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INTRODUÇÃO

A reprodução sexual está relacionada com processos que envolvem troca e


mistura de material genético entre indivíduos de uma mesma espécie. As
gametas, células sexuais femininas e masculinas, unem-se e formam uma
única célula, o ovo ou zigoto. Cada gâmeta tem metade dos cromossomas de
qualquer outra célula do indivíduo, por esta razão existe um processo que
permite a redução dos cromossomas, a meiose. Quando as gametas femininas
e masculino se unem ocorre a fecundação, facilmente se percebe que se não
ocorresse a redução para metade dos cromossomas o novo ser teria o dobro
dos cromossomas e como tal não seria possível manter as características da
espécie, pois em cada espécie a quantidade de material genético mantém-se
constante de geração em geração.

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Meiose

Meiose é um processo de divisão celular que leva à formação de quatro


células-filhas com metade do número de cromossomos da célula parental.A
meiose é um tipo de divisão celular em que uma célula-mãe diploide dá origem
a quatro células-filhas haploides.

Meiose é um tipo de divisão celular que se caracteriza pela formação de quatro


células-filhas, as quais apresentam apenas a metade dos cromossomos da
célula da qual se originaram. A meiose é um processo semelhante à mitose,
entretanto, na meiose observam-se duas divisões celulares, as quais são
chamadas de meiose I e meiose II.

A meiose I é dividida em prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I, enquanto


a meiose II é dividida em prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.

A meiose é um processo de divisão celular muto importante, pois atua


garantindo a manutenção do número de cromossomos nas espécies e também
relaciona-se com o aumento da variabilidade genética. Em animais, a meiose é
a responsável pela formação dos gametas.

O que é meiose?

A meiose pode ser definida como um tipo de divisão celular em que são
formadas quatro células-filhas com metade dos cromossomos da célula
parental.

Fases da meiose

A meiose é um processo de divisão celular que promove o surgimento de


quatro células-filhas, as quais possuem metade do número de cromossomos
da célula da qual foram originadas. Durante esse processo, observamos a
ocorrência de duas divisões celulares consecutivas, que recebem os nomes
meiose I e meiose II. Vale salientar que a meiose, assim como a mitose, é

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precedida da duplicação dos cromossomos, um processo que ocorre na
chamada interfase.

A meiose é dividida em meiose I e meiose II.

→ Meiose I

A meiose I caracteriza-se por ser a primeira divisão da meiose, sendo esta uma
etapa chamada de reducional, pois ela originará duas células com metade do
conjunto de cromossomos original. A meiose I pode ser dividida didaticamente
em prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I.

 Prófase I

A prófase I é a primeira etapa da meiose I, e, assim como na mitose, observa-


se a movimentação do centrossomo, formação do fuso, quebra do envelope
nuclear e condensação progressiva dos cromossomos. Didaticamente,
costuma-se dividir a prófase I da meiose em cinco fases: leptóteno, zigóteno,
paquíteno, diplóteno e diacinese.

◦ Leptóteno: Durante essa etapa, observa-se a condensação dos


cromossomos, os quais já estão duplicados. É possível observar o
cromossomo formado por duas cópias unidas pelo centrômero. É importante
salientar que as cópias do cromossomo duplicado que estão ligadas entre si
são denominadas cromátides irmãs.

◦ Zigóteno: Nessa etapa da prófase I, ocorre o pareamento dos cromossomos


homólogos. À medida que os cromossomos homólogos duplicados se
aproximam para o pareamento, observa-se que uma complexa maquinaria
proteica (complexo sinaptonêmico) garante a conexão e alinhamento dos
cromossomos. Devido ao fato de o cromossomo estar duplicado, o par de
homólogos apresentará quatro cromátides. Essas cromátides constituem uma
bivalente ou tétrade.

◦ Paquíteno: Quando o complexo sinaptonêmico se forma e os cromossomos


estão alinhados e conectados, dizemos que ocorreu a sinapse, sendo esse o
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ponto de início para a etapa conhecida como paquíteno. Os cromossomos em
sinapse permitem a ocorrência de um fenômeno conhecido como crossing
over, no qual ocorre a permuta de material genético entre os cromossomos
homólogos. O crossing over é muito importante para o aumento da
variabilidade genética.

