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MODALIDADE: Relato de Experiência

EIXO: 04. Formação de Profissionais na Perspectiva da Acessibilidade

PAPO DE INCLUSÃO:
TESSITURAS SOBRE UMA EXPERIÊNCIA FORMATIVA
EM TEMPOS PANDÊMICOS

Rosangela Costa Soares CABRAL


Joana da Rocha MOREIRA
Célia Regina Machado Januzzi LOUREIRO
Orientador do Trabalho - Allan Rocha DAMASCENO*

PPGEduc – Programa de Pós-Graduação em Educação,


Contextos Contemporâneos e Demandas Populares;
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
Estado do Rio de Janeiro.

RESUMO: Discutir sobre as estratégias constituídas para a formação continuada dos


pesquisadores(as), professores(as) e pessoas que buscam construir conhecimentos
durante a quarentena, durante o período da pandemia do Covid-19, é fundamental no
atual cenário da educação brasileira. O Laboratório de Estudos e Pesquisas em
Educação, Diversidade e Inclusão (LEPEDI)¹, alicerçado na Teoria Crítica de Theodor
Adorno, desenvolveu o “Papo de Inclusão”, um programa de debates síncronos via canal
do YouTube do laboratório. Este estudo tem por objetivo trazer narrativas e experiências
vivenciadas no decorrer das lives realizadas, buscando caracterizar a formação on-line,
em vista das demandas educacionais e pedagógicas do público-alvo da Educação
Especial (PAEE) e o grupo LGBTQIA+², historicamente invisibilizados. Os resultados
deste relato de experiência revelam sobre os benefícios acadêmicos no que diz respeito à
educação on-line numa realidade tão marcante que vivencia-se durante a pandemia de
Covid-19.

Palavras-chave: educação para a diversidade; covid-19; formação on-line.


1. INTRODUÇÃO

Dezembro de 2019, o mundo se vê perplexo com um vírus que toma proporções


mundiais, ceifando milhares de vidas e demonstrando a urgência de se realizar um
isolamento social para tentar conter a propagação de uma doença até então
desconhecida. Em fevereiro de 2020, o Covid-19³ chega ao Brasil e com ele a suspensão
de várias atividades, entre elas escolas e universidades, que pela Portaria, Nº 343 de 17
de Março de 2020 ficou autorizada a substituição das aulas presenciais por aulas em
meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19.
(Brasil, 2020).
Desde então começaram-se a buscar arranjos educacionais para sanar a lacuna
que ficaria para o pleno desenvolvimento cognitivo dos estudantes brasileiros, pois a
pandemia pegou todos e todas de surpresa e a busca de estratégias de ensino, pesquisa
e extensão foi uma urgência no momento ao qual o mundo se deparava. E como Freire
(2009), muito bem sinaliza “[...] a leitura de mundo precede a leitura da palavra” (p.11), a
urgência em buscar novas ambiências formacionais, reocupava sobremaneira nosso
laboratório.
Um mês se passou e não se via perspectivas de retorno às aulas presenciais e o
LEPEDI, ciente de que a pandemia apenas começava e com a preocupação de levar
conhecimento e formação para seus pesquisadores, começou a buscar estratégias para
ofertar uma aprendizagem com qualidade. Como refletir sobre possibilidades nesse
momento, já que o momento nos impede de ter a presença física de professores e
pesquisadores como aliados neste processo de formação. E Adorno reitera que (2012)
“[...] se o conteúdo da transmissão é ou não é moderno, se corresponde ou não a uma
consciência evoluída, esta é justamente a questão que demanda uma elaboração crítica.”
(p. 77).
Este relato de experiências destaca como referencial teórico e metodológico a
teoria crítica, com ênfase para o pensador Theodor Adorno e terá como questão central,
relatar experiências de sucesso do programa síncrono na plataforma Youtube, o “Papo de
Inclusão”. Contudo, vale destacar que outros estudiosos como Freire e Santos, são
considerados na discussão e análise do objeto do estudo.
Com a finalidade de compreender como nasceu o “Papo de Inclusão”, faremos
um relato de experiências vividas ao longo de quinze meses, assim como os impactos
vivenciados pelas pessoas que acompanham nossas formações síncronas ao longo deste
tempo. É notória a inclusão de todos e todas nas lives, mas ainda vivemos um processo
exclusório no que diz respeito ao acesso às tecnologias de informação, pois sabemos que
o Brasil ainda engatinha neste advento das tecnologias da informação, já que o acesso
nas camadas menos abastadas são na maioria das vezes inatingíveis, visto o alto custo
da oferta do serviço e de seus aparelhos.
Santos (2019) elucida muito bem a respeito do uso das interfaces digitais quando
reitera que,
[...] o uso das interfaces digitais como canais de comunicação interativa
que gerem novas autorias e gêneros textuais. Com elas é possível integrar
várias linguagens (sons, textos e imagens – estáticas e dinâmicas) na tela
do computador. Por isso, devemos atentar para a emergência de novos
gêneros textuais a partir do uso das tecnologias digitais de informação e
comunicação. (p. 111).

