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O problema é de quem?

O rato vê o fazendeiro abrindo um pacote e fica aterrorizado ao descobrir que se trata


de uma ratoeira. Ele então corre pelo pátio da fazenda e adverte:

– Cuidado! Há uma ratoeira na casa!

A galinha, contudo, ao ver o desespero do rato, comenta:

– Desculpe-me, Sr. Rato. Eu entendo que isso seja um grande problema para você, mas
não me prejudica ou incomoda em nada.

O rato então vai até o porco e diz:

– Há uma ratoeira na casa!

– Sr. Rato, desculpe, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar por você.
Fique tranquilo que lembrarei de você em minhas orações – responde o porco.

Já em desespero, o rato se dirige à vaca, mas ela dá de ombros e comenta:

– Uma ratoeira? Ué, o que eu tenho a ver com isso?

Cabisbaixo e abatido o rato volta para casa, e tem de encarar sozinho a ratoeira do
fazendeiro.

E naquela mesma noite ouviu-se o barulho da ratoeira pegando sua vítima. A mulher
do fazendeiro correu para ver o que havia capturado e, antes que percebesse que havia
pegado a cauda de uma cobra venenosa, foi picada por ela.

O fazendeiro levou-a imediatamente ao hospital e, quando voltou, percebendo a esposa


ainda febril, decidiu preparar-lhe uma canja de galinha. Saiu, pegou seu cutelo, foi até
o galinheiro e providenciou o ingrediente principal.

Como as coisas não melhoraram, no dia seguinte alguns amigos e vizinhos vieram
visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro decidiu matar o porco.

Passaram-se alguns dias e infelizmente a mulher não resistiu e acabou morrendo;


muita gente veio para o funeral e o fazendeiro precisou sacrificar a vaca para
alimentar todo aquele povo.

Esta história pode ser utilizada como discurso pelo gestor para mostrar à equipe a
necessidade de realizar um trabalho em conjunto de excelência, ou seja, que sempre
colabore também com os resultados individuais de cada um, para que assim todos
tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver, no sentido de obter sucesso em suas
carreiras.
Esvazie sua xícara… (Filosofia Zen)

Já percebeu que no geral, o ser humano adora “acumular coisas”? No


armário, roupas velhas que não usa a “séculos” e que provavelmente não
usará nunca mais. Dentro de caixas e gavetas, uma infinidade de coisas
desnecessárias. Nem a geladeira escapa, lotada de alimentos que
certamente estragarão, antes que alguém os coma. Esse acúmulo todo
acaba se tornando um grande desperdício de espaço.

Não satisfeitos, acabamos comprando mais roupas, que vão dividir o


espaço no armário com aquelas roupas velhas que relutamos tanto em nos
livrar. E assim, o armário vai ficando repleto de coisas sem utilidade, onde
a poeira se acumula e as traças fazem a festa, como se tudo aquilo fosse
uma refeição dos deuses.

Nem sempre nos damos conta, que precisamos abrir mão de algumas
coisas, para dar espaço para as coisas novas. Com a nossa mente também
acontece assim. Com o passar do tempo, acumulamos ideias, opiniões e
julgamentos, que obstruem o nosso pensamento e que acaba
comprometendo nosso aprendizado e evolução pessoal.

É preciso abrir a mente, ou seja esvaziar a mente de ideias antiquadas,


para que assim novos conceitos possam ser observados e aprendidos.
Estamos cercados de informação por toda parte… Todos os dias podemos
aprender coisas novas e deletar as velhas sem utilidade, que não agregam
valor nenhum ao nosso aprendizado.

Como diz a sabedoria zen, o conhecimento é como uma xícara de chá: É


preciso esvaziá-la para que possamos derramar mais chá sobre a xícara.
Uma xícara cheia não oferece espaço para mais nada e uma xícara vazia
não é uma oportunidade desperdiçada. Você pode preenche-la todos os
dias e esvaziá-la também, quando necessário. Confira a história real por
trás dessa bela filosofia zen.

O Mestre Chinês e a Xícara de Chá


Muitas pessoas conhecem a história de Nan-in, um mestre zen chinês que
viveu na era Meiji (1868-1912). Um dia, um professor universitário foi
visitá-lo. Ele estava intrigado com a influência que esse mestre exercia nos
jovens e da forma como era admirado por sua sabedoria, sensatez,
prudência e simplicidade.

Este professor era interessado no Zen Budismo  e já havia lido muitos


livros a respeito. Durante a conversa, o professor interrompia o mestre com
frequência para impor suas convicções, mostrando sua incapacidade de
ouvir e aprender as sábias lições que o mestre Nan-in tentava passar
através de sua experiência.

Neste momento, o mestre ofereceu-lhe um chá e o serviu com toda calma


desse mundo. E mesmo após a xícara estar cheia, o mestre continuou
derramando o chá sobre a xícara. O professor não se conteve: “Por acaso,
não percebeu que a xícara está completamente cheia e que já não cabe
mais nenhuma gota?”

O mestre então, parou de derramar o chá sobre a xícara e disse


calmamente: “Assim como esta xícara, o senhor está cheio de opiniões e
conceitos pré-estabelecidos. Desta forma, como poderia entrar um novo
ensinamento? Como poderei dar-lhe novas ideias e perspectivas, se você
não tem espaço pra elas?”

Em seguida, o mestre fez uma pausa por um breve momento e disse-lhe


com olhar compreensivo, porém firme: “Se você realmente busca ter
conhecimento constante, então tem que esvaziar sempre a sua xícara”. O
aluno olhou o mestre perplexo e só então percebeu a veracidade que havia
naquelas sábias palavras.

E aí? Preparado para esvaziar sua xícara? 

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