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Este trabalho tem por objetivo principal o estudo da elite mercantil carioca em finais do
século XVIII e início do século XIX. Para isto, analisaremos um caso específico, a trajetória
do negociante português que fez fortuna no Brasil João Gomes Barroso. Natural da Freguesia
de Santa Maria de Paradela, Arcebispado de Braga, nasceu em 1749, veio para o Brasil ainda
jovem e se estabeleceu no Rio de Janeiro. Casou-se em 1792, aos 43 anos. Nesta época já
ostentava o título militar de Capitão e era reconhecido como importante homem de negócios
da praça carioca. Na época de elaboração do seu testamento, aos 80 anos, havia ascendido
consideravelmente na hierarquia social da cidade da Corte, se tornando Comendador da
Ordem de Cristo, Coronel de Milícias da Corte, Moedeiro da Real Casa da Moeda e Fidalgo
Cavaleiro da Casa Imperial. Além dos títulos, a sua alta posição social pode ser constatada
pelo fato de pertencer a diversas irmandades e confrarias, dentre elas a Santa Casa de
Misericórdia, onde foi tesoureiro e Provedor. Seu patrimônio foi bastante vasto e
diversificado, possuía vários imóveis urbanos, casas de comércio, imóveis rurais, muita
escravaria, valores consideráveis em dívidas ativas e diversas embarcações, algumas delas em
sociedade com seu irmão, o também negociante Coronel Antonio Gomes Barroso.
Sobre a ascensão social vivida por João Barroso, vale mencionar uma reflexão de
Stuart Schwartz. Este considerou que apesar dos estados absolutistas modernos terem como
uma das principais características a rigidez social em torno do estamento, havia
principalmente a partir da expansão comercial do século XV, maior possibilidade de
mobilidade social.1
Acerca da mobilidade social na América portuguesa, merece destaque Antony John
Russel-Wood. Para ele jamais até então havia tido um período com tanta possibilidade de
mobilidade social quanto no século XVIII.2
Segundo Russel-Wood, o princípio de “aburguesamento” que permeava a sociedade
baiana a partir de meados do século XVIII, modificou os parâmetros de poder e de status
social, quando a riqueza financeira começou a dividir espaço com a nobreza da terra.
Apesar de estar analisando principalmente a sociedade baiana setecentista,
consideramos que a afirmação de Russel-Wood contempla várias outras partes da colônia,
inclusive a sociedade na qual o Coronel João Gomes Barroso estava inserido, o Rio de Janeiro
do final do período colonial, período de consolidação dos comerciantes de grosso trato.3
Ainda sobre os homens de negócio, Russel-Wood faz mais essa contribuição. “A
posição do homem de negócios era ambígua e difícil no Império português ultramarino. Era
desprezado pela população como cristão-novo, mas apoiado pela Coroa como meio de prover
os cofres reais. O sucesso financeiro precedeu a aceitação social.”4
Russel-Wood nos revela a dificuldade de ascensão social através do comércio nas
sociedades de Antigo Regime e ao mesmo tempo, apresenta uma importante chave
interpretativa para se compreender uma das causas da maior flexibilidade nas barreiras sociais
do Brasil colonial a partir de meados do século XVIII, que é justamente a atuação desses
grandes homens de negócio em consonância com os interesses econômicos da Coroa
portuguesa, seja através do pagamento de tributos, arrematação de contratos ou empréstimos
diretos.5
Os homens de negócio apesar do sucesso financeiro buscavam reconhecimento social
de igual proporção. Um dos percursos mais comuns para aumentar o capital simbólico na
busca por status, prestígio, poder e honra foram as tentativas de inserção nas instituições
militares, administrativas e religiosas do Império português. Como exemplo, podemos
mencionar as Ordenanças, as Câmaras e as Misericórdias.
