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RACISMO ESTRUTURAL

De que maneira o assistente social pode intervir nessa situação? Que importância
tem o psicólogo para o tema escolhido? (Qual é atuação dessas profissões nesses
casos)

O trabalho do assistente social tem relação direta com as demandas da população


negra que reside nos morros, nas comunidades, no sertão, no campo e na cidade.
Assistentes sociais estão nos serviços públicos como os de saúde, educação, habitação e
assistência social, que devem ser garantidos para toda a população. O combate ao
preconceito racial é inclusive um compromisso do Código de Ética dos/as Assistentes
Sociais.
É importante que haja diálogo com toda as categorias de assistentes sociais, com
a população usuária do Serviço Social, com o movimento negro e com a sociedade em
geral sobre o racismo.
A assistente social Dayana de Souza Juliano, diz que para abordar esse tema, é
necessário levar em consideração o racismo que faz parte da organização e construção
da sociedade brasileira. Essa estrutura atravessa as esferas política, econômica, social e
cultural, manifestando-se concretamente em atitudes e posturas preconceituosas e
discriminatórias que corroboram na manutenção do abismo da desigualdade social: “tem
uma questão que me toca enquanto profissional que é pensar o desafio de como
trabalhar com esse jovem tendo como pano de fundo esse genocídio."
Além disso, psicólogos que não reconhecem o caráter estruturante do racismo,
como uma dinâmica social a qual limita o acesso de determinados grupos étnicos às
oportunidades, embasada nas polaridades históricas de superioridade inferioridade
racial, contribuem para a manutenção e fortalecimento de compreensões alienadas e
práticas violentas. Sendo assim, é importante que o profissional resista e enfrente o
racismo, discutindo atitudes negligentes, desenvolvendo uma psicologia intitulada
antirracista capaz de reconhecer o caráter falacioso da democracia racial, entendendo
que, verdadeiramente, mulheres e homens negros vivenciaram e vivenciam defasagens
quando comparados a outros sujeitos não-negros, elaborando, assim, estratégias de
acolhimento a sujeitos adoecidos, sejam eles os vitimados ou opressores, a fim de
mobilizá-los para o alcance de um estado saudável em sua totalidade.
Serviço Social Contra o Racismo. Disponível <
http://servicosocialcontraracismo.com.br/>. Acesso em 26 de nov de 2022.
ALVES, Leonardo Dias. Serviço Social e Questão Racial: tensionamentos e disputas
no processo de formação acadêmico-profissional. Disponível em: <
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/38699/1/2020_LeonardoDiasAlves.pdf>.
Acesso em 26 de nov de 2022.
JULIANO, Dayana de Souza. A luta contra o genocídio da população negra. Rio de
Janeiro: CRESSRJ, 2018, p.4-5. Disponível em: <https://www.cressrj.org.br/wp-
content/uploads/2020/05/praxis-101.pdf>. Acesso em 27 de nov de 2022.
COSTA, Lígia Santos. Qual o lugar da psicologia frente ao racismo?. Disponível em:
<https://www.geledes.org.br/qual-o-lugar-da-psicologia-frente-ao-racismo/?
gclid=EAIaIQobChMI9qvsqLHP-
wIVVBZMCh2LvwbWEAAYASAAEgLXBPD_BwE >. Acesso em 27 de nov de
2022.

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