para que se possa proceder a adaptações e atender aos
desejos, às emoções e às necessidades de aprendizagem dos estudantes, garantindo
sua participação ativa nas ações escolares.
Dessa maneira, nessa perspectiva de interdisciplinaridade, o professor deverá
criar possibilidades para o desenvolvimento do saber estético e artístico que compõem
sua comunidade e tem significado para o estudante e para os que o rodeiam.
Além das artes regionais, há que se trabalhar as expressões culturais relativas a
outros povos e civilizações, no sentido de “valorizar e fruir as diversas manifestações
artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural (BRASIL, 2017, p. 9).
O trabalho terá um caráter colaborativo, complementar e suplementar ao que
está sendo desenvolvido pelos professores do Currículo Referência, especialmente
ao professor de Arte. É importante garantir a diversidade de materiais didáticos,
recursos digitais e tecnologias educacionais, como softwares, aplicativos e
plataformas online, organizar visitas culturais, elaborar projetos e sequências didáticas
e tudo que instiga o estudante a expressar emoções, sentimentos e possibilita a
ampliação de seu repertório cultural.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 47


Espera-se que, ao concluir o Ensino Fundamental, os estudantes tenham
desenvolvido suas habilidades criativas e expressivas, ampliado sua compreensão e
apreciação das linguagens artísticas e construído uma relação significativa com os
diversos saberes e com o mundo da arte, de forma a se tornar um cidadão participativo
e ser protagonista na busca de solução para as diferentes situações que a sociedade
lhe apresenta.

PARA REFLETIR…

Essa atividade integradora incentiva o trabalho em equipe e colaborativo e a troca de


ideias e opiniões, contribuindo para o crescimento pessoal e a construção de relações
interpessoais positivas. Para isso, inúmeros são os espaços educativos, dentro e fora
da escola, que possibilitam aos estudantes do EFTI não apenas ampliar suas
experiências, mas também fortalecer a conexão entre os conceitos teóricos e a
aplicação prática no mundo real. Essa é uma estratégia necessária e fundamental
para o ensino em tempo integral, para promover um aprendizado mais significativo.
Linguagens Artísticas exigem espaço para deixar fruir todas as formas de
comunicação e expressão artística.

E para saber mais…

Linguagem Artística: Características e Tipos


A reportagem aborda a complexidade da linguagem artística, destacando
que, embora seja uma forma poderosa de comunicação, seus códigos são
distintos e muitas vezes subjetivos. Ressalta a riqueza e a diversidade da
linguagem artística e demonstra que cada forma de expressão contribui
para a comunicação humana, provocando sentimentos, reflexões e
interpretações únicas. Disponível em:
https://maestrovirtuale.com/linguagem-artistica-caracteristicas-e-tipos/.

As dimensões do conhecimento de Arte


Esse vídeo, do Professor Rafael Pawlina, indicado para a formação de
professores explica, de forma clara e objetiva, os conceitos iniciais das
linguagens da arte e as dimensões do conhecimento, de acordo com a
BNCC. Duração: 20’08. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=VsEKINgJjo4.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 48


Arte e tecnologias: letramentos artísticos e linguagens da arte na
perspectiva de uma educação emancipatória
Este artigo, apresentado no 9º Simpósio Internacional de Educação e
Comunicação, destinado aos professores que querem aprofundar seus
conhecimentos sobre as linguagens artísticas, mostra a relevância das
linguagens artísticas na contemporaneidade, a partir das tecnologias e
suas implicações na formação dos estudantes. Disponível em:
https://eventos.set.edu.br/simeduc/article/view/9481/4125.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades
focais para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base
Nacional Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização
curricular e escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

8.5 Práticas experimentais (ciências e matemática)

O componente curricular Práticas Experimentais é uma atividade integradora


de caráter investigativo, que poderá ser desenvolvido tanto na área de Matemática
quanto na área de Ciências. Práticas Experimentais para o Ensino Fundamental
pressupõe um planejamento que articula os conhecimentos teóricos e conhecimentos
práticos, tendo sempre o estudante como protagonista nas ações de investigar,
comparar ou relacionar fatos e fenômenos.

O planejamento deverá relacionar os conhecimentos matemáticos ou


científicos à leitura de mundo, de forma a envolver o estudante e a criar predisposição
para se relacionar com as práticas de investigação, exploração e compartilhamento
das descobertas.
Para isso, é importante que o professor de Práticas Experimentais desenvolva
um trabalho interdisciplinar, bem articulado com os
componentes curriculares de Matemática e Ciências. São
importantes as práticas que envolvem resolução de
desafios e de situações reais, pois para solucioná-los, é
preciso incentivar o estudo e a pesquisa, levantar
estatísticas, analisar probabilidades, gráficos e tabelas,
concluir; ou seja, construir o conhecimento por meio da
investigação.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 49


O professor, também um investigador, será um orientador/mediador de todo o
percurso do processo de ensino aprendizagem. A sua escuta e seu olhar atento para
as necessidades do estudante contribuirão para a definição de temas que o estudante
deseja pesquisar. Nesse sentido, ele poderá desenvolver projetos escolares,
sequências didáticas ou outra metodologia que instigue o estudante a buscar
informações e levantar hipóteses sobre as situações apresentadas.
Também é importante fazer uso dos recursos digitais e tecnologias
educacionais disponibilizadas pela escola, que favorecem tanto a compreensão de
conceitos científicos e matemáticos, como o aprofundamento do conhecimento e o
desenvolvimento de habilidades digitais aplicadas no seu
cotidiano.
Dessa forma, ao final do Ensino Fundamental,
espera-se que os estudantes utilizem instrumentos e
busquem informações de forma autônoma, para
compreender os fenômenos físicos, químicos ou
biológicos e resolver as diferentes situações do cotidiano.

PARA REFLETIR…

Trabalhar com essa atividade integradora é conscientizar os estudantes da


importância de observar, a partir de suas próprias experiências, as mais diversas
situações vividas por ele no cotidiano e os diferentes fenômenos naturais que o
envolvem, instigando-o a uma participação efetiva nas atividades práticas, com
reflexão e criticidade. Esse é o sentido de desenvolver o protagonismo nas atividades
investigativas, em que é o estudante que busca o conhecimento, expõe opiniões,
debate, reflete, cria. Cabe ao professor incentivá-lo, valorizando toda e qualquer ideia
por ele exposta.

E para saber mais…

Pensamento Científico 8º e 9º ano


O documento (Escola da Escolha) expressa a preocupação com o baixo
desempenho do Brasil em Educação Básica, especialmente em Ciências,
evidenciado pelos resultados do PISA. Destaca a importância de espaços de

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 50


aprendizagem, como laboratórios, bibliotecas e internet, para estimular a
pesquisa. Disponível em:
https://educacao.sedu.es.gov.br/Media/EducacaoSedu/Arquivos/TempoIntegr
al/ProjetoDeVida/Pensamento%20Cient%C3%ADfico%208%C2%BA%20e%
209%C2%BA%20ano.pdf.

A experimentação nas aulas de Ciências


Este caderno (Nova Escola) é um estudo de práticas experimentais em
Ciências e enfatiza a experimentação como forma de aguçar o olhar dos
estudantes para a investigação científica. Apresenta dicas e roteiros para a
elaboração de experimentos, facilmente adaptáveis para as práticas
experimentais no EFTI. Disponível em:https://novaescola.org.br/cursos/wp-
content/uploads/2018/03/NE-cursos_ciencias.pdf.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível
em:https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

Jogos - LEMA – Laboratório do Ensino de Matemática


O site (UFSC) sugere jogos interessantes, que despertam motivação e trazem
uma prática dinâmica para o trabalho com os estudantes de EFTI. Disponível
em: https://lema.ufsc.br/category/jogos/.

Jogos no Ensino Fundamental II: 6º ao 9º Ano


Este site (UNESP) trabalha a metodologia de resolução de problemas, com o
objetivo de desenvolver capacidades de compreender o problema, planejar e
buscar soluções, favorecendo uma avaliação crítica das situações. Disponível
em:
https://www.ibilce.unesp.br/#!/departamentos/matematica/extensao/lab-
mat/jogos-no-ensino-de-matematica/6-ao-9-ano/.

4 práticas pedagógicas diferentes para as aulas de Ciências


Este artigo (Centro de Referência em Educação Integral) explora conceitos-
chave e práticas pedagógicas que podem ser adaptadas de acordo com o
contexto e a realidade das escolas e dos estudantes de EFTI. Disponível em:
https://educacaointegral.org.br/reportagens/4-praticas-pedagogicas-
diferentes-para-as-aulas-de-ciencias/.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 51


8.6 Vivências em linguagens

O componente curricular Vivências em Linguagens


objetiva a ampliação dos conhecimentos linguísticos das
diferentes linguagens e textos multimodais, de forma a
complementar e suplementar as competências que estão
sendo desenvolvidas pelos professores de Língua Portuguesa
e Língua Inglesa da Área de Linguagens do CRMG.
O objetivo do trabalho com esse componente é diversificar e ampliar o
repertório linguístico dos estudantes, fortalecer seu processo de inserção plena e
exitosa numa sociedade letrada, com capacidade de contribuir para a formação
humana, histórica, social e cultural.
É uma oportunidade de consolidar competências linguísticas, por meio do
estímulo à criatividade e à comunicação correta e eficaz, proporcionando aos
estudantes uma vivência enriquecedora nas diversas formas de linguagem (verbal,
corporal, visual, musical).
O planejamento do professor deverá favorecer um trabalho interdisciplinar, com
ênfase no multiletramento e na função social das linguagens. Isso significa
desenvolver jogos de linguagens, competições, projetos, gincanas, sequências
didáticas, gamificação, utilização de recursos digitais e educacionais, entre outras
estratégias que desafiam o estudante a se organizar em busca de soluções
linguísticas.
Ressalta-se, nesse contexto, a importância de envolvê-lo nas práticas sociais,
com atividades interativas voltadas para os diferentes gêneros textuais, por exercerem
funções sociais em situações cotidianas de comunicação.
Esta atividade integradora não é uma proposta de trabalho sistemático em sala
de aula e nem tem como objetivo ensinar o componente de Língua Portuguesa. O seu
objetivo é formar o estudante para desempenhar suas funções comunicativas nas
diferentes esferas sociais, de forma participativa e cidadã.
Por isso, pressupõe o uso dos diferentes espaços
educativos, dentro e fora da escola, para que ele tenha
oportunidades mais amplas de expressar opinião,
argumentar, partilhar ideias e sentimentos, enfim, comunicar-
se, consciente de seu protagonismo nas diferentes vivências
em linguagens que a sociedade lhe confere.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 52


PARA REFLETIR…

Considerando as práticas de linguagem organizadas pela BNCC (leitura, produção de


texto, oralidade, análise linguística/semiótica), essa atividade integradora traz as
inúmeras possibilidades de desenvolvimento de projetos escolares contextualizados
histórica e culturalmente e que enfatizam o aprender a aprender, a lidar com as
informações, intervir com responsabilidade nas diversas situações vivenciadas e a
criar autonomia para a tomada de decisão. Pense nisso!

E para saber mais…

As concepções de linguagem e seu impacto no ensino de


Ciências
O texto destaca a evolução das concepções linguísticas ao longo da história
da Linguística, ressaltando a centralidade da linguagem no processo
educacional e enfatizando a importância do professor compreender as
concepções linguísticas na prática educacional, destacando a necessidade de
uma abordagem reflexiva e crítica na formação docente. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/42/as-concepcoes-de-
linguagem-e-seu-impacto-no-ensino-de-ciencias.

Multiletramentos na escola: veja como aplicar o conceito


Este artigo para o professor (site Portábilis) sugere gêneros textuais
multimodais interessantes que podem contribuir no planejamento da atividade
integradora em tempo integral. Disponível em:
https://blog.portabilis.com.br/multiletramentos-na-escola/.

Mapa de Foco da BNCC


Os Mapas de Focos da BNCC apresentam uma seleção de habilidades focais
para cada ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Base Nacional
Comum Curricular. O objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e
escolha de conteúdos a serem desenvolvidos. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 53


9 METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

A ampliação da jornada diária dos estudantes do EFTI


possibilita aos professores o desenvolvimento de atividades
significativas, diversificadas e contextualizadas com a
utilização de metodologias ativas, que têm o objetivo de
incentivar a aprendizagem autônoma e participativa por meio
de problemas e situações reais. Dessa forma, os professores
devem estimular o estudante a ir além dos conceitos
apresentados, a debater e problematizar diferentes situações, tornando-o protagonista
do processo de construção de conhecimento.
Destacamos a seguir algumas metodologias e estratégias de trabalho
pedagógico desenvolvidas pelos professores, com o objetivo de proporcionar
momentos de discussão e reflexão necessários a um planejamento comprometido
com a garantia dos direitos de aprendizagem e com a formação integral dos
estudantes.
Antes, vale ressaltar que uma das orientações para o trabalho com as
atividades integradoras, muito discutida nesse documento, é a utilização dos
diferentes espaços educativos, não apenas a sala de aula, cujo ambiente também
pode proporcionar momentos enriquecedores de aprendizado, quando o
planejamento está coerente com a necessidade da turma e com a expansão do tempo
escolar.
Atividades que consideram os diferentes espaços educativos enriquece a
experiência educacional, pois possibilita a fruição dos movimentos, oferece
oportunidades de aprendizado prático, interação social e conexão com o mundo real.
A definição do ambiente ou do espaço que mais atende aos objetivos de
aprendizagem faz parte do planejamento do professor de EFTI.

 Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras na escola são considerados como atividades lúdicas
estruturadas, com regras definidas, alinhadas aos objetivos de aprendizagem. Eles
possibilitam a interação entre os estudantes e oportunizam, ao
professor, observar e avaliar o desempenho e o raciocínio lógico.
Também propiciam a construção de novos conhecimentos e
aprofundam o que já foi trabalhado, podendo ser uma oportunidade de

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 54


autoavaliação para o estudante.
Os jogos e as brincadeiras oportunizam momentos de leitura e de produção de
texto, desenvolvem o raciocínio lógico, em uma jornada
emocionante e cheia de descobertas. Eles permitem que os
estudantes vivenciem, de maneira lúdica, a felicidade, o prazer e a
liberdade de sentir, sonhar, decidir, planejar, aventurar-se e agir.
Além disso, incentivam a reflexão para a superação de desafios e
busca de soluções.

 Dança
A dança é uma dimensão do conhecimento proposta na BNCC e propicia aos
estudantes o desenvolvimento não somente da coordenação motora, mas,
principalmente, o desenvolvimento da linguagem corporal e artística e a
autoconsciência de suas ações.
Essa modalidade articula os processos cognitivos às
experiências sensíveis dos movimentos. O estudante tem a
oportunidade de observar o que ocorre no corpo, dando sentido às
relações entre a corporeidade, a produção estética e às próprias
emoções que a dança proporciona.
É uma atividade prazerosa e deve fazer parte do planejamento dos professores
de ensino integral, no contexto do que se ensina e respeitando suas especificidades.
Por isso, o planejamento dessa atividade não pode se limitar a uma repetição de
danças midiáticas ou de repertórios tradicionais. A dança, como
importante instrumento de construção da cidadania, possibilita
diferentes leituras de mundo, desde manifestações populares até as
danças contemporâneas.

 Esporte
O esporte é uma manifestação que atua de forma relevante para a formação
social e intelectual do estudante, bem como possibilita trabalhar com valores
importantes para a convivência na sociedade. É muito mais que uma atividade de
lazer, contribuindo também para o desenvolvimento dos aspectos
relativos à formação humana (cognitivos, físicos, afetivos e sociais).
O professor de EFTI deverá contribuir para que os estudantes
potencializem suas habilidades e se reconheçam ao aprender
técnicas esportivas relativas aos objetos de conhecimento trabalhados pelo professor

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 55


do componente curricular de Educação Física (esportes de campo,
rede/parede, de precisão, invasão, etc.), respeitando o contexto de
Anos Iniciais ou Finais.

 Tecnologia e Inovação
Considerando a realidade de cada escola, as inovações tecnológicas devem
ser estrategicamente incorporadas às aulas, possibilitando uma aprendizagem mais
envolvente e transformando a forma como os estudantes aprendem e como os
professores ensinam.
As plataformas de ensino online, aplicativos, jogos educativos,
atividades interativas, entre tantas que já fazem parte do cotidiano do
professor, podem tornar o processo de aprendizagem mais atrativo e
acessível, além de criar um ambiente inclusivo, estimulante e
transformador.
A tecnologia pode se tornar uma aliada no processo educacional, possibilitando
experiências de comunicação e informação em tempo real.
Ressalta-se que recursos tecnológicos, redes sociais,
aplicativos de mensagens, etc., na educação, devem ser usados com
intencionalidade pedagógica, para promover a aprendizagem
significativa.

 Oficinas de Leitura e produção de textos


É fundamental, no EFTI, promover oficinas específicas para o aprimoramento
da leitura e escrita e consolidação das habilidades linguísticas, seja por meio de
sequências didáticas e/ou projetos ou qualquer outra metodologia que
incentive a reflexão, a pesquisa, a busca de conhecimentos, o
aprender a aprender.
A sua contribuição está diretamente relacionada ao
desenvolvimento e domínio das habilidades de leitura e escrita, da oralidade, da
expressividade, o que capacita os estudantes a se comunicarem efetivamente em
diferentes contextos. Ressalta-se o estímulo à criatividade, ao pensamento crítico e à
curiosidade intelectual.
Ler permite desenvolver o raciocínio, o vocabulário e a
capacidade de interpretação. Escrever envolve mecanismos
discursivos, habilidades mentais e sensoriais, atreladas a diversos
conhecimentos.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 56


 Gamificação
A gamificação na escola se refere ao uso de elementos e
técnicas de jogos digitais, como avatares, desafios, rankings, prêmios,
etc., em contextos diferentes da sua proposta original, com o objetivo
de incentivar a aprendizagem dos estudantes. Ela incorpora
características típicas de jogos, como pontos, recompensas, competição, desafios e
narrativas, em atividades do mundo real. O principal propósito da gamificação é tornar
tarefas ou processos mais envolventes, divertidos e motivadores, estimulando a
participação ativa e o aprendizado.
Na gamificação, é comum o sentimento de competição, de conquista de níveis
ou pontos, resolução de desafios, recebimento de recompensas. Assim, todos os
estudantes precisam estar engajados na proposta do jogo, conhecer as regras e os
objetivos de cada ação ou tarefa.
A gamificação deve ser planejada de forma consciente, não
aleatória. É essencial que essa abordagem esteja alinhada com os
objetivos de aprendizagem, garantindo sua contribuição efetiva para
a consolidação do conhecimento.

 Aprendizagem Baseada em Problemas


Planejar coletivamente projetos educacionais que envolvam
atividades práticas e contextualizadas proporciona aos estudantes
uma abordagem mais dinâmica e significativa para a aprendizagem
dos diversos saberes. Para isso, as situações-problema precisam
ser definidas com a turma, de acordo com a necessidade e
interesse dos estudantes.
A organização da turma para essa abordagem é fundamental no processo
educacional, pois a forma escolhida precisa incentivar a colaboração, a troca de ideias
e a interação social. Seja por meio de grupos heterogêneos, individualmente ou em
duplas, o importante é que os estudantes tenham interesses ou necessidades
comuns. Caberá ao professor direcionar o trabalho e orientar a pesquisa, incentivando
a exploração e o aprofundamento dos conhecimentos.
Essa abordagem não apenas amplia o repertório de
conhecimento dos estudantes, mas também estimula a capacidade
de autorregulação, desenvolvendo o protagonismo, a autonomia e a

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 57


responsabilidade, visto que os estudantes devem definir seus objetivos e buscar
estratégias para gerenciar seu próprio tempo e suas ações.
A organização da turma para o trabalho pressupõe um ambiente dinâmico de
aprendizagem, em que os estudantes podem aplicar conceitos teóricos em situações
práticas, desenvolvendo assim, uma compreensão mais profunda e contextualizada
do conteúdo. Essa abordagem colaborativa não apenas fortalece os laços entre os
estudantes, mas também prepara os alunos para enfrentar desafios de maneira
cooperativa.

 Práticas de Campo
O trabalho de campo é uma prática investigativa que
possibilita a vivência do estudante com o intuito de aprofundar os
saberes e os conhecimentos. Além de preparar o estudante para
intervir na sociedade, favorece o protagonismo e a autonomia,
bem como estimula discussões sobre o seu projeto de vida.
As estratégias envolvem questionamentos, observação, descoberta, coleta de
dados e informações, análise de dados, relatório conclusivo,
permitindo ao professor de EFTI reflexões importantes para
reconhecimento de fatos e fenômenos da forma que ocorrem no
mundo real e, ao estudante, a vivência dos conhecimentos
teóricos aprendidos.
Seja qual for o espaço educativo escolhido para o trabalho em campo, é
importante que o professor estimule os conhecimentos prévios do estudante, sua
curiosidade e formas de percepção do ambiente.
As práticas de campo envolvem os estudantes em atividades diferenciadas,
interativas, que vão além dos muros da escola, possibilitando compreender o meio
social e cultural da sociedade em que vive, por meio de diferentes perspectivas.