Portanto, além dos títulos, é revelador da alta posição social de um indivíduo na
colônia o fato de pertencer às instituições do Império português. João Barroso, por exemplo,
fez parte de várias irmandades e confrarias, catorze no total, a saber: Ordem Terceira de São
Francisco das Chagas, onde deveria ser sepultado, Irmandade do Santíssimo Sacramento,
Nossa Senhora das Almas, Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora das dores da
Candelária, todas estas localizadas na Freguesia da Candelária onde vivia. Além destas, foi
confrade na Irmandade do Senhor Bom Jesus do Calvário, Nossa Senhora Mãe dos Homens,
Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora da Boa Viagem, Irmandade de Santa Luzia, Ordem
Terceira de São Francisco de Paula, Ordem Terceira do Carmo, Irmandade do Senhor dos
Passos e da Imperial Capela e a já mencionada Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.6
Nas irmandades de sua Freguesia, João Barroso mandou celebrar quantas missas
fossem possíveis no dia de sua morte a 800 réis cada e mais quatrocentas missas por sua alma,
cem missas pelas almas de seus pais, cem missas pelas almas dos seus irmãos e cem missas
pelas almas das pessoas com quem manteve relações comerciais a $640 réis cada, totalizando
mais de setecentas missas.7
João Barroso deixou também vários legados com finalidades sociais, a saber: Esmola
para cinquenta viúvas pobres a 20$000 réis cada, Esmola para quatrocentos pobres no dia de
seu falecimento a 320 réis cada e esmola para dez órfãs a 200$000 réis cada.
A Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro foi a instituição mais beneficiada
pelos legados de João Gomes Barroso. Ao todo, recebeu 2:400$000 réis, divididos da seguinte
maneira: 800$000 réis para os enfermos pobres do Hospital e 1:600$000 réis para os
expostos.
Outras instituições beneficiadas foram: A Irmandade da caridade da Candelária que
recebeu 800$000 réis para repartir com os pobres, e as Ordens Terceira do Carmo, Terceira de
São Francisco das Chagas e Terceira de São Francisco de Paula, receberam 100$000 réis
cada.
A filantropia e a celebração de missas, além do óbvio aspecto religioso presente
numa Corte de origem católica, constituiu-se nas sociedades de Antigo Regime como um
forte instrumento estratégico de distinção social, que ultrapassa a vida do dono da dádiva,
beneficiando e assegurando o status quo dos seus descendentes.8
Distribuição da herança
João Barroso beneficiou com suas doações apenas dois parentes além de seus filhos e
esposa. Deixou para o seu caixeiro e sobrinho Antonio Simões Barroso a quantia de
1:600$000 réis, esperando dele que após sua morte continuasse a servir nos negócios da
família. E para uma de suas irmãs, Maria Josefa Gomes Barroso residente em Portugal, legou
400$000 réis.
Patrimônio
João Gomes Barroso era proprietário de catorze propriedades de casas urbanas, uma
propriedade de casas de comercializar ferragens e carruagens na Rua Direita, um engenho em
Itaguaí, com fazenda de gado na mesma localidade, uma chácara em Mata-Porcos, um
Rancho denominado da lancha e muita escravaria. Era proprietário de diversas embarcações
em sociedade com o seu irmão o Coronel Antonio Gomes Barroso, a saber: O navio Ânimo
Grande, Aníbal, Ulisses e Trajano, além do Navio Flora, do Bergantim Espadarte, do
Bergantim Nova Santa Rosa, do Brigue Maria Segunda e da lancha Senhora do cabo, que
eram propriedades individuais, possuía ainda muitas dívidas ativas.9
João Fragoso ao estudar as quinze famílias mais proeminentes estabelecidas na praça
mercantil carioca entre 1800 e 1830, nos ajuda a entender um pouco mais sobre a posição de
destaque dos Gomes Barroso. Foi a terceira família com maior número de expedições para o
tráfico atlântico de escravos entre 1811 e 1830, quarenta e seis no total.10
No comércio com Portugal, foi a família que mais realizou viagens, entre 1812 e
1822, dezenove no total.11
No comércio com a Ásia, prevaleceu o domínio dos negociantes metropolitanos, pois
os principais homens de negócio da praça fluminense não mantiveram um circuito mercantil
ativo com a parte asiática do Império português. Entre 1812 e 1822 ocorreram apenas sete
viagens do Rio de Janeiro para o continente asiático, estas se concentraram em apenas cinco
famílias: Os Gomes Barroso, os Carneiro Leão, Manoel Gonçalves de Carvalho e João Gomes
Valle, todos com uma viagem cada. Apenas Manoel Joaquim Ribeiro fugiu um pouco essa
regra, e promoveu três expedições,12 entretanto não realizou no período nenhuma expedição
para a costa africana e apenas uma para o comércio com Portugal. Isso indica que havia por
parte desse indivíduo uma tentativa de especialização na atividade mercantil com a Ásia,
fugindo de áreas concorridas e cobiçadas pelos negociantes da praça carioca, a saber: o tráfico
de escravos em África e o comércio com Portugal.
