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MOOC: TRANSFORMAÇÃO DAS PRÁTICAS DE APRENDIZAGEM

Conference Paper · June 2013


DOI: 10.13140/RG.2.1.1392.8086

CITATIONS READS

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2 authors:

Cláudia Eliane da Matta Ana Paula Figueiredo


Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
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ESUD 2013 – X Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância
Belém/PA, 11 – 13 de junho de 2013 - UNIREDE

MOOC: TRANSFORMAÇÃO DAS PRÁTICAS DE


APRENDIZAGEM
Cláudia Eliane da Matta1, Ana Paula Silva Figueiredo2
1
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) / Instituto de Sistemas Elétricos e Energia (ISEE)
2
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)/ Instituto de Recursos Natura (IRN)

Resumo – A popularização do computador e da internet abriu a possibilidade dos


aprendizes serem autônomos na busca de conhecimento. Neste sentido,
desenvolveram-se diversos modelos de cursos, dentre estes, o Massive Open Online
Course (MOOC). Este modelo integra três elementos: a conectividade das redes
sociais, o conhecimento de um especialista em determinada área e a coleção de
recursos online abertos. Não só estes elementos são importantes mas também o
número de inscritos no curso. Neste sentido, sua principal característica é o fato de
permitir um engajamento ativo de dezenas ou centenas de milhares de estudantes
que auto-organizam sua participação de acordo com suas metas, conhecimentos
prévios, habilidades e interesse comum. Este trabalho justifica-se porque o MOOC,
que vem ganhando impulso nos dois últimos anos, oferece uma oportunidade
estratégica para melhorar a qualidade da educação, bem como facilitar o diálogo, a
partilha de conhecimento e a capacitação de pessoas ao redor do mundo. Neste
trabalho são apresentados alguns cursos e universidades que aderiram a este modelo
e, por fim, o relato e percepção de estudantes que realizaram algum destes cursos.
Palavras-chave: Curso aberto pela internet para grandes massas. Recursos
educacionais abertos. OpenCourseWare.

Abstract – The popularization of computers and the Internet made it possible for
learners to be autonomous in the pursuit of knowledge. In this sense, developed
many courses, among them the Massive Open Online Course (MOOC). This model
integrates three elements: the connectivity of social networks, the knowledge of an
expert in a particular area and collection of online resources open. Not only do these
elements are important but also the number enrolled in the course. In this sense, its
main feature is that it allows active engagement of tens or hundreds of thousands of
students who self-organize their participation according to their goals, prior
knowledge, skills and interest. This work is justified because the MOOC, which is
gaining momentum in the last two years, offers a strategic opportunity to improve
the quality of education, as well as facilitate dialogue, sharing knowledge and
empowering people around the world. This paper presents some courses and
universities that subscribed to this model, and finally, reporting and perceptions of
students who have had some of these courses.
Keywords: Massive open online courses. Open educational resources.

