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Aplica - o de Defensivos Agr - Colas
Aplica - o de Defensivos Agr - Colas
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Até 70% dos produtos pulverizados nas lavouras podem ser perdidos
por má aplicação, escorrimento e deriva descontrolada.2
Conceitos básicos
Ao final desse módulo você será capaz de:
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*Definir e entender os principais conceitos utilizados na tecnologia de
aplicação
*Entender características das gotas pulverizadas como diâmetro,
espectro e densidade
• Vazão
• Pressão
• Volume de pulverização
• Dose
• Faixa de deposição
• Diâmetro de gota
• Densidade de gota
• Espectro de gotas
• Deriva
Vazão
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Vazão: quantidade, em volume, por unidade de tempo.
Pressão
Pressão: força aplicada a uma superfície, por unidade de área.
Psi (pound per square inch), libra por polegada quadrada, é a unidade
de pressão no sistema inglês/americano: 1 psi = 0,07 bar ;1 bar = 14,5 psi
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Volume de pulverização
Volume de pulverização: quantidade de solução (água + defensivo)
distribuída, por unidade de área (L/ha).
Se o volume for menor do que o necessário, a cobertura pode não ser satisfatória, e se
for maior poder haver escorrimento que implica em desperdício de produto e possíveis
danos a natureza.
Dose
Dose: quantidade de produto (agroquímico), em peso ou volume,
distribuído por unidade de área (kg/ha ou Litro/ha).
Faixa de deposição
Faixa de deposição: largura da área tratada relativa a uma passada do
equipamento.
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Dizemos que uma faixa de deposição é descontínua quando numa
mesma área tratada, encontramos pontos em que a deposição do princípio
ativo ou a quantidade de gotas depositadas é diferente.
Diâmetro de gota
Diâmetro de gota: tamanho da gotas, expresso por seu diâmetro, em
mícrons (1/1000 mm).
DMV é o diâmetro da gota que divide o volume aplicado por uma ponta,
em duas partes iguais. Uma constituída de gotas menores e outra constituída
de gotas maiores que o DMV.
Densidade de gotas
Densidade de gotas: número de gotas por unidade de área.
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Esse parâmetro tem grande importância no controle de pragas, doenças
e plantas infestantes.
Espectro de gotas
Espectro de gotas: variabilidade no tamanho das gotas produzidas por
um equipamento de pulverização.
Deriva
Deriva: desvio da trajetória das partículas liberadas pelo equipamento.
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que as perdas para fora da área tratada podem ser consideradas devido à
exoderiva (ou deriva intolerável).
Evaporação*
Uma das relações matemáticas para a previsão do tempo de vida t (em segundos) de uma gota
em função do seu diâmetro d (em micrometros) e das condições ambientais (depressão
psicrométrica, isto é, a diferença entre as temperaturas indicadas pelos termômetros de bulbo
seco e de bulbo úmido), é a seguinte:
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Tempo de vida da gotas
• Clima
• Solo
• Alvo
• Princípio ativo
• Máquina
Clima
Fatores climáticos, como temperatura, umidade relativa do ar e
velocidade do vento, devem ser monitorados, com o objetivo de se escolher o
momento ideal de aplicação.
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Fonte: TeeJet
Quando não for possível seguir essas recomendações, a aplicação deve ser
precedida de maiores cuidados, para se evitar a perda do defensivo, seja por
evaporação ou deriva.
Solo
A textura do solo pode influenciar na dose do produto a ser utilizada,
principalmente em defensivos que visam ao solo.
Geralmente as doses para solos argilosos são maiores que para solos
arenosos, já que os argilosos possuem maior quantidade de colóides, que
inibem o princípio ativo de alguns defensivos.
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Outro fator importante é a topografia. Em áreas declivosas, pode-se
tornar inviável a aplicação com máquinas tratorizadas, uma vez que a
segurança da operação pode ficar bastante comprometida.
Alvo
Aquilo que foi escolhido para ser atingido pelo processo de aplicação
(planta hospedeira ou suas partes, organismo nocivo, planta infestante, solo
etc.). Em função do tipo desse alvo, a pulverização a ser produzida deverá ter
características específicas para melhor atingi-lo.
Princípio Ativo
O princípio ativo é o componente tóxico do defensivo nas formulações
comerciais.
Máquina
O sucesso de uma aplicação fitossanitária depende da regulagem, da
manutenção e das características operacionais da máquina aplicadora
utilizada.
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População de gotas
Uma aplicação eficiente pressupõe uma perfeita cobertura da superfície
e uma distribuição uniforme das gotas produzidas.Caso se utilize um bico de
pulverização que produza gotas muito grandes, não haverá uma perfeita
cobertura da superfície e tampouco haverá uma boa uniformidade de
distribuição, a não ser que se utilize grande volume de líquido. Trabalhando
com gotas menores, consegue-se, geralmente, uma melhor cobertura
superficial e uma maior uniformidade de distribuição.
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VOLUME DE CALDA COBERTURA
PRODUTO TRATAMENTO
(L/ha) (gotas/cm2)
Pré-plantio 200-500 20-40
Herbicidas Pré-emergência 150-300 20-30
Pós-emergência 150-300 30-40
Inseticidas 300-400 20-30
Fungicidas 300-400 50-70
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Categorias de Qualidade de Pulverização de acordo com a B.C.P.C.
(*) Dados baseados nas pontas de pulverização de jato plano da série XR TeeJet
Christofoletti, 1999.
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Existem no mercado diversos tipos de equipamentos para aplicação de
defensivos, cada um com suas características de funcionamento.