 Sequências didáticas
O desenvolvimento das sequências didáticas, no EFTI, são
imprescindíveis pela sua característica de não tratar o
conhecimento de forma fragmentada, entendendo que os
diversos saberes apresentam-se de forma integrada e
interdisciplinar.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 58


De acordo com Zabala (1998), sequência didática é “uma série ordenada e
articulada de atividades que formam as unidades didáticas”. Nas práticas de EFTI,
que pressupõem um trabalho totalmente voltado para o letramento (gêneros textuais)
e na perspectiva da interdisciplinaridade, o planejamento das atividades poderá ser
feito junto com os estudantes, a partir de seus conhecimentos
prévios, considerando temas que são significativos para a vida,
que apresentem desafios cognitivos de acordo com o
desenvolvimento da turma, que realmente ensinem a aprender a
aprender.
O importante é engajar os estudantes na proposta, por meio da escolha correta
dos espaços educativos e de estratégias pedagógicas que atendam ao contexto e às
necessidades de aprendizagem.

 Projetos Escolares
A proposta dos projetos escolares é trazer a vida real para a escola. Ou seja, é
articular os conhecimentos escolares às diversas propostas sociais.
Para planejar um projeto escolar, que tem caráter essencialmente
interdisciplinar por provocar questionamentos relacionados a todas as áreas de
conhecimento, é necessário discutir com os estudantes o tema e a sua pertinência
para a vida real, os conhecimentos envolvidos e as
estratégias de trabalho, a organização da turma, os
procedimentos necessários, as formas de avaliar, o que se
pretende conhecer, entre outros elementos, os quais
contribuirão para que o professor defina, em seu
planejamento, os aspectos conceituais, procedimentais e
atitudinais que pretende desenvolver.
Ao elaborar a proposta, o professor explicita o tema, bem como os objetivos, a
justificativa, a metodologia a ser desenvolvida, as atividades, as formas de
acompanhamento e avaliação da aprendizagem, até a última etapa, que é a
finalização ou culminância.
O trabalho com projetos escolares pressupõe a mediação de um professor que
provoca, que instiga a curiosidade do estudante, que amplia seus saberes e que o
orienta para o protagonismo nas ações, motivando-o na busca dos conhecimentos e
na construção de seu projeto de vida.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 59


10 ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL NAS ESCOLAS DE EFTI

Os critérios e procedimentos para inscrição, classificação e convocação de


candidatos para o exercício de função pública na Rede Estadual de Ensino em 2024
estão definidos na Resolução SEE nº 4.920 de 06 de outubro de 2023 e as normas
para organização do quadro de pessoal das Escolas Estaduais estão na Resolução
SEE nº 4.925 de 10 de novembro de 2023.
Assim, as escolas que possuem 4 (quatro) turmas ou mais de Ensino
Fundamental em Tempo Integral têm direito a um Especialista em Educação Básica
Coordenador. O EEB Coordenador cumprirá a carga horária de 24 (vinte e quatro)
horas semanais e deverá atender, alternadamente, aos dois turnos. Já o EEB sujeito
à carga horária de 40 (quarenta) horas semanais ocupará duas vagas e cumprirá sua
jornada conforme disposições da Resolução SEE nº4.945 de 28 de dezembro de
2023.
Lembramos que os critérios e diretrizes referentes aos procedimentos para
inscrição e classificação de candidatos à contratação/convocação temporária para o
exercício de funções nas escolas indígenas e turmas indígenas vinculadas às escolas
não indígenas da Rede Estadual de Ensino da Secretaria de Estado de Educação de
Minas Gerais estão dispostos na Resolução SEE nº 4.946 de 29 de dezembro de
2023.
A equipe gestora da escola deverá atentar-se às disposições legais e
orientações encaminhadas pela SEE/MG para garantir a efetividade das diretrizes
teóricas e operacionais da educação integral na rede, acompanhando
sistematicamente a prática pedagógica desenvolvida pela equipe docente.
Ao ingressar no quadro de pessoal da escola como professor de EFTI, o
profissional deve ter conhecimento de suas habilidades para exercer o acolhimento,
que é uma ação pedagógica que integra os estudantes à escola, com o intuito de
desenvolver o sentido de pertencimento e fortalecer os vínculos com os profissionais.
Além disso, deve exercer a pedagogia da presença, a qual, por meio da presença
ativa e comprometida do educador, possibilita ao estudante desenvolver o seu
protagonismo, a liberdade de expressão, a criatividade e a proatividade.
Quanto às habilidades pertinentes ao exercício da docência, ele deverá ter
conhecimento de que o desenvolvimento de seu trabalho pressupõe a utilização de
diferentes e diversos espaços educativos, de que precisa estar articulado ao trabalho
dos professores da formação básica, deverá também ter conhecimento das

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 60


orientações e dos aspectos descritos nas ementas da sua atividade integradora (itens
7 e 8), portanto, apto a:

Desenvolver atividades de investigação e


experimentação, por meio de jogos, brincadeiras,
Práticas Experimentais desafios, ferramentas tecnológicas, entre outros recursos
que exigem a busca de soluções para as diferentes
(Matemática/Ciências)
situações vivenciadas na sociedade contemporânea,
citadas na ementa.

Proporcionar uma vivência enriquecedora nas diversas


formas de linguagem (verbal, corporal, visual, musical),
envolvendo as diferentes áreas de conhecimento, por
Vivências em meio de jogos, produção de diversos textos multimodais,
Linguagens projetos, gincanas, sequências didáticas, gamificação,
entre outras estratégias desafiadoras, na perspectiva do
letramento.

Desenvolver técnicas de aprendizagem e gerenciamento


do tempo, técnicas de memorização, utilizar recursos
multimídia diversificados considerando a abordagem a ser
feita e de acordo com as necessidades da turma e
disponibilidade da escola, entre outras estratégias já
Estudos Orientados
citadas na ementa. Para garantir um planejamento
coerente e de fato fortalecer as aprendizagens, o trabalho
precisa estar articulado com os professores dos diferentes
componentes curriculares, de forma a contribuir com o
desenvolvimento das tarefas escolares.

Identificar as competências, habilidades e atitudes que


devem ser desenvolvidas na busca do projeto de vida do
estudante, estimulando-o a conhecer-se, a questionar, a
compreender sua relação com o mundo e a refletir sobre
as consequências de suas escolhas. Abordar temas e
Projeto de Vida planejar atividades que promovam o autoconhecimento, o
desenvolvimento das competências socioemocionais,
valores morais, autonomia e protagonismo dos
estudantes. Promover debates e discussões que
envolvem dilemas éticos e morais, estimulando a reflexão
sobre as escolhas, decisões e suas consequências.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 61


Promover atividades que possibilitem ao estudante
reconhecer os limites e potencialidades de seu corpo, bem
como desenvolver valores relativos à boa convivência,
cooperação, respeito às formas de expressão, entre
Corpo e Movimento
outros. Desenvolver experiências lúdicas e educativas,
que estimulem a consciência corporal, a expressividade e
o prazer pelo movimento, por meio de um ambiente
dinâmico e inclusivo.

Analisar resultados de avaliações diagnósticas e


formativas, entre outras, para um planejamento coerente
com as reais necessidades dos estudantes.
Desenvolver atividades de recomposição das habilidades
Nivelamento em Língua de leitura e escrita não consolidadas em anos anteriores,
Portuguesa numa perspectiva de letramento, para favorecer sua
inserção nas práticas sociais.
Planejar na perspectiva da interdisciplinaridade, a partir de
metodologias que incentivam reflexão, análise e
construção ou consolidação dos conhecimentos.

Desenvolver práticas esportivas, brincadeiras e atividades


recreativas, aprofundando o conhecimento de suas
potencialidades e a consciência crítica do seu corpo e de
seus movimentos e aprimorando as funções cognitivas e
Cultura Corporal do as habilidades motoras. Explorar conceitos mais
Movimento avançados, integrando, de maneira significativa, às
diferentes dimensões do ser humano e ao mundo real.
Desenvolver práticas que trazem desafios, que estimulem
a autodisciplina, a reflexão crítica, a conscientização
corporal, de forma lúdica, porém sistematizada.

Articular as diferentes linguagens e suas expressões de


forma interdisciplinar, criando possibilidades para o
desenvolvimento do saber estético e artístico dos
estudantes, a partir de seus conhecimentos e vivências.
Promover a imersão dos estudantes nas diversas formas
de expressão artística, numa abordagem lúdica e
Linguagens Artísticas interativa.
Articular as atividades com o desenvolvimento de valores,
como o respeito à diversidade, às diversas formas de
expressão artística, à liberdade de se expressar, criar,
apreciar. Favorecer a livre expressão de emoções e
sentimentos. Contribuir para a ampliação de seu repertório
cultural.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 62


11 FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DO EFTI

Para o fortalecimento das ações do EFTI, a equipe pedagógica deve reafirmar o


compromisso com um trabalho coletivo, em que todos os atores se sintam envolvidos
no processo educacional e possam contribuir para a construção de uma formação
integral, com a responsabilidade que exige essa modalidade de ensino.

Para isso, esse documento orientador propõe algumas ações/atribuições de cada


segmento, as quais contribuem para uma reflexão sobre as práticas pedagógicas
desenvolvidas no espaço educativo e podem subsidiar o planejamento de aula do
professor.

Ações/Atribuições

Conhecer, estudar, orientar e divulgar os documentos que


norteiam o EFTI - Implementação da Matriz Curricular,
Documento Orientador, bem como acompanhar a
implementação da proposta junto às escolas;
Acompanhar o planejamento, execução e análise dos
resultados das avaliações diagnósticas e formativas;
Monitorar o processo de ensino e aprendizagem, bem como as
ações de intervenção pedagógica dos estudantes, garantindo
que as metodologias e didáticas desenvolvidas estão de acordo
com as orientações pedagógicas;
SRE
Propor, junto com o EEB/Especialista Coordenador, estratégias
e metodologias assertivas, considerando as necessidades da
turma e do professor;
Propor à equipe pedagógica o registro e a socialização das
boas práticas das atividades integradoras, num trabalho
conjunto com o EFTI/SEE;
Atender às diferentes demandas das escolas, garantindo a
efetividade das ações pedagógicas;
Participar de encontros, reuniões e formações propostas pelo
EFTI/SEE, conforme demanda.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 63


Estudar, divulgar e orientar os professores para a
implementação da proposta pedagógica do EFTI e da Matriz
Curricular, conforme orientações constantes do Documento
Orientador;
Reunir com o EEB/Especialista Coordenador e monitorar o
cumprimento das decisões tomadas nas reuniões;
Reunir com EEB/Especialista Coordenador e com os
professores para o planejamento de ações relacionadas às
atividades integradoras, à recomposição das aprendizagens e
às intervenções pedagógicas;
Diretor Incentivar e possibilitar aos professores a elaboração de um
planejamento inovador, por meio de metodologias ativas;
Reunir com a equipe de professores, sistematicamente, para
acompanhar o planejamento e o desenvolvimento das ações,
de acordo com as necessidades de aprendizagem dos
estudantes e conforme os documentos que norteiam o EFTI;
Atender às diferentes demandas da escola, conforme
orientação da SRE;
Participar de encontros, reuniões e formações propostas pelo
EFTI/SRE, quando solicitado.

Estudar, orientar e promover a capacitação dos professores


para a implementação da proposta pedagógica, conforme o
Documento Orientador;
Acompanhar o planejamento dos professores e propor
inovações, a fim de desenvolver ações pedagógicas de acordo
com os documentos que norteiam o EFTI.
Propor estratégias e metodologias diferenciadas, garantindo a
articulação entre os componentes curriculares do EFTI e o Para
EEB / o fortalecimento das ações do EFTI, a equipe pedagógica deve
Especialista reafirmar o compromisso com um trabalho coletivo, em que
todos os atores se sintam envolvidos no processo educacional
Coordenador e possam contribuir para a construção de uma formação
integral, com a responsabilidade que exige essa modalidade de
ensino.
Para isso, esse documento orientador propõe algumas
ações/atribuições de cada segmento, as quais contribuem para
uma reflexão sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas no
espaço educativo currículo básico, tendo como foco as
competências socioemocionais.
Promover momentos coletivos de planejamento e troca de

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 64


experiências que garantam a ampliação das experiências
curriculares.
Planejar junto com o diretor as reuniões com os professores e
pais/responsáveis dos estudantes, para fortalecimento do
ensino integral.
Articular e promover a realização de atividades extraclasse com
os professores.
Acompanhar e atender às demandas dos professores e garantir
que a proposta pedagógica da educação integral seja efetivada.
Participar de encontros, reuniões e formações propostas pelo
EFTI, quando solicitado.

Apropriar-se e implementar a proposta do Documento


Orientador;
Articular e elaborar com os demais professores o
desenvolvimento de projetos e atividades que incentivem o
processo criativo dos estudantes, por meio de metodologias
diversificadas e a utilização de diferentes espaços educativos;
Desenvolver processos de avaliação qualitativa, utilizando os
diversos instrumentos de avaliação, conforme Resolução
xxxxxx.
Professor Discutir com o EEB/Especialista Coordenador as demandas e
dificuldade da turma/estudantes, planejando e elaborando
estratégias para garantir a consolidação das competências e
habilidades;
Participar de reuniões de planejamento e realizar atividades
extracurriculares no ambiente escolar e/ou fora da escola;
Realizar avaliação contínua, dar feedback e replanejar as
ações, quando necessário;
Participar de encontros, reuniões e formações propostas pelo
EFTI, quando solicitado.

Essas e outras ações e procedimentos, desenvolvidos na perspectiva da coletividade


escolar, certamente, fortalecem a escola, porque criam uma atmosfera de confiança
e uma conexão positiva e de qualidade com as famílias e com a comunidade escolar.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 65


12 ORGANIZAÇÃO DO INTERVALO ENTRE TURNOS

De acordo com a Resolução SEE nº 4.925/2023, que organiza o Quadro de


Pessoal nas escolas da rede pública estadual, a escola que oferta EFTI terá direito a
um professor por turma para acompanhamento do horário de almoço, cumprindo uma
hora por dia, totalizando a carga horária de 6 horas/aula por semana ou 1h30 por dia
totalizando 9 horas/aula por semana.
O intervalo entre os turnos, que inclui o horário de
almoço, precisa ser compreendido como uma etapa do
trabalho escolar e se configura como uma ação educativa.
Por isso, as ações devem ser discutidas, planejadas e
devem fazer parte do PPP da escola.
O planejamento, construído junto com os estudantes, que também prevê
organização do tempo e das ações escolares, deve focar atividades relativas à
alimentação, higienização, relaxamento dos estudantes e desenvolvimento do
Protagonismo.
Para fomentar o Protagonismo dos estudantes, precisamos desenvolvê-lo
como Prática Educativa- conjunto de possibilidades a serem exploradas com os
estudantes com o objetivo de enriquecer o repertório e as aprendizagens deles,
considerando as várias dimensões da formação. As Práticas Educativas se dividem
em: Práticas Educativas de Rotina e Práticas Educativas Vivência em Protagonismo.
O foco das orientações são os Clubes de Protagonismo - que são Práticas
Educativas Vivência em Protagonismo. Os Clubes de Protagonismo são espaços
criados para que estudantes possam exercitar habilidades essenciais para sua
formação e atuação na vida pessoal, social e produtiva. Eles desenvolvem liderança,
escuta ativa, trabalho coletivo, gestão de tempo e espaço, de maneira lúdica e com
seus pares.
Os Clubes de Protagonismo devem assegurar uma participação autêntica dos
estudantes desde sua concepção até a avaliação dos resultados. É necessário que o
professor que acompanha o almoço esteja engajado na
compreensão dessa prática educativa para que não se
confunda com situações de lazer, jogos (futebol, vôlei, futsal,
queimada, basquete, dentre outros) e não se desvincule do
currículo como atividades acessórias.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 66


Cabe ao professor responsável pelo horário do almoço orientar os estudantes
no planejamento e execução, oferecendo o máximo de apoio. Mas é importante
também que os desejos dos estudantes sejam as premissas para essas ações.
O professor que acompanha o horário do almoço nos 4º e 5º anos vai conduzir,
orientar e auxiliar no desenvolvimento das atividades relacionadas ao Clube de
Protagonismo. Nos anos seguintes, o professor do horário de almoço acompanhará
também os estudantes na organização do Clube de Protagonismo, como mediador,
as ações serão desenvolvidas pelos estudantes. Ressalta-se que o protagonismo é
incentivado por meio da promoção da autonomia, da responsabilidade e da liberdade
de escolha.
Além da criação e do acompanhamento dos Clubes, serão realizadas também
atividades como higienização, alimentação saudável, hábitos alimentares, saúde, bem
como outros temas importantes para o desenvolvimento do protagonismo dos
estudantes como Clube de Gastronomia, Clube de Desenho, Clube de Teatro, Clube
de Dança, Clube de Jogos de Tabuleiro, dentre outros.
É importante destacar que, durante o horário de almoço, os estudantes têm a
oportunidade de utilizar diferentes espaços escolares, favorecendo o descanso, os
momentos de interação com outros colegas, a realização de atividades de lazer e dos
Clubes.
O tempo destinado ao relaxamento deve propiciar descanso físico e mental,
portanto, é importante atender ao que os estudantes demandam neste momento,
incentivando as conversas informais, as práticas de
descontração, as dinâmicas, a contação de histórias e/ou
piadas, brincadeiras, entre outras.
Ressalta-se a importância de a equipe escolar
acompanhar e monitorar o intervalo entre turnos, garantindo
que as atividades desenvolvidas sejam realmente utilizadas
para o fim a que se destinam.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 67


13 ORGANIZAÇÃO DO EFTI NAS ESCOLAS INDÍGENAS

O Ensino Fundamental em Tempo Integral - EFTI, nas


escolas indígenas, deve ser um espaço de construção de
relações interétnicas, orientadas para a manutenção da
pluralidade cultural, pelo reconhecimento de diferentes
concepções pedagógicas e pela afirmação dos povos
indígenas como sujeitos de direitos: formas próprias de
organização social de saberes e transmissão cultural para as gerações futuras,
enfatizando as línguas, conhecimentos e culturas indígenas, seus valores simbólicos,
tradições, conhecimentos e processos de constituição.
Excepcionalmente, nas escolas indígenas, as turmas dos anos iniciais do
Ensino Fundamental em Tempo Integral serão organizadas do 1º ao 5º ano
observando-se, para enturmação, a demanda de estudantes atendidos em cada
escola. A organização desta oferta será de responsabilidade do gestor escolar
juntamente com a SRE, não dispensando o diálogo com a comunidade indígena e
suas lideranças. As atividades poderão ser realizadas em sala de aula, bem como em
espaços educacionais alternativos, de convivência e sociabilidade de cada
comunidade indígena, localizados em seus territórios, para o atendimento aos
estudantes pertencentes a essas comunidades.
A matriz curricular do EFTI nas escolas indígenas é publicada em resolução
própria, sendo ela direcionada para o atendimento específico da modalidade. A sua
construção segue as premissas de organização estabelecidas para a rede, não
dispensando as singularidades existentes. Nesse sentido, as orientações
pedagógicas apresentadas neste documento quanto aos
componentes curriculares das Atividades Integradoras do
EFTI configuram-se em referencial para a prática docente. O
planejamento desses componentes deve alinhar-se aos
demais conceitos e conteúdos da matriz curricular e deve
contemplar os valores e princípios da Educação Escolar
Indígena. Os materiais didático-pedagógicos precisam ser elaborados com a
participação das lideranças e da comunidade e devem considerar os hábitos, os
costumes e o contexto sociocultural e econômico do território de cada povo indígena.
O Ensino Fundamental em Tempo Integral nas escolas indígenas também
poderá ser ofertado por meio de oficinas, a depender da opção definida pela liderança

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 68


indígena e comunidade escolar. O desenvolvimento pedagógico deve se constituir em
um espaço de construção de relações interétnicas, orientadas para a manutenção da
pluralidade cultural, pelo reconhecimento de diferentes concepções pedagógicas e
pela afirmação dos povos indígenas como sujeitos de direitos.
Nessa perspectiva, para essas escolas, a organização do EFTI deverá
fundamentar-se e orientar-se pelas Diretrizes para o Ensino Fundamental em Tempo
Integral das escolas indígenas. É importante destacar que a escola possui autonomia
para escolher quais atividades serão ofertadas e o desenvolvimento e condução dos
conteúdos devem considerar, valorizar e potencializar as formas próprias de
organização social e transmissão de saberes para as gerações futuras, enfatizando
as línguas, os conhecimentos e culturas indígenas, seus valores simbólicos, tradições
e processos de constituição da memória e identidade.
Quanto ao processo de avaliação, ressaltamos que, além dos aspectos
qualitativos e quantitativos apresentados neste Documento Orientador, nas escolas
indígenas é fundamental considerar os aspectos processuais, diagnósticos,
formativos, dialógicos e participativos, considerando o direito de aprender, as
experiências de vida do estudante e suas características culturais específicas. Dessa
forma, nas avaliações propostas pelos professores poderão ser desenvolvidas
práticas que possibilitem a reflexão de suas ações pedagógicas, orientando e
reorientando-as ao aprimoramento de projetos educativos próprios à lógica indígena.
Lembramos que os critérios e diretrizes referentes aos procedimentos para
inscrição e classificação de candidatos à contratação/convocação temporária para o
exercício de funções nas escolas indígenas e turmas indígenas vinculadas às escolas
não indígenas da Rede Estadual de Ensino da Secretaria de Estado de Educação de
Minas Gerais estão dispostos na Resolução SEE nº 4.946 de 29 de dezembro de
2023.
Orientações sobre diretrizes e legislação referentes à educação em escolas
indígenas devem ser encaminhadas à equipe da Coordenação de Educação do
Campo, Indígena e Quilombola, integrante da Diretoria de Modalidades de Ensino e
Temáticas Especiais pelo e-mail: dmte.ciq@educacao.mg.gov.br.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 69


14 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A SEE/MG reconhece o grande potencial dos profissionais da educação e a


responsabilidade que todos têm no desenvolvimento de um trabalho comprometido
com cada comunidade escolar.
O apoio das Superintendências Regionais de Ensino - SRE na implementação
e monitoramento das ações e orientações aqui propostas e na articulação,
principalmente entre as escolas, de momentos formativos para a troca de experiências
e de práticas exitosas, é essencial para a política de educação integral na rede
estadual de ensino. Por isso, é imprescindível que os profissionais - sobretudo os
professores, o EEB, o EEB/Especialista Coordenador e gestores escolares - estudem
e se apropriem das orientações desse documento, para que o planejamento e o
desenvolvimento das ações pedagógicas sejam coerentes com a realidade do
território da escola, as potencialidades e necessidades formativas dos estudantes.
Considerando o objetivo precípuo de garantir o desenvolvimento cognitivo e
socioemocional de cada estudante, ou seja, seu o desenvolvimento integral e também
as transformações características de cada fase de vida, é importante oferecer
acolhimento diário a cada estudante de todos os anos de escolaridade por meio de
atividades sistemáticas que envolvam os estudantes, professores, servidores,
pais/responsáveis e comunidade local durante todo o ano letivo. Destacamos que, aos
estudantes do 6º ano, que iniciam um novo ciclo no Ensino Fundamental e aos
estudantes que se encontram no 9º ano, que precisam se preparar para os desafios
do Ensino Médio, é preciso um acolhimento especial, reiterando o apoio da escola na
construção do seu Projeto de Vida.
Enfim, ressaltamos que a proposta pedagógica para a Educação Integral visa
não somente à garantia dos direitos de aprendizagem e ao desenvolvimento das
competências e habilidades previstas no CRMG, mas também à ampliação e
diversificação das vivências e experiências formativas de forma a possibilitar o
sucesso do estudante em toda a sua trajetória escolar e contribuir para o seu
protagonismo nas diferentes situações e desafios da sociedade contemporânea.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 70


REFERÊNCIAS

BARBOSA, Christian. A tríade do tempo. Editora BUZZ, 2018.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino


Fundamental. MEC/Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 26 jan. 2024.

