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Corpo Nacional de Escutas

Agrupamento N.º 705 – S. Domingos de Benfica

Cozinha Selvagem

Caderno de Caça
Sebenta Técnica

CÓDIGOS E SINAIS
Caderno de Caça – Sebenta Técnica

Códigos e Sinais
Corpo Nacional de Escutas
Agrupamento N.º 705 – S. Domingos de Benfica

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Cozinha Selvagem

Ferramentas

Ficha Técnica

Montagem
Alce Cinzento (Carlos Jorge Oliveira)

Revisão
Pardus Niger (José Macário)

Ilustrações
Recolha de diversas publicações

Edição
Julho de 2004
ÍNDICE

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 7

CÓDIGOS E CIFRAS........................................................................................................................................ 8
CÓDIGO BRAILLE FALSO............................................................................................................................ 8
CÓDIGO DATA.............................................................................................................................................. 9
ALFABETO INVERTIDO ............................................................................................................................... 9
ALFABETO TRANSPOSTO.......................................................................................................................... 9
PICOS de MORSE ........................................................................................................................................ 9
PASSA um MELRO..................................................................................................................................... 10
PASSA dois MELROS................................................................................................................................. 10
ALFABETO NUMERAL ............................................................................................................................... 10
ROMANO-ÁRABE ....................................................................................................................................... 11
METADES ................................................................................................................................................... 11
GRELHA...................................................................................................................................................... 11
VOGAIS por PONTOS ................................................................................................................................ 12
CARANGUEJO............................................................................................................................................ 12
FRASE-CHAVE-VERTICAL ........................................................................................................................ 12
FRASE-CHAVE-HORIZONTAL .................................................................................................................. 13
FRASE......................................................................................................................................................... 14
CÓDIGO +3 ................................................................................................................................................. 14
CÓDIGO CHINÊS - 1 .................................................................................................................................. 14
CÓDIGO CHINÊS - 2 .................................................................................................................................. 15
ANGULAR ................................................................................................................................................... 16
PRIMEIRA LETRA FALSA .......................................................................................................................... 16
ÚLTIMA LETRA FALSA .............................................................................................................................. 16
HOMÓGRAFO - TRAÇOS .......................................................................................................................... 16
MORSE - NÓS ............................................................................................................................................ 17
BATALHA NAVAL - CERTA........................................................................................................................ 17
BATALHA NAVAL - INCERTA .................................................................................................................... 18
JORNAL ...................................................................................................................................................... 18
VERTICAL ................................................................................................................................................... 18
HORIZONTAL ............................................................................................................................................. 19
CARACOL ................................................................................................................................................... 20
CÓDIGO de FITAS...................................................................................................................................... 20
CÓDIGO MUSICAL ..................................................................................................................................... 21
CÓDIGO DOS PAUZINHOS ....................................................................................................................... 21
CÓDIGO DE COMBINAÇÃO DE DUAS LETRAS ...................................................................................... 21
RODAS DE CÓDIGO .................................................................................................................................. 22
CÓDIGO MORSE ........................................................................................................................................... 23

CÓDIGO HOMÓGRAFO – Sinalização Semafórica....................................................................................... 25

CÓDIGO INTERNACIONAL DE BANDEIRAS ............................................................................................... 30

CÓDIGO BRAILLE.......................................................................................................................................... 31

ALFABETO FONÉTICO.................................................................................................................................. 32

GESTOS QUE FALAM ................................................................................................................................... 32

SINAIS............................................................................................................................................................. 35
SINAIS DE PISTA ....................................................................................................................................... 35
O SEGUIMENTO DE PISTAS..................................................................................................................... 38
SINAIS DE FOGO ....................................................................................................................................... 39
SINAIS SONOROS ..................................................................................................................................... 40
SINAIS DE MÃO.......................................................................................................................................... 40
SINAIS DE AUXÍLIO TERRA – AR ............................................................................................................. 41
SINAIS A LONGA DISTÂNCIA NO MAR .................................................................................................... 42

SINALÉTICA ................................................................................................................................................... 43
SÍMBOLOS DE CLASSES DE FOGOS ...................................................................................................... 43
SÍMBOLOS DE PERIGO (UNIÃO EUROPEIA) .......................................................................................... 48
SINAIS DE TRÂNSITO ............................................................................................................................... 48
SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ............................................................................................................. 49
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Caderno de Caça – Sebenta Técnica

Códigos e Sinais

INTRODUÇÃO

Desde sempre que o Homem teve necessidade de comunicar, mesmo no tempo da Pré-
História. Chegaram até hoje registos dos seus sentimentos e das suas actividades. Estou, por
exemplo, a lembrar-me das pinturas rupestres, que tinham a finalidade de comunicar com o
Além, para ajudar nas caçadas.

E a linguagem verbal? Como se entendiam? Pensa-se que, tendo como referência os povos
primitivos actuais, se comunicavam por gestos, gritos, etc.

Se recuares um pouco no tempo, lembrar-te-ás dos egípcios e dos seus famosos hieróglifos,
cujo significado tanto ocupa os arqueólogos.

Antigamente eram utilizados o papiro, as pedras e os ladrilhos para escrever. Hoje usa-se o
papel, com as suas 1001 utilizações, o telefone e o telefax. Sabes das notícias do país e do
mundo pela rádio, pela televisão, via Internet, etc.

Quando andas na rua, deparas ainda com uma variada gama de sinais convencionais e não
convencionais, nomeadamente os sinais de trânsito, os sinais marítimos, os sinais de caminho
de ferro, etc.

Também os homógrafos, o código Morse, os sinais de fumo e de fogo são meios preciosos
para a comunicação à distância que, se praticares, poderás aprender. Como dizia Baden-
Powell, vale bem a pena aprender sinalagem. É coisa divertida comunicar por sinais com o teu
companheiro que mora do outro lado da rua, sem que os outros entendam o que estais a dizer.

Com a publicação deste caderno de caça pretende-se que conheças alguns desses códigos e
sinais. Claro está que só a prática e o exercício diário é garante desta aprendizagem. Por isso,
mãos à obra!!!

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CÓDIGOS USADOS POR ESCUTEIROS

CÓDIGOS E CIFRAS

Código Braille (Falso) Código Chinês 1


Data Código Chinês 2
Alfabeto Invertido Angular
Transposto Primeira Letra Falsa
Picos de Morse Última Letra Falsa
Passa um Melro Homógrafo-Traços
Passa dois Melros Nós de Morse
Alfabeto Numeral Batalha Naval - Certa
Romano-Árabe Batalha Naval - Incerta
Metades Jornal
Grelha Vertical
Vogais por Pontos Horizontal
Caranguejo Caracol
Frase-Chave-Vertical Código de Fitas
Frase-Chave-Horizontal Código Musical
Frase Código dos Pauzinhos
Código +3 Código de combinação de duas
letras
Rodas de código

CÓDIGO BRAILLE FALSO


O Código Braille Falso é feito do seguinte modo: distribuem-se as letras do alfabeto por 3
quadrados, cada um dos quais com nove letras, em 3 linhas e 3 colunas. Esta distribuição é
necessária tanto para codificar como para descodificar mensagens. Cada letra é representada
por um conjunto de pontos, em 3 linhas.