Pulverizadores hidraúlicos
São equipamentos capazes de fragmentar o líquido em gotas devido a
pressão exercida sobre a mistura (água + produto), proveniente de uma bomba
hidráulica.
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Recomendado para aplicação de defensivos em pequenas áreas, ou
de uso doméstico, para aplicação de inseticidas em plantas ou animais.
Pulverizador motorizado
É uma máquina utilizada principalmente para aplicação de defensivos
agrícolas em culturas anuais ou perenes. Também é muito utilizado na
aplicação de agroquímicos em áreas urbanas ou em instalações para criação
de animais.
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Pulverizador de barra
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pulverizador montado (ligado ao sistema de três pontos) há pontos de engate
para o acoplamento e pontos de apoio para estacionamento.
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A barra de pulverização constitui-se na estrutura de suporte das
mangueiras e bicos. Normalmente é construída em estrutura metálica ou PVC,
de seção quadrangular ou circular, podendo alcançar cerca de 30 m de
comprimento. Normalmente é articulada em seções para recolhimento durante
o transporte. Pode apresentar mecanismo nivelador e dispositivo de segurança
contra choques em obstáculos. Alguns equipamentos mais modernos possuem
sensores de altura que controlam automaticamente a distância da barra em
relação ao alvo.
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Pulverizador montado
Pulverizador de arrasto
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parte deles não consegue chegar a 50% desse rendimento operacional
estimado.6
Pulverizador Autopropelido
Pulverizadores autopropelidos, autopropulsados ou automotrizes são
máquinas agrícolas com grande capacidade de carga e alto rendimento
operacional, utilizadas nas aplicações de agroquímicos equipadas com motor,
cabine e sistemas de pulverização (bombas, barras, bicos, etc) em uma mesma
plataforma, em um mesmo chassi.
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translado. As barras de pulverização possuem total acionamento hidráulico
com sistema auto-nivelante e medem entre 20 até 30 metros de comprimento. 6
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desse equipamento para que seja possível conseguir a total eficiência nas
aplicações de agroquímicos.
Pulverizadores pneumáticos
Os pulverizadores pneumáticos, também são conhecidos no campo como
atomizadores.
Tipos de atomizadores:
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Neste equipamento, existe um ventilador acionado pela tomada de força
do trator responsável pela corrente de ar que promoverá a quebra do líquido
em gotas de pequeno diâmetro. Com excesão do ventilador, o aspecto
construtivo é semelhante a um pulverizador hidráulico.
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Pulverizadores hidro-pneumáticos
São também chamados de atomizadores tipo cortina de ar. Esses
pulverizadores constituem uma das alternativas viáveis para aplicação de
defensivos em culturas perenes, tais como citrus, macieiras, pessegueiros,
cafeeiros, etc.
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As principais causas de perdas com esses equipamentos são:
Termo-nebulizadores
São equipamentos capazes de produzir gotas com diâmetro menor que
50µm. Utilizados geralmente para aplicação de inseticidas dissolvidos em óleo
(diesel), que ao serem colocados em contato com uma superfície aquecida, ou
ar quente, sofrem evaporação.
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Pulverizador eletrostático
O princípio de funcionamento do pulverizador eletrostático baseia-se em
transferir cargas elétricas às gotas, as quais quando se aproximam do objeto
aterrado (planta) com carga de sinal contrário a sua, são fortemente atraídas a
este.
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Fonte:VM CONTROLE DE PRAGAS
Pulverizador centrífugo
Os pulverizadores centrífugos são equipamentos para a aplicação de
defensivos agrícolas que utilizam o processo chamado atomização centrífuga
para a subdivisão do líquido em gotas menores.
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ser bastante criteriosa, sendo recomendada somente em explorações agrícolas
capazes de manejar bem esta técnica.
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Análise operacional e econômica das técnicas de
aplicação
A análise operacional e econômica das diferentes técnicas de aplicação
permite a seleção do equipamento mais adequado e do procedimento mais
apropriado para as distintas situações.
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Onde,
Vazão total
onde,
Tempo de abastecimento
onde,
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Eficiência operacional
onde,
• E - eficiência operacional
• Tpulv - tempo real de pulverização, em minutos
• Tcampo - tempo total do pulverizador no local de trabalho, em minutos,
menos o tempo de abastecimento
Pontas de pulverização
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O que se chama genericamente de bico é o conjunto de peças colocado no
final do circuito hidráulico, através do qual a calda é emitida para fora da
máquina.
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diferentes, que produzem gotas de vários tamanhos e que têm vazões
diferentes.
• Ângulo do Jato
• Tamanho de gotas
• Posicionamento
• Durabilidade
Ângulo do jato
As pontas de pulverização são projetados para produzir os jatos de
pulverização, com um dterminado ângulo em uma certa pressão.
Os mais comuns no mercado são os de 80 e 110 graus, sendo que este último
apresenta duas grandes vantagens:
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Tamanho e espectro de gotas
Nas décadas passadas, pouca atenção se dava à uniformidade de
distribuição durante as aplicações de produtos fitossanitários, pois se buscava
molhar bem a cultura, o que se conseguia mediante volume de calda bastante
alto.
As gotas muito grandes, devido ao seu próprio peso, atingem o solo por
escorrimento. As gotas pequenas possuem uma menor massa de líquido,
podendo evaporar em condições de baixa umidade relativa ou serem carreadas
pelo vento, provocando a perda de produto por deriva.
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Diâmetro da mediana volumétrica
Coeficiente de
Tipos de Bico homogeneidade
Bico defletor ou de
5 – 10
impacto
Bico tipo leque 2–5
Bico tipo cone 2-5
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largo. A caracterização numérica do espectro pode ser feita utilizando-se os
dados da avaliação da curva do percentual do volume acumulado em relação
ao diâmetro das gotas.
