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Leitor 1:
Do Evangelho de João:
“Faltava só um dia para a festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora
de deixar o mundo e ir para o Pai. Ele sempre amou os seus que estavam neste
mundo, e os amou até o fim. Jesus e seus discípulos estavam ceando. O diabo já
havia posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a idéia de trair Jesus.
Jesus sabia que o Pai lhe havia dado todo o poder. E sabia, ainda, que tinha vindo
de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou o manto, pegou uma toalha e
amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia, e começou a lavar os pés dos
discípulos e a enxugá-los com a tolha. Ao chegar a Simão Pedro, este lhe disse:
‘Senhor, tu me lavas os pés?’ Respondeu Jesus, dizendo: ‘O que faço, não
entendes agora. Mais tarde o compreenderás’. Depois de lhes lavar os pés,
perguntou-lhes: ‘Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de Mestre e
Senhor, e têm razão, porque eu o sou. Sou Senhor e Mestre, e lavei os pés de
vocês. Por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros; dei-vos o exemplo para
que façam o mesmo que eu fiz’” (Jo 13,1-7.12-15).
Leitor 2
Reflexão: Antes de voltar para o Pai, Jesus quis dar aos apóstolos mais uma
prova de seu amor. Mas foi também uma lição de humildade. Eles iam perceber
a dignidade de ser continuadores de sua obra de salvação. Para isso teriam que
receber autoridade. Jesus lhes ensina que eles deviam desempenhar a função de
apóstolos como quem serve. Como quem se inclina diante do outro, como um
servidor. Devem proceder com humildade, como Jesus no momento do lava-pés.
Pedro se admira de que o Senhor lhe lave os pés, e procura impedir. Ele vê uma
distância infinita entre as mãos de Deus e os pés do homem. E, ainda mais, um
homem como ele que se reconhece pecador. Pedro ainda não tinha compreendido
que, onde há amor infinito, desaparecem as distâncias infinitas. E nós, já
compreendemos este amor? (pausa).
Nas religiões antigas, os homens se inclinavam diante do sol, dos astros, das
estrelas. Na “religião” consumista de hoje, os homens se inclinam diante da
riqueza, do dinheiro, do ter... Na religião cristã descobrimos um Deus que se
inclina diante do homem. Foi esta a lição que Cristo nos deixou.
Dirigente: Diante da lição de amor e humildade que Jesus nos deixou, sejamos
solidários com nossos irmãos menos favorecidos e peçamos:
Todos: Ajudai-nos, Senhor, a nos inclinarmos diante do irmão para servi-lo
e amá-lo, como Vós nos ensinastes.
Leitor 3: Com os que se encontram doentes e solitários,
Todos: Ajudai-nos, Senhor, ...
Leitor 4: Com os que vivem à margem da sociedade,
Todos: Ajudai-nos, Senhor, ...
Leitor 5: Com aqueles que passam fome,
Todos: Ajudai-nos, Senhor, ...
Leitor 6: Com os órfãos e abandonados,
Todos: Ajudai-nos, Senhor, a nos inclinarmos diante do irmão para servi-lo
e amá-lo, como Vós nos ensinastes.
Leitor 7: Com os que se sentem oprimidos pelo poder injusto,
Todos: Ajudai-nos, Senhor, ...
Leitor 8: Com aqueles que são vítimas de preconceito e discriminação,
Todos: Ajudai-nos, Senhor, ...
Leitor 10
Reflexão: Depois deste mandamento, depois daquela Páscoa, o amor ao próximo
vai se tornar sinal e condição para amar a Deus. É vivendo neste amor que a
comunidade cristã continuará o testemunho de Jesus, prolongando no tempo sua
experiência de vida. O amor ao qual Jesus convida os apóstolos é um amor
recíproco. Todo ser humano tem, ao mesmo tempo, o dever de amar e o direito
de ser amado.
