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A PC discinética é o segundo maior tipo de PC’s e o mais incapacitante, estando presente nos

membros, tronco, pescoço, olho e boca. Por ser uma patologia muito complexa, encontra-se
muita dificuldade em medir a distonia e coreoatetose nos PC discinéticos. O GMFS é utilizado
para classificar a funcionalidade, mas não sabe-se se a gravidade do coreoatetose difere de
acordo com a gravidade funcional.

Esse estudo avalia a ocorrência e gravidade de distonia e coreoatetose em 12 regiões do corpo


durante a ação e repouso no PC, identificando se as características clínicas diferem ou não dos
níveis do GMFCS, MACS e CFCS e determinar a relação entre as características clínicas e as
lesões do tálamo e gânglios da base.

MÉTODO

Todas as crianças e adolescentes de cinco escolas flamengas de educação especial para


crianças com deficiencie motora foram selecionadas. Critérios de inclusão: PC discinpetica,
capacidade de entender as instruções do teste, idade de 5 a 22 ans.

Critérios de exclusão: intervenções ortopédicas e neurocirúrgicas no ano anterior e fusão da


coluna.

AVALIAÇÃO

Foi incluído a escada de discinesia (DIS) que é uma escala ordinal baseada em vídeo confiável e
valida, para avaliar as características clínicas. Essa escala é subdividada em subescalas de
distonia e coreoatetose, que classificam a duração e a amplitude durante a ação e em repouso
de 12 regiões do corpo, incluindo regiões centrais e membros.

O GMFS, MAC E CFCS foram usados para classificar a gravidade do nível I ao nível V para
função motora grossa, habilidades manuais e comunicação.

A RM foi usada para classificar as lesões cerebrais originadas de lesões corticais, classificadas
como 0 quando nenhuma lesão perceptível e 1 para lesão identificada.

O que este artigo acrescenta:


- Primeiro estudo a analisar a distonia e a coreoatetose separadamente na paralisia cerebral
discinética (PC).
- Distonia e coreoatetose estão presentes simultaneamente na PC discinética. • A distonia e a
coreoatetose aumentam com a atividade.
- A distonia é mais grave e influencia mais a função do que a coreoatetose.
- Mais coreoatetose é observada em participantes com lesões de tálamo puro e gânglios da
base.
O primeiro objetivo deste estudo foi analisar a ocorrência e gravidade de distonia e
coreoatetose na PC discinética. Os resultados revelaram a ocorrência simultânea de distonia e
coreoatetose na grande maioria dos participantes. Isso confirma a descrição clínica de que na
PC discinética a combinação de coreia, atetose e distonia é mais comum do que qualquer uma
das três isoladamente. os resultados revelaram que a gravidade da distonia foi
significativamente maior do que a da coreoatetose, com níveis percentuais medianos de 70,2%
e 26,7%, respectivamente.
Em segundo lugar, a distonia e a coreoatetose foram maiores durante a atividade do que em
repouso.
A faixa etária de 5 a 22 anos é grande e não foi feita distinção entre as diferentes faixas etárias.
Consequentemente, o desenvolvimento de características de distonia e coreoatetose com o
aumento da idade permanece obscuro
CONCLUSÃO
Este estudo demonstrou a presença simultânea de distonia e coreoatetose na PC discinética,
mas com claro predomínio de distonia na grande maioria dos participantes. Além disso,
distonia e coreoatetose foram mais pronunciadas durante a ação do que em repouso. Níveis
mais altos de distonia foram associados a um nível de classificação da função motora mais
grave, sugerindo que a distonia tem um impacto maior do que a coreoatetose nas habilidades
funcionais. Finalmente, este estudo descobriu que as lesões puras do tálamo e dos gânglios da
base estavam associadas à gravidade da coreoatetose, mas não à distonia. Essas novas
descobertas sobre a discinética

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