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TINTURAS – MÃE

O QUE É?
É o resultado da ação extrativa e/ou dissolvente,
por contato íntimo e prolongado de um insumo inerte
hidroalcoólico ou hidroglicerinado sobre determinada droga
animal ou vegetal, fresca ou dessecada, por meio dos
processos de maceração ou percolação. É uma forma
farmacêutica básica, preparação que constitui o ponto de
partida para manipulação de formas farmacêuticas derivadas.

DE ONDE PROVÊM?

● De vegetais frescos ou dessecados


● De animais vivos, recém sacrificados ou dessecados.

QUAIS OS PRCESSOS OU MÉTODOS DE OBTENÇÃO?

● Expressão ou prensagem;
● Percolação ou lixiviação;
● Maceração.

PREPARAÇÃO DE TM A PARTIR DE VEGETAIS FRESCOS


SEGUNDO A FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2ª
EDIÇÃO:

O QUE FAZER PRIMEIRO?

● Logo após a colheita, encaminhar ao laboratório;


● Proceder a seleção: eliminar partes deterioradas e impurezas
diversas;
● Lavar com água corrente;
● Lavar com água purificada;
● Retirar excesso de água (peneira);
● Enxugar com pano limpo e seco;
● Calcular o resíduo sólido.

COMO SE FAZ PARA CALCULAR O RESÍDUO SÓLIDO?


● Pesar com exatidão cerca de 1 a 2g da droga convenientemente
fracionada em uma cápsula previamente tarada e levar à estufa em
temperatura inferior a 50°C, até peso constante;
● Calcular o resíduo sólido percentual.

PARA QUE SERVE CALCULAR O RESÍDUO SÓLIDO DA DROGA?

● Em primeiro lugar, serve para calcular a quantidade de TM a ser


obtida a partir da quantidade de droga disponível. Uma vez que a
quantidade de TM deve corresponder a 10 vezes o resíduo sólido
total da planta, efetua-se o cálculo da seguinte maneira:

Exemplo:
r.s. encontrado = 25%
droga disponível = 1000g
r.s.t. = 1000g X 0,25 = 250g
QTM = 250 X 10 = 2500 (g ou mL, dependendo
da relação usada).

● Também serve para determinar qual o teor de etanol do líquido


extrator. Em boa parte dos casos o teor de etanol do veículo já está
determinado na própria monografia do medicamento, disponível nas
farmacopéias ou compêndios reconhecidos. No entanto há casos em
que não há especificação, e nessas situações a FHB II recomenda o
uso da seguinte generalização:

RESÍDUO SÓLIDO TEOR HIDROALCOÓLICO


ATÉ 25% 90% (p/p)
ENTRE 30 E 35% 80% (p/p)
ENTRE 40 E 50% 70% (p/p)

● AINDA HÁ ALGO MAIS A FEZER?

Sim. Deve-se deduzir a quantidade de água


existente na droga para computar a quantidade real
de liquido extrator a ser usada. Do exemplo acima,
teremos:

25% de 1000g = 250g (r.s.t.)


1000 – 250g = 750g (umidade total da droga)
2500 – 750 = 1750 (quantidade de etanol a ser
usada)
● QUE PROCESSO OU MÉTODO DEVO USAR?

Use aquele preconizado na monografia da droga.


No caso da inexistência dessa informação, o
método preferencial deve ser a maceração.

PREPARAÇÃO DE TM A PARTIR DE VEGETAIS DESSECADOS


SEGUNDO A FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2ª
EDIÇÃO:

● Não é necessário o cálculo de r.s.

● COMO EU CALCULO O RENDIMENTO?

Basta multiplicar o peso da droga disponível por


dez; note a equivalência, nesse caso, entre o teor de
uma TM obtida de uma droga vegetal fresca e de
drogas secas.

● QUAL O TEOR DE ETANOL DO LÍQUIDO EXTRATOR?

Consulte a monografia do medicamento.

● QUAL PROCESSO EU USAREI?

Use maceração ou percolação. Primeiramente veja


se há alguma especificação na monografia; se não
houver, use o mais apropriado para a droga em
questão.

PREPARAÇÃO DE TM A PARTIR DE ANIMAIS VIVOS, RECÉM


SACRIFICADOS OU DESSECADOS, SEGUNDO A FARMACOPÉIA
HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2ª EDIÇÃO:

● QUAL O PROCESSO?

Maceração.
● QUAL O INSUMO INERTE?

Etanol de 65 a 70%
Glicerina / Água / Etanol, 1:1:1
Especificado na monografia
● Órgãos e glândulas de animais superiores:
glicerina / água;
● Insetos (Apis; Cantharis): misturas
hidroalcoólicas.

● QUAL A RELAÇÃO DROGA – INSUMO INERTE?

1: 20 (5%)

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