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Pr.

Samuel Procópio

INTRODUÇÃO

“A música seria a mais belas das artes, se não fosse a


Oratória."

Este trabalho surgiu no intuito de auxiliar aos que ministram


a palavra de Deus e desejam desenvolver-se colocando em pratica algo
que tem sido muito pronunciado atualmente a oratória que nada mais
é que a arte de falar em público.
Diante desta conjuntura propõe-se como filosofia trabalhar a
habilidade de comunicação e usufruir de vantagens estratégicas nas
situações do cotidiano, sejam profissionais, sociais ou efetivas.
A proposta está em fornecer aos alunos os instrumentos e
ferramentas para que possam superar o medo, adquirindo
autoconfiança e a transformar o desconforto em prazer ao falar. Com
isso será proporcionado um treinamento para que logo após o término
do curso, os alunos possam dar prosseguimento no desenvolvimento
de seus recursos pessoais, com harmonia e segurança.
É mister ressaltar que o orador não nasce feito, e que a arte
de falar bem não é algo que surge do dia para noite, há a necessidade
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Oratória: A arte de falar em suas mãos

de se aprimorar diariamente o que se aprende através da pratica. Por


isso, o progresso da cada aluno está diretamente ligado ao seu
treinamento continuo e a sua força de vontade em aproveitar as
oportunidades de se expor e falar. De forma geral todos podem atingir
o nível da excelência em suas preleções e obter saudável desenvoltura
comportamental em suas vidas.

Capitulo 1
Pr. Samuel Procópio

AFINAL, O QUE É ORATÓRIA?

“Segue ao pé do Bom Pastor cada dia. Nele tens todo o


sustento. Tudo que necessitas na jornada de cada dia.” (N.L.
Zinzendorf)

Ressalta-se que oratória nada mais é do que a arte de falar


em público de forma elegante, precisa, fluente e atrativa.
Da oratória extrai-se a eloqüência que é o dom natural da
palavra, desenvolvido de modo coordenado, coerente e fluente. Nesta
conjuntura há a retórica que é o estudo teórico e pratico das regras
que desenvolvem e aperfeiçoam o talento natural da palavra, tendo
por base a observação e o raciocínio.

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Oratória: A arte de falar em suas mãos
Pr. Samuel Procópio

Capitulo 2

GRANDES ORADORES

“Deus ajuda aqueles que se ajudam.” (Benjamim Franklin)

2.1 JESUS CRISTO

Uma das formas que utiliza-se para a propagação do


evangelho de Cristo é a pregação. Jesus a exemplo disto foi um
pregador distinto de todos os que dantes dEle pregaram a palavra e
os que logo após a sua vinda ministraram e ministram até os dias
hodiernos a sua santa e inerrante palavra. O Mestre não tinha púlpito,
na maioria das vezes era improvisado sobre um monte, na popa de um
barquinho, junto ao mar da Galiléia; nas tribunas das sinagogas ou em
casas de amigos. O ministério da pregação tornou-se algo muito
dinâmico e expressivo na vida de Jesus.

2.2 ARÃO
O maior orador de todos os tempos Arão, judeu nascido no
Egito durante um período de opressão. Este era tão bem conceituado

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na arte da oratória, ao ponto de ser reconhecido pelo próprio Deus


como sendo um excelente orador (Êx. 4.14). O interessante é que a
historia bíblica e as pessoas vão concluir que, através da arte da
oratória se consegue prestigiar bem como desprestigiar. A bíblia
menciona que houve uma ocasião em que Arão conseguiu persuadir
toda a nação judaica, a adorar um bezerro de ouro que ele próprio
confeccionou. Para conseguir convencer o povo a adorar o bezerro ele
utilizou-se de um excelente discurso.

2.3 DEMÓSTENES

Este estadista foi considerado o maior orador grego.


Inicialmente, como meio de vida, escrevia discursos para serem lidos
nos julgamentos. Era conhecido por sua timidez e gagueira. Apesar de
não possuir grandes dotes físicos ele revelou uma extraordinária força
de vontade e disciplina para superar estes obstáculos, impondo a si
próprio um treinamento muito severo e rígido. Declamava e discursava
com a boca cheia de pedras e conchas, em frente ao mar. Para o
fortalecimento da voz ele falava mais alto do que o barulho das ondas.
Com isso conseguiu obter pronuncia perfeita, voz possante e pronuncia
invejável. Projetou-se como orador político, suas mais famosas obras
as serie de discursos Filipicas e de Corona.

2.4 CÍCERO - MARCOS TULLIUS E CÍCERO


Pr. Samuel Procópio

Intitulado como o maior orador romano e um excelente


prosador. Cícero foi o que mais influenciou os oradores dos dias
hodiernos. Sua extensa obra é reconhecida pelos variados discursos,
pelos tratados filosóficos e retóricos, pelas cartas e poemas existentes.
Destaca-se, na vida desta grande orador, as famosas coletâneas de
discursos Verrinas e Catlinarias.

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Pr. Samuel Procópio

Capítulo 3

VOCÊ PODE SER UM ORADOR!

“Se parares cada vez que ouvires um cão, nunca chegarás ao fim do
caminho.” (autor desconhecido)

Todas as pessoas podem fazer a diferença como um orador


diferenciado dos demais, todos possuem esta capacidade de
desenvolver a arte de falar em publico. Isso desde que não haja
impregnado alguma deficiência insuperável.
Ninguém por mais que seja bem desenvolvido em suas faculdades
mentais nasce orador, porém, todos os que são, são porque
desenvolveram esta capacidade, que a seguir será discorrido.

