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Emerson Giumbelli
(UFRGS)
www.ufrgs.br/ner
Texto apresentado na
Mesa Redonda:
Pesquisando religião: novos temas, novos métodos, novos desafios
Natal 2014
Turismo Religioso, Gospel e Políticas Culturais: notas
sobre articulações entre religião e cultura no Brasil
Emerson Giumbelli
O conceito de regulação da religião faz parte de meu trabalho desde a elaboração da tese
de doutorado (Giumbelli 2002). Diante da proliferação da sua ocorrência em período
mais recente, é oportuno fazer alguns esclarecimentos acerca do seu significado, sob
meu ponto de vista. Para tanto, dialogo com o artigo de Frigerio e Wynarczyk (2008).
Trata-se de uma problematização acerca das ideias de diversidade e pluralismo
religiosos, que se fundamenta basicamente sobre pesquisas acerca do lugar ocupado
1
É interessante notar a recorrência de títulos entre três trabalhos distantes no tempo (Lyon 1985;
Casanova 2006; De Vriese e Gabor 2009). Mesmo para demonstrar insatisfação, a noção de secularização
continua a ser uma referência (Warner 2010). No Brasil, ver os trabalhos de Pierucci (2008, 2009).
2
Ver Bhargava (1998), Asad (2003), Taylor (2007), Kuru (2009), Warner, Vanantwerpen & Calhoun
(2010), Cannel (2010), Bowen (2010), Cady e Hurd (2010), Calhoun, Juergensmeyer & Vanantwerpe
(2011), Baubérot & Milot (2011); para autores latinoamericanos, ver o volume de Civitas organizado por
Mariano (2011a).
3
Portier (2009) e Richardson (2004) são exemplos importantes.
pelos evangélicos na Argentina desde os anos 1980. Embora tenha ocorrido crescimento
desse segmento religioso, implicando portanto em maior diversidade religiosa na
sociedade argentina, a imagem predominantemente negativa que a mídia reserva aos
evangélicos, assim como os insucessos de suas lideranças em obter avanços no plano
jurídico evidenciam um favorecimento ao catolicismo – o que significa ausência de
pluralismo como ideal social. Para explicar tal ausência, os autores recorrem exatamente
ao conceito de regulação, apoiando-se no trabalho de Starck e Iannaccone (1993).
Frigerio e Wynarczyk (2008: 235) propõem: “(...), el crecimiento de la diversidad no
significa pluralismo (que sería su valoración) y en vez de suponer un tránsito casi
necesario y poco problemático del ‘monopolio’ al pluralismo consideran que es
interesante ver los grados de regulación que existen en distintos momentos”. Nessa
visão, regulação mantém afinidade com monopólio, indicando sua persistência atenuada
mesmo em situações de diversificação religiosa, ao passo que certos grupos
minoritários, como os evangélicos, desenvolvem ações que vão “contra a regulação”
(:236).
Neste texto, procuro levar adiante a discussão da relação entre religião e espaço público
conferindo atenção à categoria “cultura”. Ou seja, trata-se de observar como a cultura
vem sendo, no Brasil, um mediador produtivo de relações entre religiões e espaços
públicos. Em termos mais teóricos, significa indagar pelo papel que essa categoria –
com as elaborações e ações a ela associadas – vem tendo na regulação da religião,
entendendo os agentes religiosos ao mesmo tempo como objetos e agentes desses
processos. Quais as possibilidades e quais as implicações da aproximação entre religião
e cultura?
4
Religião e Esfera Pública, referências de pesquisa, em http://religiaoeesferapublica.wordpress.com/
Levantar tais problematizações pressupõe reconhecer a própria complexidade da
categoria “cultura”. Em um plano mais genérico, o já clássico e ainda atual livro de Roy
Wagner (1981) permite captar de forma instigante tal complexidade. Ele relaciona três
sentidos para a palavra cultura, sugerindo que as últimas são extensões das primeiras
(:21-31). Partimos assim das práticas e técnicas de cultivo biológico para a acepção que
associa cultura como refinamento individual e chegamos ao entendimento
antropológico, que coletiviza a generaliza o sentido de modo de vida. Wagner insiste
que esses vários sentidos estão em contato, estimulando-se mutuamente e gerando
indefinidamente fontes de ambiguidade. Embora ele destaque o risco de constante
colonização do sentido antropológico por outro que tende à objetificação (como fazem
os museus com seus acervos), aponta como a antropologia está permanentemente
provocando elaborações produtivas e criativas que, com base no conhecimento de
outros modos de vida, podem ter efeito de acúmulo à cultura ocidental (e aqui
novamente os museus têm um papel importante). O texto de Carneiro de Cunha (2009)
permite recolocar as conexões entre os terrenos humano e não-humano, ao acompanhar
situações em que formas de reconhecimento de “saberes tradicionais” têm impactos
sobre modos de cultivo de plantas, animais, etc.
