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ESTATUTO
Art. 1° - Este Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas
dos servidores militares do Estado”;
2. Art. 35 - A violação das obrigações ou dos deveres policiais-militares constituirá
crime, contravenção ou transgressão disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou
regulamentação específica; “regulamentação específica”: RDBM.
3. Art. 35 § 2° - A responsabilidade disciplinar é independente das responsabilidades
civil e penal. Exceções:
a) estar provada a inexistência do fato;
b) negativa de autoria;
c) excludente da ilicitude (apenas em relação ao fato sob excludente, remanescendo
possibilidade de punição perante às circunstâncias periféricas);
d) excludente culpabilidade (apenas em relação ao fato sob excludente, remanescendo
possibilidade de punição perante às circunstâncias periféricas);
STJ - [...] Consoante a jurisprudência do STJ, as esferas cível, administrativa e penal são
independentes, com exceção dos casos de absolvição, no processo criminal, por
afirmada inexistência do fato ou negativa de autoria. [...] (STJ - AgInt no AREsp:
1767036 PR 2020/0253002-6, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de
Julgamento: 10/05/2021, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 01/07/2021)
TJM/RS - [...] Com relação ao mérito, a anulação da condenação pela Justiça comum
do delito de corrupção passiva não tem o condão de modificar a decisão administrativa
emanada no regular Conselho de Disciplina, uma vez que independentes as esferas
administrativa e penal, e só se comunicam quando na instância penal se decida pela
inexistência material do fato ou pela negativa de autoria, o que não se verifica no
presente caso. Precedente [...]. (TJM/RS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 1756-62.2015.9.21.0000,
JUIZ DR. FERNANDO GUERREIRO DE LEMOS, JULGADO EM 11.11.2015)
Art. 37 - O servidor militar cuja atuação no serviço revelar-se incompatível com o cargo
ou que demonstrar incapacidade para o exercício das funções policiais-militares a ele
inerentes será do mesmo imediatamente afastado, sem prejuízo dos respectivos
vencimentos e vantagens, salvo após decisão final do processo a que for submetido,
desde que venha a ser condenado. CD e CJ obrigatoriamente afastado (aplicação das
Legislações de Regência). PADM análise em concreto. (Ex: homicídio em circunstâncias
duvidosas)
Art. 156 do Estatuto: Aplicam-se no que couber, o Regulamento e do Serviços Gerais
do Exército (R1), o Regulamento de Continências, Honra e Sinais de Respeito das forças
armadas (R2), o Regulamento de Administração do Exército (R3) e o Regulamento de
Continências do Exército, o Conselho de Justificação (Lei nº 5836/72) e o Conselho de
Disciplina (Decreto Federal 71500/72).
Art. 159. Aplicam-se aos servidores militares, nos casos omissos na presente Lei, as
disposições do Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do
Estado do Rio Grande do Sul (Lei 10098/97).
Aplicação Subsidiária da Lei Complementar nº 10.098/94 e do CPPM para os casos de
Impedimento e Suspeição: Em que pese a omissão do RDBM (Decreto 43.245/04)
acerca das hipóteses de suspeição e impedimento da autoridade administrativa, não é
crível permitir que um julgador que já emitiu juízo de valor acerca da conduta
praticada, atue também na esfera recursal administrativa, sob pena de malferir o
princípio do devido processo legal, da moralidade e da impessoalidade, todos
resguardados pela Carta Magna. Deste modo, necessária a aplicação subsidiária do
disposto no artigo 217 da Lei Complementar nº 10.098/94, Estatuto e Regime jurídico
único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul, que prevê: “no
processo administrativo disciplinar poderá ser arguida a suspeição, que se regerá pelas
normas da legislação comum”. Ainda, por analogia, se aplicam os artigos 37 e 38 do
Código de Processo Penal Militar. Logo, resta indiscutível a suspeição da autoridade
administrativa julgadora, o que representa vício instransponível à legalidade do ato
administrativo”. (Tribunal de Justiça Militar ....)