3.1 O MAIOR INIMIGO DO ORADOR


O maior inimigo do orador não é a sua aparência, não são
quem sabe suas dificuldades de esboçar mensagens, o maior inimigo
não é a voz que não está segundo o patamar estabelecido pela
sociedade como sendo a voz ideal. Todos estes podem ser inimigos do

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orador, mas não é o maior. O maior inimigo do orador é intitulado de


MEDO. Mas, onde será que origina-se o medo?
Na maioria das vezes o medo surge devido às conclusões
precipitadas, que vem da imaginação pessimista e negativas
antecipada à apresentação. O medo é resultado também de falta de
conteúdo, quando surge a oportunidade de falar e o orador não sabe
o que dizer e na maioria das vezes não falar nada, acaba enrolado as
pessoas até o termino da mensagem que por sua vez não acrescenta
nada aos ouvintes.
O medo tem sua origem no dialogo interno desequilibrado, ex:
será que conseguirei sair bem nesta apresentação? Há! eu penso que
não nasci para fazer isto. Há a necessidade de se manter o dialogo
interno equilibrado, pois poderá trazer sérios prejuízos na realização de
um boa prédica.

3.1.1 Como controlar o medo de falar em público?


A resposta é bem mais simples do que se imagina. Só se
controla o medo de falar em publico se preparando e estudando a cerca
do assunto, treinando com o espelho, câmara de filmagem, gravador
de voz, etc.

3.1.2 Como controlar o nervosismo?


Só existe uma forma de controlar o nervosismo que é
utilizando-se de exercícios de respiração com o corpo solto.
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Capitulo 4

OS VEÍCULOS DA COMUNICAÇÃO

“O problema não é o barulho dos maus, mas o silêncio dos bons.”

Compara-se o discurso como sendo uma locomotiva com cinco


vagões, o vagão postura; vagão emoção; vagão gestos; vagão
vocabulário e vagão voz. Veremos logo após cada um destes de forma
mais detalhada.

4.1 POSTURA
A postura está relacionado a posição do corpo. Esta é
observada por todo o tempo pelo auditório. Através da postura
equilibrada, bonita e harmoniosa do orador o auditório desenvolve suas
expectativas e isto traz resultados positivos ao mensageiro da palavra.
Porém, as expectativas são frustrantes quando o orador não tem
postura equilibrada, desajustada, feia e sem harmonia.
Quando estes tipos de situações ocorrem o auditório perde o
interesse de ouvir, perdem o interesse de ouvir mesmo quando antes
não saia sequer uma palavra da boca, criando desta forma um nível de

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

desatenção e dispersão muito grande, fato que prejudica de forma


direta todo o desenrolar da prédica.
A postura pode transmitir segurança, insegurança, habilidade
e inabilidade. Mas, como se ter um boa postura? É bem mais simples
do que se pode imaginar o ponto X da postura são os ombros, é
importante saber mantê-los sempre bem alinhados.

4.2 EMOÇÃO
O segundo veiculo de uma comunicação correta é a emoção.
Esta precisa ser bem equilibrada, pois é através dela que o orador vai
agir em harmonia com os seus ouvintes, sem agressividade ou
passividade. Um estado emocional desequilibrado pode trazer sérios
prejuízos, tornando o auditório agressivo, demonstrando resistência e
falta de atenção à mensagem pregada.
Uma emoção equilibrada é de grande valia, pois desarma o
auditório. Um exemplo claro verifica-se se o orador é convidado para
discursar em um ambiente, onde os ouvintes em sua maioria estão
tensos e tristes, no momento em que ele vai se apresentar deverá se
portar com sua platéia com uma emoção equilibrada, através do bom
humor, do riso sincero; recorrendo a estas técnicas o auditório será
apto o suficiente para ouvir o seu discurso.
O orador no desempenho de suas funções precisa trazer
impregnado em seu ser uma fonte do humor que será utilizada no
intuito de envolver a platéia, se ele for bem humorado certamente fará
Pr. Samuel Procópio

com que o seu discurso seja engraçado, divertido, interessante a acima


de tudo eficaz.
O orador jamais deve se apresentar quando perceber que seu
estado emocional desequilibrado. A emoção é oscilante, exatamente
por isso é preciso se utilizar de alguns exercícios, para erguê-la quando
se perceber que seu estado está fora do normal. Diante destas
questões torna-se mister fazer caminhadas, praticar algum esporte ou
fazer alguma outra atividade relaxante. Estas atividades ajudará a
diminuir a tensão e com isso melhorar o seu estado emocional para a
apresentação do discurso.
Nesta conjuntura uma das melhores formas que se tem para
se manter um bom humor é através da técnica de se manter o interior
divertido, isto é manter-se sempre rindo interiormente, porém se
houver alguma dificuldade de utilizar estas técnicas, poderá usufruir de
outra técnica a de pensar em alguma coisa engraçada antes de se
apresentar, pode-se pensar em alguma brincadeira, uma história, uma
música ou um fato qualquer e desde que seja humorado.