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Classificação de pulverização por tamanho de gotas
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Dessa forma, ocorrerá o cruzamento necessário entre os jatos para
manter a uniformidade da distribuição ao longo da barra, desde que se
mantenha uma altura mínima compatível com o ângulo do jato. Vale lembrar
que para pontas de jato cônico não é possível evitar este contato entre os jatos
adjascentes, o que leva a menor uniformidade de distribuição.
Pressão
Qualidade da água
Tipo de produto
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Material
A tabela abaixo mostra uma estimativa da vida útil da pontas de acordo com o
material.
Troca de pontas
Identificação
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Com relação a designação dos bicos, existe uma variação quanto aos
fabricantes e órgãos de pesquisa. Adiante seguem alguns exemplos utilizados:
F110/1.44/2.5
110 02
• corpo;
• filtro;
• caracol;
• ponta;
• porca de fixação.
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1. Bico tipo cone vazio
Como esses bicos trabalham a altas pressões, têm uma vida útil muito
pequena quando são fabricados em latão. Por esta razão, os fabricantes
preferem construí-los de material cerâmico, que propicia maior durabilidade.
As gotas produzidas por esse tipo de bico são normalmente maiores que
as de outros tipos, operando à mesma pressão. São recomendados para a
aplicação de herbicidas sobre o solo ou sistêmicos. Para uma melhor
uniformidade de distribuição na barra, recomenda-se que os bicos estejam
montados com uma inclinação de 30 a 45º, em relação ao plano vertical
(CHRISTOFOLETTI, 199110).
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Ponta tipo leque
Os bicos com pontas do tipo leque são formados pelas seguintes partes:
• corpo;
• filtro;
• ponta;
• capa.
Os bicos tipo leque são os mais utilizados na área agrícola devido a sua
diversidade de utilização.
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Apresentam uma concentração maior de líquido na parte central do jato,
mas com boa uniformidade de distribuição do líquido, em função da
sobreposição apropriada.
Existem outros modelos de ponta tipo leque que usam uma faixa maior
de pressão. Também existem pontas de jato plano duplo, mais recomendados
para aplicação em que se deseja boa cobertura e penetração entre as folhas.
Para aplicação entre as linhas da cultura, ou sobre as linhas, existem as pontas
tipo leque com perfil de distribuição uniforme (Even) ( ALBUZ, 199211).
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Ponta de impacto
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Ponta de indução de ar ou arejadora
Calibração
Ao final desse módulo você será capaz de:
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Calibração
Para se fazer a calibração dos aplicadores de agroquímicos, é importante
determinar alguns parâmetros, tais como:
• Tipo de equipamento;
• Tipo de produto químico;
• Estágio de desenvolvimento da cultura;
• Formulação do produto químico;
• Condições climáticas.
em que:
Q - volume de pulverização (L/ha)
q - vazão por bico ou do total de bicos (L/min)
v - velocidade de trabalho (km/h)
f - faixa de pulverização por bico ou total dos bicos (m)
NOTA:
Quando for utilizado a vazão por bico, a faixa de pulverização
considerada deverá ser correspondente à produzida por um bico apenas.
Quando se utilizar a vazão total, a faixa de pulverização deverá ser
correspondente ao comprimento da barra.
em que:
Pr - quantidade de produto químico por tanque (kg ou L)
Ct - capacidade do tanque (L)
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Q - volume de pulverização (L/ha)
D - dosagem de defensivo (kg/ha ou L/ha)
Pulverizador costal
.
No caso do pulverizador costal motorizado a faixa de pulverização é
determinada medindo-se a largura aplicada entre cada passada.
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Faixa de pulverização em culturas perenes (Fonte: Jacto S. A.).
Pulverizador de barra
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• Funcionamento dos registros ou regulagem da vazão;
• Funcionamento dos manômetros ou registros de regulagem da
pressão;
• Estado das tubulações;
• Funcionamento dos agitadores, etc.
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Calibração do pulverizador costal manual
Para se fazer a calibração do pulverizador costal, deve-se seguir os seguintes
passos:
1o) Marcar uma área igual a 100 metros quadrados (10 m x 10 m);
2o) Encher completamente o tanque do pulverizador;
3o) Aplicar na área, por faixa, usando uma cadência igual a de trabalho;
4o) Medir a quantidade aplicada;
5o) Determinar o volume de pulverização aplicando a seguinte fórmula:
em que:
Q – volume de pulverização (L/ha)
V - volume gasto na área (L)
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Demarcação do percurso.
Área = f x 50 m.
Logo, tem-se:
Correções necessárias
• Diminuir a pressão;
• Aumentar a velocidade de deslocamento;
• Trocar as pontas utilizados por pontas de menor vazão.
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Obs. De forma geral, se o volume de pulverização diferir mais de 25% do
volume desejado, trocar as pontas, caso contrário, alterar a pressão de
trabalho e a velocidade de pulverização. Em geral, os agricultores no campo
dispõe de um recipiente graduado que dispensa a realização do cálculos,
fornecendo uma leitura direta do volume de pulverização.
Aplicação aérea
Aplicação aérea*
A aviação agrícola possui um papel fundamental no aumento de ganho
de produtividade, pela sua natureza de rápida e eficaz cobertura. O avião
agrícola, nada mais é que uma máquina aplicadora como qualquer outra,
porém apresenta particularidades, não apenas por ser uma máquina que voa,
mas pelas características dinâmicas envolvidas na aplicação.
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A aplicação aérea, assim como a aplicação terrestre, apresenta
vantagens e desvantagens. Como principal vantagem tem-se a grande
capacidade operacional, isto é, a possibilidade de tratamento de grandes áreas
em pequeno tempo.