A B C J K L S T U
D E F M N O V W X

G H I P Q R Y Z

Na 1ª linha o número de pontos corresponde ao n.º do quadrado onde está a letra, na 2ª linha
corresponde ao n.º da linha onde está a letra nesse quadrado e na 3ª ao n.º da coluna.

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CÓDIGO DATA
Este código é feito com uma tabela em que na coluna mais à esquerda se coloca uma data (a
data chave do código, que neste exemplo é 1984). Cada letra é composta de dois algarismos:
o 1º corresponde à linha e o 2º à coluna. A mensagem codificada é escrita com os algarismo
todos juntos.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0
1 A B C D E F G H I J
9 K L M N O P Q R S T
8 U V W X Y Z 0 1 2 3
4 5 6 7 8 9

Exemplos: C = 13; R = 98; V = 82; ALERTA = 119215989011

ALFABETO INVERTIDO
Por baixo do alfabeto normal, escreve-se o mesmo alfabeto, mas invertido. As letras de baixo
são a codificação das de cima.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z T

Z Y X W V U T S R Q P O N M L K J I H G F E D C B A

Exemplo: ESCUTEIRO = VHXFGVRIL

ALFABETO TRANSPOSTO
Por baixo do alfabeto normal, escreve-se o mesmo alfabeto, mas começando na letra chave
do código que, neste exemplo, é a letra V ( então A = V ). As letras de baixo são a
codificação das de cima.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z T

V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U

Exemplo: ESCUTEIRO = ZNXPOZDMJ

PICOS de MORSE
Usando o conhecido código Morse, que poderás conhecer mais à frente, usa-se um sistema de
equivalência para os traços e para os pontos:

Assim, os traços representam-se por picos mais altos e os pontos por picos mais baixos. O
espaçamento entre cada letra é igual á largura de cada «traço» ou «ponto».

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Exemplos:

PASSA um MELRO
O código «passa-um-melro» consiste em intercalar uma letra aleatória entre cada letra da
mensagem que queremos codificar:
Mensagem:
CHAMAR O CHEFE PARA ACENDER O LUME
Mensagem Codificada:
CLHAAEMUARRA OS CIHRELFAEM PLARRIAM ALCAESNUDUERRA OS LAUNMAEL

PASSA dois MELROS


O código «passa-dois-melros» consiste em intercalar duas letras aleatórias entre cada letra da
mensagem que queremos codificar:
Mensagem:
JANTAR AS FEBRAS
Mensagem Codificada:
JIMASUNAETIMASRRAS AMISSU FRIEMIBURRINATOSAS
Nota: podem ser usados outros códigos do género, como por exemplo «passa-três-melros», ou
colocando simplesmente a(s) letras(s) aleatórias antes das letras da mensagem.

ALFABETO NUMERAL
Cada letra do alfabeto corresponde a um número. Para identificar o código é preciso dar a
chave.
Se, por exemplo, a chave do código for 12, podemos fazer uma tabela de conversão:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
T

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

Exemplo: ALERTA = 12 23 16 29 31 12

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ROMANO-ÁRABE
As vogais são numeradas em romano e as consoantes em árabe.

A E I O U
I II III IV V

B C D F G H J K L M N P Q R S T
T V W X Y Z
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Exemplo: ALERTA = I 9 II 14 16 I

METADES
As letras da mensagem são dispostas alternadamente numa tabela de duas colunas. Vamos
dar o exemplo da seguinte mensagem: CHAMAR O SOCORRISTA
Construímos a tabela:

C A A O O O R S A
H M R S C R I T T

Agora escrevemos a mensagem codificada lendo primeiro a primeira linha e depois a segunda
linha:

Mensagem codificada: CAAOOORSA HMRSCRIT

GRELHA
Mensagem: TRAZER A TENDA
A mensagem para codificar é escrita num cartão quadriculado, intercalando letras aleatórias
entre as letras da mensagem:

T T I R A
U Z E M
R A M C
A T T R E
N D I A

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Para decifrar a mensagem, fazemos outro cartão quadriculado, igual, marcando cruzes nas
quadrículas correspondentes ao sítio das letras da mensagem:
X X X
X X
X X
X X
X X X

Este cartão de descodificação pode ser ainda feito da seguinte maneira: em vez de marcar com
um X as quadrículas correspondentes, recortam-se essas quadrículas, com um canivete;
depois, é só sobrepor os dois cartões, e os buracos abertos deixarão ver as letras da
mensagem.

VOGAIS por PONTOS


As vogais são todas substituídas por pontos.

Exemplo: SEMPRE ALERTA = S.MPR. .L.RT.

CARANGUEJO
As letras e as palavras são escritas ao contrário:

Exemplo: BOA CAÇA E SEMPRE ALERTA = ATRELA ERPMES E AÇAC AOB

FRASE-CHAVE-VERTICAL
Para este código é preciso uma tabela com 2 linhas e 13 colunas, de modo a caberem as 26
letras do alfabeto.

Vamos imaginar que a frase chave é «sempre alerta». Começamos por escrever as letras da
frase, seguidas, mas sem repetir nenhuma!!! Ficamos com a palavra «SEMPRALT».

S E M P R A L T

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A seguir juntamos outras letras do alfabeto, por ordem alfabética (desde o inicio do alfabeto),
sem ficarem letras repetidas, e até perfazerem um total de 13 letras (primeira linha completa).
Ficamos assim com «SEMPRALTBCDFG».

