O documento discute a religião Mina originária do Maranhão, Brasil. A Mina é semelhante ao Candomblé e Xangô e envolve incorporação de entidades como forma de comunicação com o sobrenatural. Existem variações entre as casas de Mina, mas compartilham elementos como o tambor e cantos. O documento também descreve os "caboclos" que não pertencem ao panteão africano e possuem características próprias.
O documento discute a religião Mina originária do Maranhão, Brasil. A Mina é semelhante ao Candomblé e Xangô e envolve incorporação de entidades como forma de comunicação com o sobrenatural. Existem variações entre as casas de Mina, mas compartilham elementos como o tambor e cantos. O documento também descreve os "caboclos" que não pertencem ao panteão africano e possuem características próprias.
O documento discute a religião Mina originária do Maranhão, Brasil. A Mina é semelhante ao Candomblé e Xangô e envolve incorporação de entidades como forma de comunicação com o sobrenatural. Existem variações entre as casas de Mina, mas compartilham elementos como o tambor e cantos. O documento também descreve os "caboclos" que não pertencem ao panteão africano e possuem características próprias.
Comentários do artigo Mina, Uma Religião de Origem Africana – Mundicarmo
Maria Rocha Ferretti
Matéria: Fundamentos de Sociologia e Antropologia Aplicados à Sociologia Professora: Lidiane Maciel Aluna: Letícia Costa Gonçalves – 02310089 – Psico 1 UMA
Introdução
Falar sobre a Mina maranhense é um assunto complicado pois além de não
poder falar sobre muitos ritos e entidades para pessoas de fora, há muitas variações dentro de uma mesma casa. Em relação ao sigilo, quando alguns antropólogos se aprofundam mais na Mina, não se sentem confortáveis de expor o que descobrem pois acabam seguindo a religião.
O que é Mina
Mina é o nome dado a uma religião de origem africana desenvolvida no
Maranhão semelhante ao Candomblé ou ao Xangô. Como diz a autora: “tem na incorporação uma forma sensível de comunicação com o sobrenatural e, no contato direto entre filho e pai ou mãe-de-santo, intensificado em períodos de reclusão, a principal forma de transmissão de conhecimento.” As casas de Mina são numerosas e apesar de variarem entre si, há pontos em comum que permitem que o praticante frequente uma casa diferente da sua. Existem somente duas casas que foram fundadas por africanas e sobreviveram até os dias de hoje. A “Casa das Minas” e a “Casa de Nagô”. São prestigiadas e possuem um caráter elitista e preconceituoso em relação as demais casas. Existe também, um sincretismo com outras religiões de origem africana e até com ritos indígenas. Pela a maior parte do conhecimento ser guardado pelo pai ou mãe-de-santo é difícil manter vivo as origens já que só “treinam” um substituto em caso de morte ou na impossibilidade de continuar. Dificilmente encontrará um membro da Casa das Minas assistindo uma festa em outra casa, mas não é tão difícil assim encontrar um membro da Casa de Nagô. Entre as demais casas há um entrosamento maior.
O Tambor de Mina no Maranhão
O Tambor é um ritual para chamar ou louvar voduns e orixás. Ocorrem nas
mesmas datas das celebrações de santos da Igreja Católica que são associados ou que acreditam serem devotos. Geralmente realizados à noite, podem durar dias dependendo da ocasião e precisam de permissão da polícia para acontecerem. Há toda uma estrutura por trás que permite que o Tambor ocorra sem precisar parar. Normalmente a incorporação acontece durante o toque. Embora a maioria das dançantes sejam mulheres, encontra-se em número inferior homens. Os tambores e as cabaças grandes são tocados por homens, as mulheres tocam o ferro e de vez em quando as crianças tocam cabaças pequenas (geralmente filhas das dançantes cuja participação se espera com grande esperança). Costuma-se também cantar ladainhas em língua africana, latim ou português dependendo da casa e da ocasião.
O Caboclo da Mina Maranhense
Segundo a autora: “Geralmente denomina-se "caboclo" a todo "invisível" das
casas de Mina que não pertencem ao panteon africano e que não podem ser incluídos nas categorias de vodum ou orixá. Diferem-se basicamente dos orixás por não serem forças cósmicas e dos voduns por não serem ancestrais da família real do Dahomé ou de grupo africano vindo para o Brasil.” Possuem o comportamento parecido com o dos voduns. Enquanto alguns são muito comunicativos, outros são mais quietos. Gostam de dançar, fumar charuto, beber e ficar na pessoa por mais tempo. No entanto, os “caboclos” devem seguir as regras da casa e se submeteram as entidades africanas. Apesar dos filhos-de-santo terem vários “caboclos” somente um é o guia e não há conflito entre eles. São organizados em famílias. Ocorrem um batismo onde se é revelado o nome verdadeiro do guia de um membro, mas há alguns “caboclos” que não seguem o cristianismo.
Conclusão
Ao se explicar a Mina, não se pretende generalizar as diferentes casas ou criar
um “modelo”. Mas pontuar que não é só porque uma ou mais religiões possuem origem africana que são iguais. Também, se diz religião de origem africana porque até nas casas mais tradicionais há sincretismo, não podendo afirmar que é uma religião puramente africana.