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Smart Money Concepts - @marraik

SUMÁRIO
1. Estruturas do Mercado
1.1 Conceito
1.2 O Preço é Fractal
1.3 Higher High/Low – Lower High/Low
1.4 Swing Points - Sub Structure
1.5 Strong High/Low vs Weak High/Low
2. Quebras de Estrutura
2.1 BoS (Break of Structure)
2.2 CHoCH (Change of Character)
3. Zonas de Liquidez
3.1 O que é Liquidez?
3.2 Tipos de Liquidez
3.3 Liquidez interna vs externa
3.4 Inducement - O vilão
3.5 Tipos de Manipulação
3.6 Como Identificar Liquidez?
4. Supply e Demand
4.1 Conceito
4.2 Criação das Regiões
4.3 Order Block
4.4 Tipos de Order Block
5. Alguns termos e conceitos importantes
5.1 IFC (Institutional Funded Candle)
5.2 Mitigation
5.3 VSR – V-Shape reversal
5.4 Flip
5.5 Sweep/Stop Hunt
5.6 Failure Swings
5.7 Whipsaw
5.8 Momentum
5.9 Imbalance
5.10 POI
5.11 Premium & Discount
5.12 Níveis Institucionais (key levels)
5.13 Avaliação das Tendências
5.14 Compression
5.15 CPE – Close Proximity Entries
6. Sessões
6.1 Sessão Asiática
6.2 Sessão Londres
6.3 Sessão New York
6.4 Importância e Movimentação das Sessões
6.5 Kill Zones
6.6 ICT Judas Swing
6.7 Lunchtime
6.8 Melhores Horários para Operar
6.9 AMD – Acumulação, Manipulação e Distribuição
6.10Daily Bias
6.11 O Ciclo do Preço (IPDA)
6.12 Ciclo Mensal
6.13 Dias da Semana
6.14 ADR Average Daily Range

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7. Sentimento do mercado
7.1 Relatório COT
7.2 Moedas Cruzadas e Correlações
7.3 DXY – Índice Americano
8. HTF e LTF (higher time frame/lower time frame)
8.1 Refinamento de Tempos Gráficos
8.2 Refinamento de POI
8.3 Quem está no Controle?
8.4 Alinhamento de Fluxo de Ordens
9. Fibonacci
9.1 Como Traçar no Gráfico
9.2 OTE
10. Wyckoff
10.1 Introdução
10.2 As Três Leis de Wyckoff
10.3 Acumulação/Reacumulação
10.4 Distribuição/Redistribuição
10.5 Eventos
11. Tipos de Entradas
11.1 Risk vs Confirmation
11.2 Setups de Entradas
11.3 Regra dos 70%
11.4 Critérios para Entradas
11.5 Exemplos
11.6 Como Começar uma Análise - Trading Plan
12. Gerenciamento de risco
12.1 Gerencie suas Operações
12.2 É isso que vai te manter vivo
13. Psicológico
13.1 O fator mais importante
13.2 Aprenda a montar uma rotina
13.3 Crenças Limitantes
13.4O loss vai acontecer

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Terminologia

BoS – Break of Structure – Quebras de estruturas


mBoS/MBoS – Minor/Major Break of Structure – Quebras de estruturas menores/maiores
CHoCH – Change of Character - Quebras de estruturas e mudança de caráter/tendência
IOF – Internal Order Flow – Fluxo interno da estrutura
POI – Point of interest – Regiões/Zonas no gráfico que marcamos com possível volta do preço
FVG/Imb – Desequilíbrio no preço
IDM – Inducement – pontos de liquidez próximos de POI
Liquidity grabb – A captura de liquidez em uma determinada região/nível
HTF – Higher time frame – Tempo gráfico grande (4h~)
LTF – Lower time frame – Tempo gráfico menor (segundos~15m*)
OB – Order Block – Zonas institucionais
EqL – Equal Low – Fundos iguais
EqH – Equal High – Topos iguais
BSL – Buy side liquidity – Região de liquidez que fica nos topos
SSL – Sell side liquidity – Região de liquidez que fica nos fundos
HH – Higher high – Alto mais alto
LL – Lower low – Baixo mais baixo
LH – Lower high – Alto mais baixo
HL – Higher low – Baixo mais alto
IPDA – Inter-Bank Price Delivery Algorithm – Entrega do preço baseando-se nos algoritmos
inter bancário. Os dados e base de níveis de preço que os robôs devem executar em determinado
espaço de tempo.

*Muitas pessoas chamam 15m de tempo médio e consideram LTF dos segundos até 5m. Isso é
bem relativo e vai de cada um. O que importa é sua execução!

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Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. Nenhuma parte deste material,
sem autorização prévia do editor, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os
meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

Autor: Marcos Leitão


Detentor de Direitos Autorais: Marcos Leitão
Título: Smart Money Concepts – Um modo de operar o mercado financeiro seguindo as pegadas
das grandes instituições
Edição: 1
Ano: 2022
Local: Recife/PE – Brasil
Contatos com o autor:
marralyck@gmail.com
@marraik – Instagram, Telegram e Youtube.

O autor desta obra não assume qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a
pessoas ou bens originados do uso deste material. Investir em renda variável é uma aplicação de
alto risco e requer conhecimento. O material não faz recomendação de compra/venda de
nenhum ativo. São conceitos sobre como analisar o mercado financeiro e dicas para análises e
operações.

Esta obra foi legalmente registrada em https://www.autoriafacil.com/ e possui certificado


auditável que possui validade legal no Brasil e no exterior.

Copyright © todos os direitos reservados - 2022.

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Prefácio

Operar conforme os Market Makers, é operar seguindo seus rastros e tomando cuidado para não
pisar nas armadilhas que eles deixam para trás. É seguir os tubarões, porém você não é uma
sardinha como boa parte do mercado. Você já é um peixe grandinho.
Um mercado com uma liquidez diária de trilhões de dólares se movimentando 24h por dia de
domingo à sexta, seria muita ingenuidade achar que nos bastidores não haveria algo em que
influenciasse os preços, não é mesmo?

¹ Grandes instituições financeiras ao redor do mundo, bancos, fundos, hedges, big


players. A mão pesada do mercado. Quem realmente faz o show acontecer.
² Boa parte das pessoas que operam de força irracional, iniciantes, traders ansiosos, etc.

Por um lado, o amador é algo bom para o mercado. Pois eles são os peixes que mordem a isca
que são colocadas pelos grandes pescadores. São eles quem caem nas armadilhas dos M.M
(Market Makers), gerando assim liquidez para ser liquidado, ou seja, o mercado precisa dessa
liquidez diária para ter movimento e volatilidade. E o varejo faz muito bem esse papel.
A história se repete todo dia e todo tempo, os MM’s criam padrões, fazem induções para as demais
pessoas colocarem suas ordens em regiões específicas e estrategicamente calculadas, eles caem
nas armadilhas e são colocados para fora do mercado.
A questão não é menosprezar quem opera figuras gráficas como, OCOI, triângulo descendente,
suporte e resistência, bandeira, flâmulas, etc., esse pessoal consegue sim, claro, ser consistente no
mercado e fazer suas entradas. O que estamos falando é que, operar de forma inteligente com o
Smart Money Concepts, te dá o direito de enxergar o gráfico de outro modo, com mais clareza.
Eu diria que entender os conceitos de Smart Money e saber como esses caras operam, é como

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você ter uma lanterna tática militar de 5 milhões de lumes em uma sala totalmente escura,
enquanto os demais estão com um candeeiro e os amadores que não entendem quase nada do
mercado estão com uma vela. É como se quem opera com esses conceitos, está um passo à frente
dos demais. Quem chega primeiro bebe a água do rio.

Obs.: Este material é para quem já tem uma noção básica do mercado financeiro. São
conceitos e dicas básicas e avançadas para quem procura aprender sobre Smart
Money/Trading Institutional.
Obs.²: Esse material foi exposto à venda exclusivamente em plataformas especiais. Se você
comprou de terceiros ou por outros meios sem ser de canais oficiais de @marraik, você foi
enganado!

Notícias

Sempre bom antes de abrir o gráfico, entrar em algum site de notícias e verificar se naquele
momento haverá alguma notícia importante para o par de moeda ou de alguma sessão específica.
https://br.investing.com/economic-calendar/
https://www.forexfactory.com/calendar
Procure por notícias de 2 e 3 estrelas. São as mais relevantes.
Geralmente quando há uma notícia quentinha naquele horário, o mercado tende a reagir de alguma
forma, portanto, sempre bom ficar atento no que acontece na economia global.
Não operamos notícias, mas sempre ficamos de olho em relação aos relatórios e na mídia.
Interessante operar minutos antes ou depois das notícias importantes.

AVISO:
Existem várias nomenclaturas que são abordadas neste material, que você poderá encontrar por
aí com outras siglas e nomes. Algumas pessoas mudam e deturpam as definições e acabam
repassando para os demais. Mas no final é o mesmo conceito, a mesma ideia. Caso tenha alguma
dúvida de alguma sigla ou conceito no começo do material, não se preocupe, no decorrer dos
capítulos será explicado. Então você volta para a parte que viu pela primeira vez e lê novamente,
certo?

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Estruturas de Mercado

Conceito

A primeira coisa a se notar e uma das mais importantes ao analisar o mercado, são as estruturas
de mercado que chamamos de Market Structure. É onde identificamos a direção da tendência.
Para identificar as estruturas de mercado, nós focamos em high e low points e como o preço reage
aos high’s e low’s anteriores.
Estruturas, como o nome já diz, são formações gráficas que o preço deixa com seus movimentos.
São as direções que o preço faz. Sabemos que o mercado existe a tendência de alta (bullish),
tendência de baixa (bearish) e a tendência lateral (consolidação), que particularmente creio que
acontece na maioria das vezes, pois é a fase em que o mercado está construindo liquidez e fazendo
acumulações para seguir sua ordem após haver a liquidação (captura de liquidez).

O preço é fractal

Na geometria, fractal é um objeto em que suas partes separadas repetem os traços de todo
completo. Ou seja, quando dizemos que o preço é fractal, dizemos que a estrutura, o movimento
que o preço faz no tempo gráfico de 15 segundos, também encontramos num gráfico de 4h por
exemplo. São os mesmos movimentos que podemos enxergar em qualquer tempo gráfico.

Higher High/Low – Lower High/Low

São pontos em que o mercado nos deixa um swing point, um ponto extremo que caso seja
quebrado após uma retração em seguida de um impulso, provável que crie outro swing.
Regiões de HH, HL e LH, LL são importantes por serem extremidades daquela pernada específica.
Precisamos analisar direito sempre um time frame maior para verificar todo o contexto. Lembre-
se, o contexto é muito importante. Contexto que eu digo são as regiões a esquerda do gráfico,
zonas e pontos que já foram formadas minutos, horas ou até dias no momento de sua análise.
Higher High/Low, são topos e fundos ascendentes, ou seja, movimento de alta (bullish), e Lower
High/Low, são topos e fundos descendentes, movimento de baixa (bearish).

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Higher High/Low – Bullish

Observe acima, o preço vem de uma pernada de alta (bullish), fazendo topos e fundo ascendentes
(HH e HL). Em um gráfico diário, dentro de um impulso ou retração, o preço faz outros
movimentos em um tempo menor que são os mesmos movimentos de uma tendência maior, como
veremos a seguir:

Esse primeiro movimento preto é de um tempo gráfico menor que está dentro da pernada maior.
E é o mesmo movimento em azul em um tempo gráfico maior.

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Vamos entender como realmente uma estrutura do mercado se parece na prática:


1. Por que o ponto 1 não é nosso higher low? Porque quando o preço fez um novo topo
(ponto a), esse movimento de baixa quebrou o nível desse ponto 1. E agora o nosso
verdadeiro higher low é o ponto 2. O ponto 1 se tornou um ponto de liquidez;
2. Por que os pontos “b” não são nossos higher high? Porque o movimento a partir do ponto
2, não rompeu o nível do ponto “a”, e por esse mesmo motivo, o ponto “c” também não
é considerado um higher low. Com essa falha de rompimento, os pontos “b” se tornam
pontos de liquidez para serem rompidos em breve. Tudo que existe entre essas duas linhas
paralelas horizontais entre o ponto “a” e o ponto “2” é uma subestrutura, um fluxo interno.

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Lower High/Low – Bearish

O mesmo conceito aplica-se para movimentos de baixa.


Em um movimento de tendência bearish em um tempo maior, existem movimentos em um time
frame menor. Por isso a importância de sempre olhar tempos diferentes nas análises.

Um lower high (LH) só é confirmado quando há uma quebra de estrutura (BoS) do último lower
low (LL), e em seguida irá criar outro lower low.

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É assim que uma estrutura de topos e fundos ascendentes (HH/HL) e topos e fundos descendentes
(LH/LL) é formada. E tudo que há entre esses dois pontos no tempo gráfico que estamos
analisando no momento, nós chamamos de subestruturas (sub structure) que veremos agora.

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Swing Points / Sub Structure

Já temos uma noção do que é Higher High/Low e Lower High/Low. Agora vamos entender
subestruturas que são formadas nas retrações e impulsos dessas pernadas.
Como mostrado na figura acima, dentro de um movimento de alta, existem subestruturas menores
que são formadas até chegarem nas regiões em que os bancos desejam. São regiões que devemos
ficar atentos pois podem nos dar uma boa oportunidade de entrada.

Swing Points

São pontos extremos da estrutura onde ocorrem as quebras (CHoCH/BoS). São regiões que
formam os nossos HH, HL, LH e LL.
Sempre um ponto respeitando o próximo sem os mesmos serem rompidos. Caso ocorra um
rompimento de estrutura de um swing anterior, podemos ter uma mudança de tendência ou uma
continuação.

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O ponto (1) não é nosso swing point, pois foi rompido pelo ponto (2)

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Sub Structure
Subestruturas, são estruturas menores formadas em uma retração ou impulso de um tempo gráfico
maior. O mercado não se move como geralmente vemos em uma breve pesquisa no Google.
Acontece que, quando ocorre topos e fundos ascendentes/descentes, nessas retrações e impulsos
existem estruturas pequenas que vão em direção a demandas e ofertas para, na maioria das vezes,
tocar essas regiões e então seguir o fluxo. Caso aja uma quebra de estrutura e uma quebra de um
swing point anterior, provavelmente o mercado irá fazer outro swing point. Vamos entender com
alguns exemplos abaixo;

Bullish trend

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A subestrutura será o tempo gráfico menor dentro da estrutura maior. O preço é fractal. Então a
estrutura que é formada em 4h também podemos observar sendo feitas em 5m.
Vamos supor que estamos numa estrutura de 4h, e em 15m existem as subestruturas dessa pernada
maior. Se você for em 15m e diminuir mais ainda o tempo para 1m por exemplo, os movimentos
em 1m podem ser subestruturas da estrutura de 15m. Está tudo interligado. Usamos esse conceito
para identificar se estamos diante de uma reversão ou de um impulso de uma onda maior. Será
esse tipo de visão que você deve adotar ao fazer uma análise.

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Bearish trend

Repare que no final de uma subestrutura o mercado faz a reversão e volta a testar a supply formada
com o movimento a partir de um swing point.

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Sempre ficamos atentos a estrutura macro. Entenda onde você está pisando para saber mais ou
menos onde poderá colocar seu alvo. Muitas vezes você vai fazer uma operação no começo de
uma subestrutura e talvez você esteja no começo de uma retração da estrutura maior.
Como podemos identificar quando um movimento é forte ou fraco a ponto de quebrar um swing
point? É o que vamos ver agora.

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Weak High & Strong Low

Topo fraco e fundo forte.


São pontos do gráfico acompanhado de um movimento que quebra uma estrutura (swing point),
Nós identificamos um high/low como fraco quando não rompe um swing point anterior e, um
high/low como forte quando esse movimento quebra um swing point.

Repare na figura acima, os pontos em vermelho são nossos topos fracos (weak high), pois com o
movimento da retração em vermelho, esse deslocamento que veio do topo não foi forte o
suficiente para romper um fundo anterior. O fundo 2 não rompe o anterior 1, o fundo 3 não
rompe o anterior 2 e assim em diante. E se um topo é fraco e há reação em um fundo forte,
nosso alvo será o topo fraco, uma vez que começamos a desenhar uma estrutura bullish.
Em movimento de alta, o nosso fundo será forte, pois irá quebrar os swings high anteriores. É o
impulso comprador que quebra as zonas dos vendedores.

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Vamos entender a imagem acima:

• O ponto 1 é o primeiro swing low, que a partir daí, forma um novo topo, o ponto 2;
• O ponto 2 com o movimento de baixa não tem força suficiente para romper o ponto 1,
então ele se torna um topo fraco, ou seja, um weak high. E quando um ponto fraco é
formado, seja topo ou fundo, na grande maioria das vezes ele será um ponto que vai ser
quebrado, pois é assim que as estruturas são formadas;
• O ponto 3 que veio do ponto 2, não quebrou o ponto 1. Agora, o ponto 2 se torna fraco e
será o nosso próximo alvo, esse movimento de quebra de swing points nos diz que
aquele swing point foi forte, ou seja, nós temos o nosso strong low.
• O mesmo esquema acontece com o ponto 4 que veio do strong low (ponto 3). O ponto 4
não consegue romper o ponto 3 e acaba formando um ponto 5, que a partir dali
começará o impulso que será o próximo strong low que vai quebrar o weak high (ponto
4).

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Strong High & Weak Low

Topo forte e fundo fraco. O mesmo conceito aplica-se em uma tendência bearish (de baixa),
onde o strong high quebra as demand e fazem o BoS. Nos dizendo que o mercado está com uma
tendência de baixa, com LH e LL sendo formada.

Preste atenção na figura acima, o swing low em vermelho com esse movimento da linha
vermelha, não tem força o suficiente para romper os topos anteriores, o topo 2 não rompe o topo
1, o topo 3 não rompe o topo 2, e por aí vai. Isso indica que esse ponto em vermelho e todo esse
movimento é o nosso weak low, e, consequentemente será nosso alvo com o então formado,
strong high, um topo forte que consegue quebrar o swing point (fundo da estrutura).

Dica:

• Strong points (topo ou fundo) são movimentos que quebram os weak points (topo ou
fundo);
• Todo weak point, torna-se um possível alvo, pois são as formações das estruturas.

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Very Strong high


Acontece quando em uma estrutura de baixa, o preço rompe um swing point anterior,
capturando a liquidez que havia naquela faixa de preço e após a captura, há um movimento
brusco.

O weak low não tem forças para quebrar o high da estrutura


o strong high tem forças para quebrar o low da estrutura
mas aí entra o very strong high, um movimento repentino que captura a liquidez
existente nos níveis acima das high, e após isso nós identificamos claramente um movimento
agressivo no mercado no sentindo contrário.

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Very Strong low

O preço rompe o strong low anterior, isso dá um extremo poder a esse movimento. Lembre-se
de fazer uma entrada em um VSL/VSH ao diminuir o tempo gráfico e observar a varredura de
liquidez.

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Quebras de Estruturas

A maioria das nossas entradas será quando houver essas quebras nas estruturas. Quando nós
marcamos nossa zona de interesse, esperamos que o preço chegue naquela região e faça uma
quebra na estrutura para confirmar nossa entrada.
Quebras de estruturas acontecem o tempo todo no gráfico, por isso é importante a gente sempre
treinar os olhos na tela para saber exatamente e provavelmente o que irá acontecer. Nós temos o
BoS e CHoCH.

BoS – Break of Structure ou BMS – Break in Market Structure

Vamos começar com o BoS (break of structure). No capítulo 1, aprendemos que as estruturas do
mercado acontecem com criação de padrões que já estamos bastante familiarizados. Em uma
tendência bullish é formado HH e HL e em uma tendência bearish, é criado LH e LL.
Quando existe um movimento de alta com topos e fundos ascendentes, nós estamos diante de
um cenário ao qual o início da retração será o swing point a ser quebrado em breve quando
começar o impulso do strong low. A quebra desse nível de preço nós chamamos de BoS (quebra
de uma estrutura).
A diferença entre BoS e CHoCH é que o BoS continua a tendência naquele momento, enquanto
CHoCH “muda” a tendência naquele momento – mas cuidado, nem sempre o CHoCH irá
reverter a tendência. Em breve explicarei.
Existem três tipos de BoS que as pessoas consideram, vamos ver a seguir;

Particularmente considero o exemplo 3 o mais viável e lógico a identificar um BoS.


Muitas vezes um pavio pode ser um toque para tomar uma liquidez, que chamamos de sweep.
Veremos isso mais à frente.

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Vamos analisar na prática alguns exemplos de BoS;

Repare nos pontos, chamamos de swing points, veja que nesses pontos existem zonas de supply
que colocam o preço para baixo, porém os compradores reagem e com o movimento de strong
low acontece a quebra de estrutura (BoS) desse topo anterior. É desse formato que marcamos um
BoS em uma tendência de alta. E a outra parte da figura, é como marcamos o BoS em uma
tendência bearish. Os compradores estão tentando colocar o preço para cima e não conseguem,
e esses pontos a direta da imagem se tornam nosso weak low, os vendedores entram em ação e
aproveitam a fraqueza dos compradores e com esse movimento que chamamos de strong high,
acontece a quebra de estrutura desse fundo anterior. É assim que marcamos o BoS em uma
tendência de baixa.
Notou que o BoS quebra os weak points como explicado capítulo anterior? São esses níveis que
são rompidos.