S E M P R A L T B C D F G

De seguida preenchemos a linha por baixo com as restantes letras do alfabeto, respeitando as
mesmas regras. No final ficamos com a tabela de codificação completa:

S E M P R A L T T B C D F G
H I J K N O Q U V W X Y Z

As letras de cima correspondem às letras de baixo e vice-versa, ou seja: S=H ; E=I ; M=J ;
etc...
Exemplo: ESCUTA LEAL = IHWTO QIOQ

FRASE-CHAVE-HORIZONTAL
Para este código é preciso uma tabela com 2 linhas e 13 colunas, de modo a caberem as 26
letras do alfabeto.
Vamos imaginar que a frase chave é «sempre alerta». Começamos por escrever as letras da
frase, seguidas, mas sem repetir nenhuma!!! Ficamos com a palavra «SEMPRALT».
S E M P R A L T

A seguir juntamos outras letras do alfabeto, por ordem alfabética (desde o inicio do alfabeto),
sem ficarem letras repetidas, e até perfazerem um total de 13 letras (primeira linha completa).
Ficamos assim com «SEMPRALTBCDFG».
S E M P R A L T B C D F G

De seguida preenchemos a linha por baixo com as restantes letras do alfabeto, respeitando as
mesmas regras. No final ficamos com a tabela de codificação completa:
S E M P R A L T T B C D F G
H I J K N O Q U V W X Y Z

O abecedário começa pela primeira linha, da esquerda para a direita, e acaba ao fim da
segunda linha:
Na primeira linha: A=S ; B=E ; C=M ; D=P ; etc...
Na segunda linha: N=H ; O=I ; P=J ; etc...
Exemplo: ESCUTA =ROMUQS

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FRASE
Cada letra da mensagem é utilizada para começar uma palavra de uma frase. Este código
requer um bocado de imaginação, de maneira a que a frase final (com a mensagem codificada)
pareça uma frase com algum sentido, ou pelo menos que leve o descodificador a pensar que
se trata de alguma espécie de enigma, e não uma mensagem codificada.

Exemplo: ESCUTA =ERGAM SACOS COM UVAS TODAS AMARELAS

CÓDIGO +3
Cada letra do alfabeto corresponde à letra que está 3 posições à frente no alfabeto.
Podemos então fazer uma tabela:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z T

D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C

Assim, A=D, B=E, etc...

Exemplo: ESCUTA = HVFXWD

Este código pode ter inúmeras variações: +2 ; +5 ; -3 ; -4 ; etc...

CÓDIGO CHINÊS - 1
Esta cifra é escrita apenas com traços horizontais e verticais. A cada traço vertical
corresponde uma vogal.
A E I O U
I II III IIII IIIII

As consoantes são indicadas por traços horizontais sobrepostos aos verticais. Para escrever
uma consoante, começa-se pela vogal imediatamente anterior (no alfabeto) e, por cima dos
traços verticais dessa vogal, colocam-se tantos traços horizontais quanto o número de letras
entre a vogal e a consoante.
Por exemplo, para a letra P, começamos pela vogal anterior que é o O (IIII). Ora, como entre o
P e o O a distância é de uma letra, apenas colocamos um traço horizontal sobre os 4 traços
verticais da letra O. Assim temos que:

Exemplo: ESCUTA

ESCUTA =

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CÓDIGO CHINÊS - 2
Esta cifra é escrita apenas com traços horizontais e verticais. A cada traço vertical corresponde
uma vogal.

A E I O U

I II III IIII IIIII

As consoantes são indicadas por traços horizontais escritos ao lado dos verticais. Para
escrever uma consoante, começa-se pela vogal imediatamente anterior (no alfabeto) e, ao lado
dos traços verticais dessa vogal, colocam-se tantos traços horizontais quanto o número de
letras entre a vogal e a consoante.

Por exemplo, para a letra P, começamos pela vogal anterior que é o O (IIII). Ora, como entre o
P e o O a distância é de uma letra, apenas colocamos um traço horizontal ao lado dos 4 traços
verticais da letra O. Assim temos que:

Exemplo: ESCUTA

ESCUTA =

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ANGULAR
Este código usa símbolos angulares (90º) e pontos, retirados do esquema de codificação. O
símbolo angular é representado pelas linhas que rodeiam a letra, com ou sem ponto.

Por exemplo, a diferença entre a letra S e a letra W é que esta possui um ponto enquanto a
outra não. A ordem de disposição das letras é fixa e, no caso das duas cruzes, começa em
cima e segue o sentido dos ponteiros do relógio.

Exemplo: ESCUTISMO =

PRIMEIRA LETRA FALSA


A primeira letra de cada palavra da mensagem codificada é falsa, por isso, para descodificar,
basta eliminar as primeiras letras. Para dificultar ainda mais, podem-se cortar as palavras ao
meio.

Exemplo: AS TENDAS FICAM MONTADAS JUNTO AO RIO


LAS ATEN UDAS AFIC RAM SMON ATADAS AJU ONTO NAOR BIO

ÚLTIMA LETRA FALSA


A última letra de cada palavra da mensagem codificada é falsa, por isso, para descodificar,
basta eliminar as últimas letras. Para dificultar ainda mais, podem-se cortar as palavras ao
meio.

Exemplo: AS TENDAS FICAM MONTADAS JUNTO AO RIO


ASO TENDO ASO FIM CAME MONA TADASE JUL NTOU AOR RIOP

HOMÓGRAFO - TRAÇOS
Usando o conhecido homógrafo, este código usa as mesmas posições das bandeirolas, uma
em relação à outra. Em vez das bandeirolas, usa-se apenas as hastes, que são suficientes
para definir as posições.

Exemplo: ESCUTEIRO

(consulta uma tabela de código Homógrafo)

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MORSE - NÓS
Uma das maneiras de usar o código morse é com nós numa espia. Usa-se um nó simples
para representar um ponto e um nó de oito para representar um traço. Assim, basta fazer uma
sequência correcta de nós simples e de oito para obter a nossa mensagem codificada.

Nó de Oito = Traço Nó Simples = Ponto

Exemplos:
Letra Codificação

As palavras são "escritas" deixando um pequeno espaço entre cada letra, ficando assim um
cordão cheio de nós.

BATALHA NAVAL - CERTA


É feita uma tabela estilo Batalha Naval, 5 linhas por 5 colunas, onde as letras do alfabeto são
dispostas ordenadamente, começando na letra a seguir à letra-chave. Por exemplo, se a
letra-chave for "J", essa letra não é escrita nem pode ser codificada, e começa-se a
preencher a tabela com a letra seguinte, "K".
A B C D E
1 K L M N O
2 P Q R S T T

3 U V W X Y
4 Z A B C D
5 E F G H I
Assim, A=B4 ; T=E2 ; C=D4 ; etc.

Exemplo: CHAMAR A JOANA = D4 D5 B4 C1 B4 C2 B4 ... E1 B4 D1 B4

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BATALHA NAVAL - INCERTA


É feita uma tabela estilo Batalha Naval, com o mesmo número de linhas e de colunas, que fica
ao critério da pessoa que codifica. As letras usadas na mensagem são dispostas
aleatoriamente na tabela, misturadas com outras letras que não têm nada a ver com a
mensagem.
Para descodificar é preciso, obrigatoriamente, ter uma tabela igual à que o codificador usou.
As letras são codificadas, então, fazendo referência às quadrículas respectivas.

A B C D E F
1 A C E R A M
2 C H U N G A
3 N E L J I O
4 C I A N V U
5 R A T T A X U
6 A L O Q U M
Exemplo: CHAMAR A JOANA = B1 B2 E1 F6 E1 A5 E1 D3 C6 E1 A3 E1

JORNAL
Usa-se o recorte de um jornal, ou fotocópia de um livro, ou mesmo um texto escrito à mão.
Com um alfinete, perfuram-se as letras correspondentes à mensagem, por ordem.