BRASIL. Institui os procedimentos de priorização e critérios de seleção de


propostas de reforma e ampliação de unidades escolares e aquisição de
mobiliário para atendimento de demandas do Programa Escola em Tempo
Integral. Resolução Nº 26, de 24 de novembro de 2023. Disponível em: resolucao-
no-26-de-24-de-novembro-de-2023-resolucao-no-26-de-24-de-novembro-de-2023-
dou-imprensa-nacional.pdf (www.gov.br). Acesso em: 26 jan. 2024.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Diretoria de


Currículos e Educação Integral. Manual Operacional de Educação Integral.
Brasília/DF 2012. 80p. Disponível em:
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11452-
manual-operacional-de-educacao-integral-2012-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 26
jan. 2024.

ICE - Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Caderno Modelo


Pedagógico – Eixos Formativos, 2. Ed. Recife: 2019. Disponível em:
https://icebrasil.org.br/wp-content/uploads/2022/03/EM-apresentacao-v1.pdf. Acesso
em: 29 jan. 2024.

MAZZOCO, Bruno. Nova escola - Investigação científica é essencial em todas as


etapas de ensino. 2023. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/21673/investigacao-cientifica-e-essencial-em-
todas-as-etapas-de-ensino. Acesso em: 26 jan. 2024.

MINAS GERAIS. Currículo Referência de Minas Gerais. Secretaria de Estado de


Educação de Minas Gerais. Minas Gerais, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 25 jan. 2024.

REÚNA, Instituto. Mapa de Foco da BNCC. Os Mapas de Focos da BNCC


apresentam uma seleção de habilidades focais para cada ano do Ensino
Fundamental, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular. O objetivo é
ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de conteúdos a serem
desenvolvidos. Disponível em: https://www.institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-
foco-bncc. Acesso em: 26 jan. 2024.

REÚNA, Instituto. Material de apoio ao professor para recomposição das


aprendizagens dos estudantes. Fichas para o planejamento dos educadores de
Língua Portuguesa e Matemática para o Ensino Fundamental. 2024. Disponível em:

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 71


https://www.institutoreuna.org.br/conteudo/material-de-apoio-ao-professor-para-
recomposicao-das-aprendizagens-dos-estudantes. Acesso em: 26 jan. 2024.

REÚNA, Instituto. Material de apoio Seleção de habilidades focais para cada ano
do Ensino Fundamental de acordo com a Base Nacional Comum Curricular -
BNCC. Seu objetivo é ajudar a orientar a flexibilização curricular e escolha de
conteúdos que estão sendo produzidos por redes de ensino. Disponível em:
https://www.institutoreuna.org.br/ferramentas/mapas-de-foco-bncc. Acesso em: 26
jan. 2024.

SAE Digital conhecimento.fgv.br. Gamificação na educação: o que é e como ser


aplicada Disponível em: conhecimento.fgv.br. Acesso em: 26 jan. 2024.

SENNA, Instituto Ayrton. Competências socioemocionais dos estudantes.


Disponível em: https://institutoayrtonsenna.org.br/o-que-defendemos/competencias-
socioemocionais-
estudantes/?gad_source=1&gclid=CjwKCAiAk9itBhASEiwA1my_65d2kQwUmMthofF
lOKMndgSpgluwu0hQaShiSm5Fz4tr_Bm7tV3TsxoCalsQAvD_BwE Acesso em: 26
jan. 2024.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 72


ENSINO MÉDIO
EM TEMPO INTEGRAL

Documento Orientador
2024

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 73


SUMÁRIO

O ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL 76

1 PRÁTICAS E AÇÕES EDUCATIVAS 77

2 ACOLHIMENTO MARCO ZERO 78

3 ACOLHIMENTO DIÁRIO 80

4 CLUBES DE PROTAGONISMO 82

5 REPRESENTANTE DE TURMA 84

6 PROJETO DE VIDA 85

7 AS ATIVIDADES INTEGRADORAS (Parte Diversificada do Currículo) 90


7.1 Nivelamento em língua portuguesa e nivelamento em matemática 90
7.2 Eletivas 91
7.3 Práticas experimentais 94
7.4 Laboratório de aprendizagens 96
7.5 Estudos orientados 97
7.6 Pesquisa e intervenção – EMTI propedêutico 100

8. MODELO DE GESTÃO - EMTI 103


8.1 A equipe escolar atuando a partir da TGE 104
8.2 Os princípios de gestão no EMTI 105
8.3 Os conceitos de gestão no modelo EMTI 106
8.4 Planejamento e operacionalização 109
8.5 Plano de ação 110
8.6 Registro do plano de ação da plataforma SIGAE 115
8.7 Registros e relatórios 115

9 PAPÉIS E ATRIBUIÇÕES – DIRETOR(A), ESPECIALISTA EM


EDUCAÇÃO BÁSICA COORDENADOR(A) GERAL DO EMTI - EEBCG
OU PROFESSOR(A) COORDENADOR(A) GERAL – PCG - DO(A)
PROFESSOR(A) COORDENADOR(A) DE CURSO EMTI PROFISSIONAL
E DEMAIS PROFESSORES (AS) DO EMTI 117

10 REUNIÕES DE FLUXO 121

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 74


11 OS GUIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 123

12 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO ENSINO MÉDIO EM TEMPO


INTEGRAL PROFISSIONAL 128
12.1 Documentos pedagógicos EMTI profissional 129
12.2 Coordenação das Atividades da Educação Profissional 130
12.3 Cadastro no Sistema Nacional de Informações da Educação
Profissional e Tecnológica – SISTEC 131
12.4 Adendo ao Regimento Interno 122
12.5 Diploma, Histórico e Certificado 132
12.6. Avaliação no EMTI Profissional 133

13 ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE HORÁRIO NAS ESCOLAS DE EMTI 135

14 AVALIAÇÕES 166
14.1. Avaliações dos itinerários formativos 136
14.2 Avaliações na formação geral básica 137

15 CONSELHO DE CLASSE 138

16 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AS ESCOLAS DE EMTI 139

REFERÊNCIAS 140

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 75


O ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL

A Equipe de Implantação do Ensino Médio em Tempo Integral da Secretaria de


Educação do Estado de Minas Gerais apresenta este Caderno com o objetivo de
oferecer orientações e instrumentos para a implementação e fortalecimento da
Educação em Tempo Integral no Ensino Médio.
Nele, serão abordadas as práticas e ações educativas que devem nortear o
planejamento e trabalho diário do professor, de modo que o modelo pedagógico
estabelecido para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral seja colocado em
prática e que a educação oferecida desenvolva todas as dimensões da formação do
estudante. Essas práticas são: Acolhimento Diário, Acolhimento Marco Zero, Clubes
de Protagonismo e Representantes de Turma.
Também são abordados componentes curriculares específicos do Itinerário
Formativo: Projeto de Vida, Nivelamento em Língua Portuguesa e Matemática,
Eletiva(s), Eletivas do Itinerário Formativo Técnico, Práticas Experimentais,
Laboratório de Aprendizagens, Estudos Orientados, Pesquisa e Intervenção.
Serão elencados instrumentos estratégicos do modelo de gestão (Tecnologia
de Gestão Educacional - TGE), para planejamento e operacionalização. São eles:
Plano de Ação da Escola, SIGAE (plataforma do Programa Jovem de Futuro), PDCA
(Plain, Do, Check, Act), Guia de Ensino e Aprendizagem e papéis de profissionais da
equipe gestora escolar e de professores.
Por fim, será abordado o Ensino Médio em Tempo Integral Profissional e serão
dadas orientações sobre a organização do quadro de horário das escolas EMTI,
avaliação dos estudantes, Conselho de Classe Participativo e orientações gerais.
Importante ressaltar que o documento aqui apresentado não exclui a
necessidade de um aprofundamento de estudos nos Cadernos de Formação do
Instituto de Corresponsabilidade pela Educação - ICE.

Link dos cadernos de formação:


Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1SkUrspTyJ6xKd4zQvIl7T9Rn
_qLOBaIw?usp=sharing.

Esperamos que este Caderno seja ferramenta de apoio para todos os educadores!

Equipe de Implantação do Ensino Médio em Tempo Integral

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 76


1 PRÁTICAS E AÇÕES EDUCATIVAS

As Práticas Educativas são um conjunto de possibilidades a serem exploradas


com os estudantes com o objetivo de enriquecer o repertório
e as aprendizagens deles, considerando as várias dimensões
da formação. Devem ser asseguradas como recurso
metodológico no âmbito dos componentes curriculares e
trabalhadas de acordo com o planejamento diário do
professor, das possibilidades de exploração, interesse e motivação dos estudantes.

No Ensino Médio em Tempo Integral, as Práticas Educativas são organizadas da


seguinte forma:

● Práticas Educativas de Rotina: são as Práticas Educativas realizadas com


periodicidade, de maneira sequenciada e que se repete continuamente, ou
seja, são ações que fazem parte da rotina escolar. Elas não são eventos
extraordinários, mas, sim, comuns e que se fazem presentes na vida da escola
de maneira habitual. Um exemplo de prática de rotina seria o Acolhimento:
Marco Zero e o Acolhimento diário dos estudantes.
● Práticas Educativas Vivência em Protagonismo: São ações concretas e
intencionais empreendidas por toda Equipe Escolar e/ou por algumas de suas
instituições parceiras e pelos próprios estudantes que objetivam, por meio de
oportunidades educativas, o desenvolvimento de competências pessoais,
sociais e produtivas, bem como a ampliação do repertório de conhecimento e
valores necessários ao processo de formação do ser autônomo, solidário e
competente - elementos fundamentais para a construção de um Projeto de
Vida. São exemplos de Práticas Educativas Vivência em Protagonismo: Clubes
de Protagonismo e Representantes de Turma.

Saiba mais em:

▪ Caderno 8 - Rotinas e práticas


▪ Caderno do Acolhimento Inclusivo - Ensino Médio

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 77


2 ACOLHIMENTO MARCO ZERO

O Acolhimento Marco Zero é uma Prática Educativa que tem como objetivo
consolidar, por meio de um conjunto de atividades, a mensagem de que acolher,
receber e aceitar as pessoas, sejam elas os estudantes, a Equipe Escolar ou os Pais
e Responsáveis, é parte indissociável do Projeto Escolar, sendo realizado no início do
ano letivo nas escolas.

O Acolhimento é a “porta de entrada” dessa forma inovadora de conceber a


educação e de transformar a escola a fim de criar condições essenciais para
a realização da sua tarefa mais importante: o Projeto de Vida dos estudantes
(ICE, 2020, p. 25 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão.
Rotinas e Práticas Educativas).

As atividades desenvolvidas durante o Acolhimento Marco Zero são realizadas


de modo intencional para os diferentes públicos que compõem a comunidade
escolar: os estudantes, a Equipe Escolar, os Pais ou Responsáveis. Essa atividade
tem como objetivo sensibilizar os diferentes
IMPORTANTE: QUE A ESCOLA SE
públicos a que se destina, frente aos novos PREPARE ANTERIORMENTE PARA ESTE
MOMENTO, E TENHA UM MOMENTO
desafios de ver, sentir e cuidar do estudante, a
POSTERIOR PARA SISTEMATIZAR OS
partir de novas perspectivas conceituais e práticas SONHOS E SOCIALIZAR COM A EQUIPE
ESCOLAR OS RESULTADOS.
trazidas pelo Modelo da Escola da Escolha, suas
metodologias e práticas do projeto escolar.

Nesse acolhimento, são desenvolvidas diversas


atividades que geram como produto os registros dos sonhos dos
estudantes e expectativas em torno da sua realização. É por
meio da sistematização dos registros que a escola traça as suas
principais metas de trabalho para o ano letivo, fazendo com que
o projeto escolar esteja alinhado aos Projetos de Vida dos
estudantes.

Os Pais e Responsáveis devem ser estimulados a conhecer e a valorizar as


conquistas dos seus filhos a partir do marco que se instala em suas vidas por
meio do Acolhimento.
Muitas (e novas!) reflexões são geradas junto aos estudantes durante o
Acolhimento e, certamente, elas impactarão o modo como se relacionam com
a escola e consigo. (ICE, 2020, p. 30 - Caderno Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão. Rotinas e Práticas Educativas)

Os registros gerados pelo Acolhimento Marco Zero são documentos

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 78


importantes, pois é por meio deles que toda a Equipe Escolar tem contato com os
sonhos dos estudantes, que foram apresentados na culminância da atividade. Além
disso, esses registros farão parte do acervo da Coordenação Pedagógica e apoiarão
a Equipe Escolar na elaboração de estratégias e diretrizes para o planejamento e
execução do Plano de Ação da escola.

Na primeira semana letiva, as escolas deverão realizar o Acolhimento Marco


Zero e todos os estudantes estarão envolvidos nessa atividade. Essa ação terá a
duração de um dia letivo, de acordo com cronograma que será enviado por
Memorando. Nas escolas que já estão inseridas no modelo do Ensino Médio em
Tempo Integral, os Jovens Protagonistas do ano anterior, juntamente com os
estudantes egressos (quando houver), que já receberam as orientações durante a
Formação em Protagonismo, estarão aptos a realizar o acolhimento dos novos
estudantes em sua própria escola. Nas escolas de EMTI Propedêutico ou Profissional,
que iniciarão a oferta em 2024, essa ação será realizada pelos Jovens Protagonistas
(JPs) de outras escolas do EMTI que também já realizaram a Formação em
Protagonismo.

Saiba mais em:

▪ Caderno 8 - Rotinas e práticas.


▪ Caderno do Acolhimento Inclusivo - Ensino Médio
▪ Caderno do Acolhimento da Equipe Escolar, Pais e Responsáveis e
Estudantes.
▪ https://drive.google.com/file/d/1RuCIKm-
INWoj5lIEWffUbhfZWGnRZhCu/view?usp=sharing.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 79


3 ACOLHIMENTO DIÁRIO

O Acolhimento Diário é uma Prática Educativa que deve


ser realizada de forma planejada, intencional e fundamentada nos
princípios da Pedagogia da Presença e incorporada na rotina
escolar das escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
O Acolhimento Diário, comunica aos estudantes que eles
são bem-vindos naquele dia na escola, sendo realizado por meio
da troca de pequenos gestos, porém fundamentais, tais como:

▪ O sorriso que acolhe;


▪ O bom dia verdadeiro;
▪ O olhar atento;
▪ A busca pela compreensão de possíveis problemas;
▪ A percepção de que algum estudante chegou de maneira diferente do usual
para a jornada escolar.

O Acolhimento é a primeira oportunidade de a escola começar a fazer sentido


e de ser o lugar onde finalmente o estudante é reconhecido, visto, ouvido, respeitado
e acolhido.

É uma Prática Educativa executada diariamente com os estudantes de todas


as turmas. Deve sempre considerar as especificidades dos adolescentes e
jovens participantes, sempre zelando pelas formas de comunicação e de
interação que favoreçam o grupo, sem deixar ninguém de fora! (ICE,2020,
Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Rotinas e Práticas
Educativas)

O planejamento é de responsabilidade da Equipe Gestora, executado pelo(a)


Diretor(a).

A agenda desse acolhimento pode ser composta por uma mensagem de


boas-vindas; informações sobre o que vai ocorrer na semana; celebração de
algum evento importante ou conquista dos estudantes ou da equipe de
educadores por algum resultado alcançado; por reflexões sobre temas atuais
que interessam à comunidade escolar ou ainda, para celebrar os trabalhos
desenvolvidos pelos estudantes e professores. É um momento
profundamente ancorado no Princípio Educativo da Pedagogia da Presença.

O Acolhimento Diário deve ter a participação de todos os educadores e


funcionários da escola. Ele pode acontecer conforme acordado previamente

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 80


e planejado de forma intencional com a equipe de professores. É necessário
a participação dos estudantes, para que os mesmos possam exercitar ao
longo do ano letivo o acolher e ser acolhido.

No Acolhimento Diário, também podem ser comunicados os “recados” da


gestão escolar ou dos educadores em geral, sendo parte da programação,
mas não o seu foco. Também é o momento para reflexão coletiva sobre algum
episódio que necessite da consideração por parte de todos. A utilização de
músicas alegra o ambiente e a sua seleção deve sempre considerar a
adequação das suas letras (ICE, 2020 - Caderno Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão. Rotinas e Práticas Educativas)

O (A) Especialista da Educação Básica Coordenador(a)


Geral - EEBCG - ou Professor Coordenador Geral - PCG - deve
ser atuante, assim como os estudantes que poderão ser
envolvidos no planejamento desses momentos. As páginas de 36
a 38 do Caderno de Formação Inovação em Conteúdo Método e
Gestão- Rotinas e Práticas Educativas, Vol. 8, trazem ainda
algumas considerações sobre o planejamento dessa ação e
sobre a inclusão de estudantes com deficiências.

Saiba mais em:

▪ Caderno 8 - Rotinas e práticas.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 81


4 CLUBE DE PROTAGONISMO

O Clube de Protagonismo é uma Prática Educativa de Vivência em


Protagonismo, ele é um espaço destinado aos estudantes, ou seja, ele é organizado
pelos próprios estudantes para atender suas áreas de interesse. Nele, os estudantes
desenvolvem atividades que proporcionam trocas de informações, de experiências
relacionadas ou não à vida escolar. Sendo assim, o Clube deve atuar com a finalidade
de colaborar com o sucesso dos estudantes e da escola.

O objetivo do Clube de Protagonismo é:

(...) a formação do estudante Protagonista, pois a partir da vivência no Clube,


o estudante desenvolverá e exercitará um conjunto de habilidades essenciais
para a sua formação nos âmbitos da sua vida pessoal, social e produtiva.

Um Clube de Protagonismo deve atender a duas premissas importantes:


Ensinar algo que agregue valor aos seus participantes; colaborar com o
sucesso da escola na formação do estudante protagonista. (ICE, 2020, p. 52-
53 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Rotinas e Práticas
Educativas).

Na escola, os estudantes podem optar por criar mais de um Clube de


Protagonismo, isso vai depender do interesse deles pela criação de um ou mais
clubes.

É importante que o(s) Clube(s) de Protagonismo possa(m) ser criado(s)


exclusivamente por interesse dos estudantes. Os educadores devem apoiá-los na
construção e no desenvolvimento. É de fundamental importância que se possa
garantir as etapas para essa construção, proporcionando espaços na execução da
Semana de Protagonismo, organização de horários para o funcionamento dos Clubes
e reuniões sistematizadas para o acompanhamento do funcionamento, juntamente
com os Presidentes de Clubes, coordenadas pelo(a) Diretor(a) e
articulado de forma conjunta com o (a) Especialista da Educação
Básica Coordenador(a) Geral ou Professor Coordenador Geral.
Para toda a construção dessa Prática Educativa, é fundamental
que os educadores tenham como fonte de estudos os Cadernos:

● Caderno de Formação Inovação em Conteúdo Método e Gestão - Rotinas e


Práticas Educativas, Vol. 8, pág 50-53.
● Eu Sou uma Boa Ideia e Caderno do Protagonista – Clubes de Protagonismo.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 82


● Caderno - Clubes de Protagonismo
● Proposta para projeto de Clube de Protagonismo

Saiba mais em:

▪ Caderno 8 - Rotinas e práticas


▪ Cadernos orientadores Clube de Protagonismo. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1zOdOH2gwPQwNe_1iWFBGklhjbYAA3q4H/vie
w?usp=sharing
▪ https://drive.google.com/file/d/1Fd1h5OzTwVtQanctEWQfZe-
H3kAVxdCS/view?usp=sharing
▪ Modelo de Proposta de Clube de Protagonismo. Disponível em:
https://docs.google.com/document/d/1c_1-
nzwRnaXFEkilhSTNQ9OqE_MLJxZFArutyFqTULw/edit?usp=share_link

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 83


5 REPRESENTANTES DE TURMA

Representante de turma é o estudante que, indicado


e eleito pelos colegas, desempenha o importante papel de
representá-los perante a equipe escolar, especialmente
junto à direção da escola. Trata-se do estudante
responsável por ouvir as necessidades e interesses da turma e, orientado pela Direção
e pelos professores, por estimular a participação dos colegas nas ações e decisões
da escola por meio de vivências de liderança como protagonista.