◦ Diplóteno: Nessa etapa, os cromossomos homólogos iniciam sua separação


devido à dissociação do complexo sinaptonêmico. É possível perceber durante
esse estágio uma conexão em forma de X entre os cromossomos homólogos
pareados. Essas conexões são chamadas de quiasmas e representam um sítio
de crossing over.

O crossing over garante o aumento da variabilidade genética.

◦ Diacinese: Por fim, temos a última fase da prófase I, a qual se caracteriza


pela separação definitiva dos homólogos, os quais permanecem ligados pelos
quiasmas. Nessa etapa, observa-se a fragmentação do envelope nuclear.

 Metáfase I

Na metáfase I, os cromossomos homólogos estão dispostos na região


equatorial da célula, estando um cromossomo de cada par direcionado para um
dos polos da célula.

 Anáfase I

Na anáfase I, cada cromossomo homólogo se move em direção a polos


opostos, sendo guiados pelas fibras do fuso. No centrômero, a coesão entre as
cromátides irmãs permanece, garantindo, portanto, que elas se movimentem
como uma unidade. Assim sendo, apenas cada par de cromossomo homólogo
se separa durante essa fase, um processo que garante a redução do número
de cromossomos.

 Telófase I e citocinese

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Ao ter início a telófase I, verifica-se que cada metade da célula apresenta um
conjunto haploide completo de cromossomos duplicados. Nessa etapa pode
ocorrer de os cromossomos se descondensarem e o envelope nuclear se
formar novamente, entretanto, são processos que nem sempre acontecem.
Simultaneamente à telófase I, observa-se a ocorrência da citocinese, ou seja,
da divisão do citoplasma da célula e a formação de duas células-filhas
haploides.

→ Meiose II

A meiose II inicia-se após o fim da meiose I, e entre as meioses I e II não


ocorre nenhuma duplicação do DNA. É considerada uma fase equacional
dessa divisão celular, uma vez que o número de cromossomos das células
iniciais é igual ao observado nas células que serão formadas. O processo de
meiose II é bastante semelhante à mitose.

 Prófase II

Na prófase II formam-se as fibras do fuso, e o envelope nuclear se desfaz,


caso esteja presente. No final da prófase II, os cromossomos movimentam-se
em direção à região equatorial da célula.

 Metáfase II

Na metáfase II, os cromossomos estão posicionados na região equatorial da


célula.

 Anáfase II

Nessa etapa, ocorre a separação das cromátides irmãs, as quais são puxadas
em direção aos polos opostos da célula.

 Telófase II e citocinese

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Na telófase II, o envelope nuclear se forma novamente, e os cromossomos
começam a se descondensar. Observa-se também a ocorrência da citocinese.
Ao final dessa etapa, teremos quatro células-filhas.

Importância da meiose

A meiose é extremamente importante, pois garante a formação de células com


metade do número de cromossomos. Em animais, a meiose é responsável por
produzir os gametas, que, ao se fundirem, formam um indivíduo diploide,
garantindo, desse modo, a manutenção do número de cromossomos da
espécie. Em plantas, a meiose promove a produção de esporos. Além de
garantir a formação de células com metade do número de cromossomos, a
meiose é importante no que diz respeito à variabilidade genética.

Os gametas, ao se fundirem, têm seu número completo de cromossomos


restabelecido.

Diferenças entre a mitose e meiose

A meiose e a mitose caracterizam-se por serem processos de divisão celular,


entretanto, esses dois processos apresentam algumas diferenças. Uma das
principais delas está no fato de que a mitose conserva o número de conjuntos
de cromossomos, enquanto a meiose produz células com metade dos
cromossomos da célula parental. Enquanto na mitose são formadas duas
células-filhas, na meiose são originadas quatro células.