Texto

Perfurar o texto

Exemplo: JANTAR AS FEBRAS

VERTICAL
Para este código é preciso uma chave. Vamos usar um exemplo de chave:

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Esta chave quer dizer que, para codificar uma mensagem, temos de escrever as letras da
mensagem em colunas (por ser código vertical), de baixo para cima, e com 3 letras cada
coluna, e agrupando cada palavra.

Exemplo: ESCUTEIRO SEMPRE ALERTA


C E O ME EA
S T R E R L T
EU I S P A R
Para codificar, vamos lendo na horizontal, normalmente.
ESCUTEIRO SEMPRE ALERTA = CEOSTREUI MEERSP EALTAR

Para descodificar, sabendo qual é a chave, dispomos as letras na horizontal, de cima para
baixo, de modo a que, em cada palavra, fiquem 3 letras por cada coluna.
No caso de as letras não preencherem a totalidade da tabela, como por exemplo na palavra
SABOREAR, fica assim:
B E R
A R A
S O
A palavra codificada ficaria assim: BERARASO

HORIZONTAL
Para este código é preciso uma chave. Vamos usar um exemplo de chave:

Esta chave quer dizer que, para codificar uma mensagem, temos de escrever as letras da
mensagem em linhas (por ser código horizontal), da direita para a esquerda, e com 4 letras
cada linha, e agrupando cada palavra.
Exemplo: ESCUTEIRO SEMPRE ALERTA
UC S E P MES RELA
R I ET E R A T
O
Para codificar, vamos lendo na horizontal, normalmente.

ESCUTEIRO SEMPRE ALERTA = UCSERIETO PMESER RELAAT

Para descodificar, sabendo qual é a chave, dispomos as letras na horizontal, de cima para
baixo, de modo a que, em cada palavra, fiquem 4 letras por cada linha.

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CARACOL
O código caracol precisa de uma chave, tanto para codificar, como para descodificar, e que é
simplesmente um número. Este número corresponde à altura (e largura) da tabela.

Vamos dar o exemplo de um Caracol 6, uma mensagem que queremos codificar. O número de
letras da mensagem a codificar tem de ser sempre igual ou inferior ao quadrado da chave,
neste caso, a mensagem tem de ter menos de 36 (6x6) letras. Mas uma mensagem com 24 ou
25 letras não deveria ser escrita com Caracol 6, mas sim com Caracol 5 (5x5=25)

Mensagem: ACAMPAMENTO JUNTO AO RIO COM FOGUEIRA

As letras são dispostas em caracol, no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Os


espaços que sobram devem ser preenchidos com letras ao acaso.

A mensagem codificada é, então, obtida lendo normalmente na horizontal:

AIROAOCOARITACLJENMOKMUUPMFOGJAMENTO
Para decifrar, contamos quantas letras tem a mensagem e achamos a raiz quadrada, para
sabermos quantas letras de largura tem a tabela. A seguir, dispomos as letras na tabela, e
depois lemos em caracol.
Em vez de se começar pelo canto superior direito, pode-se codificar começando por outro
canto.

CÓDIGO de FITAS

Divide uma tira de papel em 26 quadradinhos e escreve o alfabeto neles. Arranja outra tira da
mesma largura, com o dobro do comprimento; Divide-a em 52 quadradinhos.
Escreve duas vezes o alfabeto e define uma letra «CHAVE», por exemplo a letra “G”.
Faz deslizar a tira curta ao longo da outra e terás o teu código.

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

Õ A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Ö

CHEFE CHEGA HOJE


INKLK INKMG NUPK

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CÓDIGO MUSICAL

Após desenhar a pauta musical, coloca as “notas” conforme o texto da mensagem que
pretendes transmitir.

CÓDIGO DOS PAUZINHOS

Enrola uma fita de papel em volta de um pauzinho, fixando-a com fita adesiva. Escreve uma
mensagem sobre a fita enrolada. Faz um sinal na primeira letra para que o teu contacto saiba
onde a mensagem começa. Desenrola a tira e as letras ficarão em código. A mensagem
continuará oculta até que o teu contacto a enrole noutro pauzinho igual e da mesma forma.

CÓDIGO DE COMBINAÇÃO DE DUAS LETRAS

Esta chave utiliza uma combinação de letras do quadro


representado. Cada letra do alfabeto é substituída por duas das
letras chave. Para codificar a mensagem, escreve primeiro a
mensagem deixando um espaço entre cada letra. Depois
substitui cada letra pelo par de letras correspondente na chave.

E S C U T E I R O S
Z I B A K I K A D A Z I K O N U K U B A

Caderno de Caça – Sebenta Técnica – Códigos e Sinais 21


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RODAS DE CÓDIGO

Desenha dois círculos, um maior que o outro, conforme representado na figura. Escreve o
alfabeto em cada uma das 26 divisões dos dois círculos. Prende os círculos, pelo centro, com
um alfinete. Depois substitui cada letra do círculo interior pela letra correspondente no círculo
exterior.

E S C U T E I R O S
Y M W O N Y C L I M

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CÓDIGO MORSE

Samuel Morse (1791-1872) foi o inventor do código com o seu nome. Quando em 1832
principiou o projecto da construção de um telégrafo não imaginava as dificuldades que teria de
enfrentar, tanto nos E.U. como na Europa onde lhe negaram inclusive a patente da invenção,
até que em 1843 conseguiu um financiamento do governo americano para a construção de
uma linha telegráfica entre Washington e Baltimore.
No ano seguinte deu-se a primeira transmissão e o sucesso foi tal que se formou uma
companhia que cobriu o território americano de linhas telegráficas. Quando em 1860 Napoleão
III lhe concedeu um justo prémio de reconhecimento pela invenção, já nos E.U. e na Europa
estavam instalados numerosos aparelhos "Morse". Na altura da sua morte o continente
americano era já cruzado por mais de 300.000 Km de linhas.
O código Morse representa os caracteres através de "pontos" e "traços" correspondendo
estes a impulsos eléctricos e resultando daí sinais acústicos ou luminosos de uma certa
duração. Assim, e tomando o ponto como unidade, este tem a duração de cerca de 1/25 seg.
sendo um traço idêntico a 3 pontos. O espaço dos sinais da mesma letra é de um ponto. Entre
duas letras o espaço é de três pontos (ou um traço ...) e entre palavras de 5 pontos.
Devido á evolução tecnológica o código Morse está cada vez mais em desuso.

Alfabeto

Números Pontuação

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Algumas abreviaturas

C - esta letra significa: «a sua repetição está certa».


