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Método bifásico
Quantificação do dano moral
@laisbergstein Laís Bergstein
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Método bifásico lais@dotti.adv.br

4. Na primeira etapa, deve-se estabelecer um valor


básico para a indenização, considerando o interesse
jurídico lesado, com base em grupo de precedentes
jurisprudenciais que apreciaram casos semelhantes.

5. Na segunda etapa, devem ser consideradas as


circunstâncias do caso, para fixação definitiva do valor da
indenização, atendendo a determinação legal de
arbitramento equitativo pelo juiz.
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Grupos de casos
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i) Fizeram com que os autores aguardassem o embarque em


Curitiba por cerca de 5 cinco horas (das 16h00 às 21h00 do dia
14/12), pousassem no Galeão às 22h35min e somente chegaram
ao hotel depois da meia-noite. Foram, ao todo, quase 9 (nove)
i) A averiguação acerca do tempo que se levou para horas de espera e deslocamentos indesejados;
a solução do problema, isto é, a real duração do
atraso; ii) Não ofertaram uma alternativa compatível com a contratação,
pois se negaram a remarcar as passagens com stopover
ii) Se a companhia aérea ofertou alternativas para (parada) em Paris, frustrando, assim, todo o planejamento da
melhor atender aos passageiros;
viagem da família;
iii) Se foram prestadas a tempo e modo informações iii) Não prestaram informações claras e precisas, ao contrário, ao
claras e precisas por parte da companhia aérea a invés de amenizarem os desconfortos inerentes à ocasião, os
fim de amenizar os desconfortos inerentes à
ocasião; induziram em erro, obrigando-os a correr no aeroporto do
Galeão/RJ sob a inverídica alegação de que o voo os
iv) Se foi oferecido suporte material (alimentação, aguardava, quando, na verdade, o avião já havia decolado;
hospedagem, etc.) quando o atraso for
considerável; iv) Não ofereceram o suporte material devido, na medida em que
deixaram de suportar os custos de alimentação no Rio de
v) Se o passageiro, devido ao atraso da aeronave, Janeiro, apesar do atraso considerável, tendo arcado somente
acabou por perder compromisso inadiável no
destino, dentre outros. com os custos da estadia não programada;
v) Fizeram com que os passageiros perdessem a oportunidade
única de conhecer Paris no Natal, época do ano na qual a cidade
está mais iluminada;
vi) Além disso, negaram-se a reembolsar os valores da hospedagem
perdida na França.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
STJ - REsp 1.584.465/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018.
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Prevenção e tratamento do
Superendividamento
@laisbergstein
lais@dotti.adv.br Prevenção e Tratamento do Superendividamento
Por quê?

Lais Bergstein
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lais@dotti.adv.br Prevenção e Tratamento do Superendividamento
Por quê?
- O Banco Mundial frisou fortemente a importância de todos os países, especialmente os com menor
educação financeira e com menor empreendedorismo da população, legislarem sobre
superendividamento dos consumidores pessoas físicas, de forma a evitarem o risco sistêmico de uma
‘falência’ em massa de consumidores.

- No ranking de juros nominais, o Brasil ficou em 10º lugar entre os 40 países listados que possuem
uma média de 2,33% ao ano. A Argentina, com taxa básica de 38% ao ano, lidera a lista, seguida pela
Turquia, com 17%. Índia, China, México e Rússia vieram na sequência, com juros nominais de 6,40%,
4,35%, 4,25% e 4,25%, respectivamente.
Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/vicente/juro-real-do-brasil-e-o-8o-maior-do-mundo-em-ranking-elaborado-pela-infinity/

- Exclusão social do consumidor e efeitos do superendividamento nas famílias.

