Augusto é apresentado a várias pessoas em uma reunião social, incluindo a avó de seu amigo Filipe e suas primas. No entanto, ele acaba sendo obrigado a ouvir as longas histórias de uma velha senhora chamada D. Violante por mais de uma hora, sofrendo de tédio. Ele planeja se vingar dela com um diagnóstico e tratamento exagerados.
Augusto é apresentado a várias pessoas em uma reunião social, incluindo a avó de seu amigo Filipe e suas primas. No entanto, ele acaba sendo obrigado a ouvir as longas histórias de uma velha senhora chamada D. Violante por mais de uma hora, sofrendo de tédio. Ele planeja se vingar dela com um diagnóstico e tratamento exagerados.
Augusto é apresentado a várias pessoas em uma reunião social, incluindo a avó de seu amigo Filipe e suas primas. No entanto, ele acaba sendo obrigado a ouvir as longas histórias de uma velha senhora chamada D. Violante por mais de uma hora, sofrendo de tédio. Ele planeja se vingar dela com um diagnóstico e tratamento exagerados.
interessantes: pareceu ao estudante um jardim cheio de flores ou o céu semeado de estrelas. Verdade seja que, entre esses orgulhos da idade presente, havia também algumas rugosas representantes do tempo passado; ___isso ainda mais lhe sanciona a propriedade da comparação, porque há muitas rosas murchas nos jardins e estrelas quase obscuras no firmamento. Filipe apresentou o seu amigo a sua digna avó ___a todas as outras pessoas que aí ___achavam. Não há remédio senão dizer alguma coisa sobre elas. A Sra. D. Ana, este o nome da avó de Filipe, é uma senhora de espírito ___alguma instrução. Em consideração a ___sessenta anos, ___dispensa tudo quanto ___poderia dizer sobre ___físico. Em suma, cheia de bondade e de agrado, ela recebe a todos com o sorriso nos lábios; seu coração se pode talvez dizer o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à querida neta, irmã de Filipe; ___: seu afeto para com essa menina não se limita à doçura da amizade, vai ao ardor da paixão. Perdendo seus pais, quando apenas contava oito anos, a inocente criança tinha, ___ Filipe, achado no seio da melhor das avós toda a ternura de sua extremosa mãe. Ao lado da Sra. D. Ana estavam duas jovens, cujos nomes se adivinharão facilmente: uma é a pálida, a outra a loura. São as primas de Filipe. Ambas são bonitinhas, ___, para Augusto, D. Quinquina tem as feições mais regulares; achoulhe mesmo muita harmonia nos cabelos louros, olhos azuis ___faces coradas, confessando, todavia, que as negras madeixas ___rosto romântico de D. Joaninha fizeram-lhe uma brecha terrível no coração___, algumas outras senhoras aí estavam, valendo bem a pena de se olhar para elas meia hora sem pestanejar. Toda a dificuldade, ___, está em pintar aquela mocinha que acaba de ___ pela sexta vez, depois que Augusto entrou na sala: é a irmã de Filipe. Que beija-flor! Há cinco minutos que Augusto entrou ___em tão curto espaço já ela sentou-se em diferentes cadeiras, desfolhou um lindo pendão de rosas, derramou no chapéu de Leopoldo mais de duas onças d’água-de- colônia de um vidro que estava sobre um dos aparadores, fez chorar uma criança, deu um beliscão em Filipe ___Augusto a surpreendeu fazendo-lhe caretas: travessa, inconsequente ___ às vezes engraçada; viva, curiosa e em algumas ocasiões impertinente. O nosso estudante não pode dizer com precisão nem o que ela é, nem o que não é: acha-a estouvada, caprichosa ___mesmo feia; e pretende tratá-la com seriedade e estudo, para nem desgostar a dona da casa, nem ___ sujeitar a sofrer as impertinências ___ travessuras que a todo momento a vê praticar com os outros. ___, para acabar de uma vez esta já longa conta das senhoras que se achavam na sala, diremos que aí se notavam ___ duas velhas amigas da dona da casa: uma, que só se entreteve, se entretém ___se há de entreter em admirar a graça ___ encantos de duas filhas que consigo trouxera; ___ outra, que pertence ao gênero daquelas que nas sociedades agarram num pobre homem, sentam-___ ao pé de si, e, maçando-o duas e três horas com enfadonhas___intermináveis dissertações, finalmente o largam, supondo que ___ têm feito grande honra ___ dado maior prazer. ___ aos homens... Não vale a pena!... vamos adiante. ___ observações ___ aqui vamos oferecendo fez ___ Augusto consigo mesmo, durante o tempo que gastou ___ endereçar seus cumprimentos ___dizer todas essas coisas muito banais ___ já muito sediças, ___que ___ dizem sempre de parte a parte, com obrigado sorrir ___ lábios ___ indiferença no coração. Concluída ___ verdadeira maçada ___ reparando ___ todos