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LEITURA – A PRÁTICA DO APF

1. AS RESPONSABILIDADES DO APF

Em sua prática, o APF deve:

 avaliar a experiência e o grau de capacitação do adulto em desenvolvimento;


 colaborar com o desenvolvimento do adulto em seu processo de formação;
 incentivar a realizar ações de formação continuada;
 observar o desenvolvimento de tarefas no dia a dia de sua função.
 aprovar o alcance das competências para a conclusão dos níveis de formação;
 realizar sistematicamente a avalição do desenvolvimento, colaborando na
revisão do PPF.

2. ATUAÇÃO DO APF NO CICLO DE VIDA DO ADULTO


ASSESSORADO

Analise o fluxograma abaixo apresentado. Ele mostra as etapas do ciclo de vida de


um assessorado. Acompanhe as setas e analise as relações.
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Percebe-se, no fluxograma acima, que o APF precisa estar constantemente atento ao


processo formativo de seus assessorados e ao seu próprio, tendo em vista que o
ciclo de vida de um adulto está em constante em movimento..

A seguir, definem-se as tarefas que precisarão ser desenvolvidas, lembrando que, em


caso de dúvida, existe bastante material para leitura que pode apoiar seu
desempenho como APF – tais como os manuais de “Competências e Rotas de
Aprendizagem”, o manual “Entendendo a Função: Assessor Pessoal de Formação”,
os livros “Perfis Cargos e Funções” e a “Política Nacional de Adultos no Movimento
Escoteiro” (PNAME). Você pode fazer download de tudo isso a partir da Biblioteca
Virtual, na parte Geral deste Módulo.

3. APRESENTAR A ROTA DE APRENDIZAGEM ADEQUADA AO


DESENVOLVIMENTO DO ADULTO

Como esta é uma responsabilidade bastante importante no acompanhamento do


adulto, o APF precisa compreender o sistema subjacente às Rotas de Aprendizagem,
para que possa explicá-lo ao(s) seu(s) assessorado(s).

O processo de gestão de adultos dos Escoteiros do Brasil é baseado em um sistema


contínuo de oportunidades. Ele envolve o planejamento, a execução e o
acompanhamento de ações que visam ao desenvolvimento de competências para a
boa prática do Escotismo. Esse sistema é chamado de Rotas de Aprendizagem.

O termo “aprendizagem”, no que concerne às Rotas, é o nome que se dá ao conjunto


de oportunidades que colabora com o desenvolvimento das competências desejadas
para o desempenho de cada cargo ou função no Escotismo.

Para essas competências, são apresentados comportamentos desejados que ilustram


quais condutas podem evidenciar o desenvolvimento de cada competência e, assim,
perceber as diferenças entre os comportamentos listados para um adulto e os
apresentados no seu dia a dia. Seus conhecimentos, habilidades e atitudes atuais
podem ser consideradas as necessidades de aprendizagem e conhecimento.

O sistema, que objetiva o acompanhamento e desenvolvimento dos adultos


voluntários dos Escoteiros do Brasil, é apresentado nos manuais Competências e
Rotas de Aprendizagem. Existem manuais próprios para o acompanhamento de
Escotistas, em cada um dos ramos, e de dirigentes. Você encontrará todos esses
manuais para download na Biblioteca Virtual deste Módulo (na sessão “Geral”).
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4. DISCUTIR E APOIAR A ELABORAÇÃO DO PLANO PESSOAL


DE FORMAÇÃO

Uma vez que o APF e o assessorado tenham identificado as necessidades de


aprendizado e desenvolvimento, o próximo passo é discutir e elaborar um Plano
Pessoal de Formação (PPF). Isso implica selecionar as oportunidades de
aprendizagem que possam suprir melhor as necessidades do adulto em
desenvolvimento. Um cronograma para completar a aprendizagem deve, então, ser
acordado.

Existem vários modelos de Plano Pessoal de Formação, você poderá escolher, junto
com seu assessorado, aquele com o qual se sintam mais à vontade. O importante é
que o modelo escolhido contemple:

 as circunstâncias do assessorado e a disponibilidade pessoal;


 como ele prefere aprender (isto é, através da participação em cursos,
autoestudo, orientação individual, etc.);
 as atividades fixas e flexíveis da Rota de Aprendizagem que o voluntário está
vivendo;
 prioridades no aprendizado.

Pode ser que as oportunidades de aprendizagem promovidas pela Unidade Escoteira


Local (grupo ou seção autônoma) ou pelos Distritos e Região não supram as
necessidades do assessorado. Neste caso, o APF poderá discutir alternativas com o
seu Coordenador ou Diretor de Gestão de Adultos.

