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Imperador,
que queria a todo custo descobrir novas terras.
"Que espécie de Imperador serei eu?" ele gritaria.
"Meus navios nunca descobrem um novo continente, rico em ouro e
prata, com pastagens férteis: uma terra para onde eu possa levar a
nossa civilização?"
Seus Ministros responderam:
"Mas, Majestade, já não existe nada para descobrir aqui na Terra.
Veja, veja aquele globo!"
"E aquela pequenina ilha ali embaixo?" o Imperador perguntou
ansioso.
"Se a puseram no globo é porque já foi descoberta há muito tempo,"
os Ministros responderam.
"Talvez até já tenham construído um complexo turístico.
E, além disso, os navegadores hoje já não viajam pelos mares à
procura de novos continentes e ilhas. Hoje eles visitam galáxias em
astronaves!"
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"Não," disse EG, "sou eu que estou a descobrir vocês, porque nós lá
na Terra não sabíamos de vossa existência e, sendo assim, tomo
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posse deste planeta em nome do meu Imperador, para vos trazer a
civilização."
"Para lhe dizer a verdade," disse o chefe gnomo,
"nós também não sabíamos que vocês existiam.
Mas não vamos discutir por uma coisa tão insignificante
para que não estragemos nosso dia. Diga-nos antes: que civilização é
essa
que nos quer trazer, e quanto custa?"
"Civilização," respondeu EG.
"é uma quantidade de coisas maravilhosas que os terrestres
inventaram, e que o meu Imperador está pronto a oferecer-vos
inteiramente de graça."
"Se é grátis," disse alegremente os gnomos,
"ficamos já com ela, senhor.
Mas, desculpe insistir… sabemos que a cavalo dado não se olha os
dentes…
mas, mesmo assim, gostaria de fazer
uma pequena ideia de como é a vossa civilização.
Com certeza que compreende, não é?"
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O EG resmungou um bocado,
porque na escola ele foi ensinado
que nos velhos tempos, quando exploradores
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traziam civilização a uma nova terra,
os nativos aceitaram sem "se" nem "mas". No entanto, como se
sentia muito orgulhoso da civilização da Terra,
foi buscar na nave
o seu megatelescópio megagaláctico
e o apontou na direção do nosso planeta,
e disse: "Venham e vejam com os vossos próprios olhos."
"Que máquina! Que tecnologia!"
disseram os gnomos maravilhados,
admirando o megatelescópio megagalático,
e, em turnos, cada um olhou dentro dele, para a Terra.
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"Diga-me uma coisa: que água é aquela, tão negra no centro e tão
marrom nas margens?"
o segundo gnomos perguntou.
"Opa!" disse EG. "Devo ter apontado para o mar.
Sabe, é que os petroleiros naufragaram no mar alto
e o petróleo espalha-se sobre a superfície. E perto das margens, por
outro lado,
fazem todas aquelas descargas que ninguém controla, então os
mares se enchem de… é… coisas nojentas de que querem se livrar..."
"Quer dizer que o vosso mar está cheio de merda?"
o segundo gnomo perguntou, e os outros riram,
porque quando alguém diz "merda" em Gnu,
os outros gnomos não conseguem segurar o riso.
EG ficou queito, e o segundo gnomo murmurou:
"Ah, que pena!"
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Que pena vosso mar estar assim, mas vamos espreitar então para
praia.
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Oh meu Deus! Está cheio de lixo.
Ah pois é verdade. Os homens que lançaram o lixo todo para a terra
e para o mar. É verdade são os homens que lançam o lixo todo para a
terra e para o mar.
Olha bem acho que vou apontar para outro sítio
E o que é aquela enorme área cinzenta com coisas esbranquiçadas?
Sem árvores e cheia de embalagens vazias?
Ah, é o nosso campo. Bom, adimito que cortamos demasiadas
árvores e é verdade que as pessoas têm um mau hábito de deitar
fora sacos de plástico, caixas de bolachas e frascos de doce.
Que pena
Terceiro gnomo.
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Versão do video:
Existiu uma vez na Terra - e talvez ainda exista - um poderoso
Imperador,
que queria a todo custo descobrir novas terras.
E por isso chamou seus ministros.
- Que espécie de imperador serei eu se os meus navios não
descobrirem o novo continente, onde abundem o ouro, a prata e
para onde eu possa levar a nossa civilização?
- Mas majestade, já não existe nada para descobrir aqui na Terra,
veja, veja o globo.
- Hm, E aquela pequena ilha, ali?
- Daí se a puseram no globo é porque já foi descoberta há muito
tempo. Talvez até já lá tenham construído um complexo turístico.
E além disso, os navegadores hoje já não viajam pelos mares a
procura de novos continentes e ilhas. Hoje visitam-se galáxias em
astronaves.
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E assim o explorador galático, EG para os amigos, vageou durante
muito tempo pelo espaço imenso em busca de um planeta que
pudesse ser civilizado, mas só encontrava planetas rochosos,
planetas de poeiras, planetas cheios de vulcões que cuspiam fogo
para o céu, mas nem vestígios de planetas aprazíveis e habitáveis.
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"Não não, sou eu que vos estou a descobrir, porquê nós lá na Terra
não sabíamos de vossa existência e sendo assim, tomo posse deste
planeta em nome do meu imperador para vos trazer a civilização."
"Para lhe dizer a verdade nós também não sabíamos que vocês
existiam, mas não vamos discutir por uma coisa tão insignificante
para não estragarmos este dia. Diga-nos antes que civilização é essa
que nos quer trazer e quanto custa."
" A civilização é uma quantidade de coisas maravilhosas que os
terrestres inventaram e que o meu imperador está pronto a
oferecer-vos inteiramente de graça."
