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VITÓRIA
2023
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VITÓRIA
2023
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COMISSÃO EXAMINADORA:
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Prof. Dr. Geide Rosa Coelho
Universidade Federal do Espírito Santo
Orientador
__________________________
Profª. Drª. Sandra Kretli da Silva
Universidade Federal do Espírito Santo
Interna
__________________________
Prof. Dr. Antônio Henrique Pinto
Instituto Federal do Espírito Santo
Membro externo
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
7
ABSTRACT
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This project deals with Mathematics Education in the initial and continuing training of
teachers in higher education in Mozambique. As a general objective, I seek to
problematize mathematics training and teaching practices. From the perspective of a
critical mathematics education. For this purpose, we bet on (auto) biographical
research, based on the author's experience, as one of the ways to perceive the
teacher's identity constitution, from the memorial itself, as one of the methodologies
employed in this type of research. However, the current training of teachers involves
creative and collective processes that are shared and coherent in the context of
teaching work and in order to promote dialogue in the classroom. As a theoretical
support, we will work with the contributions of Ole Skovismose and Paulo Freire, for
studies on critical mathematics education, as well as Inês Ferreira de Souza
Bragança, Maria Helena Menna Barreto Abrahão and Maria Isabel da Cunha, on
professional development and professionalism teacher, among other authors.
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
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SUMÁRIO
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1.INTRODUÇÃO.............................................................................................................................12
1.1 Problema do estudo................................................................................................................17
1.2 Objetivo da pesquisa..............................................................................................................17
1.3 Justificativa................................................................................................................................17
2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................................19
2.1 Estratégias de busca..............................................................................................................19
2.1.1 Descrição dos trabalhos localizados na BDTD (em Andamento) ..........................22
2.2 Busca realizadas no Google scholar..................................................................................23
2.2.1 Descrição dos Trabalhos selecionados do Google scholar.....................................26
3.POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM MOÇAMBIQUE...................28
4. QUADRO TEÓRICO E METODOLOGICO........................................................................35
4.1 Posturas pedagógicas na formação e atuação profissional de professores de ....35
4.2 O diálogo como processo reflexivo no ensino e aprendizagem da ...........................40
4.3 (Auto) formação, formação permanente e desenvolvimento profissional: ..............44
4.4 Tecendo o memorial (Em desenvolvimento)...................................................................48
5. Cronograma de atividades da pesquisa..............................................................................59
Perspectivas futuras.............................................................................................................……..60
Referências …………………………………………………………………………………61
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1. INTRODUÇÃO
A Educação é um direito básico e instrumento fundamental para o desenvolvimento
do capital humano, uma das condições necessárias que contribui na redução da
pobreza e um processo dinâmico, porque ela também conscientiza, desenvolve a
criticidade, possibilita ascensão social, através do qual a sociedade prepara as
várias gerações para dar a continuidade no processo de desenvolvimento. Um fator
indispensável para a continuação da construção de uma sociedade baseada nos
ideais da liberdade, da democracia e da justiça social, formação e preparação da
juventude para a sua participação efectiva na edificação de um país.
O professor, em sala de aula, não deve assumir uma perspectiva autoritária, mas de
autoridade epistêmica por deter um conhecimento especializado, mas que apesar
disso mantém-se como um indivíduo curioso e disposto a reconsiderar os
entendimentos que os alunos fazem, reflectindo propósitos de diálogos entre
professores e alunos (SKOVSMOSE; ALRØ, 2010). Neste contexto, a que
tencionamos realizar está diretamente ligada ao meu percurso académico e atuação
profissional que venho desenvolvendo no ensino médio, como professor na
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É com base nas palavras dos autores acima, e dando alguns passos ao passado,
tive os primeiros momentos da minha educação ao lado dos meus pais, junto dos
meus irmãos, em que nos momentos de lazer tinha o privilégio de ouvir histórias
contadas pelo meu pai, relacionadas a sua trajetória de vida, sobretudo, da sua
juventude, igualmente daincorporação ao exércitocujo objetivo principal era de
libertar o país do jugo colonial português ate ao momento da sua aposentação. Para
além dele falar de si, conversávamos sobre a educação escolar, em que ele fazia
apelos de modo que pudéssemos estudar como forma de conhecer a ciência e
assegurar o futuro e que não sejam “marginais”. E naquela época, sempre que
regressava da escola, ele pedia a minha presença diante dele com o material
escolar e dizia para eu mostrar explicar-lhe o que havia aprendido naquele
dia.Observava os meus cadernos e dava algumas indicações das minhas
__________________________________
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Os professores formados para o ensino secundário do 1º e 2º ciclo em Moçambique, e
correspondem ao curso de graduação em licenciatura no Brasil
dificuldades, principalmente na disciplina de matemática, isso ao longo do ensino
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primário. Mas Até aquela fase, eu não tinha ainda a capacidade de medir o nível do
processo de ensino e aprendizagem, tudo era normal. Quando passeipara o ensino
primário do 2º grau (6ª e 7ª classe), já tive uma idade com capacidade de participar
em grupos de estudo com meus colegas, e tive uma memoria rápida de assimilar os
conteúdos e isso era extensiva nas atividades religiosas, visto que sou cristão
católico. Após ter passado para o ensino secundário do 1º ciclo (8ª,9ª e 10ª), o meu
pai lançou um desafio para que eu me dedicasse ainda muito mais nos estudos e
que estava num bom caminho e que anualmente ganharia um premio especial pela
passagem de classe.