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Este não é o modo correto de identificar um BoS no gráfico. Veja que não está havendo quebra
de nenhuma estrutura importante. O movimento do preço, o caminho que o preço fez/faz não
quebra nada. Temos que observar o movimento que o preço faz para que quebre alguma
estrutura a esquerda do gráfico, ou seja, uma estrutura que foi formada e em seguida quebrada.
O corpo do candle tem que quebrar um ponto, estrutura, zona. Nesse exemplo são fake BoS, são
apenas captura de liquidez.

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As imagens acima são do mesmo par de moeda, porém com tempos gráficos diferentes. A
primeira é em 1h e a segunda é 10m. Dentro da estrutura macro da figura da esquerda, nós
podemos também considerar quebras de estruturas menores, ou seja, minor break of structure,
ou podemos chamar também de internal BoS, pois está na parte interna de uma estrutura maior.
Não há problemas em você marcar um BoS dentro de outro BoS que seja em um tempo gráfico
maior. Quanto mais você for refinando, mais você vai encontrar quebras de estruturas também.
Só lembre-se que, quando o BoS do tempo gráfico maior for rompido, o indício que o preço vai
seguir a direção é mais forte.

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BoS ou Captura de liquidez?


É muito comum acontecer um Fake BoS. E para não cair nessa armadilha, temos que identificar
o que aconteceu no passado.

Por que consideramos essa quebra como uma captura de liquidez?


Primeiro vamos enxergar a estrutura - a tendência. O preço estava começando a fazer topos e
fundos ascendentes, mas antes de quebrar a segunda estrutura, veja que ele captura liquidez no
ponto 1 e em seguida quebra um swing low, toca numa região de demand e segue o fluxo
bullish.
Podemos ficar com o pé atrás quando esse tipo de estrutura acontece. Temos que verificar a
esquerda do gráfico se há alguma zona criada ao qual o preço pode “segurar”. Devemos também
verificar sempre a captura de liquidez. Só por isso (ponto 1) já poderíamos ficar de olho em uma
possível manipulação e reversão do preço. Capturou em cima e em baixo antes de seguir o real
movimento.
Quero deixar claro que, em termos gerais, mesmo assim isso foi uma quebra de estrutura. Mas
que quebrou para tocar em alguma região, capturar liquidez e seguir o fluxo.

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CHoCH – Change of Character

Bastante confundido com o BoS, o conceito de CHoCH é a mudança da tendência atual. Como o
próprio nome diz na tradução livre, mudança de caráter.
Você vai ouvir falar muito desses termos, CHoCH, CH, BMS, BoS, etc., muitos traders
consideram tudo a mesma coisa, pois são quebras nas estruturas. Bom, aqui vamos difundir
esses conceitos o mais didático possível para você entender o quão importante o CHoCH e BoS
são. Pois, em uma zona de supply ou demand de 4h por exemplo, caso o preço toque nessa
região e reaja com um CHoCH em 15m, nós temos uma grande possibilidade de entrada, claro
dependendo de todo o contexto analisado.
O CHoCH muitas vezes é visto como sempre e obrigatoriamente inverter uma tendência, mas
as vezes pode ser a “inversão” daquele momento, e a trend continua com o seu fluxo anterior.
Ou seja, a mudança de tendência foi rapidamente realizada naquele tempo gráfico.

Abaixo um CHoCH clássico com um movimento de alta e mudança de tendência;

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Vamos entender a figura acima resumidamente:


O mercado veio em uma tendência de baixa com quebras de estruturas e, quando toca em uma
zona de demanda em um HTF, esse movimento rompe o topo anterior (LH). Após esse
rompimento nós identificamos uma possível mudança de tendência. Nesse momento acontece
topos e fundos ascendentes novamente com quebras de estruturas (dessa vez bullish), e quando
toca em uma zona de supply em um HTF, acontece o mesmo padrão e o preço é invertido para
baixo.
Estruturas para considerar um CHoCH válido:

Repare que o pavio continua rompendo o pavio do candle anterior, não havendo qualquer recuo.

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Alguns exemplos no gráfico:

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Foi marcado 2x esse CHoCH pois um quebrou em tempo gráfico menor e o segundo em um
outro maior. Não se preocupe, quebras de estruturas acontecem em todos os tempos gráficos.

Um CHoCH na maioria das vezes será nossa porta de entrada para fazermos as entradas.
Pois ao marcamos uma zona de interesse em um HTF, esperamos que o preço toque nessa
região em um LTF e faça exatamente essa estrutura. Um CHoCH.
Por isso, sempre que você marcar um POI (ponto de interesse) em um tempo maior, certifique-
se que em um tempo menor o preço esteja fazendo um CHoCH. Mas tudo vai depender de
vários fatores. Você precisa saber se a tendência em um tempo maior é a favor de sua entrada,
se elas estão sincronizadas. Precisa saber o horário que está fazendo a entrada, se há alguma
notícia relevante no momento. Precisa saber se está prestes a abrir uma sessão, enfim, não é
apenas um CHoCH que fazemos as entradas. Existe toda uma análise por trás, lembre-se que
você precisa sempre ter confluências suficiente para realizar a entrada.

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Como podemos identificar um possível fake CHoCH?


Uma das formas que podemos identificar um possível fake CHoCH é através do fechamento do
nível dos candles como o corpo/pavio.
A forma como o preço reage em determinados pontos estruturais do gráfico é essencial para
entender um possível fake CHoCH.

Para termos um CHoCH válido, seria necessário o preço quebrar o nosso swing point anterior,
voltar para testar (na maioria das vezes) e seguir o fluxo de alta conforme essas linhas
pontilhadas, certo?
O preço tocou numa região de HTF e nesse momento poderíamos nos preparar para possíveis
compras. Mas precisamos de uma confirmação como um CHoCH válido. Nesse caso, nós
esperamos...

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Por duas vezes o preço tentou romper o swing point anterior, mas veja que em nenhum das
tentativas houve uma quebra considerável nesse tempo gráfico, pois não houve fechamento do
corpo do candle, apenas do pavio. E quando isso ocorre consideramos como captura de liquidez.
Vamos mergulhar nessa zona e entender como isso acontece:

Repare na criação de liquidez nessa faixa do BoS após a falha de fazer o CHoCH.
E repare nas falhas tentativas dos compradores em romper o swing point anterior.

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Então, a melhor maneira de não cairmos em um fake CHoCH é simplesmente aguardar a quebra
de estrutura do nosso swing point anterior. Nós damos preferência a uma quebra saudável com
fechamento do corpo do candle. Lembrando que você deve considerar a quebra conforme o
tempo que está analisando. Quanto mais você olhar em outros tempos gráficos e também estiver
apenas o pavio sendo quebrado um nível de preço, melhor ainda a confirmação que aquilo é
uma quebra falsa e apenas captura de liquidez – que veremos a seguir.

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Zonas de Liquidez

O que é liquidez?

De maneira clara e objetiva é o assunto mais importante que você precisa saber sobre o mercado
financeiro – LIQUIDEZ. Digo isso, pois liquidez é o que move o mercado. É o gás que os
market makers precisam ter para chegar em zonas e regiões que eles já sabem que irão chegar.
Entenda, todo ponto no gráfico é liquidez, pois onde há stop loss também há liquidez. Então, os
grandes bancos deixam suas ordens pendentes em determinadas zonas do gráfico e jogam o
preço para uma direção, eles querem - e vão - voltar na zona criada anteriormente. Mas para isso
precisam criar zonas de liquidez desenhando esses padrões no gráfico para as pessoas caírem
feito uma mosca numa teia de aranha. Após fazerem a varredura de stop loss, eles tocam nas
zonas criadas, captam as ordens e seguem o fluxo. Entenda que quanto maior for o tempo
gráfico, maior será a potência da liquidez. O alvo deles sempre será a liquidez mais próxima!

Lembre-se: A liquidez é um ÍMÃ no gráfico. Onde existe liquidez é para onde o preço vai!
Tipos de liquidez:

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Todo topo duplo, fundo duplo, range e trend line, são pontos de liquidez, pois existem ordens
pendentes nessas regiões e num futuro próximo o preço irá tocar nessas áreas, varrer a liquidez e
seguir o fluxo com os stop loss do varejo.

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Entenda que as grandes instituições criam esses padrões para as pessoas colocarem ordens em
determinadas zonas, achando que o preço irá continuar nessa tendência, após isso, com
movimentos bruscos eles capturam toda liquidez criada anteriormente e não te dão tempo para
pensar. São criações bonitas que o iniciante aprende em uma breve pesquisa no Google, mas os
movimentos que te tiram da jogada são cruéis e rápidos.

Tome cuidado com esse tipo de estrutura (preço lateral) são movimentos em forma de zig-zag
para acumular ordens, criando liquidez e em um determinado tempo eles quebram essas zonas
capturando os stop loss das pessoas que operam esse tipo de estrutura. O preço encontra-se
equilibrado entre compradores e vendedores e ao mesmo tempo está criando bastante stop loss
em ambos os lados.

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Repare nas criações de fundo duplo e topo duplo, após a criação desses padrões, eles voltam
para capturar ordens. Muitas vezes apenas com um pavio para te tirar da jogada, chamamos esse
movimento de Stop Hunt/Sweep (veremos mais adiante).

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Veja a figura anterior. Uma linha de tendência – que aprendemos por aí como LTA ou LTB - é
criada para as pessoas colocarem ordens no 3º toque. Mas olha que surpresa! Smart Money
captura todo o stop loss abaixo dessa região e após isso vão para o movimento que as pessoas
pensaram anteriormente. Trend line é apenas criação de liquidez!!

Dica:
Uma validação fortíssima de uma zona de liquidez (inducement, iremos estudar em breve) é
quando ela é formada abaixo ou acima de um order block, supply, demand (vamos ver em breve
também). Pois se essas zonas são regiões em que o preço provavelmente irá tocar e capturar
ordens, uma liquidez nesses pontos nos dá indício que o mercado está com alta probabilidade de
capturar essa faixa de preço.

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BSL – BUY SIDE LIQUIDITY OU BUY STOP LIQUIDITY

São regiões nas partes “high” de pontos importantes. É uma piscina de liquidez que ficam
nessas áreas e após o mercado capturar essas ordens, na grande maioria das vezes o preço
reverte. Serve para pegar os stop loss e seguir o fluxo contrário.
Onde identificar essas zonas?

• PMH - Previous Month High – Máxima do mês anterior


• PWH - Previous Week High – Máxima da semana anterior
• PDH - Previous Day High – Máxima do dia anterior
• HOD – High of Day – Máxima do dia
• Old High/Swing High – Máxima antiga anterior

Dica:
É muito importante ao começar uma análise, nós marcamos esses pontos: máxima/mínima do
dia anterior, da semana anterior, do mês anterior, swing points anteriores, etc., pois quanto
maior o tempo gráfico, mais liquidez existe, e quanto maior for a liquidez, maior é a vontade do
mercado ir capturar essas ordens.

Lembrando que devemos sempre verificar a tendência em que o ativo se encontra, se há zonas
importantes por perto para fazermos nossas entradas.

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SSL – SELL SIDE LIQUIDITY OU SELL STOP LIQUIDITY

Mesmo conceito aplica-se para regiões em que o preço tem pontos em “low”.

Onde identificar essas zonas?

• PML – Previous Month Low – Mínima do mês anterior


• PWL – Previous Week Low – Mínima da semana anterior
• PDL – Previous Day Low – Mínima do dia anterior
• LOD – Low of Day – Mínima do dia atual
• Old Low/Swing Low – Mínima antiga anterior

Chamamos assim, pois o movimento que rompe e capta as ordens é um movimento de


venda (sell) dos MM’s, sendo assim, é um conceito ao qual após as vendas eles capturam a
liquidez abaixo de low’s relevantes. Mesmo conceito aplica-se para o BSL.

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Liquidez Interna vs Externa

Um conceito valioso que devemos sempre ter em mente. Qual será nosso alvo ao fazer uma
análise? Onde ponho meu take profit? Onde possivelmente o preço irá tocar?
Bom, geralmente nós identificamos uma estrutura para trabalhar dentro dela, ou seja, um topo e
fundo importante. Tudo que existe dentro dessa zona é a nossa liquidez interna e tudo que há
fora dessa região se torna nossa liquidez externa. Sempre eles vão buscar a liquidez externa do
gráfico, mas para chegar lá eles vão capturando e sugando a liquidez interna. Entendeu a
referência? Eles pegam a liquidez interna que há dentro do range (topo e fundo que estamos
trabalhando), para chegar na liquidez externa que é onde eles realmente querem chegar. É aí que
ocorre as quebras de estruturas e formações de tendência.
Vamos entender nas imagens a seguir:

Em resumo, o que o preço faz dentro de um topo e fundo relevante, é apenas capturação de
liquidez interna para atingir a liquidez externa. Quando você se der conta que o preço já
capturou bastante liquidez interna, tocou em alguma zona importante (demand, supply, O.B etc)
e está dando indício que o mercado vai buscar o alvo externo, verifique por possíveis entradas.
Claro, tudo depende do dia, do horário, da sessão, do momento. Mas ponha isso em mente - eles
sempre vão em busca da liquidez externa uma hora ou outra.

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Caso fique com dúvidas, veja meu vídeo no Youtube/@marraik sobre liquidez interna e
externa.

Dica:
Em compras ou vendas contra tendência, procure por alvos na estrutura interna, ou seja, espere a
captura de liquidez interna para fazer suas entradas. Em operações a favor da tendência espere a
captura de liquidez interna para você buscar pontos externos. Sempre o preço irá capturar a
liquidez que existe dentro da estrutura (interna) para chegar no ponto final que será o alvo
externo.

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Primeiro precisamos identificar uma estrutura com um topo ou fundo relevante. Após isso,
vamos trabalhar dentro desses dois pontos do gráfico. Tudo que há dentro dessa estrutura é
nossa liquidez interna que é construída para chegar até a nossa liquidez externa que é o nosso
alvo principal, o nosso e o dos MM’s. Pois, é pegando essa liquidez externa que o preço se move
como topos e fundo ascendentes/descendentes.
Esses pontos em azul se tornam pontos de liquidez que vão sendo capturados ao decorrer do
caminho.

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Essas setas, são pontos, estruturas e formações de liquidez que são criadas para os traders
caírem feito uma mosca numa teia. Repare que o preço começa a fazer esses movimentos em
um lado da estrutura, ou seja, no lado abaixo, nos dando um indício forte que o preço talvez vá
para baixo e capturar a liq. externa do último fundo que é o início dessa retração. O real
interesse deles será o ponto extremo da estrutura. Nesses pontos extremos é onde existe o
começo de uma retração ou começo de um impulso. Também já estudado como SSL/BSL e
muitas vezes a máxima/mínima de um dia ou semana por exemplo.

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Inducement – O vilão

Como o próprio nome diz - indução. É um momento do gráfico em que os grandes players
induzem as pessoas a colocarem ordens em determinadas regiões. É a armadilha do mercado,
são zonas e pontos do gráfico, próximos de regiões ao qual muitas pessoas são induzidas a
colocarem seus stop loss achando que o preço irá se mover a seu favor, após isso, eles voltam
com força te tiram da jogada e vão para a região que iriam antes. Sabe quando você faz sua
análise, põe seu take e stop numa boa, com quase 100% de certeza que o preço vai lá, mas antes
de ir ele te varre com uma vassoura gigante e após isso, volta pro mesmo lugar que você havia
acreditado? Pois então, bem vindo ao clube dos induzidos. (Não faça parte)
Saiba identificar uma indução no gráfico para não ficar de fora do game, saiba a probabilidade
certa do mercado voltar naquela região, fazer a captura de liquidez e seguir o fluxo. Vou te
mostrar algumas dicas valiosas que muitos não ensinam por aí.
Indução são como regiões com liquidez próximos a zonas importantes no gráfico, O.B, SnD,
POI, etc,. Zonas interessantes no gráfico são propícias ao preço voltar e captar as ordens
deixadas ali dentro, mas antes de chegar, eles criam liquidez bem próximas como forma de
induzir as pessoas a colocarem ordens acreditando que o mercado irá fazer o movimento
contrário.

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O inducement (indução) serve como uma armadilha, uma teia de aranha plotada no gráfico..
Enxergue a liquidez, enxergue a indução para não ser stopado.
Sempre que for analisar um ativo, verifique sempre esses pontos no gráfico ao qual está muito
na cara o movimento. Essas estruturas bonitas que a gente vê em livros e no Google. Prestem
atenção que isso pode ser uma indução. Não caiam nessas armadilhas. Não seja a liquidez que
eles querem. É isso que vai te manter vivo!

Dica:

Quando temos uma estrutura formada por topos e fundos, ao qual na retração do movimento o
preço não atinge 50% desse range, muitas vezes esse ponto é uma indução, ou seja, um ponto
de liquidez para ser captura em breve.

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O papel do inducement é esse. Ser criado próximos de zonas e regiões importantes ou em


quebras de estruturas curtas.

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Vamos sempre procurar por induções próximos a alguma zona que marcamos no gráfico, seja
um order block, supply, demand,etc. Porque uma indução são pontos no gráfico que é deixado
para induzir as pessoas a colocarem ordens em determinada região para em seguida serem
liquidadas e ficarem fora do jogo. Estou mencionando a mesma ideia do inducement várias
vezes para você colocar na cabeça o seu verdadeiro papel.

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Nós temos dois tipos de inducements na figura acima. Observe que o mercado já vinha de uma
estrutura bearish, fazendo topos e fundos descendentes. O nosso ponto 1 não consegue fazer o
BoS e forma um EqL (fundos iguais), a partir daí ele volta em uma espécia de retração e forma o
ponto 2 que será o nosso ponto de inducement. Em seguida ocorre agora a nossa quebra de
estrutura e captura de liquidez do primeiro inducement. A volta do preço é simplesmente para
capturar o ponto 2 que foi nosso inducement e tocar em uma região de supply/order block
deixada com a falha do movimento que não conseguiu romper e deu origem ao ponto 1.
Dica:
Fique sempre atento a essas falhas de quebra de estruturas. Principalmente na volta desse
movimento, pois quando houver a verdadeira quebra de estrutura, muitas vezes o preço captura
a liquidez desse ponto e segue o fluxo.

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Tipos de manipulação
Diariamente o mercado faz manipulações em qualquer tempo gráfico e qualquer ativo que tenha
volatilidade e liquidez. Dentro desse conceito de manipulação, podemos destacar dois tipos que
ocorrem com frequência, que são:
1. Manipulação contrária:

É a manipulação clássica que nós encontramos diariamente no gráfico. É o movimento que


quebra o nível do preço anterior que deu origem à primeira manipulação. São duas formas de
capturar liquidez. Acima com um sweep/stop hunt e abaixo com o deslocamento capturando
mais liquidez e quebrando estruturas.

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2. Manipulação de continuação

A manipulação de continuação nada mais é que o candle/movimento primário que deu origem à
captura de liquidez em determinada região, e após isso, o preço não consegue romper esse
mesmo nível no gráfico e segue o fluxo. O movimento inicial está protegido e está capturando
liquidez à frente.

Você não precisa identificar toda hora esse tipo de manipulação. O importante é você saber
esses conceitos porque na manipulação contrária a chance do mercado continuar o movimento
após a primeira manipulação é bem alta. E na manipulação de continuação, nós identificamos
como uma continuação de tendência até ser revertida, claro. Isso nos dá ideia de possíveis alvos
– já que o movimento primário está sendo protegido.

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Como identificar liquidez?


Como dito anteriormente, todo ponto de estrutura, topos e fundos duplos, trend line, etc., são
regiões de liquidez. Onde existe stop loss é onde existe liquidez e quanto maior for o tempo
gráfico, maior será a liquidez, mais potente e onde as grandes instituições vão jogar o preço.
Mas também existem pontinhos de liquidez dentro de estruturas maiores e será a identificação
dessas regiõs que vai te salvar muitas vezes de tomar loss.
Primeiro entenda a estrutura do ativo em que se encontra. A formação dessa estrutura é
primordial para sabermos os pontos de liquidez que os market makers deixam.

Por que o ponto 1 foi rompido com o movimento do ponto 3? Porque a volta a partir do ponto 1
que originou o ponto 3, não teve forças para romper o ponto 4 que é o fundo da estrutura. Então
nessse momento o nosso ponto 1 se torna um forte alvo de liquidez. O ponto 2 foi a prova disso,
volta, captura a liquidez quebra o ponto 4 volta para testar a supply criada e segue o fluxo.

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Todo ponto em azul é inducement/liquidity.São pontos de liquidez interna dentro de uma


estrutura. Nós podemos identificar esses pontos quando não rompem uma estrutura anterior.
Repare que os pontos de liquidez são deixados próximos a imbalances, zonas extremas que
quando são quebradas ocorrem o BoS ou as falhas de romper pontos anteriores.
Dica:
Se durante o impulso/retração houver pequenos fundos/topos (que chamamos de subestruturas
ou internal low/high), verifique essas regiões, pois muito provavelmente é um ponto de liquidez
que com a retração/impulso irá capturar esse nível de preço. (pontos em azul)

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Temos um mercado tocando em uma região de 4h, e agora estamos no tempo gráfico de 15m,
começo a verificar um possível CHoCH. A quebra do CHoCH deixa um low (1) que nós
identificamos como um possível inducement caso o preço confirme o CHoCH. Após isso, o
preço faz um movimento de alta criando uma supply (2) que com essa criação ocorre o
rompimento e a captura de liquidez do inducement (1) e cria outro possível ponto de inducement
(3). Porque possível? Por que se o preço tocar na região de supply (2) – como ele fez – esse
ponto (3) se torna um inducement válido para ir em direção e quebrar o swing low da estrutura
que vai originar o BoS.
E foi o que aconteceu.
Então uma maneira de observar e identificar liquidez em uma estrutura é como eles vão criando
esses pontos na direção do alvo principal que será os extremos.

