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Doty Luz e Cristóvam Muniz são os curadores do Ficasc. Doty, paulista e biológo de formação,
trabalhou com a mostra de cinema Eco Falante em São Paulo .https://ecofalante.org.br/

Nos anos 2000 resolveu morar em Santa Catarina trazendo na bagagem a ideia de dirigir um
festival ambiental. De acordo com a entrevista realizada em áudio com Cristóvam Muniz, foi em
2017 que Doty inscreveu um projeto para a Lei Rouanet. Após ser contemplado, ficou até 2018
sem conseguir captar os recursos necessários para a execução do festival. Em 2019 quando
conheceu o Cristóvam, também biológo e apaixonado por cinema. Doty conseguiu ,junto ao
novo parceiro , realizar a primeira edição do Ficasc. Escolheram a Serra Catarinense, por ser
potencial turístico, sua beleza e seus vinhos.

"A existência do Sesc, com estruturas muito boas, (...) naquele momento nas três cidades,
Lages, Urubici e São Joaquim" foram uma das facilidades que a região permitia na época.

O financiamento primeiro foi de uma empresa sediada na Noruega, por esse motivo, alguns
filmes noruegueses fizeram parte da primeira edição do festival, internacional por nascimento e
natureza, e com a presença em Lages da consuleza da Noruega.

No primeiro ano o festival foi presencial, ainda não se conhecia em nossa região noção de uma
pandemia. Foram exibidos 40 filmes, dentre eles, animações, curtas, médias e longametragem.
A primeira edição contou com 60 exibições na região serrana. Na segunda edição , em tempos
de Covid-19, o Ficasc resiste de forma on-line, transmitido as películas, digitalmente, pelo
canal do Youtube https://www.youtube.com/FestivalFicasc.

A partir de 2021, em médio isolamento social, com alguns espaços abertos e regras sanitárias
para tal, o Ficasc passa a ser o primeiro festival híbrido em Santa Catarina, on-line pelo
Youtube e de forma presencial no Casarão Juca Antunes em Lages-SC - por sugestão deste
autor, na época funcionário da Fundação Cultural de Lages. Ainda em 2021, o Ficasc vai mais
longe, e passa a ser exibido também em salas e auditórios nos Açores, Portugal e na capital
Lisboa. Em 2022, na quarta edição, o festival ganha mais uma cidade e passa a ter seus filmes
exibidos também em Urupema-SC.

Atualmente a curadoria do Ficasc possui uma equipe de 11 pessoas, sessão especial para
pessoas em situação de rua, sessão especial para idosos.

Desde a primeira edição o festival é inclusivo. Para os portadores de necessidades especiais


são exibidos filmes com áudiodescrição e legenda descritiva.

Em 2022, foram exibidos 25 obras cinematográficas em 32 sessões presenciais nas quatro


cidades, sempre de forma gratuita. Filmes regionais, nacionais e internacionais com tema
socioambiental. De acordo com o site oficial do festival, "o Ficasc tem entre seus objetivos
atrair público interessado em formar novas audiências, trazer cultura com informação de
qualidade e gerar uma reflexão sobre o papel de cada um" https://www.ficasc.com.br/o-festival
Durante o festival, ocorreram palestras, debates e apresentações artísticas como teatro e
música. As mostra são "não competitivas", mas com um número de limite de seleção. Este ano
as inscrições se encerram em fevereiro com cerca de 1600 filmes. O Ficasc reconhece a
importância da agenda dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
Organização das Nações Unidas, cumprindo, desde a primeira edição, com quatro destes
objetivos: Educação de Qualidade, Redução das Desigualdades, Cidades e Comunidades
Sustentáveis e a Ação Contra a Mudança Global do Clima. Em 2020, passa a abraçar os
objetivos da Seguridade de Padrões de Produção e de Consumo Sustentáveis.

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