- Observatório do Crédito e Superendividamento do Consumidor, mantido pela Universidade Federal


do Rio Grande do Sul (UFRGS). O superendividamento atinge os mais pobres da população (93,8%
ganham até 5 salários mínimos, 81,7% ganham até 3 salários mínimos, 13,5% ganha menos de um
salário mínimo e apenas 1,2% destes consumidores ganha mais de 10 salários por mês).
http://www.ufrgs.br/ocsc/web/

Lais Bergstein
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Lei 14.181/2021 – “Lei Claudia Lima Marques” - altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
(Código de Defesa do Consumidor), e a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a
disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento

• TÍTULO I - Dos Direitos do Consumidor • CAPÍTULO VI - Da Proteção Contratual • CAPÍTULO III - Das Ações de
• CAPÍTULO I - Disposições Gerais SEÇÃO I - Disposições Gerais Responsabilidade do
SEÇÃO II - Das Cláusulas Abusivas Fornecedor de Produtos e
• CAPÍTULO II - Da Política Nacional de Artigo 51, XVII, XVIII e XIX (vetado) Serviços
Relações de Consumo SEÇÃO III - Dos Contratos de Adesão
• CAPÍTULO IV - Da Coisa Julgada
Artigos 4º, IX e X; 5º, VI e VII
• CAPÍTULO VI-A - DA PREVENÇÃO E DO
TRATAMENTO DO SUPERENDIVIDAMENTO • CAPÍTULO V - DA
• CAPÍTULO III - Dos Direitos Básicos do CONCILIAÇÃO NO
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
Consumidor SUPERENDIVIDAMENTO
Artigos 54-A a 54-G
Artigos 6º, XI, XII e XIII (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
• CAPÍTULO VII - Das Sanções Administrativas Artigos 104-A a 104-C
• CAPÍTULO IV - Da Qualidade de
Produtos e Serviços, da Prevenção e da • TÍTULO II - Das Infrações Penais • TÍTULO IV - Do Sistema
Reparação dos Danos Nacional de Defesa do
SEÇÃO I - Da Proteção à Saúde e Segurança • TÍTULO III - Da Defesa do Consumidor em Consumidor
SEÇÃO II - Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço Juízo
SEÇÃO III - Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço • TÍTULO V - Da Convenção
SEÇÃO IV - Da Decadência e da Prescrição • CAPÍTULO I - Disposições Gerais Coletiva de Consumo
SEÇÃO V - Da Desconsideração da Personalidade Jurídica
• CAPÍTULO II - Das Ações Coletivas Para a • TÍTULO VI - Disposições Finais
• CAPÍTULO V - Das Práticas Comerciais Defesa de Interesses Individuais
SEÇÃO I - Das Disposições Gerais Homogêneos
SEÇÃO II - Da Oferta
SEÇÃO III - Da Publicidade
SEÇÃO IV - Das Práticas Abusivas

Lais Bergstein SEÇÃO V - Da Cobrança de Dívidas


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lais@dotti.adv.br Prevenção e Tratamento do Superendividamento
Como?
Lei 14.181/2021 – “Lei Claudia Lima Marques” - altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
(Código de Defesa do Consumidor), e a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a
disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento

Informação clara e adequada sobre CET, taxa


•Informação e educação financeira
efetiva mensal de juros, total de encargos,
•Crédito responsável e mínimo
oferta com prazo mínimo de dois dias,
Prevenção existencial
•Maior proteção ao hipervulnerável
possibilidade de liquidação antecipada,
proibição de assédio ou pressão, conexidade
contratual, restrições à publicidade etc.

•Conciliação e mediação em bloco


•Plano de Pagamento Voluntário e
Consensual Repactuação da dívida, revisão e integração dos
Tratamento •Processo por Superendividamento
•Plano de Pagamento Compulsório
contratos, moratória, reparação de danos pelas
práticas abusivas perpetradas contra os
•Repressão de práticas abusivas e consumidores etc.
reparação de danos

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lais@dotti.adv.br Prevenção e Tratamento do Superendividamento
Como?
Mínimo existencial

CRFB, art. 7º, IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender
a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

Camadas de vulnerabilidade dos consumidores


CLM: “Finalismo hiperaprofundado”
CDC, art. 5º - VI - instituição de mecanismos de prevenção e tratamento extrajudicial e judicial
do superendividamento e de proteção do consumidor pessoa natural; (Incluído pela Lei nº
14.181, de 2021)

MERCOSUL, Resolução 11/21


(CT Nº 7) Defesa do Consumidor | Depende de: (CCM) Comissão de Comércio do MERCOSUL
Projeto de Resolução Nº 04/21 “Proteção ao Consumidor Frente ao Superendividamento” (Ata 04/21,
reunião de 26/07/2021)

Lais Bergstein
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PLANOS DE PAGAMENTO
1. Rendimentos (renda familiar)
2. Despesas com necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social;
3. Dívidas excluídas da repactuação: provenientes de contratos de crédito com garantia real, de financiamentos
imobiliários e de crédito rural.
4. Dívidas passíveis de repactuação com base na Lei 14.181/2021: quaisquer compromissos financeiros assumidos
decorrentes de relação de consumo, inclusive operações de crédito, compras a prazo e serviços de prestação continuada.

