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INSTITUTO TERCEIRA VISÃO

:: TERAPIA COM SONS ::

ENSINO MULTIDISCIPLINAR EM TERAPIAS NATURAIS,


HOLÍSTICAS E COMPLEMENTARES
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IMPORTANTE

Antes de iniciarmos o nosso estudo sobre a terapia com sons, que é uma técnica
complementar, holística e natural, é importante frisar e salientar sobre a Profissão do
Musicoterapeuta.

Musicoterapeuta é o profissional que possui formação de nível superior, graduação ou pós-


graduação e é habilitado para conduzir o processo de musicoterapia. Vale lembrar que para
ser musicoterapeuta não basta ter graduação ou especialização em música, é preciso também
ter o curso específico, que pode ser graduação em musicoterapia ou especialização como
citado anteriormente.
Sendo assim, a Musicoterapia é competência exclusiva do Musicoterapeuta.

TERAPIA COM SONS

A técnica de terapia com sons não pode ser confundida com a Musicoterapia, pois é uma
técnica complementar que utiliza de sons da natureza, sons suaves, sons ambientes para
auxiliar na harmonização e reequilíbrio energético do Ser.
“A música expressa a harmonia do céu e da terra”, reza o memorial da música chinês.
Desde tempos remotos, a música tem estado ligada ao relaxamento e ao alívio da angústia.
Mas, só recentemente a utilização da música como instrumento terapêutico foi pesquisada e
considerada válida.

Antigamente se acreditava que a música era capaz de renovar a divina harmonia e o ritmo do
corpo, das emoções e do espírito do homem. Todas as formas de doença, mental ou física,
eram consideradas como sendo basicamente problemas musicais. O homem doente perdera a
harmonia interior; permitira que a dissonância lhe penetrasse a sinfonia do ser. Já não se
harmonizava com o universo e suas leis; usava-se, portanto, a música exterior, audível, para
reanimar o homem com o som universal, segundo o pesquisador britânico David Tame.

O mesmo diz ainda que tem sido fácil para o homem moderno, nascido e educado numa
sociedade impregnada de filosofia do materialismo e reducionismo, cair na armadilha de ter a
música na conta de um aspecto não essencial e até periférico da vida humana.

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Algo imensamente fundamental na música... Era exatamente a isso que se dirigia Pitágoras na
pesquisa através da qual descobriu que toda música pode ser reduzida a números
matemáticos.

A terapia com sons, uma das técnicas ligadas ao uso das leis naturais, tem suas raízes na
sabedoria cujas origens se perdem no tempo. O homem antigo desconhecia métodos
organizados de “terapia dos sons”, mas, na verdade, nem precisava deles, pois conhecia e
vivenciava espontaneamente a influência dos sons.

O terror provocado pelos trovões, a tranquilidade gerada pelo ruído de uma chuva fina, o
enlevo produzido pelo canto de um pássaro, o êxtase a que se á conduzido pelo som de uma
flauta: todos esses sentimentos são frutos de efeitos inexplicáveis, mas que sempre atraíram e
exerceram forte influência sobre o ser humano.

São muitas as referências e numerosos os escritos relacionados à aplicação da música e dos


sons. Na região próxima a Kahum, no Egito, foi descoberto em 1889 um papiro de
aproximadamente 4500 anos que revelava a aplicação de um sistema de sons e de músicas,
instrumentais ou vocais, para o tratamento de problemas emocionais e espirituais. Esse
sistema incluía até mesmo indicações para algumas doenças físicas.

A mitologia grega também é rica em informações sobre técnicas terapêuticas de caráter


musical. Asclépio, ou Esculápio para os romanos, filho de Apolo e deus da medicina – do qual,
acreditavam os gregos, descendia o próprio Hipócrates – tratava seus doentes fazendo-os
ouvir cânticos considerados mágicos.

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Homero, por sua vez, famoso historiador que precedeu Platão, afirmava que a música foi uma
dádiva divina para o homem: com ela, poderia alegrar a alma e assim apaziguar perturbações
de sua mente e de seu corpo.

Julienne Brown, utilizava a terapia com sons escreveu: “o objetivo da terapia com sons é
estabelecer contato com o cliente/utente através dos sons e da personalidade, de modo que
se possa construir um profundo relacionamento pessoal e com os sons. Depois que isso
acontece, ou mais exatamente, enquanto isso está acontecendo, o terapeuta pode guiar o
cliente/utente através dos sons e emocionalmente dependentes, para uma liberação das
emoções. Se a terapêutica estiver alcançando seus objetivos, o cliente/utente começará a
funcionar melhor como pessoa completa.”

Tem-se obtido resultados notáveis com pessoas que recebem atendimentos com a terapia de
sons, pois auxilia na concentração, na calma e em diversos fatores.

O terapeuta pode utilizar a técnica de terapia com sons em seus atendimentos terapêuticos,
utilizando sons da natureza, músicas com melodias calmas e suaves, proporcionando uma
maior concentração do seu cliente, permitindo com que este, preste atenção nos sons que
está ouvindo, tendo percepções de si mesmo.

