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Existiu uma vez na Terra - e talvez ainda exista - um poderoso

Imperador,
que queria a todo custo descobrir novas terras.
"Que espécie de Imperador serei eu?" ele gritaria.
"Meus navios nunca descobrem um novo continente, rico em ouro e
prata, com pastagens férteis: uma terra para onde eu possa levar a
nossa civilização?"
Seus Ministros responderam:
"Mas, Majestade, já não existe nada para descobrir aqui na Terra.
Veja, veja aquele globo!"
"E aquela pequenina ilha ali embaixo?" o Imperador perguntou
ansioso.
"Se a puseram no globo é porque já foi descoberta há muito tempo,"
os Ministros responderam.
"Talvez até já tenham construído um complexo turístico.
E, além disso, os navegadores hoje já não viajam pelos mares à
procura de novos continentes e ilhas. Hoje eles visitam galáxias em
astronaves!"
P.1

"E então?" disse o Imperador teimosamente.


"Enviem um explorador galáctico, diga a ele que me descubra pelo
menos um pequeno planeta habitado."
P.2
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E assim o Explorador Galáctico (EG, para os amigos)
vageou durante muito tempo pelo espaço imenso,
em busca de um planeta que pudesse ser civilizado.
Mas só encontrava planetas rochosos, planetas empoeirados.
Planetas cheios de vulcões
que cuspiam fogo para o céu.
Mas nem vestígios de planetas aprazíveis e habitáveis.
P.3

Até que, finalmente,


nos confins da galáxia,
o EG acabou olhando
em seu magagaláctico megatelescópio,
ele viu uma coisa maravilhosa.
Um lindo planetazinho,
com um céu muito azul quase não pontilhado
por algumas nuvens brancas e fofas,
com vales e florestas tão verdes
que era um prazer olhar para eles.
Aproximando-se, ele viu nesses vales
graciosos animais das mais variadas espécies
saltitavam por aí,
enquanto uns homenzinhos pequenininhos,
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um bocadinho ridículos,
mas muito engraçados,
estavam podando árvores, alimentando pássaros, aparando a grama.
Ou então estavam calmamente nadando
em rios e riachos cujas águas
eram tão transparentes que podiasse ver
cardumes de peixes multicoloridos
dardejando sobre o leito de areia.
P.4

EG atracou, saiu da nave, e viu


alguns desse homenzinhos vindo até ele.
Sorrindo, se apresentaram.
"Bom dia, senhor. Bem vindo, forasteiro. Nós somos os gnomos de
Gnu - que é o nome do nosso planeta - e o senhor, quem é?"
"Eu," disse o EG, "sou o Explorador Galáctico do Grande Imperador
da Terra, e vim descobrir-los!"
"Olha, que coincidência."
disse o chefe gnomo. "Nós que julgavámos que tínhamos sido nós a
descobri-lo!"
P.5

"Não," disse EG, "sou eu que estou a descobrir vocês, porque nós lá
na Terra não sabíamos de vossa existência e, sendo assim, tomo
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posse deste planeta em nome do meu Imperador, para vos trazer a
civilização."
"Para lhe dizer a verdade," disse o chefe gnomo,
"nós também não sabíamos que vocês existiam.
Mas não vamos discutir por uma coisa tão insignificante
para que não estragemos nosso dia. Diga-nos antes: que civilização é
essa
que nos quer trazer, e quanto custa?"
"Civilização," respondeu EG.
"é uma quantidade de coisas maravilhosas que os terrestres
inventaram, e que o meu Imperador está pronto a oferecer-vos
inteiramente de graça."
"Se é grátis," disse alegremente os gnomos,
"ficamos já com ela, senhor.
Mas, desculpe insistir… sabemos que a cavalo dado não se olha os
dentes…
mas, mesmo assim, gostaria de fazer
uma pequena ideia de como é a vossa civilização.
Com certeza que compreende, não é?"
P.6

O EG resmungou um bocado,
porque na escola ele foi ensinado
que nos velhos tempos, quando exploradores
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traziam civilização a uma nova terra,
os nativos aceitaram sem "se" nem "mas". No entanto, como se
sentia muito orgulhoso da civilização da Terra,
foi buscar na nave
o seu megatelescópio megagaláctico
e o apontou na direção do nosso planeta,
e disse: "Venham e vejam com os vossos próprios olhos."
"Que máquina! Que tecnologia!"
disseram os gnomos maravilhados,
admirando o megatelescópio megagalático,
e, em turnos, cada um olhou dentro dele, para a Terra.
P.7