Uma vez que o APF concorde com as iniciativas de formação das quais o
assessorado participará, o assessorado preenche com clareza o Plano Pessoal de
Formação

É importante que o APF tenha uma cópia do Plano Pessoal de Formação de seu
assessorado.

5. VERIFICAR O PROGRESSO PERIODICAMENTE

É importante saber como o assessorado está trabalhando e quais são seus avanços
e dificuldades de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o assessorado desejará saber
no que ele poderá contar com o seu APF, por meio de um calendário de encontros. O
ponto principal é apoiar o Assessorado quando ele necessita e usar os encontros
para verificar seu progresso. Sempre será melhor trabalhar com as preferências do
Assessorado.
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6. PROMOVER UM SUPORTE CONSTRUTIVO

Promover um suporte efetivo e construtivo possibilita ao Assessorado uma


informação cuidadosa, fatual e real sobre o que realizou. O retorno (também
chamado de feedback) deve ser estruturado de forma que a primeira informação seja
positiva. Em seguida o APF pode comentar sobre os itens nos quais ele pode
desenvolver e melhorar. O APF precisa escolher cuidadosamente a linguagem a ser
usada. Palavras como “fraqueza” ou negativas podem criar resistência e provocar
resposta defensiva. É melhor discutir “itens a serem aprimorados” ou “oportunidades
de aprendizado”.

A informação a ser usada neste momento pode incluir:

• observações do APF acerca do assessorado;

• o que o assessorado relata;

• outras informações consideradas importantes pelo APF.

Esse processo pode ser considerado um sucesso quando o assessorado sente o


reconhecimento e fica satisfeito com o que conquistou.

7. APOIAR E ESTIMULAR O ASSESSORADO

Pessoas diferentes necessitam de apoio diferenciado. Alguns somente precisam da


informação; outros desejarão saber que alguém está ao seu lado para ajudar a
encontrá-la; outros talvez queiram mostrar que o APF é necessário para cuidar deles.

O melhor apoio é aquele que supre as necessidades do assessorado. Uma boa ideia
é discutir essas necessidades num estágio inicial do processo e então planejar o
apoio de modo apropriado.

A maioria das pessoas provavelmente melhora, ou tem sucesso posteriormente, se


receber alguma forma positiva de encorajamento.
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8. MEU ASSESSORADO VAI A UM CURSO DE FORMAÇÃO.


COMO AJUÁ-LO A SE PREPARAR?

Antes do Curso:

 reunir-se com o assessorado;


 colaborar no desenvolvimento de eventuais atividades prévias;
 verificar a documentação necessária à participação.

Após o curso:

 reunir-se com o assessorado para colher impressões;


 realizar as orientações sobre eventuais dúvidas que surgiram durante o curso
e que não foram esclarecidas;
 acompanhar o desenvolvimento das competências até a conclusão do nível.

9. APROVAÇÃO

Aprovar é confirmar, através da verificação, que as competências necessárias foram


desenvolvidas.

Pontos principais sobre a homologação:

• o assessorado, a partir da vivência de sua Rota de Aprendizagem, deve apresentar


condutas compatíveis com os comportamentos desejados, gerando assim evidências
de que está apto à conclusão de seu nível de formação.

• o APF deve observar essas vivências e pontuar ao assessorado quais suas


impressões, concluindo em conjunto com ele se o nível está concluído ou se novas
ações devem ser tomadas para tanto.

• o APF deverá aprovar, após o alcance das competências do respectivo nível, a


conclusão de cada nível de formação.
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10. CONCLUSÃO DE ROTAS


O cumprimento dos diferentes níveis de formação nas Rotas de Aprendizagem está
condicionado ao:

 desenvolvimento de 100% das competências apresentadas;


 cumprimento das atividades de desenvolvimento fixas, além da realização das
atividades flexíveis;
 cumprimento das ações compreendidas como equivalentes pelo adulto e seu
APF no momento da elaboração do Plano Pessoal de Formação.

11. IDENTIFICAR NOVAS NECESSIDADES E REPETIR


O PROCESSO
Este último passo trata-se simplesmente de um retorno ao primeiro passo
(AVALIAÇÃO), e verificar se ainda existem lacunas. Ao identificar novas
necessidades, um novo plano deve ser acordado.

Isso ajudará os Adultos no Escotismo e se manter atualizados em seus


conhecimentos, habilidades e atitudes. O APF poderá verificar se os requisitos para
completar o nível foram atingidos. O processo contínuo ajudará a identificar as reais
necessidades, ao invés de levar o adulto simplesmente a participar de atividades para
cumprir os requisitos.

Afinal, a formação continuada é sempre um CICLO!

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