Além disso, na meiose ocorre a sinapse dos cromossomos homólogos e o


processo de crossing over,um fenômeno não observado na mitose. Não
podemos nos esquecer também de que a mitose ocorre em células diploides e
haploides, enquanto a meiose ocorre apenas em células diploides. Para saber
mais sobre essas diferenças,

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Fecundação humana

A fecundação humana, que ocorre normalmente na tuba uterina, acontece


quando o espermatozoide (gameta masculino) funde-se ao ovócito secundário
(gameta feminino).

A fecundação é o processo em que o espermatozoide funde-se ao ovócito


secundário. É a união do espermatozoide, gameta masculino, e do ovócito
secundário, gameta feminino. Normalmente a fecundação, também chamada
de fertilização, ocorre nas tubas uterinas, em uma região mais dilatada
chamada de ampola uterina.

Capacitação do espermatozoide

A fecundação só acontece após a etapa de capacitação dos espermatozoides,


que torna essas células aptas a adentrar o ovócito. Essa capacitação ocorre
dentro do sistema reprodutor feminino por meio das interações entre o
espermatozoide e a mucosa da tuba uterina. O processo em seres humanos
dura aproximadamente sete horas.

Várias mudanças ocorrem no espermatozoide durante a capacitação. Entre as


alterações mais significativas, destaca-se a remoção de uma capa de
glicoproteínas e proteínas do plasma seminal da região do acrossoma. Além
disso, a membrana celular aumenta sua permeabilidade ao cálcio, o que causa
um aumento da propulsão e uma maior facilidade na liberação de enzimas do
acrossomo.

Etapas da fecundação

A fecundação pode ser dividida em três fases:

O espermatozoide passa pela corona radiata (2), penetra na zona pelúcida (2 e


3) e, por fim, as membranas fundem-se (4)

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Penetração na corona radiata: Nessa primeira etapa, os espermatozoides
que estão capacitados passam livremente pela corona radiata, que possui duas
ou três camadas de células foliculares.

Penetração na zona pelúcida: A zona pelúcida é formada por glicoproteínas


que circundam o ovócito. O espermatozoide, ao atingir essa camada, inicia a
reação acrossômica, isto é, a liberação de enzimas e proteínas que ficam na
vesícula acrossômica. Essas enzimas permitem que o espermatozoide entre
em contato com a membrana plasmática do ovócito.

Quando a cabeça do espermatozoide entra em contato com o ovócito, os


grânulos corticais liberam seu conteúdo, uma situação conhecida como reação
cortical. Isso faz com que a zona pelúcida altere-se e ocorra o bloqueio da
entrada de um novo espermatozoide.

Fusão entre as membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide:


O espermatozoide adere-se ao ovócito e, posteriormente, a membrana
remanescente do espermatozoide funde-se à membrana plasmática do ovócito.
A cabeça e a cauda do espermatozoide penetram no citoplasma do ovócito,
mas a membrana plasmática fica retida na superfície.

Após a entrada do espermatozoide, o ovócito completa sua segunda divisão


meiótica, formando o segundo corpo polar e o chamado óvulo. No óvulo, os
cromossomos estão dispostos em um núcleo denominado de pró-núcleo
feminino. O núcleo do espermatozoide expande-se, formando o pró-núcleo
masculino, e a cauda degenera-se. O pró-núcleo feminino entra em contato
íntimo com o pró-núcleo masculino e forma o zigoto. A partir desse
momento, inicia-se o desenvolvimento embrionário.

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CONCLUSÃO

Depois de uma análise feita, no que diz respeito o meu tema, cheguei a
concluir que a miose, permite, como já foi referido, a existência de células
haplóides. No mecanismo de reprodução sexual, as gâmetas (células sexuais,
haplóides), fundem-se, e daí, ocorre a fecundação e a formação do ovo ou
zigoto que é uma célula diplóide, resultante da combinação da formação
genética da parte materna e da paterna.

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REFERÊNCIAS

1. ↑ Ir para: a b c Krukemberghe Fonseca. «Meiose». R7. Brasil Escola.


Consultado em 20 de maio de 2013
2. ↑ «August Weismann». Porto Editora. Infopédia. Consultado em 20 de
maio de 2013
3. ↑ Ir para: a b c Clarisse Rocha (27 de novembro de 2009). «Meiose».
InfoEscola. Consultado em 20 de maio de 2013

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