Na compra e venda de navios os Gomes Barroso tiveram uma participação discreta.
Apenas três transações entre 1799 e 1816.13
Tiveram uma ação da Seguradora Dias Barbosa e Companhia no ano de 1811.
Apenas sete das quinze famílias consideradas por Fragoso tinham ações dessa seguradora. Já
na seguradora Providente tiveram uma posição de protagonismo, foram 40:000$000 réis de
participação em 1814, valor muito superior aos demais investidores. Dividiram a segunda
posição como maiores acionistas da Providente na época, Francisco J. Guimarães e Manoel
Caetano Pinto com 10:000$000 réis cada. Em terceiro lugar figurava José Ignácio Vaz Vieira
com 6:000$000 réis. Os três somados, portanto chegavam a apenas 65% do capital investido
nesta seguradora pelos Gomes Barroso. Em investimentos no Banco do Brasil, das quinze
famílias mais abonadas economicamente da praça carioca em 1809, apenas quatro tinham
ações. Além dos Gomes Barroso com quarenta e uma ações, os Carneiro Leão, os Pereira de
Almeida e Manoel Caetano Pinto, uma ação cada.14
Na atividade mercantil propriamente dita os Gomes Barroso também se destacaram.
Segundo maior comprador de açúcar branco e mascavado entre 1802 e 1822, com 146 mil
arrobas desembarcadas no porto do Rio de Janeiro. Terceiro maior comprador de charque,
com 51 mil arrobas e o quarto maior comprador de trigo com 33 mil arrobas.15
É também revelador da forte condição econômica de João Barroso, o grande número
de pessoas que o serviram na atividade mercantil. Apenas na atividade de caixeiro
identificamos seis indivíduos simultaneamente, a saber: seu sobrinho Antonio Simões
Barroso, João Souza Ribeiro, Domingos José Enéias, Celestino Fortunato Joaquim Pinto, José
Antonio Pereira de Souza e José Bernardes Silva. Registra-se ainda recebendo gratificações
por transações comerciais mais três indivíduos: O padre José da Silva Santiago, José
Apolinário de Matos e Feliciano José de Melo.16
Se considerarmos apenas os indivíduos que aparecem recebendo remuneração da
família Barroso mais de uma vez entre 1826 e 1830 são vinte e três indivíduos diferentes entre
caixeiros, guarda-livros, mestres de embarcações, ajudantes, oficiais mecânicos, feitores,
cirurgiões e procuradores.
Prestígio e Poder
O Coronel João Gomes Barroso gozava de muito poder e influência junto às
instituições coloniais, corrobora esta afirmação o fato de encontramos a presença em vários
processos de atestações passadas em favor do referido Capitão citando-o como Moedeiro do
Número da Real Casa da Moeda e como tal usufruía de privilégios inerentes à função.21
A função de Moedeiro além de trazer muito prestígio, agregava poder e influência
junto à burocracia do Estado português. O Alvará de 22 de Maio de 1733 ordena que apenas o
Juízo da Conservatória dos Moedeiros poderia conhecer das causas de seus membros, sendo
nulas as sentenças proferidas em outros juízos.22
Este foro privilegiado aos moedeiros já estava atendido no reino desde as
Ordenações Filipinas23 e estendido para os territórios ultramarinos no século XVIII. Para os
escrivães do Juízo da Índia e Mina a partir do Alvará de 23 de abril de 1723 e para a
Conservatória dos Moedeiros na América Portuguesa por Alvará de 22 de maio de 1733.