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As duas formas de aplicação apresentam vantagens e desvantagens.
Estas devem ser bem avaliadas e contornadas utilizando-se de técnicas
adequadas. As aeronaves agrícolas vêm apresentando melhorias contínuas, de
forma a promoverem aplicações mais eficientes e mais seguras do ponto de
vista ambiental.
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• Cabine vedada, impedindo a penetração de gases e vapores dos
produtos aplicados;
• Os produtos líquidos devem poder ser colocados no tanque por
tubulações a partir do fundo do tanque. Os produtos sólidos podem ser
colocados pela abertura superior do tanque de produtos, sendo que,
neste caso, a abertura deve ser de grandes dimensões;
• O revestimento da fuselagem do avião deve permitir fácil e rápida
inspeção da estrutura, motor e equipamento agrícola, bem como fácil e
rápida limpeza e lavagem de todo o avião, interna e externamente;
• O projeto e construção devem visar a facilidade de manutenção, e os
materiais utilizados devem ser resistentes à corrosão, típica do uso.
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O avião agrícola brasileiro
A aeronave agrícola (EMB) “Ipanema”, fabricada pela Empresa Brasileira
de Aeronáutica (EMBRAER) – fez o seu vôo inaugural em 31 de julho de 1970
e, desde então, é o único avião agrícola em escala comercial de fabricação
nacional. Existem atualmente novas propostas em desenvolvimento de novas
aeronaves por outros fabricantes, tais como a IPE e a KLAUSS, que pretendem
lançar no mercado modelos agrícolas .Em produção experimental há a
Empresa ASA, em Minas Gerais, que produz o modelo Falcão, mas de uso
restrito.
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aumento permitiu proporcionar um melhor aproveitamento da
capacidade de carga quando das aplicações de produtos com baixo
peso específico, em especial sementes;
2. Inclusão de amortecedores do trem de pouso com pastilhas de
poliuretano;
3. Incorporação do sistema agrícola com acionamento eólico, com melhoria
no desempenho das bombas e redução do arrasto aerodinâmico.
4. Motor: Lycoming, 320 HP, 2.700RPM, 6 cilindros (Motor a álcool) e
Lycoming, 300 HP, 2.700RPM, 6 cilindros (Motor a gasolina).
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de vôo têm uma influência significativa seu sucesso. Portanto, pulverizar
adequadamente é tão importante quanto aplicar corretamente.
Para isso, é necessário então que ocorra uma cobertura com densidade
apropriada, dependendo da natureza do produto e objetivo da aplicação. Se for
realizada uma aplicação de um produto que atue por contato, por exemplo,
uma maior cobertura será necessária.
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• Velocidade relativa líquido / ar.
Tamanho de gotas na
pulverização aérea em
função da posição do bico em
relação ao fluxo de ar. Fonte:
Christofoletti, 2005.
Esta por sua vez, em geral depende do ajuste do ângulo das pás. Os
atomizadores rotativos são equipamentos que necessitam de elevada precisão
de fabricação. Uma de suas caracteristicas, que os diferenciam dos bicos
hidráulicos, é formação de gotas com espectro de gotas estreito, isto é, com
uma amplitude de tamanhos pequena.
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Costuma-se subdividir os atomizadores rotativos em dois grupos:
atomizadores de tela e de discos. Nos atomizadores de tela, como o “Micronair”
fabricado pela Micron Sprayers, um cilindro de tela gira sobre um eixo fixado
em um suporte, por meio da ação do ar em movimento que incide nas pás de
hélice.
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Além disso, nem toda aplicação com atomizador rotativo pode ser
considerada como CDA. Sendo a pulverização constituída de gotas eficientes,
sem as excessivamente grandes ou pequenas, o volume de aplicação pode ser
reduzido ao mínimo.
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Nele posicionamos a velocidade da aeronave (4º passo) no eixo “x” e a
rotação necessária (5º passo) no eixo “y”, a partir daí obtem-se um ponto (6º
passo) no gráfico e, seguindo em direção (7º passo) a interseção em uma das
curvas (8º passo), em função do volume desejado, determina-se a angulação
que será responsável pela rotação que promoverá a gota com o tamanho
desejado.
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Determinação da angulação das pás do “Micronair” AU-5000/2. Fonte: OZEKI
e KUNS, 1994.35
O avião deve voar com vento de través. Feito isso, procede-se a contagem e
determinação de tamanho de gotas.
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Esquema de ensaio de faixa de deposição.
Pulverização eletrostática
Dentre as novas tecnologias disponíveis para uso comercial, visando à
redução na contaminação ambiental, está o sistema de pulverização
eletrostática para aeronaves agrícolas, que consiste em carregar as gotas
promovendo uma atração ao alvo, e com isso uma redução significativa de
volume de calda aplicada e ingrediente ativo.
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elétrico gerado por anéis de indução, que envolvem os bicos de pulverização,
ligados a um gerador. Gotas finas (em torno de 150 µm) têm maior potencial
para serem utilizadas nestes sistemas, pois permitem uma maior razão
carga/massa (expressa em milioulumbs por quilograma de líquido carregado).
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Efeito da aerodinâmica na aplicação aérea: vórtices de
ponta de asa e de hélice
Em razão das diferenças de pressão, quando a aeronave está voando,
da tendência de equilíbrio entre as pressões das partes inferiores e superiores
da asa e dos efeitos aerodinâmicos há a geração de uma turbulência nas
extremidades das asas, turbulência esta denominada de vórtices.