G - «acuse a recepção repetindo»
R - «mensagem recebida»
T - a letra "T" é usada para indicar a recepção de cada uma das palavras do texto.
W - «estou impossibilitado de ler a sua transmissão em virtude de a luz não estar em condições
ou mal apontada»
EEEEEE etc. - sinal de anulação ou erro.
TTTTTT etc. - sinal de reconhecimento.
UD - sinal de repetição. Emprega-se para obter a repetição de parte ou a totalidade da
mensagem.
AR - fim de comunicação.

Para te ajudar, aqui fica mais uma forma de fixar o código Morse:

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CÓDIGO HOMÓGRAFO – Sinalização Semafórica

É um código de sinalização à distância que, ao que julga saber-se, foi inventado pelos
romanos.

Antes de começares a transmitir, deves definir as tuas posições:


- Procura um lugar bem visível;
- Deves estar vestido com roupa pouco discreta, afim de que possas estar bem visível;
- A tua posição deve ser firme, com as pernas ligeiramente afastadas;
- Tenta distribuir o peso do corpo de forma igual;
- A posição da bandeirola em relação ao teu braço, deve formar uma linha recta (ver
desenho), com o dedo indicador, de preferência, esticado sobre a parte posterior do cabo da
bandeirola.

Posição de Transmissão Posição de Sentido e de Atenção

O Homógrafo consiste em formar letras, colocando os braços em ângulos diferentes. A forma


mais fácil de aprender é usando o sistema dos círculos.

1º CÍRCULO
(compreende as letras A, B, C, D, E, F e G)

A bola pequena corresponde ao braço que vai ficar parado, enquanto o outro roda,
configurando cada letra.
Com estas 7 letras já podes exercitar-te em algumas palavras: Abade, Faca, Face, Fada, ...

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2º CÍRCULO
(compreende as letras H, I, K, L, M e N)
Este círculo varia na posição da bola pequena, que avança uma posição; Neste círculo e nos
se seguem, tens de torcer o corpo, pelos quadris, mas sem deixar de olhar para a frente, de
forma a que os ângulos fiquem bem marcados.
Para além disso falta a letra J que aparece mais à frente.
Não deixes de treinar, revendo sempre o círculo anterior; transmite palavras com as letras dos
dois círculos, por exemplo: Mala, Dama, Dia, Maca, Galinha, Baleia, Madalena, Chamada,
Clima, etc.

3º CÍRCULO
(compreende as letras O, P, Q, R e S)
Cada vez são mais as palavras que podes receber ou transmitir: Exemplos: Espada, Escama,
Carlos, Sapo, Gato, Lopes, ...

4º CÍRCULO
(compreende as letras T, U, Y e o sinal de «Anular»/sem efeito)
Também neste círculo se salta uma letra, a V, e aparece a palavra «Anular», servindo esta
para anular a palavra que estávamos a transmitir e na qual cometemos um erro.

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5º CÍRCULO
(compreende as letras J e V e o sinal de «Numeral»)
Este círculo é especial porque compreende os sinais: Numérico e Alfabético (este último
representado pela letra J).

6º CÍRCULO 7º CÍRCULO
(compreende as letras W e X) (compreende a letra Z)

Os números escrevem-se com as letras do 1º e 2º círculos até ao K, que corresponde ao


“zero”:

1=a 2=b 3=c 4=d 5=e 6=f


7=g 8=h 9=i 0=k

(para evitar confusões é aconselhado que os números sejam indicados por extenso)

Quando há palavras com acentos, repetes a vogal acentuada: CÃO = CA AO

Os intervalos entre as palavras devem ser 3 vezes maiores que entre as letras.

Para transmissões a grande distância, há sinais convencionais que passamos a descrever-te:

A – «palavra recebida».
C – esta letra significa: «a sua repetição está certa».
G – «acuse a recepção repetindo».
K – «pronto a receber».
Q – «espera».

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R – «mensagem recebida».
W – «estou impossibilitado de ler a sua transmissão em virtude de a luz não estar em
condições ou mal apontada».
AR – «fim de transmissão».
CHAMADA – Agitas as bandeirolas, em forma de oito, por cima da tua cabeça;
PRONTO – Bandeirolas cruzadas à frente das pernas;
FIM DE PALAVRA – Bandeirolas cruzadas por cima da cabeça, seguido da posição de pronto;
ERRO – (Anula a palavra) contrário de “L”;

O receptor, depois de cada palavra recebida, deve fazer o sinal “A” (entendido); só depois
deste sinal o transmissor deve continuar.

ALGUNS CONSELHOS

- As bandeirolas devem ser brancas e vermelhas (ou brancas e azuis);

- Se te esqueceres do sinal, não faças qualquer gesto. Fica quieto até te lembrares e depois
podes transmitir;

Para qualquer transmissão são precisas quatro pessoas, duas de cada lado: Transmissor +
leitor e o Receptor + escriturário

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Exemplos de frases que contêm todas as letras do alfabeto português e que podem servir para
os teus exercícios de sinalização:

« Vejam a bruxa da salta pocinhas e o Feliz que dorme regalado ».

« Vejam o extravagante salto da raposa sobre o cachorro que dorme feliz ».

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OUTROS CÓDIGOS

CÓDIGO INTERNACIONAL DE BANDEIRAS

Alfa Bravo Charlie Delta


Conserve-se afastado de mim Levo carga perigosa Sim (Afirmativo) Estou a manobrar com
dificuldade

Echo Foxtrot Golf Hotel


Estou a guinar para estibordo Estou com avaria, comunique Peço piloto Tenho piloto a bordo
comigo

Índia Julliet Kilo Lima


Estou a guinar para bombordo Estou com incêndio a bordo, Tenho uma comunicação a Faça parar o seu navio
mantenha-se afastado fazer

Mike November Oscar Papa


O meu navio está parado Não (negativo) Homem ao mar Todas as pessoas devem
embarcar

Quebec Romeo Sierra Tango


Peço livre prática Sem significado Estou a fazer marcha a ré a Mantenha-se afastado
toda a força

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Uniform Victor Whiskey X-ray


Vai sobre um perigo Peço assistência Peço assistência médica Pare as suas manobras

Yankee Zulu Galhardete 1 Galhardete 2


Estou a garrar Peço reboque Número um Número dois

Galhardete 3 Galhardete 4 Galhardete 5 Galhardete 6


Número três Número quatro Número cinco Número seis

Galhardete 7 Galhardete 8 Galhardete 9 Galhardete 0


Número sete Número oito Número nove Número zero

Galhardete de
1ª Substituta 2ª Substituta 3ª Substituta
Reconhecimento

CÓDIGO BRAILLE
Inventado em 1825 pelo francês Louis Braille, permite aos deficientes visuais ler em
papel cartonado, através de uma série de pontos impressos em relevo. O sistema
Braille é um sistema de leitura e escrita, por tacto, que consta de seis pontos em
relevo, dispostos em duas colunas de três pontos cada. Os seis pontos formam o
que se convencionou chamar de célula Braille.
A diferente disposição destes seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolos
Braille.