"Se é grátis ficamos já com ela. Mas, desculpe insistir, sabemos que a
cavalo dado não se olha os dentes, mas, mesmo assim, gostaria de
fazer uma pequena ideia de como é a vossa civilização. Com certeza
que compreende, não é?"
O EG resmungou um bocado. No entanto, como se sentia muito
orgulhoso da civilização da Terra foi buscar o seu megatelescópio
megagalático a nave. Ele apontou o seu megatelescópio
megagalático na direção do nosso planeta e disse:
"Venham venham, vejam com os vossos próprios olhos."
"Que máquina! Que tecnologia! Vou espreitar.
Mas, eu não vejo nada. Eu só vejo fumo"
"Enganei-me e apontei para uma cidade."
"Compreendo, nós aqui também não conseguimos ver os cumes
daquelas montanhas quando o tempo está nublado. Mas talvez
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amanhã esteja bom tempo e se consiga ver essa coisa que o senhor
chama uma cidade."
"Receio bem que não, hoje em dia o fumo já nem aos domingos
desaparece."
"Deixe-me espreitar de novo com atenção.
Que água é aquela? Tão negra no centro e tão castanha nas
margens."
"Devo ter apontado para o mar. Sabe, é que os petroleiros
naufragaram no mar alto e o petróleo espalha-se a superfície. E
perto das margens fazem todas aquelas descargas que ninguém
controla e que acabam por ir a terra."
"Quer dizer que o vosso mar está cheio de caca?
Ah, que pena. Que pena vosso mar estar assim, mas vamos espreitar
então para praia.
Oh meu Deus! Está cheio de lixo.
Ah pois é verdade. Os homens que lançaram o lixo todo para a terra
e para o mar. É verdade são os homens que lançam o lixo todo para a
terra e para o mar.
Olha bem acho que vou apontar para outro sítio
E o que é aquela enorme área cinzenta com coisas esbranquiçadas?
Sem árvores e cheia de embalagens vazias?
Ah, é o nosso campo. Bom, adimito que cortamos demasiadas
árvores e é verdade que as pessoas têm um mau hábito de deitar
fora sacos de plástico, caixas de bolachas e frascos de doce.
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Que pena. E o que são aquelas caixas de metal enfileiradas na
estrada?
Ah, são os automóveis. Um dos nossos melhores inventos. Servem
para irmos muito depressa de um lugar para o outro.
Mas, e então, por é que estão parados?
É que automóveis é mais muitas vezes o trânsito fica engarrafado.
E aquelas pessoas estendidas na beira da estrada? Quem são?
São as pessoas que ficaram feridas quando o trânsito não estava
engarrafado por irem depressa demais.
Quando aquelas suas caixas são demais não andam, quando andam
as pessoas que vão lá dentro magoam-se . É realmente uma pena.
Bem vou espeitar uma última vez. Mas o que é que aquilo ali? É o
lixo?
Sim, é lixo. É uma lixeira. Eu sei que não é muito bonito, mas. ..
Desculpe senhor Descobridor, acho que não vale a pena vermos mais
nada. Talvez a sua civilização tem aspectos muito interessantes, mas
se as trouxerem para aqui perdemos os nossos prados, as nossas
árvores, os nossos rios e ficaríamos piores do que aqui estamos .
Não se importava de não nos descobrir.
"Mas temos montes de coisas fantásticas de espreitar só mais uma
vez.
" O que é aquilo?
Aquilo, aquilo é um cigarro! Mas ficarem doentes nos temos
hospitais.
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Hospitais? Mas para que servem os hospitais?
Ve-se logo que são primitivos. Servem para curar os que estão
doentes.
E por é que que as pessoas ficam doentes?
Já sei, é por causa do fumo de vossos cigarros, da poluição dos lixos
que o vosso planeta lançam a terra, aos rios e ao mar.
Coitado dos oceanos dos vossos peixinhos e dos outros animais
Coitado do vosso planeta .
Ouça lá senhor Descobridor , tive uma ideia que me parece ótima por
que é que não vamos nós descobrimos la na Terra.
E depois ?
E depois, nós somos excelentes a cuidar de prados e jardins, a
plantar árvores novas e a tratar da velhas que estão quase a cair.
Ponhamos a recolher todo aquele plástico e todas aquelas latas e
dávamos um jeitinho nos vossos vales. Fazíamos filtros de folhas para
as vossas chaminés .
Explicamos a todas pessoas da Terra como bom passear sem ir
sempre de carro e assim por diante e, talvez, dentro de alguns anos a
vossa Terra pudesse ficar tão bonita como o planeta Gnu.
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"Ah, está bem. Volto para o meu planeta e falo com o meu
imperador."
Arrumou o megatelescópio e voltou para a nave . Levantou voo.
Regressou então a Terra . Quando lá chegou contou sua história para
o imperador e os ministros.
Mas um ministro levantou logo um monte de problemas.
"Quanto a deixar vir aqui esses gnomos de Gnu temos que pensar no
teu bem. É necessário que tenham passaporte , que pagem o
imposto de imigração o papel selado assinado e além disso precisa
da autorização da polícia urbana, dos guardas florestais e da captania
do Porto e …
Mas enquanto falava o ministro escorregou numa pastilha elástica
outro ministro tinha deitado para o chão e partiu as pernas, os
dentes, o queixo, o nariz, o ombro, a cabeça. Na grande confusão
que se seguiu o imperador foi tirado para a rua, onde caiu no meio
dos sacos de lixo que há muito não eram recolhidos e ele ficou a
cobriste de poluição e aspirar os gases dos escapes dos automóveis.
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