A distribuição dos bicos ao longo da barra não deve ser superior a 75%
da semi-envergadura. Além disso, visando minimizar estes efeitos, melhorar a
performance da aeronave, diminuir o arrasto aerodinâmico e uniformizar a
deposição, novas barras porta-bicos com perfis aerodinâmicos estão sendo
desenvolvidas, juntamente com adoção de sistemas especiais junto a ponta da
asa, conhecidos como wing-lets ou ag-tips.
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O vórtice de ponta de asa causa a movimentação do ar nas
extremidades das asas do avião. Por isso, os elementos pulverizadores não
devem ser colocados nas extremidades. O vórtice de hélice tende a concentrar
a neblina em um lado do avião. Assim, é necessário estudar a altura de vôo e a
posição de colocação dos bicos junto ao corpo do avião para reduzir o
coeficiente de variação da distribuição transversal.
Balizamento de áreas
A orientação nas áreas de aplicação é fundamental para o sucesso de
uma boa e segura operação. Nos procedimentos de orientação, um estudo
detalhado da área a ser aplicada, definição de sentido de vôo, observação de
ventos predominantes e culturas sensíveis e determinação de distâncias legais
a serem respeitadas de acordo com a legislação específica de aviação
agrícola, visando um melhor e maior rendimento operacional, devem ser
evidenciados.
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Sentido de vôo em função do vento. Fonte: Akesson e Yates37
(1975)
69
Sistemas de balizamento. Fonte: Manual do fabricante (a) Airtractor e (b) Embraer.
Detalhe de um sistema de barra de luz instalado numa aeronave agrícola para balizamento.
70
Quimigação
Quimigação
71
problemas que causam prejuízo à cultura. Em geral, na quimigação a
uniformidade de distribuição do agroquímico acompanha a uniformidade de
distribuição da água, daí resulta a importância do manejo adequado do sistema
de irrigação.
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rendimento da cultura equivalente ou, algumas vezes, superior ao obtido com a
pulverização convencional.
Esse é o motivo por que muitos defensivos solúveis em água são menos
eficientes ou ineficientes por via da água de irrigação, em relação à aplicação
deles pelos métodos convencionais (trator e avião). Outros defensivos (com
baixa solubilidade em água) que visam à parte aérea das plantas, no entanto,
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são eficazes na quimigação, superando, em alguns casos, o nível do controle
que se consegue com a aplicação deles pelos métodos convencionais.
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Menores riscos ao operador: A quimigação pode ser realizada sem a presença
do operador na lavoura, ou com o operador e o equipamento de injeção de
agroquímicos protegidos em abrigo. Mesmo no caso de a injeção ser feita
próxima à torre central e ao ar livre, a presença do operador não é necessária
durante todo o tempo de distribuição. Na aplicação tratorizada e, sobretudo na
aérea, o volume de calda é muito pequeno, em relação ao usado na
quimigação. Por isso, a concentração do defensivo na água é maior naqueles
casos.
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após determinado tempo a aplicação torna-se uniforme ao longo de todo
o sistema.
• Molhamento sem necessidade: Algumas vezes o defensivo é aplicado
por via da água de irrigação sem a necessidade de molhar o solo. Nesse
caso, além do custo adicional com energia, o molhamento excessivo
pode aumentar a intensidade de doenças.
• Necessidade de manejo eficiente: a quimigação pressupõe o manejo
eficiente da irrigação para o sucesso da operação.
• Equipamentos adicionais: há necessidade de adquirir alguns
equipamentos adicionais para se realizar a aplicação com segurança.
Vantagens:
Desvantagens
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aumenta à medida que se afasta do centro do pivô, porque a vazão de
água aplicada por unidade de comprimento também aumenta nesse
sentido. Por isso, à medida que aumenta o tamanho da área coberta
pelo pivô são maiores as chances de ocorrer escoamento superficial.
• Corrosão: Muitos produtos químicos, especialmente os fertilizantes, são
corrosivos. O uso de solução bem diluída minimiza esse efeito. Ademais,
recomenda-se a aplicação de água pura após a fertirrigação para lavar o
sistema.
Vantagens:
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• Eficiência: Muitos defensivos que visam à parte aérea das plantas são
eficazes quando aplicados através da água de irrigação.
• Potencial de redução das doses de alguns defensivos: Quando se usa
formulação apropriada de alguns inseticidas, consegue-se obter controle
econômico da praga com doses menores e com menor freqüência de
aplicação.
• Redução de injúrias às plantas: Há menor risco de injúrias às plantas por
causa da melhor distribuição do defensivo no dossel e da menor
concentração dele na parte aérea.
Desvantagens:
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aplicados na forma de gotas (óleo mais defensivo) com a água de irrigação,
mas sem se misturar com ela.
Fungigação
Muitos fungicidas aplicados na folhagem das plantas são protetores.
Eles só são eficazes no local de aplicação (ação local) e devem estar
presentes na superfície das plantas antes do patógeno, ou, no mínimo, antes
de os esporos germinarem, para prevenir infecção.
Insetigação
Entre os defensivos aplicados na parte aérea das culturas por intermédio
da água de irrigação, é com os inseticidas que se tem alcançado os resultados
mais positivos. Infere-se, dos resultados de pesquisas disponíveis,
especialmente com milho, algodão, soja e hortaliças, que os defensivos
eficazes na insetigação são pouco solúveis em água ou solúveis em óleo.
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Os inseticidas podem ser injetados na água de irrigação sem diluição, ou
podem ser diluídos em água ou em óleo não-emulsificante até o volume que
fique dentro da capacidade de funcionamento da bomba injetora.