Inteligência do artigo 159 da Lei Complementar Nº 10.990/97 ... O prazo do lapso
prescricional, por eficácia do que dispõe o artigo 197, da Lei Complementar n°
10.098/94, cuja aplicação subsidiária, na ausência de regramento específico na Lei
Complementar 10.990/97, é de doze meses, prazo de prescrição previsto, à época,
pelo artigo 197, inciso II, da Lei 10.098/94. (TJM ...)
Muito embora o art. 5º, LV de nossa Magna Carta preveja que aos litigantes, em
processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, não há
disposição expressa assegurando duplo grau de jurisdição na esfera administrativa.
Queixa
O recurso de queixa, conforme o art. 53 do RDBM, é interposto perante a
autoridade imediatamente superior a que aplicou a punição disciplinar, por Militar
Estadual que se julgue prejudicado em virtude de decisão denegatória do recurso de
Reconsideração de Ato.
Audiências e Sessões jamais poderão ser realizadas com a presença parcial dos
integrantes do Conselho.
justificante deve estar presente a todas as sessões do Conselho, exceto à sessão
secreta de deliberação do relatório.
[...] Não há óbice algum em realizar sessão secreta conforme previsto pela Lei, desde
que intimado o Procurador constituído e o acusado para comparecerem na sessão
para a necessária observância da garantia da ampla defesa e do contraditório
conforme se verifica na espécie. (TJM/RS. Apelação Cível nº 1000078-
07.2018.9.21.0000. Relator: Juiz Civil Fernando Guerreiro de Lemos. Julgado em 11 de
julho de 2018).
Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção, perante o Conselho, de todas
as provas permitidas no Código de Processo Penal Militar.
Diferentemente do PADM em que deverá “apresentar” suas provas.
Audiências de Instrução, Oitivas, na seguinte ordem sob pena de nulidade: (No
máximo 6 (seis) testemunhas de cada por fato)
1º - Testemunhas de Acusação
2º - Testemunhas de Defesa
As provas a serem realizadas mediante a Carta Precatória são efetuadas por
intermédio da autoridade militar ou, na falta desta, da autoridade judiciária local.
se a autoridade nomeante, Comandante-Geral, considera culpado o Oficial acusado e
incapaz de permanecer na instituição, remessa ao Tribunal de Justiça Militar para,
confirmando a decisão do Comandante da Instituição, promova a demissão do
acusado.
se o Comandante-Geral considera culpada o Oficial acusado e incapaz de permanecer
na instituição, tal decisão é irrecorrível, devendo os autos serem imediatamente
remetidos ao Tribunal de Justiça Militar.
Crimes de natureza militar: tornam obrigatória a análise do aspecto disciplinar
residual por parte da Administração Policial Militar, uma vez que a coisa julgada na
esfera penal faz também coisa julgada na esfera administrativa.
A administração somente estará desincumbida deste Encargo se o fato motivador da
condenação esteja prescrito na esfera administrativa ou, com a mesma descrição da
conduta e com a conduta já tenha sido apreciada disciplinarmente por meio de
PADM ou CD a devida e fundamentada análise de mérito, dita comunicação deverá ser
arquivada nos assentamentos do militar condenado para fins de registro
Condenação por crime militar de natureza dolosa até dois anos (se ainda não
prescrito administrativamente e sem apreciação anterior pela administração):
1. Deverá o Comandante de OPM imediatamente a partir do recebimento do ofício
judicial instaurar Processo Administrativo Disciplinar Demissionário se Praça Sem
Estabilidade (consoante determina o art. 15, inciso III do RDBM). Ministério Publico
Estadual Militar não ajuizará Representação para Perda da Graduação.
2. Deverá o Comandante de OPM imediatamente a partir do recebimento do ofício
judicial encaminhar, informando a falta de avaliação anterior, ao Comando Regional ou
Departamento para fins de instauração de Conselho de Disciplina se Aluno-Oficial ou
Praça Estável (consoante determina o art. 2º, inciso III do Decreto nº 71.500/72, c/c os
arts. 44, 45 e 156 da LC nº. 10.990/97). Ministério Publico Estadual Militar não ajuizará
Representação para Perda da Graduação.
3. Deverá o Comandante de OPM imediatamente a partir do recebimento do ofício
judicial encaminhar ao Comando Regional com circunscrição do local do fato,
informando a falta de avaliação anterior, para instauração do Conselho de Disciplina,
se Praça RR por fato cometido na ativa; se a transgressão ocorrida for na Capital,
encaminhar à Corregedoria-Geral para instauração pelo Comandante-Geral. Ministério
Publico Estadual Militar não ajuizará Representação para Perda da Graduação.
