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ECONOMIA

ECONOMIA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA

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1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 3
2. EVOLUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS .................... 3
3. O PRODUTO INTERNO BRUTO E SUA EVOLUÇÃO ................................................ 4
Evolução da Economia - Pib ........................................................................... 4
4. DEFINIÇÃO DE INFLAÇÃO E SUA EVOLUÇÃO ....................................................... 6
5. EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE DESEMPREGO........................................................... 7
6. BALANÇO DE PAGAMENTOS ................................................................................. 8
7. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE JUROS................................................................. 10
Taxa Selic ....................................................................................................... 10
8. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO .............................................................. 11
9. REVISÃO DA AULA ................................................................................................ 13
10. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 14
AULA 8

ECONOMIA BRASILEIRA EM
PERSPECTIVA

Complementar o estudo de cenários econômicos dando ênfase na


realidade econômica do Brasil;

Proporcionar um panorama da evolução da economia brasileira


nos últimos anos;

Compreender as políticas macroeconômicas, monetárias e


fiscais e o seu impacto no crescimento e desenvolvimento
econômico do país.

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1. INTRODUÇÃO

Pensar sobre cenários econômicos e sobre o desenvolvimento e crescimento


econômico não faz sentido sem posicionar a região ou país a que se pretende analisar.
Durante toda essa disciplina você viu conceitos e pressupostos relacionados com a produção,
custos, políticas econômicas, variáveis micro e macroeconômicas, e agora você verá qual o
impacto disso nos indicadores econômicos do nosso país – Brasil.

Para tanto, o objetivo desta aula é complementar o conteúdo anterior dando uma
ênfase na realidade econômica do Brasil. Proporcionar um panorama da evolução da
economia brasileira nos últimos anos. Compreender as políticas macroeconômicas,
monetárias e fiscais e o seu impacto no crescimento e desenvolvimento econômico do país.

2. EVOLUÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Avaliar a evolução da economia dos países ajuda a compreender a influência dos


movimentos políticos e econômicos do mundo em uma determinada região e em um
determinado tempo. Grandes recessões econômicas, crises e períodos de crescimento, são
facilmente identificados se analisados indicadores macroeconômicos que de maneira gráfica
podem ilustrar o dinamismo econômico. Para ilustrar isso, no mínimo seis indicadores
macroeconômicos podem ser utilizados. Os indicados que serão utilizados para ilustrar a
evolução da economia no Brasil são:

1. definição de PIB e sua evolução no Brasil;


2. definição de inflação e sua evolução;
3. definição de taxa de desemprego;
4. estrutura do balanço de pagamentos;
5. determinação da taxa de juros;
6. determinação da taxa de câmbio.

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3. O PRODUTO INTERNO BRUTO E SUA EVOLUÇÃO

Como você já viu na aula sobre Macroeconomia, o total de produção de um país, é


medido principalmente pelo PIB, que atualmente é um dos principais indicadores de
crescimento econômico. Relembrando aqui, o Produto Interno Bruto (PIB) é o valor monetário
de todos os bens e serviços finais produzidos, em um determinado período de tempo, com os
serviços de fatores de produção situados dentro dos limites geográficos de um País.

O PIB é determinado pela soma de valores adicionados em todos os setores. Esta


soma equivale à adicionar salários, lucros, juros e aluguéis pagos na economia ao longo de
determinado período. Esse é o conceito de PIB, considerando o custo dos fatores de
produção.

FIQUE ATENTO

O valor do PIB é o valor da renda gerada na economia e dá a dimensão do


mercado nacional.

Evolução da Economia - Pib

Para avaliar e acompanhar a evolução da economia, o principal indicador utilizado é o


PIB. Como se pode observar na Figura 1, o PIB do Brasil apresentou um decréscimo nos
últimos anos por conta das instabilidades econômicas-financeiras que o país passou, e
começou a partir de 2017, a apresentar número positivos, representando uma previsão
crescimento econômico.

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Figura 1: Evolução do PIB brasileiro nos últimos 10 anos.

Conforme apresentado na Figura 1, após dois anos de forte retração, o PIB do Brasil
aumentou em 1% em 2017. O PIB também pode servir de indicador quando analisado com
outros países. A Figura 2 ilustra a evolução do PIB do Brasil com os principais países
desenvolvidos do mundo. É fácil notar que nestas economias a instabilidade política e
econômica garante um constante desenvolvimento econômico.

Figura 2: Curva de desempenho do PIB – Brasil e os Principais Países Desenvolvidos.

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4. DEFINIÇÃO DE INFLAÇÃO E SUA EVOLUÇÃO

Outro indicador econômico utilizado para acompanhar a economia e a situação geral


dos preços no país, é a inflação. A inflação é a situação de aumentos contínuos e
generalizados dos preços dos bens e serviços em uma economia. Pode representar o estado
em que se encontra a economia e como está a dinâmica dos preços.