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1. Introdução
Por meio da internet as pessoas estão compartilhando o conhecimento que ficava restrito a um
pequeno grupo de pessoas. “Desde a revolução de Gutenberg, com a invenção da imprensa
escrita, a humanidade não apresentava algo tão original como a internet para o rompimento do
paradigma cultural efetivado pelo modernismo” (DIMANTAS, 2010, p. 41).
A configuração da internet abre possibilidades que precisam ser experimentadas.
Gutenberg não previu o papel que a impressão teria no desenvolvimento da ciência moderna,
no sucesso da Reforma. Foi preciso que atores humanos se coligassem, se arriscassem,
explorassem. Atores moldados pela história longa de que são herdeiros, limitados pelo
horizonte do sentido do seu século (LÉVY, 1993).
Com a utilização dessa mídia, o poder da voz está cada vez mais descentralizado. O
maior potencial de transformação da rede está em conectar pessoas, colocando-as diante de
um modo de produção colaborativo. Neste sentido, “a aceleração do crescimento da educação,
em geral, está tornando cada vez mais indistintos os limites entre disciplinas, instituições e
locais geográficos” (LITTO, 2009a, p.15).
O cenário educacional contemporâneo mostra uma forte tendência: a crescente
inserção de métodos, técnicas e tecnologias de Educação a Distância (EaD) em um sistema
integrado de ensino superior, permitindo o estabelecimento de cursos com combinação
variável de recursos de ensino aprendizagem que podem ser utilizados em cursos presenciais
ou totalmente a distância, sem que se criem sistemas separados ou excludentes (FRAGALE
FILHO, 2003).
Este artigo apresenta uma discussão sobre as possibilidades do Massively Open Online
Courses (MOOC), um modelo de curso on-line, com conteúdos de forma livre e aberta,
acessível a qualquer pessoa, em qualquer lugar, por meio da internet, que possui como
característica principal o fato de permitir um engajamento ativo de dezenas ou centenas de
milhares de estudantes que auto-organizam sua paricipação de acordo com suas metas,
conhecimentos prévios, habilidades e interesse comum. Uma característica marcante do
MOOC é a formação de turmas. Dessa forma, os cursos têm período de realização e uma
equipe de formadores que atuam sincronicamente com os aprendizes.
O curso de “Circuits and Eletronics”, oferecido pelo Massachusetts Institute of
Technology (MIT) é um exemplo da infinidade de alunos que o MOOC pode alcançar. Na
primeira oferta deste curso, 155 mil alunos se inscreveram e 7.200 foram aprovados. Para
entender a potencialidade deste modelo, o MIT levaria 35 anos para formar esse contingente
nesta disciplina (FONSECA, 2013).
A justificativa para este trabalho está no fato de que MOOCs oferecem uma
oportunidade estratégica para melhorar a qualidade da educação, bem como facilitar o diálogo
político, a partilha de conhecimento e a capacitação de pessoas ao redor do mundo. Além
disso, representam uma nova abordagem quando comparada com a visão atual do processo de
ensino e aprendizagem em que existe uma visão mercantilista inerente, uma vez que
permitem o acesso a conteúdos, sem que o aprendiz precise pagar por esse acesso.
A estrutura desse artigo está organizada da seguinte forma: a próxima seção apresenta

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uma discussão sobre a educação aberta; a terceira seção contém uma descrição sobre o
MOOC e seus principais provedores; a quarta seção apresenta a metodologia utilizada nesse
trabalho; a quinta seção apresenta os resultados obtidos e relato e percepção de estudantes que
realizaram estes cursos; e, por fim, na última seção são realizadas as considerações finais.