A MÚSICA E O TEMPERAMENTO

Os gregos antigos chegaram a desenvolver um sistema bem organizado de terapia com sons,
baseado na influência de certos sons, ritmos e melodias sobre o psiquismo e o somatismo do
ser humano. Esse poder que atribuía ao som, ou a música, denominava-se ethos e dividia-se
em quatro tipos baseados nas quatro formas de temperamento humanos.

Que são:

Etho frígio – que excita, gera coragem e mesmo furor;

Etho eólio – que gera sentimentos profundos e amor;

Etho lídio – que produz sentimentos de contrição, de arrependimento, de compaixão e de


tristeza.

Etho dórica – que gera estados mais profundos, de recolhimento e de concentração.

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Em todas as culturas antigas, sejam elas egípcias, persa, grega, indiana, chinesa, japonesa ou
qualquer outra, existem importantes referências sobre terapia com sons sobre a conexão entre
sons, música e transformação do estado de espírito. Entre os gregos, ainda, a flauta do
semideus Pã ficou famosa não só por encantar as pessoas como também porque eliminava os
maus sentimentos acumulados no organismo.

Platão revelou especial admiração pelo estudo dos efeitos dos sons sobre os seres humanos e,
em particular, por seus efeitos terapêuticos. Afirmava que “a música é o remédio da alma” e
que chega ao corpo por intermédio dela. Ainda segundo o filósofo, a alma pode ser
condicionada pela música assim como o corpo pela ginástica.

Demócrito, outro filósofo grego, afirmava com a convicção que o som melodioso da flauta
doce conseguia combater os efeitos da picada de serpentes venenosas. Esse poder da flauta,
cuja melodia encanta as próprias serpentes na Índia desde os tempos mais remotos, ganhou a
fama na Europa.

Durante a Idade Média: acreditava-se, então, que o som da flauta doce era capaz de curar
crises de dor ciática, como confirmam registros da época.

Hoje, a utilização de técnicas naturais, além de aplicadas em crises de ciática, estendeu seu
uso a manifestações agudas de outras doenças nevrálgicas.

SONS MUSICAIS, ALIMENTO DO AMOR

Esse interesse pelos efeitos terapêuticos dos sons e melodias não se limita aos filósofos e aos
médicos. O escritor e pensador alemão Goethe costumava passar horas e horas ouvindo
sinfonias que considerava inspiradoras e que segundo suas palavras, “representavam a fonte
do pensamento e do sentimento puro”. Antes dele, na abertura da peça Noite de Reis,
Shakespeare já havia colocado na voz do Duque de Orsino um pedido aos instrumentistas: ‘Se
o som da música é o alimento do amor, continuem tocando”.

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São infinitas as citações em que os sons aparecem ligados a sentimentos, emoções,


pensamentos, e essa relação é a mais intensa e está mais enraizada nas culturas do que se
imagina. Ainda na Índia, por exemplo, o velho hábito de se pendurar sinos nas vacas –
animais sagrados para os indianos – tem por objetivo afugentar os maus espíritos, causadores
de doenças; já os japoneses mantêm o hábito milenar de pendurar, nas portas e janelas,
instrumentos que produzem sons à passagem do vento. Desse modo “purificam-se” as
vibrações dos ambientes, possibilitando-se uma atmosfera de calma, de paz, propícia à
concentração, à interiorização e mesmo ao convívio harmonioso. Não há como negar a
influência dos sons da natureza anímica e mental do ser humano; esses recursos, aliás, têm
sido cada vez mais aproveitados pela moderna terapia com sons.

Modernamente, a terapia com sons é largamente empregada no tratamento complementar de


diferentes anomalias psicofísicas como a esquizofrenia e em problemas tipicamente
neurológicos, como a afasia (perda total ou parcial da fala). Também exerce excelente
influência no tratamento de neuroses e no autismo infantil.

Recentemente, um Sr. norte americano divulgou os efeitos benéficos de certas músicas no


tratamento da crise asmática e da colite nervosa. Mesmo as neuroses de guerra têm sido
tratadas com música, e existem relatos comoventes de crises de choro intenso provocadas
pela audição de sinfonias Beethoven, nos alojamentos dos soldados no Vietnã.

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De modo mais genérico, muitos profissionais ligados à psicoterapia vêm utilizando os sons
para estimular a autoconfiança em seus clientes/utentes, desenvolver a concentração e aliviar
tensões, através da música ambiental instalada em centros terapêuticos. O mesmo vem
acontecendo em muitos hospitais, onde uma suave música ambiente gera tranquilidade e
confiança, tanto nos clientes/utentes como nos funcionários. Clínicas e hospitais especializados
em terapia com sons, porém, aplicam suas técnicas como auxiliares no tratamento de doenças
específicas. O Horton Hospital de Epson, Inglaterra, por exemplo, obteve bons resultados ao
incluir concertos musicais no tratamento de doentes mentais com profundas tensões nervosas,
em casos de neuroses, depressão, choque provocado pela perda de parentes queridos,
estupro e traumatismo por acidentes.