Também ainda é perceptível a resistência de boa parte das pessoas ao mundo da


internet, talvez por desconhecimento de como acessar este dispositivo hoje,
imprescindível na vida de qualquer indivíduo.
Contudo, vale a pena fazermos um esforço para destacarmos as
especificidades da educação online como um processo que faz convergir
saberes amplos da educação e da docência, com saberes mais
específicos e próprios da relação educacional mediada por sujeitos
geograficamente dispersos e conectados em rede via tecnologias digitais
de comunicação e informação. (Santos, 2019, p. 91).

Os ambientes virtuais serão, com toda certeza, dispositivos imprescindíveis na


vida de cada pessoa e a necessidade de se adequar se faz urgente, daí a relevância de
ofertar através de lives um dispositivo de formação.
Este relato objetivou caracterizar a formação continuada através de dispositivos
on-line, com vistas a oferecer subsídios a todas as pessoas que buscam o laboratório
para se desenvolverem através da tríade - ensino, pesquisa e extensão; refletir sobre as
experiências vividas em cada “Papo de Inclusão” através das narrativas de seus
partícipes durante as trocas de experiências entre pares e o público em geral; e refletir
acerca desta oferta de formação como assertiva à demanda colocada nestes tempos
pandêmicos.
2. MÉTODO

Ao considerar como eixo norteador desta pesquisa o fenômeno da formação on-


line na/para diversidade, destaca-se como referencial teórico-metodológico o pensamento
de Adorno (2012), na qual espera-se que por meio de análises críticas e reflexivas, possa
contribuir para uma formação e consciência emancipatória, uma vez que os sujeitos como
protagonistas sejam ressignificados através de seus conhecimentos e visão de uma
educação que desbarbarize. Pois para Adorno (2012), “[...] desbarbarizar tornou-se a
questão mais urgente hoje em dia.” (p.155).
Destaca-se, também, as contribuições de Santos (2019) que leva à reflexões
sobre a cibercultura como uma interface de ensino e formação, levando os sujeitos à
construírem uma nova dimensão de conhecimento, já que “as tecnologias da informática,
associadas às telecomunicações, vêm provocando mudanças radicais na sociedade por
conta do processo de digitalização. Uma nova revolução emerge, a revolução digital.” (p.
65).
O universo do presente estudo4 compreende a visão de três participantes do
“Papo de Inclusão” veiculado através da plataforma Youtube no canal do LEPEDI,
pesquisadoras do laboratório, atuantes como mediadoras das lives e autoras deste relato
de experiência, que trazem uma visão multidimensional destes programas veiculados
desde o início do isolamento social em que, “tempo e espaço ganham novos arranjos
influenciando novas e diferentes sociabilidades.” (Santos, 2019, p. 67).
Por meio de várias observações antes, durante e após os programas, relatamos
fatos, percepções e sentimentos no decorrer deste movimento, buscando analisar os
feedbacks que permitam identificar o processo de ensino, pesquisa e extensão que o
LEPEDI busca protagonizar durante e após o isolamento social.
3. RESULTADOS