2. Educação aberta
A internet tem possibilitado a formação da inteligência coletiva, já que é um espaço no qual
os usuários geram informações em quantidade, qualidade e agilidade impossíveis de obter se
o processo fosse centrado em poucas pessoas. Além disso, a popularização desta nova
tecnologia da informação e comunicação (NTICs) abriu a possibilidade dos aprendizes serem
autônomos na busca de informação para a construção do seu conhecimento.
Neste sentido, a informação que antes ficava restrita a um grupo de pessoas ou
universidades passou a ser acessível por meio da internet. Em 2001, o MIT (Instituto
Tecnológico de Massachussets) abriu seus objetos de aprendizagem dos acervos de
informação e de conhecimento que apoiam a aprendizagem, iniciando assim, o movimento
OpenCourseWare (OCW). O MIT, junto com a Fundação William e Flora Hewlett e a
Fundação Andrew W. Mellon, iniciaram o OCW, a iniciativa pioneira na internet que
disponibiliza, de forma livre e universal, materiais didáticos utilizados por esta instituição.
Esta iniciativa procura usar a tecnologia da informação para ajudar a equalizar o acesso ao
conhecimento e às oportunidades educativas em todo o mundo. A iniciativa apoia o
desenvolvimento e difusão de conteúdo de alta qualidade, abordagens inovadoras e projetos
que buscam melhorar a compreensão da demanda por conteúdo abertamente disponível
(VLADOIU, 2011).
Geralmente, OpenCourseware refere-se a uma publicação digital, gratuita e aberta, de
alta qualidade. Esses materiais educativos são organizados como cursos, e incluem materiais
de planejamento, ferramentas de avaliação e conteúdo temático, sob uma licença Creative
Commons (VLADOIU, 2011).
Os objetos de aprendizagem podem estar organizados em repositórios abertos, por isso
também são chamados de recursos educacionais abertos (Open Education Resources – OERs).
Eles podem estar relacionados ou não a um curso ou programa de estudos e representam uma
significativa opção para estender e democratizar o acesso ao conhecimento, à racionalização
de despesas com livros-textos e outros materiais para aprendizagem em todos os níveis
(LITTO, 2009b).
A expressão "open educational resources" foi adotada pela primeira vez pela
UNESCO, em 2002, no "Forum on the Impact of OpenCourseware for Higher Education in
Devoloping Countries" (REJAS-MUSLERA et al., 2008). Para esses autores, os OERs não se
referem somente à ideia usual de recurso digital (como um recurso educativo em formato de
hipertexto, imagens, vídeos ou exercícios), mas, também, a outros tipos de materiais como
orientações sobre como ensinar um determinado assunto, bem como informações sobre
avaliação de desempenho.
Este paradigma visa enriquecer e aprofundar a compreensão do aprendiz e encorajar o
reúso, a adaptação e a disseminação livre de conteúdos educacionais. Ele também inclui

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conteúdos para aprendizagem abertos, criação de ferramentas para produção de materiais e


recursos de implementação, ou seja, licenças de propriedade intelectual para promover a
editoração aberta de materiais, princípios de boas práticas e localização de conteúdo.
Em 2008, a Fundação Getúlio Vargas, por meio da FGV On-line, tornou-se a primeira
instituição brasileira a fazer parte o projeto OCW. Atualmente, são disponibilizados cursos
gratuitos em 11 áreas do conhecimento. Alguns desses cursos são patrocinados por empresas
e tratam de temas como finanças pessoais, sustentabilidade, inovação e empreendedorismo e
possuem uma carga horária entre 10 e 15 horas. Há outros cursos, não patrocinados, que
tratam de temas como direito, economia, gestão empresarial, projetos, de pessoas, entre outros
temas e têm uma carga horária entre 5 e 40 horas (FGV online, 2012).
Em 2011, a Unicamp concebeu o “OpenCourseWare Unicamp” que tem como
finalidade hospedar conteúdos educacionais em formato digital, originários de disciplinas de
cursos de graduação desta instituição (UNICAMP OCW, 2013).
A Universidade Metodista de São Paulo disponibiliza em seu site, uma relação de
cursos intitulados EAD (METODISTA OWC, 2013) em 9 áreas, incluindo teologia, filosofia,
administração, gestão ambiental, gestão pública, letras, logística, pedagogia e gestão de
recursos humanos.
Há, ainda, em língua portuguesa, a Universia (UNIVERSIA, 2013), uma rede de
universidades de fala hispânica e portuguesa, formada por 1.242 universidades sócias de 23
países ibero-americanos, que representam 15,3 milhões de professores e estudantes
universitários. A linha de ação da Universia se baseia em quatro pontos: conhecimento,
colaboração, emprego e futuro, numa atuação fundamentada na relação universidade-empresa.
Neste contexto, oferece subsídios a professores e alunos, incluindo o OCW do MIT,
direcionando a alguns cursos em língua portuguesa, na concepção de disponibilização dos
recursos didáticos, sem necessariamente a formação de turmas.
Outras universidades brasileiras têm anunciado seus projetos OCW, porém, ainda se
encontram em fase embrionária. As universidades brasileiras participantes do OCW possuem
cursos com design instrucional fixo, sem sincronicidade, ou seja, nos cursos disponíveis não
há necessidade de formação de turmas para a sua realização, diferentemente dos cursos
categorizados como MOOC.