"Mas, eu não vejo nada!" o primeiro gnomo de Gnu disse,


"Eu só vejo fumaça".
O próprio EG olhou, então se desculpou:
"Enganei-me e apontei para uma cidade.
Com todas as fábricas, chaminés, as fumaças dos caminhões e
carros… tem uma certo nevoeiro".
"Compreendo," disse o gnomo, "nós aqui também,
não conseguimos ver os cumes daquelas montanhas quando o
tempo está nublado… mas talvez
amanhã esteja bom tempo e se consiga ver essa coisa que o senhor
chama uma cidade."
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"Receio bem que não" disse EG.
"Hoje em dia o fumo já nem aos domingos desaparece".
"Mas que pena!" disse o gnomo.
P.8

"Diga-me uma coisa: que água é aquela, tão negra no centro e tão
marrom nas margens?"
o segundo gnomos perguntou.
"Opa!" disse EG. "Devo ter apontado para o mar.
Sabe, é que os petroleiros naufragaram no mar alto
e o petróleo espalha-se sobre a superfície. E perto das margens, por
outro lado,
fazem todas aquelas descargas que ninguém controla, então os
mares se enchem de… é… coisas nojentas de que querem se livrar..."
"Quer dizer que o vosso mar está cheio de merda?"
o segundo gnomo perguntou, e os outros riram,
porque quando alguém diz "merda" em Gnu,
os outros gnomos não conseguem segurar o riso.
EG ficou queito, e o segundo gnomo murmurou:
"Ah, que pena!"
P.9

Que pena vosso mar estar assim, mas vamos espreitar então para
praia.
6
Oh meu Deus! Está cheio de lixo.
Ah pois é verdade. Os homens que lançaram o lixo todo para a terra
e para o mar. É verdade são os homens que lançam o lixo todo para a
terra e para o mar.
Olha bem acho que vou apontar para outro sítio
E o que é aquela enorme área cinzenta com coisas esbranquiçadas?
Sem árvores e cheia de embalagens vazias?
Ah, é o nosso campo. Bom, adimito que cortamos demasiadas
árvores e é verdade que as pessoas têm um mau hábito de deitar
fora sacos de plástico, caixas de bolachas e frascos de doce.
Que pena
Terceiro gnomo.
P.10

"O que são aquelas grandes caixas de metal,"


perguntou o quarto gnomo.
"todas enfileiradas na estrada?"
"Ah, são os automóveis. Um dos nossos melhores inventos. Servem
para irmos muito depressa de um lugar para o outro…"
"Mas, e então, por que estão parados?" o gnomo perguntou.
"Bem," respondeu EG, um pouco envergonhado, "há muitos
automóveis
e muitas vezes o trânsito fica engarrafado…"
"E aquelas pessoas estendidas na beira da estrada?
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Parecem feridas," perguntou então o gnomo
"São as pessoas que ficaram feridas quando o trânsito não estava
engarrafado por irem depressa demais."
"Agora entendo essas suas caixas,"
disse o gnomo,
"quando aquelas suas caixas são muitas não andam; e quando
andam, as pessoas que vão lá dentro se machucam. Que pena. É
realmente uma pena…"
P.11

Então o chefe gnomo falou. "Desculpe, senhor Descobridor," ele


disse, "acho que não vale a pena vermos mais nada. Sem dúvida,
talvez a sua civilização tem aspectos muito interessantes:
mas se as trouxerem para aqui perderemos os nossos prados,
as nossas árvores, os nossos rios e ficaríamos piores do que aqui
estamos.
Não se importaria de não nos descobrir?"
"Mas temos montes de coisas fantásticas!"
EG disse, irritado. "Por exemplo,
quantos hospitais vocês tem aqui?
Nós temos milhares, e são magníficos!"
"Mas para que servem os hospitais?"
o chefe gnomo perguntou,
depois de olhar para alguns pelo megatelescópio.
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"Vê-se logo que são primitivos!
Servem para curar os que estão doentes."
"E por que é que as pessoas ficam doentes?"
o chefe gnomo perguntou.
P.12

EG finalmente perdeu a calma.