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Dentro da nossa estrutura, o preço cria pequenos pontos. São os internal highs/lows de uma
subestrutura. É a nossa liquidez interna para eles captarem e irem até o POI e/ou o ponto
externo. Criação de um movimento lateral após um toque em uma região é um motivo
fortíssimo para ficarmos de olhos abertos.
Então uma boa dica para identificar uma liquidez são esses pontos deixados dentro da estrutura,
como trend line, internal high/low antes de tocar em alguma região de supply/demand.

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Observe a figura acima e vamos a narrativa e entender como a liquidez é um ímã no gráfico:
Ponto 1: Houve a criação de um fundo mais fundo até o momento e apartir desse ponto, há a
quebra de estrutura;
Ponto 2: Mas nós temos um candle de venda antes do movimento que quebra a estrutura e deixa
o mercado desequilibrado com esse liquidity void – esse candle é uma região institucional, tem
mão pesada aí;
Ponto 3: Criação típica de liquidez, preço lateral com equilíbrio entre compradores e
vendedores;
Ponto 4: O famoso sweep (vamos abordar em breve), um movimento rápido que foi naquela
região apenas para capturar e neutralizar a liquidez desse nível. Após a captura dos stop loss
dessa região no gráfico, o preço despenca para equilibrar o mercado.
Ponto 5: O preço reage no mesmo nível do nosso ponto 2 formando uma retração em tempo
gráfico menor. Após isso quebra a faixa do ponto 1 fazendo outro sweep nessa região. A volta
do preço é na retração, em tempo gráfico menor, toca nessa região e o preço segue o fluxo.
(breaker block)
Então no ponto 4 foi o ápice de toda essa engenharia. Após ocorrer o sweep nesse ponto, o
preço reage de forma rápida para ir em busca da outra liquidez existente, o ponto 1.

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O que fazer quando em uma estrutura maior o preço estiver fazendo topos e fundos em uma
subestrutura?

Bom a resposta é bem simples, vai depender do seu perfil de trader, se és mais agressivo, pode
fazer pequenas operações nessa estrutura – o que é bastante arriscado. Porém, se és mais
conservador e quer diminuir a chance de tomar loss, você pode esperar pela quebra de algum
swing point da estrutura maior.

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Em um mercado de alta, o que você faria aqui? Compra ou venda? E entraria onde?

O preço veio de uma tendência de alta, fazendo topos e fundos ascendentes e, no topo da
estrutura, os candles começam a ficar lateral e com falhas de rompimentos dessa high. Os
pontos em azul são falhas de rompimento, não conseguem romper a high e muito menos o low
dessa estrutura maior. Nesse momento, você que já tem noção do que é liquidez e inducement já
bate o olho e vê de cara que esses pontos são internal inducement da estrutura maior, certo? E
que possivelmente o preço vai ter que romper esses níveis. Mas para onde ele pode ir primeiro?

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Todo ponto azul foi internal inducement que eles criaram para pessoas ansiosas e que não
entendem de liquidez cairem feito um pato. Sempre observe a criação de liquidez e sempre
espere pela captura dessas regiões.
Se você acertou, parabéns! Se você não conseguiu acertar não se desespere. No decorrer desse
e-book você vai aprender muita coisa ainda e como identificar regiões que possivelmente o
preço pode voltar e reverter – que será na nossa próxima página.

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Supply and Demand

Qual a diferença entre oferta e demanda? Resumidamente, quando se trata de oferta = venda e
demanda = compra. Quanto maior for a demanda, mais alto o preço ficará. Quanto maior for a
oferta, mais baixo o preço vai ficar.
Quando o preço for barato, significa que há mais ofertas do que compradores dispostos. Se o
preço está ficando caro, isso significa que há mais demanda (compradores) por menos oferta.
“As zonas de oferta e demanda são definidas quando ocorre um desequilíbrio entre
compradores e vendedores. Pensar no fornecimento como um produto commodity é uma
maneira simples de imaginar isso. Vamos usar maçãs como exemplo. Também podemos pensar
na demanda como um grupo de pessoas que vão às compras. Suponha que este foi um ano
excelente para os produtores de maçã. Eles produziram um grande número de maçãs. Os
compradores, por outro lado, estarão dispostos a comprar apenas o suficiente. Isso indica que
há uma oferta maior de maçãs do que uma demanda por elas. Os agricultores teriam que
encorajar os compradores a comprar mais se quisessem vender seu estoque. A maneira mais
simples de fazer isso é baixar o preço das maçãs. Agora que as maçãs estão à venda, os
compradores considerarão comprar mais, pois podem pagar. O preço continuará caindo até
que todas as maçãs tenham sido vendidas. Esse seria o ponto de equilíbrio, ou o ponto em que
há compradores suficientes para atender a oferta de maçãs do mercado. Os agricultores
limpam seus estoques à medida que a temporada de maçãs chega ao fim, e uma oferta menor de
maçãs está agora disponível no mercado. a demanda de maçãs voltou aos níveis normais, com
a mesma quantidade de compradores que compravam antes. Como há menos maçãs para
vender, o preço aumentará. Chegará ao ponto em que qualquer comprador que queira pagar
um preço maior poderá comprar uma maçã. Esse nível é o nível de equilíbrio nessas condições
de mercado. O preço dessa mercadoria permanecerá dentro de uma faixa restrita enquanto
houver mercadoria suficiente para aguçar o apetite dos compradores. Quando o volume de um
lado supera o do outro – por exemplo, se houver mais ofertas do que compradores – ocorre um
desequilíbrio, fazendo com que os preços flutuem até que os dois lados estejam em equilíbrio
novamente. Nos gráficos de preços, esse desequilíbrio pode ser visto como uma grande
mudança em relação ao nível de preços atual.”
Texto acima retirado de um PDF traduzido.

Entenda que, quando há muita oferta no jogo, o preço do ativo cai, pois há muitas pessoas
vendendo o mesmo “produto”, porém, quando há muita procura pelo mesmo ativo o preço sobe
e fica cada vez mais caro. Pois quanto mais compradores no mercado, mais o preço subirá.
Agora que você já tem uma noção do termo econômico de Oferta e Demanda, vamos mostrar a
seguir como essas regiões são criadas e como podemos marcar essas zonas para num futuro
ficar esperto caso o preço volte e testar

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Criação das regiões

Existem 04 tipos maneiras de identificarmos se uma zona é Supply (oferta) ou Demand


(procura), com esses 03 movimentos abaixo;

Rally/Run – Os compradores superam os vendedores;


Base – Vendedores e compradores são iguais entre si;
Drop – Os vendedores superam os compradores.

• Precisamos de ao menos 2 candles em cada um desses 3 movimentos para tornar válida!

Continuação de tendência

RBR – Rally – Base – Rally

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Essa estrutura, nós temos uma continuação da tendência e no momento da base nós encontramos
uma demanda.

Repare que o preço já vinha de uma tendência de alta, faz um “descanço”, nesse momento é a
nossa base. A base é a formação de zonas pois após isso, o preço quebra estruturas anteriores,
volta para testar na zona da base e faz o fluxo de alta, nos deixando a entender que os
compradores estão com força.

Obs. Esse foi o exemplo da última imagem sobre liquidez.

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DBD – Drop – Base – Drop

Esse formado de estrutura quando identificada no gráfico, nos deixa uma zona de Supply
(oferta), indicando que os vendedores estão agressivos.

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Reversão de Tendência

Agora vamos aprender a identificar zonas reversões de tendência do momento. Entenda que
quando digo reversão, é daquele momento, e não da tendência macro como um todo.

RBD – Rally – Base – Drop

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Repare que nesse tipo de movimento, o preço nos deixa uma supply, ou seja, vendedores jogam
o preço para baixo e em seguida essa zona é testada como válida. Isso indica que o movimento
de baixa provavelmente continuará até entrar a força compradora e empurrar o preço para outra
região.

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DBR – Drop – Base – Rally

Nesse tipo de estrutura, o mercado nos deixa uma demanda. Existe um movimento de baixa,
após isso uma base que é a formação da nossa zona. Em seguida um movimento de alta
(compradores fortes) quebrando estruturas anteriores. Sempre atento as quebras de estruturas a
esquerda do gráfico.

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Esses são os movimentos que identificamos no gráfico para saber, a princípio, se uma região é
oferta ou demanda. Lembre-se, sempre olhar o tempo maior para saber a tendência do ativo.
Resumindo:
Zonas de Supply/Oferta = Vendedores
Zonas de Demand/Procura = Compradores
Se uma dessas zonas estão sendo respeitadas no gráfico por várias vezes, isso indica que uma
está com forças enquanto a outra está perdendo, e a probabilidade do preço subir ou cair
(dependende do agente) será maior.

Sempre atento ao contexto da análise, tendência macro, pontos interessantes, swing structure,
horário que está operando, sessões, etc.
Dica:
No momento da base, nós procuramos um candle antes do próximo movimento de rally ou drop
para ser a nossa zona de supply ou demand. No próximo item vou explicar sobre como
escolhemos essas zonas e falar um pouco sobre order block.

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Order Block

Você provavelmente já ouviu falar ou vai ouvir falar muito sobre esse cara. Order block. São
praticamente zonas no gráfico ao qual os preços voltam para testar e seguir o fluxo ou romper
captando ordens e seguindo o flow.
É um, digamos, “primo” das zonas de supply e demand. São da mesma família, porém existem
alguns tipos de O.B que irei mostrar e explicar o quão poderoso são zonas como essa. Pois não é
apenas uma região no gráfico, são níveis institucionais!
Vamos entender o conceito por trás de um O.B;
As grandes instituições quando precisam comprar algum ativo em determinado período, eles
vendem antes. Isso mesmo, eles vendem para poder colocar o preço para baixo e após isso eles
compram bruscamente para capturar a liquidez criada. Foi feito esse movimento para baixo,
para fazer com que as pessoas pensem que o preço irá cair, cair e cair. Mas em seguida eles
colocam o preço para cima e exatamente nesse movimento, é criado um order block.
Eles não “podem” entrar com todos os seus pedidos/lotes em uma determinada região, para isso
vão fatiando e distribuindo durante o trajeto.
Então, a forma tradicional de identificar um O.B é o último candle engolfado de alta (bullish)
antes de uma descida, e, o último candle engolfado de baixa (bearish) antes de um movimento
para cima. Mas uma zona de order block vai muito além de um simples candle...

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Como identificar um Order Block?


Nós temos que entender que quanto maior o tempo gráfico, mais poderoso é uma zona
institucional, por isso, um bloco de ordens/pedidos é importante ser encontrada em HTF (tempo
gráfico maior) 4h, diário, semanal, etc. Pois identificando order blocks em tempo gráfico maior,
nos dá a ideia da direção macro do mercado. Mas isso não significa que não podemos encontrar
order block nos minutos até 1h por exemplo, sim claro que há, mas entenda que no mercado
quanto maior for o tempo, mais poderosa será a região em termos de liquidez e força para
reação.

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Smart Money Concepts - @marraik

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Smart Money Concepts - @marraik

Muito comum acontecer nesse modelo também, o movimento era de queda, mas existia um
candle de compra no meio (drop, base, drop), compraram para vender. Resultado? Quebras de
estruturas, imbalance, criações de liquidez, toque no O.B e captura de liquidez.

Dica:
Um order block forte, válido e relevante, é aquele que quebra uma estrutura (low ou high), deixa
o preço desequilibrado (FVG/Imbalance, etc.). Pois somente os grandes bancos conseguem
mover o preço tão bruscamente assim no mercado. Imagina um mercado com trilhões de dólares
de liquidez diária, você acha que nós, meros mortais conseguimos movimentar o mercado com
nossos míseros lotes?

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Smart Money Concepts - @marraik

O mesmo conceito aplica-se para para um bullish order block, quando nós temos um último
candle de venda antes de um movimento de alta

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Smart Money Concepts - @marraik

Repare na imagem abaixo:

Isso também é considerado um bloco de ordens. Porque? Pelo fato de que em um tempo gráfico
maior, isso é apenas um candle. Então, tudo vai depender do tempo gráfico que você está
enxergando o ativo no momento. Nesse exemplo, em 15m, existe um movimento agressivo de
vendedores e após isso uma rápida inclinação do preço. Em outras palavras, os market makers
venderam para comprar, para formar o bloco de ordens e no futuro ser tocado e neutralizar os
pedidos. Mas antes de chegar, eles criam toda liquidez possível para chegar com o bolso cheio
de stop loss.

Em 4h o nosso order block fica assim.

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Você já entendeu o que é um order block, sua formação, seu propósito e sua importância.
Agora, vamos mais a fundo e aprender alguns tipos de order blocks e algumas maneiras de
marcá-los no gráfico, que as vezes vai muito além de apenas um candle.

Tipos de Order Block


Breaker Block
É um O.B ao qual foi quebrado/rompido e o preço volta para testar o mesmo nível de preço e
que existe uma reação. Muitas vezes o breaker pode ser um flip, que veremos mais a frente.

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Smart Money Concepts - @marraik

Aqui temos um clássico breaker block.Houve a criação de um O.B em um tempo gráfico menor
refinado, o preço sobe e renova um topo e após isso acontece uma queda agressiva quebrando os
níveis dessa região e logo em seguida, o preço volta na nossa zona que agora chamamos de
breaker block.
Dica:
Interessante sempre olhar esses níveis com números redondos, (1.200, 1.100, 1.300, etc.) um
breaker as vezes acontece nessas faixas de preço. Nosso breaker deve ter um imbalance na
quebra do nível do swing point.

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Smart Money Concepts - @marraik

É interessante a gente ter a possibilidade de entrar em um breaker quando existe uma reversão
de tendência no momento. Pois são níveis que antes haviam lotes de compradores/vendedores e
na quebra da estrutura o preço volta para neutralizar esses lotes dos vendedores/compradores
jogando assim o mercado para a direção oposta do breaker. É válido também que a quebra dessa
estrutura seja com um movimento agressivo que deixou o preço desequilibrado no momento.

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Smart Money Concepts - @marraik

Order Block 2.0


É apenas o toque em um order block que é criado outro order block. Chamamos de O.B 2.0 que
muitas vezes se torna mais forte que o primeiro.

Repare que existe um order block claro lá em cima, pois houve quebras de estruturas e deixou
um imbalance. Após isso, há o 1º toque (ponto azul). Nesse toque é criado outro order block,
deixaram novamente o preço desequilibrado (imbalance). E a volta nessa 2ª região é o nosso
order block 2.0.
Em apenas uma imagem nós temos três tipos de O.B. O order block que conhecemos, o order
block 2.0 e o breaker block.
Você pode encontrar por aí também como LPOTM – Last point of true mitigation.

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Smart Money Concepts - @marraik

O order block 2.0 preferencialmente precisará quebrar uma estrutura a esquerda do gráfico,
dando indício que aquela reação ao 1º order block foi válido e que a volta na região criada com
o toque terá que ter uma atenção extra em tempo gráfico menor que você está enxergando essa
estrutura.

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Smart Money Concepts - @marraik

Dica:
Sempre diminua o tempo gráfico para verificar onde possivelmente a volta do O.B 2.0 pode
voltar e seguir o fluxo. Acontece de voltar 100% da região e apenas dá um toque conforme
ambas imagens anteriores.
Não se preocupe, isso é normal. E o seu stop loss deve cobrir a região do O.B 2.0 ou se prefereir
pode refinar o tempo para possíveis regiões que o preço possa segurar.

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Smart Money Concepts - @marraik

Rejection Block
É um O.B com corpo pequeno ou médio, com pavio relativamente grande comparado com seu
corpo, tanto para cima, quanto para baixo ou em ambas direções que apareça nas extremidades
do gráfico, no topo mais alto ou fundo mais baixo. O pavio é uma forma de “rejeição” entre
compradores ou vendedores.

Geralmente pegamos 50% desse tipo de candle e verificamos a reação dentro dele em um tempo
gráfico menor (LTF).
Um rejection block deve capturar uma liquidez existente de regiões/candles anteriores para ser
considerável com alta probabilidade de retorno. Conhecido também como FU Candle.
Isso é uma região institucional. Tem mão pesada aí!

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Como podemos encontrar um order block válido, poderoso com boas chances de ser respeitado?

Nem todo order block é válido e nem todo candle ou região no gráfico podemos marcar como
um possível retorno do preço. Existem algumas dicas que vou passar para você de como
podemos identificar uma região como sendo um order block e zonas institucionais com alta
probabilidade do preço reagir:

• Próximo de uma linha ao qual o preço está “tocando” várias vezes;


• Zona de flip (próximo capítulo falaremos sobre flip);
• O.B antes de um BoS + Imbalance (próximo capítulo falaremos sobre imbalance);
• O.B bearish acima de EqH (Equal High/Topos iguais);
• O.B bullish abaixo de um EqL (Equal Low/Fundos iguais).

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• Próximo de uma linha ao qual o preço está “tocando” várias vezes (muitas vezes
números redondos. Abordaremos mais a frente);

• Zona de flip (próximo capítulo falaremos sobre flip)

Resumidamente, houve um O.B bearish, o preço toca nessa zona e cria outro OB, dessa vez
bullish, isso é um flip. Em breve entro com mais detalhes.

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• O.B antes de um BoS + Imbalance (próximo capítulo falaremos sobre imbalance);

Como dito anteriormente, apenas grandes instituições conseguem mover o preço tão
bruscamente que venha ocasionar um desequilíbrio do preço, então, quando um O.B acontece e
em seguida temos um imbalance junto com BoS, essa zona se torna um O.B bastante válido e
que podemos ficar de olho para no futuro o preço voltar a testar essa zona e seguir o fluxo!
Para mim, é uma das validações mais poderosas de um institutional order block.

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• O.B bearish acima de EqH (Equal High/Topos iguais)

Sabemos que topos/fundos iguais são padrões de liquidez, são pontinhos no gráfico que existe
stop loss de algum grupo de traders, e sendo formado bem abaixo de um O.B nos indica que
provavelmente o preço irá tocar no O.B, capturar a liquidez existente no EqH e seguir o fluxo!
Sempre atento a tendência macro e as regiões que estão sendo respeitadas!

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• O.B bullish abaixo de um EqL (Equal Low/Fundos iguais).

Dicas:

• Verifique sempre o horário que foi formado o O.B, geralmente quando é gerado em
alguma sessão, Ásia, Londres ou NY, são zonas que nós damos mais atenção;
• Sempre veja se após o O.B houve quebras de estruturas (BoS), Imbalance ou se
capturou alguma liquidez a esquerda do gráfico;
• Lembre-se que um pavio também é considerado uma zona importante, pois quando
vamos refinar para um tempo gráfico menor, nesse pavio há candles;
• Nem todo O.B é válido ou forte para fazermos nossas entradas, dê preferência aos que
são formados no item 1 e 2 dessa lista;
• Sempre olhe a tendência macro e veja quem está no comando, demand ou supply;
• Verifique sempre se antes do preço chegar próximo ao O.B, se está fazendo padrões de
liquidez, todos/fundos iguais, trend line, algum tipo de inducement, etc.

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Quando escolhemos um pavio como uma região?

Por que não usamos o candle 1 como referência? Em casos como esse do exemplo, nós usamos
o pavio do último candle do movimento, pelo fato de que neste pavio em um tempo gráfico
menor, nós temos regiões e candles com ordens em aberto para serem preenchidas. E além do
mais o pavio deste candle capturou a liquidez do candle 1. Veja que ele está maior que pelo
menos seis candles a esquerda. Ele está se sobrepondo aos demais. Então, em movimentos
como esse, nós preferimos por marcar o pavio como nossa região.
Se tivéssemos marcado nossa zona no candle 1, provavelmente iríamos tomar stop. Pois no
pavio do candle 2, ainda existem pedidos “descobertos”.

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Ao diminuir o tempo gráfico para 1m por exemplo, você consegue entender o por quê o preço
tocou naquela região. Veja que ele reage em uma supply e forma um padrão de liquidez - trend
line. O pavio (no tempo gráfico maior) serviu para testar a região e capturar os stop loss, por
esse motivo ele se torna uma região importante que devemos ficar de olho caso o preço volte.

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Essa é a importância de marcarmos o pavio como zona interessante em casos como esse. Em um
tempo gráfico menor, sempre vai haver mais níveis e candles para serem considerados como
uma zona interessante também. Sempre atento ao refinamento que vamos abordar em breve.

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Escolhendo a melhor região

Qual critério tivemos para escolher o candle 2 e não o 1?


1. Muitas vezes nós escolhemos nossa região como order block, supply, demand, etc.,
com o último candle que provocou o desequilíbrio no preço, nosso FVG/imbalance
(próximo capítulo falaremos sobre esse conceito importantíssimo);
2. Foi criado inducement (fundos duplos) bem acima da zona (acabamos de ver esse
conceito).
3. E o candle 2 mitigou boa parte do candle 1.

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Essa é uma zona correta de ser marcada. Por que antes desse candle houve o imbalance, e
repare que o candle do imbalance capturou stop loss e mitigou um order block (ponto 1) mais
abaixo. Então, exatamente em casos como esse, nós escolhemos a nossa região de interesse
como sendo – o último candle antes do desequilíbrio do preço.