Foi graças a essa dedicação e com o amparo do meu pai, tornei-me sempre
presente na rotina de casa-escola-casa, com excepação de algum momento que
devia ir a igreja. Quando passe para o ensino secundário do 2º ciclo (11ª e 12ª
classe), as conversas com o meu pai já eram mais avançadas, enquanto
realizávamos algumas atividades caseiras, ou na hora de passarmos as refeições,
sempre perguntava o que eu queria fazer depois de concluir o ensino secundário,
isto porque, ele tinha a hipótese conseguir um emprego para mim, ou a possibilidade
de eu continuar no ensino superior, foi quando eu disse que queria continuar a
estudar no ensino superior. E ao longo deste período do ensino, gostava mais das
aulas das disciplinas de cálculo, apesar de em todas as turmas por onde passei,
haver reclamação da não compreensão devido ao modo como eram conduzidas as
aulas e eu era tido como um génio pela forma como eu facilmente aprimorava as
matérias.
Para mim, tinha duas possibilidades no ensino superior, fazer o curso de Física ou
Matemática. Mas pelo fato de o meu primo candidatar-se naquele ano para o curso
de física, logo, eu candidatei-me aos exames de admissão para o curso de
bacharelato em ensino de matemática e fui aprovado. Para o mesmo ano académico
de 2007, ganhei uma bolsa de estudo, pelo ministério dos antigos combatentes (os
integrantes são os libertadores do país), isto porque os diplomas ministeriais de
Moçambique, dão esse direito a todos os membros do exército que lutaram pela
independência e os seus dependentes. Mas a bolsa estava vinculada a mesma
universidade, mas para o curso de PAGE 2 e as aulas decorria no período noturno
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2
Planificação, Administração e Gestão Escola
Participei os dois cursos durante um semestre e no segundo semestre, anulei a
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Terminado o bacharelato, o meu pai, voltou a perguntar-me, porque tinha ainda duas
possibilidades, de trabalhar como professor bacharel, lecionando o 1º ciclo do ensino
secundário ou dar continuidade mais um ano, para ter a licenciatura em ensino de
matemática. A minha decisão, foi de continuar com os estudos e assim foi feito.
que tive no estágio que foi o problema de enquadrar os alunos ao meu modelo de
dar aulas, pelo fato deles estarem a sair de um ambiente somente de transferência
dos conteúdos sem espaço para o diálogo. Por parte dos anteriores professores.
Tempos depois, fui nomeado diretor adjunto da escola, e nesta atividade, consegui
observar a pratica de transmissão dos conteúdos dos professores de todas as
disciplinas curriculares da escola, por meio do processo de assistência de aulas por
parte dos gestores escolares.
1.3 Justificativa
Atualmente, o setor da Educação em Moçambique enfrenta falta de qualidade de
ensino inferida a partir da qualidade do aprendizado; isto é; pela forma diretiva ou
expositiva como têm sido ministrados os conteúdos nas salas de aulas por parte de
alguns professores e que não tem sido alcançado os objetivos previstos no final de
cada aula após a sua avaliação, e que, o professor não tem tido outra alternativa a
não ser de seguir com os conteúdos posteriores, devido ao tempo cronológico
estabelecido. Isto leva os planificadores a sugerirem novos currículos para a
formação de professores e para os subsistemas de ensino em vigor no país. Diante
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2. REVISÃO DE LITERATURA
Nessa seção apresento uma revisão dos estudos que se aproximam ao meu objeto
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4
o docente do ensino superior que atua na formação de professores de matemática
5
aqueles que se comprometem com a formação de professores e com a docência
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O que nos dizem as memórias dos Ana Priscila de Universidade Federal Memórias. Fazeres. Formação inicial
professores em formação sobre a Lima Araújo 2020 de Pernambuco de professores. Narrativas (auto)
2 construção do seu “ser” docente a Azevedo biográficas. Estágio supervisionado
partir da narrativa de si
De acordo com Robate (2006, p. 31) “em 1945 começou a funcionar a escola
missionária para a formação de professores destinados às escolas rudimentares e
os candidatos deviam ter o ensino primário concluído, a 4ª classe e este processo,
foi-se estendendo a outros locais”.