2.1. Licença Creative Commons


Na última década, a filosofia de auxiliar a compartilhar o conhecimento e a
criatividade individual com o mundo e a permeabilidade da internet tem criado inúmeras
oportunidades de ensinar e aprender (CREATIVE COMMONS, 2013). Esta filosofia, por meio
da organização Creative Commons, desenvolve, apoia e gerencia a infraestrutura técnica e
legal que maximizam a criatividade, o compartilhamento e a inovação digital.
O Creative Commons é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo
expandir e promover o acesso criativo às obras intelectuais. Para isso, desenvolve uma série
de licenças que permitem a qualquer criador intelectual dizer para a coletividade, com
validade jurídica, o que pode ou não ser feito com suas obras (LEMOS, 2009).
Recentemente, o uso de sistemas de gerenciamento da aprendizagem (Learning

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Management System - LMS), sejam proprietários ou de código aberto como o Moodle são
muito utilizados em cursos a distância. O uso frequente deste sistema tem como objetivo, até
então, apoiar a estrutura dos cursos on-line para a disponibilização de aulas e das atividades
correlatas. Porém, em geral, estes cursos possuem comunidades fechadas associadas e estão
associados a um programa de capacitação, graduação ou pós-graduação, pagos ou não. Uma
das primeiras iniciativas de unir a filosofia Creative Commons com os ambientes virtuais de
aprendizagem foi de David Cornier com o MOOC. Para Cornier, embora o MOOC ainda
traga algumas estruturas convencionais dos cursos on-line, como um planejamento semanal,
esta modalidade, comumente, não requer outro pré-requisito senão a disposição por estudar e,
evidentemente, o de possuir acesso à internet (CREED-DIKEOGU; CLARK, 2013).

3. MOOC
MOOC pode ser definido como um modelo integra três elementos: a conectividade das redes
sociais, o conhecimento de um especialista em determinada área e a coleção de recursos
online abertos. Não só estes elementos são importantes mas também o número de inscritos no
curso. Neste sentido, sua principal característica, reside no fato deste modelo construir um
engajamento ativo de dezenas ou centenas de milhares de estudantes que auto-organizam sua
participação de acordo com suas metas, conhecimento prévio, habilidades e interesses
comuns. Embora compartilhem de uma estutura de cursos convencionais, com um
cronograma pré-definido ou tópicos semanais, os cursos do tipo MOOC normalmente não são
pagos, nem requerem pré-requisitos, senão o interesse por estudar. Também não predefinem
expectativas de participação ou uma certificação formal (CREED-DIKEOGU; CLARK,
2013).
O MOOC é um modelo para disponibilização de conteúdos de aprendizagem on-line
para qualquer pessoa que queira fazer um curso, que possui como principais características:
ser aberto, ser gratuito, colaborativo e distribuído (PISUTOVA, 2012). O curso é gratuito, não
sendo necessário pagar por ele. O curso é colaborativo, geralmente não há atribuições
específicas, mas há o envolvimento dos estudantes com seus pares e com os materiais. O
curso é distribuído porque todos os blogs dos estudantes, discussões e contribuições são parte
do curso, mas não estão no mesmo website.
O MOOC permite escalabilidade, pois o desenho do curso é apropriado para atender o
crescimento exponencial de estudantes, podendo chegar a centenas de milhares de estudantes
participando em cada oferta do curso (MOTA; INAMORATO, 2012).
O fato de o curso ser “aberto”, não exime o estudante de possuir habilidades mínimas,
além disso é necessário uma infraestrutura tecnológica com acesso à internet e,
preferencialmente, com uma banda razoável que permita navegação, sem frustração (MOTA;
INAMORATO, 2012).
No MOOC há essencialmente quatro tipos de atividades: a agregação, a remixagem, o
reaproveitamento, e a retroalimentação. A agregação permite o acesso a uma ampla variedade
de recursos de leitura, vídeos e recursos web do curso. A remixagem possibilita que o
conteúdo, após ser criado, possa ser utilizado em outro formato, como um blog ou fórum de
discussão, por exemplo. Na atividade de reaproveitamento, os participantes são incentivados
a criar algo próprio, de forma crítica. E, por fim, na retroalimentação os participantes são