4.3 GESTOS

Os gestos são os movimentos do corpo. Estes são de um grau


de importância muito grande no desenvolvimento de uma prédica com

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

os resultados almejados, por isso há a necessidade de se utilizar destes


movimentos com naturalidade e consciência para não se provocar
devaneios no auditório.
Existem dois tipos de comunicação – a comunicação verbal e
a comunicação não verbal que não se utiliza da voz para se comunicar.
Um estudo realizado pelos norte americanos concluiu que os gestos
carregam a maior porcentagem do potencial de um discurso, veja a
seguir de forma mais detalhada cada um destes fatores.
➢ Palavras: são as responsáveis por 7% da capacidade de
convencimento de um discurso;
➢ Voz: é a responsável 38% da capacidade de convencimento
de um discurso;
➢ Gestos: estes representam 55% da capacidade de
convencimento de um disrcurso.
Com base nesta pesquisa percebe-se que os gestos são os
responsáveis pela maior porcentagem de convencimento na
transmissão do discurso. Por esta razão é necessário tomar muito
cuidado com eles, principalmente com os prejudiciais que são: balanço
excessivo do corpo, movimento desordenado constantemente, estes
gestos indicam insegurança, nervosismo e falta de convencimento e
falta de habilidade.
Estas atitudes atrapalham o poder de persuasão ou
convencimento do orador durante a apresentação do discurso,
necessário que o orador seja atento aos gestos e também atento aos
membros do corpo, cabeça, ombros, braços, mãos e pernas.
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4.4 CABEÇA
A posição da cabeça representa o ajuste de todo o corpo. É
considerando a importância da cabeça que ressalta-se que esta em
momento algum durante a prédica deve ficar inclinada para um dos
lados do corpo, não deve ficar excessivamente erguida e nem
excessivamente inclinada; quando fora do nível a cabeça causa uma
desarmonia em toda a postura.
Na maioria das vezes quando a cabeça está excessivamente
baixa indica inferioridade, desanimo, angustias e falta de vontade para
se pronunciar. Os gestos demonstrados pela cabeça são muito
importantes para afirmar e para negar.

4.5 OMBROS
Conforme já mencionado anteriormente os ombros são de
grande valia para o desenvolvimento da postura e estes devem sempre
estarem bem alinhados.
4.6 BRAÇOS
Os braços durante uma prédica, não devem ficar cruzados,
pois isto demonstra para a platéia que o orador está fechado para
receber idéias. Se o discurso for interativo, demonstra ao publico
ouvinte altivez, desinteresse pelo auditório e superioridade. Os braços

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

não podem ficar em constantes movimentos demonstrando um mau


hábito ou irritabilidade.

4.7 MÃOS
As mãos tem sido a causa de preocupações de muitos
ministros da palavra do Senhor, muitos não sabem a posição que
devem ter, onde deve-se deixá-la durante a apresentação. Na arte da
oratória não existem regras quanto ao posicionamento das mãos, mas
todavia existem dicas que podem auxiliar no bom uso das mãos a
exemplo disto menciona-se o ponto zero.
Os movimentos das mãos transmitem uma série de
mensagens que a seguir são descritas:
➢ Mão aberta com a palma voltada para cima significa
disponibilidade para recebimento e interesse pelo assunto. Com
a palma voltada para baixo com alguns resumidos movimentos
indica pedido de calma;
➢ Mão aberta com a palma voltada para baixo com
movimentos para lateral indica rejeição, afastamento e
remoção;
➢ Mão aberta com o polegar pressionado indica força,
vigor e energia.

4.8 PERNAS
O posicionamento das pernas tem sido um fator de essencial
valor na condução do discurso. O adequado posicionamento das pernas
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indicam maturidade, enquanto que mau posicionamento das mesmas


indicam imaturidade do ministrante. Durante a exposição da palavra é
mister evitar algumas coisas que a seguir são detalhadas:
➢ Deve se evitar o balanço ou a batida das pernas, pois isto
indica nervosismo;
➢ Cabe evitar apoiar o corpo sobre uma das pernas, pois isto
indica falta de habilidade
No uso correto das pernas o correto é manter a sola do pé
inteira no chão, transmitindo a sobriedade, o mau posicionamento das
pernas acarreta sérios prejuízos no processo da comunicação.

4.9 VOZ
A voz tem sido um importantíssimo instrumento no
desenvolver das ministrações. A voz carrega o raio X da alma, é por
causa disto que por telefone por vezes se consegue perceber o estado
emotivo da pessoa na qual se está falando, isto só é possível por causa
da voz e da sua tonalidade.
A voz indica diretamente ou indiretamente a dor que perscruta
no ser das pessoas, esta também demonstra alegria, desanimo,
nervosismo e tristeza. São poucos os que conseguem disfarçar a voz
para esconder os sentimentos. A tonalidade da voz constitui um fator

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

indispensável na comunicação a exemplo disto a seguir são destacados


alguns pontos essenciais de serem observados durante a prédica.
➢ Falar alto tem sido um comportamento típico de quem
procura mesmo sem querer chamar a atenção dos que
estão a sua volta, na maioria das vezes estas atitudes
estão diretamente relacionadas a imaturidade de muitos
que não procuram se informar para o desempenho
eficaz e eficiente da prédica;
➢ Falar muito baixo quando utilizada sem cuidados indica
em sua maioria medo, insegurança, sentimento de
impotência perante os ouvintes.
➢ Falar com mansidão está associada a tristeza ou a
alguma raiva escondida ou sentimento de ser um orador
desinteressante.