Esse prestígio convertido em privilégio, poder e influência de que gozava João
Barroso é típico da sociedade de Antigo Regime e pode ser entendido a partir dos conceitos
de “justiça distributiva” e “mercê remuneratória utilizados por Fernanda Olival para o estudo
da sociedade portuguesa do período moderno.24
Portanto, os cargos, títulos e privilégios que beneficiaram a elite mercantil carioca
em geral e o Comendador João Gomes Barroso em particular, sem dúvidas foram resultado da
política adotada pela Coroa portuguesa na metrópole e no ultramar.25
Considerações Finais
Apesar dos limites dessas páginas, acreditamos ter contribuído para os estudos que
tratam da atuação dos negociantes no Brasil do final do período colonial. A partir de um
estudo de caso buscamos demonstrar como no contexto de crise do sistema e uma inegável
maior complexidade da economia colonial, quando a riqueza material já comprava muito dos
atributos de ascensão social tiveram como resultante uma maior maleabilidade nas barreiras
sociais, consolidando os negociantes de grosso trato ao lado de uma nobreza da terra
tradicional.
1
SCHWARTZ, Stuart B. Segredos Internos: Engenhos e Escravos na sociedade Colonial (1550-1835). São
Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 211.
2
RUSSEL-WOOD, A. J. R. Fidalgos e filantropos: a Santa Casa da Misericórdia da Bahia, 1550-1755. Brasília:
UnB, 1981, p. 280.
3
FRAGOSO, João Luís Ribeiro e FLORENTINO, Manolo. Arcaísmo como Projeto: Mercado atlântico,
sociedade agrária e elite mercantil em economia colonial tardia, Rio de Janeiro, 1790 –1840. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2001, p. 81.
4
RUSSEL-WOOD. Op. Cit, p. 92.
5
FRAGOSO, João Luís Ribeiro e FLORENTINO, Manolo. Op. Cit, p. 81
6
ANRJ. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Traslado do testamento apenso ao inventário do finado João
Gomes Barroso. Código do Fundo: JK. Fundo/Coleção: Juízo de Fora. Partes: Coronel João Gomes Barroso
(Falecido) & Maria Joaquina de Azevedo Barroso (Inventariante). Ano: 1829-1835. Número: 8.096. Maço. 461.
7
Ibidem
8
Cf. SANTOS, Augusto Fagundes da Silva dos. História Financeira da Santa Casa de Misericórdia da Bahia no
século XVIII. Salvador: Quarteto, 2015.
9
A não especialização e a atuação em várias atividades simultaneamente é uma das principais características do
capital mercantil. Para um maior aprofundamento nesta questão, ver: ARRUDA, José Jobson de Andrade.
Exploração colonial e capital mercantil. In: História Econômica do período colonial. São Paulo: Hucitec-
FAPESP, 1996.
10
FONTE: FRAGOSO, João. Homens de grossa aventura. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1998, p. 322.
11
Ibidem.
12
Ibidem.
13
Ibidem.
14
Ibidem.
15
Ibidem.
16
Fontes: ANRJ. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Apelação Cível /Ação de Soldadas. Código do Fundo: EJ.
Fundo/Coleção: Casa da Suplicação do Brasil. Partes: Comendador João Gomes Barroso, José Bernardes Silva e
Francisco Pereira Nunes Madruga (Apelados) & Justo José Coelho (Apelante). Ano: 1826-1827. Número: 216.
Maço. 141. Galeria A. EJ0. ACI. 1269; ANRJ. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Apelação Cível / Libelo.
Código do Fundo: EJ. Fundo/Coleção: Casa da Suplicação do Brasil. Partes: Coronel João Gomes Barroso
(Apelado) & Antônio Félix Correia de Miranda (Apelante). Ano: 1818-1821. Número: 250. Maço. 142. EJ0.
ACI. 1235.
17
ANRJ. Libelo Cível. Código do Fundo: ZI. Fundo/Coleção: Juízo da Conservatória Inglesa. Partes:
Comendador João Gomes Barroso (Autor) & Delfina Rosa de Jesus (Ré). Ano: 1821. Número: 711. Maço.
