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Giovanni Costa
SANTO ANDRÉ - SP
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1 O DIREITO PARA A REFORMA PROTESTANTE . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 CALVINO E AS INSTITUTAS DA RELIGIÃO CRISTÃ . . . . . . . . . . 3
1.3 DESDOBRAMENTO REFORMA E MODELOS EUROPEUS DE LIBER-
DADE RELIGIOSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.4 ILUMINISMO E A LIBERTAÇÃO DO HOMEM PELO DIREITO . . . . . 4
1.5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
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1 INTRODUÇÃO
Mais tarde, quando João Calvino assume o controle do movimento reformado, por
temer movimentos anárquicos no meio cristão, escreve sobre este assunto em sua obra-
prima, “As Institutas da Religião Cristã (1536)“. Este magnífico livro histórico, traz em seu
último capítulo como deve ser o diálogo da igreja com a sociedade.
O autor John Witte Jr. Cita que: “Calvino antecipou um número de concepções
modernas de separação, acomodação e cooperação entre Igreja e Estado que mais tarde
dominariam o constitucionalismo ocidental” (WITTE JR., 2007, Pág. 76)
Os textos legados por Calvino transmitiram a seus seguidores uma forma mais
equilibrada de política civil e eclesiástica e uma jurisdição mais limitada da igreja.
Calvino defendeu explicitamente uma forma de governo aristocrática ou mista no
interior da igreja. Assim, a melhor forma de governo civil deveria ser rigorosamente
paralela à eclesiástica. (LAGO, 2018)
que o rei poderia proibir uma religião, ou mesmo definir outra como obrigatória,
mas para tanto, era imprescindível a aprovação do parlamento. (SANTOS, 2013)
Em meados do séc. XVII, a maioria das igrejas reformadas tinham a sua própria
confissão de fé, a exemplo da e da “Confissão de Fé de Westminster, (1647)“ e da ”Confissão
de Fé Batista de Londres, (1689)“, porém, na maioria das vezes, estas confissões eram
publicadas de maneira ”clandestina“ visto que nem todos os reinos concordavam com a
mesma cosmovisão cristã.
Em 1689, John Locke escreve o seu livro “A Carta Acerca da Tolerância“, que em seu
conteúdo, pleiteia sobre o compromisso que o Estado deveria ter sobre estas cosmovisões,
afinal, segundo ele, ”a Bíblia era uma tentativa de um Deus perfeito se comunicar com
seres imperfeitos“, sendo assim, eram válidas todos os entendimentos sobre a crença
cristã, dando o primeiro passo para o direito à liberdade e manifestação religiosa individual.
(LOCKE, 1689)
Faz-se interessante citar, que às confissões de fé das igrejas reformadas e até
mesmo os documentos e catecismos da igreja católica (após o movimento da contra-
reforma), foram inspirados pelo Direito Positivo, uma vez que as confissões são uma série
de princípios bíblicos que devem fundamentar diversas pautas da vida da fé cristã, como
conduta, eclesiologia etc.
deriam ser inteiramente preservados, afinal, todas às garantias que o Estado lhe concederia,
só poderiam ser pleiteadas em um estado não absolutista.
Dessa forma, apenas em uma democracia os direitos humanos poderiam ser
inteiramente encontrados. Apenas naquela sociedade em que ao indivíduo é
franqueada sua autodeterminação os direitos humanos poderiam se desenvolver
com a amplitude pretendida pelos iluministas. Se a democracia, para ser efetiva,
exige o respeito aos direitos humanos, estes só estão integralmente garantidos
em uma sociedade democrática. (SANTOS, 2013)
1.5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
WITTE JR., J. The Reformation of Rights: Law, Religion and Human Rights in Early
Modern Calvinism. Cambridge: Cambridge University., 2007.