Nesse sentido, seja no século XIX ou no século XXI, é necessário resistir à lógica
educacional de serventia ao aparelho de estado que legitima os interesses de
grupos dominantes. Trata-se de transformar tudo que os cercam em objetos de seu
domínio, pois o dinheiro é a medida de todas as coisas, o lucro, seu objetivo
principal (FREIRE, 1968).
organizacional da escola.
Os postulados das políticas educacionais, para além de serem vistos como algo
universal, precisam também de assumir os compromissos ligados a realidade do
País, visto que uma política deve ser considerada como uma cultura, uma cultura
não deve ser imposta, mas sim, ela deve caracterizar a sociedade que vive nela, o
currículo prescrito deve ser desenhado, partindo da socialização e auscultação da
base e não como uma imposição da classe capitalista. Há vezes em que os limites
estabelecidos devem ser ultrapassados. Os muros, necessários para legitimar a
escola, perigam ficar altos e encastelá-la em sua especificidade (MACEDO;
RANNIERY, 2017).
Na verdade, ser crítico envolve não a aceitar explicações, visões óbvias e ditas
naturais, mas questioná-los nos seus fundamentos, buscando outras explicações
(ALVES et al., 2006, p. 3). Ser crítico é não concordar com alguns assuntos, é ser
capaz de perante uma determinada situação, analisar e identificar as ocorrências,
apontar alternativas e efectuar as escolhas baseadas em conhecimentos.
O diálogo é entendido como o acto de fala alternada realizado entre duas ou mais
pessoas, através da troca ou discussão de ideias e ou opiniões.
preocupação para com ela. Com essas palavras, constata-se que a intenção do
autor é de esclarecer que esse movimento crítico não se refere necessariamente a
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6
Encontro realizado de 18-21 de Julho de 2007, no centro universitário de Belo Horizonte, organizado
pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM)
algo novo, como um novo ramo de estudo da Educação Matemática, mas sim a uma
reflexão sobre os caminhos que podem ser percorridos pela Educação Matemática
se haver uma preocupação com os pressupostos que envolvem o ensino-
aprendizagem de Matemática.
Segundo Skovsmose (2001, p. 11);
Nesta ordem de ideia, pode-se verificar que é uma metodologia didática, usada
muita das vezes para servir de apoio mesmo em escolas tradicionais, pois acredita-
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se, por não se afastar completamente da dinâmica habitual da grande maioria das
salas de aula.“Pensar não é somente raciocinar, calcular ou argumentar, como nos
tem sido ensinado algumas vezes, mas é, sobretudo, dar sentido ao que somos e ao
que nos acontece” (BONDÍA, 2002, p. 21). Na visão do autor pode-se afirmar que o
pensar nos conduz ao pensamento de nossas práticas individuais. Algum tempo
atrás o ser humano aceitava que ensinar a disciplina de Matemática indicava, um
certo pensamento, reflectir de modo crítico os conteúdos da Matemática, e saber
argumentar.
Para que a educação, tanto como prática quanto como pesquisa, seja
crítica, ela deve discutir condições básicas para a obtenção do
conhecimento, deve estar a par dos problemas sociais, das desigualdades,
da supressão, etc, e deve tentar fazer da educação uma força social
progressivamente activa (SKOVSMOSE, 2001, p. 101).
Ainda de acordo com Skovsmose (2001), uma Educação Matemática Crítica engloba
aspectos como: (a) relação professor-aluno não autoritária, (b) envolvimento dos
estudantes no controle do processo educacional e (c) relação dialógica e
democrática entre professores. Ao atribuir aos estudantes e professores uma
competência crítica, considera se que, os estudantes têm experiências prévias que
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Ciente de que, uma das alternativas possíveis para que nós os professores nos
tornemos profissionais cada vez mais competentes, nos envolvamos em programas
de formação continuada com o desenvolvimento de actividades com características
etnográficas, ou ainda, em programas colaborativos nos quais dispomos de apoio e
recurso de tal forma que, por meio da reflexão, possamos adquirir confiança e
participemos de discussões da nossa área de atução.