4. Deverá o Comandante de OPM imediatamente a partir do recebimento do ofício
judicial encaminhar à Corregedoria-Geral, informando a falta de avaliação anterior,
para instauração de Conselho de Justificação, se Oficial (pelo Comandante-Geral
através da Corregedoria-Geral - art. 2º, inciso IV da Lei nº 5.836/72). Ministério Publico
Estadual Militar não ajuizará Representação para Perda do Posto.
Condenação por crime militar de natureza culposa até dois anos (se ainda não
prescrito administrativamente e sem apreciação anterior pela administração):
Deverá ser tomada as mesmas providências recomendadas para a condenação
por crime militar de natureza dolosa até dois anos (instauração de PADM
Demissionário, Conselho de Disciplina ou Conselho de Justifiação), todavia com
fundamento na “acusação oficial ou por qualquer meio lícito de comunicação
social de ter” (inciso I das legislações de regência):
a) procedido incorretamente no desempenho do cargo;
b) tido conduta irregular; ou
c) praticado ato que afete a honra pessoal o pundonor militar ou decoro da classe.
Condenação por crime militar de natureza dolosa com pena superior a dois anos (se
ainda não prescrito administrativamente e sem apreciação anterior pela
administração):
a. Se Praça (com estabilidade ou não ou Aluno-Oficial), não poderá ser instaurado
Conselho de Disciplina ou PADM Demissionário (Praças não estáveis) para avaliar sua
capacidade de permanecer na Instituição pelo fato delituoso a que for condenado, pois
será submetido à Representação para Perda da Graduação com este objetivo a ser
ajuizada pelo Ministério Publico Estadual Militar.
b. Se Oficial, não poderá ser instaurado Conselho de Justificação para avaliar sua
capacidade de permanecer na Instituição pelo fato delituoso a que for condenado, pois
será submetido à Representação para Perda do Posto com este objetivo a ser ajuizada
pelo Ministério Publico Estadual Militar.
Recolhimento Carcerário decorrente da Prisão Criminal
Art. 86 - Parágrafo único - São prerrogativas dos servidores militares:
III - as penas de prisão, detenção ou reclusão, fixadas em sentença judicial e os casos
de prisão provisória, serão cumpridas em organização policial-militar, cujo
Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedência hierárquica sobre a pessoa do preso;
Art. 87 - Somente em caso de flagrante delito o servidor militar poderá ser preso por
autoridade policial civil, ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à
autoridade policial-militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto
policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.
Militar Estadual Inativo:
Os militares na inatividade se dá o direito de prisão especial, no cometimento de
crime comum, antes ou após sua condenação definitiva, devendo ser recolhidos aos
quartéis da Corporação:
Art. 295 do CPP (Comum). Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à
disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação
definitiva: [...] V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios;
DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE
CAPÍTULO I
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Art. 675. § 2o Se o réu estiver em prisão especial, deverá, ressalvado o disposto na
legislação relativa aos militares, ser expedida ordem para sua imediata remoção
para prisão comum, até que se verifique a expedição de carta de guia para o
cumprimento da pena. (aquele que é excluído)
2º O cumprimento de penas restritivas de liberdade e prisões provisórias se dará em
celas ou alojamentos específicos, de acordo com o regime de cumprimento de pena
imposta, nos seguintes quartéis:
• §1º Oficiais: no 4º Regimento de Polícia Montada, em Porto Alegre;
• §2º Praças: no Presídio Policial Militar, em Porto Alegre, no 2º Batalhão de
Operações Especiais, em Santa Maria, e no 3º Regimento de Polícia Montada,
em Passo Fundo;§3º O recolhimento de ME preso a OPM diversa das acima
citadas dependerá de análise das condições de acolhimento e segurança,
exarado pela Corregedoria-Geral e aprovada pelo Comandante-Geral;
•
• §4º O recolhimento de ME do sexo feminino se dará nos mesmos quartéis
acima elencados, porém respeitados os critérios de privacidade.