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O PREFEITO DE PETRÓPOLIS, no uso de suas atribuições constitucionais e legais,

tendo em vista o que consta no artigo 11 da Lei Municipal 7556 de 09/10/2017.

E CONSIDERANDO:

- o dever constitucional de garantir educação a todos que dela necessitarem ou


desejarem

- a necessidade de assegurar a continuidade do processo ensino e aprendizagem aos


alunos, de forma a oferecer uma educação de qualidade; e

- a existência de unidades escolares da Rede Municipal de Ensino com localização em


áreas que dificultam a alocação de Profissionais da Educação.

DECRETA:

Art. 1º - Os servidores da Secretaria de Educação dos grupos ocupacionais


denominados no artigo 7º da Lei Municipal 7556 de 09/10/2017, c/c o artigo 26 da Lei
6870 de 03/08/2011, farão jus ao recebimento do adicional de difícil acesso, no valor de
30% sobre o seu vencimento base, conforme artigo 11 da Lei Municipal 7556 de
09/10/2017.

Art. 2º - O adicional será percebido aos servidores lotados e em exercício nas unidades
educacionais consideradas de difícil acesso, de acordo com os critérios estabelecidos
no presente Decreto.

Art. 3º - Serão consideradas unidades educacionais de difícil acesso:

I – Aquelas onde a oferta de linhas de transporte coletivo municipal, ultrapassar um


interstício acima de 2 (duas) horas, no trajeto até a unidade.

II – Aquelas onde o destino final da linha de transporte coletivo municipal obrigue o


servidor a caminhar a pé, diariamente, até a unidade, um mínimo de 1,5 (um e meio)
quilômetros.

III – Aquelas localizadas em locais que obriguem o servidor, diariamente, a esforço físico
extraordinário, como subir e descer encostas íngremes, percorrer caminhos e vias
improvisadas, por uma distância superior a 500 metros.

§ 1º - Serão também consideradas unidades de difícil acesso aquelas que por qualquer
motivo, se encaixem, provisoriamente, nos critérios das alíneas anteriores,
considerando-se para isso o prazo mínimo de 30 (trinta) dias, da ocorrência que motivou
a mudança da situação da unidade para unidade de difícil acesso.

§ 2º - Para definir as unidades educacionais de difícil acesso, será criada comissão


composta com 4 (quatro) servidores dos seguintes setores da Secretaria de Educação:
setor responsável pelo transporte escolar, setor responsável pelas ações
administrativas da Secretaria de Educação, setor responsável pelas ações pedagógicas
da Secretaria de Educação. A comissão será nomeada em Resolução publicada pela
Secretaria de Educação.

Art. 4º - A Secretaria de ........................... publicará até o mês de fevereiro de cada ano


letivo, a relação de unidades educacionais consideradas de difícil acesso.
Parágrafo único. Para atender o disposto no parágrafo § 1º do art. 3º deste Decreto,
será feita publicação especial da Secretaria de ......................................, até o mês de
setembro de cada ano letivo.

Art. 5º - O recebimento do adicional de difícil acesso dependerá de requerimento do


servidor, dirigido ao Secretário de Administração, junto ao Protocolo Geral da Prefeitura.

Art. 6º - O adicional de difícil acesso será para os seguintes servidores:

I - Servidores que utilizam transporte coletivo municipal que percorra o trajeto até o local
mais próximo da unidade educacional de difícil acesso, em mais de 1 (uma) hora, de
acordo com a previsão apresentada pela empresa concessionária do transporte.

II – Servidores residentes no município de Petrópolis que residam a uma distância


inferior a XXXXX quilômetros da unidade de difícil acesso.

Parágrafo único. Para comprovação de residência no município de Petrópolis, serão


aceitos os seguintes comprovantes: conta de consumo de energia elétrica, constando o
endereço da residência, em nome do servidor; conta de uso de linha telefônica fixa,
constando o endereço da residência, em nome do servidor; contrato de aluguel, com
firmas reconhecidas e autenticação, constando o endereço do imóvel, em nome do
servidor, sendo locatário ou locador; escritura ou documento equivalente do imóvel
autenticado, que sirva de residência, em nome do servidor.

III – Servidores em exercício na unidade de difícil aceso, pelo mínimo de 3 (três) dias
semanais.

Art. 7º - O adicional de difícil acesso não servirá como base de cálculo para qualquer
título de gratificação, bem como para o pagamento de 1/3 (um terço) de férias;

Art. 8º - O valor referente ao difícil acesso não se incorporará para quaisquer efeitos aos
vencimentos, ficando excluído da base de cálculo do adicional de tempo de serviço, não
sofrendo incidência de contribuição previdenciária, nem sendo utilizado como base de
cálculo para proventos de inatividade ou pensões.

Art. 9º - O adicional de difícil acesso será pago no 13º salário, de acordo com a média
aritmética apurada durante o período em que o servidor recebeu o adicional, do ano
letivo em curso.

Art. 10º - O adicional previsto no presente Decreto tem caráter provisório e não será
pago quando o servidor requerer licenças acima de 30 (trinta) dias, durante os recessos
escolares acima de 20 (vinte) dias e durante as férias do servidor.

Parágrafo único. O adicional de difícil acesso será pago durante o ano letivo e enquanto
o servidor permanecer lotado e em exercício nas unidades educacionais classificadas
como de difícil acesso.

Art. 11 - O servidor da Educação que detenha, em regime de acumulação, 2 (dois)


cargos de Professor, fará jus a apenas um adicional de difícil acesso, quando em ambas
as matrículas for lotado na mesma unidade educcaional de difícil acesso.
Parágrafo único. O Professor que ministre aulas no Regime Especial de Horas
Temporárias (REHT), em unidades educacionais de difícil acesso, farão jus a receber o
adicional referido neste decreto, desde que o REHT seja ministrado em unidade
educacional diferente da unidade onde o Professor é lotado e exerce suas atividade no
regime de matrícula.

Art. 12 - Os casos omissos serão resolvidos pela Secretaria de Educação e pela


Secretaria de Administração.

Art. 13 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

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