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Damos sempre preferência a regiões que são criadas antes de um desequilíbrio no preço. Não
importa a cor ou tamanho do candle, o que vai importar é que após a criação deste, vai haver um
movimento agressivo no gráfico que irá deixar o preço desbalanceado e que possivelmente
poderá voltar. Sempre fique atento à volta nessa região e fique pronto para colocar uma ordem
quando em um tempo gráfico menor estiver respeitando níveis dentro do fvg.

Dica:
Cada exemplo em que isso ocorre precisa ter uma narrativa. Precisa haver uma lógica no
movimento do preço e criação dessas regiões. É claro que você pode fazer toda marcação e ficar
esperando com uma ordem pendente e o preço chegar bem perto e ir embora sem você. Por isso
seria interessante você ir acompanhando o preço em tempo gráfico menor chegando próximo a
essas regiões já marcadas do tempo gráfico maior. O mercado não faz o que você quer. O
mercado faz o que eles querem!

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Retração escondida
Agora vamos pegar um caso igual do exemplo anterior e construir uma história:

Preço em 4h

Por que o preço tocou nesse pavio (ponto 2) e não foi na nossa zona claramente institucional
mais abaixo (ponto 1)? Pois houve um imbalance e quebra de uma pequena estrutura...
O motivo é simples:

1. Quando você enxergar um movimento como esse de 2 candles com pavios opostos, o
que há dentro dessa região em um tempo gráfico menor é uma mini retração, se assim
podemos dizer. Um movimento retraído que consequentemente vai deixar regiões.

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Preço em 15m

Agora que sabemos identificar uma retração escondida, nós diminuímos o tempo e procuramos
por uma região interessante. Veja que nós temos exatamente um candle antes de um imbalance.
E a região mais abaixo que também há um imbalance?
Aí que tá o motivo da gente esperar a reação do preço e entender a lógica do movimento em
cada toque. Veja que a nossa primeira região é tocada apenas com um pavio, é com uma espécie
de movimento rápido que foi ali apenas para suavizar a região.

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2. O nosso outro motivo é simplesmente, como expliquei agora, aguardar a reação do


preço em cada região que marcamos. O preço não vai fazer o que você quer, ele faz o
que eles querem. Então, seja paciente e aguarde a reação.

A nossa estrutura quando voltamos para as 4h do tempo gráfico, fica assim. Repare que agora
todas as regiões foram tocadas. Até nossa verdadeira zona (ponto 1).

Seja paciente. Prefira perder a chance do que perder dinheiro. É claro que vai haver ocasiões
que você deve arriscar ou vai perder a oportunidade. Há casos e casos. Mas o ideal é você
construir várias possibilidades em sua mente sobre o que provavelmente o preço está querendo
dizer e em seguida reaja quando for a hora certa.

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Outro exemplo de uma retração escondida:

Quando vamos para um tempo gráfico menor, encontramos isso:

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Alguns termos e conceitos importantes

IFC (Institutional Funded Candle)


IFC é um candle que capturou uma liquidez de um nível de preço anterior. É uma espécie de
order block mas um pouco mais poderoso e não necessariamente precisa ser a cor oposta do
movimento, ex., um candle de alta antes de uma descida ou candle de baixa antes de uma
subida. O IFC pode ser qualquer cor e de preferência com grande pavio.
Como podemos identificar um IFC?
Primeiro de tudo, você tem que identificar um order block no gráfico e após isso, você verifica
os próximos candles se capturaram alguma liquidez em uma faixa de ordens anteriores.

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Nós tínhamos um order block bearish que deixou um imbalance. O primeiro toque foi
exatamente em 50% desse desequilíbrio (primeiro ponto preto), o segundo toque foi um pouco
acima capturando mais liquidez formada a esquerda (segundo ponto preto). É aí que nós
encontramos o IFC que também podemos marcar como pavio, pois se formos refinar, existem
mais candles. A volta nessa região também é 50% e após isso poderíamos fazer uma venda
buscando a liquidez formada abaixo dessa estrutura e/ou em outro order block abaixo. Essa
operação nos daria 13mil pontos nesse índice (NAS100).

Dica:
Não esqueça de olhar as formações das estruturas, a tendência macro, zonas criadas,
inducements e principalmente horário que está analisando o ativo no momento. Isso vai
influenciar bastante.

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O ponto 1 capturou liquidez do low do candle anterior, a partir daí o preço além de quebrar uma
estrutura (BoS) deixou um imbalance. Veja que é criado um order block ao tocar no nosso IFC,
porém, existe um imbalance que muito provavelmente o preço iria equilibrar essa região. Então
lembre-se, o nosso IFC precisa capturar uma liquidez de um nível que acabou de ser criado e
após isso fazer uma quebra de estrutura.
Dica:
Se você for um trader mais agressivo e estivesse dentro do seu gerenciamento, poderia colocar
seu stop no nível do ponto 1, mas se por acaso você for mais conservador, refine o tempo e veja
zonas criadas para segurar seu stop dentro da zona do IFC.

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Vamos mergulhar em tempos gráficos menores e entender o motivo que o preço não tocou no
order block acima, mas tocou no pavio.

Em um tempo gráfico menor, o preço volta em um order block dentro de uma faixa de IFC, mas
não volta em um claro O.B mais acima, talvez por estar na extremidade? Bem provável. Isso
acontece e é absolutamente normal. Por isso devemos refinar cada área da estrutura e buscar por
mais POI’s relevantes e reagir a cada toque nessas zonas.

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Outro exemplo de IFC:

Não necessariamente serão candles de cores opostas do movimento. O IFC é um tipo de order
block que pode ser de qualquer cor. Porém, precisa haver uma captura de liquidez imediata,
imbalance e/ou quebras de estruturas. Isso dá poder a essa faixa de preço.

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Mitigation

É um conceito bastante simples. É a volta em alguma área que marcamos no gráfico ao qual o
preço toca, reage e segue o fluxo. Quando dizemos que o preço mitigou uma região, queremos
dizer que houve o toque nessa zona e possíveis fechamento de ordens.
Em uma explicação mais técnica, é o fechamento das posições atuais das instituições. Pois
como já vimos, essas zonas criadas são ordens pendentes e a volta nessas regiões, o toque, a
reação e o fluxo que segue, chamamos de mitigação.

Uma mitigação é importante pelo fato de que, quando esse conceito é notado, sabemos que
naquele momento as instituições “suavizaram” suas ordens com um toque nessa região que
dependendo da tendência, irá acontecer um movimento de impulso com quebras de estruturas
(BoS).

Vamos entender uma coisa, nem sempre as zonas serão mitigadas e isso é absolutamente
normal. Não devemos nos apegar e achar que o mercado é 100% perfeito, isso não existe.
O que temos que enteder é que, as vezes as zonas não são mitigadas naquele momento, porém,
num futuro breve o preço mitiga/toca naquela região e segue o fluxo.

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Na figura acima, existe uma zona mitigada e duas não mitigadas.Algumas horas depois, o preço
volta para mitigar a outra demanda. Por isso a importância de olhar o que aconteceu no gráfico
para sabermos onde estamos ou onde podemos chegar.

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A imagem acima são zonas marcadas em 4h e veja que nem sempre o preço mitiga uma região.
Mas dentro de toda essa estrutura, nós podemos refinar o tempo gráfico para 15m por exemplo,
e verificar como está se comportando, quais as zonas estão sendo mitigadas e podemos saber o
motivo de algumas zonas serem respeitadas e outras não.

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Estamos em um tempo gráfico menor e já de cara observamos as estruturas internas que são
respeitadas e mitigadas. Mas nós precisamos entender quem está no controle. Compradores
(demanda) ou vendedores (oferta)?
Por que no ponto 3 não caberia uma venda com alvos longos ou uma possível reversão de
mercado? Primeiro vamos entender da onde o preço veio. O movimento que criou o ponto 3,
veio do ponto 2 – Esse ponto 2 acabou de mitigar uma zona importante de 4h, que todo esse
movimento veio de uma zona que também acabou de ser mitigada, uma região de 4h (ponto 1).
Então o preço está vindo de 2 regiões mitigadas em 4h, o nosso ponto 3 está apenas reagindo a
uma zona de 15m, a probabilidade do preço reagir e continuar o fluxo de alta e tocar na
extremidade (ponto 4) que é nossa supply de 4h, é bem maior. É estilo ping-pong, o preço vem
de uma demand 4h e vai em busca de uma supply 4h, mas antes de chegar lá, vai haver fluxos
internos com mitigações em 15m ou tempos menores por exemplo. Então em um mercado de
alta, o preço em 15m vai respeitar as demandas e romper as supply. Em um mercado de baixa, o
preço vai respeitar as supply e romper as demand em 15m até chegar na demand macro de 4h,
por exemplo. Sempre coloque em mente que 4h>15m>5m>1m>. Sempre olhe a tendência
macro!

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Dica:
Com dito anteriormente, fique sempre atento de qual lugar o preço está vindo, se é de uma
demand ou supply não mitigada. Pois é quando sabemos quem está no controle naquele
momento, quem está segurando a barra! Uma zona em h4 é mais forte que 15m que será mais
forte que 5m e assim em diante. Por isso, se o preço vem de uma supply 15m e está indo em
direção a uma demand 1m, fique esperto, pois m15>1m no sentido de “força”.
Fazendo essa pergunta, você pode evitar tomar um loss caso pense em fazer uma entrada. Veja a
figura abaixo;

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Smart Money Concepts - @marraik

Por que não caberia uma venda ali no “X”? O preço tocou em várias zonas de supply 15m,
capturou liquidez, possivelmente houve quebras de estruturas em LTF, etc. Mas por que não foi
interessante uma venda ali?
O preço já toca no extremo da estrutura (região de 4h demand refinada), e nesse momento está
indo tocar na outra extremidade (região de 4h supply).
Os extremos são zonas de 4h e a estrutura interna está trabalhando em regiões de 15m. Como
dito anteriormente, zonas de 4h>15m. Sempre atento da onde o preço está vindo e para onde
está indo!

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V- Shape Reversal

É o toque em alguma região institucional em formato de “V”, tanto acima quanto abaixo.
Geralmente é um movimento brusco que foi ali apenas para capturar/mitigar zonas.

Esse é um VSR de baixa, foi um movimento repentino que foi ocasionado pelas grandes
instituições apenas para mitigar uma região de supply criada por eles mesmo.

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Aqui temos um VSR de alta.


Mas por que é importante a gente saber desse movimento?
A lógica por trás é que quando entramos em uma região de demand/supply queremos entrar e
sair em forma de V para mitigar a região. E isso vai acontecer muito. Por isso, quando você
estiver vendo estruturas como essa sendo formadas por zonas institucionais a esquerda e o preço
indo em sua direção, espere e verifique se o preço vai fazer um movimento nessa formato e veja
a possibilidade de fazer uma entrada quando terminar a pernada da figura V com o retorno do
preço. Isso mostra as grandes instituições empurrando o preço para dentro e para fora da região
bem rápido e o reteste desse movimento que nós tentamos ficar do mesmo lado dos bancos.

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Flip

Um dos termos que você irá ouvir falar muito e será primordial ter como uma carta na manga na
hora das análises e entradas, pois como o nome diz, flip é uma virada do jogo naquele momento,
é quando uma demand é quebrada e em seguida é formada uma supply, ou vice-versa. Um
breaker block pode-se considerar um filp também em muitos casos.
Vamos entender mais sobre o flip que irei abortar com mais atenção e exemplos para você
entender como funciona a sistemática desse conceito.

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Tínhamos uma supply ao qual o preço testa e cria uma nova zona que dessa vez é uma demand,
com essa nova região o preço quebra uma estrutura, volta para retestar e o preço vai embora!

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Smart Money Concepts - @marraik

Flip price, tínhamos uma demand ao qual virou uma supply. Podemos chamar também de
breaker block neste caso que também toca em uma supply na base do movimento.

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Smart Money Concepts - @marraik

Vamos entender novamente a lógica por trás do movimento flip e o porquê que temos que dar
uma importância quando isso acontecer.
Ponto 1: Existe uma formação de uma zona de demanda nesta faixa de preço e a partir daí deu
início ao movimento que criou um topo mais alto (hh);
Ponto 2: Esse foi o topo mais alto até o momento e a partir desse ponto o preço testou nossa
área de demanda;
Ponto 3: Demanda testada, por enquanto os compradores estão no poder e com esse movimento
que veio do ponto 3, a expectativa é que quebre o ponto 2 e continue o fluxo de alta, certo? Mas
o movimento do ponto 3 não consegue esse feito;
Ponto 4: Os compradores não tiveram força suficiente para quebrar o ponto 2, sendo assim,
jogam o preço para baixo deixando uma supply nessa região e com esse movimento do ponto 4,
o preço quebra toda zona criada anteriormente com um sweep (a tendência estava de baixa);
Ponto 5: Preço volta de uma quebra de demand e testa na supply criada no passado, jogando o
preço para baixo e nos dizendo que quem comanda o mercado neste momento são os
vendedores! Você acabou de entender o que é um FLIP.

Dica:
Todo flip é um CHoCH, mas nem todo CHoCH é um flip.
Em entradas de confirmações precisamos que tenha pelo menos um desses critérios ch+flip para
tornar nossa entrada com maior probabilidade. Portanto, tenha em mente que essa dupla você
vai encontrar muito por aí.

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Sweep

Um conceito que ajudará bastante você a saber se já está na hora ou próximo de fazer uma
entrada. Um sweep nada mais é que uma varredura de liquidez em determinada região.
Muitas vezes vista com um pavio. Sabe aquele pavio ou aquele candle solitário em uma faixa de
preço que apareceu do nada e muita gente não entende o por quê? Pois bem, prazer, sweep!

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Smart Money Concepts - @marraik

Obs.: Muita gente também chama esse movimento como fu candle, fakeout, spring. Mas
entenda que no fundo a ideia e a lógica é a mesma, um(ns) candle(s) ou pavio ao qual captura
liquidez, BSL/SSL. Na grande maioria das vezes será um pavio que foi naquela faixa de preço
apenas para tocar nos stops e vai voltar rapidamente.

Dica:
Um sweep acontece para capturar os stop losses que existem em uma determinada faixa de
preço, portanto, após isso acontecer é normal que o preço vá para o caminho contrário do sweep.
Então, fique atento e verifique sempre a tendência macro e veja possíveis pontos de interesse ao
qual ele pode tocar quando fazer essa varredura de stop, como por exemplo criação de padrões
de liquidez. Toda ação há uma reação, então sempre siga as zonas criadas com o movimento do
sweep.

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Stop Hunt
É uma estratégia que força algumas pessoas a saírem de suas posições naquele momento. É um
movimento com um candle, um grupo de candles ou apenas um pavio, que fura um nível de
preço que anteriormente existiam bastante ordens pendentes. Stop hunt é um mal necessário
para que as instituições possam fazer transações massivas sem que ocorra “derrapagem” no
mercado financeiro. Também para você ganhar dinheiro, eles devem CAPTAR dinheiro; o que
significa que deve haver ordens suficientes no lado oposto dessa transação... resultando em uma
perda para que você ganhe.

Geralmente a estratégia do stop hunt é em torno de 25 a 50 pontos. O SH pode ocorrer a


qualquer tempo, mas na maioria das vezes são criados no gráfico durante eventos com bastante
volatilidade.

Esses dois conceitos (sweep/stop hunt) são bastante similares e ambos possuem a função da
captura de liquidez e varrer todos os stop losses naquela faixa de preço.

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Failure Swings

Simplesmente a falha em quebrar um swing point. Chamamos pela sigla de SMS (Shift in market
structure) também. Ou no popular pode chamar de “falha de topo/fundo”. Se torna um ponto
extremamente forte quando encontrado nas extremidades.

Quando o sms vem num ponto extremo de um movimento, muito provável que haverá outras
falhas e talvez ali um novo movimento.

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Dica:
Se um movimento está fazendo vários sms seguidos, vá verificando as zonas que o mercado cria
com os impulsos, será onde o preço vai voltar e suavizar o toque fazendo o sms do swing point
anterior. Conforme a figura acima.

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Smart Money Concepts - @marraik

Whipsaw
É um movimento no gráfico que “corta” os dois lados. Whipsaw significa serrote. É onde os
vendedores e os compradores fazem o mesmo movimento para cima e para baixo como se
estivessem serrando um tronco de uma árvore, capturando liquidez, tocando em alguma zona e
seguindo o fluxo.

Como podemos “prever” esse movimento? Na figura acima, note que os ursos fizeram primeiro
o movimento para baixo capturando a liquidez do range criado, e acima dessa estrutura de
acumulação, existe uma zona de supply. Foi aí que aconteceu o whipsaw. Um movimento de
serrote de ambos os agentes para varrer a liquidez em ambos os lados. Porém, o primeiro
movimento foi o mais manipulado que o segundo, pois no 2º serrote, foi o toque numa zona
criada anteriormente. Sempre atento a esses movimentos, a lógica da criação da estrutura e os
primeiros movimentos.

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Smart Money Concepts - @marraik

Momentum
É um movimento brusco e repentino. A volta dessa pernada geralmente demora mais que o
movimento inicial. É apenas para medirmos o sentimento do mercado no momento.

O momentum é o nosso box em vermelho. Com um movimento rapidamente feito pelos bancos,
podemos verificar a dimensão e a emoção do jogo. Quando há uma pernada tão brusca assim, o
preço tende a retornar mais leve para equilibrar o preço e para preencher os FVG’s e, seguir o
fluxo, caso o vento esteja a nosso favor, claro. Nesse caso, qual o momentum? Bearish, pois
levou menos tempo para chegar em um determinado ponto do preço do que a volta do mesmo.
Um momentum irá sempre deixar FVG que iremos abordar agora.

Imbalance

Um conceito que você já viu durante esse e-book e agora vamos abordar mais a fundo.
Chamado também de FVG (Fair Value Gap), ineficiência do preço e liquidity void, é uma
região do gráfico ao qual encontra-se desbalanceada. Um imbalance nada mais é que um
desequilíbrio naquele momento do preço realizado pelas grandes instituições. Só por elas.
Entenda que todo instante e todo dia existe um desequilíbrio no preço e é importante sabermos
quando isso ocorre, pois sabemos que aquela região é uma zona institucional. Coloquem isso

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Smart Money Concepts - @marraik

em mente, apenas grandes instituições conseguem desequilibrar o preço no mercado financeiro.


Nós somos sardinhas. Nós somos pequenas batatas perto do Smart Money!

Repare que em um cenário com o preço equilibrado, os pontos extremos dos candles se tocam.
Já em um cenário desequilibrado, a mínima de um candle não toca na máxima do candle
posterior, essa vela do meio torna-se o nosso imbalance, ou seja, nesse momento o preço está
desequilibrado, é uma ineficiência que acabou de ocorrer.
Um FVG é importante pois, se acontecer antes uma quebra de estrutura de algum topo ou fundo
anterior, nos indica que essa zona é uma região de interesse ao qual o preço poderá voltar a
preencher esses níveis.
Não é regra, mas geralmente eles preenchem pelo menos 50% do FVG, claro que acontece de
preencher todo, entenda que no mercado nada é 100%, trabalhamos com probabilidade e
reações!

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Smart Money Concepts - @marraik

Importante destacar que quando um movimento brusco acontece, um momentum e é deixado um


FVG com quebras de estruturas (BoS), essa zona é uma região bastante forte, pois como dito
anteriormente, apenas grandes instituições conseguem fazer movimentos desse tipo, pois eles
operam com milhares e milhares de lotes e são capazes de desequilibrar o preço num piscar de
olhos!

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Smart Money Concepts - @marraik

Existe o desequilibrio que acontece no meio do gráfico ao qual é com mais frequência e menos
importante*;

*Quando eu digo menos importante, é que isso acontece diariamente e com vários ativos e
geralmente são preenchidos rapidamente. Mas é claro que é um ponto a se notar para fazer uma
análise.
Todas essas faixas em azul, naquele momento, são FVG’s/Imbalances.

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Smart Money Concepts - @marraik

E claro, existe o desequilíbrio no preço ao qual a gente dá uma atenção bem maior;

Apenas os big guys conseguem fazer essa arte. Nesse momento existe muito, mas muito níveis
de preço desequilibrados, quanto maior for o desequilíbrio, maior será a pretensão deles
voltarem a “equilibrar”. O preço volta na grande maioria das vezes. Mas entenda que nem
sempre eles voltam, gosto de frizar isso sempre para você entender que o mercado não é 100%
dito, se fosse assim, seria ótimo não acha?
Você também pode usar um imbalance como um suporte*.

*Suporte em o preço segurar/respeitar a região como um ponto de interesse. Não confunda com
o suporte/resistência da análise técnica.

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Smart Money Concepts - @marraik

Liquidity void (vazio de liquidez), é toda estrutura ao qual o preço move-se rapidamente para
uma determinada direção, e, dentro da LV existem imbalances/fvg’s. Preço eficiente significa
que o mercado tem que estar balanceado, pra cada comprador tem que haver um vendedor.
Quando a gente vê apenas compradores ou vendedores em uma direção, isso cria um vazio no
preço que o algoritmo do banco tem que preencher esses vazios para deixar o preço eficiente
novamente. Isso é descrito como um vazio de liquidez no mercado ou vazio de liquidez.
(liquidity void).
Outra dica importante é que, quanto maior for o tempo gráfico, maior será a força do imbalance.
Sempre refine o seu tempo gráfico para saber se naquela mesma região em um LTF também há
imbalance. Por exemplo, se em 4h existe um imbalance, quando vamos em um tempo gráfico
menor – 5m ou 15m – vai haver zonas de supply/demand nessa mesma região. E quando o preço
em 4h tocar em 50% desse imbalance por exemplo, ele está apenas tocando em regiões de LTF.