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Bombas injetoras
Válvulas de segurança
81
Influência da qualidade da água na quimigação
O tanque de pré-mistura geralmente é abastecido com a água de
irrigação, e sua qualidade pode influenciar na eficiência da quimigação. O
conhecimento das características da água de irrigação, com relação ao pH, à
dureza e ao teor de argila e de compostos orgânicos em suspensão, é útil para
o sucesso dessa tecnologia.
pH
Dureza
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O uso de tanque pequeno para a pré-mistura, onde o defensivo é diluído
em pouca água (de boa qualidade) ou em óleo, associado a bomba com
capacidade de trabalhar de maneira compatível com a capacidade do tanque,
elimina o problema.
Segurança ambiental
Quando se fala em quimigação, a primeira dúvida que se tem é com
relação à segurança ambiental. É importante frisar que toda e qualquer forma
de aplicação de agroquímicos representa risco ao ambiente quando mal
manejada. Porém, feita de forma correta, a quimigação, assim como a
aplicação convencional, minimiza os efeitos adversos ao ambiente.
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Propriedades físico-químicas
Ao final desse módulo você será capaz de:
Servem como guia para a correta seleção dos produtos. Vale ressaltar
que, muitas vezes, essas propriedades não vêm impressas junto ao produto,
entretanto, podem ser solicitadas ao fabricante, já que fazem parte do relatório
de avaliação ecotoxicológica para registro do produto.
Grau de pureza
A pureza máxima obtida para determinado produto, dentro do processo
de fabricação, é expressa pelo seu grau de pureza. Quanto mais puro o
produto, melhor. Além disso, algumas impurezas metálicas, como cromo,
arsênio, cádmio, mercúrio e chumbo, podem, dependendo de sua
concentração, afetar adversamente o ambiente
Pressão de vapor
A pressão de vapor de um agrotóxico puro a 20-25°C é fornecida em
mm de mercúrio. Quanto maior a pressão de vapor, maior a probabilidade de o
produto aplicado transformar-se em um gás, podendo se perder na atmosfera,
diminuindo, assim, a eficiência da aplicação.
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Trata-se de uma propriedade relevante para a aplicação de agrotóxicos:
Solubilidade
A solubilidade é definida como a concentração de saturação de uma
substância em água pura, a uma dada temperatura (geralmente entre 20 e
25°C), sendo fornecida em mg/L ou ppm.
pH
O pH é o valor decimal, com sinal trocado, da concentração em íons
hidrogênio. Essa propriedade relaciona-se com a corrosividade do produto,
influenciando a escolha do melhor equipamento de pulverização. Outras
aplicações referem-se à compatibilidade com outras substâncias e à absorção
do produto pelas células biológicas.
85
entendimento das condições e processos de ionização, que podem levar a
alteração no comportamento dos produto.
Dessa forma, duas constantes de ionização podem ser definidas: ácido e base.
Dessa forma, quanto maior o pKa, mais fraco é o ácido, ou seja, menor a
tendência para se dissociar.
86
Conseqüências ambientais das constantes de ionização dos agrotóxicos
Agrotóxico
pKa ou dominante Conseqüência ambiental
pKb
Alta mobilidade no solo, exceto se houver compostos
pKa<3 Carga negativa químicos complexos formados; menor mobilidade em
condições ácidas; muito solúvel; pouco volátil
Comporta-se como material não-iônico, exceto em
condições alcalinas; menor mobilidade do que na
pKa>10 Neutro condição aniônica; provavelmente menor solubilidade do
que na condição aniônica (carga negativa), volatilização
possível
Calcular a Se o valor do pH for próximo ao pKa, mobilidade,
pKa 3-10 proporção X- solubilidade e volatilidade serão influenciadas pelo pH
/XH
Baixa mobilidade; muito solúvel; pouco volátil; grande
pKb<4 Carga positiva adsorção ao solo, ocasionando meia-vida longa, mas
com baixa atividade biológica
Comporta-se como material não-iônico, exceto em
pKb>11 Neutro condições ácidas; mais móvel e menos solúvel do que na
condição catiônica (carga positiva); volatilização possível
Calcular a Se o valor (14-pH) for próximo ao pKb, mobilidade,
pKb 4-11 proporção solubilidade e volatilidade serão influenciadas pelo pH
(X+/X(OH)
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na sua forma dissociada no ambiente aquático, será improvável de sofrer
transferência para o ar; por outro lado, pode ficar fortemente presa ao solo.
Volatilidade
Volatilização é o processo pelo qual um sólido ou líquido evapora para a
atmosfera na forma de gás. Esse processo constitui grande forma de perda de
agrotóxicos para o ambiente.
Meia-vida no solo
A meia-vida do agrotóxico representa sua persistência no solo. Trata-se
de uma propriedade muito importante para produtos que visam o solo e
também para a previsão de possível contaminação ambiental.
88
O coeficiente de partição, Kow, é usualmente dado na forma de seu
logaritmo em base 10, variando de -5 a 5. Agrotóxicos lipofílicos têm altos
valores de Kow e os hidrofílicos, baixos (ABEAS, 200116).
Adsorção/dessorção
A retenção é um dos processos-chave que afeta o destino das
moléculas orgânicas no ambiente solo-água. A retenção pode ser via adsorção
e absorção à matriz e microorganismos do solo.
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• Razão entre a concentração do produto adsorvido ao carbono orgânico
do solo e a concentração do produto na água. Essa medida é
representada pelo Koc (Coeficiente de Partição Carbono Orgânico-
Água).
Fotodecomposição
Alguns produtos podem ser degradados por fotólise. Trata-se de uma
reação em que ocorre a quebra da molécula por meio da luz solar, mais
propriamente, através da energia disponível em fótons de vários comprimentos
de onda (290 a 400 nm).