OS SONS DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS E SEUS EFEITOS

Baseado nos estudos da terapia com sons clássica, o psiquiatra inglês Robert Shauffer
observou os seguintes efeitos dos instrumentos sobre o organismo:

• Piano: combate a depressão e a melancolia;


• Violino: combate a sensação de insegurança;
• Flauta doce: combate nervosismo e ansiedade;
• Violoncelo: incentiva a introspecção, a sobriedade;
• Metais de sopro: inspiram coragem e impulsividade.
• Percussão: Motivam e instigam à atitude e movimento.

O PODER DOS SONS

As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão auricular e chegam ao conduto auditivo e ao
tímpano, cujas vibrações atingem o ouvido médio, onde são convertidas em impulsos
nervosos. Esses impulsos viajam até o cérebro pelo nervo ótico e ali são interpretados por
células nervosas altamente diferenciadas, que “entendem” tais estímulos como som. O
deslocamento das vibrações sonoras no líquido cerebrospinal e nas cavidades de ressonância
do cérebro determina um tipo de massagem sônica que, segundo a qualidade harmônica do
som, produz efeitos positivos ou negativos, benéficos ou não ao sistema psicobioenergético.
As fibras nervosas convertem o som captado em estímulo nervoso propriamente dito.

O encadeamento de estímulos produz, então, efeitos específicos no organismo. No caso da


dor, a música melodiosa, tenra e serena, determina efeito analgésico. Através de complexos
mecanismos, os neurônios atingem um estado de harmonia, que se traduz como repouso da

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célula; o efeito oposto ocorre com sons estridentes, muito fortes, desarmônicos, que
determinam hiper-estimulação das células nervosas e estresse neuronial.

Sons de ritmo muito marcado, como o samba, ou dissonantes, como o rock, embora
funcionem como estimulantes, exercem efeito dispersivo sobre o sistema nervoso, impedindo
a concentração e o relaxamento.

Assim, conforme sua qualidade, intensidade e quantidade, o som pode beneficiar ou agredir o
organismo. O ouvido humano está preparado para resistir a ruídos de alta intensidade apenas
durante curtos períodos. Após 100 decibéis, o sistema nervoso necessita de cerca de 40 horas
para se recuperar completamente dessa espécie de “trauma”.

Diante disso, é fácil imaginar os danos provocados pela vida numa cidade grande ou em locais
com frequentes ruídos fortes e desagradáveis.

A terapia com sons se torna cada vez mais necessária, já que é uma das técnicas capazes de
restabelecer a paz e a harmonia interior do ser humano, hoje tão prejudicado pelo barulho,
pelos sons agressivos, pela música dissonante ouvida em volume excessivamente alto.

OS BENEFÍCIOS DOS SONS

Segundo os especialistas, os sons harmônicos podem provocar, nos seres humanos, oito tipos
de efeito:

1 – Anti-neurótico
2 – Antidistônico
3 – Anti-stress
4 – Sonífero e tranquilizante
5 – Reguladores psicossomáticos
6 – Analgésico e/ou anestésico
7 – Equilibrador do sistema cardiocirculatório

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8 – Equilibrador do metabolismo profundo

Para os estudiosos, a influência dos sons atinge diversos órgãos e sistemas do corpo humano:
o cérebro, com suas estruturas especializadas, como o hipotálamo, a hipófise, o cerebelo; o
córtex cerebral, o tálamo, plexo solar, os pulmões, todo o aparelho gastrintestinal, o sangue e
o sistema circulatório (com ação vaso constritora e vasodilatadora, agindo, portanto, na
pressão sanguínea), a pele e as mucosas, os músculos e o sistema imunológico.

O médico polonês Andrzes Janicki, especialista nesta técnica que utiliza sons em atendimentos
de pessoas, após realizar muitas experiências nesse campo, concluiu também positivamente a
respeito da influência da música no sistema nervoso central, no sistema endócrino, no sistema
nervoso autônomo (simpático e parassimpático), nas funções de numerosos órgãos internos,
na função psíquica e na memória. Tais influências se revelam diretamente nos seguintes
aspectos:

• Ritmo cardíaco
• Pressão arterial
• Secreção do suco gástrico
• Tonicidade muscular
• Equilíbrio térmico
• Metabolismo geral
• Volume do sangue
• Redução do impacto dos estímulos sensoriais
• Funcionamento das glândulas sudoríparas
• Redução da sugestionabilidade e do medo.

Segundo o neuropsiquiatra francês Jacques Baoudoresque, o excesso e a frequência de ruídos


podem provocar desordens psico-orgânicas como:

• Úlceras e distúrbios gerais do estomago;


• Elevação da pressão arterial;
• Perda temporária ou redução da capacidade auditiva (quando acima de 65 decibéis);
• Agravamento de doenças cardíacas;
• Redução do campo e da acuidade visual;
• Redução do tempo de sono normal;
• Dificuldade de percepção das cores;
• Aumento da sudorese;
• Redução da capacidade de concentração;

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• Tendência a cãibras, vertigens e espasmos ou cólicas;


• Aumento do consumo de oxigênio;
• Maior tendência a neuroses;
• Perturbações circulatórias do feto na gravidez;
• Desequilíbrios nas reações neuropsíquicas e orgânicas.