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incentivados a compartilhar seu trabalho não somente com outras pessoas do curso, mas
também com o restante das pessoas da rede, uma vez que estes cursos, via de regra, tem a
dimensão global (KOP; FOUNIER; HILL, 2011).
Em novembro de 2012, o jornal “The New York Times” proclamou o ano de 2012
como o ano do MOOC (NYT, 2012). Segundo o jornal, em setembro daquele ano, os
provedores de cursos MOOC tinham um grande número de alunos. O EDX tinha 370.000
alunos inscritos, o Coursera mais de 1,7milhões e Udacity o montante de 150.000 alunos. Os
cursos, por serem direcionados a muitos alunos, nem sempre permitem que os professores os
atendam de forma individualizada. A questão da avaliação também é um tema a ser discutido,
considerando que copiar trabalhos ou mesmo colar são fatos que podem estar presentes nos
cursos. Uma crítica a este modelo é o grande número de evasões, que pode ser associado à
falta de disciplina do aluno, à falta de autonomia, à imaturidade do aluno na participação de
cursos on-line, ou então, à falta do pré-requisito do aluno para realizar o curso.
Em face ao grande número de inscritos nos cursos, observa-se ainda uma taxa de
concluintes muito pequena. Como exemplo deste fenômeno, pode-se citar o curso de
"Introduction to Astronomy" do provedor Coursera, neste curso 60.000 alunos se
inscreveram, mas somente 3,5% concluiram, já no curso "Introduction to Solid State
Chemistry" do EDX, 28.500 alunos se inscreveram e apenas 1,7 % completaram o curso
(OPEN CULTURE, 2013).
Além disso, para que o aluno concluinte obtenha o certificado do curso é necessário o
pagamento de um valor, ou seja, embora os cursos sejam livers de pagamento, a liberação de
certificados pode não ser. Assim universidades e os provedores MOOC estão contanto que os
concluintes irão criar a principal fonte de receita para estas instituições
O que se pode antever é que ainda há muito por se construir e pesquisar, como por
exemplo, a própria validação do MOOC e sua pedagogia, com o como estão fazendo os
pesquisadores da Udacity. O que não se pode negar é que a barreira entre on-line e presencial
nas universidades tende a ficar cada vez mais indefinida, em especial porque futuros alunos,
alunos e ex-alunos buscam nas universidades conhecimentos em ampla variedade de assuntos
e a tendência mundial é que tenham seu acervo de conhecimento à disposição.

3.1. Provedores MOOC


Há, atualmente, uma lista de cursos MOOC, denominada MOOC List (MOOC LIST,
2013) que apresenta uma relação de cursos em mais de 28 áreas do conhecimento, como por
exemplo arte, arquitetura, biologia, química, ciência da computação, economia e finanças,
educação, engenharia, direito, idiomas, música e medicina.
Para acessar o MOOC List, o interessado é convidado a se associar, criando uma
conta, conforme Figura 1(a). Com isso, pode-se usufruir de uma extensa relação de cursos
oferecidos por mais de 80 universidades ou instituições. Nesta lista, os cursos encontram-se
categorizados por duração em semanas ou carga horária, indicando o tempo que o interessado
deverá disponibilizar, semanalmente, para realizá-lo, conforme Figura 1(b). Ao acessar um
curso específico, o interesado tem um detalhamento do curso, incluindo a universidade que o
ministra, o tipo de iniciativa, os intrutores, a categoria, o dia de início do curso e sua duração;

