O Reiki é uma técnica de cura energética que foi desenvolvida
no início do século XX pelo japonês Mikao Usui. A história do Reiki
está intimamente ligada à cultura japonesa e suas tradições religiosas, incluindo o Budismo e o Xintoísmo.
Mikao Usui era um praticante de artes marciais e estudioso
das religiões orientais. Ele acreditava que a cura poderia ser alcançada através da canalização da energia universal, que ele chamou de "Reiki". Usui passou anos estudando e pesquisando as tradições religiosas do Japão, incluindo o Budismo e o Xintoísmo, na busca de compreender melhor a natureza da energia e sua relação com a cura.
De acordo com a história, Usui desenvolveu a técnica de Reiki
após uma jornada espiritual de 21 dias nas montanhas do Monte Kurama, próximo a Kyoto. Durante este período, Usui meditou e jejuou, e eventualmente recebeu a iluminação sobre a técnica de Reiki. Ele então começou a ensinar a técnica e a criar uma comunidade de praticantes.
A técnica de Reiki tem uma forte associação com o Budismo
e o Xintoísmo, duas das principais religiões do Japão. O Budismo é uma religião que enfatiza a compaixão e o amor por todos os seres vivos, e muitos praticantes de Reiki veem a técnica como uma forma de colocar esses valores em ação. O Xintoísmo, por outro lado, é uma religião que venera a natureza e seus elementos, e muitos praticantes de Reiki vêem a técnica como uma forma de conectar-se com a energia da natureza e usá-la para a cura. Embora a técnica de Reiki tenha sido desenvolvida por um praticante japonês e tenha forte associação com as tradições religiosas japonesas, ela se espalhou pelo mundo e é agora praticada em muitos países ocidentais. Independentemente de sua origem, muitos praticantes de Reiki acreditam que a técnica pode ajudar a aliviar o estresse, reduzir a ansiedade e promover a cura emocional e física.
O xintoísmo
O Xintoísmo é uma religião nativa do Japão, que tem como
base a veneração dos espíritos, chamados de kami, que habitam os elementos naturais, como árvores, montanhas, rios e até mesmo objetos e seres vivos. A palavra "xinto" significa "caminho dos deuses" ou "caminho dos espíritos".
O Xintoísmo tem suas raízes no período pré-histórico do
Japão e é uma das religiões mais antigas do mundo. Acredita-se que a religião tenha evoluído a partir das crenças animistas dos povos que habitavam a região antes da chegada dos primeiros colonizadores vindos da China e da Coreia.
Os primeiros textos sagrados do Xintoísmo são conhecidos
como Kojiki (Registro de Coisas Antigas) e Nihon Shoki (Crônicas do Japão). Esses livros contam a história da criação do mundo e da linhagem dos imperadores japoneses, que eram considerados descendentes diretos dos deuses.
Uma das principais características do Xintoísmo é a ênfase na
pureza e na harmonia com a natureza. Os santuários xintoístas são construídos em locais considerados sagrados, geralmente próximos a elementos naturais como árvores e montanhas. Os fiéis realizam rituais de purificação antes de entrar no santuário, e as oferendas são geralmente frutas, arroz, sake e outros alimentos.
O Xintoísmo também tem uma forte ligação com a cultura
japonesa e está presente em muitos aspectos da vida cotidiana, como em festivais e celebrações. No Japão, as pessoas costumam visitar os santuários xintoístas em ocasiões especiais, como no Ano Novo e em cerimônias de casamento e batismo.
Apesar de ser uma religião majoritariamente japonesa, o
Xintoísmo tem atraído seguidores em outros países, principalmente por suas crenças em relação à natureza e à harmonia com o meio ambiente. Atualmente, estima-se que existam cerca de quatro milhões de praticantes de Xintoísmo em todo o mundo. O Budismo
O Budismo é uma das principais religiões do mundo, originária
da Índia e fundada pelo príncipe Siddhartha Gautama, também conhecido como Buda, há mais de dois mil anos. A palavra "buda" significa "o iluminado" ou "aquele que despertou".
O Budismo tem como base a compreensão do sofrimento
humano e o caminho para a superação do mesmo, através da busca pela iluminação ou pelo despertar espiritual. Os ensinamentos do Budismo foram transmitidos de forma oral durante muitos séculos antes de serem registrados em textos sagrados, conhecidos como sutras.