"Ah, sério!? Você vê aquele homem lá embaixo?
Ele fumou muitos cigarros, agora teremos que realizar uma
maravilhosa operação
e dar a ele um novo par de pulmões
porque os que ele têm estão todos preto.
E aquele outro homem?
Ele usou muito de uma coisa que chamamos de drogas
e no hospital estao tentando curá-lo
de todas as infecções que desenvolveu
por usar seringas sujas. E aquele homem lá?
Estão calçando nele uma perna de plástico
porque ele foi atropelado por uma motocicleta.
Aquele ali? Está tendo seu estômago sugado
pois comeu comida ruim. É pra isso que servem os hospitais.
Vê que grande invenção eles são?"
"São uma bela invenção,"
o chefe gnomo disse,
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"Não posso discutir com você aí. Mas desde que
não fumamos cigarros
e não usamos aquela coisa
que chama de seringa para drogas,
não andamos de motocicleta, e comemos
comida fresca que cultivamos em nossos jardins
e em nossos pomares, pouquíssimas pessoas aqui ficam doentes,
e, se ficarem, uma agradável caminhada pelas colinas é o suficiente
para que fiquem bem novamente.
Escuta, Senhor Descobridor, eu tive uma grande ideia. Por que é que
não nós vamos descobrir vocês na Terra?"
P.13

"E depois?" EG perguntou, meio perdido.


"E depois, nós somos excelentes a cuidar de prados e jardins,
a plantar árvores novas e a tratar
das velhas que estão quase a cair,
vamos a recolher
todo aquele plástico e todas aquelas latas,
e dávamos um jeitinho nos vossos vales. Fazíamos filtros de folhas
para as vossas chaminés,
explicamos a todas as pessoas da Terra
como é bom passear sem ir sempre de carro, e assim por diante.
E, talvez dentro de alguns anos,
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a vossa Terra pudesse ficar tão bonita como o planeta Gnu."
EG podia vizualizar
os gnomos de Gnu trabalhando, e estava pensando
como a sua (e nossa) Terra se tornaria
bela novamente.
P.14

"Está bem," disse EG.


"Volto para o meu planeta e falo com o meu Imperador."
Regressou à Terra e contou sua história para o Imperador e seus
Ministros.
Mas o Primeiro Ministro levantou logo um monte de problemas:
"Quanto a deixar
vir aqui esses gnomos de Gnu,
temos que pensar bem.
É necessário que tenham passaporte e visto,
que paguem o imposto de imigração;
e além disso, precisa da
autorização dos guardas florestais, da capitania do Porto…"
P.15

Mas enquanto falava, o Ministro escorregou


num chiclete
que outro Ministro tinha cuspido no chão;
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ele quebrou as pernas, a boca, o queixo,
o nariz, o ombro, a cabeça,
e seus dedos estavam tão enfiados nos ouvidos
que ninguém conseguiu arrancar.
Na grande confusão que se seguiu,
o Ministro foi jogado para a rua,
no meio dos sacos de lixo
que há semanas não eram recolhidos,
e ele ficou deitado ali, coberto de poluição, a aspirar
os gases dos escapes dos automóveis.
P.16

No momento a nossa história


termina aqui. Lamentamos
não poder dizer que desde então
viveram todos felizes para sempre.
E que ninguém sabe se alguma vez os gnomos
obterão permissão para vir até nós.
Mas, mesmo que eles não venham,
por que que não nos lançamos mãos à obra
e começamos a fazer aquilo que eles teriam feito?
P.17

….
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Versão do video:
Existiu uma vez na Terra - e talvez ainda exista - um poderoso
Imperador,
que queria a todo custo descobrir novas terras.
E por isso chamou seus ministros.
- Que espécie de imperador serei eu se os meus navios não
descobrirem o novo continente, onde abundem o ouro, a prata e
para onde eu possa levar a nossa civilização?
- Mas majestade, já não existe nada para descobrir aqui na Terra,
veja, veja o globo.
- Hm, E aquela pequena ilha, ali?
- Daí se a puseram no globo é porque já foi descoberta há muito
tempo. Talvez até já lá tenham construído um complexo turístico.
E além disso, os navegadores hoje já não viajam pelos mares a
procura de novos continentes e ilhas. Hoje visitam-se galáxias em
astronaves.
P.1

- Nesse caso enviem um explorador galático que me descubra pelo


menos um pequeno planeta habitado.
P.2
Os ministros deram ordem para a nave se deslocar ao espaço.
10 9 8 7 …321.