TÉCNICAS TERAPÊUTICAS DE APLICAÇÃO DOS SONS

Os sons podem ser usados de diversas formas como tratamento: desde a simples música
ambiental constante, passando pela audição individual ou grupal, ou então no ambiente dos
centros de terapia, em hospitais ou a outras técnicas como a cromoterapia, a aromaterapia, a
bioenergética, a reflexologia, a ioga, a meditação, a alimentação natural, a ginástica e a
dança.

Atualmente, a terapia com sons também tem sido associada a várias formas oficiais de
tratamento em particular a psiquiatria, a fisioterapia e a medicina psicossomática.

Na França, um dos países pioneiros nos estudos dessa técnica com sons, foi criado um Centro
de pesquisas e aplicações psicomusicais, cujos terapeutas sistematizaram a terapia com sons
musicais em dois grandes grupos:

• A terapia com sons passiva, em que a pessoa apenas ouve o som específico para seu
tratamento;
• A terapia com sons ativa, em que a pessoa passa a tocar um instrumento (aprende a
utilizar um instrumento de som), em grupo ou isoladamente, segundo suas
necessidades terapêuticas.

Em ambos os casos, os sons ou o conjunto utilizado no tratamento terapêutico são escolhidos


após anamnese que define as técnicas mais adequadas a serem utilizadas para cada cliente.

TERAPIA COM SONS: COMO UTILIZAR

As obras dos compositores clássicos vêm sendo utilizadas e aplicadas ao longo do tempo pelos
terapeutas holísticos com resultados comprovados.

Siga atentamente as instruções e deixe os sons auxiliarem você a buscar o equilíbrio da mente
e do corpo:

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Para combater a ansiedade:

• Os 4 improvisos, de Chopin;
• Canção Sem Palavras, Andante cantabile, Primeiro Quarteto para Cordas em Ré, de
Tachaikovski;
• Sono de Uma Noite de Verão, de Mendelsshn;
• Ária para a Quarta Corda, de Bach

Inicialmente, ouça as peças ou coloque-as no momento do atendimento terapêutico – uma a


cada dia – e identifique aquela que produz maior impacto no plano dos sentimentos. Poderá
indicar ao seu cliente que as escute todos os dias, durante meia hora, em ambiente silencioso.
É recomendável usar fones de ouvido.

Para estimular a energia vital:

• Marcha Eslava, de Tchaikovski;


• Marcha de Festa, do Tannhauser, de Wagner;
• Marcha Triunfal, da Opera Aída, de Verdi.

As peças acima são particularmente recomendadas no auxílio complementar para tratamentos


de doenças crônicas, debilitantes, nas quais ocorre profunda redução da vitalidade.

Em casos de fraqueza profunda, anemias e depressões com acometimento físico pronunciado


e em casos terminais de câncer, essas músicas podem ser indicadas a serem ouvidas no
quarto do cliente/utente, sempre em volume suave.

Para produzir harmonia, equilíbrio emocional e mental:

• Consolação N.° 3, de Liszt;


• Sonata ao Luar, de Beethoven;
• Canção Noturna, de Schumann;
• Trio em Dó Menor, segundo movimento, de Chopin.

Recomendadas àqueles que perderam pessoas queridas e nos estados de inconformismo, as


peças musicais acima têm sido aplicadas com bons resultados em certos tipos de esquizofrenia
e no retardamento mental.

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Devem ser ouvidas com frequência, no mínimo durante uma hora todos os dias, em ambiente
tranquilo, ou então continuadamente na residência, no local de trabalho, no carro.

Para combater a depressão e o medo excessivo:

• Sonho de Amor, de Liszt


• Serenata, de Schubert;
• Noturno, Opus 48, de Chopin;
• Chacona, de Bach.

O ideal é uma sessão diária de meia hora pela manhã, ao levantar; se necessário, repita no
decorrer do dia.

Para combater insônia, tensão e nervosismo:

• Sonata ao Luar, de Beethoven


• Sonho de Amor, de Liszt;
• Movimentos Musicais N.° 3, de Schubert.

Depois de ouvir todas as peças indicadas, indique a escolha da melodia que deu melhores
resultados podendo escutá-la diariamente, antes de dormir. No início, os efeitos são leves: é
preciso um pouco de paciência e persistência para notar progressos.

Em casos mais acentuados, o efeito terapêutico pode diminuir com o tempo. Se isso
acontecer, escolha outra música do grupo.

Para favorecer a interiorização e à meditação:

• Concerto N° 1, para piano, de Tachaikovsky;


• Concerto N° 2, para piano, de Rachmaninov;
• Concerto em Lá Menor, para piano, de Grieg.

É indicado preparar-se bem para a prática da meditação ouvindo qualquer uma das peças
acima, durante cerca de 10 minutos.