Diante destas questões é primordial que a voz deve se


moderada, demonstrando a firmeza e a sabedoria de quem fala. Não
pode ser monótona, pois assim finda cansando o auditório em pouco
tempo, a voz é um recurso importantíssimo na condução de uma
mensagem.
Diante desta conjuntura o que é necessário fazer para
melhorar a voz? É bem simples, primeiramente é importante utilizar
bem a respiração, intensidade, velocidade e entonação, a seguir são
detalhados cada um desses de modo que facilite o entendimento.
Pr. Samuel Procópio

➢ Respiração – para que a voz do orador seja agradável é mister


que respire de forma correta. Existem oradores que costumam
falar quando estão inspirando, e continuam falando mesmo
depois de o ar haver acabado, não utilizando o ar de forma
correta. Deve-se durante a fala utilizar-se do diafragma.
➢ Intensidade – é de primordial valor fazer-se treinamentos
para não pronunciar as palavras aos berros, nem sussurros
desordenados para o auditório, pois estas duas maneiras se
pronunciar pode irritar o auditório gerando perda de interesse
de ouvir o orador, levando-os a desviar a sua atenção do
conteúdo concentrando-a nos motivos dos berros e dos
sussurros.
➢ Velocidade- cada tipo de discurso exige uma velocidade
determinada na pronuncia das palavras. Existem quatro graus
de velocidades mais utilizados a rápida, a muito rápida, a lenta
e a muito lenta. Vejamos cada uma dessas a seguir.

I. Rápida – usada para festividade de jovens e


para reuniões de avivamento;
II. Muito rápida – utilizada para narrações de
jogos;

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

III. Lenta – usada para mensagens reflexivas como


poesias e contos;
IV. Muito lenta – utilizada para provocar o sono na
platéia.

4.10 VOCABULÁRIO
Questões relacionadas ao vocabulário são de indispensável
valor na comunicação. Pois é através dele que se transmitem as idéias.
Quando o vocabulário é deficiente jamais se consegue transmitir o que
se pensa e imagina.
O vocabulário ideal é aquele que não é difícil e nem truncado,
bem como não é complicado ou excessivamente sofisticado. O
vocabulário não deve ser pobre e vulgar – o auditório não é atraído por
palavras bonitas, mas sim por um bom discurso. O melhor vocabulário
é aquele que é compreendido por todas as classes sociais e não apenas
por algumas, o vocabulário deve ser semelhante ao utilizado nos
telejornais.

Capítulo 5
Pr. Samuel Procópio

SEIS COISAS QUE NÃO PODEM


FALTAR EM UM ORADOR

I.Naturalidade – o orador deverá se esforçar o máximo que


pode para transmitir aos ouvintes a beleza e a naturalidade,
para que jamais se torne um orador robotizado;
II.Humildade – o orador deve ser simples, jamais deve
demonstrar soberania ou soberba, porque estas atitudes
provocam resistência no auditório;
III.Conhecimento – quem não tem o que dizer só tem um direito
que é o de ficar calado;
IV.Entusiasmo – o orador precisa transmitir ao auditório calor
humano, sempre vibrante durante o discurso;
V.Habilidade – o orador deve portar-se com platéia
demonstrando que é um bom comunicador e que sabe o que
está fazendo;
VI.Estilo – o orador não deve se vestir como um palhaço,
papagaio, nem como um andarilho, de forma que a veste
chame a atenção do auditório do que a sua mensagem, mas
também não deve exagerar na elegância.

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

Capítulo 6
Pr. Samuel Procópio

CUIDADOS COM OS TÓPICOS DAS


MENSAGENS

➢ Fortes
➢ Médios
➢ Fracos
O orador em momento algum deve começar bem e terminar
mau o seu discurso, este precisa sempre ter ao final da apresentação
algo melhor do que no inicio da mesma. Para que tais medidas sejam
implementadas com êxito na prédica é de primordial valor saber dividir
bem a mensagem e fazer uma boa apresentação dos seus tópicos. É
aconselhável usar o tópico que tem o conteúdo mediano primeiro, o
tópico fraco no meio do discurso e o tópico forte por ultimo – no final
do discurso; agindo desta forma o final da mensagem será melhor do
que o inicio.
Torna-se de primordial valor que o orador fique atento com as
ilustrações, não as usando em excesso, bem como não permitir que
uma ilustração ocupe um tempo demasiadamente grande de maneira
que as ilustrações sejam maiores que o discurso.

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

Capítulo 7
Pr. Samuel Procópio

TRÊS MANEIRAS DE TRANSMITIR


UMA MENSAGEM COM SUCESSO

I.Elogiando o auditório – esta desarma o auditório e o torna


mais receptivo a mensagem;
II.Fazendo uma boa introdução – esta deve ter o motivo,
objetivo e lucro:
➢ Motivo – este diz respeito ao porquê do
discurso ou porque do tema escolhido para ser
transmitido;
➢ Objetivo – este visa o que se almeja alcançar
através da transmissão da mensagem;
➢ Lucro – visa mostrar ao auditório os objetivos
que o auditório terá ao ouvir a mensagem a ser
transmitida. Jamais deve-se esquecer que o mundo
onde vive-se é dominado pelo interesse no lucro –
quanto maior o lucro maior o interesse humano.

III.Observar o publico alvo no discurso – uma exemplificação


deste caso sã os jovens que gostam de ouvir mensagens
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Oratória: A arte de falar em suas mãos

desafiantes, que falam sobre sucesso e o futuro, já os idosos


preferem ouvirem mensagens que falam sobre o passado,
historias antigas, etc. Enquanto que o publico feminino gostam
mais de ouvirem sermões sentimentais ou emotivos.

Capítulo 8
Pr. Samuel Procópio

TRÊS MANEIRAS PARA MANTER A


ATENÇÃO DO AUDITÓRIO

I.Criando expectativas no auditório, exemplo “se desejas ouvir


uma mensagem diferente de todas que ouviu, a mensagem
desta reunião impactará a sua vida;”
II.Demonstrando segurança e conhecimento do assunto;
III.Prometendo brevidade e cumprimento, para não apresentar um
discurso modelo espada.
Conta-se que ao termino de uma de suas discursos o orador
foi surpreendido por um de seus ouvintes, que aproximou-se dele
dizendo: “o seu discurso de hoje foi semelhante a uma espada”. O
orador diante destas palavras ficou muito feliz e empolgado, sabendo
que a espada é uma poderosa arma e acreditando que seu discurso
fora considerado pelo ouvinte como poderoso, para não ter dúvidas
sobre o elogio recebido interrogou ao ouvinte o porquê de comparar
seu discurso a uma espada? O ouvinte respondeu: “seu discurso foi
modelo espada porque foi comprido e chato”. É importantíssimo tomar
cuidado com os sermões espada.