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Smart Money Concepts - @marraik

Esse é o preço respeitando uma região de 5m (círulo da imagem anterior). Mas quando vamos
para os 4h, vejo claramente o preço tocando em um imbalance, equilibrando o preço nesse
momento. Por isso, o imbalance também pode ser um ponto de interesse para nós.
Sempre atento aos múltiplos tempos gráficos.

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Smart Money Concepts - @marraik

Notou a diferença de um impulso que o preço fica bastante desequilibrado?


É nesse tipo de movimento que a gente procura zonas ANTES do desequilíbrio, esperamos eles
voltarem (claro, sempre verificar a confirmação) e fazemos nossas possíveis entradas.

Dica:
No capítulo de setup, irei mostrar um pouco mais sobre como podemos negociar quando esse
tipo de movimento acontecer. Mas coloque em mente que essas zonas são regiões institucionais.
Um nível institucional a gente sabe que tem mão grande ali e que temos o dever de ficar de
olho.
Imbalance + BoS + volta na zona = Sucesso.

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Smart Money Concepts - @marraik

POI (Point of Interest)

Conceito simples e objetivo. Nada mais é que uma região do gráfico que para nós é interessante.
É em um ponto de interesse que desejamos que o preço toque nessa zona, faça algum tipo de
reação para podermos fazer nossas entradas.
Um POI pode ser um imbalance, supply, demand, números redondos, qualquer tipo de O.B, etc.
Tudo que já vimos nos capítulos anteriores.

Começamos com uma análise, verificamos o tempo gráfico, a tendência, a estrutura e definimos
nosso POI. Esperamos o preço chegar nele e verificar algum tipo de reação em um tempo
gráfico menor.
Um POI é apenas uma base, um local do gráfico que marcamos e ficamos com os olhos em
cima esperando algum tipo de movimento próximo ou exatamente nele.
E como dito, já vimos diferentes tipos de POI’s nos capítulos anteriores. Toda figura que existe
nesse e-book que tenha uma faixa cinza escura ou cinza clara, é um POI.

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Smart Money Concepts - @marraik

Como validar um POI


Olhando para o gráfico, como podemos identificar um POI que tenha mais chances de ser
respeitado? Por outro lado, como podemos identificar um POI inválido?
Para adiantar a resposta, vamos direto ao ponto: Não tem como a gente adivinhar uma região
100% válida ou inválida. O mercado é muito dinâmico. Vai haver análises que você vai jurar de
pés juntos que o preço vai chegar naquele nível e nunca chega. O que devemos fazer é reagir ao
que ele está nos dizendo.

Qual POI válido para você? Qual o inválido? Considerando um mercado de baixa.

136
Smart Money Concepts - @marraik

Agora vamos entender o motivo:


A tendência do ativo nesse tempo gráfico era de baixa, fazendo topos e fundos descendentes.
Foi formada uma estrutura conforme os 2 pontos em preto. Topo e fundo. Dentro dessa pernada
de baixa consegui identificar 3 “possíveis” POI – Supply/order block.
O ponto 1 descarto logo de cara, pois após o candle de compra, existe um candle de venda com
um pavio que cobre a linha de preço. Em outras palavras, essa região já foi mitigada.
O ponto 3 considero como um inducement/liquidity, primeiro que está abaixo dos 50% do range
e segundo que entre o ponto 3 e o ponto 2 existe um fvg/imbalance (acabamos de estudar).
O ponto 2 é um possível ponto de interesse válido, pois está na linha dos 50% da estrutura e
como dito, abaixo dele existe um desequilíbrio do preço.
São essas perguntas que você deve fazer e são esses pontos que você deve procurar no gráfico,
fvg, pontos de liquidez, região em área de premium ou discount.
Vamos estudar sobre isso agora, preste atenção que é um conceito bastante importante.

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Premium & Discount

A resposta econômica por trás desse termo é: uma região premium é quando o preço está caro
demais conforme a nossa estrutura, nesse momento entra os vendedores. Quem não quer vender
algo caro? Já na zona discount o preço está barato e com isso provavelmente vai entrar mais
compradores, pois o preço está barato e vão comprar mais e mais.
Digamos que você possui um carro e queira vender. Tenho certeza que quer vender o mais caro
possível, certo?
Agora vamos supor que você queira comprar um carro. Você provavelmente quer comprar mais
barato, né?
A ideia é essa. Vamos aos exemplos;

No TradingView podemos usar a ferramenta de Fibo ou Gann Box. O que vai nos interessar para
usar essa teoria é apenas o 50% da estrutura. Entenda que o que queremos saber quando
analisamos uma região P/D (premium&discount), é apenas a metade do range.
Agora vamos mergulhar mais a fundo sobre o que mencionei na página anterior. O que fazer
quando tempos vários POI’s no gráfico? Qual escolher? Como posso escolher um ponto de
interesse válido e com maior probabilidade do preço tocar? Muitas pessoas me perguntam isso.
Pois bem, eu geralmente uso a ferramenta de P/D para identificar meus possíveis e mais lógicos
pontos de interesse.

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Antes de mais nada, vamos entender o seguinte:

• Primeiro, verificamos a tendência como um todo, bearish ou bullish?


• Segundo, nós marcamos uma estrutura importante, mas o que é uma estrutura
importante? Um topo e fundo, um range, uma pernada ao qual houve quebras de
estruturas (BoS);
• Terceiro, nós marcamos nosso P/D, pegando do topo até o fundo;
• Quarto, nós procuramos por um POI interessante na zona de premium ou discount, vai
depender da tendência e agora vou mostar o porquê.

Se estamos numa tendência de alta, por exemplo, o preço está fazendo topos e fundos
ascendentes, certo? Ou seja, a demand está em controle e o movimento que vem da demand está
quebrando as supply (vendedores)

Na imagem ao lado nós identificamos uma estrutura


Com um topo e um fundo relevante e estamos
Vendo que o preço quebrou uma estrutura anterior.
OK, estrutura válida.

Agora, vamos colocar no gráfico nosso P/D para SABER onde está os 50% desse range, dessa
estrutura, e marcar nosso POI na zona de discount, mas por que procuramos no discount?
Procuramos nessa região quando a estrutura for bullish, sempre quando for uma estrutura de
alta, com a possível tendência de alta. Entenda a lógica por trás disso: se o preço está subindo,
eu espero que ele volte na minha região de discount que eu sei que é uma zona ao qual o preço
fica barato, e já sabemos quando o preço está barato a tendência é comprarmos, e se
comprarmos o preço vai para onde? Isso mesmo, subir!

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Mercado de Alta

Dica:

Fundo e topo relevante? OK


Marcar P/D? OK
Tendência de alta? Procure seu POI na parte discount (abaixo dos 50%). Achou um ponto
interessante? Demand, O.B, etc.? OK
Tendência de baixa? Procure seu POI na parte premium (acima dos 50%). Achou um ponto
interessante? Supply, O.B, etc.? OK
Espere o preço voltar e romper os 50% do range e fazer alguma reação para verificar a
possibilidade de uma entrada.
Alvo? Liquidez/Estrutura externa do gráfico. Dependendo da estrutura, alvos old swings
anteriores ou demand/supply em 15m – se sua execução for em 5m/1m.

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Mercado de Baixa

Mesma lógica para uma tendência bearish, se o preço está caindo, supply sendo respeitadas e
demand sendo quebradas e eu tenho uma estrutura à vista, um topo e fundo relevante, faça essa
pergunta a você mesmo, eu vou querer vender quando o preço estiver caro, certo? Então marque
sua zona de P/D e acima dos 50% espere alguma reação na zona premium. Seu alvo será o
ponto externo do gráfico. Sempre monitorando a trade!!

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Você se depara com essa situação... qual região o preço talvez toque? Como pode saber qual
região o preço irá realmente tocar para seguir o fluxo?

O preço está de baixa, estrutura formada, P/D no range e esperamos uma volta na região
premium. Mas e agora?
Muito comum isso acontecer. Mas eu não tenho uma resposta 100% concreta. O ideal e o que
muitas vezes acontece é o preço tocar no primeiro POI (relevante) após o rompimento dos 50%
da estrutura. Por isso é importante a gente sempre reagir ao preço e verificar o cenário como um
todo, ex., existe algum POI mais forte que o primeiro? Algo como um movimento brusco que
deixou fvg e quebrou estruturas? Tudo isso perguntamos a nós mesmos para fazermos as
análises e entradas. Temos que criar uma narrativa em nossa cabeça e deixar claro diversas
possibilidades do que talvez o preço faça. Ele pode tocar em um POI mais acima? Sim, não tem
como adivinhar isso. Trabalhamos com probabilidade, lógica e reação ao movimento em tempo
gráfico menor.
O que é uma região relevante? É uma zona com um(ns) candle(s) que capturou alguma liquidez
recente e/ou quebrou estruturas, que deixou o preço desequilibrado, etc.

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Temos que entender que nem sempre o preço volta nos 50% da estrutura e isso é absolutamente
normal. Muitas vezes ele toca bem em cima dos 50%, rompe pouco e muitas vezes vai embora
sem nem romper os 50%. O que queremos é que ele toque em alguma região importante ou que
capture liquidez na nossa zona de premium ou discount.
Então, quando você estiver com uma estrutura ao qual há mais de 01 zona interessante por
exemplo, o ideal é você marcar a ferramenta de premium vs discount e esperar a reação do preço
em cada zona marcada em tempo gráfico menor após romper os 50%. Essa reação é com toque e
quebras de estruturas (CHoCH e/ou Flip).

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Repare sempre em padrões formados abaixo ou acima de POI’s selecionados. Pois o vilão do
mercado (inducement) vai estar lá para confundir a cabeça dos demais. Mas, como você já
estudou sobre isso, vai sempre ficar em alerta!

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Dica:
Uma análise e entrada vai muito além que P/D. Usamos essa teoria para que a precificação seja
alinhada no gráfico, ou seja, se em uma estrutura o movimento está bearish (de baixa),
queremos que o preço toque em uma região premium, pois com isso o preço está “precificado”,
em outras palavras, está caro dentro daquele range, e a probabilidade de cair será maior e seguir
o fluxo de baixa será maior! Claro, sempre olhamos outras confluências, horário, sessão,
tendência macro, notícias, etc.
Em um movimento bullish (de alta), queremos que o preço volte na região discount¸pois dentro
daquela estrutura específica, quanto ele entrar na zona ao qual o preço fica barato, será melhor
para comprar e o preço subir quebrando estruturas.

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Níveis institucionais (key levels)

Definição
Uma região onde os bancos gostam de deixar ordens pendentes são em números redondos,
1.200, 1.500, 1.800, 2.000, etc.
Muitas vezes não prestamos atenção a isso, mas é de extrema importância para colocar em nossa
tática de análise quando não temos um target definido.

Cada linha verde pontilhada é um número redondo no gráfico.

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Isso nos dá mais refinamento de uma área específica e um possível alvo se tudo estiver com
lógica, claro.

Dica:
Se o mercado estiver em uma tendência de alta/baixa ao qual a esquerda do gráfico não exista
nenhuma região para que ele possa tocar, mitigar, capturar liquidez, segurar, coloque no seu
gráfico os números redondos e veja como o preço está reagindo a eles nos últimos candles.
Esse indicador no TradingView é “Round Numbers Above and Below”.

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Avaliação das Tendências


No trajeto de uma tendência, seja de alta ou de baixa, existem alguns fatores que podemos
analisar o desenho dos candles e nos prepararmos para possíveis entradas. Analisar as
formações que um impulso ou retração deixa no gráfico é primordial para sabermos o real
motivo do preço naquele momento está chegando próximo de um POI, por exemplo. Essas
ferramentas são importantes pois conseguimos verificar a fraqueza ou a força dessa estrutura.
Análise de força e fraqueza
Quando o preço se encontra em uma certa tendência, nós esperamos que a direção do impulso
tenha mais força e o melhor jeito de avaliar a força/fraqueza é fazer uma comparação com
movimentos que acabou de ocorrer.

Velocidade
A velocidade é o ângulo do movimento. Se o preço está se movendo mais rápido que uma
estrutura anterior, isso significa que há força. Se por acaso, se move mais lento que uma
estrutura que acabou de acontecer, isso é um sinal de fraqueza.

Velocidade mais lenta após um movimento mais rápido, nos dá ideia que alguém está perdendo
as forças enquanto o outro lado está ganhando e ficando mais poderoso. Na imagem acima, nós
vemos um certo movimento de velocidade lenta após um movimento de alta, isso é uma
fraqueza da tendência, e, nesse momento, os compradores estão perdendo suas forças. Após
uma captura de liquidez com a quebra de estrutura, os vendedores saem de fracos para fortes.
Dica:
Sempre olhe as estruturas que o preço acabou de fazer e o que está fazendo no presente, faça
essa comparação de força/fraqueza. E claro, sempre verifique possíveis regiões a esquerda e a
tendência macro do ativo.

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Aqui conseguimos identificar uma maior velocidade à direita que nos dá ideia de que essa
tendência está com forças se for comparada com a estrutura anterior.

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Análise de Projeção e Profundidade


A análise de projeção é a medição da distância total do impulso ou a distância dos extremos.

Com a projeção, nós avaliamos a distância que os impulsos pecorrem e vamos comparar com os
impulsos anteriores e verificar a resistência da tendência. Para um movimento seja saudável,
cada impulso deve ser maior que o anterior e se por um acaso, um impulso não for capaz de
fazer mais movimentos na direção da tendência, temos que ficar espertos que esse movimento
pode estar acabando.

• Impulso:
A distância percorrida pelo impulso entre 3 e 4 é maior que a distância do ponto 1 e 2. Isso
nos dá ideia de força do movimento;
A distância percorrida pelo impulso entre 5 e 6 é inferior à distância do ponto 3 e 4. Isso nos
dá um sinal de fraqueza.

• Extremos:
A distância entre as extremidades 2 e 3 é superior à distância do ponto 1 e 2. Isso nos dá
ideia de um movimento forte;
A distância percorrida entre os extremos 3 e 4 é menor que os pontos 2 e 3. Isso nos dá a
ideia de fraqueza dessa tendência.

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A profundidade nós avaliamos a distância percorrida pelas retrações para sabermos se a falta de
força aumentou ou diminuiu.

• Retração:
A distância da retração do ponto 3 e 4 é inferior à distância do ponto 1 e 2. Isso nos dá a ideia
que esse movimento está forte. A retração foi menor que a retração anterior. Vendedores
perdendo forças;
A distância do ponto 5 e 6 é maior que a distância do ponto 3 e 4. Isso nos diz que no momento
há fraqueza. Vendedores estão começando a ficar forte – Possível reversão.

• Extremos:
A distância percorrida entre os extremos 2 e 3 é inferior à distância dos pontos 1 e 2. Sinal de
fraqueza;
A distância entre os pontos 3 e 4 é superior à distância dos pontos 2 e 3. Sinal de força nessa
tendência.

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Você pode se perguntar: OK, mas porque analisar o movimento de impulso e retração?
Na imagem acima a gente vê claramente o porquê é importante ter ideia desses movimentos.
Veja que conforme a análise e projeção do impulso, a distância do ponto 3 ao 4 é maior que o
impulso 1 e 2. Em seguida, o impulso 5 e 6 é menor que o 3 e 4. Resultado? Perda de força dos
compradores. Vendedores entram, criam supply, quebram estruturas, criam inducement e jogam
o preço para baixo.
Dica:
Quando o preço estiver próximo de um POI a esquerda do gráfico, analise esses impulsos e
retrações a medida que ele vai se aproximando, e veja quem está perdendo e ganhando forças.
Refine para um tempo gráfico menor e espere confirmações como CHoCH/Flip/BoS, etc.

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Compression
Compression é uma compressão no preço, é um efeito “mola” – é comprimido e após isso
esticado. Que acontece na maioria das vezes quando está chegando próximo de um POI. É uma
fraqueza clara dos vendedores ou compradores.

Imagine alguém jogando uma pedra para cima em um alvo bem alto. Toda a força colocada em
seu braço faz com que a pedra chegue bem perto do alvo, toque nele suavemente e caia com a
gravidade. Eu imagino a compressão muitas vezes assim. Quando o preço está chegando perto
de um POI – nesse ex., os compradores estão sem forças para continuarem o preço de alta, então
ficam se desfazendo de suas ordens. Ali, entraram os últimos compradores dispostos a pagarem
aquele preço que já está caro demais. Se está caro, os vendedores fazem a festa!
Só me interessa esse tipo de formato quando acontece próximo de POI em tempos gráficos
maiores. Pois durante o meio do gráfico aleatório, isso para mim é uma lateralização e
consequentemente criação de liquidez que pode acontecer um sweep a qualquer momento.
Então eu gosto de observar essa formação bem perto de regiões institucionais.

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Dica:
Fique sempre esperto quando em uma região institucional, em 4h por exemplo, o preço começar
a ficar com esse tipo de formação, comprimido e criando liquidez. Espere sempre a captura de
liquidez e/ou confirmações em tempos gráficos menores como CHoCH/Flip.

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CPE - Close Proximity Entries


A abertura do range vai definir o quanto o movimento abaixo/acima dessa abertura vai permitir
uma boa probabilidade de vendas/compras. (ICT 2022)
Isso é ideal caso você tenha perdido uma entrada acima/abaixo da abertura do dia.
Passo 1. Abertura do dia + máxima do dia (HOD) = Projeção da abertura do range
Passo 2. Projeção da abertura do range – Abertura do preço = Abertura do range
Agora vamos entender no gráfico. Mas antes, pegue uma Fibo com os níveis (1, 0 e -1);

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Agora que aprendeu o conceito CPE, você precisa entender uma coisa importante: Para que
tenha uma entrada com essa análise, é preciso compreender mais fatores:

• Você deve verificar o que existe a esquerda do gráfico – possíveis pontos de liquidez,
possíveis regiões de supply/demand e a estrutura macro. Você está em uma retração ou
impulso?

Vamos pegar o último exemplo e observar o que existiu no passado. Repare que já noto EqL –
Equal Low, fundos iguais – acima de um order block. Só com esses dois pontos já poderíamos
ficar esperto de uma possibilidade do preço fazer uma mínima do dia e começasse a buscar
máximas do próprio dia e de dias anteriores (conforme a penúltima imagem).

• Você pode também observar o horário em que a máxima/mínima do dia é criada. Pois
geralmente esses pontos no gráfico são feitos em específicas sessões e horários.
Também é criada em movimentos agressivos que são realizados para capturar a liquidez
em determinada região.
A mínima/máxima do dia é montada quando abre alguma sessão importante. Se todo o
movimento de um certo dia será de alta, geralmente após a abertura do dia, vai ocorrer um
certo tipo de manipulação para baixo que será a mínima do dia (conforme ex. anterior). Por
outro lado, se um determinado dia for de baixa, após a abertura do dia, geralmente ocorre um
movimento de manipulação para cima que será a máxima do dia. Na próxima página iremos
abordar os movimentos do dia, as manipulações que ocorrem, os horários específicos e as
sessões que podemos operar no mercado.
Dica:
O interessante é fazermos esse tipo de análise quando ocorre o movimento de manipulação do
dia, pois é onde iremos traçar os pontos da Fibo. Da manipulação até a abertura do dia.

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Sessões

No mercado FOREX existem várias sessões, mas nós damos importância as que há mais
volatilidade e criação de liquidez, que são:
Ásia, Londres e New York.
Em cada sessão há um horário e particularidade ao qual a gente vai estudar e se aprofundar
sobre isso. Se você não conhecer as sessões e suas características, você provavelmente irá levar
stop. Digo isso, pois cada uma tem uma função no dia. E se você estiver querendo fazer uma
entrada com um alvo longo na sessão asiática por exemplo, bem provável que seja stopado
quando Londres iniciar.
Se você for fazer uma compra ou venda nas primeiras horas de Londres seguindo seu
movimento primário, muito provável que te mandem pra casa também.
Vou mostrar os pares que se movem mais e menos em cada sessão.
Então vamos lá para eu te explicar o poder das sessões e como não cair nas armadilhas dos big
guys.

Sessão asiática

Características:

• Começa às 21h e termina às 6h (Brasília);


• Tem uma característica de acumular ordens. Geralmente é uma sessão com 20 a 40pips
devido a falta de volatilidade do mercado;
• Pares com GBP, EUR e USD a sessão asiática é mais lateral;
• Pares com JPY, AUD, a sessão as vezes se move mais.

O que acontece em um dia típico do mercado?


São basicamente três coisas: o range da Ásia constroi a liquidez, Londres capta essa liquidez e
faz a manipulação diária (a mínima/máxima ou ambas) e Nova York distribui o preço, faz o
movimento que provavelmente será o correto do dia. Entenda que isso é em um dia típico e não
será todos os dias. O que temos que verificar sempre é a tendência macro, as regiões que há na
esquerda do gráfico em tempos maiores e a estrutura em que o preço se encontra em múltiplos
time frames.
Vamos entender como é feita a criação da liquidez na sessão asiática:

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Repare que na maioria das vezes a sessão asiática é um retângulo comparado com os demais
movimentos. É uma zona ao qual existe bastante stop loss acima e abaixo dessa estrutura, por
isso quando a liquidez é capturada de algum lado, o preço faz movimentos bruscos com a
manipulação de Londres.
Por isso, quando for começar sua análise, sempre olhe se a mínima ou a máxima asiática já foi
tomada para você fazer algum tipo de entrada coerente.

