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Afonso Henriques
Economia C – 12º ano – Prof. Susana Ribeiro
Ano Letivo 2022/2023
Desigualdades de desenvolvimento em
Portugal
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Índice
I. Introdução 3
Definição
Indicadores Demográficos
Indicadores Sociais
Indicadores Económicos
V. Conclusão 9
VI. Bibliografia 10
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Introdução
3
Crescimento Económico e Desenvolvimento
Situações de
crescimento económico sem desenvolvimento
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Tal como foi explicado anteriormente, é possível criar uma divisão de significado entre
Crescimento Económico e Desenvolvimento. A partir disto, conseguimos perceber que
é possível haver crescimento económico numa sociedade, onde a população, na sua
generalidade, vê aumentar os seus rendimentos e o seu poder de compra no dia-a-dia,
sem necessariamente haver desenvolvimento e são essas situações que vamos expor
neste tópico. Importante será dizer que este último conceito aqui referido é
dependente do primeiro, enquanto o primeiro não depende deste último.
Em Portugal, durante o período de austeridade, assistiu-se a um aumento significativo
das desigualdades no rendimento. Entre 2011 e 2014, os rendimentos médios das
famílias pobres diminuiu, enquanto os rendimentos médios das famílias de classes
mais altas aumentou, elevando-se, assim, as desigualdades entre classes. Apesar
destas diferenças, podemos considerar que neste intervalo de tempo, as
desigualdades foram importantes para o crescimento económico do país (embora não
fosse muito elevado), pois apesar de os mais pobres verem os seus rendimentos
diminuírem, os mais ricos ficaram ainda mais ricos e puderam certamente suportar as
perdas no que toca as classes mais baixas. A partir disto, é possível concluir que o país
tem receitas na sua generalidade, enriquecendo-se, mas no que toca à qualidade de
vida da população, já não podemos falar da mesma maneira, porque as pessoas de
classes mais altas viram as suas condições de vida melhorar, enquanto que as classes
mais baixas tiveram uma degradação nas suas condições de vida, o que não é positivo
obviamente.
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Indicadores Demográficos
Neste gráfico percebemos que a esperança média de vida teve os menores valores em
2000 vindo a aumentar gradualmente ao longo dos anos referidos. Podemos também
observar que a esperança média de vida em Portugal é maior para as mulheres do que
para os homens.
Indicadores Sociais
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2005) até 2011, onde depois começou a haver um aumento até ao último ano
apresentado.
Com este gráfico evidenciamos um crescimento acentuado ao longo dos anos, atingindo o
valor mais elevado em 2019, percebendo assim que Portugal apresenta boas condições de
vida, habitação e conforto.
Indicadores Económicos
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Segundo este gráfico relacionado com
Após a análise do gráfico relacionado
vulnerabilidade económica vemos um
com o Bem-Estar Económico em
decréscimo até 2013, onde atingiu o menor
Portugal, observamos um aumento
valor, começando a haver depois um aumento
gradual do mesmo, sendo o menor
significativo até 2019 onde começou a decrescer
valor em 2004 e o maior em 2019.
novamente. Neste gráfico temos grandes
Apesar de algumas quebras, como em
diferenças, algumas significativas, comparado
2012 e 2020, este índice apresenta
com o outro gráfico relativo a indicadores
uma melhoria no país ao longo dos
económicos.
anos.
Aqui temos essa comparação dos dois indicadores económicos, havendo fases
semelhantes (ambos decrescem ou
ambos crescem), como entre 2014 e
2019, e fases de oposição (enquanto
um decresce outro cresce ou vice-
versa), como por exemplo entre 2005
e 2008.
Conclusão
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A modernidade não é inexorável na sua trajetória de desenvolvimento, em Portugal. O
olhar sociológico sobre as estruturas sociais permite compreender como a reprodução
e a mudança social ocorrem num determinado espaço/tempo, e que tendências estão
a tomar, como aqui fizemos ao analisar indicadores recentes sobre um conjunto de
desigualdades sociais.
Na sociedade portuguesa continuam a persistir traços de uma modernidade
inacabada, e a sua trajetória de desenvolvimento é marcada por assimetrias regionais
geradas por desigualdades sociais que comprometem a coesão social do território
nacional, nomeadamente quanto aos seus específicos impactos nos domínios da
demografia, educação, emprego, classes sociais e saúde.
A análise das relações entre território e desigualdades sociais, com incidência nas
distintas configurações estruturais e institucionais das regiões nacionais,
nomeadamente as que dizem respeito à demografia, à educação, ao emprego, às
classes sociais e à saúde, constituíram um ângulo de análise privilegiado de
identificação dos processos de desenvolvimento desigual da sociedade portuguesa.
Os resultados apurados mostram, genericamente, a persistência de um conjunto de
desigualdades sobretudo com maior incidência em territórios, essencialmente de
matriz rural e mais afastados dos grandes centros urbanos e dos seus perímetros
territoriais de influência. Em particular, as regiões do Alentejo, do arquipélago dos
Açores e do Centro, constituem uma ilustração desta leitura. Em sentido contrário, as
regiões do Norte e, sobretudo a Região Metropolitana de Lisboa, apresentam valores
que tendem a posicionar estes territórios num contexto mais favorável tendo em
conta os indicadores analisados.
Bibliografia
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https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/21441/1/TD-ALPC-
2021.pdf
https://www.plataformaongd.pt/uploads/subcanais2/desigualdades-e-
desenvolvimento-ppongd2019.pdf
https://www.pordata.pt/
https://revista.aps.pt/pt/social-inequalities-and-development-in-portugal-
2/
Manual Economia C 12ºAno, Maria João Pais// Maria da Luz Oliveira//
Maria Manuela Góis// Belmiro Gil Cabrito, Texto
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