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A primeira linha de letras (A a J) usa apenas os


quatro pontos superiores, ou seja, os pontos 1,
2, 4 e 5. A segunda linha (K a T) obedece à
sequência da primeira linha, com acréscimo do
ponto três. A terceira linha de letras obedece
também à sequência da primeira linha, mas com
o acréscimo dos dois pontos inferiores (3 e 6). A
letra W é indicada fora da sequência, ao fim da
linha, pois não havia originalmente sido incluída
no alfabeto francês de Braille.

ALFABETO FONÉTICO
uso NATO uso não NATO
A Alfa América
B Bravo Brasil
C Charlie Canadá
D Delta Dinamarca
E Echo Espanha
F Foxtrot França
G Golf Guatemala
H Hotel Holanda
I India Itália
J Juliett Jamaica
K Kilo Kenia
L Lima Londres
M Mike Miami
N November Nicarágua
O Oscar Oceânia
P Papa Portugal
Q Quebec Quebec
R Romeo Roma
S Sierra Santiago
T Tango Toronto
U Uniform Uruguai
V Victor Venezuela
W Whiskee Washington
X Xray Xangai
Y Yankee Yucatan
Z Zulu Zanzibar

GESTOS QUE FALAM


A língua gestual difere das outras línguas num dos aspectos mais importantes das suas
características: não se baseia em palavras. É uma língua de movimento e de espaço, das
mãos e dos olhos, mas o mais importante é que é a língua da comunidade surda. Não se trata
de uma nova língua, trata-se de uma comunicação que ocorre naturalmente entre pessoas que
não ouvem. É diferente, muitas vezes impressionantemente diferente, das línguas faladas. Os
conhecimentos sobre o uso da língua gestual datam de há pelo menos 2000 anos no mundo
ocidental e existem tantas ou talvez mais línguas gestuais na Europa do que línguas faladas.

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Contrariamente ao que se acredita, a língua gestual não é internacional. Cada país tem a sua
própria língua gestual e nos países onde existem duas ou mais línguas faladas, existe o
mesmo número de línguas gestuais.
Eis alguns exemplos:

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Código do Silêncio – serve para transmitir


mensagens entre duas ou mais pessoas, que se
encontrem a curta distância. Os desenhos ensinam os
sinais como eles devem ser feitos pelo transmissor.

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SINAIS

SINAIS DE PISTA
Os escuteiros têm muitas vezes necessidade de deixar uma indicação para outros que venham
atrás, nomeadamente qual o caminho a seguir, se existe ou não perigo, etc. Eis alguns
exemplos de sinais de pista que poderás usar para traçar uma pista.

Início de Pista Voltar ao ponto de partida

Fim de Pista

Este sinal é usado também tradicionalmente como marca de luto.

Voltar à Esquerda Caminho a seguir, por aqui Caminho a evitar Voltar à Direita

Caminho a Seguir com separação de elementos

Exemplo de separação de uma Patrulha, 2 Exemplo de separação, os Águias vão


elementos pela esquerda e 3 pela direita pela esquerda e os Morcegos pela direita

Caminho a seguir com transposição de obstáculo

Amigo Inimigo

Água Potável Água Boa Água Perigosa

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Pode-se beber e cozinhar Não é boa para beber, mas Pode estar contaminada ou
pode ser usada para ser perigosa para tomar
lavagens ou tomar banho banho devido a forte
corrente

Indicação para Lenha

Lenha boa ou têm autorização para Lenha má ou não têm autorização para
apanhar apanhar

Esperar Aqui

Exemplos para esperar até Exemplos para esperar durante 15 minutos


aparecer alguém

Mensagem escondida

Exemplos de mensagem escondida a 6 passos

Voltar pelo mesmo caminho Capela

Aqui é um local bom para Local bom para acampar Acampamento nesta
acampar nesta direcção direcção

Seguir a toda a velocidade Acelerar o passo Caminho no sentido inverso

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Cavar aqui Perigo

Alguns sinais ideológicos para Acampamento

Acampamento à beira de Acampamento de 3 noites Acampamento de Patrulha


um rio ou lago

Rio para Primeiros Procurar qualquer


atravessar Socorros Vala para transpor coisa

Também pode ser usada


para latrinas

Alguns Sinais Ideológicos para pessoas

Chefe Guia de Grupo Guia de Patrulha Sub-Guia de Patrulha

SINAIS COM OBJECTOS


Perigo!

Caminho a Seguir

Por aqui No sentido da parte mais Por aqui


alta

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Caminho a Seguir

No sentido da pedra maior No sentido do pau maior

Voltar à Esquerda Voltar à Direita

No sentido da pedra maior No sentido da pedra maior

O SEGUIMENTO DE PISTAS

COMO TRAÇAR UMA PISTA


1. Os sinais devem ser traçados sempre do lado direito do caminho e com a assinatura do
escuteiro que traçou a pista, no primeiro e no último dos sinais;
2. Deixar os sinais sempre bem visíveis: na terra, gravando-os com a vara ou com qualquer
outro objecto; nas pedras, desenhando-os com giz amarelo; nas rochas, com giz vermelho;
nos troncos das arvores, com giz branco; no campo, com bocados de madeira ou pedras
dispostas no chão ou com pedaços de papel;
3. Quando houver vento, não usar sinais feitos em papel;
4. Em troncos de árvores, rochas ou paredes, nunca traçar os sinais a mais de um metro de
altura;
5. Nos lugares muito frequentados é conveniente que os sinais estejam muito perto uns dos
outros, não vá algum curioso apagar algum;
6. Nos cruzamentos devem marcar-se, com o sinal «caminho a evitar», todos os caminhos
não utilizáveis.

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COMO SEGUIR UMA PISTA


1. Colocarmo-nos no lugar de quem traçou a pista e seguir, tanto quanto possível, a direcção
da flecha;
2. Recordar sempre a posição do último sinal encontrado;
3. Não procurar sinais onde não possam existir;
4. Admitir sempre que qualquer sinal possa ter desaparecido, independentemente da vontade
de quem o marcou;
5. Não correr ou caminhar sobre a pista para evitar apagar algum sinal ou mesmo não vê-lo;
6. Verificar sempre se qualquer sinal encontrado faz ou não parte da pista seguida;
7. Os últimos a percorrer a pista deverão apagá-la cuidadosamente.

SINAIS DE FOGO
Os Exploradores de todos os países servem-se de fogueiras para transmitirem sinais, utilizando
o fumo durante o dia e a chama durante a noite.