PLANO VOLUNTÁRIO E CONSENSUAL DE PAGAMENTO


(CDC, art. 104-A)

Proposta deve ter prazo máximo de 5 (cinco) anos, preservados o mínimo existencial e as garantias e as formas de
pagamento originalmente pactuadas (salvo se aplicável art. 54-D, parágrafo único)
- Medidas de dilação de prazo de pagamento e redução dos encargos;
- Suspensão ou extinção de ações em curso;
- Data para exclusão dos dados do consumidor os órgãos restritivos de crédito;
- Condicionamento dos efeitos do plano à abstenção de condutas que importem no agravamento da situação de
superendividamento.

PLANO COMPULSÓRIO DE PAGAMENTO


(CDC, art. 104-B, § 4º)
O valor do principal devido, corrigido monetariamente por índices oficiais de preço;
A liquidação total da dívida, após a quitação do plano de pagamento consensual previsto no art. 104-A deste
Código, em, no máximo, 5 (cinco) anos;
Primeira parcela em até 180 (cento e oitenta) dias, contado da homologação judicial, e o restante do saldo será devido
em parcelas mensais iguais e sucessivas.
Lais Bergstein
Ação: Repactuação de dívidas
Autor: Consumidor superendividado (litisconsórcio com o cônjuge/companheiro?)
Réus: Credores das dívidas passíveis de repactuação
FATOS
- Enquadramento na situação de superendividamento - boa-fé.
- Despesas com necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social;
- Dívidas excluídas da repactuação: provenientes de contratos de crédito com garantia real, de financiamentos imobiliários e
de crédito rural.
- Dívidas passíveis de repactuação com base na Lei 14.181/2021: quaisquer compromissos financeiros assumidos
decorrentes de relação de consumo, inclusive operações de crédito, compras a prazo e serviços de prestação continuada.
- Proposta de plano de pagamento em 5 anos (CDC, art. 104-A, § 4º)
- Identificação de práticas comerciais abusivas, se for o caso. Avaliar o descumprimento de qualquer dos deveres previstos nos
arts. 52, 54-C e 54-D.
FUNDAMENTOS
- CDC (Lei 14.181/2021), CRFB (art. 7º, IV), CPC, Estatuto do Idoso etc ...

PEDIDOS
- Tutela de urgência (CPC, arts. 300 et seq.)? Limitação de descontos em folha, suspensão de ordem de busca e apreensão, etc.
- Intimação dos réus para que exibam documentos (CPC, art. 6º, dever de colaboração) para elaboração do plano de
pagamento na forma do CDC, art. 104-A, § 4º;
- Designação de audiência de conciliação em bloco na forma do art 104-A do CDC e citação dos réus para comparecimento
à audiência
- Conversão da ação de repactuação de dívidas em processo por superendividamento para revisão e integração dos
contratos e repactuação das dívidas remanescentes, com a citação de todos os credores cujos créditos não tenham
integrado o acordo.
- Eventual pedido indenizatório por danos resultantes de práticas comerciais abusivas, se for o caso. Vide CDC, art. 54-D.
Lais Bergstein
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PLANOS DE PAGAMENTO
1. Rendimentos (renda familiar)
2. Despesas com necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social;
3. Dívidas excluídas da repactuação: provenientes de contratos de crédito com garantia real, de financiamentos
imobiliários e de crédito rural.
4. Dívidas passíveis de repactuação com base na Lei 14.181/2021: quaisquer compromissos financeiros assumidos
decorrentes de relação de consumo, inclusive operações de crédito, compras a prazo e serviços de prestação continuada.

