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Resumo
Este artigo, visa fazer uma abordagem da prática profissional de um formador de
professores(as) de matemática numa instituição de ensino superior em Moçambique,
que visam compreender a constituição profissional e identitária através de narrativas
auto e biográficas. A pesquisa é realizada por meio de revisão de literaturas,
envolvendo teses, dissertações e artigos dos anos 2010 á 2021, assumindo a
abordagem qualitativa, foram selecionados XXXX textos e interpretados por meio da
ATD, constituíram como teóricos usados na discussão, Paulo Freire, Ole
Skovismose e D’Ambrósio, assim como Inês Ferreira de Souza Bragança, Maria Helena
Menna Barreto Abrahão e Maria Isabel da Cunha, coberá sobre o desenvolvimento
profissional e a profissionalidade docente, entre outros autores.
Introdução
A Educação é um direito básico e instrumento fundamental para o desenvolvimento
do capital humano, uma das condições necessárias que contribui na redução da
pobreza e um processo dinâmico, porque ela também conscientiza, desenvolve a
criticidade, possibilita ascensão social, através do qual a sociedade prepara as
várias gerações para dar a continuidade no processo de desenvolvimento. Um fator
indispensável para a continuação da construção de uma sociedade baseada nos
ideais da liberdade, da democracia e da justiça social, formação e preparação da
juventude para a sua participação efetiva na edificação de um país.
De acordo com o primeiro autor, nos dias de hoje verifica-se de forma constante a
lecionação de aulas que consistem no método expositivo e com fraca
participação/envolvimento dos alunos. Feita uma reflexão, imagina-se a
possibilidade que isso influencia aos alunos a não serem capazes de resolver um
determinado exercício com um olhar diferente daquilo que aprendem.
O professor, em sala de aula, não deve assumir uma perspectiva autoritária, mas de
autoridade epistêmica por deter um conhecimento especializado, mas que apesar
disso mantém-se como um indivíduo curioso e disposto a reconsiderar os
entendimentos que os alunos fazem, refletindo propósitos de diálogos entre
professores e alunos (SKOVSMOSE; ALRØ, 2010).
Compreende-se que, a não interação e diálogo com os alunos, nas aulas, pode
tornar os conteúdos de difícil compreensão.A partir do diálogo, o professor pode
tomar o conhecimento dos saberes de seus alunos, também de seus desejos e
necessidades (e de toda a comunidade), baseando-se em uma Educação que seja
problematizada, questionadora e que reflita ou critique as relações de opressão que
possam estar ocorrendo no ambiente desses alunos. O fim é sempre a liberdade
(FREIRE, 1996).
Durante o processo de pesquisa e de escrita em histórias de vida de
professores, é possível perceber um desempenho docente na educação
superior que possibilita o desenvolvimento do professor em um processo de
humanização recíproco (TIMM; ABRAHÃO, 2015, p. 128).
É com base nas palavras dos autores acima, e dando alguns passos ao passado,
tive os primeiros momentos da minha educação ao lado dos meus pais, junto dos
meus irmãos, em que nos momentos de lazer tinha o privilégio de ouvir histórias
contadas pelo meu pai, relacionadas a sua trajetória de vida, sobretudo, da sua
juventude, igualmente daincorporação ao exércitocujo objetivo principal era de
libertar o país do jugo colonial português ate ao momento da sua aposentação. Para
além dele falar de si, conversávamos sobre a educação escolar, em que ele fazia
apelos de modo que pudéssemos estudar como forma de conhecer a ciência e
assegurar o futuro e que não sejam “marginais”. E naquela época, sempre que
regressava da escola, ele pedia a minha presença diante dele com o material
escolar e dizia para eu mostrar explicar-lhe o que havia aprendido naquele
dia.Observava os meus cadernos e dava algumas indicações das minhas
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Os professores formados para o ensino secundário do 1º e 2º ciclo em Moçambique, e
correspondem ao curso de graduação em licenciatura no Brasil
dificuldades, principalmente na disciplina de matemática, isso ao longo do ensino
primário. Mas Até aquela fase, eu não tinha ainda a capacidade de medir o nível do
processo de ensino e aprendizagem, tudo era normal. Quando passeipara o ensino
primário do 2º grau (6ª e 7ª classe), já tive uma idade com capacidade de participar
em grupos de estudo com meus colegas, e tive uma memoria rápida de assimilar os
conteúdos e isso era extensiva nas atividades religiosas, visto que sou cristão
católico. Após ter passado para o ensino secundário do 1º ciclo (8ª,9ª e 10ª), o meu
pai lançou um desafio para que eu me dedicasse ainda muito mais nos estudos e
que estava num bom caminho e que anualmente ganharia um premio especial pela
passagem de classe.
Foi graças a essa dedicação e com o amparo do meu pai, tornei-me sempre
presente na rotina de casa-escola-casa, com excepação de algum momento que
devia ir a igreja. Quando passe para o ensino secundário do 2º ciclo (11ª e 12ª
classe), as conversas com o meu pai já eram mais avançadas, enquanto
realizávamos algumas atividades caseiras, ou na hora de passarmos as refeições,
sempre perguntava o que eu queria fazer depois de concluir o ensino secundário,
isto porque, ele tinha a hipótese conseguir um emprego para mim, ou a possibilidade
de eu continuar no ensino superior, foi quando eu disse que queria continuar a
estudar no ensino superior. E ao longo deste período do ensino, gostava mais das
aulas das disciplinas de cálculo, apesar de em todas as turmas por onde passei,
haver reclamação da não compreensão devido ao modo como eram conduzidas as
aulas e eu era tido como um génio pela forma como eu facilmente aprimorava as
matérias.
Para mim, tinha duas possibilidades no ensino superior, fazer o curso de Física ou
Matemática. Mas pelo fato de o meu primo candidatar-se naquele ano para o curso
de física, logo, eu candidatei-me aos exames de admissão para o curso de
bacharelato em ensino de matemática e fui aprovado. Para o mesmo ano académico
de 2007, ganhei uma bolsa de estudo, pelo ministério dos antigos combatentes (os
integrantes são os libertadores do país), isto porque os diplomas ministeriais de
Moçambique, dão esse direito a todos os membros do exército que lutaram pela
independência e os seus dependentes. Mas a bolsa estava vinculada a mesma
universidade, mas para o curso de PAGE 2 e as aulas decorria no período noturno
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Planificação, Administração e Gestão Escola
Participei os dois cursos durante um semestre e no segundo semestre, anulei a
matrícula do curso de PAGE, ficando apenas com a matemática e aí a pressão foi
reduzida, isto na cidade de Quelimane.Ao longo do curso de bacharelato, tive
disciplinas da componente Geral, específica e didático-pedagógico, que me
ajudaram a compreender o ser professor.
Terminado o bacharelato, o meu pai, voltou a perguntar-me, porque tinha ainda duas
possibilidades, de trabalhar como professor bacharel, lecionando o 1º ciclo do ensino
secundário ou dar continuidade mais um ano, para ter a licenciatura em ensino de
matemática. A minha decisão, foi de continuar com os estudos e assim foi feito.
Metodologia
Análises e discussões
Organização e fundamentação teórico-metodológica
Principais resultados obtidos
Considerações finais
Agradecimentos
Referências