Leitor 2
Reflexão: Nesta oração de Jesus, há alguma coisa que nos toca de modo
particular Jesus pede também por aqueles que por meio da palavra dos discípulos
acreditarão n’Ele. Pede por nós. Esta oração é sobre o tema da fé. Muitas vezes
Ele disse que é a fé que nos salva. Despertar e educar a fé é finalidade da
transmissão da Palavra de Deus por meio da evangelização, da catequese, da
pregação. É só assim que a vida social consegue harmonia. Quem não é amado
e se sente desprezado pode tornar-se incapaz de amar. O amor se traduz
concretamente na abertura aos outros – particularmente aos mais próximos.
Traduz-se na disponibilidade a compartilhar das experiências de vida cristã.
Traduz-se no desejo de viver em comunhão, na escuta e no diálogo. Nisto é que
seremos conhecidos como discípulos de Jesus.
Leitor 3:
Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão de crer em mim,
por meio da tua Palavra; para que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em Mim
e eu em Ti, para que também eles sejam um em nós, a fim de que o mundo creia
que Tu me enviaste (Jo 17,20-21).
Todos: Pai, que todos sejam um.
Leitor 4:
Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, para que sejam um, como também nós
somos um (Jo 17,22).
Todos: Pai, que todos sejam um.
Leitor 5:
Eu estou neles, e Tu estás em Mim, para que todos sejam consumados na
unidade e para que o mundo conheça que Tu me enviaste, e que os amaste como
também amaste a mim (Jo 17,23).
Todos: Pai, que todos sejam um.
Leitor 6:
Pai, quero que onde estou estejam também aqueles que me deste, para que
vejam a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo (Jo
17,24).
Todos: Pai, que todos sejam um.
Leitor 7:
Pai justo, o mundo não te conheceu, mas Eu te conheci, e estes conheceram que
Tu me enviaste (Jo 17,25).
Todos: Pai, que todos sejam um.
Leitor 8:
Eu fiz e farei que eles conheçam o Teu nome, a fim de que o amor com que me
amaste esteja neles e Eu esteja também neles (Jo 17,26).
Todos: Pai, que todos sejam um.
Leitor 9:
Do Evangelho de João
“Em verdade, em verdade te digo: ‘Ninguém subiu ao céu senão quem desceu do
céu, o Filho do Homem. Como Moisés exaltou a serpente no deserto, assim
também é preciso que o Filho do Homem seja exaltado, a fim de que o que n’Ele
crer, possua a vida eterna’. Deus amou tanto o mundo que entregou o Filho
Unigênito para que todo aquele que crer n’Ele, não morra, mas tenha a vida
eterna. É que Deus enviou o Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim
para que o mundo seja salvo por Ele. Quem crê n’Ele, não é condenado, e quem
não crê, já está condenado, porque não creu no nome do Filho Unigênito de Deus”
(Jo 3,11.13-18).
Leitor 10
Reflexão: Mesmo na glorificação do Filho de Deus, continua a estar presente a
Cruz que, através de todo o testemunho messiânico do Homem-Filho que nela
morreu, fala e não cessa de falar de Deus-Pai, que é absolutamente fiel ao seu
eterno amor para com o homem, pois que “amou tanto o mundo – e portanto, o
homem no mundo – que lhe deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que
n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Crer no Filho crucificado
significa “ver o Pai” (Jo 14,9) significa crer que o amor está presente no mundo e
que o amor é mais forte do que toda a espécie de mal em que o homem, a
humanidade e o mundo estão envolvidos. Crer neste amor significa acreditar na
misericórdia. (Encíclica Dives in Misericordia nº 7).
A Cruz é o modo mais profundo de a divindade se debruçar sobre a humanidade
e sobre tudo aquilo que o homem – especialmente nos momentos difíceis e
dolorosos – considera seu infeliz destino. A Cruz é como que um toque do amor
eterno nas feridas mais dolorosas da existência terrena do homem...
(Encíclica Dives in Misericórdia nº 8).