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se são estabelecidos pré-requisitos, se haverá trabalho em dupla ou trabalho final, além dos
recursos didáticos que serão utilizados como videos, texto, fóruns e idioma. Esta lista utiliza,
ainda, a rede social para divulgar os cursos, conforme Figura 1(c).
Cabe resaltar que cada um destes cursos e universidade ou instituição está associada a
um provedor MOOC, ou seja, uma organização com um modelo de negócio que apoia os
cursos. Os principais provedores são: EDX, Coursera e Udacity, a Figura 2(a), (b) e (c)
mostra a página principal destes provedores respectivamente.

(a)

(b) (c)
Figura 1 – MOOC List.

A Universidade de Harvard e o MIT são os parceitos da fundação EDX, uma empresa


sem fins lucrativos, cujo projeto é estuturar o aprendizado para o estudo interativo via web. Os
fundadores estão criando uma nova experiência de aprendizado on-line com cursos que
refletem uma vasta gama de disciplinas. Junto com a oferta destes cursos, as instituições usam
o provedor da EDX para pesquisar como os alunos aprendem e como a tecnologia pode
transformar a aprendizagem, tanto no campus como no mundo. Os objetivos da EDX agregam
o desejo de chegar a estudantes de todas as idades, meios e nações levando a eles
ensinamentos desta conceituada universidade. EDX é baseada em Cambridge, Massachusetts
e é governada pelo MIT e Harvard. A plataforma de aprendizagem on-line open-source EDX
proporciona o aprendizado interativo projetado especificamente para a web. Os recursos
incluem autoaprendizagem, grupos de discussão on-line, aprendizagem colaborativa baseada
em wiki. (EDX, 2013). Uma das características desta fundação é que os alunos podem ganhar
um certificado de proficiência se demonstrarem o domínio dos assuntos abordados no curso.
A Coursera é uma empresa de empreendedorismo social que tem parceria com
universidades do mundo todo, atualmente estão resgistradas mais de 65 universidades
parceiras. Sua missão é oferecer cursos on-line para que qualquer pessoa possa realizá-lo, de

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modo gratuito. A tecnologia que esta organização possui permite que os professores possam
ensinar dezenas ou centenas de milhares de estudantes. Na concepção desta organização, no
futuro, as universidades educarão não só milhares de estudantes, mas milhões, dando acesso à
uma educação de classe mundial cujo objetivo é capacitar as pessoas para que suas vidas
sejam melhores e consequentemente a de suas famílias e comunidades (COURSERA, 2013a).
Os cursos oferecidos por esta organização tem como concepção pedagógica a eficiência da
educação on-line, utilizando exercícios interativos que direcionam o aprendizado e asseguram
uma retenção de longo prazo. Eles utilizam vídeos de curta duração que solicitam que o aluno
realize alguma ação interativa, assegurando sua compreenão compreensão , mantendo o foco
e o compromisso. Na plataforma utilizada pelos cursos desta organização, o retorno às
repostas dos alunos e às atividades é, normalmente, imediato, e em alguns casos é fornecida
outra versão da mesma proposição de modo que o aluno possa estudar novamente o conteúdo
e faça outra tentativa, o que chamam de mastery learning. Além disso, para cursos da área de
humanas, negócios ou ciências sociais, por exemplo, propõem uma tecnologia que permite
atividades em pares, onde os alunos podem avaliar e fornecer retorno sobre o trabalho dos
outros (COURSERA, 2013b).
Para a Udacity, a educação de qualidade é um direito humano básico e sua missão é
capacitar os seus alunos para promover a sua educação e carreira. Para os fundadores da
Udacity, a educação deve capacitar os alunos não só para a escola, mas para a vida. Através
desta concepção, estão reinventando a educação do século XXI criando pontes entre as
habilidades requeridas pelo mundo real e a educação relevante, e empregabilidade
(UDACITY, 2013). Os cursos oferecidos pela Udacity são destinados a alunos do ensino
fundamental, universitários e profissionais. Os cursos oferecidos são interativos com
atividades, quizzes e exercícios intercalados entre pequenos vídeos e palestras ministradas por
professores e especialistas. Normalmente, após a aula o aluno terá um conjunto de problemas
com os exercícios que irão ajudá-lo a determinar se aprendeu o material ensinado na lição.
Estes exercícios irão contar para os níveis de mestria, que são metas de realização de cada
curso. Os cursos têm quatro diferentes níveis, que são alcançadas acumulando-se pontos
obtidos nas atividades. No catálogo da Udacity, os cursos são classificados em nível básico,
intermediário ou avançado, e ainda, nas categorias negócios, ciência da computação,
matemática, física e psicologia.