SINAIS DE FUMO
Para que uma fogueira produza fumo, acende-se o lume da forma habitual,
com muitos pauzinhos e ramos secos e, logo que esteja a arder bem, deitam-
se folhas e ervas verdes (ou feno molhado) para a fazer fumegar.
De seguida cobre-se a fogueira com uma coberta molhada (ex. pano de
tenda). Retira-se a coberta para largar uma coluna de fumo. Depois torna-se
a colocar de novo sobre a fogueira. O tamanho da coluna depende do tempo
em que se conserve levantada a coberta.
Sinal breve - levantar a coberta e contar até dois.
Sinal longo - levantar a coberta e contar até seis.
É sempre necessário contar até oito entre cada coluna de fumo. Eis alguns exemplos:
Uma série de três grandes colunas de fumo breves significa «PERIGO».
Uma série de pequenas colunas de fumo significa «A REUNIR».
Uma coluna de fumo contínua significa «ALTO».

SINAIS LUMINOSOS/SINAIS DE CHAMA


Os sinais luminosos (lanterna, chama de uma fogueira,...), breves ou longos, têm, de noite, o
mesmo significado que os sinais de fumo, de dia.
Acende-se uma fogueira com tojos secos de forma a produzir uma chama tão viva quanto
possível. Dois escuteiros seguram uma coberta em frente da fogueira, isto é, entre ela e
aqueles com quem desejam comunicar, de modo que estes últimos não vejam a chama senão
na ocasião própria. Baixando e subindo a coberta fazem-se sinais breves e longos, usando o
mesmo princípio dos sinais de fumo.

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SINAIS SONOROS
Conta Baden-Powell, no “Escutismo para Rapazes” que, durante a guerra civil americana, um
oficial de exploração – batedor – queria avisar um importante destacamento de tropas, de que
o inimigo iria atacar durante a noite. Sendo-lhe impossível estabelecer o contacto, apoderou-se
de uma velha locomotiva, acendeu-lhe a fornalha, pôs a caldeira sob pressão e pôs-se a dar
silvos breves e longos em código Morse, enviando desta forma a sua mensagem. Certas tribos
africanas comunicam entre si por meio de bombos. Outras servem-se de tantãs de madeira.

SINAIS DE APITO
“ Quando um chefe precisa de juntar o Grupo dá, por apito, o sinal de reunir ou serve-se de um
sinal privativo do Grupo. Então os guias, soltando o grito da Patrulha, reúnem os seus
elementos e conduzem a Patrulha em acelerado para junto do chefe ”.
(Baden-Powell)

Exemplos de sinais de apito:


- Um toque prolongado significa «ALERTA», «SILÊNCIO»;
- Uma série de apitos breves significa «REUNIR», «FORMAR»;
- Três toques breves, seguidos de um toque demorado dado pelo chefe significa «GUIAS,
VENHAM CÁ».

“ Todas as ordens transmitidas por apito têm de ser obedecidas prontamente, em acelerado tão
rápido quanto possível – não importa que tarefa se esteja a fazer na ocasião ”.
(Baden-Powell)

SINAIS DE MÃO
Sinais de mão – que os guias podem também fazer com as bandeirolas de patrulha.
Exemplos de sinais de mão:
- Agitar a mão várias vezes em frente do rosto, de um lado para o outro, ou a bandeirola
horizontalmente em frente do rosto, quer dizer «NÃO», «NÃO IMPORTA», «CONTINUAR»;
- Erguer ao alto a mão, ou a bandeirola, e agitá-la lentamente de um lado para o outro, com o
braço estendido, quer dizer «ESTENDER», «DISPERSAR»;
- Erguer a mão, ou a bandeirola, ao alto e agitá-la rapidamente de um lado para o outro com
o braço bem estendido, como que desenhando um círculo, significa «REUNIR»,
CONCENTRAR»;

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- Apontar a mão, ou a bandeirola, em qualquer direcção significa «SIGAM NESSA


DIRECÇÃO»;
- Arremessar o punho cerrado, ou a bandeirola, verticalmente várias vezes significa
«CORRER»;
- Erguer a mão, ou a bandeirola, acima da cabeça significa «ALTO», «PARAR».
Quando um dirigente brada uma ordem ou mensagem a um escuteiro que se encontre
afastado, este, se ouvir o que lhe é comunicado deve erguer a mão à altura da cabeça. Se não
ouvir, deve ficar imóvel e não fazer qualquer sinal. O dirigente repetirá a mensagem com voz
mais forte ou acenará ao escuteiro para que este se aproxime.

SINAIS DE AUXÍLIO TERRA – AR


Podemos escrever uma mensagem no solo com todas as letras ou em código. Na figura abaixo
reproduz-se parte essencial de um código internacional. As letras devem ter grandes
dimensões (3 m de altura) e devem contrastar com o fundo: ex. ramos de abeto sobre a neve.

Necessidade de médico; ferimentos


Necessidade de medicamentos
graves

Incapaz de prosseguir Necessidade de comida e água

Necessidade de armas de fogo e


Necessidade de mapa e bússola
munições

Provavelmente é seguro aterrar aqui Avião seriamente danificado

Tentarei deslocar Estou a seguir nesta direcção

Necessidade de lâmpada
Indica a direcção para continuar
sinalizadora com pilhas e rádio

Necessidade de combustível e óleo Está tudo bem

Não Sim

Não foi entendido Precisa-se de engenheiro

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SINAIS A LONGA DISTÂNCIA NO MAR

Para enviar curtas mensagens a longa distância no mar, usa-se os seguintes sinais:

Número Pode-se representar por:


1 um cone de vértice para cima ou por uma bandeira quadrangular
2 um balão
3 um cone de vértice para baixo ou por um galhardete
um cilindro ou uma bandeira amarela amarrada ao meio ou, ainda, por um galhardete
4
com a extremidade atada à adriça

Combinações de Sinais (ver imagem em cima)

2 preparativo para comunicação; reconhecimento de cada sinal


12 encalhado; preciso de socorros imediatos
21 fogo a bordo ou água aberta; preciso de socorros imediatos
22 anular todo o sinal
32 com falta de mantimentos; morrendo de fome
112 tenho fogo a bordo
121 estou encalhado
122 sim
123 não
124 mande você o barco salva-vidas
211 chegam os socorros
212 o desembarque é impossível
213 a entrada é perigosa
o meu navio está desmantelado; quer você prestar-me auxílio para eu demandar o
214
porto?
223 preciso de um rebocador; posso obter um?
234 repita você o sinal ou ice-o onde seja mais visível

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SINALÉTICA

SÍMBOLOS DE CLASSES DE FOGOS


Os fogos possuem características diferentes consoante a sua origem e o material que está a
sofrer a combustão. É importante o seu conhecimento, uma vez que cada tipo de fogo é extinto
com um diferente tipo de extintor.

Fogos de Sólidos (ou Fogos Secos)


Classe Fogos que resultam da combustão de materiais sólidos, geralmente à base
A de celulose, os quais dão, normalmente. origem a brasas.
Combustíveis: Madeira, Papel, Tecidos, Carvão, etc.