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Veja que após a captura da Ásia low, o preço reverte para cima. Isso também ocorre quando a
Ásia high é tomada. Isso acontece boa parte das vezes, certo? Não é um modelo fixo para
adotar!
E quem faz esse papel de capturar a liquidez asiática ou de fazer a manipulação? Isso mesmo, a
próxima sessão: Londres.

Sessão Londres
Considerada por muitas pessoas como a melhor sessão para se operar devido a sua grandiosa
volatilidade. A sessão Londres é a queridinha de quem opera pares com GBP/EUR. Também é
um horário interessante, pois na grande maioria das vezes quem captura os níveis de preço da
Ásia, é Londres.

Características:

• Começa as 4h e termina às 13h (Brasília);


• Tem uma característica de capturar o low ou high da Ásia (ou ambas);
• Conhecida por fazer manipulações e movimentos bruscos durante o dia (Judas Swing);
• O dinheiro entra nessa sessão;
• Boa parte das vezes forma o ponto mais alto ou baixo do dia;
• Boa parte das vezes o movimento de Londres é o contrário do dia todo;
• Quando Londres não faz nenhum tipo de movimento acima, espere por algo mais
coerente na próxima sessão.

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Não podemos confiar 100% em esperar um movimento como esse. Se acontecesse todo santo
dia seria ótimo, não acha? Mas coloque em mente que na maioria das vezes isso acontece, pois
como dito anteriormente, cada sessão tem sua função e se estiver alinhado com outras
confluências a chance disso acontecer se torna bem provável.
Londres é o carro chefe para quem opera GBPUSD/EURUSD por exemplo, é aqui onde existe a
volatilidade do dia, é aqui onde há os movimentos com vários pips que buscamos no intra-day.
Mas se um dia atípico Londres estiver muito lateral, com pouca movimentação e sem
manipulações ou movimentos que irá capturar liquidez... vá tomar um café e espere mais um
pouco.
E se a Ásia acumula ordens e Londres capta essas ordens, e o resto do dia? Nossa próxima
sessão é New York que durante um certo período do dia nós temos as duas grandes sessões
andando lado a lado.

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Sessão de New York

Queridinha para quem opera índices americanos, a sessão de NY se torna um horário importante
para operarmos pois há bastante volatilidade e liquidez nesse período. Em termos de volume é a
maior sessão. Tanto NY quanto Londres, são sessões que preferimos operar no meio desse
tempo. É onde a grana entra.

Características:

• Começa às 9h e termina às 18h (Brasília);


• Tem uma característica de fazer o movimento contrário de Londres;
• Conhecida como fazer o real movimento do dia por muitas vezes;
• Bastante volatilidade;
• As vezes NY forma o topo ou fundo do dia.

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Após a sessão de Londres fazer o topo/fundo mais alto ou baixo do dia, muitas vezes o dever te
fazer esse feito fica para NY.
É importante destacar que entre 9h até 13h nós temos as duas maiores sessões interligadas e o
interessante é termos mais atenção em NY nas suas primeiras horas.

Dica:
Ao começar uma análise, verifique se o low ou high da Ásia já foi tomada. Verifique se já houve
a manipulação de Londres capturando a liquidez e fazendo movimentos bruscos. Veja até onde
está indo o movimento de Londres, que já sabemos que boa parte das vezes o movimento será o
contrário de todo o dia. Identifique se Londres fez a máxima/mínima do dia e veja se está perto
de abrir NY (9h), se sim, veja a possibilidade de fazer alguma entrada apostando no movimento
contrário de Londres. Lembre-se de sempre olhar pontos a esquerda do gráfico, zonas como
O.B, imbalance, etc. Veja também a tendência macro do ativo. Quanto mais confluência nós
temos em mãos, maior a probabilidade do acerto.
Meu canal no youtube.com/@marraik, eu tenho um vídeo falando especificamente sobre isso!
Indicador no TradingView das sessões é (FX Market Sessions).

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Importância e movimentação das sessões

Como dito anteriormente, muitos traders buscam entradas quando o preço está próximo de
alguma região importante. E quando essa região é criada após uma captura de liquidez na sessão
da Ásia por exemplo, nos torna uma zona importante. E nem sempre pode ser criada no mesmo
dia. Vamos ao exemplo a seguir:

Vamos entender a figura acima com mais detalhes:


1. Houve um tipo atípico no mercado. A sessão asiática teve um pouco de volatilidade
neste dia;
2. Londres capturou a liquidez (low) da Ásia e começou seu movimento bullish. Com a
captura dessa liquidez eles deixaram para trás um O.B criado, uma zona de demand.
Você já estudou isso, certo? Então deve saber o porquê que ali é uma zona importante
(capturou uma liquidez e quebrou estruturas – BoS);
3. Movimento atípico de NY, neste dia não houve o movimento que estamos acustumados
a ver. Mas veja que interessante, na abertura de NY foi criada um fundo duplo (EqL) e
você sabe o que isso significa, não é? Já estudaram no capítulo de O.B – Fundo duplo
acima de um O.B é uma zona interessante e de inducement para num futuro ser testada
(ficamos de olho);
4. Dia típico no mercado financeiro. Ásia bastante flat acumulando ordens (temos dois
cenários de liquidez já);
5. Londres captura a liquidez da Ásia, faz uma mini retração;
6. Quando abre NY, veja como o preço corre bruscamente até o ponto 2, testa e faz todo
esse movimento de alta.

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O que temos que entender é exatamente isso, a importância das sessões. A importância da gente
saber onde estamos, em que horário estamos, se já houve a captura de liquidez, se já houve a
manipulação do dia, se já ocorreu a distribuição, etc.
Muitas vezes, como acabamos de ver no exemplo, no ponto 1, 2 e 3, não foi um dia típico do
mercado, talvez tenha sido de propósito para criar alguma zona (ponto 2), pois eles sabiam que
no próximo dia iriam voltar com tudo e fazer esse todo esse movimento.

Esse subcapítulo foi uma dica para você entender o quão é importante sabermos onde estamos
pisando!

Kill Zones

Nas táticas militares, a kill zone, também conhecida como zona de morte, é uma área
inteiramente coberta por fogo direto e efetivo, um elemento de emboscada dentro da qual uma
força inimiga que se aproxima é aprisionada e destruída. No mercado financeiro, nós podemos
identificar essas zonas como as que existem mais volatilidades e movimentos bruscos. São os
horários que preferimos operar.
Essas regiões nós temos que ficar sempre de olho, pois muitas vezes nossas entradas estão em
alguma kill zone ou evitamos fazer algo pois estamos próximo a essas regiões.

• Temos a Asian Range - 21h ~ 1h (Brasília);


• London Open Kill Zone (LOKZ), 3h ~ 6h – melhores pares GBP/EUR;
• New York Open Kill Zone (NYOKZ), 8h ~11h – melhores pares USD/CAD;
• London Close Kill Zone (LCKZ), 11h ~ 13h.
• Fake Lunchtime Zone (LTZ), 1h antes da Sessão de NY, 8h~9h
*Verifique o horário de verão em NY.

Primeiro, vamos entender uma coisa: Vejo muitos conteúdos, vídeos, pdf’s, artigos, sites por aí,
falando sobre os horários dessas kill zones, e muitas vezes existem divergências com alguns
poucos minutos. Ao meu ver, devemos se atentar ao tempo que acontece minutos antes ou
depois de cada região. Faça um teste, ponha o indicador no TradingView (AsianRange and
KillZones) e tire suas conclusões quando verificar picos de movimentos bruscos exatamente na
abertura, no meio e no fechamento de cada zona. Verifique no seu gráfico que exatamente às
11h, existe um movimento brusco, na maioria dos dias, em boa parte dos principais pares e
índices. Há uma grande volatilidade nesse tempo com movimentos rápidos e manipulações,
toques em zonas e sweep. Esse horário é o fechamento da kill zone de Londres. Muitas vezes
11h da manhã é uma boa oportunidade para fazermos uma entrada – cuidado com a volatilidade
- , se por acaso o preço estiver próximo a um POI e são exatamente 10h45 e os candles estão
começando a ficar meio confuso, lateral, criando liquidez ou até mesmo uma mini-trend.
Particulamente, eu dou mais atenção a janela de Londres e NY. Não me apego muito em minuto
ou horário cravado. Eu simplesmente vejo a volatilidade que existe entre 3h até 11h30.

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Smart Money Concepts - @marraik

Dica:
Sempre fique atento quando o preço estiver próximo das 11h e veja qual desenho o preço está
fazendo naqueles minutos. Próximo de uma zona interessante? Próximo de uma zona de
liquidez? Querendo romper algum nível BLS ou SSL? Criando uma zona lateral? Criando
indução? Se sim, fique atento aos movimentos nos próximos minutos.

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ICT Judas Swing


Conforme ICT, (Inner Circle Trader) o Judas Swing é um movimento que ocorre pouco depois
da asian range (mais ou menos das 2h às 7h, - De março a novembro 1h as 6h), que serve para
enganar os traders que não têm o entendimento da verdadeira direção do preço naquele dia.

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Smart Money Concepts - @marraik

London Fake Lunchtime Zone


É a “hora do almoço” que começa 1h antes da Sessão de NY e geralmente cria zonas falsas para
captar essas ordens quando iniciar a verdadeira sessão. É o momento do “descanso” do
mercado.

Fique de olho nesse horário 8h~8h45, costumam criar order blocks falsos para em breve serem
liquidados. Acontece muito isso, principalmente em pares com USD/GBP/EUR.
Quando NY Lunch acabar, você talvez possa entrar na primeira retração e O.B ou fvg que o
preço estiver indo, claro, sempre olhando todo contexto por trás.

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Smart Money Concepts - @marraik

Esse é o indicador das kill zones - (AsianRange and KillZones).


a) Asian Range;
b) London Open Kill Zone (LOKZ);
c) NY Open Kill Zone (NYOKZ);
d) London Close Kill Zone (LCKZ).

Repare nos movimentos quando começa cada kill zone, veja a volatilidade e os movimentos ao
iniciar ou fechar uma zona.
Sempre atento as demais confluências para fazer uma entrada.

Melhores horários para operar

Conforme ICT (Inner Circle Trader – idealizador do SMC), existe um horário específico dentro
de um intervalo de tempo ao qual preferimos fazer nossas entradas. Fora disso, chamamos de
tempo morto. Onde existe uma baixa volatilidade, movimentos laterais, candles pequenos com
pouco pavio.
O horário que preferimos é entre 1h até às 16h. Exatamente no final da asian range e tudo dentro
desse intervalo existe:

• Criação de liquidez;
• Captura de liquidez;
• Manipulações, falsos movimentos;
• Mitigações de zonas;
• Distribuição do preço.

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Smart Money Concepts - @marraik

Pode haver movimentos interessantes no tempo morto? Sim, acontece em alguns pares de moeda.
Mas são casos raros e você não vai encontrar isso todos os dias. Lembre-se, trabalhamos com
probabilidades e há mais chance de não haver liquidez e volatilidade do que ter.

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AMD – Acumulação, Manipulação e Distribuição

É a entrega do preço. É o caminho que o preço faz praticamente quase todos os dias, semanas,
meses. É o dever de casa dos MM’s. Chamamos também de Power of Three.

Em um dia bullish, nós temos a abertura (open) como nossa ACUMULAÇÃO, possivelmente
na asian range. A nossa MANIPULAÇÃO (que muitas vezes é a mínima do dia) nós vemos
com mais precisão na sessão de Londres e a nossa DISTRIBUIÇÃO acontece muitas vezes na
sessão de New York. E assim termina o dia.
A mesma ideia acontece para um dia bearish, só muda a abertura que fica em cima e o
fechamento do dia na parte de baixo do candle.

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Notaram que a manipulação na maioria das vezes é o movimento fake do dia? O real movimento
desse tempo será após a manipulação!

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Daily Bias
É a tendência diária. Como podemos identificar o possível movimento diário?
Veja como achar a tendência diária baseando-se em alguns passos:

1. Procure pela mais recente captura de liquidez;


2. Identifique os pontos de liquidez oposta ao preço no momento;
3. Identifique regiões de desequilíbrio do preço (FVG) e order block;
4. Marque premium vs discount.

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Repare que antes do preço fazer o movimento de alta, ele volta para preencher o FVG e capturar
a mais recente criação de liquidez. Tocando em um order block refinado em um LTF.
Então é importante a gente marcar:
A mais recente captura de liquidez – BSL/SSL;
Identificar a liquidez mais próxima que foi construída – e ainda não capturada;
Marcar zonas de desequilíbrio no preço e regiões de order block.
Com isso marcado, fica mais fácil sua análise em verificar o possível caminho que o preço
poderá ir. Sempre olhe em um tempo gráfico menor como o preço está se comportando e
reagindo a essas marcações. Lembre-se, o preço vai sempre em busca da liquidez mais
próxima.

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O ciclo do preço (IPDA)

IPDA - Inter-Bank Price Delivery Algorithm – Entrega do preço baseando-se nos algoritmos
inter bancários. Os dados e base de níveis/faixas de preços que os robôs devem executar em
determinada linha de tempo. E como tudo na vida existe um ciclo, no mercado não seria
diferente. Os bancos devem entregar o preço em certos pontos para formar as estruturas,
capturas de liquidez e fechamento e retomadas de posições.

O que vai ser útil para gente sobre esse cilco é a característica de cada um dos elementos e o que
eles deixam para trás. Vamos analisar:

• Acumulação – Como o próprio nome diz, é uma fase que acumula ordens, stop loss
tanto acima quanto abaixo dessa estrutura. Serve para encher os níveis de liquidez.
Geralmente acontece na sessão asiática, mas pode acontecer qualquer horário do dia. Eu
particulamente não opero estruturas de acumulação, pouquíssimos casos em que eu faço
alguma operação quando estou num tempo gráfico maior, próximo de algum POI,
horário, sessão, etc. Tudo isso tem que levar para análise.
• Expansão – Também conhecido como Judas Swing. É o movimento que vai quebrar a
estrutura da acumulação, ou seja, com essa fase, a liquidez que existia nos níveis abaixo
ou acima da fase de acumulação será capturada. Essa fase sempre nos deixa uma zona
INSTITUCIONAL. O.B, demand, supply, etc. É por essa razão que ficamos de olho
quando acontece essa quebra de estrutura. Apenas grandes instituições conseguem
mover o mercado tão rápido assim a ponto de quebrar uma estrutura, desequilibrar o
preço (FVG) e fazer um momentum/displacement.
• Retração – Fase que o preço volta para testar/mitigar a zona criada pela expansão.
Nesse movimento de retração, eles retraem para equilibrar o preço, fechar o
imbalance/fvg, capturar ordens na zona institucional.
• Reversão – Nessa fase, após a retração tocar na zona institucional e equilibrar o preço
naquele momento, é hora da reversão entrar no jogo capturando toda liquidez criada
com o movimento anterior. Nesse movimento, provavelmente irá quebrar um swing
point e seguir o fluxo da estrutura da expansão.

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Vamos entender a figura acima;


1. Houve a fase de acumulação. Criando ordens abaixo e acima. Nesse momento não
temos ideia para que lado vai, uma dica é sempre olhar o tempo gráfico maior e a
tendência para saber em que tipo de estrutura você está;
2. Esse é o ponto mais importante, nosso candle institucional. Houve um sell to buy, ou
seja, eles venderam com esse candle doji bearish e após isso há esse movimento brusco,
um momentum para cima quebrando estruturas;
3. Todo esse movimento é a expansão. E como dito anteriormente, a expansão sempre nos
deixa zonas institucionais.
4. O queridinho, o imbalance/liquidity void. Se houver um desequilíbrio no preço após um
movimento de expansão, isso se torna uma confluência com alta probabilidade de
retorno nessa área e possíveis entradas;
5. Essa fase é a retração, eles voltam para a zona institucional para capturar ordens,
preencher o imbalance e equilibrar o preço. Veja que interessante, antes de chegar na
zona institucional, eles criaram inducement. Sempre atento a inducement próximo de
zonas institucionais, ok? Espere sempre o toque para capturar as ordens para depois
fazer uma possível entrada!
6. O pulo do gato tá aí. É a volta nessa zona após os MM’s fazerem todo seu dever de casa:
acumular, criar zonas, desequilibrar e equilibrar preço, criar indução e capturar liquidez.
Nesse exato momento é onde calculamos a possibilidade de fazer uma bela entrada. Alvo?
Último swing point relevante ou se o mercado estiver com o fluxo na mesma direção, swing
points anteriores.
Eu desenhei uma estrutura acima do gráfico para você ter uma ideia de como realmente o
gráfico é. Cheio de zig-zag, subestruturas.

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Olha que estrutura linda! Fenomenal!


Em apenas uma imagem a gente vê vários temas já abordados:
1. Estrutura de mercado, lower high e lower low;
2. Ciclo do preço, acumulação, expansão, retração e reversão;
3. Quebras de estrutura (BoS);
4. Premium vs Discount
5. Imbalance e sua importância;
6. Order Block e zonas institucionais;
7. Mitigation;
8. Inducement.

ESPETACULAR!! Uma bela venda daria aí na mitigation que é o início do impulso!!!!!!

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Dica:
A acumulação, quando quebrada, sempre vai nos deixar zonas institucionais. Nesses cenários
nós preferimos que o preço volte nessa faixa de preço, toque na região e siga seu fluxo. Mas
claro, antes de fazer todo esse processo, eles vão criar liquidez no caminho. Sempre ligado.
Sempre verifique como o preço se comporta quando a retração estiver chegando próximo
do nível do início da expansão, pois há casos em que a retração rompe essa faixa de preço e
toda a estrutura de acumulação. Aí vai entrar a questão de verificar regiões a esquerda do
gráfico e a tendência macro.

Espero que tenha ficado claro como funciona uma estrutura do mercado. Caso ainda tenha
dúvidas, visite meu canal no YouTube/@marraik, lá tenho vídeos falando sobre o que
abordamos aqui.

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Ciclo mensal
De acordo com ICT (Inner Circle Trader), há um ciclo mensal que é feito pelos Algoritmos dos
bancos que fazem novas pernadas, novas estruturas, novos impulsos e retrações.
20, 40, 60 e 90 dias. Esse é o intervalo que os bancos fazem novas estruturas. De 3 a 4 dias
geralmente o Algo monta algum novo movimento no gráfico. E de 3 a 4 meses existe uma
virada (market shift) do preço no gráfico. Começa basicamente no começo do ano em torno da
2ª semana de janeiro e daí contamos o ciclo:

Gráfico GBPUSD – Diário a partir de 13/01/2022


Podemos começar a marcação desse período através de pontos estratégicos no gráfico, então
olhe para a esquerda do gráfico e verifique swing points como, antigo topo, antigo fundo,
bearish/bullish order block, fvg.

NAS100 – Diário a partir de 12/01/2022

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Dias da semana
Já estudamos sobre sessões e suas características. Sobre o ciclo do preço (IPDA). Agora vamos
entender como os dias da semana se movimentam em sua maioria das vezes.

• Domingo – Dia com pouca volatilidade com um range pequeno;


• Segunda-feira – Tipicamente cria um pequeno range e capta a máxima ou mínima do
domingo e muitas vezes da semana passada;
• Terça-feira – Geralmente um bom dia para operar, existe bastante movimento nesse dia
com quebras de máximas/mínimas;
• Quarta-feira – Um bom dia para operar intra-day, com reacumulação de ordens e
algumas reversões;
• Quinta-feira – Muitas vezes completa o movimento criado na quarta-feira. (pode haver
reversão);
• Sexta-feira – Típico dia para distribuição e/ou captura da máxima ou mínima da
semana.

Esse exemplo é um dia típico semanal na maioria dos pares do mercado FOREX.
O domingo geralmente é um range para acumular ordens, a segunda entra para capturar os stop
losses criado um dia anterior e muitas vezes da semana passada. Terça é um dia bom para fazer
algum tipo de operação. Quarta e quinta são dias interessantes para fazer operações intra-day
com capturas de liquidez e quebras de estruturas (as vezes acumulam ordens). A sexta, muitas
vezes é uma estrutura típica capturando algumas ordens dos dias anteriores e fechando a
semana... Muitas vezes a sexta faz a mínima ou a máxima e na maioria das vezes ela capta
ordens de boa parte da semana.

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Dica:
A sexta feira é um dia que ocorre muitas vezes a distribuição de ordens da semana, então
verifique sempre a formação da quinta feira para uma possível varredura de liquidez quando
começar a sexta feira. Veja sempre a tendência macro do ativo para ter uma ideia de qual lado
possivelmente o preço poderá seguir no último dia de semana.