Carneiro da Cunha escreve “cultura com aspas” – e é exatamente nesse sentido que a
noção interessa a este texto. A discussão que aqui se propõe acerca de religião e espaço
público pretende explorar situações e processos nos quais “cultura” adquire sentido
estrito e institucionalizado, embora não deixa de ter consequências para a cultura em um
entendimento menos objetivado. Se Carneiro da Cunha, assim como o livro de Jean e
John Comaroff (2009), enfocam “sociedades tribais” enredadas em modernos circuitos
econômicos, jurídicos e tecnológicos, o campo de minha pesquisa restringe-se a
ambientes urbanos, que colocam em jogo diversos tipos de agentes sociais e definições
que mobilizam mecanismos estatais, inclusive em âmbito nacional. Mas desejo manter
operantes as ideias de recursividade e ambiguidade para acompanhar as formas pelas
quais se define e redefine “a cultura” nas situações e processos que privilegiarei. A ideia
mais geral que orienta o investimento de pesquisa pode ser remetida à proposta que
Latour (2012) designa com a “reagregação do social”, que nos desafia a seguir os
movimentos e os elementos por meios dos quais se reconfiguram os coletivos sociais. A
compreensão da “cultura” candidata-se a essa posição, na medida em que compõe o
social tanto na situação de parte (cultura como esfera), quanto como sinônimo do todo
(cultura no sentido de “sociedade brasileira”).
Uma relação importante, nesses quadros, é a que se estabelece entre cultura em sentido
distintivo, que a aproxima da ideia de civilização, e cultura em acepção pluralista e
universalizante, que a aproxima do entendimento antropológico moderno. No primeiro
caso, a cultura tende ao singular, mas ao mesmo tempo abrange aspectos que podem ser
de amplo escopo. Pois cultura pode designar a natureza de uma instituição, de uma
atividade ou de um produto. No segundo caso, a cultura tende a se articular no plural,
mas exige na prática uma aplicação a determinados grupos aos quais se reconhece uma
configuração totalizante. Associa-se, portanto, com a ideia de um modo de vida. Nos
dois casos, destaca-se a propriedade classificatória da categoria cultura e os impactos
que isso produz em formas de concepção e engenharia da sociedade. Como não se trata
de sentidos indissociáveis, torna-se importante acompanhar a polivalência e a
polissemia dessa noção. Outras fontes de ambiguidade para entendimentos e usos da
categoria cultura têm a ver com os pares que distinguem e vinculam o material e o
imaterial, o circunscrito e o difuso.
Antes, contudo, é oportuno tecer um comentário sobre o artigo de Mafra (2011), que se
debruça exatamente sobre os evangélicos, para notar como, em contraste com o
catolicismo e as religiões afro-brasileiras, religião e cultura se relacionam tensamente.
Para demonstrar essa tese, a autora acompanha três casos recentes. No Rio de Janeiro, o
tombamento da catedral presbiteriana, proposto pelo órgão estadual de patrimônio
histórico, enfrentou resistências por parte da comunidade religiosa. Diferentes órgãos
associados à Assembleia de Deus mantêm museus e centros culturais pouco acessíveis
ao público em geral, no interior dos quais são guardados “objetos que ganham valor
pela relação íntima com pessoas excepcionais” (:617) do ponto de vista exclusivo da
trajetória dessa denominação. Por fim, a consagração da história antiga do judaísmo,
celebrada em dois empreendimentos da Igreja Universal do Reino de Deus, que são o
Centro Cultural Jerusalém e o Templo de Salomão, significaria uma recusa às
referências europeias que fundamentam a relação positiva entre religião e cultura na
chave cristã. Mafra sugere que os três casos ilustram uma complexa iconoclastia, que
aposta na separação entre imagens evangélicas e as que se deseja combater. Conclui o
texto: “Nestas disjunções, ao invés de relações pacificadas dos evangélicos com seu
passado ou com o passado dos outros segmentos sociais que compõem a nação, temos
relações tensas, disputadas, retoricamente marcadas pela negação” (:619).