Fogos de Líquidos (ou Fogos Gordos)


Classe Fogos que resultam da combustão de líquidos ou de sólidos liquidificáveis.
B Combustíveis: Álcoois, Acetonas, Éteres, Gasolinas, Vernizes, Ceras, Óleos,
Plásticos, etc.

Classe Fogos de Gases


Fogos que resultam da combustão de gases.
C Combustíveis: Hidrogénio, Butano, Propano, Acetileno, etc.

Fogos de Metais (ou Fogos Especiais)


Classe Fogos que resultam da combustão de metais.
D Combustíveis: Metais em pó (alumínio, cálcio, titânio), Sódio, Potássio,
Magnésio, Urânio, etc.

Agentes extintores
Cada agente extintor está adaptado a um ou mais tipos de fogos nos diversos materiais. Poder-
se-á utilizar um determinado agente extintor que poderá provocar danos graves quer ao
utilizador quer ao ambiente. Deste modo torna-se aconselhável conhecer os diversos agentes
extintores.

Água (Em jacto ou pulverizada)


Classe de Fogos: A
Vantagens:
− Deve ser usada sempre que não haja contra-indicações (de preferência deve ser
pulverizada);
− Bom poder de penetração.
Desvantagens:
− Os líquidos em chamas flutuam na água, fazendo alastrar o incêndio, e projectam-se
perigosamente pela acção do vapor de água formado;
− Não adequada para fogos eléctricos.

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Neve carbónica
(Extintor com dióxido de carbono sob pressão que solidifica quando se expande bruscamente)
Classes de Fogos: B C
Vantagens:
− Não deixa resíduo o que o torna mais adequado para equipamento sensível;
− O mais adequado para líquidos extremamente inflamáveis.
Desvantagens:
− Atinge temperaturas da ordem dos - 80ºC por isso não se deve tocar no difusor (campânula
do tubo de descarga);
− Em incêndios da classe A controla apenas pequenas superfícies;
− Tem um recuo acentuado devido à alta pressão do gás;
− Contra-indicado para locais onde existam produtos explosivos.

Espuma física
(Produzida a partir de uma mistura de água e substâncias tensioactivas por injecção mecânica de
ar).
Classes de Fogos: A B
Vantagens:
− Muito bom para líquidos extremamente inflamáveis;
− Pode ser utilizada em situações de incêndio iminente com acção preventiva;
− Cobertura de espuma evita re-ignições.
Desvantagens:
− Deixa resíduo húmido;
− Não adequado para fogos eléctricos;
− Requer uma instalação fixa.

Espuma química
(Extintor em que ocorre uma reacção que liberta o gás dióxido de carbono que fica disperso num
líquido formando espuma)
Classes de Fogos: A B
Vantagens:
− Muito bom para líquidos extremamente inflamáveis;
− Cobertura de espuma evita re-ignições.
Desvantagens:
− Deixa resíduo húmido;
− Não adequado para fogos eléctricos.

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Pó normal
(Extintor em que o pó é bicarbonato de sódio ou de potássio)
Classes de Fogos: B C
Vantagens:
− Forma uma nuvem de poeira que protege o operador;
− Não é tóxico.
Desvantagens:
− Deixa resíduo difícil de limpar;
− Pode danificar equipamento;
− Nuvem de pó diminui a visibilidade.

Pó polivalente
(Extintor em que o pó é dihidrogenofosfato de amónio)
Classes de Fogos: A B C
Vantagens:
− Forma uma nuvem de poeira que protege o operador;
− Dá para três classes de fogos.
Desvantagens:
− Deixa resíduo difícil de limpar;
− Pode danificar equipamento;
− Nuvem de pó diminui a visibilidade.

Pó especial
(Extintor em que o pó é grafite ou cloreto de sódio ou pó de talco, etc.)
Classe de Fogos: D
Vantagens:
− Único extintor adequado para incêndios da classe D. Qualquer outro tipo de extintor
provoca reacções violentas.
Desvantagens:
− Não adequado para outros classes de incêndios para além da classe D;
− Terá que se utilizar um pó adequado para cada caso específico.

Halons
(Extintor com hidrocarbonetos halogenados (gases) que solidificam quando se expandem
bruscamente)
Classes de Fogos: A B C
Vantagens:
− Não deixa resíduo o que o torna mais adequado para equipamento sensível;
− Dá para três classes de fogos.
Desvantagens:
− Utiliza gases que destoem a camada de ozono;
− A altas temperaturas pode dar lugar à formação de substâncias tóxicas.

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Areia
Classes de Fogos: A D
Vantagens:
− Por vezes é o único meio de extinção disponível para incêndios da classe D.
Desvantagens:
− Manipulação pouco prática;
− Pode danificar o equipamento.

COMO UTILIZAR UM EXTINTOR


Utilizar correctamente um extintor de incêndio pode salvar vidas, extinguir um fogo nascente ou
controlá-lo até à chegada dos bombeiros.
Os extintores portáteis são muito úteis se obedecerem a determinadas condições:
• Devem ser colocados em locais bem visíveis, longe do acesso das crianças e de fontes
de calor e devem ter o acesso desobstruído;
• Devem ser carregados e prontos a funcionar;
• O operador deve ler, previamente, o manual de instruções de funcionamento, por forma
a saber utilizá-lo quando necessário;
• A distância máxima a percorrer até um extintor não deve exceder 15 m.

Utilização
• Transporta-o na posição vertical, segurando no manípulo;
• Retira o selo ou cavilha de segurança;
• Pressiona a alavanca;
• Dirige o jacto para a base das chamas;
• Varre, devagar, toda a superfície.

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Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento N.º 705 – S. Domingos de Benfica CÓDIGOS E SINAIS

Não te esqueças de:


• Aproximar-te do foco de incêndio, cautelosamente;
• Avançar apenas quando estiveres certo de que o fogo não te envolverá pelas costas;
• Actuar, ao ar livre, no sentido do vento.

Cuidados especiais:
• Quando utilizas a água como agente extintor é necessário verificar sempre se há
aparelhos eléctricos ligados à corrente;
• No caso dos líquidos inflamados, deves ter um cuidado especial com o uso da água,
para evitar salpicos que poderão fazer alastrar o incêndio.

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Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento N.º 705 – S. Domingos de Benfica CÓDIGOS E SINAIS

SÍMBOLOS DE PERIGO (UNIÃO EUROPEIA)

Explosivo Oxidante Facilmente inflamável Extremamente inflamável

Irritante Nocivo Tóxico Muito tóxico

Corrosivo Perigoso para o ambiente

SINAIS DE TRÂNSITO (exemplos)

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SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA (exemplos)

Caderno de Caça – Sebenta Técnica – Códigos e Sinais 49

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