Define-se, então, como diálogo a ação de falar alternadamente entre duas ou mais
pessoas; a troca ou discussão de ideias, opiniões, etc. O conceito etimológico da
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Importa destacar de que, Paulo Freire (2005) propôs uma educação voltada aos
problemas de nosso tempo buscando desenvolver a consciência crítica, a autonomia
do indivíduo para sua capacidade de decisão, remodelando estruturas curriculares
da época. Para além do Freire, outros autores, como Delizoicov (2008) e Angotti
(2015), destacaram também a necessidade de mudanças nos programas
curriculares, defendendo a participação dos professores e alunos, foi onde resultou
nos seguintes momentos:
Neste processo de (auto) formação, ligada a formação permanente que culmina com
o desenvolvimento profissional, é importante que se tenha em conta inicialmente
com a história vivida pelo indivíduo, para de seguida, relacionar com o quotidiano
vivido.No meu caso, consigo trazer na lembrança do passado, perspetivando o
futuro a partir do presente, neste processo de formação, cujo este caminho deve ser
replicado na formação de professores, isto porque, o professor que desconhece a
sua trajetória ignora a si mesmo, ele poderá caminhar sem ter a capacidade de
medir a sua existência como parte integrante neste processo. Nesta perspetiva, é
vista que “formação como movimento de transformação pessoal, ou seja, enquanto
os processos educativos constituem práticas sociais, a formação é interior e liga-se
à experiência do sujeito que se permite transformar pelo conhecimento”
(BRAGANÇA, 2011, p. 161).
Da mesma forma;
O processo de formação não é finita, ela nunca é algo acabado, precisando deste
modo de ser aprimorado de forma permanente, de acordo com os objetivos da
atualidade, concordando assim com o Paulo Freire quando diz:
[...] à condição dos homens como seres históricos e à sua historicidade. Daí
que se identifique com eles como seres para além de si mesmos - como
“projetos”, como seres que caminham para frente; que olham pra frente;
como seres a quem o imobilismo ameaça de morte; para quem o olhar para
traz não deve ser uma forma nostálgica de querer voltar, mas um modo de
melhor conhecer o que está sendo, para melhor construir o futuro. Daí que
se identifique com o movimento permanente em que se acham inscritos os
homens, como seres que se sabem inconclusos; movimento que é histórico
e que tem o seu ponto de partida, o seu sujeito, o seu objetivo (FREIRE,
1897, p. 73).
É por isso que, a nossa formação permanente, se torna uma ação importante neste
processo de desenvolvimento profissional e para a melhoria do processo formativo
de todos os envolvidos no ensino e aprendizagem, como nos aborda o Freire (2001);
fazer uma análise da prática profissional de forma crítica, ética e responsável a esta
missão, considerando;
A responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o
dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar
sua atividade docente. Esta atividade exige que sua preparação, sua
capacitação, sua formação se tornem processos permanentes. Sua
experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que
ela requer formação permanente do ensinante. Formação que se funda na
análise critica de sua prática. (FREIRE, 2003, p. 28).
Agora formar lotes com 5 palitos cada dos 10 existentes, eu desfazia um dos lotes
de 5 palitos e o professor dizia, do lote desfeito, pegue 2 palitos e junte no lote dos
5, e agora conta no lote acrescido quantos são? Eu devia contar os 5 incluindo os 2
acrescidos e dizia 7. Dai, dava-me os parabéns pela resposta. Por eu achar que era
uma brincadeira muito engraçada, quando chegasse em casa, já não tinha tempo de
se ocupar em outras atividades, a nãos ser, fazer tantas possibilidades de retirar e
acrescentar os palitos num e no outro lote, como forma de aperfeiçoar a brincadeira.
____________________________
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7
Ensino primário do 1º grau-Correspondente o 1º ao 5º ano de escolaridade
De seguida me orientou para tirar no lote, 2 palitos de cada vez, por 3 voltas, para
arrumar num outro lugar e mandou-me contar, quantos palitos existiam nesse novo
lugar arrumado. Neste caso, o objetivo foi de traduzir a multiplicação de números
naturais. Eu tirei simultaneamente 2 palitos para um outro lugar por 3 vezes, traduzia
3 como sendo o número de vezes que retirei e 2 como o número de palitos retirados
por cada vez, correspondendo assim 3 vezes o 2 que é 6.