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

Capítulo 9
Pr. Samuel Procópio

TRINTA REGRAS PARA UMA


MENSAGEM BEM SUCEDIDA

I. Evite as gírias;
II. Evite as piadas;
III. Evite repetir as mesmas palavras
constantemente;
IV. Evite desculpas;
V. Evite tirar e colocar os óculos constantemente;
VI. Evite exageros de imitações;
VII. Não mexer no cabelo em demasia;
VIII. Evite o auto - elogio;
IX. Não se afaste do tema;
X. Evite repousar o olhar no chão;
XI. Evite colar o olhar no teto;
XII. Evite a monotonia;
XIII. Não exagere no bom humor;
XIV. Não seja malicioso;
XV. Não use hostilidade;
XVI. Evite acusação;
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Oratória: A arte de falar em suas mãos

XVII. Evite falar quando não estiver bem


emocionalmente;
XVIII. Evite firmar posições sobre temas polêmicos;
XIX. Não seja orgulhoso;
XX. Não fale muito baixo;
XXI. Não fale muito alto;
XXII. Evite delongas;
XXIII. Evite gracejos excessivos;
XXIV. Não transforme o púlpito em um saco de
pancadas;
XXV. Evite abotoar e desabotoar o paletó
excessivamente;
XXVI. Evite andar muito;
XXVII. Evite o dedo em riste, ou seja, apontar o dedo;
XXVIII. Não fale depois de acabado o conteúdo;
XXIX. Não subestime o auditório;
XXX. Não agir com arrogância nem antes nem depois
de terminar o discurso.

Capítulo 10
Pr. Samuel Procópio

COMO APRESENTAR-SE DE FORMA


CORRETA

Compreende-se que para se criar uma boa imagem é


necessário que haja um planejamento. Toda pessoa é julgada pela sua
aparência, uma aparência bem cuidada é de grande valor para o
orador. O mundo respeita quem se apresenta bem, isto revela
adequação ao ambiente, elegância, refinamento e classe.
Independente da categoria social. O oposto é verdadeiro. Na
questão da imagem é necessário dosar ousadia e agressividade. Se
assertivo evitando qualquer exagero e a melhor medida. Muita
agressividade assusta e muita passividade decepciona.

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

Capítulo 11
Pr. Samuel Procópio

ORIENTAÇÕES PARA O COTIDIANO

“Palavras bondosas, joviais, animadoras demonstrar-se-ão mais


eficazes do que os melhores remédios.” (autor desconhecido)
➢ Aparência e valores devem estar lado a lado; não
basta apenas ter uma boa imagem fisicamente e
agradável, é necessário ter ética, dignidade,
credibilidade e controle emocional.
➢ Boas maneiras são fundamentais, por isso não
deve se esquecer das quatro palavras poderosas –
obrigado (a), por favor, com licença e desculpe. Estas
são necessárias em todos os momentos da vida e em
variados lugares.
➢ Adotar estilo clean, discreto, porém refinado,
cabelos cuidados, roupas básicas e de bom caimento.
➢ A atenção ao peso e excesso ou falta pode
influenciar numa boa imagem.
➢ Cuidados com perfumes, sempre os utilizando de
forma sutil.

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

➢ Nos guarda-roupas das mulheres devem-se


evitar os modismos, preferindo o estilo clássico.
➢ Para homens as meias devem combinar com a
cor do sapato ou com a calça, não se deve combinar
com a cor da camisa ou da gravata. Meias brancas
somente com calças brancas, o contrário soa
retrógrado.
➢ O cinto deve ser da mesma cor do sapato para
os homens e para as mulheres.
➢ Exercícios físicos e cuidados dietéticos são de
grande necessidade.

Capítulo 12
Pr. Samuel Procópio

DICAS PARA UMA COMUNICAÇÃO


EFICAZ

“Deus nem sempre chama pessoas qualificadas, mas sempre qualifica


as pessoas que chama.” (autor desconhecido)

12.1 OS GESTOS COMUNICAM I

➢ Não coloque as mãos nas costas;


➢ Não cruze os braços;
➢ Não coloque as mãos nos bolsos;
➢ Faça gestos coerentes;
➢ Cuidado com a interpretação dos gestos;
➢ Não seja severo ao gesticular.

12.2 OS GESTOS COMUNICAM II

➢ Coçar a Cabeça = dificuldade de se comunicar ou resolver


questões.
➢ Mãos no peito = narcisismo, defender seus direitos...
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Oratória: A arte de falar em suas mãos

➢ Levantar o indicador = desejo de se comunicar e dar o melhor


de si.
➢ Coçar a Orelha = insatisfação pessoal e carência afetiva.

12.3 OS GESTOS COMUNICAM III

➢ Puxar a ponta do bigode = insatisfação; busca do eu; estimula


a imaginação.
➢ Tocar as mãos com a ponta dos dedos = caráter doce, terno,
romântico.
➢ Gestos largos e agitados = ansiedade; confusão interior;
tendência a histeria.
➢ Ausência de gestos = insensíveis, apáticos, pouca
disponibilidade.