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E assim o explorador galático, EG para os amigos, vageou durante
muito tempo pelo espaço imenso em busca de um planeta que
pudesse ser civilizado, mas só encontrava planetas rochosos,
planetas de poeiras, planetas cheios de vulcões que cuspiam fogo
para o céu, mas nem vestígios de planetas aprazíveis e habitáveis.
P.3

Até que finalmente, nos confins da galáxia, o EG viu uma coisa


maravilhosa.
Um lindo planetazinho com um céu muito azul e com vales e
florestas tão verdes que era um prazer olhar para eles.
Aproximou-se do planeta e atracou.
Saiu da nave. Viu que nos teus vales saltitavam graciosos animais das
mais variadas espécies e viu uns homenzinhos pequenininos , um
bocadinho ridículos, mas muito engraçados. Aproximou-se para falar
com um deles.
"Bom dia"
"Bom dia, forasteiro. Nós somos os gnomos de Gnu, que é o nome
do nosso planeta. E o senhor, quem é?"
"Eu sou o Explorador Galático do Grande Imperador da Terra e vim
descobrir-los."
"Olha que coincidência,e nós que julgavamos que tínhamos sido nós
a descobrir-lo."

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"Não não, sou eu que vos estou a descobrir, porquê nós lá na Terra
não sabíamos de vossa existência e sendo assim, tomo posse deste
planeta em nome do meu imperador para vos trazer a civilização."
"Para lhe dizer a verdade nós também não sabíamos que vocês
existiam, mas não vamos discutir por uma coisa tão insignificante
para não estragarmos este dia. Diga-nos antes que civilização é essa
que nos quer trazer e quanto custa."
" A civilização é uma quantidade de coisas maravilhosas que os
terrestres inventaram e que o meu imperador está pronto a
oferecer-vos inteiramente de graça."
"Se é grátis ficamos já com ela. Mas, desculpe insistir, sabemos que a
cavalo dado não se olha os dentes, mas, mesmo assim, gostaria de
fazer uma pequena ideia de como é a vossa civilização. Com certeza
que compreende, não é?"
O EG resmungou um bocado. No entanto, como se sentia muito
orgulhoso da civilização da Terra foi buscar o seu megatelescópio
megagalático a nave. Ele apontou o seu megatelescópio
megagalático na direção do nosso planeta e disse:
"Venham venham, vejam com os vossos próprios olhos."
"Que máquina! Que tecnologia! Vou espreitar.
Mas, eu não vejo nada. Eu só vejo fumo"
"Enganei-me e apontei para uma cidade."
"Compreendo, nós aqui também não conseguimos ver os cumes
daquelas montanhas quando o tempo está nublado. Mas talvez
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amanhã esteja bom tempo e se consiga ver essa coisa que o senhor
chama uma cidade."
"Receio bem que não, hoje em dia o fumo já nem aos domingos
desaparece."
"Deixe-me espreitar de novo com atenção.
Que água é aquela? Tão negra no centro e tão castanha nas
margens."
"Devo ter apontado para o mar. Sabe, é que os petroleiros
naufragaram no mar alto e o petróleo espalha-se a superfície. E
perto das margens fazem todas aquelas descargas que ninguém
controla e que acabam por ir a terra."
"Quer dizer que o vosso mar está cheio de caca?
Ah, que pena. Que pena vosso mar estar assim, mas vamos espreitar
então para praia.
Oh meu Deus! Está cheio de lixo.
Ah pois é verdade. Os homens que lançaram o lixo todo para a terra
e para o mar. É verdade são os homens que lançam o lixo todo para a
terra e para o mar.
Olha bem acho que vou apontar para outro sítio
E o que é aquela enorme área cinzenta com coisas esbranquiçadas?
Sem árvores e cheia de embalagens vazias?
Ah, é o nosso campo. Bom, adimito que cortamos demasiadas
árvores e é verdade que as pessoas têm um mau hábito de deitar
fora sacos de plástico, caixas de bolachas e frascos de doce.
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Que pena. E o que são aquelas caixas de metal enfileiradas na