Atribuições dos representantes de turma:

● Atuar como fonte de solução de situações-problema e de


engajamento dos colegas;
● Participar das reuniões do Conselho de Representantes e dos
espaços representativos na escola.

O(A) EEBCG ou PCG tem um papel fundamental na atuação dos


representantes de Turma.

OBSERVAÇÃO: AS ELEIÇÕES DOS REPRESENTANTES DE TURMA


SEGUIRÃO AS ORIENTAÇÕES DA REDE.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 84


6 PROJETO DE VIDA

Desde 2022, Projeto de Vida é um componente curricular obrigatório em todas


as escolas da rede. Em 2024, estará em todas as turmas de Ensino Médio em Tempo
Integral, nos 1º, 2º e 3º anos.
O Projeto de Vida (PV) é a centralidade do Projeto
Escolar. Uma Metodologia de Êxito que objetiva despertar
nos jovens seus sonhos e ambições, o que desejam para sua
vida e que pessoa pretendem ser, mobilizando-os a pensar
nos mecanismos necessários para essa realização. É mais
que reflexão sobre sonhos e planos, é sobre descobertas de
potencialidades, de limites, de desejos. Não é um processo
simples e nem rápido, mas uma grande tarefa a ser realizada, é o primeiro projeto
para uma vida toda.
Veja na imagem abaixo o que nos une na construção do Projeto de Vida dos
estudantes:

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 85


O professor de Projeto de Vida é fonte de inspiração, um exemplo de
presença afirmativa na vida dos estudantes. Dessa forma, deve:

● Compreender a necessidade de atuar sobre as variações de comportamentos


típicos na adolescência;
● Ter a clareza que o foco do seu trabalho é o estudante, a despeito das suas
circunstâncias;
● Provocar nos estudantes o despertar sobre suas ambições e os levar a refletir
sobre o que é necessário para realizá-las;
● Promover e saber que sua ação é regida pela Pedagogia da Presença;
● Atuar e ter autocontrole sobre suas emoções, sentimentos e julgamentos;
● Ter boa capacidade de comunicação;
● Empenhar-se para que o estudante não desanime, nem desvie dos seus
objetivos;
● Conhecer e saber como estabelecer os limites da relação entre ele e o
estudante, porque atua como apoiador do seu projeto de vida e não como o
seu “melhor amigo”.

Como apresentado no Caderno de Inovações em Conteúdo, Método e Gestão -


Metodologias de Êxito:

Não existe um “perfil perfeito” para professores das aulas de Projeto de Vida. No entanto, esses
docentes devem possuir a capacidade de inspirar o jovem, de “fazer corpo” por meio da Pedagogia da
Presença, sendo afirmativos em suas vidas. Também devem estar dispostos a mergulhar num processo
transformador que envolverá muita subjetividade e objetividade, pois, ao mesmo tempo em que deverão
provocar nos jovens o despertar sobre os seus sonhos, suas ambições, aquilo que desejam para as
suas vidas, onde almejam chegar e que pessoas pretendem ser, deverão levá-los a refletir sobre a
ação, sobre as etapas que deverão atravessar e sobre os mecanismos necessários para chegar lá. O
foco é o estudante, independente de suas circunstâncias.

Professores de Projeto de Vida sabem que essa é uma experiência única, que certamente também os
transformará, porque significa se encontrar com as dimensões do jovem que foi e acolher o jovem que
está diante dele, cheio de sonhos, de desejos, de planos de vida e de suas múltiplas possibilidades.

Professores de Projeto de Vida são parceiros de uma construção única, de uma tarefa a realizar junto
ao jovem que deve ser encarado como a nossa rara “chance de futuro” (ICE, 2020, p. 26 - Caderno de
Formação Inovações em Conteúdo, Método e Gestão - Metodologias de Êxito)

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 86


Veja na imagem a seguir o que é e o que não é Projeto de Vida:

FONTE: ICE, 2020, p. 27

E como são estruturadas as aulas de Projeto de Vida?

Para as aulas de Projeto de Vida, são disponibilizados ao professor desse


componente curricular cadernos com aulas estruturadas.

Os cadernos são organizados da seguinte forma:

GPS 1º Ano
Material do Educador - Aulas de Projeto de Vida / 1º Ano do Ensino Médio
Caderno do Estudante.
GPS 2º Ano
Material do Educador - Aulas de Projeto de Vida / 2º Ano do Ensino Médio
Caderno do Estudante.
GPS 3º Ano
Caderno do Professor: Pós-Médio Um Mundo De Possibilidades
Caderno do Estudante.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 87


O GPS indica o caminho a ser traçado nas aulas estruturadas. É importante
que o conjunto de aulas seja trabalhado integralmente para garantir o êxito da
metodologia. Cada aula tem um objetivo e o conjunto delas pretende trabalhar
competências e habilidades específicas. Em caso de não efetivação das aulas, é
necessário que a escola sinalize de imediato à equipe da Superintendência Regional
de Ensino (SRE), para que juntos com a equipe de Implantação do EMTI/SEE-MG,
façam as recomendações necessárias para minimizar o impacto no percurso formativo
em Projeto de Vida.
O EEBCG ou o Professor(a) Coordenador(a) Geral deve apoiar o professor de
Projeto de Vida, acompanhando o GPS das aulas, de modo que ele seja cumprido na
sua integralidade, assim como fazendo a articulação deste com os demais
componentes curriculares. Ele também é o elo entre o professor de Projeto de Vida e
os demais professores, visando a dar visibilidade aos projetos de vida dos estudantes
e do Projeto de Vida como centralidade das ações educativas da escola.
Em 2024, no 3º ano, não teremos mais o componente curricular Pós-Médio,
mas sim, Projeto de Vida. O professor desenvolverá suas aulas conforme orientado
no GPS, no Caderno do Estudante de Projeto de Vida do 3º ano e ainda, como
suporte, o Caderno Pós-Médio um Mundo de Possibilidades (nesse material há um
conjunto de temas que apoiarão o professor a desenvolver aulas a partir dos
conteúdos indicados e os Aulões para o ENEM).
É fundamental que o professor planeje e apresente seu Plano de Aulas,
envolvendo as várias possibilidades apresentadas no material.
Para turmas de EMTI PROFISSIONAL, o professor pode também explorar as
diversas possibilidades de atuação dentro do curso técnico: trazer profissionais, visitar
empresas, laboratórios, entre outras.
ATENÇÃO! Os cadernos estruturados e as orientações para as aulas do Projeto
de Vida para as turmas do EMTI serão disponibilizados pela Equipe de
Implantação do EMTI/SEE. Os materiais não serão os mesmos disponibilizados
e utilizados na rede para as aulas de Projeto de Vida. Em caso de dúvidas, entre
em contato com o Especialista Coordenador Geral ou Professor Coordenador
Geral para saber se os cadernos que têm “em mãos” estão corretos.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 88


Saiba mais em:

▪ Caderno 7 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão –


Metodologias de Êxito (Página 18 a 29).
▪ Caderno Projeto de Vida 1º ano e GPS aulas Projeto de Vida 1º ano.
▪ Caderno de Projeto de Vida, GPS das aulas, Plano de Ação dos estudantes e
material complementar-2º ano.
▪ Caderno de Projeto de Vida 3º ano e GPS aulas Projeto de Vida 3º ano.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 89


7 AS ATIVIDADES INTEGRADORAS (Compõem Parte Diversificada do Currículo)

As Atividades Integradoras compõem a parte


diversificada do currículo do Ensino Médio em Tempo
Integral, respeita as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional e compreende os componentes curriculares
estabelecidos na organização curricular específica.

O detalhamento de cada uma das Atividades Integradoras está disponível no


“Caderno das Atividades Integradoras do EMTI”.

São elas:

● Nivelamento em Língua Portuguesa e Nivelamento em Matemática


● Eletivas do Itinerário Formativo Técnico (EMTI Profissional)
● Práticas Experimentais
● Laboratório de Aprendizagens
● Estudos Orientados
● Pesquisa e Intervenção (EMTI Propedêutico)

7.1 Nivelamento em língua portuguesa e nivelamento em matemática

O Nivelamento é uma ação que tem como


finalidade o fortalecimento das aprendizagens e
habilidades não consolidadas dos conteúdos dos
anos anteriores dos componentes curriculares
Língua Portuguesa e Matemática, dos estudantes
que ingressarem no 1º ano do Ensino Médio em
Tempo Integral Propedêutico ou Ensino Médio em Tempo Integral Profissional, em
2024.
No Nivelamento, deve-se prever a realização de avaliações diagnósticas,
responsáveis pela identificação de habilidades estruturadas não consolidadas em
Língua Portuguesa e Matemática e ser seguidas de intervenções pedagógicas
capazes de retomar as aprendizagens necessárias e acompanhamento constante dos
processos de ensino e aprendizagem, de modo a garantir uma trajetória escolar de

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 90


sucesso para todos os estudantes 1 (SEEMG, 2021).
O Componente Curricular Nivelamento compõe a Área de Conhecimento da
Unidade Curricular das Atividades Integradoras, nos Itinerários Formativos, no
Currículo do Novo Ensino Médio. Ele será ministrado pelos professores de Língua
Portuguesa e Matemática específicos para essas Atividades Integradoras.
Para apoiar os docentes no desenvolvimento e aplicação das atividades
ofertadas aos alunos, os professores que atuarão nas aulas de Nivelamento no ano
de 2024 terão acesso aos materiais de apoio das Formações de Nivelamento com as
Sequências Didáticas (SD) disponibilizado no seguinte link:
https://drive.google.com/drive/folders/1O99no_eGKM0oTvKKQSUBs_NOqEbcoMVW
?usp=sharing.

OBSERVAÇÃO: O acesso ao material só é liberado para o domínio


@educacao.mg.gov.br

Seguindo a matriz da Resolução SEE Nº 4.908/2023, o Nivelamento será


ofertado nos 1º anos do Ensino Médio em Tempo Integral nas escolas de EMTI
Propedêutico de 7h/a e EMTI Profissional. Enquanto que EMTI Propedêutico de 9h/a
diárias terá o Nivelamento nos 03 anos do ensino médio.

Vale ressaltar que o componente curricular Nivelamento não terá avaliações de


caráter de classificação e promoção do estudante. As avaliações serão processuais,
contínuas e de caráter formativo para as duas modalidades de Ensino Médio em
Tempo Integral Propedêutico e Ensino Médio em Tempo Integral Profissional.

7.2 Eletivas
As Eletivas são componentes curriculares temáticos
que contribuem para que o estudante desenvolva seu
repertório e construa seu próprio currículo. As Eletivas têm
abordagem interdisciplinar como forma de assegurar a
formação da parte diversificada do currículo.

1
Documento: Ensino médio em tempo integral profissional de Minas Gerais: construção de política inovadora
com rede de parceiros / Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. – Belo Horizonte, MG : SEE/MG,
2021.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 91


Para que servem as Eletivas?

Enriquecer, ampliar e/ou diversificar temas e conteúdos dos


componentes curriculares da Formação Geral Básica. Para a
correta execução das Eletivas, seguem orientações:
● Não há necessidade de criação de horários comuns entre as turmas;
● As escolas deverão escolher o tema das Eletivas a serem ofertadas, dentre as
que estão no Catálogo de Eletivas (para a Formação Geral Básica) e
observar a habilitação necessária para a atribuição das aulas;
● Para as Eletivas do Itinerário Formativo Técnico - não haverá catálogo, a
equipe escolar irá sugerir os temas a serem trabalhados com base no conteúdo
de cada componente curricular do curso técnico.

É necessário observar com atenção as particularidades e necessidades das


turmas para a escolha dos temas, os indicadores de aprendizagem e ampliar o
repertório acadêmico dos estudantes, seus Projetos de Vida à luz dos Princípios
Educativos e dos Eixos Formativos.

▪ Eletivas Ensino Médio em Tempo Integral Propedêutico:

Para as turmas dos 1º, 2º e 3º anos:

Eletivas 01 e 02 - Eletiva da Formação Geral Básica (BNCC):

A equipe escolar deve escolher os temas das Eletivas com base no Catálogo
de Eletivas disponibilizado pela SEE/MG. Para a escolha das Eletivas, orientamos:

1: Dentro de uma mesma área (mesmo professor), os estudantes, com a escola,


escolhem 02 (dois) temas: 1 (um) para o 1º semestre e outro para o 2º semestre.

OU

2: Dentro de uma mesma área (mesmo professor), os estudantes, com a escola,


escolhem 01 (um) tema a ser trabalhado durante todo o ano.

Link para acesso ao Catálogo de Eletivas 01 e 02 (Eletiva da Formação Geral Básica


(BNCC):
https://drive.google.com/file/d/1N0wybz8Eo4IspuIewk2OOBfsEnCvpY3K/view?usp=s
haring

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 92


▪ Eletivas Ensino Médio em Tempo Integral Profissional:

Para as turmas dos 1º, 2º e 3º anos:

Eletivas 01- Eletiva da Formação Geral Básica (BNCC):

A equipe escolar deve escolher os temas das Eletivas com base no Catálogo
de Eletivas disponibilizado pela SEE/MG. Para a escolha das Eletivas, orientamos:

1: Dentro de uma mesma área (mesmo professor), os estudantes, com a escola,


escolhem 02 (dois) temas: 1 (um) para o 1º semestre e outro para o 2º semestre.

OU

2: Dentro de uma mesma área (mesmo professor), os estudantes, com a escola,


escolhem 01 (um) tema a ser trabalhado durante todo o ano.

Link para acesso ao Catálogo de Eletivas 01 (Eletiva da Formação Geral Básica


(BNCC):
https://drive.google.com/file/d/1N0wybz8Eo4IspuIewk2OOBfsEnCvpY3K/view?usp=s
haring

▪ Eletiva do Itinerário Formativo Técnico:

Não há Catálogo de escolha, o tema será definido a partir de discussões da


equipe escolar e deverá contemplar os conteúdos específicos de cada curso técnico.
Ela deve oferecer aos estudantes a possibilidade de desenvolver trabalho-ciência-
tecnologia-cultura, de acordo com o seu curso, na busca de soluções para os
problemas de seu tempo.
Deve-se elaborar uma ementa com a proposta de plano de aula.

ATENÇÃO: Deve-se observar de que forma está distribuída a carga horária das
aulas de Eletivas nas turmas de 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio em Tempo
Integral, conforme a Matriz Curricular de cada Curso.

Orientações para a Culminância das Eletivas nas turmas de Ensino Médio


Integral Propedêutico e Profissional

A Culminância das Eletivas deverá ser realizada tanto nas Eletivas 1 e 2 - Eletivas da
Formação Geral Básica (BNCC) quanto nas Eletivas do Itinerário Formativo Técnico.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 93


Para a Culminância, orientamos:
● A data para a Culminância das Eletivas deverá ser prevista no Calendário
Escolar e na Agenda Bimestral da escola, sendo que a realização dessa
atividade acontecerá ao final de cada semestre.
● Nas escolas de Ensino Médio Integral Propedêutico, o(s) professor(es) de
Eletivas e o(a) Especialista da Educação Básica Coordenador(a) Geral
(EEBCG) ou Professor Coordenador Geral (PCG) ficarão responsáveis pela
organização da Culminância das Eletivas, juntamente com os estudantes. Já
nas escolas de Ensino Médio Integral Profissional, a organização da
Culminância ficará a cargo do(s) professor(es) de Eletivas e do(a) Professor(a)
Coordenador(a) de Curso, juntamente com os estudantes.
● Durante a Culminância, a escola irá expor os trabalhos que foram produzidos
pelos estudantes e professores nas aulas de Eletivas a toda comunidade
escolar, aos pais/responsáveis dos estudantes e também para os demais
estudantes da escola. Dessa forma, iremos oferecer aos estudantes:

(...) a oportunidade de falar sobre o que aprenderam, consolidar as bases


acadêmicas que construíram, avaliar as escolhas que fizeram e os valores
que agregaram às suas vidas, bem como de se expor às críticas e
proposições daqueles para quem apresentarão os seus trabalhos. (...) sob a
forma de relatórios de projetos de pesquisa, jogos, robôs, experiências
científicas, jornais, dramatizações, músicas, reportagens, HQ, curta-
metragem etc., não são apenas apresentados, mas expostos à crítica pública.
É um exercício rico de competências que deverá ter sentido e significado por
meio do conhecimento gerado pelo e para os jovens, nas diversas dimensões
da vida (ICE, 2020, p. 38-39 - Caderno de Formação Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão - Metodologias de Êxito)

Sugerimos que a escola produza um portfólio com o produto da culminância


das Eletivas para fim de registro.

7.3 Práticas experimentais

O Componente Curricular Práticas


Experimentais, além de ser uma Atividade Integradora
do Currículo, é uma Metodologia de Êxito adotada pelas
escolas EMTI em Minas Gerais.

A partir de 2024, o professor de Práticas Experimentais irá contemplar em seu

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 94


planejamento atividades práticas dos três componentes curriculares: Física,
Química e Biologia.

Nas aulas de Práticas Experimentais, os estudantes terão a oportunidade de


vivenciarem na prática os conteúdos teóricos e conceituais das aulas de Física,
Química e Biologia, por meio de experimentos em laboratórios específicos e/ou
espaços compatíveis das áreas da Formação Geral Básica - BNCC.

A adoção das práticas é uma das respostas à necessidade de superar a


abordagem curricular que privilegia o papel do professor como transmissor do
conhecimento e o do estudante como mero receptor. Com efeito,
nessas práticas, o professor atua como mediador do conhecimento e
o estudante, como protagonista no processo de construção do
conhecimento e de suas aprendizagens.

As Práticas Experimentais objetivam estimular nos professores de Ciências


da Natureza a convicção de que as práticas desenvolvidas nos laboratórios e
em sala devem permitir uma profunda ampliação do grau de compreensão do
mundo que cerca o estudante no seu cotidiano, dando-lhe suporte conceitual
e procedimental para enxergar o seu entorno e encontrar explicações. O
estudante deve ser levado a entender que nas ciências não existem
perguntas proibidas nem “vacas sagradas”, mas buscas permanentes.

As práticas são parte do planejamento elaborado pelos professores e não


atividades consideradas extraordinárias. (ICE, 2020, p. 69 - Caderno de
Formação Inovações em Conteúdo, Método e Gestão - Metodologias de
Êxito).Perfil do professor:

No Caderno Palavras Fáceis para Explicar Coisas que


Parecem Difíceis, encontra-se uma breve orientação sobre como
organizar um rodízio para uso dos laboratórios e assegurar turmas
menores, oferecer melhor atendimento do professor nos
experimentos e maior rotatividade dos estudantes nos laboratórios.

O detalhamento do Componente Curricular e materiais auxiliares se encontram


no Caderno das Atividades Integradoras do EMTI.

Saiba mais em:

Caderno 7 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão –


Metodologias de Êxito (Página 66 a 69)

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 95


7.4 Laboratório de aprendizagens

O componente curricular Laboratório de Aprendizagens tem


como objetivo movimentar os eixos cultura, arte e lazer, utilizando
metodologias ativas e experiências mais inovadoras com os
estudantes.
As escolas deverão escolher os temas a serem trabalhados durante o ano,
considerando a área de atuação do professor e o interesse dos estudantes.
Professores da Área de Conhecimento Linguagens e suas Tecnologias, exceto
Língua Inglesa, e professores da Área de Conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas poderão lecionar esse componente curricular.
O conjunto de temas, o referencial teórico e metodológico encontra-se no
documento de orientação do componente curricular anexado ao Manual das
Atividades Integradoras.

Manual das Atividades Integradoras EMTI 2024

Em relação à carga horária do componente curricular Laboratório de


Aprendizagens, temos carga horária específica para o EMTI Propedêutico e EMTI
Profissional, como especificado a seguir:

● EMTI Propedêutico (carga horária: 35h):

1º ano: 01 (uma) aula semanal

2º e 3º anos: 02 (duas) aulas semanais, preferencialmente geminadas, para


contribuir no desenvolvimento das atividades.

● EMTI Propedêutico (carga horária: 45h): 02 (duas) aulas semanais,


preferencialmente geminadas, para contribuir no desenvolvimento das
atividades realizadas nas turmas do 1º ao 3º ano.

● EMTI Profissional: 01 (uma) aula semanal para as turmas dos 1º e 2º anos do


Ensino Médio.