Capítulo 13
Pr. Samuel Procópio

CUIDADOS QUE O ORADOR DEVE


ESTAR ATENTO

➢ Não utilize recursos visuais em excesso.


➢ Não substitua o homem pela máquina.
➢ Não faça transparências ou slides com muitas
palavras.
➢ Vá prevenido com extensão, transformador.
➢ Observe o uso do microfone.
➢ Nunca pegue no microfone se você estiver na
água...
➢ Nunca chegue na hora. Chegue antes da hora.
➢ Cuidado com a aparência...
➢ Prepare-se para toda sorte de
imprevistos.Queda de luz; bêbados; desmaios; esquecer o
sermão; barulhos... etc.
➢ Olhe bem o que vai pregar, quando pregar
sermões de outros..., cuidado com as imitações.
➢ Não cruze os braços.
➢ Não coloque as mãos nos bolso
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Oratória: A arte de falar em suas mãos

➢ Não coloque as mãos atrás das costas.


➢ Cuidados com a voz - garganta:
➢ Não grite; Tome jato de água fria após o
banho;
➢ Não tome ou coma nada gelado;
➢ Evite correntes fortes de ar;
➢ Não ande com sapatos molhados;
➢ Nada deve impedir a boa respiração: postura,
roupas apertadas;
➢ Ter regularidade no comer; repousar cedo e o
suficiente.
➢ Tenha certeza que a mensagem está de acordo
com o seu público.

13.1 A INFLUÊNCIA DAS CORES

O uso de cores acelera o aprendizado e aumenta a motivação.


➢ Vermelho = Estimula
➢ Azul = Acalma
➢ Amarelo = Atenção
➢ Verde = Crescimento
➢ Cinza = Estabilidade

13.2 PENSAMOS
70% Passado
Pr. Samuel Procópio

25% Futuro
5% Presente

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Oratória: A arte de falar em suas mãos

Capítulo 14
Pr. Samuel Procópio

COMO AUMENTAR O PODER DA


PALAVRA

"O homem que lê é cheio. O homem que escreve é exato. O


homem que fala é pronto."

➢ Ler mais (principalmente a Bíblia).


➢ Usar o dicionário bíblico.
➢ Evitar as palavras complicadas.
➢ Pronunciar frases com sentido.
➢ Pedir para outros corrigirem seus erros.
➢ Nunca usar palavras de significado desconhecido para você.
➢ Tenha certeza que a mensagem tocou profundamente em
você primeiro.
➢ Mude de vez em quando o tom e a intensidade da voz.
(Ênfase, Ritmo.)

14.1 ISTO VOCÊ PODE E DEVE FAZER

➢ Usar de bom humor apropriado na apresentação.


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Oratória: A arte de falar em suas mãos

➢ Descobrir as necessidades do grupo.


➢ Procurar de início, coisas em comum ou pessoas conhecidas.
➢ Use recursos visuais quando possível.
➢ Faça contato visual com o maior número de pessoas possível.
➢ Tenha pelo conhecimento do que vai apresentar.
➢ Use gestos apropriados.
➢ Ficar dentro do assunto.
➢ Sempre use uma ilustração, uma história ou uma experiência.
➢ Usar a Bíblia é essencial, pelo menos um texto.

14.2 ISTO VOCÊ NÃO DEVE FAZER

➢ Não contar piadas.


➢ Púlpito não é "metralhadora" nem é fuzil...
➢ Não use recursos visuais em excesso.
➢ Não use slides ou transparências com muitas palavras.
➢ Não ignore as reações do público.
➢ Não entre em debates.
➢ Não diga coisas sem ter certeza.
➢ Não ignore o conhecimento do público.
➢ Não pergunte se pode continuar ou terminar o sermão.

Capítulo 15
Pr. Samuel Procópio

COMO USAR O MICROFONE?

Seria difícil imaginar os dias de hoje sem a presença do


microfone. Sua utilidade é incontestável. Ele permite que a
comunicação do orador seja mais natural e espontânea, possibilitando
falar a grandes platéias da mesma forma como se conversa com uma
ou duas pessoas. Mesmo possuindo todas essas qualidades, o
microfone, muitas vezes, é visto como um terrível inimigo, chegando a
provocar pânico em determinados oradores, principalmente naqueles
menos habituados com a tribuna. Isso ocorre por não se observar
certos procedimentos elementares, mas de capital importância a uma
boa apresentação. Vejamos, de forma resumida, o que deve ser feito
para o bom uso do microfone:
Microfone de lapela Este tipo de microfone praticamente
não apresenta grandes problemas quanto à sua utilização; ele é preso
na roupa por uma presilha tipo "jacaré", de fácil manuseio. É muito útil
quando se pretende liberdade de movimentos na tribuna. Para usá-lo
bem, basta atentar aos itens que passaremos a comentar.
➢ Ao colocá-lo na lapela, na gravata ou na blusa, procure deixá-
lo na altura da parte superior do peito, pois ele possui boa

45
Oratória: A arte de falar em suas mãos

sensibilidade e a essa distância poderá captar a voz com


perfeição.
➢ Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum observar
oradores segurando, enrolando, ou torcendo o fio do
microfone. Já presenciamos casos que se mostraram cômicos;
em um deles, sem perceber, o orador começou a enrolar o fio
do microfone e, quando chegou ao final da apresentação,
assustou-se ao verificar que esta com mais de dois metros de
fio nas mãos.
➢ Outra precaução importante a ser tomada ao usar o microfone
de lapela é a de não bater as mãos ou tocar no peito com
força, próximo ao microfone, enquanto estiver falando, porque
esses ruídos também são ampliados, prejudicando a
concentração e o entendimento dos ouvintes.
➢ É perigoso fazer comentários alheios ao assunto tratado de
qualquer microfone, porque sempre poderão ser ouvidos. No
caso do microfone de lapela o problema passa a ser muito mais
grave por causa da sua alta sensibilidade. Ele permite captar
ruídos a uma considerável distância. Isto sem conta que, preso
na roupa, sempre o acompanhará.
➢ Talvez não seja necessário fazer este tipo de comentário, mas
como já presenciamos inúmeros ocorridos desagradáveis, vale
a pena alertar o orador para que não se esqueça de retirar o
microfone quando terminar de falar e for sair da tribuna.
Pr. Samuel Procópio