4. Metodologia
Nesse artigo, foi realizado um levantamento sobre os principais MOOCs com conteúdos
relacionados às diversas áreas e que têm como público-alvo professores e pesquisadores do
ensino superior, alunos de graduação e pós-graduação. Essa pesquisa, de caráter descritivo,
analisou diversos MOOCs, de forma qualitativa.
Após esta análise, foi escolhido o curso “Passion Driven Statistics” como objeto de
pesquisa para este relato de experiência. Este curso foi ministrado pela Wesleyan University,
afiliada à Cousera.
Para a participação neste curso foi necessária, inicialmante, a realização de um
cadastro no MOOC Coursera e, posteriormente, a inscrição no curso. A participação neste
curso teve como objetivo explorar os recursos oferecidos e entender a dinâmica de cursos

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neste modelo. Esta experiência é relatada na seção resultados e discussão


(a)

(b)

(c)

Figura 2 – Portais de proverdores MOOC: (a) EDX, (b) Coursera e (c) Udacity.

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5. Resultados
A possibilidade de estudar em um curso do tipo MOOC permite identificar algumas
características de estruturação do mesmo. Muitos deles têm uma estrutura convencional com
atividades planejadas para serem realizadas semanalmente (MARTIN, 2012).
Os resultados aqui apresentados descrevem a experiência de estudar em um curso no
modelo MOOC.

5.1. Estudar em um curso MOOC


O curso Passion Driven Statistics tevea duração de 6 semanas (março a maio de 2013)
e foi ministrado pela professora Dr. Lisa Dierker, da Wesleyan University in Connecticut. A
estrutura semanal do curso é mostrada na Figura 3(a).
Ao final da primeira semana, a professora apresentou dados sobre o número de
inscritos no curso (22.000) e o número de alunos que realizaram a atividade da semana
(13363). Ocorreram mais de 43.000 visualizações dos vídeos e mais de 34.000 downloads do
material do curso. Além disso, ocorreram 2.376 postagens nos fóruns e 51.502 visualizações
dos fóruns de discussão.
Uma das iniciativas do curso foi a de incentivar o aluno a criar seu próprio blog para
apresentar, semanalmente, sua evolução no curso, conforme Figura 3(b). Da mesma forma, a
professora do curso também criou o seu. A Figura 3 (c) mostra uma nuvem de palavras, do
blog1 da professora, com os países dos alunos deste curso, contabilizando mais de 170 países.
Dentre os recursos didáticos utilizados estão as vídeo-aulas, com durção média de 20
minutos. Todas as video-aulas, ministradas na língua inglesa, contaram com legendas,
também em inglês. Estas vídeo-aulas apresentavam os slides da aula com os diálogos e
explicações da professora. A imagem da Figura 3 (d) mostra o aluno seguindo a aula em posse
da transcrição da mesma. Este recurso mostrou-se bastante efetivo na visão do aluno.
Um recurso de uso intenso entre os alunos foi o fórum de discussão, que se mostrou
uma ferramenta de trabalho efetiva e colaborativa, conforme Figura 4(a). Este fórum podia ser
organizado por assunto, por tarefa a ser entregue ou por quizz.
Outro recurso colaborativo deste curso foram as comunidades virtuais do Corsera,
distribuídas em todo o mundo. A Figura 4(b) mostra, à esquerda, a opção “join a meetup” e, à
direita, um mapa mundi onde se podem encontrar comunidades perto do local de onde o aluno
acessa o curso. Esta função é gerenciada pelo site “meetup” e pode-se inclusive acessá-la pela
rede social Facebook, criando oportunidades para que alunos de um curso possam se
encontrar fisicamente, uma vez que seus usuários podem estabelecer, de forma autônoma,
estes encontros.
Como participante de um curso, o aluno deve ser capaz de auto-regular a sua
aprendizagem e, eventualmente, dar a si mesmo uma meta de aprendizado. Cursos realizados
pela web demandam geralmente muito tempo, disciplina e esforço do aluno e não seria
diferente nos cursos MOOC.