Tensão superficial
A tensão superficial, variável de líquido a líquido, consiste em forças que
existem na interface de líquidos não-miscíveis, impedindo que eles se
misturem.
90
Hidrólise
A hidrólise introduz um grupo hidroxil na molécula inicial. O produto
resultante é usualmente mais susceptível a possíveis ataques de processos de
biodegradação e fotólise.
Tenacidade
A tenacidade, na verdade, não é uma propriedade, mas uma
característica dos agrotóxicos, resultante de diversas outras propriedades. A
tenacidade consiste na resistência à ação das intempéries.
O bom fungicida, por exemplo, não deve ser decomposto por hidrólise,
por reações fotoquímicas, por volatilização ou sublimação e, principalmente,
não deve ser facilmente lavado pela água.
Formulações
Formulações de agroquímicos
Formular é preparar componentes ativos na concentração adequada,
adicionando substâncias coadjuvantes, tendo em vista que o produto final
91
possa ser disperso em determinadas condições técnicas de aplicação, para
cumprir eficazmente sua finalidade biológica, mantendo essas condições
durante o armazenamento e transporte
Tipos de formulações
Os principais tipos de formulações registradas no Brasil são
apresentadas a seguir. Em função da harmonização da terminologia
internacional e, especificamente na área do MERCOSUL, o Brasil passou a
92
adotar, as siglas internacionais para essas formulações, siglas derivadas da
língua inglesa.
• DP – Pó
• GP - Polvilho Fino
• ED – Líquido para pulverização eletrostática
• MG – Microgranulado
• SO – Óleo para formar película
• SU – Solução para aplicar em UBV (ultra baixo volume)
• GR - Granulado
• CG – Granulado encapsulado
• FG – Granulado fino
• GG – Macrogranulado
• TP – Pó para despitagem
• UL – Produto para aplicar em UBV
Pó Seco (DP)
Material adsorvente (mineral de argila) impregnado com o ingrediente ativo
mais um material inerte (talco)
Vantagens
1. Pronto uso
2. Requer equipamento simples
Desvantagens
Grânulos (G)
Partículas sólidas (silicato, argila, gesso, resíduos vegetais, plásticos),
impregnadas com agroquímicos. Possuem tamanho grande (isca) ou bem
pequeno (microencapsulado).
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Todas as partículas contêm o princípio ativo. Dentre as formulações
granuladas, predominam os inseticidas sistêmicos, nematicidas, sendo mais
raros os fungicidas e os herbicidas.
Vantagens
• BR – Bloco
• DC – Concentrado dispersível
• EC – Concentrado pra emulsão
• EO – Emulsão (água em óleo)
• EW – Emulsão (óleo em água)
• PC – Concentrado em pasta
• SC – Suspensão concentrada
• CS – Suspensão de encapsulado
• SE – Emulsão heterogênea
• SG – Granulado solúvel em água
• SL – Concentrado solúvel em água
• SP – Pó-solúvel
• TB – Tablete
• WG – Granulado para suspensão aquosa
• WP – Pó-molhável
Pó molhável (WP)
Material de argila (com i. a. adsorvido) mais adjuvantes (agente
molhante, dispersante, antiespumante, estabilizante, etc.). Largamente utilizada
para fungicidas (maioria), herbicidas e inseticidas.
94
armazenagem, aderentes que lhe conferem resistência à lavagem pela chuva,
tampões de pH, agentes de suspensão, etc.
Vantagens
1. Baixo custo
2. Facilidade de transporte, manuseio e armazenamento
3. Menor fitotoxidade do que os concentrados emulsionáveis
4. Menor absorção pela pele e olhos que os CE e outras formulações
líquidas
Desvantagens
95
O mercado atual tem exigido formulações mais concentradas possíveis,
visando ao emprego de doses menores; no entanto, essa tendência é limitada
pela solubilidade das matérias ativas no solvente.
Vantagens
Desvantagens
Vantagens
96
São formulações formadas pelo agroquímico que é dividido em pó fino,
suspenso em água do líquido orgânico e então misturado com sólidos inertes
mais um adjuvante (Kissmann, 1997).
Vantagens
Desvantagens
Microcápsulas
São formulações em que partículas de defensivos (líquido ou sólido) são
envolvidas por uma película plástica. Essa formulação é misturada com água
antes da pulverização
Vantagens
Desvantagens
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estável. Embora o preparo de emulsão seja relativamente barato o seu uso é
limitado pela dificuldade de manuseio, instabilidade durante a armazenagem e
pela necessidade e incorporação dos agentes de estabilização.
Outras formulações
Formulações para tratamento de sementes
• AE – Bomba de aerosol
• CB – Isca concentrada
• FU – Produto fumigante
• FD – Pastilha fumigante
• FK – Vela fumigante
• FP – Cartucho fumigante
• FR – Filamento fumigante
• FT – Tablete fumigante
• FW – Grânulo fumigante
• GA – Gás (embalagem pressurizada)
• GE – Produto gerador de gás
• GS – Pasta oleosa
• HN – Concentrado para nebulização a quente
• KN – Concentrado para nebulização a frio
• LA – Laca
• PA – Pasta
• PR – Filamento vegetal
• RB – Isca pronta
• ABI – Isca de grãos
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• BB – Isca em blocos
• GB – Isca granulada
• PB – Isca em pires
• SB – Isca em aparas
• VP – Produto formulador de vapor
Desenvolvimento de formulações
A formulação de um agroquímico é o resultado de uma longa e
caríssima pesquisa. Pode-se estimar que desde a fase inicial da pesquisa de
uma molécula, passando pelos estudos de desenvolvimento biológico, químico
e físico, até os estudos toxicológicos, têm-se em média oito anos de trabalho e
aproximadamente 200 milhões de dólares envolvidos.