tratavam de conversar, ___ melhor passar as horas ___ esperar as do jantar, ele voltou o rosto com vistas de achar uma cadeira desocupada junto de alguma daquelas moças; ___, ó monfina do pobre estudante!... Ó itempestivo castigo dos ___ maiores pecados!... a segunda das duas velhas, de quem há pouco se tratou, estendeu a mão ___ chamou-___, mostrando com o dedo carregado de anéis um lugar livre junto dela. Não havia remédio: era preciso sofrer, ¬¬¬___ olhos enxutos ¬¬___ o prazer na face, o martírio que ___ lhe oferecia. Augusto sentou-___ ao pé da Sra. D. Violante. ___ lançou-___ um olhar de bondade ___ proteção ___ ___ abaixou os olhos, porque os de D. Violante são terrivelmente feios ___ os do estudante não se podem demorar ___ tempo sobre espelho de tal qualidade. – Adivinho, disse ela, com certo ar de ironia, que ___ está pesando demais o sacrifício de perder alguns momentos conversando com uma velha. – Ó minha senhora! Respondeu o moço, as palavras de V. S. fazem grande injustiça a ___ própria ___ a ___ também: a ___, porque ___ faz bem cheio de rudeza ___ mau gosto; ___ a si, ___, ___ um cego as ouvisse, certo que não faria idéia do vigor e da... – Olhem como ___é lisonjeiro!... exclamou a velha, batendo levemente ___ o leque no ombro do estudante, ___ acompanhando esta ação com uma terrível olhadura, rindo-___ com tão particular estudo, que mostrava dois únicos dentes que ___ restavam. Augusto olhou fixamente para ela ___ conheceu que na verdade se havia adiantado muito. D. Violante era horrivelmente horrenda, ___ com sessenta anos de idade apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperreada criança. A conversação continuou por uma boa hora; o tédio do estudante chegou a ponto de fazê-___ arrepender-___ de ter vindo à ilha de... Três vezes tentou levantar-se, mas D. Violante sempre tinha novas coisas a dizer. Falou-___ sobre a sua mocidade... ___ pais, seus amores, ___ tempo, seu finado marido, sua esterilidade, seus rendimentos, seu papagaio e até suas galinhas. Ah!... falou mais que um deputado da oposição, quando se discute o voto de graças. Finalmente parau um instante, ___ para respirar, começar novo ataque de maçada. Augusto quis aproveitar-se da intermitência: estava desesperado ___ pela quarta vez ergueu-se. – Com licença de V. S. – Nada! Disse a velha, detendo-o ___ apertando-___ a mão, eu ainda tenho muito que dizer-lhe. – Muito que dizer?... balbuciou o estudante automaticamente, deixando-se cair sobre a cadeira, como fulminado por um raio. – O senhor está incomodado?... perguntou D. Violante, com toda a ingenuidade. – Eu... eu estou às ordens de V. S. – Ah! Vê-se que a sua delicadeza iguala à sua bondade, continuou ___ com um acento meio açucarado ___ terno. – Oh, castigo de ___ pecados!... pensou Augusto consigo; querem ver que a velha está namorada de mim?!! ___ recuou sua cadeira meio palmo para longe dela. – Não fuja... prosseguiu D. Violante, arrastando por sua vez a cadeira até encostá-la à do estudante, não fuja... eu quero dizer-___ coisas que não é preciso que os outros ouçam. – E então? Pensou de novo Augusto, fiz ou não uma galante conquista?... E suava suores frios. – O senhor está no quinto ano de Medicina?... – Sim, minha senhora. – Já cura? – Não, minha senhora. – Pois ___ desejava referir-___ certos incômodos que sofro, para que o senhor ___ dissesse que moléstia padeço ___ que tratamento me convém. – Mas... ___ senhora... eu ainda não ___ médico ___ só no caso de urgente necessidade ___ atreveria... – Eu tenho inteira confiança no senhor; ___ que é o único capaz de acertar com a ___ enfermidade. – Mas ali está um estudante do sexto ano... - ___ quero o senhor mesmo. - ___, ___ senhora, ___ estou pronto para ouvi-la: ___ julgo que o tempo ___ o lugar são poucos oportunos. – Nada... há de ser agora mesmo. Ah!... A boa da velha falou ___ tornou a falar. Eram duas horas da tarde ___ ___ ainda dava conta de todos os ___ costumes, de ___ vida inteira; ___, foi uma relação de comemorativos como nunca mais ouvirá o ___ estudante. Às vezes Augusto olhava para ___ companheiros ___ os via alegremente praticando com as belas senhoras que abrilhantavam a sala, ___ ___ se via obrigado a ouvir a mais insuportável de todas as histórias. Daqui ___ de certos fenômenos que acusava a macista, nasceu-___ o desejo de tomar uma vingançazinha. Firme neste propósito, esperou com paciência que D. Violante fizesse ponto final bem determinado a esmagá-___ com o peso do seu diagnóstico ___ ainda mais com o tratamento ___ tencionava prescrever- ___.