Para desenvolver esse componente curricular, segue o material didático:


https://drive.google.com/file/d/1cmFbbVi_bN-O8Frs9rmAyPyw0rAUZqmz/view?usp=sharing.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 96


7.5 Estudos Orientados

O componente curricular Estudos Orientados surgiu da necessidade de


ensinar os alunos a estudarem por meio de técnicas de estudo e
de rotina na escola que contribuam para a melhoria da
aprendizagem. O objetivo dos Estudos Orientados é oferecer um
tempo de qualidade destinado à realização de atividades
pertinentes aos diversos estudos.

O professor de Estudos Orientados atua como mediador do processo de


aprendizagem, desenvolvendo o autodidatismo.

(...) Inicialmente orientado por um professor, o estudante aprende métodos,


técnicas e procedimentos para organizar, planejar e executar os seus
processos de estudo visando ao autodidatismo, à autonomia, à capacidade
de auto-regulação e de responsabilidade pessoal. Não deve ser confundido
com “tempo para realizar as tarefas”, mas para realizar quaisquer atividades
relativas às necessidades exigidas pelos estudantes, entre elas as próprias
tarefas. (ICE,2020, p. 48 - Caderno de Formação Inovações em Conteúdo,
Método e Gestão Metodologias de Êxito)

É importante compreendermos que os estudantes não são autodidatas e que é


o trabalho do corpo docente que levará o estudante a desenvolver o autodidatismo.

Além de organizar a rotina de estudo e ensinar o aluno a estudar, o Estudo


Orientado provê, a partir do exercício do planejamento, da organização e da execução
de atividades, condições que contribuem para a elaboração do Projeto de Vida. Os
Estudos Orientados apoiam o Projeto de Vida na medida que
auxilia os estudantes no desenvolvimento de competências que
os permitem aprender a fazer escolhas, priorizar ou direcionar
sua aprendizagem, de acordo com os seus interesses e
necessidades.

Os Estudos Orientados oferecem em sua composição:

● Aulas estruturadas;
● Desenvolvimento de estudos com técnicas de estudo;
● Avaliação Semanal.

Os Estudos Orientados são parte do planejamento da rotina semanal de


estudos e, como componentes curriculares, têm a função de criar uma cultura
e uma rotina permanente de estudos entre os estudantes, por meio da
realização de avaliações semanais, de modo a acompanhar a evolução da

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 97


sua aprendizagem. Nele também são reservados tempos para métodos,
técnicas e procedimentos para o estudante organizar, planejar e executar
seus processos de estudo, visando a autodidatismo, autonomia, capacidade
de auto-organização e de responsabilidade pessoal. Os Estudos Orientados
são imprescindíveis porque contribuem para o estudante aprender a estudar
de maneira autônoma, a aprender a aprender, atribuindo-lhe o sentido e o
significado de que estudar é muito mais do que cumprir tarefas acadêmicas
(MINAS GERAIS, 2021).

Para o acesso ao material estruturado com as 40 aulas estruturadas, para as


turmas de 1º anos, é necessário que o professor acesse
o link abaixo e salve o arquivo no drive pessoal ou o envie
para impressão, a fim de usar o material nos dias
planejados para as aulas, conforme planejamento anual.

Professor, acesse aqui o plano de aula completo das 40 aulas estruturadas.

Organização das aulas de Estudos Orientados conforme Matriz Curricular

Conforme orientação da Resolução SEE nº 4908/2023, a carga horária prevista


para esse componente curricular é a que consta na matriz que a unidade escolar está
autorizada a utilizar. Dessa forma, como temos em nossa rede escolas de Ensino
Médio em Tempo Integral com Matriz de 07h/a e com Matriz de 09h/a,
orientamos:

Para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral com matriz de 7h/a:


● Nas turmas de 1º ano, teremos 1h/a semanal. Inicia-se as aulas de Estudos
Orientados por meio do material estruturado.
● O professor deverá dar as aulas estruturadas (sem avaliação) e usar recursos
para apresentação dos resultados e aprendizagens consolidadas, por exemplo:
portfólio.
● Já para as turmas de 2º e 3º anos, teremos 02 (duas) aulas semanais, não há
necessidade das aulas serem geminadas. A cada 03 (três) aulas, será dada a
avaliação (componentes curriculares da FGB trabalhados ao longo das 03
(três) semanas), ou seja, a avaliação será mensal, abrangendo todos os
componentes curriculares da FGB. Sugerimos uma avaliação dividida por área
de conhecimento e, no máximo, 02 (duas) questões por componente curricular.

Para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral Propedêutico com matriz


de 9h/a:
● Nas turmas de 1º ano, teremos 4h/a semanais, sendo distribuídas da seguinte

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 98


forma: 01 (uma) aula de Estudos Orientados, por meio do material estruturado;
02 (duas) aulas para prática de estudos; 01 (uma) aula para avaliação
(componentes curriculares da FGB trabalhados ao longo da semana, conforme
componentes curriculares contemplados para a avaliação).
● Já para as turmas de 2º e 3º anos, teremos 4h/a semanais, sendo distribuídas
da seguinte forma: 03 (três) aulas para prática de estudos e 01 (uma) aula para
avaliação semanal (componentes curriculares da FGB trabalhados ao longo da
semana, conforme componentes curriculares contemplados para a avaliação).

Para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral Profissional:


● Nas turmas de 1º ano, teremos 3h/a semanais, sendo distribuídas da seguinte
forma: 01 (uma) aula de Estudos Orientados por meio do material estruturado;
02 (duas) aulas para prática de estudos. A cada 07 (sete) aulas, 02 (duas)
deverão ser para a avaliação (componentes curriculares da FGB trabalhados
ao longo das aulas, conforme componentes curriculares contemplados para a
avaliação). Sugerimos uma avaliação quinzenal dividida por 02 (duas) áreas de
conhecimento.
● Já nas turmas de 2º e 3º anos, teremos 3h/a semanais. Após 06 (seis) aulas
de práticas de estudo, as 02 (duas) próximas deverão ser para a avaliação
(componentes curriculares da FGB trabalhados ao longo das aulas, conforme
componentes curriculares contemplados para a avaliação). Sugerimos uma
avaliação quinzenal dividida por 02 (duas) áreas de conhecimento.

Observação: Como os cursos técnicos de Logística e Transações Imobiliárias


possuem uma carga horária menor para os componentes curriculares específicos na
parte técnica, as aulas de EO nesses cursos possuem as seguintes especificidades:

● Nas turmas de 1º ano dos cursos Logística e Transações Imobiliárias, teremos


4h/a semanais, sendo distribuídas da seguinte forma: 01 (uma) aula de Estudos
Orientados, por meio do material estruturado; 02 (duas) aulas para prática de
estudos; 01 (uma) aula para avaliação (componentes curriculares da FGB
trabalhados ao longo da semana, conforme componentes curriculares
contemplados para a avaliação).
● Já nas turmas de 2º ano dos cursos Logística e Transações Imobiliárias,
teremos 4h/a semanais, sendo distribuídas da seguinte forma: 03 (três) aulas
para prática de estudos e 01 (uma) aula para avaliação semanal (componentes
curriculares da FGB trabalhados ao longo da semana, conforme componentes
curriculares contemplados para a avaliação).
● Para o 3º ano dos cursos Logística e Transações Imobiliárias, teremos 3h/a
semanais. Após 06 (seis) aulas de práticas de estudos, as 02 (duas) próximas
aulas deverão ser para a avaliação (componentes curriculares da FGB
trabalhados ao longo das aulas, conforme componentes curriculares

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 99


contemplados para a avaliação). Sugerimos uma avaliação quinzenal dividida
por 02 (duas) áreas de conhecimento.

Observação: Deve ser observada a sua matriz curricular com a mudança na estrutura da
carga horária e organização deste componente curricular.

Mais detalhes no Manual das Atividades Integradoras do EMTI:

Manual das Atividades Integradoras EMTI 2024

Saiba mais em:


Caderno 7 - Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão –
Metodologias de Êxito (Página 66 a 69).

7.6 Pesquisa e intervenção – EMTI Propedêutico

O componente curricular Pesquisa e Intervenção foi inserido na


Matriz Curricular do Ensino Médio de Tempo Integral de Minas
Gerais por meio da Resolução SEE Nº 4.657 de 12 de novembro
de 2021, mantido na Matriz da Resolução 4.908 de 11 de setembro
de 2023, e visa a dar suporte para o desenvolvimento da
autonomia, resolução de problemas e do pensamento crítico e científico.

Pesquisa e Intervenção compõe a matriz curricular do EMTI dentro dos


Itinerários Formativos, trata-se de um componente curricular que possibilitará a
autonomia dos estudantes quanto à escolha dos temas a serem desenvolvidos em
sala de aula. Temas transversais, pertinentes ao contexto social dos estudantes
devem ser fomentados, a fim de suscitar o interesse pela discussão e pesquisa.

Professores das 04 (quatro) áreas do conhecimento estão aptos a trabalharem com


este componente curricular, que se desenvolverá a partir de uma escuta com os
estudantes.

A Pesquisa e Intervenção contribui para que o educando consiga, ao longo do

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 100


desenvolvimento, levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, como bem dimensionado
pelo Currículo Referência de Minas Gerais, dentro das Habilidades Específicas dos
Itinerários Formativos, conforme Portaria nº 1.432/2018. O levantamento de hipóteses
pode ser no âmbito local, regional, nacional e/ou global, almejando contextualizar os
conhecimentos em sua realidade e fazendo o uso de procedimentos e linguagens de
acordo com investigações científicas.

No primeiro dia de aula, o professor deverá estabelecer um diálogo com sua turma
de forma a identificar os temas que são de interesse da turma, temas que são
possíveis de discussão no ambiente escolar, na comunidade ou até mesmo os mais
amplos que envolvem a sociedade.
Apontados os temas, a turma deverá escolher 02 (dois) que serão trabalhados, um
no primeiro semestre e o outro no segundo semestre ou 04 (quatro) temas para
serem explorados bimestralmente. O tema a ser trabalhado deve ser o que a
maioria da turma decidir. Espera-se que o desenvolvimento da Pesquisa e
Intervenção, após a realização da escolha do tema da turma, auxilie na
compreensão da realidade e na implementação da intervenção.

Partindo da escolha do tema, o professor deverá, juntamente com seus


estudantes, elaborar 02 (dois) projetos de pesquisa, um que será desenvolvido no
primeiro semestre e outro que será desenvolvido no segundo semestre ou 04 (quatro)
projetos de pesquisa, um para cada bimestre. Importante ressaltar que será
necessário a motivação para que os estudantes desenvolvam um projeto de pesquisa
baseado em critérios científicos, são eles:

● Escolha do tema;
● Identificação do que já foi publicado;
● Justificativa da escolha do tema;
● Formulação do problema;
● Determinação dos objetivos;
● Definição da Metodologia;
● Coleta de dados;
● Organização dos dados;
● Análise e conclusão dos resultados.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 101


E, em seguida, para ampliação do trabalho e pensando na
necessidade de educar para a participação social ativa e efetiva, os
estudantes deverão elaborar uma proposta de intervenção para o tema
desenvolvido. Essa proposta deve ser amplamente discutida e sairá
de uma construção coletiva, sobre a qual todos os estudantes da turma, em debate
construtivo, deverão opinar.
Os resultados dos projetos deverão ser compartilhados com toda a
comunidade escolar nos momentos de conclusão desses trabalhos. O
componente curricular Pesquisa e Intervenção visa a fomentar o protagonismo, o livre
debate, a motivação para a participação cidadã efetiva e o interesse pela pesquisa
científica.

Saiba mais em:

Currículo Referência de Minas Gerais:


https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-
crmg.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 102


8 MODELO DE GESTÃO DAS ESCOLAS DE EMTI

A base fundamental para a concepção das


escolas de Ensino Médio em Tempo Integral de Minas
Gerais é o compromisso com a integralidade da ação
educativa e, para que isso se concretize, devemos
considerar a indissociabilidade entre o Modelo
Pedagógico e o Modelo de Gestão.

Nessa perspectiva, a Tecnologia de Gestão Educacional:

se apresenta como sendo a base na qual o Modelo Pedagógico se alicerça


para gerar o trabalho que transformará toda a “intenção educativa” e “efetiva
ação” traduzida em resultados tangíveis e mensuráveis. (ICE,2020, p. 13 -
Caderno Concepção do Modelo de Gestão - TGE,).

Essas características são essenciais para transformar a visão e a missão da


escola em ações efetivas ao longo do processo educacional.

Esta é a tarefa mais complexa da gestão escolar: assegurar que a escola


cumpra sua missão, garantindo uma educação de qualidade para o estudante,
comprometida com seu pleno desenvolvimento (corpo, intelecto, espírito e emoção) e
com a introdução de um currículo que traga sentido e significado para o estudante.

Igualmente desafiador é a otimização do tempo dedicado aos processos


administrativos e de gestão. Sendo assim, é essencial que o Gestor, tendo como
principal responsabilidade coordenar as diferentes áreas e integrar os resultados
gerados, utilize, juntamente com sua equipe, um conjunto de ferramentas gerenciais
que favoreçam essa otimização do tempo e garanta que:

missão, objetivos, metas, indicadores, estratégias e ações, estejam alinhados


e claramente definidos em todas as instâncias da escola, de modo que todos
possam, com clareza, compreender o seu papel e contribuir objetivamente
para a consecução dos resultados esperados para que sejam medidos,
avaliados e reconhecidos. (ICE, 2020. p. 16 - Caderno Concepção do Modelo
de Gestão - TGE)

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 103


Fazem parte desse conjunto de ferramentas, por exemplo, o relatório gerado
no Ciclo de Acompanhamento Formativo (CAF), o Exercício Prévio e o SIGAE, sendo
esta última a plataforma do programa Jovem de Futuro, onde o plano de ação de cada
escola será lançado, sistematizado e monitorado. Entretanto, é
importante ressaltar que a Tecnologia de Gestão Educacional não
se configura como um conjunto de ferramentas de gestão, mas
sim, como um conjunto de princípios e conceitos que se vale de
ferramentas estratégicas de gestão. Sendo assim, a Tecnologia
de Gestão Educacional é definida como “a arte de integrar
tecnologias específicas (diferentes saberes) às diversas áreas do conhecimento e de
educar pessoas. Ela é mais postura e tomada de consciência do que um método
de gestão” (ICE, 2020. p. 16 - Caderno Concepção do Modelo de Gestão - TGE)

8.1 A equipe escolar atuando a partir da TGE

Para converter a intenção pedagógica, que reside no âmbito das ideias, em


ações concretas no ambiente escolar, alinhadas aos modelos
pedagógicos e de gestão delineados para as Escolas de Educação em
Tempo Integral (EMTI), é essencial que todos os participantes se
baseiam em três pilares fundamentais:

● Compreender e aplicar os princípios e conceitos do modelo.


● Planejar com base nesses princípios e conceitos.
● Executar as ações de acordo com esses princípios, conceitos e planejamento.

Dessa forma, o exercício contínuo de ação e concepção (teoria e prática) é o


que viabiliza a eficácia do modelo de gestão. Nesse contexto, o plano de ação é a
matéria-prima que dá vida à TGE e fornece subsídios para a
elaboração de relatórios de acompanhamento. A partir desse ponto,
com base nas ações planejadas e nos resultados alcançados,
iniciamos um novo ciclo, sempre priorizando a busca pela melhoria
contínua dos processos administrativos e pedagógicos (PDCA). Todas essas
ações são em prol do Projeto de Vida dos estudantes, tendo em vista os Princípios
Educativos das escolas de EMTI:

● O Protagonismo dos estudantes;


● Os quatro Pilares da Educação;

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 104


● A Pedagogia da Presença;
● A Educação Interdimensional.

O Modelo de Gestão denominado TGE (Tecnologia de Gestão Educacional),


concebido pelo Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), orienta-se
pelos princípios Ciclo Virtuoso, Comunicação e Educação pelo Trabalho, bem como
pelos conceitos de Descentralização, Delegação Planejada, Ciclo de Melhoria
Contínua, Parceria e Níveis de Resultados. A seguir, apresentaremos os três
princípios e os cinco conceitos que norteiam a aplicação da TGE no contexto escolar.

8.2 Os princípios de gestão no EMTI

Ciclo Virtuoso

O Ciclo Virtuoso é o movimento gerado pelas relações


existentes entre gestão pública, escola/estudante, investidores
sociais e comunidade, retroalimentando-se por meio de um sistema
de comunicação pautado na confiança e na parceria. Em vista disso,
cria-se um Ciclo Virtuoso, produtor de riqueza material e moral, no qual os estudantes
bem formados impactam positivamente a comunidade em que vivem, os investidores
sociais interagem e percebem claramente os benefícios socioeducacionais, a escola
e a comunidade estabelecem um processo progressivo de aproximação e a gestão
pública maximiza seus investimentos sociais.

Comunicação

É a fala em movimento, gerando outros movimentos em direção àquilo que é


necessário. Portanto, é fundamental que, entre os membros da equipe escolar, a
comunicação seja clara e objetiva para evitar dificuldades e conflitos. O gestor deve
ter a comunicação como foco de seu trabalho, pois a falta de comunicação com
uma intenção clara tende a colocar em risco toda a sinergia da equipe.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 105


Educação pelo Trabalho

O princípio da Educação pelo Trabalho, fundamentado na Pedagogia da


Presença de Antônio Carlos Gomes da Costa, destaca-se por influenciar a formação
não apenas no contexto do trabalho, mas também na preparação para a vida. Na
esfera escolar, a Pedagogia da Presença é manifestada por vínculos afetivos entre
educadores e estudantes, promovendo uma relação fundamental no processo de
formação humana. Essa abordagem educa de maneira real e eficaz, integrando
conhecimento, valores e habilidades nas atividades cotidianas.
Na Educação pelo Trabalho, centrada na Tecnologia de
Gestão Educacional, o estudante trabalha para aprender e, no
processo, autoeduca-se, diferentemente do modelo de
educação para o trabalho, no qual o estudante aprende para
trabalhar.

8.3 Os conceitos de gestão no EMTI

Descentralização

A descentralização implica a distribuição de responsabilidades entre os


envolvidos, estabelecendo objetivos claros para gestores, coordenadores,
professores e estudantes. Fundamentada em disciplina, respeito e confiança, ela
promove iniciativas e novas ideias, criando um ambiente propício para a delegação
planejada.

Delegação Planejada

Delegação planejada na liderança implica acreditar no potencial do outro,


gradualmente, concedendo autoridade e responsabilidades com base na confiança e
alinhamento filosófico da escola. Os reflexos conhecidos de um processo bem-
sucedido incluem fortalecimento da eficácia, aumento do pertencimento à escola,
construção conjunta de indicadores de desempenho, promoção de autoestima
coletiva, compreensão das expectativas de desempenho, formação do espírito de
equipe e apoio ao desenvolvimento de competências decisórias.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 106


Ciclo de Melhoria Contínua

O Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act) é um conceito e instrumento destinado a


apoiar o processo de melhoria contínua que considera as
fases: planejar, executar, avaliar e ajustar. Sua aplicação não
só facilita a detecção de ajustes ao final de aulas, períodos
letivos ou qualquer ciclo que se queira estabelecer, mas
também, estimula o pensamento crítico, propiciando um
ambiente criativo na escola. Importante notar que o Ciclo
PDCA é versátil, aplicável tanto em processos
administrativos quanto pedagógicos.

A seguir, destacamos as etapas do Ciclo PDCA:

● Planejar: Estabelecer objetivos, estratégias e metas, envolvendo diagnóstico


da situação atual e definição de indicadores para avaliação.
● Executar: Implementar o plano, executar o processo e coletar dados para
mapeamento, identificando e desenvolvendo competências necessárias.
● Avaliar: Realizar a medição e análise, estudando os resultados reais,
comparando com as metas, focando nos desvios, analisando causas,
checando adequação e integridade das ações. O uso de dados gráficos facilita
a visualização de tendências.
● Ajustar: Implementar ações corretivas, determinando onde aplicar mudanças
para melhorar o processo. Ao final de um período anual, é crucial corrigir o
Plano de Ação, ajustando estratégias, metas e indicadores com base nos
resultados alcançados. O ciclo recomeça após essa fase.

Níveis de Resultado
São os distintos níveis do ciclo de vida vivenciados pela
escola, a partir da implantação do modelo pedagógico e de gestão
das escolas de EMTI. Existe uma relação de proporcionalidade
entre os resultados alcançados pela escola e seus níveis do ciclo
de vida, cada um sendo suporte para os seguintes.

São três os níveis de resultado:

● Sobrevivência
● Crescimento
● Sustentabilidade

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 107


Na fase de Sobrevivência, a escola passa por um período de aprendizado, pelo
qual experimenta os primeiros desafios, avalia seus resultados e busca consolidar a
aplicação do modelo pedagógico e de gestão, aprendendo com os erros e acertos ao
longo do processo.

No segundo nível, a fase do Crescimento, espera-se o pleno entendimento dos


Princípios Educativos do modelo EMTI e o domínio das Metodologias de Êxito. Ele
representa a fase em que a escola busca consolidar suas práticas, aprimorar suas
rotinas e promover o desenvolvimento pessoal e profissional de sua equipe. Neste
estágio, a escola está em um processo de evolução e amadurecimento, preparando-
se para alcançar a Sustentabilidade e resultados mais significativos.