Logo após o início do isolamento social devido à pandemia de Covid-19, que


ocorreu a partir de dezesseis de março de 2020, o LEPEDI sentiu uma enorme
necessidade de continuar transmitindo conhecimentos acadêmicos para não perder os
laços de interação com o grupo de pesquisa, porque “problemas são ocultos, sobretudo,
na medida em que parece haver soluções para todos esses problemas” (Adorno, 2012,
p.84). Os dias passavam e não se vislumbrava o fim da pandemia, pelo contrário, a cada
dia o número de infectados e óbitos se mostravam cada vez maiores nas pesquisas
veiculadas pelas mídias sociais. A partir daí, começou-se a conjecturar de que maneira
poderia levar conhecimento de forma suave ao grupo de pesquisa e também oferecer
conhecimento as pessoas que se interessavam pela perspectiva do grupo que são a
educação, diversidade e inclusão, em um momento de incertezas.
Decidiu-se então, em comum acordo com o grupo de pesquisa, fazer uma live
piloto através da plataforma Instagram com o intuito de perceber como seria a adesão do
público neste seguimento. Em dois dias traçou-se as estratégias do programa, que de
forma bem amadora, publicou-se o convite nas mídias. Escolheu-se o dia da
Conscientização sobre o Autismo, dois de abril de 2020, com o tema: “Reflexões sobre
TEA5 em Tempos de Pandemia”. As participantes deste programa foram uma mestra com
sua pesquisa direcionada ao Transtorno do Espectro Autista e uma pedagoga, mãe de um
adolescente autista, ambas pesquisadoras do LEPEDI, que mantiveram uma conversa
prazerosa sobre o transtorno e com uma boa adesão e participação do público ao longo
de uma hora de live.
Percebendo essa boa participação do público, logo no dia seguinte, colocou-se no
ar mais uma live com o tema: “Desafios da Inclusão em Tempos de Exclusão”, programa
mediado pelo coordenador e uma pesquisadora do LEPEDI, também com uma adesão
satisfatória. Com esse retorno, o grupo decidiu realizar lives semanalmente, sempre
sextas-feiras às dezesseis horas. Diversos assuntos foram abordados, todos com relação
às demandas específicas de aprendizagem pela plataforma Instagram. E assim seguiu-
se, até percebermos a urgência de tornar o ambiente das lives o mais inclusivo possível e
por essa plataforma, naquele momento, não seria possível e percebendo a grande
importância do ciberespaço na/para formação das pessoas neste tempo de pandemia,
percebeu-se que,

As novas formas de acesso não só mudaram a nossa relação com o


ciberespaço, elas vêm modificando radicalmente a nossa relação com os
espaços urbanos em geral e estes com o ciberespaço. Outras e novas
redes educativas poderão estar em emergência nesse cenário. (Santos,
2019, p.36).

Então, ao final de maio de 2020, mais precisamente dia vinte e dois, lançamos
pela plataforma Youtube o “Papo de Inclusão”, em que contamos com a audiodescrição
(AD) e intérpretes em língua brasileira de sinais (Libras). A partir daí, oferecemos até os
dias de hoje o papo que veio para trazer formação e informação para nossos seguidores e
para nosso Grupo de Pesquisa, além de ser um canal de pesquisa/formação para as
pessoas que buscam os mais variados materiais para desenvolver suas pesquisas e
conhecimentos, além de motivação para continuar construindo conhecimentos. Emancipar
é preciso, ainda mais neste período conturbado que vivenciamos e “[...] a possibilidade de
levar cada um a ‘aprender por intermédio da motivação’ converte-se numa forma
particular do desenvolvimento da emancipação.” (Adorno, 2012, p.170).
O “Papo de Inclusão” é um movimento de troca de experiências mediadas sempre
por um interlocutor do Lepedi que faz essa interação com o palestrante e público. Não é
algo engessado, mas uma conversa descontraída regada a muito conhecimento. Com
essa mudança de plataforma, os programas passaram a ser referência para muitos
pesquisadores, pois as parcerias firmadas são de grande importância para a tríade
ensino, pesquisa e extensão, haja vista a sua indissociabilidade de acordo com a