Para pessoas de caráter pessimistas:

• Abertura 1812, de Tchaikovski;

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• Mestres Cantores, de Wagner;


• Dança Húngara N° 5. de Brahms;
• Bacanal, de Sansão e Dalila, de Strauss;
• Bolero, de Ravel;

Estas peças devem ser ouvidas frequentemente pelas pessoas que tendem a negatividade e
ao pessimismo. Conforme sua sensibilidade, a própria pessoa vai descobrir qual delas é a mais
indicada.

Para casos de debilidade muscular, apatia, sensação de fraqueza, obesidade com prostração,
desequilíbrios nervosos e doenças debilitantes dos músculos em geral:

• Danças Eslavas, de Dvórak;


• Dança Húngaras N°5, de Brahms;
• Valsa da Ópera Aída, de Verdi;
• Pavana, de Debussy;
• Valsa da Ópera Eugéne Onéquine, de Tchaikovsky.

Recomenda-se ouvir as peças continuamente, como música de fundo, durante todo o dia e
também à noite, mesmo dormindo.

Durante a gravidez e para facilitar o parto:

• As quatro Estações, de Vivaldi;


• Concerto Tríplice, de Beethoven;
• Concerto para violino, de Brahms;
• Concerto para Violino, de Tchaikovsky.

Ouvidas alternadamente, por períodos, durante a gravidez e nos dias que precedem o parto,
estas peças musicais geram bem-estar e contribuem para o nascimento de crianças mais
tranquilas.

Para obter efeito analgésico e anestésico em cirurgias:

• Estrela Noturna e Murmúrio no Bosque, de Wagner;


• Clair de Lune, de Debussy;
• Sonata ao Luar, de Beethoven.

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Devem ser ouvidas algumas horas antes e durante a cirurgia.

Para melhorar e estimular a memória:

• Concerto em Dó Maior para Bandolim, de Vivaldi;


• Largo do Concerto em Dó Maior para Calvicórnio, de Bach;
• Largo do Concerto em Fá Menor, de Bach.

Faça sessões de uma hora, de preferência pela manhã, ao acordar. Escutar uma peça por dia,
alternado-as.

Para acalmar ambientes tumultuados:

• Sonho, de Debussy;
• Tema de Amor da Abertura de Romeu e Julieta, de Tchaikovsky;
• Pavana para uma Infanta Defunta, de Ravel;
• Morte do Amor, de Tristão e Isolda, de Wagner.

Como música de fundo, estas peças podem ser tocadas seguidamente em escritórios, lares
tumultuados, hospitais, fábricas, salas de espera, bancos, etc. Os resultados têm se revelado
notáveis. Também já se comprovou que, aplicadas em casas comerciais de grande porte, além
de criarem uma atmosfera harmoniosa entre os funcionários, leva os clientes a realizarem suas
compras com maior tranquilidade.

Para combater o estresse e doenças correlatas:

• Clair de Lune, de Debussy;


• Canção da Estrela da Tarde, do Tannhause, de Wagner;
• Estudo Opus 10, N° 3, de Chopin.

Todas as manhãs, antes de iniciar o trabalho, indica-se uma sessão de meia hora, ouvindo
cada uma das peças durante uma semana. São muito eficazes contra o estresse, o cansaço
por excesso de trabalho ou de preocupações, a tensão nervosa, a impulsividade, a
preocupação exagerada com pequenas coisas, as explosões de irascibilidade em crianças
rebeldes e mimadas.

Também produzem resultados satisfatórios nos casos de doenças orgânicas psicossomáticas


decorrentes do estresse, desde que associadas a tratamentos médicos, como nos casos de

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úlceras gástricas e duodenais, colite, soluções e outros distúrbios de origem nervosa. Eficazes
também nas crises histéricas, na falta de estímulo sexual, com impotência ou frigidez, e na
enurese infantil (micção noturna).

AS SINFONIAS DE BEETHOVEN

As músicas dos grandes mestres sempre foi um importante instrumento utilizado nas escolas
iniciáticas para elevar a capacidade de percepção. A música de Beethoven, em particular, tem
o dom de gerar profundas mudanças na vida de seus ouvintes, através de um diálogo sutil que
constantemente se renova.

A seguir, uma síntese dos efeitos das principais sinfonias de Beethoven:

• Primeira Sinfonia: estimula a motivação e a autoconfiança;


• Segunda Sinfonia: gera grande força de vontade, poder de decisão: pode promover
profundas transformações em mentes passivas;
• Terceira Sinfonia: contribui para equilibrar o sistema nervoso: combate a tensão, o
pessimismo, a incerteza e o desânimo;
• Quarta Sinfonia: transmite forte carga de sentimentos altruístas; ajuda eliminar
sentimentos negativos como o ódio, o egoísmo, a inveja, o desejo de vingança e a
luxúria.
• Quinta Sinfonia: estimula a reflexão existencial, levando o ouvinte a pensar em seu
processo dialético e na própria vida;
• Sexta Sinfonia: desperta a criatividade, particularmente no plano artístico, estimula a
esperança, a autoconfiança e a busca de novos caminhos;
• Sétima Sinfonia: propicia a auto-analise e, consequentemente, amplia o
autoconhecimento; permite maior aprofundamento no inconsciente e encoraja o
caminho da espiritualidade;

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• Oitava Sinfonia: eleva o discernimento, abrindo os campos da consciência a formas


superiores de ser e perceber;
• Nona sinfonia: induz à devoção mística e permite o contato com estados mais refinados
de consciência.