1
http://passiondrivenstatistics.tumblr.com/

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ESUD 20013 – X Coongresso Brasileiro
B de
d Ensino Superior
S aD
Distância
Belém/PAA, 11 – 13 de junho de
d 2013 - UNIREDE
U

De forma diferente
D d dee cursos onn-line de deesign instrucional fixo, os cursos MOOC
possuemm uma equippe que está em sincronnia com os alunos
a e, poortanto, atenndem as dem
mandas e
dúvidass dos mesmoos ou as queestões coloccadas de forrma coletivaa nos fóruns de discusssão. Este
diferenccial faz com
m que o aluno não sinta
s o silênncio virtual, que o prrimeiro, po or vezes,
apresennta.

(a) (b)

(d)
(c)
Figura 3 – Curso Passion Dri riven Statisttics: (a) estrrutura sema
anal, (b)
gráfico apresentad
do a evoluç ção do alun no, (c) nuve em de palavras do
blog da
a professora
a e (d) aluno
o realizandoo o curso.

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(a)

(b)
Figura 4 – Curso Passion Driven Statistics: (a) fórum de discussão e
(b) comunidades do Cousera

6. Conclusão
O MOOC representa um passo muito grande na maneira de aproveitar as novas
tecnologias da informação e comunicação, tendo um impacto significativo na sociedade. Com
isso, o aprendiz se tornará muito mais ativo e responsável por seu aprendizado, podendo
explorar um vasto universo de informações, a qualquer hora, além dos espaços físicos de uma
instituição de ensino.
Ao contrário de outros recursos digitais, que são pagos e de acesso restrito, o MOOC
proporciona uma maneira democrática de acesso, leitura, estudo e aproveitamento de
conteúdos; universalizando saberes e oferecendo oportunidades de conhecimento, dessa
forma, contribuindo para tornar um pouco mais igualitário e menos desigual o ensino
universitário.
É bem provável que o MOOC esteja passando mundialmente por momentos de críticas
e de grandes expectativas. Alunos e ex-alunos de cursos MOOC devem estar construindo suas
opiniões sobre os mesmos. Docentes estão experimentando a tecnologia e avaliando-a.
Pesquisadores estão estudando como os alunos aprendem e o que aprendem neste modelo de
curso. O que não se pode negar é que o conhecimento rompeu as barreiras das universidades
e está disponível para aqueles que se habilitam a experimentar.
Com esta pesquisa, pode-se identificar os principais provedores de cursos MOOC,
qual a sua filosofia e como estão organizados. O curso realizado e descrito neste trabalho

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trouxe conhecimento sobre as estratégias pedagógicas utilizadas no MOOC, além de se


mostrar útil na capacitação do aprendiz de tal forma que este se sentiu motivado a
matricular-se em outro curso deste modelo.

Agradecimentos
As autoras gostariam de agradecer o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).

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