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Justificativa:
A Batalha de RAP na universidade pode ser entendida como um agente
facilitador para muitos jovens negros, moradores de periferia, etc. a buscarem se
inserir no campo cientifico seja como colaborador em projetos de extensão, seja
como alunos egressos da instituição. Além de valorizar a produção científica sobre
questões que tocam diretamente problemas sociais, étnicos e culturais, este projeto
também tem a capacidade de incentivar que o estudante percebe que o desenvolver
de pesquisas nessa área o inclui, ao acolher suas demandas e anseios,
contribuindo para que este sujeito possa entender melhor os impactos deste
fenômeno a qual ele está inserido, além de poder representar uma ajuda na
profissionalização desses sujeitos no campo da produção cultural artística.
O Hip Hop é uma ferramenta “multi-tarefas” visto que, além de cumprir um
papel básico quanto a transmissão de conteúdos programáticos difundidos nas
escolas e universidades, também pode ajudar a emancipar o cidadão enquanto
agente político transformador da sua realidade e da sua compreensão de inserção
no espaço tempo. Por fim, esse projeto produz uma interação entre ensino,
pesquisa e extensão, ao fomentar atividades de interesse das ciências dentro da
instituição universitária pública.
Fundamentação Teórica:
O projeto é fundamentado na teoria difundida pelo sociólogo Boaventura de
Sousa Santos intitulada “ecologia dos saberes”, sendo este um conceito que visa
promover o diálogo entre vários saberes que podem ser considerados úteis para o
avanço das lutas sociais pelos que nelas intervêm. É uma proposta nova e, como
tal, exige alguns cuidados.
Como é nova, o caminho faz-se ao caminhar. Não há receitas de nenhuma
espécie. Quais são os principais cuidados? Em primeiro lugar, a ecologia de
saberes não se realiza nos gabinetes das universidades ou nos gabinetes dos
líderes dos movimentos. Ela se realiza em contextos de diálogo prolongado, calmo,
tranquilo, como são as reuniões para organização das Batalhas do Coliseu que
acontece periodicamente no setor II de aulas da UFRN, para que permitam que
mais vozes surjam, que aquelas vozes mais tímidas e até inaudíveis se manifestem
e que, portanto, o ambiente seja suficientemente inclusivo e acolhedor para que a
diversidade de conhecimentos poder emergir. Portanto, em primeiro lugar, a
ecologia de saberes é um processo coletivo de produção de conhecimentos que
visa reforçar as lutas pela emancipação social. Em segundo lugar, que não tem e
não deve ter líderes, embora possa ter facilitadores da discussão. Quando digo
anárquico quero dizer realmente democrático. É uma construção democrática de
conhecimento, onde os processos não se distinguem dos conteúdos. Processos
democráticos de construção de conhecimento democrático.
Portanto, se é preciso mais tempo para democratizar o conhecimento, então,
leva-se mais tempo. Se não é possível fazer uma carta, um pronunciamento, porque
não se chegou a um acordo, não há crise nenhuma. A ecologia dos saberes, como
grande processo democrático, exige paciência.
Metodologia:
Realização mensal de uma batalha no Coliseu do setor II da UFRN.
Realização periódica quinzenal de reunião com o objetivo de organizar o evento, de
ler textos teóricos, de realizar o levantamento de novas demandas e ações
cumpridas.
Realização de atividades e oficinas informativas e profissionalizantes voltadas ao
público-alvo do movimento
Objetivos Gerais:
Promover a pesquisa científica em fenômenos de vulnerabilidade ou problemas
sociais, promover a cultura negra, promover a cultura do Hip Hop e seus
segmentos, valorizar expressões artísticas culturais, integrar a sociedade moradora
de bairros periféricos a universidade pública, valorizar os movimentos sociais
culturais da cidade, dar acesso a jovens e adultos a arte e a profissionalização.
Resultados Esperados:
Referências:
BOTELHO, Raphael Steigleder. UNB, 18H, QUARTA-FEIRA, 1000o: A Batalha da
Escada como Espaço de Esperança na autonomia do Direito à Cidade. Brasília,
2018. Tese Monografia (Bacharel em Geografia). Universidade de Brasília - UnB.