Por fim, no nível de resultado "Sustentabilidade", a escola se estabelece, obtém


resultados mais significativos e se torna um centro difusor de boas práticas
educacionais, demonstra sua capacidade de gerar valor ao sistema educacional e à
sociedade. Neste estágio, a escola mantém sua operação contínua e eficaz,
cumprindo sua missão como instituição pública de educação e entrega os resultados
esperados. “Em condições ideais, serão necessários aproximadamente três anos para
que uma escola navegue pelos dois primeiros níveis (Sobrevivência e Crescimento)
e, então, estabeleça-se no nível de Sustentabilidade” (ICE, 2020, pág. 33 - Caderno
Concepção do Modelo de Gestão - TGE).

Parcerias

O conceito de parcerias no contexto educacional envolve a manifestação do


compromisso e da responsabilidade com um objetivo comum. As escolas podem
estabelecer alianças com parceiros locais, organizações e/ou pessoas que apoiam o
projeto escolar por meio de ações que atendem a demandas específicas. Além disso,
existem parcerias institucionais com organizações que, associadas à Secretaria de
Educação, apoiam o desenvolvimento de projetos acadêmicos, científicos, culturais,
artísticos ou esportivos, beneficiando a escola e a comunidade.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 108


8.4 Planejamento e operacionalização

O planejamento é uma etapa crucial para qualquer Gestor ou


educador, é o momento de toda a equipe refletir sobre a visão de
futuro da Secretaria de Educação para a escola e decidir como
transformar essa visão em estratégias e ações no dia a dia escolar,
incluindo a definição de prazos e a atribuição de responsabilidades
para a coleta de informações e dados necessários à elaboração dos
instrumentos de gestão.
O Modelo de Gestão para as escolas de Ensino Médio em Tempo Integral conta
atualmente com quatro instrumentos estratégicos e operacionais que operam entre si
a favor dos resultados esperados. São eles:

1. Plano de Ação da Escola (com planos e metas pactuados coletivamente);


2. SIGAE (Plataforma do programa Jovem de Futuro);
3. PDCA – Plan, Do, Check, Act (planejar, executar, avaliar e ajustar para
assegurar a melhoria contínua);
4. Guia de Ensino e de Aprendizagem (apoia de forma objetiva a gestão dos
processos pedagógicos com vistas na obtenção dos resultados pretendidos e
criação de condições para a futura construção dos Projetos de Vida dos
estudantes).

A observância do Plano de Ação marca o ponto inicial de todo o processo de


planejamento. A partir desse momento, cada estratégia delineada se desdobra em
ações e tarefas no Sistema de Gestão da Aprendizagem
Escolar (SIGAE). O propósito é designar
responsabilidades de acordo com cada ação estratégica
planejada e registrada no SIGAE, distribuindo-as entre os
membros da equipe escolar. Isso implica alinhar objetivos,
metas e indicadores que orientarão o desenvolvimento
das ações individuais.
Vale ressaltar que, além do Planejamento, outras atividades cotidianas na
escola devem adotar como referência os princípios do PDCA (Planejar, Executar,
Verificar e Agir). Essa abordagem não se limita apenas ao âmbito do Planejamento,
mas permeia todas as atividades diárias, proporcionando uma trajetória consistente
de melhoria contínua.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 109


Destacamos, para melhor compreensão da equipe escolar, que as escolas de
Educação em Tempo Integral (EMTI) adotam a mesma matriz curricular das
demais instituições de ensino em tempo parcial, especificamente no que diz
respeito à matriz curricular da Formação Geral Básica. A ampliação da carga
horária é, portanto, uma estratégia que visa a enriquecer a formação do
estudante dentro dos parâmetros já estabelecidos anteriormente,
especialmente em relação aos Eixos e Princípios.

Dessa maneira, é fundamental que as ações e tarefas registradas no SIGAE


abranjam não apenas as diretrizes-padrão, mas também incorporem o
diferencial das escolas de EMTI, as chamadas Atividades Integradoras.

8.5 Plano de ação

Etapas para a Elaboração do Plano de Ação da Escola

1. Estudo e Mobilização da equipe escolar


O primeiro passo é ter em mãos o Plano de Ação da Secretaria de Educação
que norteará o desdobramento das estratégias específicas da escola,
lembrando que a visão de futuro e as premissas não devem ser alteradas, pois
se trata de uma expressão da Secretaria de Educação.
Tendo em vista a importância desse momento de planejamento,
recomendamos ao Grupo Gestor da Escola o estudo dos fundamentos do
Modelo das escolas de EMTI com a utilização do material de referência
(Documento Orientador e Referencial Teórico), assegurando espaço de tempo
na semana de planejamento, nos dias escolares que antecedem o ano letivo,
para pleno entendimento do modelo que está sendo implantado. Com os
fundamentos conhecidos, o Diretor, juntamente com toda sua equipe, pode
então desdobrar o plano de ação da Secretaria em estratégias específicas da
unidade escolar.

2. Entendendo a Mecânica do Plano de Ação da Escola


Dado que o Plano de Ação visa a desenvolver uma situação futura a partir da
situação presente, é importante que toda a Equipe Escolar participe da sua
elaboração, trazendo assim o despertar do sentimento de pertencimento e
corresponsabilidade em relação às metas que serão estabelecidas.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 110


Para tanto, é necessário o entendimento dos princípios e conceitos que
sustentam a elaboração do Plano de Ação:

Visão e Missão e Valores - Referência: Mapa Estratégico da SEE/MG

A Visão representa um estado futuro para a Escola e expressa a intenção


estabelecida pela Secretaria de Educação e não deve ser mudada. De acordo com o
Mapa Estratégico da SEE:

 Visão: Ser referência nacional em educação pública, em qualidade e equidade.

A Missão é a base para orientar a tomada de decisões e auxilia na definição dos


objetivos, no estabelecimento de prioridades e na elaboração de estratégias.
Representa uma reflexão sobre a razão de ser da escola.

 Missão: Garantir acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes.

Os Valores são as convicções e crenças definidas pela Secretaria, não são apenas
diretrizes normativas; elas são princípios fundamentais que devem ser internalizados
por todos na instituição. Esses valores são elementos inspiradores que guiam as
ações diárias, promovendo unidade e coerência no trabalho coletivo e devem estar
presentes na atitude de todos.

 Valores: DIÁLOGO | ÉTICA E TRANSPARÊNCIA | EQUIDADE | INOVAÇÃO |


GESTÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS | COLABORAÇÃO

Mapa Estratégico da Secretaria de Educação:


https://drive.google.com/file/d/1KUtG8IjImqZQ4_UCb-fj790-
wRCrHxJ7/view?usp=sharing

Premissa e objetivos
As Premissas são o ponto de partida para a definição de objetivos, prioridades
e metas e são marcos que representam os princípios básicos, aos quais se conectam
objetivos, prioridades e resultados esperados.
A partir daí, os Objetivos são definidos alinhados com cada
uma dessas premissas e orientados pelos objetivos da Secretaria,
expressando de forma clara e precisa aquilo que se pretende
alcançar com cada público.
A seguir, apresentamos os objetivos básicos para cada uma das cinco

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 111


Premissas atuais do modelo das escolas de EMTI:

1. Protagonismo: Jovem autônomo, solidário e competente;


2. Formação Continuada: Educadores qualificados e comprometidos, que
incorporam os Princípios Educativos do Modelo;
3. Excelência em gestão: Gestores focados nos resultados pactuados e na
melhoria contínua dos processos educativos;
4. Corresponsabilidade: Comunidade, familiares e parceiros comprometidos
e participativos no projeto escolar;
5. Replicabilidade: Secretaria com políticas públicas fundadas em práticas
replicáveis e sustentáveis para a expansão do Modelo e Escola de referência
para a rede, tendo implementado com sucesso as práticas pedagógicas e de
gestão.

Prioridades

Estabelecer prioridades é determinar o que é mais importante, elegendo como


prioritários os pontos que causarão um impacto significativo nos resultados a longo
prazo. É crucial lembrar que tudo na escola tem seu valor, porém, nem tudo é
prioritário.
Priorizar é concentrar esforços, dessa forma, é importante manter um número
moderado de prioridades, garantindo que a equipe possa lidar efetivamente com elas.

Indicadores e Metas

Indicadores representam um fenômeno e são usados


para mensurar resultados de um determinado processo. Vamos
citar aqui dois tipos de indicadores:

● Indicador de resultados: mensura o que a escola alcançou em função de


ações passadas, com avaliação realizada ao término de um período
determinado. A meta representa o resultado desejado que almejamos atingir.
Por exemplo, as médias obtidas pelos estudantes no ENEM ou no SAEB
podem ser adotadas como indicadores de resultados e a meta seria um
patamar específico a ser alcançado.
● É essencial selecionar indicadores cujas metas atingidas tenham um impacto

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 112


significativo nos resultados e que reflitam a missão da escola. Destacamos que
cada prioridade do Plano de Ação requer o monitoramento de, pelo menos, um
indicador que evidencie o impacto das ações desenvolvidas.
● Indicador de processo: é aquele que monitora uma tendência. É importante,
pois seu monitoramento permite que seja possível fazer mudanças durante o
processo em tempo de corrigir o rumo e garantir o resultado final. A definição
de indicadores requer o conhecimento dos processos e de
suas variáveis que influenciam e impactam o alcance das
metas. Nesse sentido, o monitoramento periódico desses
indicadores pode fornecer ao Diretor e ao corpo docente
valiosas informações sobre o desempenho dos estudantes
e seu processo formativo.

Alguns exemplos de indicadores de processo que podemos estabelecer:

− Indicador de processo: percentual de Guias de Ensino e Aprendizagem


publicados (relacionado ao indicador de resultados: “percentual de execução
do Currículo”). Período: bimestral

− Indicador de processo: estimativa de aprovação pelo Conselho de Classe


periódico (relacionado ao indicador de resultado: “percentual de estudantes
com média final maior do que 60%”).

Estratégias

A estratégia é o que sintetiza e qualifica o conjunto das ações a serem


desenvolvidas para converter intenções em ações concretas. No contexto do
programa Jovem de Futuro, as estratégias se desdobram em tarefas detalhadas no
plano de ação lançado no SIGAE, de acordo com a
metodologia adotada no Circuito de Gestão de Aprendizagem
(CDG). Esse detalhamento, incluindo atividades, responsáveis
e prazos, é essencial para viabilizar e operacionalizar a
estratégia, sendo condição necessária para atingir os
resultados esperados a curto e médio prazo.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 113


Macroestrutura

A macroestrutura, diferente de um organograma convencional, visualiza a


escola e seu sistema de comunicação, destacando o fluxo dos processos. Além disso,
representa um ciclo virtuoso, que reflete a importância da comunidade beneficiada
pela educação de qualidade e daqueles que apoiam a organização.

A macroestrutura se destaca por facilitar a comunicação com processos


internos horizontais, promovendo eficiência nas decisões. Sua descentralização
permite a participação de todos na concepção, execução e tomada de decisões.

Acompanhamento do Plano de Ação

A gestão efetiva do Plano de Ação consiste em verificar o cumprimento das


metas estabelecidas. O acompanhamento pressupõe a tomada de medidas quando
as ações trabalhadas não são efetivas para o alcance dos
resultados previstos. Essa abordagem é a genuína aplicação do
PDCA.
Em relação à periodicidade do acompanhamento do plano
de ação, deve-se seguir o calendário da estratégia do programa
Jovem de Futuro. Cabe ao Gestor estabelecer o processo de acompanhamento, por
meio do monitoramento das tarefas delineadas para os membros da sua equipe.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 114


8.6 Registros do plano de ação na plataforma do SIGAE

A partir deste ano de 2024, todas as escolas de EMTI adotarão o SIGAE como
ferramenta para o registro do Plano de Ação da escola, seguindo
os princípios e conceitos da TGE. Dessa forma, com base em
todas as orientações contidas neste documento-guia, o grupo
gestor deverá elaborar as estratégias e ações que serão
implementadas na escola.

Vale ressaltar que as Atividades Integradoras são estratégias para alcançar os


objetivos relacionados ao modelo pedagógico e de gestão do EMTI. Portanto, é
essencial mapear a operacionalização dessas atividades (ver manual no link
abaixo) para cada um dos sete componentes curriculares (Estudo Orientado,
Nivelamento, Projeto de Vida, etc…). A partir desse mapeamento, o gestor
poderá lançar as ações, de acordo com a metodologia do SIGAE, atribuindo a
cada membro de sua equipe suas respectivas tarefas associadas ao
componente curricular.

Saiba mais em:

Manual das Atividades Integradoras:

Manual das Atividades Integradoras EMTI 2024

8.7 Registros e relatórios

Escrever sobre a prática faz refletir sobre as decisões que foram ou serão
tomadas, permitindo aprimorar o trabalho diário e adequá-lo com
frequência às necessidades dos alunos. Os registros valorizam o
trabalho e os resultados conquistados pela equipe, além de serem
matéria-prima para o planejamento, são essenciais para a realização
do ciclo PDCA.

São boas práticas relacionadas aos registros e relatórios:

● Todos os indicadores adotados devem ter responsáveis pela atualização dos


registros;
● Deve haver relatórios que evidenciem o monitoramento, análise e
encaminhamento de ações acessíveis a todos da equipe;

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 115


● As reuniões precisam ser precedidas de uma pauta com horário estabelecido;
● Toda reunião deve seguir a pauta, ser objetiva e ter uma ata das conclusões,
que pode ser formal, manuscrita em livro diário ou mesmo um e-mail, desde
que resuma: pauta, participantes, tópicos discutidos, encaminhamentos,
prazos e responsáveis;
● É de extrema importância incorporar a prática de desenvolver relatórios parciais
e anuais de resultados que sejam concisos e objetivos. Essa ação proporciona
subsídios essenciais para o ajuste do Plano de Ação no ano subsequente.

Uma recomendação para a elaboração do relatório é, ao longo dos semestres,


colecionar um conjunto de dados e informações que se referem aos resultados das
atividades realizadas, visando, assim, à constituição da memória da instituição.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 116


9. PAPEIS E ATRIBUIÇÕES – DIRETOR(A), ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO
BÁSICA COORDENADOR(A) GERAL DO EMTI - EEBCG OU PROFESSOR(A)
COORDENADOR(A) GERAL – PCG - DO(A) PROFESSOR(A) COORDENADOR(A)
DE CURSO EMTI PROFISSIONAL E DEMAIS PROFESSORES (AS) DO EMTI

Com a definição de papéis e responsabilidades,


pretende-se criar um ambiente colaborativo, com menos
gargalos para a execução de tarefas. Todas as pessoas
integrantes que ocupam posição de liderança ou que sejam
responsáveis por determinado processo, devem ser
relacionados. A seguir, para elucidar esse conceito,
destacamos as responsabilidades de três públicos distintos:
Diretor Escolar, Coordenador Geral do EMTI (EEBCG ou PCG), Professor(a)
Coordenador(a) de Curso no EMTI Profissional e Professores das turmas de EMTI.

Diretor(a) Escolar:
Responsável por conhecer os princípios da liderança servidora. Criar
momentos de discussão e estudo do modelo EMTI. Zelar para que o modelo
pedagógico esteja construído sob uma sólida base de gestão, cuidando para que os
processos de planejamento, execução e avaliação do projeto escolar tenha como
centralidade o jovem e seu projeto de vida. Zelar pela convivência democrática,
desenvolvimento do protagonismo e pela Pedagogia da Presença, além das
atribuições elencadas na Resolução SEE Nº 4.925, de 10 de novembro de 2023.

Coordenador(a) Geral do EMTI (PCG ou EEBCG):


Responsável por zelar para que os princípios educativos sejam movimentados
de forma a garantir que os eixos formativos, formação acadêmica de excelência,
formação para a vida e desenvolvimento de habilidades para o século XXI sejam
efetivados no projeto escolar. Deverá monitorar os fluxos que garantem a integração
entre a FGB e as Atividades Integradoras e acompanhar a operacionalização das
ações, práticas educativas e metodologias de êxito, de forma a garantir a assertividade
dos objetivos,

O EEBCG ou PCG cumprirá as seguintes funções, de acordo com Memorando


Circular 41/2024 / SEE/SB - Orientação:
● Zelar para que os princípios, ações e práticas educativas sejam desenvolvidas

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 117


conforme estabelece a metodologia usada nas escolas EMTI;
● Coordenar os trabalhos para que sejam garantidos os três Eixos Formativos, a
saber - Formação Acadêmica de Excelência, Formação para a Vida, Formação
de Competências para o século XXI;
● Trabalhar, junto com a equipe escolar, nos planejamentos coletivos, a fim de
incluir no projeto escolar as premissas da Pedagogia da Presença,
Protagonismo, Corresponsabilidade, Formação Continuada e Replicabilidade;
● Fomentar a formação dos Clubes de Protagonismo, possibilitando aos
estudantes tempos e espaços adequados para desenvolvimento das ações dos
clubes;
● Garantir a formação básica do modelo pedagógico para os(as) professores(as)
convocados que chegarem à escola após o período de formação;
● Monitorar o desenvolvimento do cumprimento do currículo das Atividades
Integradoras, conforme preconiza a metodologia usada nas escolas EMTI;
● Acompanhar o desenvolvimento do currículo de todos os componentes
curriculares do Itinerário Formativo;
● Sistematizar e garantir, junto com o diretor escolar, que o Acolhimento Diário
dos estudantes aconteça com a intencionalidade do modelo pedagógico;
● Orientar sobre a elaboração bimestral dos Guias de Ensino e Aprendizagem -
GEA, monitorar a elaboração e divulgar esses Guias de modo que os
estudantes, equipe escolar e famílias tenham acesso às informações destes;
● Trabalhar para a conscientização da equipe escolar, para que o Projeto de Vida
seja a centralidade do projeto escolar;
● Acompanhar e monitorar o desenvolvimento das aulas de Projeto de Vida - PV
- quanto ao planejamento e cumprimento de todas as aulas estruturadas;
● Compartilhar, com toda a equipe escolar, o desenvolvimento das reflexões
propostas pelos estudantes nas aulas de Projeto de Vida - PV;
● Organizar a logística de desenvolvimento do componente curricular Estudos
Orientados, garantindo que haja espaço durante o bimestre, para que todos os
componentes curriculares da Formação Geral Básica - FGB - sejam
contemplados, bem como, as Avaliações Semanais aconteçam dentro dos
prazos planejados;
● Planejar, com o(a) professor(a) de Práticas Experimentais, o revezamento dos
componentes curriculares da Área de Ciências da Natureza
● Reunir periodicamente com os(as) professores(as) das Atividades Integradoras

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 118


e de Projeto de Vida para avaliação e alinhamento dos trabalhos desenvolvidos
com os/as estudantes;
● Monitorar o desenvolvimento e cumprimento do currículo das Atividades
Integradoras conforme preconiza o modelo pedagógico;
● Participar das Reuniões de Fluxo, para promover a integração dos
componentes curriculares das Atividades Integradoras e Formação Geral
Básica - FGB - e, também, com os componentes curriculares específicos da
formação técnica;
● Monitorar a aplicação das Sequências Didáticas de Língua Portuguesa e
Matemática nas aulas de Nivelamento;
● Possibilitar momentos de estudos coletivos com a equipe escolar;
● Atender solicitações da Coordenação do EMTI do Órgão Central e
Superintendência Regional de Ensino;
● Apropriar do referencial teórico da metodologia das escolas EMTI, por meio dos
Cadernos de Formação e dos materiais indicados pela equipe de implantação
EMTI;
● O EEBCG ou PCG, quando convocado, deverá participar das formações
realizadas pela SEE/MG em parceria com os Institutos, promovendo
posteriormente, na escola, em reuniões pedagógicas, a replicabilidade para os
demais EEB, Professores(as) e toda equipe escolar.

Professor(a) Coordenador(a) de Curso EMTI Profissional deverá:


● Ter perfil para coordenar projetos e programas;
● Estar atuando como professor de componente curricular específico do curso
técnico na escola;
● Ter CH inferior ou igual a 12h/a, para que sejam acrescidas as 4h/a destinadas
à Coordenação.

Atribuições do Professor(a) Coordenador(a) de Curso:


● Cuidar para que os professores dos cursos técnicos compreendam o contexto
da educação integral e seus princípios;
● Orientar os professores dos cursos técnicos quanto às disposições legais sobre
a educação integral profissional;
● Acompanhar o aproveitamento dos estudantes, cuidando para que todas as
possibilidades de recuperação previstas em legislação sejam facultadas a eles;

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 119


● Planejar, com os professores da FGB, projetos interdisciplinares que dialoguem
com o curso técnico;
● Intermediar ações de visitas técnicas;
● Incentivar o desenvolvimento de metodologias ativas para os componentes
curriculares dos cursos técnicos.

Professores(as) do EMTI:
São encarregados(as) de conhecer e compreender os princípios fundamentais
da educação integral. Esses profissionais devem aplicar metodologias inovadoras em
suas aulas. Têm a responsabilidade de garantir que a aprendizagem seja significativa
para os estudantes, contribuindo para o desenvolvimento de seus projetos de vida.
Devem também cultivar a Pedagogia da Presença e promover o protagonismo,
aplicando técnicas eficazes de ensino e avaliação para assegurar a excelência
acadêmica.
A ideia consiste em especificar as funções essenciais do processo,
evidenciando a relevância de cada membro para o sucesso do projeto escolar. Nesse
contexto, compreendendo o conceito de “papeis e responsabilidades”, cabe ao diretor
mapear sua equipe e, em conformidade com a legislação vigente, delinear claramente
os papeis e responsabilidades de todos os membros da equipe.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 120


10. REUNIÕES DE FLUXO

As reuniões de fluxo estão fundamentadas no segundo princípio de gestão do


EMTI. De acordo com esse princípio “o gestor deve ter a comunicação como foco de
seu trabalho”, por isso, essas reuniões são essenciais para alinhar toda a equipe
escolar, visando a assegurar a fluidez do processo educativo pelo fluxo de
comunicação. Além disso, e não menos importante,
as reuniões de fluxo possibilitam a movimentação
do ciclo virtuoso, a partir da descentralização de
todos os processos que envolvem os conceitos
envolvidos na metodologia das escolas do EMTI,
como por exemplo, a delegação planejada e a
corresponsabilidade de todos com o projeto de vida
do Estudante.