Microfone de pedestal Este tipo de microfone exige


maiores cuidados para sua melhor utilização. É um microfone mais
comum e encontrável na maioria dos auditórios. Veja agora o que
deverá fazer para evitar problemas e melhorar as condições de sua
apresentação.
➢ Inicialmente verifique como funciona o mecanismo da haste
onde o microfone se sustenta e se existe regulagem na parte
superior onde ele é fixado. Treine esses movimentos,
abaixando e levantando várias vezes a haste, observando
atentamente todas as suas peculiaridades. Evidentemente essa
tarefa deverá ser realizada bem antes do momento de se
apresentar, de preferência sem a presença de nenhum ouvinte.
Se isto não for possível, verifique a atuação dos outros oradores
mais habituados com o local e como se comportam com o
microfone que irá usar.
➢ Já familiarizado com o mecanismo de regulagem da altura,
teste a sensibilidade do microfone para saber a que distância
deverá falar. Normalmente a distância indicada é de dez a
quinze centímetros, mas cada microfone possui características
distintas e é prudente conhecê-las antecipadamente. Se
durante o teste estiver acompanhado de um amigo ou

47
Oratória: A arte de falar em suas mãos

conhecido, peça que ele fique no fundo da sala e diga qual a


melhor distância e qual a altura ideal da sua voz.
➢ Ao acertar a altura do microfone, procure não deixar na frente
do rosto, permitindo que o auditório veja o seu semblante.
Deixe-o a um ou dois centímetros abaixo do queixo.
➢ Ao falar, não segure na haste e fale sempre olhando sobre o
microfone; dessa forma o jato da voz será sempre captado:
assim, quando falar com as pessoas localizadas nas
extremidades da sala, ou sentadas à mesa que dirige a reunião,
normalmente posicionada no sentido lateral, gire o corpo de tal
maneira que possa sempre continuar falando com os olhos
sobre o microfone.
➢ Fale, não grite, isso mesmo, aja como se estivesse conversando
com um pequeno grupo de amigos. Isso não quer dizer que
deverá falar baixinho, sem energia; ao contrário, transmita sua
mensagem animadamente, com vibração, mas sem gritar.
➢ Se for preciso segurar o microfone com a mão para se
movimentar na tribuna, o cuidado com o jato de voz deverá ser
o mesmo; nesse caso não movimente a mão que segura o
microfone e deixe-o sempre à mesma distância.
O microfone de mesa requer os mesmo cuidados já
mencionados, com a diferença de normalmente ser apoiado sobre uma
haste flexível. Ao acertar a altura não vacile, faça-o com firmeza e só
comece a falar quando tiver posicionado da maneira desejada.
Pr. Samuel Procópio

Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes


de aceitar ou recusar, analise algumas condições do ambiente. Se os
outros falaram sem microfone e se a sala não for muito ampla e
permitir que a voz chegue até os últimos ouvinte, sem dificuldade,
poderá recusá-lo. Se alguns oradores se apresentaram valendo-se do
microfone, ou se sentir que o tamanho da sala e a acústica impedirão
sua voz de chegar bem até os últimos elementos da platéia, aceite-o.
Se o microfone apresentar problemas e você perceber que
eles persistirão, desligue-o e fale sem microfone. Não peça opinião a
ninguém sobre essa atitude. A apresentação é sua e você é o
responsável pelo seu bom desempenho. O microfone deve ajudar a
exposição. Se, ao contrário, atrapalhar, é preferível ficar sem ele.

49
Oratória: A arte de falar em suas mãos

Capítulo 16
Pr. Samuel Procópio

TESTE: VOCÊ SABE SE COMUNICAR


COM CLAREZA?

1 - Que quantidade de informações você acha que consegue


assimilar enquanto escuta alguém?

A - O dobro das que estão sendo transmitidas


B - somente as que estão sendo transmitidas
C - Dez vezes mais do que as que estão sendo transmitida

2 - Quando uma pessoa fala com você, qual sua atitude?

A - Você escuta, e só
B você se esforça para demonstrar atenção
C - Você interrompe freqüentemente seu interlocutor

3 - Se você acha que a pessoa com quem está conversando


esconde algo que lhe interessa saber, como você entra no
assunto?

51
Oratória: A arte de falar em suas mãos

A - Pergunta se não há mesmo mais nada a ser dito


B - Sugere que talvez vocês estejam se esquecendo de falar sobre
algo importante
C - Cobra diretamente a informação

4 - O que você definiria exatamente como uma "pergunta


fechada"?

A - Aquela cuja resposta só pode ser sim ou não


B - É uma pergunta que não tem resposta
C - É uma pergunta indiscreta
5 - Se, ao longo de uma conversa, seu interlocutor diz uma
palavra que você nunca ouviu, você:

A - Pede explicações, sem constrangimentos


B - Força o significado da palavra no contexto, para ver se assim
consegue entendê-la
C - Simplesmente continua a conversa

6 - Quando você encontra uma pessoa pela primeira vez, como


é seu comportamento?