99
• Odorizantes – Imprimem odor agradável ou desagradável
100
eliminam a possibilidade de derrame acidental durante essa operação, evitam
erros de concentração e não deixam sobras para serem descartadas no final.
Adjuvantes
Ao final desse módulo você será capaz de:
Adjuvantes
Os adjuvantes são compostos, sem propriedades fitossanitárias, exceto
a água, adicionados às formulações de defensivos ou à calda de pulverização,
para facilitar a aplicação, aumentar a eficiência e tornar a utilização do
defensivo mais segura.
• rápida absorção
• maior cobertura e aderência
• maior segurança e eficiência da aplicação
101
pulverização. Há duas formas de corrigir o problema causado pela dureza da
água: acrescentar um tensoativo não iônico, que pode corrigir características
físicas da calda; e acrescentar um quelatizante na água, antes da preparação
da calda. Quelatizantes são compostos que isolam a carga elétrica e suprimem
a reatividade de íons.
Adjuvantes especiais
Uma série de compostos podem beneficiar a performance de um produto
fitossanitário:
102
Qualidade da água
Ao final desse módulo você será capaz de:
Qualidade da água
A água de rios e de açudes apresenta argila e partículas orgânicas em
suspensão. Em função disso, os agricultores estão usando água de poços
artesianos para a pulverização de agrotóxicos; entretanto, essa pode ser dura e
o pH pode ultrapassar a 10, dependendo da rocha matriz, a qual controla a
riqueza em minerais dissolvidos na água (RAI; KITTRICH, 198918).
103
Além disso, em pH mais baixo, a taxa de hidrólise é retardada,
mantendo a folha úmida por um maior tempo, pois a superfície das folhas tem
um pH neutro, havendo uma interação com o pH da calda.
104
De modo geral, quanto mais completo é o equipamento de proteção,
mais desconfortável é a realização do trabalho, particularmente nas horas mais
quentes do dia. Portanto, devem ser escolhidos de preferência os produtos que
não exijam equipamento de proteção muito complexo e cuja formulação
apresente menor risco.
Risco de intoxicação
O risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de
uma substância química causar efeito tóxico. O Risco é uma função da
toxicidade do produto e da exposição:
105
“A filosofia do risco zero é politicamente inadequada, socialmente suicida e
cientificamente ingênua”. (Goellner, C.I. 1993)
Vias de intoxicação
Os praguicidas podem atingir o organismo humano através das vias oral,
dérmica (mucosas e cortes) e respiratória. A velocidade de absorção nestes
locais será determinada fundamentalmente pelas propriedades físico-químicas
do produto usado, pelas condições do meio ambiente e pelo tipo de
formulação.
A intoxicação por esta via tem sido observada nos indivíduos que,
durante a aplicação dos praguicidas, inadvertidamente fumam em serviço,
levam as mãos à boca ou comem sem lavar as mãos. A exposição oral pode
ser causada, também, por respingos de líquido concentrado na boca, quando
se mede o defensivo a ser diluído na água, ou ao tentar desentupir o bico do
pulverizador com a boca, soprando-o.
106
Intoxicação por Via Dérmica
107
Recomendações gerais de proteção
Proteção para a cabeça
Para a proteção dos olhos, podem ser usados capacete com viseira, ou
óculos de segurança, de preferência com lente inteiriça de material resistente e
transparente que permita amplo campo de visão.
Para evitar o contato direto com o produto, devem sempre ser utilizados
vestuários leves que protejam a maior parte possível do corpo. As roupas
plásticas (impermeáveis) além do desconforto, podem provocar no usuário uma
convulsão térmica devido ao aumento da temperatura.
108
cordões, fechos ou forração e de preferência de cor branca. A utilização de
meias de algodão favorece a estabilização da temperatura interna na bota.
109
2. Com manutenção, que possuem filtros especiais para reposição. São
normalmente mais duráveis produzidas em borracha ou silicone. Em
algumas máscaras podem ser utilizados dois cartuchos/filtros e em
outras apenas um cartucho.
Proteção Auditiva
110
Fonte: ANDEF
111
Os respiradores devem ser mantidos conforme instruções específicas
que acompanham cada modelo. Respiradores com manutenção (com filtros
especiais para reposição) devem ser descontaminados e armazenados em
local limpo. Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma embalagem
limpa para diminuir o contato com o ar.
Descarte
112
Termos técnicos português-inglês
Termo em português Termo em ingles
rendimento yield
traçador tracer
surfactante surfactant
subparcelas subplots
113
Termo em português Termo em ingles
semeadura sowing
amostras samples
pressão pressure
parcelas plots
pragas pest
ponta de jato plano redutor de deriva low drift flat fan spray tip
114
Termo em português Termo em ingles
calagem liming
calcário limestone
calcário lime
teor level
entrenós internodes
gesso gypsum
gota droplet
deriva drift
115
Termo em português Termo em ingles
deposição deposition
colmo culm
cobertura coverage
quimigação chemigation
ensaio assays
116
Termo em português Termo em ingles
assistência de ar air-assistance
ponta de jato plano de indução de ar air induction flat fan spray tip
Bibliografia
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4 - Wikipédia http://pt.wikipedia.org
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de plantas. Passo Fundo, Gráfica e Editora Pe. Berthier. 1994. 111p
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14 - ZAMBOLIM, L. , VALE, F. X.; COMSTA, H. Controle integrado de doenças de
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sprinkler irrigation system. Fayetteville: Univ. of Arkansas Agricultural Experimental Station
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irrigation – a review. Pestic. Sci., v.55, p.412-422, 1999.
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