Para uma melhor compreensão, é importante levar em consideração os


seguintes alinhamentos recomendados pela macroestrutura do EMTI:

● Equipe Gestora: Diretor, Vice-Diretor, Especialista (EEB) e Especialista


Coordenador(a) Geral (EEBCG) ou Professor Coordenador Geral (PCG) -
pauta mínima: gestão da Escola, resultados e decisões estratégicas;
● Especialista de Educação Básica Coordenador(a) Geral - EEBCG ou
Professor(a) Coordenador(a) Geral (PCG) com Professores do
componente curricular Projeto de Vida - Pauta mínima: monitoramento com
a planilha de acompanhamento do currículo e GPS do componente curricular
Projeto de Vida, andamento das aulas de Projeto de Vida e alinhamentos;
Acesse a planilha de monitoramento (aba Projeto de Vida):
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1985eLf8wV2s4fy7U28hC_ZkOCANfny-
9P53wPJ29oCU/edit?usp=sharing

● Especialista de Educação Básica Coordenador Geral (EEBCG) ou


Professor Coordenador Geral (PCG) com Professores do componente
curricular Estudos Orientados - Pauta mínima: monitoramento utilizando a
planilha de acompanhamento do currículo, acompanhamento dos Estudos
Orientados e integração com as demandas da Formação Geral Básica - FGB -
, planejamento das avaliações, análise dos dados das avaliações e devolutiva
aos professores, acompanhamento da implementação da proposta
pedagógica;

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 121


Acesse a planilha de monitoramento (aba Estudos Orientados).
Disponível em:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1985eLf8wV2s4fy7U28hC_ZkOCANfny-
9P53wPJ29oCU/edit?usp=sharing.

● Diretor com Representantes de Turma (Conselho de Representantes) -


Pauta mínima: demanda dos representantes de turma e encaminhamentos da
Escola (decisões e soluções);
● Diretor com Presidentes de Clubes de Protagonismo - Pauta mínima:
Acompanhamento da implementação dos clubes e progresso nas atividades
dos Clubes.
● Especialista de Educação Básica Coordenador Geral (EEBCG) ou
Professor Coordenador Geral (PCG) com Professor Coordenador de
Curso - Pauta mínima: Encontros periódicos para promover a integração dos
componentes curriculares dos cursos técnicos com ações e práticas
pedagógicas desenvolvidas pela escola.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 122


11. OS GUIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

O Guia de Ensino e Aprendizagem - GEA - é um importante instrumento de


gestão dos processos pedagógicos que apoia de forma objetiva a
obtenção dos resultados pretendidos com vistas na criação de
condições para a futura construção dos projetos de vida dos
estudantes. É um instrumento que orienta objetivamente o processo
de ensino e aprendizagem de cada componente curricular e atua em
três níveis distintos:

● Junto ao professor: para o planejamento e desenvolvimento das atividades


pedagógicas;
● Junto ao estudante: apoiando o desenvolvimento da capacidade de
autorregulação da sua aprendizagem;
● Junto aos Pais ou Responsáveis: apoiando o acompanhamento do
ensino/aprendizagem dos estudantes;

O Guia compartilha “o que” e “como” será o acesso ao conhecimento,


possibilitando que os Princípios Educativos sejam mobilizados no cotidiano escolar e
traduzindo, assim, a prática pedagógica. Além disso, o Guia orienta a prática docente
organizando, alinhando as demandas pedagógicas e articulando as habilidades
exigidas pela BNCC.
Outro aspecto importante relacionado ao uso do GEA é que esse instrumento
possibilita transformar “ação” aquilo que é apresentado enquanto princípio educativo,
estando diretamente associados ao desenvolvimento das
competências estabelecidas nos Princípios Educativos deste
Modelo (EMTI). O GEA construído da forma recomendada
estimula o desenvolvimento de habilidades nas quatro
dimensões: pessoal, cognitiva, social e produtiva (Aprender a
Ser, Conhecer, Conviver e a Fazer).

Observação: toda a equipe escolar deve compreender que o GEA não substitui o
Plano de Aula do professor e não representa o Planejamento anual dos
componentes curriculares.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 123


GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM- ORIENTAÇÕES PARA A SUA
ELABORAÇÃO
● Todos os guias devem ser elaborados antes do início de cada bimestre por
todos os professores da FGB e professores que lecionam componentes
curriculares específicos da parte técnica. Eles precisam ser objetivos, claros,
concisos (sem prejuízo do significado) e práticos.
● Para a elaboração do guia, o professor deve refletir sobre o que Ensinar
(habilidades e competências para o bimestre, conforme CRMG) e como
Ensinar (ancorados nos Princípios Educativos e nos Eixos Formativos, de
modo a incorporá-los de maneira efetiva na didática, nas estratégias de ensino
e na prática avaliativa de cada componente curricular, transformando esses
elementos em “ação concreta”).
● Orientado pelo Coordenador Geral (EEBCG e PCG), cada professor dos
componentes curriculares da Formação Geral Básica (FGB) e cada professor
de componentes curriculares da parte técnica, elabora o seu GEA baseado no
modelo em anexo no link:
https://docs.google.com/document/d/12J5262SuwBDfFIGLkRktFTbhNFvFuBjq
/edit?usp=sharing&ouid=111819870585575524641&rtpof=true&sd=true. O
Coordenador Geral (EEBCG e PCG), para esta orientação, utilizará o Currículo
Referência de Minas Gerais (CRMG), este Documento Orientador e os
Cadernos de Formação que orientam de forma mais aprofundada a
metodologia para as escolas de EMTI.
● Os planos de aula dos professores serão elaborados com base nos Guias de
Ensino (GEA) que deverão refletir o Plano de Ação da escola. Desta forma, é
fundamental que todos os envolvidos participem efetivamente da construção
deste instrumento (Plano de Ação).
● Os professores devem refletir sobre a presença de estudantes com deficiência
na sala de aula, a fim de que todo o processo de planejamento dos Guias de
Ensino (GEA) sejam concebidos numa perspectiva inclusiva, considerando as
necessidades desse público específico.

GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM – ASPECTOS PEDAGÓGICOS


● Apresentar o conteúdo apoiado em três pilares:
o Conceitos: Temas que serão trabalhados no período;
o Procedimentos: Estratégias, métodos e técnicas (fontes, referências de

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 124


consulta e pesquisa, atividades complementares,etc);
o Atitudes: Observáveis, esperadas e resultantes das estratégias, métodos e
técnicas aplicados durante o processo de ensino-aprendizagem.
● Incorporar atividades complementares claras e explícitas ao contexto da
unidade do bimestre, sendo que elas devem ser baseadas em três tipos:
o Consolidação: para acentuar a importância dos temas ou conceitos
tratados em aula;
o Reforço: para motivar e melhorar a compreensão do conteúdo;
o Ampliação: Atividades que, por sua amplitude, não podem fazer parte
diretamente da docência em sala de aula, mas, que por sua importância e
atualidade, devem ser conhecidas pelos estudantes.
● Ao elaborar os GEA, o professor deve atentar para que que a seleção dos
objetivos considere os seguintes aspectos:
o Objetivos com o nível mínimo de competências;
o Pré-requisitos para as aprendizagens posteriores;
o Diferentes graus de progresso entre os estudantes;
o O trabalho desenvolvido na escola deve ajudar o estudante a se aproximar
de seu objetivo (Projeto de Vida);
o Estabelecimento de metas de desenvolvimento para os estudantes no
âmbito do componente curricular Estudo Orientado, promovendo a
dinâmica em que alunos mais experientes compartilham conhecimento com
os menos experientes. Essa abordagem visa a desenvolver habilidades
socioemocionais essenciais durante essa interação educativa.

GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM – DIVULGAÇÃO


● Após a elaboração do GEA, ele deve ser de conhecimento de todos os
professores, além dos estudantes e seus familiares;
● Ao escolher o local de divulgação, observar a altura em que os GEA serão
afixados, levando em consideração a variação de estatura entre os estudantes
e a presença de cadeirantes;
● Ainda em uma abordagem inclusiva, considerar públicos específicos ao
publicar o Guia (Comunicação em Braille, por exemplo, e outras
especificidades);
● Após a divulgação, ensinar os estudantes a usar esse instrumento como
recurso de orientação, de acompanhamento e de avaliação do seu processo

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 125


de desenvolvimento (mobilização do Protagonismo e da Corresponsabilidade);
● Incluir o GEA como tema a ser abordado nas primeiras reuniões entre escola e
os pais ou responsáveis, para que sejam estabelecidas formas de comunicar
esses documentos a cada período.
● Sempre que possível, divulgar o GEA em ambiente eletrônico, disponibilizando
o acesso por QR Code, site, blogs, redes sociais, etc.

GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM E A PEDAGOGIA DA PRESENÇA


O GEA é um dos principais meios de comunicação, instrumento pedagógico e
de gestão das escolas de EMTI. Portanto, sua utilização deve estar intrinsecamente
ligada ao princípio da Pedagogia da Presença. Isso implica um forte compromisso na
relação professor-estudante e professor-família.

GUIA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM E SUA APLICAÇÃO NO PDCA


Nos capítulos anteriores, destacamos a indissociabilidade entre o Modelo
Pedagógico e o Modelo de Gestão. Neste capítulo, vamos elucidar como se dá esse
processo de elaboração e utilização do GEA, utilizando o instrumento de melhoria
contínua que é o PDCA.

− Fase 1 - Planejar
Nesta fase, são utilizados como referência os parâmetros e diretrizes da Secretaria
de Educação, como documentos orientadores e o CRMG contemplando os aspectos
“O que ensinar” e “Como ensinar”, de acordo com a metodologia citada
anteriormente.

− Fase 2 - Executar
A partir do que foi planejado “no que ensinar” e “no como ensinar”, o fazer pedagógico
do professor é desdobrado na elaboração do plano de aula, nas avaliações, no
acompanhamento e monitoramento das aulas, etc. Tudo isso passando pelo mesmo
ciclo do PDCA.

− Fase 3 - Avaliar
Na fase de avaliação, com todos os dados e informações do processo de execução
dos GEA registrados, avaliam-se os resultados. Os principais pontos de avaliação são:
● Relação entre previsão e execução do currículo dado;
● Efetividade do planejamento das aulas;
● O acerto no “como fazer”;

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 126


● A incorporação dos Princípios Educativos no cotidiano da sala de aula;
● O resultado efetivo da aprendizagem.
Toda essa avaliação servirá de subsídio para as correções e melhorias na próxima
fase de ajuste do PDCA.

− Fase 4 - Ajustar
A fase de ajustes é alimentada pelas análises críticas e informações da fase de
avaliação, considerando os acertos, os resultados efetivos e os pontos críticos. Dessa
forma, aplicam-se as ações de correção para os pontos que não atingiram as
expectativas de resultado ou pontos que ainda podem superar os resultados já
alcançados. Tudo isso se torna matéria-prima para o novo ciclo de elaboração e
utilização do GEA.

Acesse ao Modelo de GEA em:


https://docs.google.com/document/d/12J5262SuwBDfFIGLkRktFTbhNFvFuBjq/edit?u
sp=sharing&ouid=111819870585575524641&rtpof=true&sd=true.

Para saber mais, acesse:


Caderno Inovações em Conteúdo, Método e Gestão – Gestão do Ensino
e da Aprendizagem página 23 a 33.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 127


12. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL
PROFISSIONAL

Os cursos de Educação Profissional têm por


finalidade proporcionar ao estudante conhecimentos,
saberes e competências pessoais e profissionais
necessários ao exercício de atividades laborais e da
cidadania, com base nos fundamentos científico-
tecnológicos, sócio-históricos e culturais.
Nesse sentido, a oferta de cursos de Educação Profissional, em cumprimento
aos objetivos da educação nacional, articula-se com o Ensino Médio e com as
dimensões do trabalho, da tecnologia, da ciência e da cultura, propiciando,
simultaneamente, a elevação dos níveis de escolaridade e contribuindo para a
profissionalização dos jovens com vistas à sua inserção no mundo do trabalho e
atendendo às demandas das comunidades e dos Arranjos Produtivos Locais (APL).
O desenvolvimento dos cursos de Educação Profissional atenderá aos
princípios norteadores, apresentados no Art. 3º das Diretrizes Curriculares Nacionais
da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (Resolução CNE/CEB nº 01/2021),
e às normas complementares e operacionais para a Educação Profissional Técnica
de Nível Médio no Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais (Resolução CEE/MG
nº 484/2021).
No EMTI, a Educação Profissional Técnica de Nível Médio também tem como
foco o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais ao século
XXI, a formação acadêmica de excelência e a
formação para a vida, eixos norteadores da educação
integral na rede estadual de ensino de Minas Gerais.
Portanto, é essencial destacar a importância de uma
formação profissional abrangente e ética de nossos
estudantes, reconhecendo que a educação desempenha
um papel fundamental no desenvolvimento econômico e
social da comunidade. Dessa forma, no EMTI
Profissional, a formação do estudante se dará pela articulação entre os componentes
curriculares da Formação Geral Básica e o Itinerário Formativo do qual fazem parte
as Atividades Integradoras (exclusivas da educação integral) e os componentes
curriculares da Formação Técnica e Profissional - Preparação Básica para o Trabalho
e Empreendedorismo e Formação Técnica Específica.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 128


Essa integração curricular tem o intuito de possibilitar aos estudantes o
conhecimento e compreensão das estruturas norteadoras do mundo do trabalho;
construir e desenvolver os saberes, as habilidades e as
competências necessárias à participação nos espaços sociais
produtivos. Nesse contexto, poderemos oferecer aos nossos
jovens uma formação integral que reúna habilidades e
competências humanas, acadêmicas e técnico-profissionais,
essenciais para o século XXI, potencializando suas
aprendizagens e aumentando suas possibilidades de escolha
quanto ao seu presente e seu futuro, ou seja, ao seu Projeto
de Vida.

12.1 Documentos pedagógicos EMTI profissional

No Ensino Médio em Tempo Integral Profissional, temos a oferta de 18 cursos


técnicos de nível médio, conforme Resolução nº 4908, de 11 de setembro de 2023.
Os professores dos componentes curriculares do Itinerário da Formação
Técnica e Profissional devem elaborar e implementar seu planejamento tendo como
referência os seguintes documentos: Ementa e Plano de Curso.
Esses documentos também estão disponíveis no site da Secretaria de Estado
de Educação, na área destinada ao Ensino Médio em Tempo Integral - Documentos
Pedagógicos - EMTI Profissional. Ainda em 2024, serão disponibilizadas orientações
específicas para os componentes curriculares da Unidade Curricular Preparação
Básica para o Trabalho e Empreendedorismo.
Os Planos de Curso e as Ementas têm o objetivo de referenciar os saberes a
serem alcançados, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem
utilizadas pelos professores no processo de ensino-aprendizagem. Destacamos que
todas as diretrizes são referenciadas pelo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos,
documento que disciplina a oferta de cursos de educação
profissional técnica de nível médio, orientando e informando as
instituições de ensino, os estudantes, as empresas e a sociedade
em geral. Seu conteúdo é atualizado periodicamente pelo Ministério
da Educação para contemplar novas demandas socioeducacionais.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 129


12.2 Coordenação das Atividades da Educação Profissional

Para o acompanhamento dos cursos técnicos ofertados de forma integrada ao


ensino médio, cada escola de EMTI Profissional terá 01 (um) PROFESSOR
COORDENADOR DE CURSO TÉCNICO, independentemente
do número de cursos técnicos ofertados pela escola, conforme
Resolução SEE nº 4.925, de 28 de dezembro de 2023. Esse
Coordenador precisa ser um professor que leciona algum
componente curricular específico da parte técnica e fará jus ao
acréscimo de 04 horas/aulas.

Atribuições do Professor Coordenador de Curso:

● Planejar/programar e executar, juntamente com os professores, as atividades


relacionadas à prática de formação a serem vivenciadas pelos estudantes no
semestre letivo: oficinas, visitas técnicas, seminários, palestras, workshops e
outras;

● Zelar para que os princípios, ações e práticas educativas sejam desenvolvidas


conforme estabelece a metodologia usada nas escolas EMTI;
● Organizar, juntamente com os professores e a direção da escola, ações de
Intervenção Pedagógica voltadas a garantir diferentes oportunidades de
aprendizagem e continuidade de um percurso escolar com sucesso;
● Auxiliar o(a) Diretor(a) da escola na gestão e no monitoramento das ações do
curso;
● Orientar os professores e estudantes sobre as normas e procedimentos
relativos aos cursos técnicos;
● Monitorar a frequência e planejar, juntamente com a direção da escola, ações
que promovam o acolhimento e o engajamento dos estudantes, de modo a
evitar a evasão;
● Acompanhar a efetivação do Plano de Curso, garantindo a estruturação de um
percurso formativo significativo, alinhado ao perfil do egresso e as demandas
do mundo do trabalho;
● Em conjunto com os professores e o EEBCG ou PCG, propor ações, projetos,
elaborar normas e atividades do curso.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 130


Lembramos que, de acordo com a Lei nº 14.139 , de 16 de abril de 2021, o dia
23 de setembro ficou instituído como o Dia Nacional da Educação
Profissional e Tecnológica. Recomendamos que o Professor
Coordenador de Curso organize, com a colaboração dos demais
professores e o Coordenador Geral do EMTI e com a participação
dos estudantes, momentos de discussões e aprofundamentos
sobre temáticas transversais referentes ao mundo do trabalho e
aos seus projetos de vida.

OBSERVAÇÃO: Os critérios e procedimentos para inscrição, classificação e


convocação de candidatos para o exercício de função pública de Professor de
Educação Básica, nas escolas da Rede Estadual de Ensino que ofertam a Educação
Profissional Técnica de Nível Médio, estão definidos na Resolução n° 4.920/2023.

As dúvidas acerca do processo de convocação devem ser esclarecidas com a


equipe da Diretoria de Gestão de Pessoal do Sistema Educacional - DGEP pelo e-
mail: dgep.gab@educacao.mg.gov.br.

12.3 Cadastro no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e


Tecnológica - SISTEC

Para a oferta das turmas de Ensino Médio em Tempo Integral Profissional, a


equipe da SRE, juntamente com as escolas, deverá realizar todos os procedimentos
necessários no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e
Tecnológica - SISTEC, tais como: verificar se o diretor já possui cadastro no SISTEC,
realizar a criação da oferta de curso, a criação de turma, o ciclo de matrículas e outros.

ATENÇÃO!

O prazo para cadastrar um ciclo de matrícula é até o 25º dia do


mês seguinte à data de início das aulas. Por exemplo, se as aulas
começarem em fevereiro de 2024, independentemente do dia
deste mês, tal ciclo pode ser cadastrado até o dia 25 de março de
2024. Todas as orientações e o passo-a-passo para as ações citadas acima estão
disponibilizadas no Manual do SISTEC, no item B, “Primeiros Passos do Sistema”,
páginas 17 a 48.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 131


A escola deve acompanhar a emissão de Portarias e providenciar os devidos
registros no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e
Tecnológica - SISTEC, bem como no Sistema Mineiro de Administração Escolar -
SIMADE, para dar início às atividades das turmas e cursos autorizados.

Havendo desistência de alunos depois de iniciadas as atividades escolares, a


escola poderá preencher essas vagas, desde que a atividade se dê antes do
prazo final do ciclo de matrículas (vide Manual do SISTEC).

Em caso de dúvidas sobre o SISTEC, a SRE deverá solicitar orientações à


Equipe de Educação Profissional da SEE através do e-mail:
educacaoprofissional@educacao.mg.gov.br.

Clique nos links abaixo e saiba mais sobre o SISTEC:

Site SISTEC
Manual do SISTEC

12.4 Adendo ao Regimento Interno

Para as escolas que iniciarão a oferta de cursos técnicos de


nível médio, é necessário providenciar a elaboração do Adendo ao
Regimento Escolar, uma vez que esse documento norteia todas as
diretrizes e ações da instituição.
Para facilitar as adequações necessárias ao Regimento Escolar,
disponibilizamos, como sugestão, um Modelo de Adendo ao Regimento.
É fundamental que, após a atualização, o documento seja aprovado e
homologado, conforme Capítulo II da Resolução SEE Nª 4.948/2024, que dispõe
sobre o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar.

12.5 Diploma, Histórico e Certificado

Os modelos de históricos, certificados e diplomas dos cursos técnicos e suas


certificações intermediárias, assim como as orientações de preenchimento e emissão,
estão disponíveis na ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR Nº 06/2022. Para acessá-
la, clique no link abaixo.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 132


ORIENTAÇÕES PARA EMISSÃO DE DIPLOMA, HISTÓRICO E
CERTIFICADO

12.6. Avaliação no EMTI Profissional

O acompanhamento dos processos de construção de conhecimentos e das


aprendizagens deve ser feito com a utilização de diversos instrumentos de registro,
individuais e coletivos. Esses registros devem validar qualitativa e quantitativamente
o processo de desenvolvimento e aprendizagem da turma e de cada um dos seus
estudantes.