A “Décima Sinfonia”. Acredita-se, nos meios esotéricos, que Beethoven teria composto mais
uma sinfonia que nunca publicou. Tal decisão seria devida ao caráter insólito e aos efeitos
excessivamente intensos e profundos que sua audição poderia provocar gerando reações
inusitadas e sentimentos estranhos em pessoas menos preparadas para o contato com as
esferas mais sutis da realidade. Assim, a Décima Sinfonia teria sido reservada apenas para
alguns discípulos especiais das escolas iniciáticas.

Quando alguém ouve uma peça de Beethoven e se identifica com ela, sentindo-se tomado por
sentimentos intensos, porém sutis, quase indefiníveis, pode-se inferir que nessa pessoa há um
aspecto cultivado da alma que ultrapassa os limites comuns do plano mais grosseiro da vida.
Este é o poder da música clássica, particularmente a de Beethoven: promover o contato com a
essência universal.

Quando existe essa identificação, amplia-se o contato com a universalidade, que transforma o
ouvinte, tornando-o mais sensível e perceptivo; se, no entanto, não ocorre de imediato
nenhuma identificação, o simples ato de ouvir e a atenção interessada podem produzir um
efeito próximo da magia: abre-se o campo da percepção à medida que o contato se torna
mais frequente.
Se as doenças, tensões e neuroses são basicamente causadas pelas pressões da vida
superficial, pela busca ansiosa promovida pelo egoísmo, pelos descaminhos marcados por
desejos equivocados, enfim, pelos condicionamentos aos falsos valores ditados por uma
sociedade massificante, a solução está em transcender, em superar a identificação com esses
valores que nos aprisionam, que tolhem nossa verdadeira liberdade de ser.

E a música de Beethoven é capaz disso. Ao nos despertar para a sutileza de um mundo sem
palavras, ela nos permite o mergulho no absoluto. Não é sem razão que muitos, por temer o
desconhecido, preferem o contato aparentemente seguro com a superficialidade, que na
verdade perpetua a dor e o sofrimento, retardando a evolução individual e mesmo coletiva.

SONS DA NATUREZA

O som do futuro não é música: desde os anos 70 vêm sendo produzida nos Estados Unidos
fitas cassetes com sons ambientais (hoje podem ser adquiridos CDs), destinadas a uma

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importante e bem específica utilização psicológica. Segundo a psicoacústica (ciência que


investiga de que maneira o ser humano processa o som em sua mente), muita gente sofre
uma carência de sons da natureza. Básicos para o equilíbrio do homem desde que o mundo é
mundo, os sons naturais não são mais ouvidos por quem vive nas cidades. E isso gera uma
necessidade, uma “saudade” subconsciente.

Estes sons podem ser ouvidos com um “fundo ambiental”, mas também são úteis para
mascarar ruídos perturbadores ou para estimular a interação e a conversa. Devem ser
escolhidos de acordo com as condições psicológicas: sons com cantos de pássaros, por
exemplo, é ideal para acordar de manhã, mas não funciona a noite. O executivo que chega em
casa tenso e esgotado já pode pegar no sono no embalo do suave marulhar das ondas numa
praia deserta...

Entre outros best sellers do som natural destacam-se o vento nas árvores, uma noite no
campo, um riacho correndo sobre as pedras, uma tempestade de neve nas montanhas, a
chuva leve numa floresta de pinheiros.

SONS DO TERCEIRO MILÊNIO

O movimento “New Age” ou Nova Era ganha cada vez mais adeptos no mundo inteiro. Esse
renascimento filosófico, espiritual e cultural do planeta se expressa através de uma visão
holística, integradora do mundo e do ser humano. Engloba a preocupação com o meio
ambiente, o respeito pela natureza, as terapias alternativas de autoajuda e sobretudo a
expansão da consciência humana e a passagem para um nível espiritual mais elevado.

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O termo “new age music” foi criado na década de 70, na Califórnia, pelo compositor Stephen
Halpern, um dos mais respeitados estudiosos dos efeitos do som e da música nos seres
humanos. Essa nova tendência musical reúne passado e futuro, integrando sons tão variados
como mantras indianos, percussão africana, instrumentos japoneses e sons acústicos
produzidos por sintetizadores. Também incorpora influências de impressionistas do início do
século, como Debussy, Ravel e Satie.

Suave e harmônica. Sons da Nova Era trabalha com grandes extensões melódicas. Os efeitos
relaxantes e inspiradores, atuando de forma a expandir a consciência do ouvinte.

COMO FAZER UMA SESSÃO INDIVIDUAL

O que acontece numa sessão varia segundo as necessidades de cada indivíduo, mas a
abordagem geral é a mesma. O terapeuta observa em primeiro lugar a sensibilidade musical
do indivíduo, faz perguntas destinadas a descobrir suas necessidades e avalia o programa de
que melhor se adaptaria a elas.