Uma das principais crenças do Budismo é a lei do karma, que
prega que todas as ações têm consequências e que cada indivíduo é responsável pelo seu próprio destino. O Budismo também enfatiza a importância da compaixão, da sabedoria e da meditação para alcançar a iluminação e superar o sofrimento. Existem diversas correntes do Budismo, com diferentes interpretações dos ensinamentos de Buda e práticas específicas. As correntes mais conhecidas são o Budismo Theravada, o Budismo Mahayana e o Budismo Vajrayana, que têm suas bases em diferentes países, como Sri Lanka, China, Japão, Tibete e Tailândia.
O Budismo tem uma grande influência em diversas culturas,
especialmente na Ásia. No Japão, por exemplo, o Budismo é uma das principais religiões do país e é frequentemente combinado com práticas do Xintoísmo, a religião nativa do país. No ocidente, o Budismo tem ganhado cada vez mais adeptos devido à sua ênfase na compaixão, na meditação e na busca pela paz interior.
Ser budista envolve seguir os ensinamentos de Buda e aplicá-
los em sua vida cotidiana, buscando a paz interior e o desenvolvimento espiritual. Isso inclui praticar a meditação, a compaixão e a sabedoria, além de adotar um estilo de vida que valorize a simplicidade, a humildade e a ética.
A meditação é uma prática central no Budismo, que envolve
concentrar a mente em um objeto específico, como a respiração ou um mantra, para alcançar a tranquilidade mental e a clareza de pensamento. A meditação ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade e outros problemas emocionais, além de aumentar a empatia e a compaixão pelos outros.
A compaixão e a sabedoria são valores importantes no
Budismo. A compaixão envolve a preocupação genuína com o bem- estar dos outros, enquanto a sabedoria se refere à compreensão profunda da natureza da realidade e das causas do sofrimento humano. Ambos os valores são fundamentais para o desenvolvimento espiritual e para a busca pela iluminação. O Budismo também enfatiza a importância da ética em todas as áreas da vida, incluindo o trabalho, as relações pessoais e o meio ambiente. Isso envolve seguir preceitos éticos, como não prejudicar os outros, ser honesto e viver de forma simples e desapegada.
Jesus e O Reiki
Embora não haja uma história oficial sobre a relação de Jesus
e o Reiki, alguns paralelos podem ser traçados entre as crenças cristãs e os princípios fundamentais do Reiki.
O Reiki é baseado na ideia de que uma energia universal,
também conhecida como "energia vital" ou "ki", flui através de todos os seres vivos e pode ser canalizada através das mãos do praticante para ajudar a curar o corpo, a mente e o espírito. Essa energia é vista como uma expressão do amor incondicional e da compaixão, e a prática do Reiki envolve cultivar esses valores em si mesmo e nos outros.
De maneira semelhante, a mensagem central do ensinamento
de Jesus é a importância do amor e da compaixão pelos outros. Jesus é frequentemente descrito como um curador, que realizou muitos milagres de cura ao longo de seu ministério, e ele ensinou a seus seguidores que eles também poderiam realizar essas curas. Alguns estudiosos acreditam que os milagres de cura de Jesus eram o resultado de uma compreensão profunda da energia e da cura. De fato, a palavra grega para "cura" em muitos dos relatos dos evangelhos é "therapeuo", que também pode ser traduzida como "servir". Isso sugere que a cura era vista como uma expressão do amor e do serviço aos outros.
Outro paralelo entre o Reiki e as crenças cristãs é a
importância do perdão e da libertação de emoções negativas. O Reiki ensina que muitas doenças e desequilíbrios podem ser causados por emoções reprimidas ou bloqueadas, e que a cura envolve liberar essas emoções. Da mesma forma, Jesus ensinou a seus seguidores a importância do perdão e da liberação de ressentimentos e raiva, e que essas emoções negativas podem ser prejudiciais tanto para a saúde física quanto para a espiritual.
Embora não haja evidências concretas de que Jesus tenha
praticado o Reiki em sua vida na Terra, é possível traçar paralelos entre as crenças cristãs e os princípios fundamentais do Reiki. Ambos enfatizam a importância do amor, da compaixão e da cura como expressões do divino.