ADR Average Daily Range


É o intervalo médio diário que um determinado ativo se move. Os Market Makers muitas vezes
estão com tantos pedidos/lotes gigantescos que não podem distribuir sem que o mercado fique
desequilibrado. Cada par de moeda existe um ADR, e as instituições devem respeitar o intervalo
diário. Por exemplo, o EURUSD move-se aproximadamente 68 pips por dia em média. O
GBPUSD em torno de 120 pips diariamente. Ao longo de todo mês, a média do intervalo deve
ter aproximadamente esses valores em cada par de moeda. É importante sabermos disso pois
nos dá uma noção de quanto o ativo já se moveu naquele dia/mês. Isso evita de fazermos
operações longas no dia caso já se moveu o suficiente. E ajuda a colocarmos nosso take
próximo de alvos da máxima de um ADR. Muito útil para fazer operações contra tendência.
Se você usa MT4, existem softwares gratuitos que calculam o ADR.
Para calcular é simples, basta colocar no gráfico diário e contar a movimentação em pips todos
os dias do mês até o presente momento e mutiplicar pela quantidade de dia.
Ex., n1 = 56 pips, n2 = 27 pips, n3 = 78 pips, n4 = 30 pips, n5 = 42 pips
ADR = (n1 + n2 + n3 + n4 + n5) / 5
ADR = 233/5 = 46,6 pips

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No exemplo acima, em um período de 1 mês, cada candle no diário houve um certo movimento
de pips, que totalizou 2.453.32 em 28 dias. Fazendo a regra nós temos:
ADR = 2.453.32/28 = 87,61 pips diariamente.
Eu aconselho procurar por indicadores ou softwares que calculam automaticamente!

Sentimento do mercado

Vamos sair um pouco dos conceitos Smart Money para explicar sobre um modelo de análise que
talvez lhe ajude a tomar alguma decisão. Quando há um atrelado de informações econômicas e
indicadores técnicos em um mesmo caminho, nós conseguimos identificar um sentimento no
mercado que pode ser lateral, de alta ou de baixa. Esse sentimento é macro, ou seja, são para
tendências com tempos gráficos maiores e será de mais valia para quem pratica o swing trading.
O mercado forex não é centralizado, ou seja, o volume de cada moeda que está sendo negociada
não pode ser tão facilmente medido e interpretado. Então como podemos medir as emoções e o
sentimento do mercado financeiro? Por isso nós temos o “Relatório de Compromisso dos
Traders” (COT).

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Relatório COT

Commodity Futures Trading Commission (CFTC), publica o COT toda sexta-feira pela tarde.
Esse relatório consegue medir as posições de compra ou venda que as grandes instituições e
pequenos especuladores têm naquela semana. Com isso, podemos identificar uma possível
mudança de tendência ou continuação da mesma.

Você consegue visualizar esse relatório diretamente no site oficial:


https://www.cftc.gov/MarketReports/CommitmentsofTraders/index.htm
Após abrir o site, role para baixo até “Current Legacy Report”, na coluna “Chicago Mercantile
Exchange”, vá em “Futures Only” e clique em “Short Format” para ter acesso ao último
relatório enviado da semana que você está.

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Vai abrir uma página com um lista imensa. Pesquise pelo par que você deseja no ctrl+f.

1. É a categoria que devemos prestar atenção, pois o “Non-Commercial” são os caras que
mandam no mercado, as grandes instituições. Eles geralmente não estão envolvidos
diretamente na produção, gestão de commodities ou distribuição do ativo;
2. São as grandes empresas que usam os futuros das moedas para proteger o capital de
possíveis flutuações do preço. Ex., um produtor café vende contratos futuros de café
para proteger seus lucros se por acaso o preço for cair em um curto prazo. Esse bloco de
comerciante não será muito útil para gente. Não devemos dar uma atenção maior;

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3. São comerciantes pequenos demais para serem obrigados a comunidar suas posições de
relatório. Boa parte desse bloco são especuladores individuais. Geralmente são
comerciantes não tão bons e que com frequência apostam contra a tendência. Não
precisamos prestar atenção nessa categoria.

Long: É o número de contratos de compra ao qual foi comunicado ao CFTC;


Short: É o número de negociações de venda ao qual foi comunicado ao CFTC;
Open Interest: Essa categoria representa o número de ordens/lotes que não foram entregues ou
exercidas;
Number of traders: Este é o número total de profissionais que devem comunicar suas posições
ao CFTC;
Changes From: A mudança de posições long ou shorts pode nos contar sobre uma possível
tendência no sentimento. Ex., Os shorts vem caindo e os longs vem aumentando. Isso talvez
indique que há uma possível tendência de alta;
Percent of Open Interest for each category of traders: Quantidade em porcentagem para cada
categoria;
Number of traders in each category: É o número de comerciantes em cada categoria.

Os três grupos de operadores:

1. Traders comercial (Hedgers)


São os que querem proteger contra variações do mercado que são inesperadas. Os produtores
agrícolas ou agricultores que minimizam o risco de seus produtos que fazem parte desse bloco.
Empresas ou bancos que se protegem com mudanças repentinas de moedas ou ativos. Eles têm
uma característica que são mais pessimistas nos topos do mercado e mais otimistas nos fundos.
2. Traders não-comerciais (grandes instituições)
Ao contrário dos traders comerciais, os não-comerciais estão no mercado por dinheiro e não
têm nenhum interesse em possuir algum ativo.
Esses caras são o motivo dos movimentos bruscos que vemos diariamente no mercado, eles
geralmente mantem suas posições até as mudanças das tendências. É esse grupo que ficamos de
olho para seguir seu fluxo.
3. Traders de varejo (pequenos especuladores)
Possuem menores contas. São investidores individuais. Conhecido como operar contra
tendência, geralmente estão do lado oposto do mercado. Os que operam de forma errônea em
muitas vezes.

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Como analisar o relatório COT

Primeiro temos que entender que não devemos adotar o relatório para fazer uma entrada intra-
day, a menos que o preço esteja tocando em uma região importante que possivelmente irá fazer
uma reversão, uma zona de premium ou discount num tempo gráfico maior por exemplo.
Esse relatório é para sabermos o sentimento do mercado, uma possível tendência à vista e
aproveitarmos para fazer nossas entradas.

Aqui vemos que foi declarado pelas grandes instituições que eles tiveram 199,391 posições de
compra e 155,709 posições de venda na semana anterior. Isso na nossa cabeça nos faz pensar
que existem mais compras que vendas e que possívelmente o mercado irá subir, certo?
Mas devemos analisar as semanas anteriores para verificar se o número de long ou short estão
crescendo ou diminuindo gradativamente. Precisamos comparar. O histórico dos meses e todos
os anos de cada ativo está postado nesse link:
Historical Compressed | CFTC, na parte de “Futures Only Reports”

Então vamos analisar algumas semanas anteriores:

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Como pode ver, a cada semana de setembro/22, o número de longs (compras) está aumentando
com timidez e o número de shorts (vendas) está diminuindo com mais velocidade, quando
vamos para o gráfico nós temos isso aqui:

Ou seja, eles estão se desfazendo de posições vendedoras e fazendo mais compras. Mas por que
isso? Como já sabemos, as grandes instituições compram para vender e vendem para comprar.
O famoso buy to sell/sell to buy. É aí que eles conseguem obter lucros, pois como já sabemos
eles não trabalham com stop loss, eles mandam no stop loss.
Se quiser se aprofundar neste relatório eu indico dois sites em inglês bastante úteis que vão
ajudar você a mergulhar nesse assunto. Entenda que utilizamos esse relatório para tomadas de
decisões numa visão macro, uma tendência maior. É bastante complexo entender sobre isso,
mas é apenas uma ferramenta que talvez ajude você a tomar alguma decisão principalmente se
você faz swing trading.

https://www.barchart.com/futures/quotes/B6*0/interactive-chart
https://www.tradingster.com/cot/futures

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Note que em um desses sites, a linha vermelha são as grandes instituições, a verde os comerciais
e a azul, nós, meros mortais.
Veja que existe uma oposição, quando a vermelha está acima a verde está abaixo. Eles
“apostam” no lado contrário que a maioria está indo.

Moedas Cruzadas e Correlações

É um par de moeda que não envolve o US dólar. A negociação que fazemos sem ter a moeda
americana como base ou a cotada. Alguns exemplos que temos de moedas cruzadas são:
EUR/GBP, EUR/JPY, EUR/CHF, GBP/JPY, etc.
Imagine que você queira fazer uma operação no GBPUSD por exemplo, e queira uma
confirmação extra de um possível movimento. O ideal é verificar um par cruzado como por
exemplo o EURGBP. O GBPUSD tem como base o GBP, já o EURGBP tem como base o
EUR. Então, relativamente se um estiver sendo valorizado, muito provavel o outro vai estar
sendo desvalorizado, claro, sempre olhar os POI’s e a tendência macro no momento de cada
moeda.

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Vamos entender melhor em um gráfico:

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Isso significa que, a moeda GBPUSD tem como base o GBP (Libra), e neste momento estava
tocando em um POI interessante, se você procurasse por alguma venda, poderia verificar a
moeda cruzada, EURGBP por exemplo, pois a moeda base seria o EUR, que neste momento
estava sendo valorizada e o GBP desvalorizado.
Já no exemplo do GBPUSD, o dólar americano estava sendo valorizado que por sua vez, o GBP
estava sendo desvalorizado.
Vamos entender uma coisa:

A primeira moeda será sempre a moeda base e sempre com o valor 1. A segunda moeda será a
moeda cotada, ou seja, se o gráfico GBP/USD estiver caindo, isso significa que o GBP está
sendo desvalorizado frente o dólar americano que está sendo valorizado, pois vamos precisar de
menos dólar para comprar 1 GBP.
Por outro lado, se temos a moeda EUR/GBP e o gráfico estiver subindo, significa que o EUR
está sendo valorizado, e a moeda cotada que é GBP, está sendo desvalorizada também.
É exatamente o que acontece nas últimas 2 imagens.

Algumas correlações positivas e negativas que temos no mercado:

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GBP USD vs EURUSD

GBPUSD vs USDJPY

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Dica:
Quando estiver numa situação como essa, verifique os pares cruzados para ver se em ambos os
pares estão tocando ou próximo de uma região importante. Se um estiver sendo valorizado,
muito provavelmente o outro será desvalorizado.

Como dito anteriormente, uma moeda cruzada é a comparação de duas moedas com uma outra
que contêm o mesmo par.
Por exemplo: Se você opera GBPUSD e EURUSD e se depara com ambos os pares próximos de
uma região de interesse como a imagem abaixo:

Vá para o par EURGBP e verifique em que posição se encontra no mesmo momento – no


exemplo acima, você venderia EURUSD ou venderia GBPUSD?

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A resposta é:

Porque escolhemos o EURUSD?


O par EURGBP está presente na moeda base de ambos os pares – EURUSD e GBPUSD.
Se o EURGBP está próximo a regiões para vendas (conforme exemplo), isso indica que muito
provavelmente o EURO vai cair e consequentemente O GBP vai subir (se valorizar naquele
momento).
Então o mais vável é vender EURUSD, pois o movimento será mais rápido que o GBPUSD.

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Esse site podemos verificar mais sobre esse cruzamento de moedas, correlações, comparativo de
moedas, volatilidade de cada par por dia e horário:
Correlações
https://www.mataf.net/pt/forex/tools/correlation
Comparativo de moedas
https://www.mataf.net/pt/forex/tools/currency-index
Volatilidade
https://www.mataf.net/pt/forex/tools/volatility

DXY – Índice Americano

O Dollar Index (DXY), é o índice que influencia a interpretação do mercado em relação ao


dólar. Esse índice avalia o USD comparando com uma cesta de moedas de outros países, em
geral aqueles que são parceiros comerciais com os EUA.
O DXY sobe quando o USD está mais forte em comparação com as outras moedas.
É comparado o USD com o euro (zona do euro), o iene (Japão), a libra esterlina (Reino
Unido), o dólar canadense (Canadá), a coroa sueca (Suécia), e o franco suíço (Suiça). A
comparação é feita para medir a força do dólar em relação às outras moedas. Para isso, o
índice faz uma ponderação entre as moedas, de acordo com o seu valor e importância:
Euro: 57,6%
Iene: 13,6%
Libra esterlina: 11,9%
Dólar canadense: 9,1%
Coroa sueca: 4,2%
Franco suíço: 3,6%
Fonte: https://www.remessaonline.com.br/blog/o-que-e-o-indice-dxy/

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Como podemos ver, o EURUSD tem maior peso em relação ao DXY. Por isso, caso queira
fazer uma análise e uma correlação entre os dois, abra o gráfico de ambos e comece sua análise:

Parece um espelho, não é? Mas é o EURUSD vs DXY.

Mas então, se por acaso você gosta de operar o EURUSD, como podemos fazer uma análise
baseando-se no DXY?
Dica :
Um jeito interessante de analisar o DXY com o EURUSD por exemplo, é verificar o índice em
um tempo gráfico maior, se está próximo de algum imbalance, demand, supply, etc. E após isso,
verifique o EURUSD em um tempo gráfico menor e veja se há a apróximação também de algum
POI. O ideal é verificar o índice em HTF e o par de moeda em LTF. Faça essa confluência e
cruze as informações.

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EURUSD – você venderia ou compraria? (caso operasse notícias. Entenda que é arriscado pois
há bastante volatilidade e movimentos agressivos)

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Payroll ou Nonfarm Payroll, é um indicador que apresenta a folha de pagamento não-agrícola


dos EUA. É um dado que inclui toda força de trabalho e mede quantas pessoas estão
empregadas e recebendo salário nos Estados Unidos. É uma notícia que acontece toda primeira
sexta-feira do mês e existe bastante volatilidade. Tenha cuidado ao abrir o gráfico nesse dia.
Verifique sempre o calendário econômico!
Como visto acima, se você costuma operar EURUSD, sempre verifique como o DXY está se
comportando no momento e as possíveis regiões próximo do preço. Sempre alerta!

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HTF e LTF (higher time frame/lower time frame)

Refinamento de tempos gráficos

Toda análise que você for fazer, sempre verifique múltiplos tempos gráficos, mesmo que você
faça operações intra-day é importante olhar onde você se encontra naquele momento e qual a
direção que possivelmente o preço vai.
Tempos gráficos maiores nos dá a direção macro da estrutura. Você fazendo uma compra em 5
minutos pode pensar que o preço vai alcançar alvos longos, mas na verdade pode estar fazendo
apenas uma retração em um tempo gráfico maior. E nesse momento você está apostando contra
tendência, tudo bem não é proibido isso, mas lembre-se que operar contra tendência precisa de
alvos curtos e envolve mais riscos.
Vamos focar no retângulo da imagem abaixo em um gráfico de 4h:

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Se você fosse fazer uma compra com alvos longos conforme a imagem acima, provavelmente iria
tomar stop loss. O motivo? Em um tempo gráfico maior, o preço estava vindo de uma zona de 4h
que acabou de ser testada/mitigada e nesse momento estava fazendo uma retração em um tempo
gráfico menor.
Mas é claro que se você fizesse uma compra com alvos curtos poderia ter tido sucesso se colocasse
seu alvo dentro da estrutura e em alguma região de supply em 15m. É só questão de saber onde
exatamente está pisando e a posição do seu take.

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Agora vamos prestar atenção no retângulo da figura acima e olhar como ele se comporta em
tempos menores com a figura abaixo:

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As duas figuras acima estão no gráfico GBPUSD 5 minutos. Repare em 4h onde está o retângulo
da primeira foto, isso foi apenas uma retração desse tempo gráfico, do tempo gráfico maior. E em
5 minutos o preço está apenas retraindo até um POI e após isso continuar seu fluxo de baixa. Você
pode perguntar se o preço poderia continuar subindo, certo? Sim, poderia, mas veja em 4h que o
preço está precificado, temos uma estrutura macro definida, zona de premium e discount colocada
no gráfico, uma zona identificada e esperamos uma reação. Houve a reação na zona de supply em
4h e o preço está caindo quebrando estruturas anteriores (swing low).
Veja na primeira figura, o primeiro fundo marcado com um ponto preto, todo esse movimento de
alta, muitas pessoas iriam achar que o preço iria subir e iriam colocar compras e mais compras.
Mas ele foi apenas mitigar uma região de supply para fazer seu fluxo bearish.
Na figura anterior houve o toque nessa zona que acabei de mencionar, e o preço fez o seu dever
de casa, continuou a tendência de baixa após mitigar uma região.
Por esse motivo que olhamos o HTF primeiro para verificar onde estamos pisando, onde o preço
está nesse exato momento. Muitas vezes achamos que o preço está subindo e vai continuar
subindo, mas em um tempo gráfico maior, está apenas fazendo uma retração.

A figura acima mostra o que quero dizer, a retração não vai romper o swing point anterior, ela vai
voltar para mitigar alguma zona deixada com o impulso. É claro que um dia a tendência vai acabar
e vai ser revertida, por isso nós reagimos ao preço se por acaso começar a quebrar POI’s
importantes deixados no passado bem provável que esteja mudando de direção.
No meu canal do Youtube/@marraik eu tenho um vídeo explicando o alinhamento de fluxo de
ordens. Confere lá!

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Se alinharmos os tempos gráficos, podemos pegar uma excelente operação. Por exemplo, 4h
alinhado com 15m que por sua vez com 5m e o tempo de execução de 1m. Todos os tempos
gráficos a nosso favor e devidamente alinhamos, na mesma direção, no mesmo trilho. E isso
acontece exatamente no final da retração ao tocar em uma zona já marcada. Mas o que é alinhar?

Vamos voltar ao exemplo do GBPUSD, temos uma estrutura com topos e fundos e um POI
marcado. O preço volta no premium deixando assim uma expectativa de order flow bearish, ou
seja, caro demais para aquela estrutura, com isso muito provavelmente os vendedores irão entrar
e os últimos compradores não estão mais dispostos a comprarem.

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Smart Money Concepts - @marraik

Os 15m se alinha quando também faz um CHoCH testando a zona de 4h. Um forte indício que o
preço está no final da reversão macro dos 4h.
Fiquem atento que o CHoCH pode acontecer tanto no 4h como no 1m já que o preço é fractal.

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Smart Money Concepts - @marraik

Veja a importância de colocarmos os tempos gráficos a nosso favor, alinhar a quantidade máxima
de tempo gráfico em uma mesma direção, é nesse ponto, exatamente nesse toque que o preço faz
no POI de 4h que poderíamos fazer uma entrada.

Dica:
Se você marcar um POI em 4h, espere por uma reação em 15m;
Se marcar um POI de 15m, espere por uma reação em 1m ou em segundos;
O nosso POI na grande maioria das vezes será maior que nosso tempo de execução. (a menos que
você faça uma entrada de risco – abordarei em breve).
Lembre-se, verifique sempre o tempo gráfico maior para saber se está em um impulso ou retração.

Fique atento em sempre acompanhar sua operação, fazendo breakeven (mover o stop para área
gain) e tirando parciais se necessário. Não devemos confiar 100% no mercado, mesmo com
confluências e o vento a nosso favor. Eles gostam de pregar peças.

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Refinamento de POI

Tudo vai depender do seu perfil como trader e do seu tempo de execução. Se há um POI em 4h
o legal é esperar que o preço toque nessa zona em 1h ou mais precisamente em 15m, e
refinamos para 5m ou 1m para fazermos nossa entrada, claro, isso é subjetivo e vai de cada um.
Mas entenda que, quanto mais você refinar um POI de 4h para fazer sua entrada em 5m por
exemplo, menor será a probabilidade de o preço tocar em algum POI também de 5m.

Na figura acima, nós temos um POI diário, ou seja, esperamos que o preço toque e faça alguma
reação pelo menos em 4h ou 1h. Isso se o seu perfil for mais para swing trading do que intra-
day. Mas vamos refinar até o tempo gráfico de 15m para sabermos até onde o preço foi e em
quais POI’s dentro do diário ele tocou, e saber o porquê de ter quase rompido a nossa região.

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Smart Money Concepts - @marraik

O nosso POI diário ainda está lá. Quando diminuimos nosso tempo gráfico para 4h, aparece
uma zona interessante ao qual já foi rompida, ou seja, os níveis de toda essa região já não nos
interessa mais, pois os contratos/ordens nela já foram captadas.

A linha pontilhada em vermelho é o preço, e ele toca exatamente num POI de 15m no extremo
de um POI diário, um pavio. Já estudamos que pavio em casos específicos, podemos considerar
um região. Tudo que existia abaixo dessa linha vermelha de ordens/pedidos já foram capturadas,
liquidez, stop loss, etc. O preço passou por todos esses níveis para chegar em uma simples
região de 15m e fazer todo movimento de baixa. No meu canal do Youtube/@marraik, eu
tenho um vídeo explicando sobre refinamento de regiões. Eu particulamente não faço entradas
em 4h, eu uso esse tempo gráfico apenas para saber quem está no comando e marcar minhas
regiões relevantes.

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Smart Money Concepts - @marraik

Dica:
Repare nas figuras acima. Quando o preço forma demands (pontos 1) e quando essa tendência é
revertida e a supply entra no comando. O preço toca nesses pontos 1 e existe uma reação que é a
nossa retração do ponto 2, em outras palavras, quando a tendência é mudada, muitas vezes o
ponto de retração é iniciada ao tocar em demand formada anteriormente. Por isso, fique sempre
atento ao que o preço desenhou no gráfico a esquerda.

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Smart Money Concepts - @marraik

O poder de uma região marcada com 50%

Sempre que você se deparar com uma região de order block, supply, demand, etc., ao qual o
candle marcado tem um corpo grande ou pavio grande, marque os 50% de toda essa região com
alguma ferramenta, pode ser Gann box ou Fibo. Só vai nos interessar a metade da região. Após
isso diminua o tempo gráfico e verifique a reação quando o preço estiver próximo dessa linha de
50%.

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Smart Money Concepts - @marraik

O preço faz CHoCH em 15m exatamente na linha dos 50% do nosso POI de 4h.

E na nossa segunda imagem, o preço reage a uma supply também de 15m formada no círculo 1,
que seria nosso POI em 4h refinado.