Considerava-me ter aprendido uma nova brincadeira, para exercitar em casa, foi
deste modo que fui gostando da matemática.
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Ensino primário do 2º grau-Correspondente o 6º e 7º ano de escolaridade
resultados naquele instante de preparação, mas após a realização de avaliação as
notas obtidas não eram satisfatórias para os colegas, e sempre o discurso era o
mesmo “ a matemática não é para quem quer, mas sim para quem pode”.
Hoje compreendo que eles ficavam presos na memorização dos exercícios que
resolvíamos, para além de aprimorar as técnicas de resolução como um caminho de
para outros exercícios dos mesmos conteúdos.
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Grupo B- área de ciências
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Ensino secundário do 2º ciclo-Correspondente o 11º e 12º ano de escolaridade
as disciplinas, mas fiquei mais abalizado nas disciplinas de matemática e física, isto
porque, facilmente assimilava os conteúdos programáticos; pese embora, nestes
níveis, também as dificuldades de compressão por parte da maioria dos alunos
prevalecia, com o termo “os cálculos são difíceis”. Desta feita, constatei que, os
alunos não conseguiam resolver os exercícios, so por uma simples troca de sinais,
ou mudança de coeficiente de uma equação, constituindo assim um novo dado e
criava dificuldades, consequências do repasse de forma mecânica dos conteúdos.
De igual modo, nesse processo de formação, tive três disciplinas de didatica, sendo:
Didatica de matemática I, II e III e estas disciplinas tinham como objetivo:
Por causa da deficiente participação por parte dos alunos nas aulas, em alguns
momentos eu achava utilizar o método expositivo como melhor caminho, no intuito
de ganha tempo. Diante deste obstáculo, optei um outro caminho, o de produzir meu
próprio material de ensino, a elaboração de fichas de apoio constituídos de
conteúdos que trataríamos ao longo da semana e orientava os alunos para que
tivesse as cópias do mesmo.
Após a aquisição de cópias por parte dos alunos, a minha tarefa foi de passar a
explicar as matérias constante na ficha que antecipadamente estava com os alunos,
o nível de participação na aula teve uma melhoria, mas não o desejado, porque os
alunos-trabalhadores/trabalhadores-alunos, diziam que não tinha tempo tempo
suficiente para preparar a matéria por conta da pressão no local de trabalho.
.
56
Com este novo modelo de formação, é notório a descontinuidade das PPI e PPII,
que até certo ponto é mais um desafio para nos, essa articulação com os formandos
da licenciatura em ensino de matemática, para que tenha uma postura profissional
capaz de responder as exigências da melhoria da qualidade de ensino e
aprendizagem.
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Ano 2023
Prazo Abril Maio Jun Julho Agos Set Out Nov Dez
Atividade
Qualificação do projeto X
Revisão do Projeto de
X X
Pesquisa, a partir das
considerações da banca
de Qualificação
Aprofundamentos
X
teórico-metodológicos do
projeto
Interpretação do
X X
memorial de formação
Produção de artigo para
X X
publicação
Participação no fórum de
X
educação
Defesa pública de
X
dissertação
60
Perspectivas futuras
Para o efeito, após a qualificação do projeto, que será apresentada mediante a uma
banca, acreditamos que dela virão contribuições importantes que poderão ajudar a
mostrar/dar alguns caminhos (criticas ou sugestões) da pesquisa em várias
dimensões, visto que é caraterística dos trabalhos científicos, haver espaço para
essa abertura; em seguida, faremos a incorporação dos elementos destacados
construindo relações com a temática a ser desenvolvido e seguido de um
aprofundamento teórico-metodologico e a interpretação do memorial, componentes
estes que irão nos guiar para estabelecer as conexões de diversas informações
ligadas ao objeto de estudo, dialogando profundamente com os referenciais do
trabalho. A partir deste avanço, pretendemos produzir um artigo para publicação,
como forma de divulgar/partilhar os conhecimentos a comunidade académica, mas a
atividade não ficara por ai, participaremos do fórum da educação de modo a
socializar ainda mais a pesquisa desenvolvida, por meio de uma apresentação,
neste evento, também, colheremos mais contribuições de forma a enriquecer o
trabalho que ira culminar com a defesa publica da dissertação.
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Referências
______Ação Cultural Para a Liberdade e outros escritos. 14ª ed. Revista Atual.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
207-225.