PLANO VOLUNTÁRIO E CONSENSUAL DE PAGAMENTO


(CDC, art. 104-A)

Proposta deve ter prazo máximo de 5 (cinco) anos, preservados o mínimo existencial e as garantias e as formas de
pagamento originalmente pactuadas (salvo se aplicável art. 54-D, parágrafo único)
- Medidas de dilação de prazo de pagamento e redução dos encargos;
- Suspensão ou extinção de ações em curso;
- Data para exclusão dos dados do consumidor os órgãos restritivos de crédito;
- Condicionamento dos efeitos do plano à abstenção de condutas que importem no agravamento da situação de
superendividamento.

PLANO COMPULSÓRIO DE PAGAMENTO


(CDC, art. 104-B, § 4º)
O valor do principal devido, corrigido monetariamente por índices oficiais de preço;
A liquidação total da dívida, após a quitação do plano de pagamento consensual previsto no art. 104-A deste
Código, em, no máximo, 5 (cinco) anos;
Primeira parcela em até 180 (cento e oitenta) dias, contado da homologação judicial, e o restante do saldo será devido
em parcelas mensais iguais e sucessivas.
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Ação: Repactuação de dívidas
Autor: Consumidor superendividado (litisconsórcio com o cônjuge/companheiro?)
Réus: Credores das dívidas passíveis de repactuação
FATOS
- Enquadramento na situação de superendividamento - boa-fé.
- Despesas com necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social;
- Dívidas excluídas da repactuação: provenientes de contratos de crédito com garantia real, de financiamentos imobiliários e
de crédito rural.
- Dívidas passíveis de repactuação com base na Lei 14.181/2021: quaisquer compromissos financeiros assumidos
decorrentes de relação de consumo, inclusive operações de crédito, compras a prazo e serviços de prestação continuada.
- Proposta de plano de pagamento em 5 anos (CDC, art. 104-A, § 4º)
- Identificação de práticas comerciais abusivas, se for o caso. Avaliar o descumprimento de qualquer dos deveres previstos nos
arts. 52, 54-C e 54-D.
FUNDAMENTOS
- CDC (Lei 14.181/2021), CRFB (art. 7º, IV), CPC, Estatuto do Idoso etc ...

PEDIDOS
- Tutela de urgência (CPC, arts. 300 et seq.)? Limitação de descontos em folha, suspensão de ordem de busca e apreensão, etc.
- Intimação dos réus para que exibam documentos (CPC, art. 6º, dever de colaboração) para elaboração do plano de
pagamento na forma do CDC, art. 104-A, § 4º;
- Designação de audiência de conciliação em bloco na forma do art 104-A do CDC e citação dos réus para comparecimento
à audiência
- Conversão da ação de repactuação de dívidas em processo por superendividamento para revisão e integração dos
contratos e repactuação das dívidas remanescentes, com a citação de todos os credores cujos créditos não tenham
integrado o acordo.
- Eventual pedido indenizatório por danos resultantes de práticas comerciais abusivas, se for o caso. Vide CDC, art. 54-D.
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DEVE NÃO PODE

Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva ‘Art. 54-C. É vedado, expressa ou implicitamente, na oferta de crédito
outorga de crédito ou concessão de financiamento ao ao consumidor, publicitária ou não: SOB PENA DE
consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, I - (VETADO);
informá-lo prévia e adequadamente sobre: II - indicar que a operação de crédito poderá ser concluída sem CAPÍTULO VI-A
I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional; consulta a serviços de proteção ao crédito ou sem avaliação da DA PREVENÇÃO E DO TRATAMENTO DO
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de situação financeira do consumidor; SUPERENDIVIDAMENTO
juros; III - ocultar ou dificultar a compreensão sobre os ônus e os riscos da [...]
III - acréscimos legalmente previstos; contratação do crédito ou da venda a prazo; Art. 54-D.
IV - número e periodicidade das prestações; IV - assediar ou pressionar o consumidor para contratar o Parágrafo único. O descumprimento de qualquer dos
V - soma total a pagar, com e sem financiamento. fornecimento de produto, serviço ou crédito, principalmente se se deveres previstos no caput deste artigo e nos arts. 52 e
§ 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de tratar de consumidor idoso, analfabeto, doente ou em estado de 54-C deste Código poderá acarretar judicialmente a
obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por vulnerabilidade agravada ou se a contratação envolver prêmio; redução dos juros, dos encargos ou de qualquer
cento do valor da prestação. V - condicionar o atendimento de pretensões do consumidor ou o acréscimo ao principal e a dilação do prazo de
§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do início de tratativas à renúncia ou à desistência de demandas judiciais, pagamento previsto no contrato original, conforme a
débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional ao pagamento de honorários advocatícios ou a depósitos judiciais. gravidade da conduta do fornecedor e as possibilidades
dos juros e demais acréscimos. financeiras do consumidor, sem prejuízo de outras
sanções e de indenização por perdas e danos,
‘Art. 54-D. Na oferta de crédito, previamente à contratação, o Em síntese, o fornecedor deve: patrimoniais e morais, ao consumidor.’
fornecedor ou o intermediário deverá, entre outras condutas:
I - informar e esclarecer adequadamente o consumidor, - Informar adequadamente, conforme as Em síntese, as consequências são:
considerada sua idade, sobre a natureza e a modalidade do características do consumidor (finalismo - Redução dos juros
crédito oferecido, sobre todos os custos incidentes, observado o - Redução dos encargos ou acréscimos ao principal
disposto nos arts. 52 e 54-B deste Código, e sobre as
hiperaprofundado); - Dilação de prazo de pagamento originalmente
consequências genéricas e específicas do inadimplemento; - Conceder crédito de forma responsável, contratado
- Indenização por perdas e danos em favor do
II - avaliar, de forma responsável, as condições de crédito do analisando as informações dos bandos de dados consumidor
consumidor, mediante análise das informações disponíveis em
bancos de dados de proteção ao crédito, observado o disposto
de proteção ao crédito; - Sujeição às sanções administrativas ou medidas de
neste Código e na legislação sobre proteção de dados; - Não cobrar taxas, multas, adicionais ilegais; tutela coletiva previstas no CDC.
III - informar a identidade do agente financiador e entregar ao - Possibilitar a liquidação antecipada.
consumidor, ao garante e a outros coobrigados cópia do
contrato de crédito.

Lais Bergstein
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Práticas comerciais abusivas


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PUBLICIDADE
INVISÍVEL
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CDC

Identificação da Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor,
fácil e imediatamente, a identifique como tal.

publicidade Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços,


manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados
fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
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Tendência
internacional

Ellie Goulding, Rita Ora [...] e outras


doze personalidades do Instagram foram
advertidas pelo Competition and
Markets Authority (CMA), departamento
governamental não-ministerial que
trabalha para promover a concorrência
em benefício dos consumidores no Reino
Unido. [...] Caso alguém não cumpra o
acordo, poderá ser levada ao tribunal e
receber uma multa ou uma pena de até
dois anos de prisão.
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UNBOXING
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Uso de dados:
Target Advertising
O New York Times divulgou em 2018 o uso
de dados obtidos por meio de aplicativos de
medição de febre para a distribuição de
anúncios publicitários por região dos
Estados Unidos.
As informações sobre a localidade dos
usuários do aplicativo que apresentavam
sintomas de gripes e resfriados foram
compartilhadas com o setor farmacêutico.
O resultado foi o aumento significativo dos
investimentos em publicidade dessas
regiões.
@laisbergstein Laís Bergstein
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I don´t need
a drill.
I need a
hole on the
wall.

MELLER-HANICH, Caroline. Economia


compartilhada e proteção do consumidor. Trad.
Ardyllis Soares. Revista de Direito do
Consumidor, São Paulo, v. 105, p. 19-31, maio-
jun. 2016.
Claudia Lima Marques – IACL Conference 2019
Control, Time and Space as innovative legal elements of consumer law:
Rethinking Consumer Effective Protection in the “Service’s Societies”

Consumer ‘Apparent supplier’

Service, the transaction itself


Trust / Good faith / Information /
Commitment Consumer data / Consent

The other intermediaries (for


example: the internet, the
payment method or payment
form, the insurance)

‘Gatekeeper’, the platform, the


controller is who invents,
constructs, chooses, design, and
sustains the hole business

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