Constituição Federal em seu Artigo 207: “as universidade gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio
de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão." (Brasil, 1988).
Durante todo ano de 2020, os “Papos de Inclusão” estavam no ar todas as sextas-
feiras, mas a partir de 2021, com o retorno gradual das unidades escolares nos âmbitos
estaduais e municipais, passou a ser veiculado quinzenalmente, quartas-feiras às 20h.
Mas com a mesma tônica e acessibilidade. Diante desse cenário apresentado, relatamos
o que vivenciamos em cada papo.
Cada “Papo de Inclusão” nasceu de buscas e pesquisas preliminares, para que
atendam à contento a tônica do LEPEDI. E assim buscamos a cada dia levar aos nossos
interlocutores, matérias bem atuais para dialogar com a demanda de cada pessoa que
busca nosso canal. Conforme o papo avança novas ideias surgem e assim buscamos
atender as especificidades de nosso público pois, “nosso desafio tem sido, sobretudo,
compreender os fenômenos da cibercultura, especificamente aqueles relacionados aos
processos educacionais, a exemplo da educação e docência online e da aprendizagem
ubíqua.” (Santos, 2019, p. 133).
Ao longo do caminho percorrido houve construção de laços e parcerias. Muitos
papos foram ao ar, atualmente contamos com cinquenta mediações, entre os mais
variados programas elencamos: deficiência visual, surdos, TEA, deficiência intelectual,
altas habilidades/superdotação, Síndrome de Down, gênero e diversidade na escola,
entre outros.
O grande destaque dos papos foram as pessoas com deficiência que aceitaram
prontamente o desafio e estiveram conosco, trazendo um pouco de suas experiências,
nos deixando sempre comovidos com suas histórias de vida e superação. Este ponto nos
remete à Adorno (2012) que nos convida à reflexão sobre percepções equivocadas, daí a
exclusão e/ou segregação, nos remetendo “a exigência que Auschwitz não se repita é a
rimeira de todas para a educação.” (p.118).
Não menos importante, contamos com a participação dos mais seletos nomes de
pesquisadores que contribuíram com nossos papos, rendendo muitas reflexões acerca de
nossas pesquisas e trabalho. Durante os tantos “Papos de Inclusão” coletamos algumas
contribuições:

 “Material perfeito” (A.C. – 17/04/2020)


 “Tema essencial a ser debatido.” (I.P. – 15/05/2020)
 “Sou aluno de Pedagogia da Faculdade A e fiquei encantado com as suas lives.
Serei um ouvinte assistente assíduo, muito boa explicação. Parabéns, muito bom
este diálogo.” (A.C. - 22/05/2020)
 “Parabéns ao LEPEDI/UFRRJ pela iniciativa de construção desse espaço de
diálogo e pelo cuidado na promoção de um debate realista e amplo sobre o
trabalho pedagógico com cegos e deficientes visuais.” (R.B. – 22/05/2020).
 “Parabéns pela iniciativa” (G.A. – 29/05/2020)
 “Adorei esse debate com esse tema tão relevante.”(A.P. - 26/06/2020)
 “C.R., não te conheço mas já admiro. Que didática incrível!!!!” (V.S. - 10/07/2020)
 “Que live maravilhosa!!” (E.I. – 17/07/2020)
 “Live maravilhosa e muito esclarecedora, precisamos de mais lives como esta, pra
acabar com toda essa exclusão. Espero ver libras na grade de todas as escolas.”
(L.R. – 24/07/2020)
 “Que tema importante para se abordar [...]’ (V.L. – 14/08/2020)
 “Papo incrível!!!!” (V.C. – 28/08/2020)
 “Quanta riqueza!!! Obrigada por esta live.” (P.S. – 11/09/2020)
 “Achei muito bom e importante os alunos poderem falar sobre suas necessidades.
Parabéns D. pela empatia”. (M.I. – 18/09/2020)
 “Muito bom gente! Parabéns pelo trabalho de vocês e obrigada por isso!” (K.F. –
25/09/2020)
 “Parabéns M. pela lição de vida! (K.C. – 04/12/2020)
 “Olhar para dentro da gente, há de se ter um olhar mesmo significativo e
ressignificante. Quem sou eu? O que eu pretendo da vida?”( S.A. - 17/03/2021).
 “A questão da formação, ela é anterior à questão da sensibilidade, é uma questão
humana... então a gente ainda tem muito que caminhar como humanidade, pra
gente conseguir evoluir, porque a escola está dentro de uma sociedade... se a
gente tem uma sociedade excludente, a escola acaba sendo excludente... uma
empresa a mesma coisa.” (J.M. - 28/04/2021).
 “Aula construída, todo mundo participando e cocriando juntos!” (E.S. – 07/07/2021).
 “Que debate fenomenal! (A.D. – 21/07/2021).
 “Não trago receitonas, trago dicas...” (C.R. – 21/07/2021).

