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O autor analisa a relação de amizade genuína ao passar a ser estabelecida.

o levantamento
histórico abriu muitas portas para uma antropologia interessada em perceber e descrever as
transformações sociais, insepsirpaencdiaol, excerta tradição heterodoxa de autores se a obra
de Junod se aproxima do método do que viria a ser chamado de uma antropologia moderna,
ela também mantém uma distância segura desse método, nem que seja para melhor superá-lo.
em diversos momentos Junod corta o fluxo da prosa etnográfica para dar lugar a reflexões e
informações sobre como os Tsonga do sul de Moçambique estariam passando por
transformações contemporâneas; seus comentários não figuram apenas em uma seção
introdutória ou em notas de rodapé, como mais tarde se tornaria usual para muitos textos
funcionalistas ou estrutural-funcionalistas, e suas notas sobre as mudanças em curso não se
restringem a seus valiosos anexos, mas sim espalhadas por todo o texto . O caso da poligamia
é exemplar. O autor não apenas reflete sobre as vantagens e desvantagens da poligamia como
antropólogo, ou seja, tentando se aproximar do ponto de vista nativo, mas também desafia
frontalmente o cristão Tsonga sobre esse assunto espinhoso. Como eles, que haviam passado
por uma mudança radical em suas crenças, percebiam a poligamia? da mesma forma, ele não
deixa de pronunciar sua própria perceção, foi inscrito, o evolucionismo foi, entre as tantas
interpretações diferentes baseadas no anglo-saxões e, ainda mais claramente, de autores sul-
africanos.

Portanto, ao reflectir sobre as mudanças e desafios enfrentados pelos povos do sul de


Moçambique, torna-se evidente que não se tratou de uma via de mão única, que
transformação não caminhava irreversivelmente para a adaptação à sociedade colonial, ao
contrário do que diziam as vozes evolucionistas.

O autor não pode esconder sua surpresa com a transformação que até grupos de colonos
brancos sofreram ao conviverem lado a lado com grupos indígenas, alguns deles adoptando
elementos extensos de tradições, rituais, usos e costumes nativos, e a poligamia volta a
aparecer aqui como um exemplo favorito para o autor, em um desenvolvimento que encarna
o principal medo que assombra mentes colonialistas estabelecidas no Sul de África: os riscos
de uma eventual satirização do colono branco. No entanto, a percepção do autor é processual
da realidade social entre os Tsonga. E é a partir dessa perspectiva que o autor estabelece uma
verdadeira pauta para a antropologia africanista de seu tempo: confrontar as noções
emaranhadas de indivíduo e pessoa; entrelaçando elementos básicos da vida da aldeia com
estruturas abrangentes de política.
Fazendo uma analise o autor é ausente ou não participante não desempenha qualquer papel
na ação, narrando os acontecimentos sem neles intervir; no discurso usa pronomes,
determinantes e formas verbais da 3ª pessoa gramatical (ele, seus, eles, encontrou, fez). A
focalização é interna os acontecimentos são vistos pelos olhos de uma personagem e estamos
limitados ao conhecimento que ela tem dos factos. A posição do autor é objetiva a história é
relatada sem marcas pessoais e com imparcialidade.

Referência Bibliográfica

Junod, Henri. 2009. Usos e costumes dos bantus. Campinas: IFCH/Unicamp, pp 436-437.

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