Você está na página 1de 1

M A N I Ç O B A

ALDEIA INDÍGENA

Um importante registro histórico da Estância Turística de Itu


Maniçoba também chamada Japiuba, durou pouco tempo, apenas dois anos. Nas
redondezas viviam índios Tupis, Guaranis e Carijós. A maioria desses índios vivia às
margens do Anhembi (rio Tietê), desde um porto chamado Pirapitingui até uma queda
d'água (Salto), uns três quilômetros mais abaixo. Outros habitavam algumas clareiras
na serra do Japi.
A primeira referência à aldeia de Maniçoba esta numa carta do Irmão Pero Correia,
datada de 18 de julho de 1554, há 464 anos, escrita em São Vicente. Outro texto, do
livro "O Embu na História de São Paulo", registra que essa aldeia teria sido fundada
pelo Padre Manoel da Nóbrega e era o primeiro posto Jesuítico nos sertões de
Piratininga.
Não se sabe ao certo onde ficava a aldeia Maniçoba. Talvez seja a mesma aldeia de
que fala Simão de Vasconcelos, situada a 90 milhas de São Paulo em direção ao
sertão, “junto de um rio onde se embarcava para as terras dos carijós”.
Mas, a data oficial de fundação de Itu é 1610, ano em que Domingos Fernandes e seu
genro Cristóvão Diniz edificaram a capela dedicada a Nossa Senhora da Candelária
Maniçoba durou pouco mais de um ano (1553/55). Gregório Serrão, ordenado
presbítero, esteve em vários lugares. Culto, dedicado ao ensino, chegou a ser Reitor do
Colégio da Bahia (Salvador), considerado ao nível de uma escola superior, na época.
Ele faleceu no Espírito Santo em novembro de 1586.
A aldeia ituana foi sacrificada por vários fatores. O principal era a rivalidade entre os
índios guaranis e carijós, permanente ameaça à integridade da aldeia. Também os
brancos – maioria de mamelucos – não viam com bons olhos aquela aldeia, pois
sabiam que ali era um refúgio de índios e nela estavam os catequistas, defensores dos
índios. E eles procuravam índios para o trabalho escravo. Além das tribos rivais, havia
nas proximidades de Maniçoba seguidas “guerras”, entre brancos e índios carijós.

Você também pode gostar