A- Deixa que o outro fale


Pr. Samuel Procópio

B - Procura dividir a conversação


C - Você fala o tempo todo

7 - Se você tiver que escrever uma carta sobre um assunto


delicado, como a redige?

A - Com precisão, mas usando um tom coloquial


B - Em termos absolutamente formais, aplicáveis ao caso
C - Refere-se apenas ao essencial, em poucas palavras

8 - Já é uma tese firmada que a comunicação interpessoal é


formada por palavras - a comunicação verbal - e por gestos e
maneirismos - a comunicação não verbal. Em que parcelas
você acredita que essas duas formas de expressão acontecem
numa conversa?

A - Um terço de comunicação verbal e dois terços de comunicação


não verbal
B - Meio a meio
C - Um terço de comunicação não verbal e dois terços de
comunicação verbal

53
Oratória: A arte de falar em suas mãos

9 - Seu interlocutor fala, fala, mas não chega a concluir o


pensamento. Qual a sua atitude?

A - Chama delicadamente sua atenção para o fato


B - Escuta passivamente
C - Interrompe a conversa

10 - De repente, você tem uma frase brilhante na ponta da


língua, mas se a disser corre o risco de interromper a conversa.
O que você faz?

A - Fica de boca fechada


B - Arma uma expressão divertida, esperando que seu interlocutor
pergunte qual o motivo do seu ar de riso
C - Interrompe a conversa, para não perder a oportunidade
11 - A pessoa com quem você está conversando não entendeu
muito bem uma idéia que você acabou de expor. Como você
reage?

A - Preocupa-se em reformular a questão de outra maneira, mais


compreensível.
B - Repete o conceito exatamente como da primeira vez
C - Zanga-se
Pr. Samuel Procópio

12 - Durante uma conversa, pode acontecer de você revelar


mais do que gostaria sobre o assunto em questão, e isso o
preocupa. Você então:

A - Vai com calma, e dá apenas as indicações necessárias ao caso


B - Procura falar o menos possível
C - Escapa usando uma linguagem obscura e confusa

13 - Em certo momento, seu interlocutor tem uma reação


idêntica à sua em ocasiões semelhantes. Como você a julga?

A - Procura entendê-la dentro do contexto da pessoa com quem está


falando
B - Dá a ela o mesmo significado que teria se fosse sua própria
reação
C - Simplesmente ignora o fato

13 - Você não entende bem um determinado conceito, numa


pergunta que lhe foi feita. Ao responder, como você age?

A - Diz claramente que não entendeu e pede uma nova explicação

55
Oratória: A arte de falar em suas mãos

B - Não responde
C - Você generaliza

15 - Você quer convencer a pessoa com a qual está


conversando sobre uma decisão a ser tomada, mas nota sua
relutância. O que você faz?

A - Pergunta por que tem dúvida sobre a decisão em questão


B - Espera por outra ocasião mais adequada para um trabalho de
convencimento
C - Insiste com seus argumentos
14 - Alguém lhe faz uma pergunta embaraçosa. Qual a sua
reação? A - Diz que prefere não responder
B - Inventa uma mentira
C - Zanga-se

AVALIAÇÃO
As respostas A valem três pontos. Para as respostas B, marque dois
pontos, e um ponto para as respostas C. A seguir, veja seu poder de
comunicação:
De 48 e 40 pontos - Você sabe, realmente, se fazer entender. E não
apenas consegue expressar-se com clareza como demonstra as
habilidades de um bom ouvinte. Numa conversa, você é sempre aquela
pessoa que fica à vontade, ainda que atenta, e qual não demonstra
Pr. Samuel Procópio

sinais de tensão ou nervosismo. Outra qualidade sua é não se sentir


na obrigação de dar sempre uma resposta brilhante às perguntas que
lhe são feitas.
De 39 a 26 pontos - A maioria das pessoas fica nesta marca. Se este é
o seu caso, considere que talvez você fale um pouco demais, e tenha
prazer em escutar a própria voz. Você se comunica bem ainda assim,
mas poderia melhorar seu desempenho se tentasse dar mais espaço
aos outros participantes de uma conversa. Todo mundo vai sair
lucrando, na medida em que diminuírem os "ruídos" da comunicação.
De 25 a 16 pontos - Não é possível deixar de reconhecer que aqui há
problemas de comunicação. Se este é o seu caso, será necessário um
empenho extra para superar as dificuldades. Mas vai valer a pena, na
medida em que seu relacionamento com os outros melhorar - e
também a qualidade de seus negócios.

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Oratória: A arte de falar em suas mãos
Pr. Samuel Procópio

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das considerações mencionadas neste curso de oratória,


deixa-se claro que no uso da oratória ao ministrar a palavra do Senhor
deve-se estar atento ao uso adequado da Bíblia, estar a atento às
ilustrações ou testemunhos, sempre trazendo aos ouvintes novidades,
não ficar decorando mensagens de outros pregadores, repetindo por
vezes as mesmas palavras, e por fim não se esquecer de fazer o apelo,
convidando pessoas que desejam seguir a Jesus aceitando-o. E por fim
toda mensagem deve terminar exaltando o nome de Cristo e a sua
vinda, e não a própria exaltação.
Utilizando-se dessas considerações certamente a oratória será
mais eficaz e eficiente trazendo os resultados esperados. Não são as
capacidades que agora possuís ou haveis de possuir que vos darão
êxito. É o que o Senhor pode fazer por vós. Deveríamos depositar muito
menos confiança no que o homem é capaz de fazer, e muito mais no
que Deus pode fazer para cada alma crente.

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