Esse é um momento importante para que o terapeuta e cliente/utente se conheçam


mutuamente e se sintam à vontade. O cliente/utente poderá usar uma grande variedade de
instrumentos, e o terapeuta também terá um instrumento.

Os sons podem ser utilizados para motivar a movimentação das pessoas que têm problemas
físicos. No caso das que têm problemas emocionais ou físicos, mas não intelectuais, o
terapeuta poderá falar sobre os sons, a música, para tentar descobrir de que a pessoa gosta e
chegar a um acordo quanto ao ponto de partida da terapia.

Uma meditação com sons: Escolha um lugar calmo, de preferência sem ruídos, isolado, onde
você pode se garantir de que não será perturbado nem interrompido. Deixe-o na penumbra.

Deite-se confortavelmente e, ainda sem sons, faça um pequeno exercício de relaxamento:


estique-se e tencione todos os músculos; depois os solte. Faça isso algumas vezes, enquanto
respira suave e profundamente, em ritmo lento, inspirando e exalando sempre pelo nariz.
Procure manter sua mente livre de tensão. Para isso, basta não dar nenhuma atenção aos
pensamentos que tiver: deixe que eles venham, mas não se ocupe deles. Mantendo essa
disposição mental, coloque o som que escolheu, em volume moderado.

Continue deitado, feche os olhos e deixe que a melodia envolva. Imagine que ela o invade,
inundando seu cérebro e todas as suas células, percorrendo a medula espinhal e espalhando-

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se pelo peito, como se fosse uma luz. Imagina ainda que, suavemente, ela penetra no tórax,
chega aos pulmões e depois ao coração, cujas pulsações distribuem essa “luz sonora” por todo
o organismo. Continue respirando suavemente, sempre pelo nariz.

Estabeleça um tempo mínimo de 20 minutos para essas sessões diárias de terapia com sons.
No caso de estar trabalhando um cliente/utente, siga os mesmos procedimentos ou associe a
outras terapias, como cromoterapia, aromaterapia, Reiki, reflexologia, que proporcionará ao
cliente/utente um relaxamento completo.

OS CHAKRAS E OS SONS

1° - Básico ou Chakra da Raiz: Este chakra é a base, a raiz, a força da fecundação, o


equilíbrio, o “estar no real”, é a realização, a força da construção. É o chakra que tem por
finalidade o princípio, a força de estar ligado com a terra, com a certeza de estar seguro,
atento, esperto e principalmente equilibrado.
Nota musical: Dó – Instrumento: Tambor.

2° - Esplênico ou Genital: Este chakra é a ligação que temos com a vida, com as pessoas,
com o todo. É a nossa ligação com tudo o que está a nossa volta. É a satisfação, a felicidade e
os impactos. A força deste chakra está ligada à água, pois localiza-se a frente dos principais
órgãos, que trabalham no processo de filtração, digestão, isto é, tudo o que precise ser
expelido do nosso corpo, através de matéria orgânica. Envolve principalmente a aceitação.
Nota musical: Ré – Instrumento: Violão, flauta e sax.

3° - Plexo Solar: Este chakra é a fundamentação da nossa auto-estima, do amor próprio. É a


conexão do eu interior através de uma força para nos motivar a dar o primeiro passo. É o
estímulo aos impulsos, à força da conquista. Está ligado ao fogo que os impulsiona para
conseguir mudar qualquer princípio que esteja influenciando negativamente alguma situação,
pois precisamos acreditar primeiro em nós mesmos, para depois partir para qualquer decisão
ou situação.
Nota musical: Mi – Instrumento: Piano, flauta e violão.

4° - Cardíaco ou Chakra do Coração: Este chakra é que divide os três inferiores dos
superiores, nos dando dois pontos fundamentais: Razão: canalizando a própria razão lógica, a
verdadeira concepção de tudo o que nos envolve. Emoção: definição de novos sentimentos,
sensações e as formas ou costumes que temos de nos identificar com o todo. Está ligado ao
ar, pois através dele, fazemos um trabalho de oxigenação para purificação de todo o nosso
corpo físico.

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Nota musical: Fá – Instrumento: Violino, harpa.

5° - Laríngeo ou Chakra da Garganta: Este é o chakra da comunicação, da fala, ou seja,


do poder do verbo. É a manifestação dos sons e está ligado a tudo que envolva criatividade e
expressão.
Nota musical: Sol – Instrumento: Harpa, flauta.

6° - Frontal ou Chakra do Terceiro Olho: Este chakra está ligado às nossas metas,
caminhos, direcionamentos, visão do futuro, que são todos os objetivos que queremos atingir.
É o nosso terceiro olho, onde prevalece a clarividência e as intuições. É a força da
manifestação, é a busca de ideias, prevalece o direcionamento.
Nota musical: Lá – Instrumento: Sax, piano, violino, harpa.

7° - Coronário ou Chakra da Coroa: Este chakra está ligado à nossa psique, ao mental, às
formas de pensamentos. É a nossa maior fonte de vibração energética, pois tudo envolve e se
desenvolve neste chakra. É a partir deste que iremos buscar tudo em nossa vida, desde a
Terra até o Universo. É o chakra que nos liga à Fonte Superior de Energia (Deus)
Nota musical: Si – Instrumento: Flauta.