2.334. Galeria A; ANRJ. Sentença Cível de Ação de Assinação de dez dias. Código do Fundo: EJ.
Fundo/Coleção: Casa da Suplicação do Brasil. Partes: Coronel João Gomes Barroso (Autor) & José Joaquim
Raposo (Réu Citado e Convencido). Ano: 1819. Número: 3.465 Maço. 2.331. Galeria A. EJ.0.ACI. 1448; ANRJ.
Autos Cíveis de Ação de Assinação de 10 dias. Código do Fundo: ZK. Fundo/Coleção: Juízo de Fora. Partes:
Coronel João Gomes Barroso (Autor Vencedor) & Manoel Antonio da Costa (Réu Citado e Convencido). Ano:
1819. Número: 645. Maço. 2.350. Galeria A; ANRJ. Ação de Juramento. Código do Fundo: EJ. Fundo/Coleção:
Casa da Suplicação do Brasil. Partes: Coronel João Gomes Barroso (Autor) & Antonio José de Novais Castro
(Réu). Ano: 1811. Número: 3.467. Maço. 2.331. Galeria A. EJ0. ACI. 0449; ANRJ. Executivo. Código do
Fundo: EJ. Fundo/Coleção: Casa da Suplicação do Brasil. Partes: Coronel João Gomes Barroso (Autor) & José
Batista (Réu). Ano: 1810. Número: 3.460. Maço. 3.467. Galeria A. EJ0. ACI. 0448; ANRJ. Libelo. Código do
Fundo: ZI. Fundo/Coleção: Juízo da Conservatória Inglesa. Partes: Coronel João Gomes Barroso (Autor) &
Antônio de Barros e Melo e outros (Réus). Ano: 1813. Número: 615. Maço. 2.333; ANRJ. Apelação Cível /Ação
de Soldadas. Código do Fundo: EJ. Fundo/Coleção: Casa da Suplicação do Brasil. Partes: Comendador João
Gomes Barroso, José Bernardes Silva e Francisco Pereira Nunes Madruga (Apelados) & Justo José Coelho
(Apelante). Ano: 1826-1827. Número: 216. Maço. 141. Galeria A. EJ0. ACI. 1269; ANRJ. Apelação Cível /
Libelo. Código do Fundo: EJ. Fundo/Coleção: Casa da Suplicação do Brasil. Partes: Coronel João Gomes
Barroso (Apelado) & Antônio Félix Correia de Miranda (Apelante). Ano: 1818-1821. Número: 250. Maço. 142.
EJ0. ACI. 1235.
18
Os filhos Alexandre e Antonio Barroso e o genro, o Conde de São Simão anteciparam da suas respectivas
heranças em menos de sete meses o valor de 50:696$587 réis.
19
Esta reforma durou cerca de sete meses, entre o final de janeiro de 1830 e o final de agosto do mesmo ano a
um custo total de 6:646$880 réis. Foram expedidos sessenta e seis recibos de pagamentos.
20
ANRJ. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Inventário. Código do Fundo: JK. Fundo/Coleção: Juízo de Fora.
Partes: Coronel João Gomes Barroso (Inventariado) & Maria Joaquina de Azevedo Barroso (Inventariante). Ano:
1831. Número: 8.821. Maço. 461.
21
ANRJ. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Libelo. Código do Fundo: ZI. Fundo/Coleção: Juízo da
Conservatória Inglesa. Partes: Coronel João Gomes Barroso (Autor) & Antônio de Barros e Melo e outros
(Réus). Ano: 1813. Número: 615. Maço. 2.333.
22
Ibidem
23
Privilégio dos Moedeiros da Cidade de Lisboa. Ordenações Filipinas, 1603, livro 2º, título 62, parágrafo 3º.
24
OLIVAL, Fernanda. As ordens militares e o Estado Moderno. Honra, Mercê e Venalidade em
Portugal (1641-1789). Lisboa: Estar Editora, 2001, p. 21.
25
Para aprofundar questões acerca da negociação entre a Coroa e os súditos da América portuguesa, cf.
BICALHO, M. F. B. Centro e Periferia: Pacto e negociação política na administração do Brasil colonial. Leituras
(Lisboa), Lisboa, v. 6, p. 17-39, 2000.
Referências
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Econômica do período colonial. São Paulo: Hucitec- FAPESP, 1996.
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