Os pontos levantados nesse artigo de Mafra são muito relevantes, estendendo suas
interpretações acerca da “cultura parcial” dos evangélicos – no sentido de que estes
assumem uma visão de mundo que se reconhece em meio a outras. Por outro lado,
penso que é necessário considerar de modo algo diferente a relação entre evangélicos e
cultura: há facetas da noção de cultura que vêm sendo apropriadas pelos evangélicos e
certas de suas iniciativas, por sua vez, têm impactado as formas pelas quais a sociedade
concebe a cultura. Em um texto (Giumbelli 2013c) que elaborei motivado por questões
semelhantes ao de Mafra, propus, de forma tentativa, a expressão “cultura pública” a
fim de contemplar um conjunto de fatos provocados por evangélicos e seus impactos na
sociedade brasileira. Esse impacto pode ser medido pela incorporação de referências
evangélicas em várias esferas desde as favelas, passando pelos campos de futebol, e
chegando à indústria cultural – seja na música gospel produzida pelos evangélicos, seja
nas representações acerca deles em novelas e filmes de ampla circulação. Mas é também
o domínio da “cultura com aspas” que sofre esse impacto, como mostra o exemplo do
Centro Cultural Jerusalém, o qual foi instituído, por lei estadual de 2009, “ponto
turístico oficial” do Rio de Janeiro.5 E como mostra o gospel, cujos eventos e produções
passam a poder conter com recursos públicos graças a uma lei federal de 2012, de
iniciativa, aliás, de um deputado evangélico.
Este texto aposta, então, na exploração das relações positivas e produtivas entre religião
e cultura no Brasil. Para tanto, a consideração das diferenças entre católicos, afro-
religiosos e evangélicos é crucial, uma vez que concordo com a ideia de que esses
distintos segmentos empreendem conexões específicas com a cultura. Ao mesmo
tempo, sugiro que cada contexto não deixa de provocar os demais, ocorrendo resultantes
que envolvem o conjunto dessas situações. Em comparação com o projeto anterior, que,
como já foi notado, tinha como referência o catolicismo, o interesse expresso neste texto
elege como campos situações que mantêm afinidades com os diferentes segmentos
religiosos. Essa opção não deixa de ser uma maneira de captar as próprias
transformações que desafiam a hegemonia católica. Os campos são os seguintes:
turismo religioso, com foco no catolicismo; universo gospel, com foco nos evangélicos;
políticas culturais, com foco nos afro-religiosos. Em seguida, teço comentários
específicos sobre cada um desses campos, articulando algumas análises produzidas por
cientistas sociais e alguns dados preliminares acerca de situações empíricas.
Segundo Steil (2003), a abertura para uma compreensão mais produtiva acerca do
turismo religioso ocorreu com o questionamento do paradigma turneriano – em
referência ao modo como Victor e Edith Turner orientaram as pesquisas sobre
peregrinações em diferentes contextos religiosos. Em lugar desse paradigma, proliferam
estudos, na esteira do livro de Eade e Sallnow (1991), que exploram, a propósito desses
5
Sobre os projetos culturais da Igreja Universal do Reino de Deus, ver Gomes (2009) e Gutierrez (2012).
eventos, a presença e os efeitos de discursos religiosos e seculares, que expressam a
pluralidade de agentes envolvidos. Se, no mesmo texto, o autor nota “a resistência dos
agentes religiosos ao uso do termo turismo”, em outro (Steil 2009), vislumbra-se uma
mudança: “podemos ver surgir no campo da religião uma estrutura turística de
significados e valores que acaba encompassando, mesmo que inconscientemente, a
tradição perigrínica, produzindo um outro evento, que poderíamos chamar de turismo
religioso”. Na introdução ao livro que organizam acerca de rotas criados no Brasil sob a
inspiração do Caminho de Santiago de Compostela, Steil e Carneiro (2011) insistem em
não considerar turismo e religião como categorias opostas e excludentes. Pode-se então
resumir esses esforços na reconsideração da relação entre turismo e religião como um
impulso para se compreender os usos da expressão “turismo religioso” por diferentes
agentes sociais e as configurações que deles resultam ou que estão ligadas a esses usos.6
6
Nessa linha, pode-se ainda citar os estudos de Carneiro (2004), Swatos Jr (2006) e Coleman & Eade
(2004).
as prefeituras de cinco municípios com projetos associados a santuários ou eventos
católicos.7
São ainda poucos os estudos acerca do gospel no Brasil. O termo remete aos Estados
Unidos, onde designa um gênero musical específico, o qual, por sua vez, está vinculado
a marcadores étnicos. Mas no Brasil se desenvolveu um sentido distinto: música com
temática cristã, passando por gêneros muito variados (rock, rap, reggae, pagode etc). Tal
desenvolvimento ocorreu basicamente a partir de movimentos no interior do segmento
evangélico e representou uma transformação em relação ao que predominava, quanto à
produção e gosto musical, no universo cristão brasileiro em geral. Pois o gospel remete
para formas de elaboração identificadas com a indústria cultural: é música religiosa
produzida profissionalmente e consumida para além de um ambiente cultual estrito.