Segundo a Canadian Association for Music Therapy a terapia com sons é “a utilização da
música para auxiliar a integração física, psicológica e emocional do indivíduo e para o
tratamento de doenças ou deficiências.

Ela pode ser aplicada a todos os grupos etários em uma grande variedade de settings. A
música possui a qualidade de ser não-verbal, mas oferece muitas oportunidades para a
expressão oral e verbal. O terapeuta participa da avaliação das necessidades do cliente, da
formulação da abordagem e do programa terapêutico que irá utilizar nos atendimentos ao
cliente.

A natureza da terapia com sons enfatiza uma abordagem criativa no trabalho terapêutico,
possibilitando uma abordagem humanista e viável que reconhece e desenvolve recursos
internos geralmente reprimidos do cliente. A terapia com sons possibilita ajudar o indivíduo a
mover-se em direção a uma maior autoconsciência e, em um sentido mais amplo, a levar cada
ser humano ao seu maior potencial.

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PRINCIPAIS OBJETIVOS A SEREM ATINGIDOS NO ATENDIMENTO COM SONS

• Livre expressão sonora: vocal, corporal e instrumental;


• Melhora na comunicação;
• Integração em grupos;
• Estabelecimento de limites;
• Percepção do outro e de si mesmo;
• Socialização;
• Percepção sensorial;
• Coordenação rítmica e motora;
• Orientação espaço-temporal;
• Memória, atenção, concentração;
• Percepção sonora, corporal e ambiental;
• Sensibilização;
• Criatividade e improvisação;
• Respiração e relaxamento;
• Diminuição do estresse.

A APLICAÇÃO DA TERAPIA COM SONS PODE SER EM DIVERSAS ÁREAS COMO:

• Profilaxia:(Gestantes; Crianças; Adolescentes e Terceira idade);


• Distúrbios de Conduta na infância e adolescência;
• Estresse;
• Recursos Humanos: empresas;
• Área social;
• Idosos: geriatria e gerontologia;
• Área da saúde mental: (Autismo; Psicoses; Esquizofrenia; Neuroses; Fobias; Síndrome
do pânico; Depressão, etc);
• Deficiências Mentais; Físicas; Sensoriais e Múltiplas;
• Dependência química;
• Distúrbios Neurológicos;
• Clientes/utentes em coma;
• Pesquisas Científicas;
• Retardo Neuropsicomotor;
• Síndromes com comprometimento do desenvolvimento;
• Área institucional e Educacional;
• Adultos “normais” que buscam um autoconhecimento, autocontrole, ...entre outros.

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É importante enfatizar que os sons não são curativos eficazes em si mesmo, mas
que seus efeitos terapêuticos resultam de uma aplicação profissional durante um
processo terapêutico.

PAZ

Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que
melhor representasse a paz.

Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados. O primeiro retratava


uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma
brisa suave.

O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil
do céu.

O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar em
meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.

Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava
a violência das ondas contra o rochedo.

Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto
de desempate:

- Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?

E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:

- Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas
do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranquilamente?

E os pintores sem entender responderam: sim, mas...

Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:

- Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos
permite repousar tranquilos.

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Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade,
mas não é tão difícil de entender.

Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está
tranquila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade.

Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro
que repousava serenamente com seus filhotes, representa a nossa consciência.

A consciência é um refúgio seguro, quando nada tem que nos reprove. E pode acontecer o
contrário: tudo à volta pode estar tranquilo e nossa consciência arder em chamas.

A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque


está em nós.

É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à
volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção.

Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens
exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas adentro da sua intimidade.

Um dia, a paz vestiu-se de homem e conviveu com a humanidade sofredora e aflita.


Conservava-se em paz mesmo diante das situações mais turbulentas e assustadoras.
Agredido, manteve-se sereno.

Caluniado, exemplificou tranquilidade.

Diante da tempestade no mar pediu calma.

Pregado na cruz, permaneceu em paz. Todavia, antes de partir teve ensejo de dizer: “A minha
paz vos deixo, como exemplo. A minha paz vos dou, como modelo a ser copiado.
Fique com Deus!”

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BIBLIOGRAFIA:

Bang, C. (1986). Um mundo de som e de música. IN E. Ruud, Música e saúde. São Paulo:
Summus Editorial;

Borchgrevink, H. M. (1986). O cérebro por trás do potencial terapêutico da música. IN E.


Ruud, Música e saúde. São Paulo: Summus Editorial;

Carvalho, E. (??). A Canção de embalar: aspectos psicológicos. Lisboa: Boletim da Associação


Portuguesa de Educação Musical;

Costa, C. M. (1995). Musicoterapia na reabilitação das pessoas com deficiência. Integrar, 6,


41-45;

Einon, D. (1999). Aprender cedo. Lisboa: Editorial Estampa;

Gomes Pedro, J. (1988). Desenvolvimento psicomotor, conceito e aplicabilidade. Revista do


Desenvolvimento da Criança, vol. VI, n° 1 e 2, 23-32.

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