ATENÇÃO: No EMTI Profissional, os componentes curriculares da Unidade Curricular


Preparação Básica para o Trabalho e Empreendedorismo não
influem na classificação e promoção dos estudantes.
Entretanto, os componentes curriculares da Formação
Técnica Específica (Itinerário da Formação Técnica e
Profissional) não se aplicam ao disposto no Art 106 da
Resolução SEE nº 4.948/2024 e, portanto, são passíveis de reprovação, devendo
os professores se orientarem pela legislação vigente, que prevê instrumentos de
recuperação das aprendizagens e reclassificação apenas por frequência.

Conforme disposto no Art. 124 da Resolução SEE N° 4.948/2024, no caso do


EMTI Profissional, só poderá ser aplicada a reclassificação por frequência, de forma
a garantir o reposicionamento do estudante no ano diferente de sua situação atual
para fins de prosseguimento de seus estudos, se comprovada aprendizagem.
Para efetivar o processo de reclassificação o estudante deverá realizar uma
avaliação elaborada pelos professores de todos os componentes curriculares do
módulo em questão, que permita a análise das competências e habilidades que devem
estar desenvolvidas. Somente se obtiver o aproveitamento mínimo em todos os
componentes curriculares do módulo é que o estudante será
promovido, em caráter de reclassificação. Ressaltamos que é
imprescindível garantir as oportunidades de aprendizagem, de
recuperação da aprendizagem e a oferta de recursos
pedagógicos sejam desenvolvidos, analisados, debatidos em
Conselho de Classe bimestrais e sejam devidamente registrados e arquivados na

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 133


pasta individual dos estudantes para assegurar a confiabilidade do processo de
reclassificação por frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) e
desempenho satisfatório.

Destacamos que, para o EMTI Profissional, a escola deverá atentar-se não só


às orientações específicas apresentadas neste capítulo como também às demais
diretrizes teórico-metodológicas apresentadas neste Documento Orientador, de forma
a garantir a consecução dos princípios da educação integral.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 134


13. ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE HORÁRIO NAS ESCOLAS DE EMTI

No Ensino Médio em Tempo Integral, o horário das aulas


deve ser integrado, de maneira que os componentes
curriculares da Formação Geral Básica e dos Itinerários
Formativos estejam mesclados entre as nove ou sete aulas
diárias, nos períodos matutino e vespertino.

As turmas do EMTI Profissional também devem organizar essa distribuição


com os componentes curriculares da Formação Técnica e Profissional, garantindo
uma distribuição equilibrada entre todos os componentes curriculares nas 9 aulas
diárias.

Sugestão: As aulas específicas da formação técnica podem ser


agrupadas de maneira a favorecer a contratação de professor. Ex: colocar
blocos de componentes com mesmo perfil juntos e em um mesmo horário,
preferencialmente no início do turno matutino.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 135


14. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Na educação integral, é fundamental que os aspectos qualitativos tenham


relevância quanto aos aspectos quantitativos, de forma que no processo avaliativo, os
professores ampliem o olhar para além do desempenho cognitivo e contemplem
também o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais, de
convivência, de respeito à diversidade, de estar e agir no mundo. A avaliação deve
ser, portanto, um processo reflexivo que acompanhe os aprendizados atitudinais dos
estudantes e revele o quanto a proposta curricular está sendo realmente integrada
aos saberes construídos e aos eixos e princípios da educação integral.

14.1. Avaliações dos itinerários formativos

As Atividades Integradoras, assim como os demais Itinerários Formativos,


exceto os componentes curriculares da Formação Técnica Específica do EMTI
Profissional, não possuem caráter de classificação e
promoção. A avaliação desses componentes
curriculares deve ser formativa, processual e
contínua. Os professores devem observar o
crescimento qualitativo dos estudantes frente aos
objetivos desses componentes curriculares.

Para efeito de registros no sistema, os professores deverão lançar notas,


porém, observando a necessidade de não registrar notas menores que as médias
bimestrais. Reiteramos o previsto no artigo 106 da Resolução SEE Nº 4.948, de 25 de
janeiro de 2024:

Art.106- A avaliação do aproveitamento dos estudantes nos


componentes curriculares que têm como ênfase os aspectos afetivo,
social, cultural e o desenvolvimento do protagonismo do estudante na
construção de seu projeto de vida deve considerar o desenvolvimento
de seus objetivos específicos e não poderá influir na classificação e
promoção dos estudantes. São eles:
I - arte, ensino religioso e educação física;
II - todos os componentes das atividades integradoras do EFTI;
III - os componentes das unidades curriculares do EMTI e EMTI
Profissional: Projeto de Vida; Eletivas; Preparação para o Mundo do
Trabalho; Aprofundamento nas áreas do conhecimento; Atividades
Integradoras; e, Preparação Básica para o Trabalho e
Empreendedorismo (Itinerário da Formação Técnica e Profissional);
IV - os componentes curriculares do itinerário formativo do ensino
médio, à exceção do itinerário formativo técnico (5º itinerário) quando
houver.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 136


Parágrafo único. Os componentes curriculares dispostos neste artigo
deverão ter notas atribuídas bimestralmente, considerando o
aproveitamento mínimo de 60% (sessenta por cento). A frequência do
estudante deverá ser fidedignamente computada para fins de registro
de vida escolar, assim como nos demais componentes da matriz
curricular (MINAS GERAIS, 2024, grifos nossos).

14.2. Avaliação da formação geral básica

Será considerado aprovado o estudante que obtiver:

● Frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária anual,
ou semestral, conforme o caso.
● Aproveitamento mínimo de 60 (sessenta) pontos cumulativos, por componente
curricular.

Lembramos que, no EMTI Profissional, os componentes


curriculares da Formação Técnica Específica (Itinerário da
Formação Técnica e Profissional) são passíveis de reprovação,
devendo os professores se orientarem pela legislação vigente.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 137


15 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe seguirá as disposições da Resolução SEE nº 4.948/2024


e demais orientações disponibilizadas pela SEE/MG. Destacamos que é fundamental
que a escola se atente ao que dispõe o Art. 110 da Resolução SEE Nº 4.948/2024:

A promoção dos estudantes deve ser decidida, coletivamente, pelos professores


no Conselho de Classe, levando-se em conta o desempenho global do estudante,
seu envolvimento no processo de aprender e não apenas a avaliação de cada
professor em seu componente curricular, de forma isolada, considerando-se os
princípios da continuidade da aprendizagem e da interdisciplinaridade (MINAS
GERAIS, 2024).

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 138


16 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AS ESCOLAS DE EMTI

● Sobre o horário de almoço:

Tempo mínimo de 60 minutos. Tempo e espaço para


desenvolvimento de atividades artísticas e culturais
livremente desenvolvidas pelos estudantes (Clubes de
Protagonismo), mas fomentadas pela escola. A escola deverá
se organizar, juntamente com os estudantes, para que não
demandem muito desse tempo a servir a refeição. Não haverá um servidor
contratado com função específica para monitorar o horário do almoço.

● Por conveniência pedagógica, no EMTI, um professor não deve lecionar mais


de 02 componentes curriculares dos Itinerários Formativos.

Quer saber mais sobre as ações desenvolvidas pela SEE/MG para Fortalecimento das
Aprendizagens? Acesse o link do Guia de Ações para o Fortalecimento das
Aprendizagens 2024.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 139


REFERÊNCIAS

BRASIL. Escola em Tempo Integral: Conceito. Disponível em:


https://www.gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral/fundamentos/conceito.
Ministério da Educação (MEC). Acesso em: 08 jan. 2024.

BRASIL. Manual do Usuário. Sistema Nacional de Informações da Educação


Profissional Tecnológica. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/media/seb-
1/pdf/MANUAL_SISTEC.pdf. Ministério da Educação (MEC). Acesso em: 08 jan.
2024.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Inovações em


Conteúdo, Método e Gestão. Metodologias de Êxito. 4 ed. Recife: ICE, 2020. 74 p.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Inovações em


Conteúdo, Método e Gestão. Rotinas e Práticas Educativas. 4 ed. Recife ICE,
2020. 62 p.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Concepção do


Modelo de Gestão. Tecnologia de Gestão Educacional. 4 ed. Recife: ICE, 2020. 80
p.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Modelo


Pedagógico. Concepção do Modelo Pedagógico. 4 ed. Recife: ICE, 2020. 64 p.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO. Modelo


Pedagógico: Princípios Educativos. 2 ed. Recife: ICE, 2016, 60 p.

MINAS GERAIS. Diretrizes para implementação dos Itinerários Formativos de


Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento para o 2º ano do Ensino Médio
2023 / Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte:
SEE/MG, 2023.

MINAS GERAIS. Ensino médio em tempo integral profissional de Minas Gerais:


construção de política inovadora com rede de parceiros / Secretaria de Estado da
Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEE/MG 2021. 124 p.
MINAS GERAIS. Mapeamento dos Temas dos Cadernos de Formação do ICE.
Elaborado pela servidora Vanessa Nicoletti Gomes de Oliveira. Disponível em:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1qBDP_yGTibbaBVSYXkfkOpbnoUIPdyq9A
K1zB-q5FhM/edit?usp=share_link

MINAS GERAIS. RESOLUÇÃO SEE Nº 4.948, 25 de janeiro de 2024. Dispõe sobre


a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação
Básica de Minas Gerais e dá outras providências. /Secretaria de Estado da
Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEE/MG, 2024. Disponível em:
https://www.jornalminasgerais.mg.gov.br/index.php?dataJornal=2024-01-26. p. 27-
31.

MINAS GERAIS. Portfólio Aprofundamento nas Áreas de Conhecimento. Novo


Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte:
SEE/MG, 2021. Disponível em:

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 140


https://drive.google.com/drive/folders/1JbdOVymCikrRWBtaHIwxN00Kjz8j_4LI.
Acesso em: 08 jan. 2024.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 141


CADERNOS DE FORMAÇÃO DO ICE (12 cadernos em 5 volumes)

Os temas abordados nos


Link do material
Cadernos

1. Caderno • A Concepção do Modelo;


Memória e https://drive.google.com/file/
• O porquê de um Modelo de
Concepção – d/17achhC2NBfgzquQ3-
Escola;
Concepção do gMN-
Modelo da Jzeji9fUePR/view?usp=shar
• As Bases Sustentadoras do
Escola da ing
Modelo.
Escolha

• Infância;

2. Caderno • Adolescência e Juventude; https://drive.google.com/file/


Memória e d/1pe9ps1TyFvF7-
• Sociedade;
Concepção – 3jnBx1baKCNJ6sK2FnA/vie
Conceitos • Escola e Currículo; w?usp=sharing

• Educação.

• Por que (ainda) falar de


Volume Educação Inclusiva?
1
• Escola como lugar de encontro;

• Como a diferença está


representada no cotidiano?

3. Caderno • Nossas concepções orientam


nossas práticas sociais; https://drive.google.com/file/
Memória e
d/1_UfoaGHg3Gfl41BJ6AtC
Concepção – • ...mas afinal, o que é 20Rq-
Educação deficiência? Quem são as plUwQUl/view?usp=sharing
Inclusiva pessoas com deficiência?

• O que é uma escola inclusiva?

• Deficiência versus Ambiente


versus Funcionalidade;

• Nossa recomendação para a


ação.

• O Contexto da Concepção do
4. Caderno Modelo Pedagógico;
Modelo
Volume Pedagógico – • O Marco Conceitual e
2 Concepção do Filosófico; https://drive.google.com/file/
Modelo d/1YfhFR3FK23UmzlQ5Xv
• O Marco Lógico;
Pedagógico Y2pF9EXmDSH6Xf/view?u
• O Modelo Pedagógico; sp=sharing

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 142


• A Arquitetura Curricular.

• O Protagonismo;
5. Caderno https://drive.google.com/file/
• Os Quatro Pilares da
Modelo d/1yh_6FzXqiAFRdKLN0Pr
Educação;
Pedagógico – hGzWQ12JkxYGr/view?usp
Princípios • A Pedagogia da Presença; =sharing
Educativos
• A Educação Interdimensional.

• A Formação Acadêmica de
6. Caderno Excelência; https://drive.google.com/file/
Modelo d/1HuTJc8ITGDdIIx2OCzB
• A Formação para a Vida;
Pedagógico – PSLD1L9g_dcFW/view?usp
Eixos Formativos • A Formação das Competências =sharing
para o Século XXI.

• A Base Nacional Comum


Curricular;
7. Caderno
• As Metodologias de Êxito:
Inovações em
Conteúdo, https://drive.google.com/file/
Projeto de Vida;
Método e Gestão d/13QfFl8j6P-
– Metodologias As Eletivas; QB_6zqRri96L_3JhAY4xhr/
de Ê view?usp=sharing
Estudo Orientado;
xito
Práticas Experimentais

Pós-Médio.

Rotinas

• A importância da rotina na
Volume formação do estudante
3 autônomo, solidário e
competente;

8. Caderno • A Pedagogia da Presença na


Inovações em rotina diária da Escola;
https://drive.google.com/file/
Conteúdo,
• Um dia na Escola da Escolha: d/1aYnU94FqL0XMNFYiNo
Método e Gestão
a programação diária e a SKGADdc5AGeYOJ/view?u
– Rotinas e
inserção de Práticas Educativas; sp=sharing
Práticas
Educativas • Indicadores de processo
inerentes à Rotina Escolar;

• A importância do par família-


escola no acompanhamento
escolar dos estudantes.

As Práticas Educativas

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 143


• As Práticas Educativas de
Rotina:

• O Acolhimento;

• A Roda de Conversa;

• Tutoria;

• As Práticas Educativas de
Vivências em Protagonismo.

Os Ambientes de Convivência

• Falando com as paredes;

• Os corredores que favorecem


encontros;

• O estacionamento dos
automóveis e... as bicicletas
também;

• Verde por onde eu for;

• O jardim das flores, das


cenouras... e da beleza;

• Um refeitório para chamar de


9. Caderno nosso;
Inovações em https://drive.google.com/file/
Conteúdo, • Banheiros que educam; d/1Oi-
Método e Gestão obTtgfmS2lxhHygVx87OLH
• Área de entrada da escola;
Volume – Espaços NjVyXUa/view?usp=sharing
4 Educativos • O Espaço para o Encontro;

• A Sala dos Professores, dos


estudos... e do cafezinho.

Os Ambientes de Aprendizagem

• A Biblioteca e a sua nobre


tarefa educativa;

• As Salas Temáticas;

• A Sala de Aula Flexível;

• A Sala para Estar;

• Laboratórios de Ciências da
Natureza e Matemática.

• Avaliação da Aprendizagem;
10. Caderno https://drive.google.com/file/
Inovações em • Guia de Ensino e de d/1szovofwaUEQjJ2CDW1a
Conteúdo, Aprendizagem; wKwIsGd3e54tM/view?usp

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 144


Método e Gestão =sharing
– Gestão do
Ensino e da • Conselho de Classe.
Aprendizagem

• A memória da concepção do
Modelo de Gestão;

• Princípios;
11. Caderno
Concepção do • Conceitos; https://drive.google.com/file/
Modelo de d/1obkkRsogES8zVtTt_Mq
Gestão - • Liderança Servidora e NA-
Tecnologia de Motivação; dFmvDyypzW/view?usp=sh
Gestão aring
• A motivação na Escola da
Educacional
Escolha;
Volume
• Planejamento e
5
Operacionalização.

12. Caderno • Palavras Incríveis;


Escola da https://drive.google.com/file/
Escolha – • Pessoas que sabem muitas d/1BgGl6n3u1lZvBFgNpJ3n
coisas e os seus pensamentos
Palavras Fáceis FX-
fantásticos;
para Explicar SCzmMRYgW/view?usp=s
Coisas que haring
Parecem Difíceis • Explica Mais!

https://drive.google.com/file/
d/1u-
Reuniões de Vídeo ICE - Planejamento de
mdDgL_BhC8SobaUCoA8a
Fluxo reuniões de fluxo
1A-
sXTJPmf/view?usp=sharing

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 145


Cadernos Especiais - ICE

Cadernos Os temas abordados no Caderno Link do material

• Primeiros Toques;
• Deficiência Física;
Caderno do https://drive.google.com/fil
Acolhimento • Deficiência Intelectual; e/d/1OX88KYrrx79JwLjdV
Inclusivo - Ensino • Deficiência Múltipla; oAiQ9hfkd_psTcl/view?us
Médio p=sharing
• Outras Condições;
• Tecnologias Assistivas.
Caderno do • Caderno do Acolhimento Inclusivo
Acolhimento da (igual ao anterior) e https://drive.google.com/fil
Equipe Escolar, e/d/1YNMPceDfuvcM9qm
Pais e • Orientação para o Acolhimento da hPY_jgNxOueu-
Responsáveis e Equipe Escolar (realizado pelos JPs) LVmk/view?usp=sharing
Estudantes.
• Caro Professor Tutor
• São muitos os caminhos para
apoiar o jovem
• Uma introdução ao Caderno
• A Tutoria no Novo Ensino Médio
• A metodologia
• Ideias para inspirar o seu
planejamento
• A agenda do Professor Tutor https://drive.google.com/fil
A Tutoria - Apoio
• Os temas de trabalho comuns aos e/d/1qyW9KXVO5J3Ytwb
para jovens
1º, 2º e 3º anos pgukwt4DdYedjG0ll/view?
sonhadores
usp=sharing
• A Tutoria no 1º ano
• Temas propostos para a
composição das aulas de Tutoria - 1º
ano
• A Tutoria no 2º e 3º anos
• Temas propostos para a
composição das aulas de Tutoria - 2º
e 3º anos
• Para concluir
Caderno do Nele, você encontra orientações,
https://drive.google.com/fil
Protagonista - definições, ideias e exemplos sobre
e/d/1w5fw0NJSt5CXUC0
Líderes de Turma como atuar sendo um Líder de Turma
DrAa-
(em MG – (Representante de turma), inspirados

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 146


Representantes de nas histórias de vida de outros líderes gQsdUes8gUbo/view?usp
Turma) (que existiram de verdade!), =sharing
estudantes que assim como você
também realizaram suas trajetórias
protagonistas cheias de práticas e
vivências ricas de experiências e
usufruíram de cada oportunidade de
aprendizado que elas
proporcionaram.
1. Por que é legal ser Protagonista?
Como ser um Protagonista na vida?
2. O que é um Clube de
Protagonismo?
3. Como começar um Clube de
Protagonismo?
4. Como organizar um Clube?
5. A estrutura de um Clube.
6. Fazendo a engrenagem girar.
7. Falando em miúdos.
Caderno do https://drive.google.com/fil
Protagonista - 8. Os PMC dos Clubes (Problemas e/d/1gsuWpl6j1OX5V2F8
Mais Comuns).
Clubes de a_P04xvC5SN6d72f/view
Protagonismo 9. Como a Equipe Escolar deve ?usp=sharing
apoiar?
10. Por que estabelecer um Contrato
de Convivência?
11. Que exemplos podemos seguir
para criar nossos Clubes?
12. Algumas ideias, caso elas
estejam em falta!
13. Não podemos esquecer...
14. As PMF dos associados
(Perguntas Mais Frequentes).
Caderno Eu Sou
30 sugestões em 8 categorias com https://drive.google.com/fil
um Boa Ideia
detalhamento de 16 Clubes para e/d/1kYBm4345NHR4od7
(exemplos de
estimular a criatividade dos HmoSNCRV5NSiMBFKg/
clubes de
estudantes. view?usp=sharing
protagonismo)
Esse Caderno foi concebido para https://drive.google.com/fil
Caderno da
apoiá-los na tarefa de fazer brotar nas e/d/1sKowuLDvNu8J503X
Gestão
suas escolas os mais autênticos nsTjMKTBfQZsg--
Protagonista
protagonistas, aqueles capazes de V/view?usp=sharing

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 147


atuar como fontes de solução, de se
reconhecer como parte de um sistema
que requer cada vez mais a presença
de pessoas proativas, dispostas a agir
de maneira colaborativa e contributiva
na criação de solução para problemas
reais. Nele, podem ser encontradas
orientações, sugestões e dicas sobre
como inspirar os estudantes e apoiá-
los, para que os Clubes de
Protagonismo sejam estimulados e se
desenvolvam na escola com
entusiasmo, com foco e competência.
Para apoiá-lo, você terá os seus
professores, a equipe escolar, as
aulas de Projeto de Vida e esse Guia
que agora apresentamos. Para
começar a usá-lo, é muito simples:
basta avançar para a próxima página!
Em todas as páginas, você vai ser
provocado a refletir, a pensar sobre
muitas coisas que dizem respeito a
https://drive.google.com/fil
Guia prático para você, ao seu mundo e a muitos outros
e/d/1kYnBAaUrkwyaVngq
a elaboração do assuntos. Tudo o que você pensa, a
BCrxVbYa9rh36iDP/view?
Projeto de Vida sua causa e os seus valores, os seus
interesses e as suas expectativas usp=sharing
importam e podem ficar registrados
como uma memória do seu projeto
neste Guia. O Guia deve contribuir
como depositário de suas reflexões e
tesouros descobertos sobre si
mesmo. Certamente tudo isso ajudará
na construção de novas e brilhantes
ideias para dar sentido ao seu jeito de
ser e estar neste mundão.

DOCUMENTO ORIENTADOR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL 148

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