estrada?
Ah, são os automóveis. Um dos nossos melhores inventos. Servem
para irmos muito depressa de um lugar para o outro.
Mas, e então, por é que estão parados?
É que automóveis é mais muitas vezes o trânsito fica engarrafado.
E aquelas pessoas estendidas na beira da estrada? Quem são?
São as pessoas que ficaram feridas quando o trânsito não estava
engarrafado por irem depressa demais.
Quando aquelas suas caixas são demais não andam, quando andam
as pessoas que vão lá dentro magoam-se . É realmente uma pena.
Bem vou espeitar uma última vez. Mas o que é que aquilo ali? É o
lixo?
Sim, é lixo. É uma lixeira. Eu sei que não é muito bonito, mas. ..
Desculpe senhor Descobridor, acho que não vale a pena vermos mais
nada. Talvez a sua civilização tem aspectos muito interessantes, mas
se as trouxerem para aqui perdemos os nossos prados, as nossas
árvores, os nossos rios e ficaríamos piores do que aqui estamos .
Não se importava de não nos descobrir.
"Mas temos montes de coisas fantásticas de espreitar só mais uma
vez.
" O que é aquilo?
Aquilo, aquilo é um cigarro! Mas ficarem doentes nos temos
hospitais.
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Hospitais? Mas para que servem os hospitais?
Ve-se logo que são primitivos. Servem para curar os que estão
doentes.
E por é que que as pessoas ficam doentes?
Já sei, é por causa do fumo de vossos cigarros, da poluição dos lixos
que o vosso planeta lançam a terra, aos rios e ao mar.
Coitado dos oceanos dos vossos peixinhos e dos outros animais
Coitado do vosso planeta .
Ouça lá senhor Descobridor , tive uma ideia que me parece ótima por
que é que não vamos nós descobrimos la na Terra.
E depois ?
E depois, nós somos excelentes a cuidar de prados e jardins, a
plantar árvores novas e a tratar da velhas que estão quase a cair.
Ponhamos a recolher todo aquele plástico e todas aquelas latas e
dávamos um jeitinho nos vossos vales. Fazíamos filtros de folhas para
as vossas chaminés .
Explicamos a todas pessoas da Terra como bom passear sem ir
sempre de carro e assim por diante e, talvez, dentro de alguns anos a
vossa Terra pudesse ficar tão bonita como o planeta Gnu.

O EG ficou muito entusiasmado com a ideia do gnomo. Assim a Terra


poderia ficar de novo bonita . Que maravilha!

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"Ah, está bem. Volto para o meu planeta e falo com o meu
imperador."
Arrumou o megatelescópio e voltou para a nave . Levantou voo.
Regressou então a Terra . Quando lá chegou contou sua história para
o imperador e os ministros.
Mas um ministro levantou logo um monte de problemas.
"Quanto a deixar vir aqui esses gnomos de Gnu temos que pensar no
teu bem. É necessário que tenham passaporte , que pagem o
imposto de imigração o papel selado assinado e além disso precisa
da autorização da polícia urbana, dos guardas florestais e da captania
do Porto e …
Mas enquanto falava o ministro escorregou numa pastilha elástica
outro ministro tinha deitado para o chão e partiu as pernas, os
dentes, o queixo, o nariz, o ombro, a cabeça. Na grande confusão
que se seguiu o imperador foi tirado para a rua, onde caiu no meio
dos sacos de lixo que há muito não eram recolhidos e ele ficou a
cobriste de poluição e aspirar os gases dos escapes dos automóveis.

De momento a nossa história termina aqui e lamentamos não poder


dizemos que desde então viveram todos felizes e contentes é que
ninguém sabe se alguma vez os gnomos de Gnu obterão permissão
para vir até nosso planeta Terra. Mas, mesmo que eles não venham,
por que que não nos lançamos mãos a obra e começamos a fazer
aquilo que eles teriam feito.
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Fica a sugestão.

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