Enquanto que Pinheiro (2008) se propõe a acompanhar circuitos mais locais, Cunha
(2007), Paula (2007,2012) e Rosas (2013) retratam aspectos do gospel que produzem
impacto na cultura de massa. Se num primeiro momento, que corresponde aos anos
1990, o gospel dependeu de um circuito de produção e consumo diretamente ligado ao
universo eclesiástico evangélico, mais recentemente observa-se uma explosão,
constatada pela contratação de artistas gospel por grandes gravadoras que também
7
Notícias consultadas no site do Ministério do Turismo:
http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20130628-2.html;
http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20130725-1.html e
http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20111012.html, acesso em 01.08.2013; sobre a
Pastoral do Turismo, cf. http://www.pastoraldoturismo.org.br/entrevista-pastoral-do-turismo.html, acesso
em 28.07.2013.
comercializam a música “profana” e por sua exposição em programas de rádio e TV não
vinculados aos evangélicos.8
8
Essa expansão do gospel para além das fronteiras evangélicas, o que inclui certa aproximação com a
indústria cultural católica, levanta alguma tensões no interior do universo de origem, como mostra Rosas
(2013).
9
Acerca da Lei Federal 12590, consultei: http://www.conjur.com.br/2012-jan-10/eventos-musica-gospel-
receber-beneficios-lei-rouanet e http://musica.uol.com.br/ultnot/2012/01/10/presidente-dilma-reconhece-
musica-gospel-como-manifestacao-cultural.jhtm, acesso em 15.07.2012. Sobre o Salão, ver site do
evento, http://www.salaointernacionalgospel.com.br/, acesso em 05.08.2013.
3) Políticas culturais e universo afro-religioso
Acrescentarei mais alguns pontos a esse quadro mais geral adotando uma visão a partir
de certo local. A cidade de Porto Alegre destaca-se no cenário nacional em diversos
aspectos que envolvem a presença e atuação de religiões de matriz africana: o número
de adeptos declarados no censo populacional, a quantidade de templos, o protagonismo
de suas lideranças, o papel na expansão dos cultos em direção a outros países do Cone
Sul (Oro 2012; Leistner 2012). Se não existe nenhum terreiro tombado pelos órgãos
federal e estadual de proteção ao patrimônio, deve-se notar, no âmbito do município, em
2013, o registro, como “bem imaterial”, conferido ao “Bará do Mercado”. Trata-se de
uma entidade cultuada no Batuque, na Umbanda e na Quimbanda, associada com o
ponto central do Mercado Público de Porto Alegre, onde existem lojas de artigos
religiosos e são realizados rituais vinculados às expressões locais de matriz africana. Em
2010, a cidade foi contemplada entre as que tiveram seus templos de religião afro-
brasileira mapeados por um projeto do Ministério do Desenvolvimento Social. Em
2013, anunciou-se que uma das casas de Batuque e Umbanda existentes em Porto
Alegre passou a integrar o projeto “Pontos de Leitura Ancestralidade Africana no
Brasil”. Trata-se de um projeto promovido por entidades de âmbito nacional, que visa o
aparelhamento de locais com um acervo de livros e computadores, aos quais devem se
integrar o registro da memória desses locais, que podem ser terreiros ou quilombos.
Cabe ainda mencionar a iniciativa “Percurso do Negro em Porto Alegre”, projeto
recente, com apoio da prefeitura e do Ministério da Cultura, que articula a implantação
de pequenos monumentos e a realização de roteiros que celebrem “a presença, a
memória, o protagonismo social e cultural dos africanos e seus descendentes”. Um dos
pontos pelos quais passa esse percurso é exatamente o Mercado Público.10
***
Como se percebe, cada um dos comentários sobre os temas que interessam a este texto
termina com perguntas. Estas apontam para investimentos de pesquisa ora em curso, em
relação aos quais este texto serve de ponto de partida e de impulso. O objetivo mais
geral destes investimentos consiste em compreender a relação entre religião e cultura no
Brasil recente, explorando os sentidos e definições que ambos os termos vêm
10
Sobre a patrimonialização do Bará, http://maenorinhadeoxala.com/bara-do-mercado/bara-do-mercado-
reconhecido-como-um-bem-imaterial/, acesso em 15.07.2013; sobre o projeto do MDS,
http://www.mds.gov.br/gestaodainformacao/disseminacao, acesso em 15.07.2013 ; sobre os “Pontos de
Leitura”, http://snbp.bn.br/blog/pontos-de-leitura-ancestralidade-africana-no-brasil, acesso em
15.07.2013; sobre o Percurso do Negro, http://www2.portoalegre.rs.gov.br/gpn/default.php?p_secao=158,
acesso em 15.07.2013. Ver ainda Heberle (2014).
adquirindo a partir de âmbitos específicos de discursos e ações. Trata-se de
problematizar aquela relação dentro do quadro de questões possibilitadas pelas
elaborações em torno da presença da religião em espaços públicos e regulação do
religioso. Parece-me que o foco sobre os temas elencados acima representa uma aposta
em recolocar desafios para aqueles que insistem em pensar sobre a religião no Brasil.
Bibliografia