Observando as contribuições dos participantes do “Papo de Inclusão”, foi possível


compreender que o caminho é longo, a pandemia continua, mas é de suma importância
buscar espaços formadores. E o papo chegou e transformou-se em um potencial espaço
real e inclusivo já que,
De nada adiantam as potencialidades comunicacionais favoráveis à
educação em nosso tempo se o professor se encontra alheio ao que se
passa no atual cenário sociotécnico. Para tanto, faz-se necessária imersão
das práticas culturais do nosso tempo integrando vida cultura, docência e
pesquisa. (Santos ,2019, p.33)
Os saberes, não importam como chegam, são importantíssimos para o nosso
crescimento e são primordiais para o pleno desenvolvimento social e cognitivo de todos e
todas que buscam formação, mesmo que sejam através das mais diversificadas interfaces
de ensino, pesquisa e extensão.
4. CONSIDERAÇÕES

O sucesso de todo e qualquer ambiente virtual seja ele síncrono ou assíncrono,


depende do trabalho efetivo de todos os envolvidos no processo. De acordo com as
contribuições recebidas através dos chats e narrativas dos participantes do “Papo de
Inclusão” veiculados na plataforma, o LEPEDI, está incansavelmente lutando por uma
educação que atenda a diversidade de seu público, tornando a acessibilidade
comunicacional uma ferramenta crucial par o sucesso de seus programas, que de acordo
com a Lei Brasileira de Inclusão (2015) no inciso V do Artigo 3º considera comunicação
como:
Forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as
línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de
textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os
caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem
simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz
digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de
comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações.

Debruçamo-nos sobre uma realidade posta e potente no que diz respeito às


discussões sobre diversidade e inclusão em educação sobre a perspectiva de realizar
uma atividade on-line que estará sempre disponível em nosso canal, para contribuir na
organização e transformação da educação em um espaço plural e acolhedor.
Ainda engatinhamos nos ambientes virtuais, mas o nosso laboratório caminha em
direção à um educação emancipatória e livre da barbárie que vivenciamos no contexto
acadêmico. O processo inclusivo através de nossas lives caminha para trazer formação,
acolhimento e empatia, o que faz do nosso papo um ambiente muito agradável e
formador.
5. REFERÊNCIAS

Adorno, T. L. W. (2012). Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra.

BRASIL. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília.

Freire, P. (2009). A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São
Paulo: Cortez.

Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Recuperado de
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm.

Ministério da Saúde. Covid 19. Painel coronavírus. Recuperado de


https://covid.saude.gov.br.

Portaria nº 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas


presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do
Novo Coronavírus - COVID-19. Recuperado de
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-343-de-17-de-marco-de-2020-
248564376.

Santos, E. (2019). Pesquisa-formação na cibercultura. Teresina: EDUFPI.


6. NOTAS:

1. O LEPEDI.UFRRJ, possui como eixos epistemológicos: educação, inclusão e direitos


humanos; educação, inclusão e diversidade sexual e de gênero; educação, inclusão e
pessoas com demandas específicas de aprendizagem movimentos sociais; educação,
inclusão e pessoas/grupos em situação de vulnerabilidade social. Disponível em:
www.lepedi-ufrrj.com.br.

2. LGTBQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queers,


intersex, agêneros, assexuados e mais).

3. Segundo o Portal covid.saúde do Ministério da Saúde, atualizado em 06/08/2021, no


Brasil foram 20.108.746 casos confirmados de Covid-19, com 561.762 óbitos. Total
acumulado desde o início da pandemia em fevereiro de 2020. Link:
https://covid.saude.gov.br.

4. Cabe ressaltar que os sujeitos participantes deste estudo foram identificados por
pseudônimos, a fim de preservar suas identidades, mantendo a confidencialidade
conforme TCLE.

5. Transtorno do Espectro Autista.

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