Uma característica do Brasil, desde o período pós-segunda Guerra Mundial, é a


inconstância das taxas de inflação e variação de preços. As taxas anuais de inflação
flutuaram significativamente, sendo possível definir alguns períodos, com padrões similares
de comportamento da inflação e com causas idênticas.

Figura 3: Evolução do índice de inflação IPCA e a Meta de Inflação do Brasil.

Na avaliação do índice de inflação, o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor


Amplo, que mede a variação dos custos na compra de determinado grupo de produtos dentro
um período, pode ser avaliado sobre 3 margens de análise. Conforme se vê na Figura 3, temos:
(i) a Meta de Inflação, um número baseado nas expectativas de aumentos de preço de
mercado, (ii) a Banda de Inflação, que seria o intervalo entre o preço mínimo e o preço máximo
especulado para a inflação, e (iii) a Margem Real do IPCA, na figura 3 ilustrado na cor azul.

Espera-se que a pontuação do IPCA fique a mais próxima possível da meta, o que
significa que os preços não variarão de maneira muito brusca, mas acompanhando as
alterações do mercado. No entanto, conforme nota-se no gráfico, o comportamento da
inflação, principalmente em alguns períodos, tem uma dinamicidade grande.

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5. EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE DESEMPREGO

Os números de trabalhadores desempregados em um país representam muito mais


do que o nível de emprego e o balanço de admissões e rescisões dentro de um determinado
período de tempo. Para a economia, conforme já vimos na aula de Macroeconomia, o
indicador de taxa de desemprego e nível de emprego representa também o possível período
de aquecimento da economia ou de recessão das atividades comerciais e produtivas.

A lógica por trás desse pensamento é simples: em períodos de crescimento


econômico, as indústrias e empresas estão investindo mais nas suas unidades de produção
e serviços e com isso, estão contratando mais funcionários. O fluxo de admissão e rescisão
dos trabalhos é constante e inevitável. O que vem a representar o nível de emprego alto é que
um trabalhador demitido tem uma rápida contratação e realocação no mercado.

Para demonstrar o nível de emprego no Brasil, utilizaremos 2 gráficos. O primeiro,


ilustrado na Figura 4, representa a média anual da taxa de desocupação das pessoas
economicamente ativas, ou seja, com 14 anos ou mais. Para esse cálculo o IBGE utiliza o
cálculo de desemprego total, considerando a somatória entre a taxa de desemprego aberto
mais a taxa de desemprego oculto.

Figura 4: Média anual da taxa de desemprego no Brasil.

Outro indicador utilizado e que representa em números a evolução do emprego, é o


nível de emprego. Neste gráfico, conforme ilustrado na Figura 5 observa-se que a curva acima
das barras representa o crescimento do nível de emprego, enquanto que a direção da curva
para baixo da linha horizontal representa o decréscimo da evolução do emprego, conforme

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aconteceu nos anos de 2015 e 2016 onde foram registrados altos índices de desemprego no
país.

Figura 5: Evolução do nível de emprego no Brasil – anos de 2008 a 2017.

SAIBA MAIS

“Apesar da queda na taxa de desocupação entre o 3º e o 4º trimestre, de


12,4% para 11,8%, 2017 foi o pior ano para o mercado de trabalho no país
desde 2012. Com uma taxa média de 12,7%, o desemprego atingiu o maior
nível da série histórica. Em relação a 2014, quando a taxa média de
desocupação atingiu o menor patamar (6,8%), a diferença foi de 5,9 p.p. Os
dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNADC)”
Acesse o link e saiba mais:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/19759-desemprego-recua-em-dezembro-mas-taxa-media-
do-ano-e-a-maior-desde-2012.html

6. BALANÇO DE PAGAMENTOS

Quando falamos de variáveis macroeconômicas e crescimento da economia de um


país, estamos nos referindo a todas as transações que este país fez durante o tempo a ser
analisado. Até mesmo em países com estrutura comercial muito fechada, as transações entre
países representam importantes parcelas dentro do desempenho econômico.

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Ao focarmos no Brasil temos uma balança de pagamentos que ora está voltada para
a pauta de importação de produtos estrangeiros, e ora está voltada para a exportação dos
produtos nacionais.

FIQUE ATENTO

Balanço de pagamentos é o registro sistemático das transações econômicas


realizadas, durante determinado período de tempo, entre residentes e não
residentes de um país.

O balanço de pagamentos permite avaliar o desempenho econômico do país em


relação a economia mundial e o seu saldo traduz muito de como está a dinâmica do mercado,
considerando o comércio internacional principalmente.

Para analisar o saldo da balança de pagamentos e o fluxo do comércio internacional,


podemos utilizar os 2 gráficos abaixo, ilustrados nas figuras 6 e 7.

Figura 6: Balança comercial internacional do Brasil por trimestre.

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Figura 7: Saldo da balança comercial do Brasil de 2000 a 2018.

Observamos por exemplo que na Figura 6 – Balança comercial internacional, nos


trimestres do ano de 2015 o fluxo de importações (em verde) foi maior que o fluxo das
exportações (em azul), e o reflexo disso, conforme vemos na Figura 7, é um saldo negativo no
balanço de pagamentos. Isso ocorre porque o país está comprando mais produtos
estrangeiros do que vendendo os produtos nacionais para países estrangeiros. Desta forma,
na Balança Comercial final, o país está gerando mais obrigações de pagamento do que tendo
crédito para recebimentos.

7. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE JUROS

Um indicador econômico do mercado, de grande influência principalmente para os


intermediários financeiros é a determinação da taxa de juros. Esse valor representa o preço
do “aluguel” do dinheiro e é fixado no mercado por meio das curvas de oferta e demanda da
moeda em território nacional.

Taxa Selic

A taxa Selic, é um dos principais parâmetros para determinação da taxa de juros. A


Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é um indicador que serve como baliza dos

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juros praticados no Brasil. A Selic é uma taxa de curtíssimo prazo, de um dia, e usada nas
operações interbancárias para tomada de recursos com oferta de títulos públicos, que dão o
lastro a essas operações e retiram os riscos da transação, que acaba sendo, ao final, do
governo.

O efeito ao cidadão de uma Selic alta ou baixa são os seguintes: para quem poupa ou
investe em Fundos DI de renda fixa, por exemplo, uma redução da Selic reduz a rentabilidade
desses investimentos. Para quem tomou ou quer tomar um empréstimo junto a uma
instituição financeira, a redução da taxa significa juros mais baixos e atrativos.

Para entender o impacto da Selic é preciso esclarecer que a definição da taxa de juros
nacional tem como diretriz o cumprimento da meta de inflação, fixada anualmente pelo CMN
– Conselho Monetário Nacional. Quando a inflação sobe, o Banco Central eleva a Selic na
expectativa de que o crédito mais caro freie o consumo, e por tabela, a inflação diminua.

Figura 8: Evolução da Taxa Selic e Inflação entre os anos de 1999 e 2017.

8. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO

Outro indicador importante que reflete a estabilidade monetária do país é a flutuação


cambial – a taxa de câmbio. No Brasil, a taxa de câmbio se refere a quantidade de unidades
monetários de real, gasta-se para trocar por cada unidade de moeda estrangeira. Por exemplo,
em maio de 2018 no Brasil para se comprar 1 dólar, era necessário gastar R$3,70.

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Porém no Brasil, o regime de câmbio atual segue um esquema mais dinâmico ainda.
O Banco Central adotou desde o final dos anos 90 o sistema cambial intitulado de “flutuação
suja” que é traduzido da expressão “dirty floating Exchange rate” que representa a taxa de
câmbio do mercado. Ou seja, não há uma pré-determinação e regras sobre a flutuação da
moeda, ela segue as indicações do mercado e, portanto sofre tanta flutuação.

Figura 9: Evolução da taxa de câmbio – Real-Dólar entre Jul/17 a Maio/181.

Na figura 9 podemos observar a evolução da taxa de câmbio, se comparado a moeda


nacional – real, com a moeda dos Estados Unidos – dólar. No mês de Junho de 2017 a moeda
estava cotada em R$3,33 e já para o mês de Maio de 2018 o valor era de R$3,73, ou seja uma
variação de aproximadamente 12%, o que representa um aumento muito alto se considerado
a variação de câmbio em outros mercados financeiros.

1 Fonte: Thomson Reuters (2018).

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9. REVISÃO DA AULA

Essa aula teve como objetivo apresentar a evolução dos principais indicadores
econômicos do Brasil. Neste sentido, apresentamos as séries históricas dos principais
indicadores utilizados pela economia para acompanhar e avaliar o crescimento e
desenvolvimento econômico do país, os quais são: (i) o Produto Interno Bruto (PIB), (ii) a taxa
de desemprego e o nível de emprego, (iii) a determinação da taxa de juros; (iv) e o nível de
inflação, (v) o saldo da balança comercial, e (vi) a flutuação e o regime cambial.

Algumas questões são deixadas como reflexão sobre o conteúdo apresentado no


decorrer da disciplina, a se pensar o fato de que o baixo crescimento econômico brasileiro
das últimas décadas tem afetado duramente o país de diferentes formas, e a taxa de
desemprego tem permanecido em patamar elevado. E ainda, o desafio da retomada do
crescimento de modo robusto e sustentável continua sendo uma questão em aberto no Brasil.

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10. REFERÊNCIAS

MOCHÓN, Francisco. Princípios de economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

MOCHON, Francisco; TROSTER, Roberto Luiz. Introdução à Economia: aplicada ao Brasil. São
Paulo: Makron Books, 2007.

KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à economia. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2016.

PARKIN, Michael. Economia. 8. ed. São Paulo: Pearson Education, 2009.

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