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Agora, nossa imagem após a quebra de estrutura no 15m e o toque nos 50%, fica assim:

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Quem está no controle?

Já foi mencionado algumas vezes em alguns exemplos, mas vou detalhar e explicar essa questão
mais a fundo. Sempre faça essa pergunta a si mesmo: Quem está no controle? Demand ou
supply? E em qual tempo gráfico? Será essa narrativa que você vai ter que criar em sua mente
antes de tomar alguma decisão e eu vou lhe mostrar o porquê.

Na figura acima, o preço toca em uma região não mitigada de 4h (1) e no meio da retração cria
uma demand de 5m. Mas repare que o preço reage a uma supply 5m (2) acima dos 50% de toda
a estrutura. Quem parece ser a região mais “forte”? Uma zona de 4h ou 5m? Faça essa pergunta.
Dica:

SEMPRE (!!) verifique se o preço está vindo de uma região não mitigada. Nós queremos fazer
nossas operações do lado em quem está controlando o mercado naquele momento. Se você
estiver esperando por um toque em alguma demand para comprar, mas o preço está vindo de
uma supply não mitigada, entenda que os vendedores (supply) estão no comando e você não
pode fazer uma compra sem uma confirmação como CHoCH + flip por exemplo.

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Quando é dito - Uma zona não mitigada - é porque antes do preço tocar, era não mitigada. Então
é uma zona que acabou de ser testada.

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Enquanto o preço não quebrar a minor supply, dentro dessa estrutura acima, quem está no
“comando” são os vendedores, pois o preço vem de uma supply lá em cima de 4h e ainda não
mitigada (antes da quebra da minor supply).
Após a quebra da minor supply até o toque na major supply, os compradores estavam no
controle, pois houve quebras de zonas criadas por vendedores. Após a rejeição da major supply
até o último ponto preto, os vendedores dominaram, e então com o toque na demand, a força
compradora entrou no mercado e rompeu toda estrutura. Nesse momento quem está com a bola
toda são os compradores (demand).
Minor Supply = Supply em tempo gráfico menor.
Major Supply = Supply no gráfico maior.

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Quando o preço toca em um POI de 4h, por exemplo, a tendência é que ele vá buscar outro
ponto interessante em 4h também, mas antes de ir o preço vai fazer regiões em 15m que será
quebrada ou respeitada que vai depender da tendência do ativo naquele momento.
Em uma tendência de baixa, os vendedores ganham forças e as supply criadas por eles, vão
quebrando as demand – as regiões criadas por compradores.
Em uma tendência de alta, os compradores dessa vez têm forças para quebrarem as supply
criadas pelos vendedores. É uma briga de cabo de guerra até chegar em zonas de HTF.

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Alinhamento de fluxo de ordens


Quando falamos em alinhar um fluxo de ordens, queremos dizer que os nossos tempos gráficos
devem andar juntos e apontando para a mesma direção, seja a direção de alta ou baixa. São
nesses momentos que vamos conseguir fazer takes mais longos e entradas de continuação.

5m ou 1m vai depender do seu tempo de execução.

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Nós temos uma estrutura em 4h e já está traçada a nossa região de premium&discount.


Claramente já ocorreu uma quebra de estrutura em 4h, mas vamos diminuir o tempo para 15m e
esperar que ele toque na nossa região marcada em 4h, para poder ficar alinhado.
Você pode se perguntar: Mas o preço já rompeu os 50% da região, não caberia uma venda? Sim
e não. Sim pelo fato de que já rompeu 50% da estrutura. E não pelo fato de que além de ter sido
um pavio com um forme movimento de compra deixando um gigantesco FVG. E o próximo
candle houve uma reação vendedora muito clara. Por isso a importância de reagir ao preço em
tempos menores. Você vai entender nas próximas imagens.

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A força vendedore para preencher e equilibrar rapidamente o preço. Agora vamos


acompanhando o preço até chegar próximo de nosso POI, refinamos e fazemos nossas análises
mais detalhadas se baseando em várias confluências.
Nesse momento você está diante de uma possível reação do preço nessa zona marcada. Temos
uma zona acima dos 50% e criação de inducement próximo a ela. Qual seu papel agora?
Diminuir o tempo gráfico e acompanhar.

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Após o preço em 15m tocar no nosso POI HTF, o próprio 15m cria uma região de supply
conforme imagem acima. Você entra agora? Não. Nunca seja do time dos apressados. Nós
esperamos quebras de estruturas em um tempo gráfico menor e a mitigação de regiões criadas
com os 15m. Todo esse processo de chegar em algum POI em 4h, eles vão deixando liquidez
interna para trás, pois quando começar o início do possível impulso, vai varrer todas as pessoas
que tentaram comprar no decorrer do caminho e, principalmente, quando preço já estava perto
desse POI – conforme imagem acima dessa linha pontilhada.

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Então vamos mergulhar dentro dessa região:

Agora estamos em 5m, e nesse momento o preço reagiu a supply criada em 15m com o toque
em 4h. Nós temos os três tempos gráficos alinhados quando essa faixa de preço do inducement
ser quebrada em 5m pelo menos. Veja como o preço reage bem nesse nível de fundos iguais
criando uma piscina de liquidez.
Mas para isso esperamos mais uma reação nessa região de 5m, pois houve um imbalance e
nesse momento o preço ficou desequilibrado. Vamos sempre prestar atenção no movimento do
preço e o que ele está querendo nos dizer e vamos reagindo.

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Nesse momento, ainda em 5m, eu vejo que o preço reagiu a supply de 5m que veio de uma
reação de uma supply de 15m que veio de uma região de um POI em 4h... Entende que o
algoritmo é conectado? Vamos aos pontos da imagem acima:
1. O preço em 15m reagiu a um POI em 4h e criar supply 15m;
2. O preço em 5m reagiu a uma supply em 15m;
3. O preço em 5m reagiu a uma supply criada (15m) com a reação em outra supply (4h) -
supply sendo respeitada = vendedores sendo respeitados que por sua vez é um possível
mercado de baixa - principalmente se o preço estiver no extremo do gráfico;
4. Minor BoS dentro da estrutura de 5m;
5. Criação de trend line após a mitigação e acima de uma faixa de preço com bastante
liquidez (inducement).

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Poderíamos entrar nesse ponto marcado na imagem acima ou no toque da supply 5m. Pois o
preço vem de várias regiões de supply sendo respeitadas em faixas descendentes
4h>15m>5m>1m>.
Já temos confluências e uma narrativa lógica - criações de regiões, capturas de liquidez e uma
visão macro do que está acontecendo. O preço está na extremidade no cenário maior.

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E após toda essa jornada o nosso gráfico reage dessa forma:

Dica:
O momento da entrada até o momento do primeiro toque dos 15m no POI de 4h, foram
exatamente 2 dias. Em casos como esse, não tenha pressa, analise todo contexto por trás para
não tomar loss desnecessário e aguardar o momento certo de fazer uma entrada como essa.
Sempre vá acompanhando o preço e reagindo ao que ele está te mostrando.

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Isso nós chamamos de – Alinhamento de fluxo de ordens. Nesse círculo marcado, em tempo
gráfico menor, houve toda narrativa que acabamos de ver. É muito importante a gente trabalhar
com vários tempos gráficos. Repare que antes de tocar na região marcada o preço faz
compression. Criando liquidez para os compradores.
Se ainda tiver dúvidas, entre no meu canal do Youtube/@marraik, lá tenho um vídeo falando
somente disso.

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Fibonacci

Provavelmente você já sabe o que é, quem foi e os principais níveis de Fibonacci. Para o
capítulo não ficar muito grande, pois esse assunto é complexo, eu vou apenas falar sobre os
níveis da ferramenta que eu particularmente uso e gosto e como podemos colocar no gráfico.

Já sabemos que em uma tendência de alta, o preço constrói topos e fundos ascendentes (hh e hl)
e em uma tendência de baixa, os fundos e topos são descendentes (ll e lh). Assim, teremos, em
uma sequência de alta, conforme na figura abaixo, uma sequência de movimentos ascendentes
que serão denominadas de impulso, periodicamente sucedidas por movimentos descendentes,
chamadas de retração. Assim, o preço entrará em rota ascendente, fará uma retração até uma
região criada anteriormente e retomará seu caminho ascendente. A grande questão é: como
saber onde estará o fundo de uma retração? Pode ser uma zona de supply, demand, o.b, etc. Mas
também utilizamos uma fibo para calcular a probabilidade do preço chegar no fim da retração e
que irá começar o impulso É exatamente aqui que entram as ferramentas de retração e expansão
de Fibonacci. A primeira permite prever com um bom grau de precisão os prováveis pontos em
que o preço voltará com sua retração para depois retornar à tendência original (impulso). Já a
expansão permite a projeção dos alvos ou nosso target das operações.

Antes de começar a falar sobre níveis, existem por aí dezenas e dezenas de combinações de
níveis de Fibo. Por isso, nesse material eu vou aprensentar duas maneiras que eu acho
interessante e dá certo comigo, mas isso não significa que você deve adotar também, ok?
Encaixe em seu operacional o que lhe dá mais confiança, lógica e resultado. Portanto, caso não
se sinta seguro com esses níveis, você pode testar outros ou até mesmo os níveis tradicionais.
Esse capítulo é para ensinar como podemos colocá-la no gráfico.

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Como traçar no gráfico

Não é qualquer topo ou fundo que vamos colocar nossa Fibo para funcionar. É preciso que
tenha uma lógica por trás. Precisamos que tenha uma quebra de estrutura, um movimento que
houve imbalance, uma captura de liquidez, um novo swing high/low, etc. Tudo isso devemos
levar em consideração.
1. Podemos traçar de um topo e um fundo e esperamos uma retraçao em um nível de
Fibo, ou seja, a volta do preço em alguma região para seguir seu fluxo;

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Essa Fibo eu gosto de usar para medir até onde o preço pode voltar no final de sua retração e
continuar sua tendência (impulso). É claro que o preço pode não voltar nesses níveis. Foi
traçado do ponto 1 até o ponto 2, nós temos uma estrutura formada e esperamos que o preço
volte em alguma região para fazermos nossas entradas. Essa região se torna bastante válida
quando existe uma zona de supply/demand, O.B.
Os níveis de Fibo são apenas uma confluência para determinarmos nossa operação com uma alta
probabilidade de ser respeitada.

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Em casos como esse, em que o preço está fazendo uma reversão, os alvos da operação vão ser o
-0272 e -0,618 - em verde.

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Essa Fibo é minha preferida. Uma Fibo de expansão. É onde consigo obter mais lucros quando a
utilizo. Ela funciona perfeitamente em índices se soubermos os pontos corretos.
2. E podemos traçar com um topo ou fundo relevante ao qual houve uma narrativa
lógica;
Exemplo 1.

Veja a figura acima, a Fibo foi traçada da mínima da ásia range com o topo que capturou a
liquidez dessa estrutura. Após o preço voltar da captura de liquidez, em um tempo gráfico
menor houve um CHoCH e o alvo foi exatamente no 141 da fibo.

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Exemplo 2.

Vamos construir uma narrativa antes de fazer nossas análises:


1. O preço fez um swing high (um topo);
2. Do ponto 1, houve o movimento que quebrou uma estrutura (BoS) e criou um novo
swing low (um fundo), OK, nós temos uma estrutura, topo e fundo;
3. Quando o preço anda mais um pouco após o ponto 2, eu traço uma fibo desses dois
swing points e observo o que vai acontecendo. Repare que existe uma zona de supply
onde o preço toca no ponto 3 e rompe o 76% da Fibo, reage em tempo gráfico menor e
despenca;
4. Nosso alvo da fibo, é claro que ao decorrer da operação, a gente vai monitorando e
acompanhando, deixando no breakeven ou até tirando parciais, vai de cada um.

Obs.: Essa zona de supply é válida pois foi o último movimento antes da quebra da estrutura –
BoS.

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Exemplo 3.

Na imagem acima, após a formação da asian range, houve a captura de liquidez tanto acima
quanto abaixo dessa estrutura, formando assim um topo e fundo relevante. Após isso, é traçado
uma fibo nesses dois pontos que se ligam. O preço vai tocando em cada nível, fazendo mini
retrações dentro dos níveis da fibo até chegar no alvo 161.8.

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Exemplo 4.

O ponto 1 é a máxima do dia anterior que após isso começa a formação da asian range. O preço
faz um novo fundo que é o nosso ponto 2, capturando toda liquidez abaixo da asian range. OK,
agora traçamos nossa Fibo desse topo até o fundo e já temos os alvos definidos. O que vamos
buscar agora são quebras de estruturas em um tempo gráfico menor. Na imagem nós vamos
refinar dentro dessa figura geométrica e procurar por BoS no nível desses pontos em azul.

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Quando refinamos o tempo gráfico, nos damos conta com quebras de estruturas e voltas para
testar zonas deixadas com o movimento dessas quebras.
Poderíamos entrar ao toque da demanda de 1m, pois já houve BoS em 1m, 5m, e 15m.

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Nosso alvo?
Níveis da nossa Fibo.

Repare onde o preço fica tocando e testando os níveis da Fibo, 1.128 e 0.78 até chegar no nosso
alvo 1.414
Sempre vá acompanhando sua operação, se possível fazendo parciais e breakeven.
Repare que no nível de 1.128 acontece na maioria das vezes falsos rompimentos. Esse nível a
gente fica sempre esperto.

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Exemplo 5 - Bovespa Index, 5m

Índice brasileiro da B3. O preço abriu num gap de baixa, sabemos que isso é uma desequilíbrio
no preço/imbalance. Renova um fundo e a volta do preço ocorre um BoS. Marcamos nossa Fibo
e esperamos a volta em alguma região criada com o movimento que ocorreu a quebra de
estrutura. O preço volta em uma região extrema de demanda e falha em romper fundo. Vai
caminhando até o nosso alvo que seria o 1.618. Repare que o ponto azul é a abertura do outro
dia, que abre exatamente no nível 1.128.

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Exemplo 6 - Bovespa Index, 5m

Outro exemplo no índice brasileiro.


Gap de baixa, renovou fundo e houve o BoS com volta em demand e falha em romper fundo.
Após isso, a Fibo é traçada e observe as reações quando há o toque nos níveis. Sabemos que a
linha de 1.128 é caracterizada por falsos rompimentos.

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Smart Money Concepts - @marraik

Dica:
Procure por topos ou fundos que houve quebras de estruturas, capturas de liquidez, captura da
ásia range, algum tipo de manipulação, etc. Após você identificar seu topo e fundo, aguarde o
preço nos dizer que realmente está fazendo uma retração. Verifique se o preço está reagindo
dentro de níveis de fibo próximos a POI’s. Sempre vá acompanhando sua operação.

Esses são os níveis de uma das Fibo que eu gosto de utilizar, principalmente se for em índice.
Qualquer tipo de índice, pois mais de 90% de operações são feitas por robôs que respeitam esses
níveis. Essa Fibo é do grande mestre Marco Rossi!

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OTE – Optimal Trade Entry

Em tradução livre, significa uma entrada no momento certo, com pouca chance de dar errado. É
uma entrada ideal com risco mínimo. Uma entrada OTE é quando pegamos o toque do preço em
uma zona que já marcamos (Fibo também) e existe uma reação e um movimento que o preço vai
onde possivelmente colocamos nosso alvo. Também é chamado de “zona de ouro”, “magic fibo
zone”.
Os níveis de Fibo não serão 100% corretos se você não souber colocar em determinados pontos
estratégicos no gráfico. Precisa haver uma lógica por trás para os níveis serem respeitados. No
OTE, é comum as pessoas usarem 0,618 (0,62) / 0,705 (0,70) e 0,790 (0,80) para retração, e
para projeção . Eu particularmente gosto de usar 88%, 78%, 71% e 62%;

Em uma estrutura como essa acima, nós temos um topo e fundo definido, e se o mercado estiver
de baixa por exemplo, nós esperamos que ele rompa para cima os 50% daquela formação, que é
quando o preço irá ficar caro demais naquele momento (Premium vs Discount). Após traçar
nossa Fibo, o preço reage aos níveis e verificamos uma possível entrada em LTF.

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Smart Money Concepts - @marraik

Dica:
Uma entrada OTE é quando há menos risco da compra/venda dar errado. É a probabilidade ao
nosso favor. A diminuição da perda. Mas nós utilizamos quando já enxergamos o preço vindo
de algum tipo de quebras de estruturas ou indícios que realmente o movimento será aquele. Por
exemplo, na imagem acima, a primeira estrutura foi um topo e fundo descendente com BoS,
certo? A segunda estrutura seria nosso OTE, pois o preço está vindo de uma pernada bearish e a
probabilidade de continuar o movimento é alta, então o nosso LRS (low risk sell) será na volta
de algum nível de Fibo.

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Smart Money Concepts - @marraik

Aqui uma entrada OTE – LRB (low risk buy) após uma quebra bullish, a segunda quebra
poderíamos esperar a retração dentro dos níveis da Fibo. Os alvos são -1, -2 e -0.5. Mas
particulamente gosto de utilizar os alvos -0.272 e -0.618, que já foi mostrado no começo deste
capítulo.

Não necessariamente o preço precisa fazer um BoS para considerarmos uma entrada OTE, ele
pode vir também de uma quebra de SSL/BSL por exemplo. Sempre atento a esses conceitos.
Obs.: É importante destacar que nem sempre o preço irá voltar em um nível de Fibo. Temos que
entender que o mercado não é 100%. Eu gosto sempre de frizar isso para você entender que
trabalhamos com probabilidade e diminuição de risco, trabalhamos para que quanto mais
confluências tivermos, menor a chance da operação dar errado.

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Wyckoff

Introdução

“Richard Wyckoff (1873-1934) tornou-se uma celebridade de Wall Street. Ele foi um precursor
no mundo dos investimentos, pois começou como corretor de bolsa aos 15 anos de idade e aos
25 já possuía sua própria empresa de corretagem. O método que ele desenvolveu de análise
técnica e especulação surgiu de suas habilidades de observação e comunicação. Trabalhando
como Broker, Wyckoff viu o jogo dos grandes operadores e começou a observar através da fita
e dos gráficos as manipulações que realizavam e com as quais obtinham altos lucros. Ele
afirmou que era possível julgar o curso futuro do mercado por suas próprias ações, uma vez
que a ação de preços reflete os planos e propósitos daqueles que a dominaram.
A Wyckoff aplicou os seus métodos de investimento para obter um rendimento elevado. Com o
passar do tempo, seu altruísmo cresceu até que ele redirecionou sua atenção e paixão para a
educação. Ele escreveu vários livros, bem como a publicação de uma revista popular da época
"Magazine of Wall Street". Ele se sentiu compelido a compilar as idéias que ele tinha recolhido
durante seus 40 anos de experiência em Wall Street e trazê-los à atenção do público em geral.
Eu queria oferecer um conjunto de princípios e procedimentos sobre o que é preciso para
ganhar em Wall Street. Estas regras foram incorporadas no curso de 1931 “The Richard D.
Wyckoff Method of Trading and Investing Stocks. A course of Instruction in Stock Market
Science and Technique” tornando-se o conhecido método Wyckoff.”
Fonte : A metodologia Wyckoff em profundidade 1.0 (Livro pdf)

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Smart Money Concepts - @marraik

Bom, agora que você aprendeu um pouco sobre esse grande mestre do mercado financeiro e o
conceito do seu método. Agora vamos entender como funciona na prática.

ATENÇÃO (!!)
Antes de começar esse assunto, preste atenção no que quero passar: Wyckoff é um assunto
EXTREMAMENTE complexo e é um método com mais de 100 anos que ainda funciona no
mercado. Por isso, para não ficar muito longo esse e-book, eu vou passar para você uma noção
dessa metodologia e se por acaso você se interessar por Wyckoff, fale comigo no telegram
@marraik, instagram @marraik ou no canal do Youtube/@marraik, que eu envio o livro por e-
mail (sem nenhum custo) sobre Wyckoff de A a Z, ensinando todos os detalhes, todos os
conceitos e tudo desse assunto que tenho certeza que vai ajudar muito! Obs.: No nosso grupo do
Telegram nós temos esse livro também.
Vamos lá! Olhando de um modo geral, Wyckoff nos passa uma visão de mercado ao qual é
baseado em fases; O ciclo do preço.
3. Temos as tendências, de alta, baixa ou lateral;
4. Temos a gama de negociação, que é a acumulação que está no começo do ciclo ou a
distribuição que está na parte alta do ciclo.

Fonte : A metodologia Wyckoff em profundidade 1.0 (Livro pdf)

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Smart Money Concepts - @marraik

Wyckoff chamava as grande instituições de “Homem Composto”, é o que conhecemos hoje


como smart money, dinheiro inteligente, grandes instituições, market makers, BFI.. Wyckoff
incentivou traders para seguir os passos do Homem Composto e pensar como ele. Ele
argumentou que “todas as flutuações no mercado e em todas as várias ações devem ser
estudadas como se fossem o resultado das operações de um unico homem.Vamos chamá-lo de
Homem Composto, que, em teoria, senta-se nos bastidores e negocia uma Ação para sua
vantagem. "

As três leis de Wyckoff

Wyckoff, em seu método, defendia três leis que regem o mercado como um todo.

1. Oferta vs Demanda
2. Causa e Efeito
3. Esforço vs Resultado

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Smart Money Concepts - @marraik

Oferta vs Demanda:
5. Já vimos nos capítulos anteriores. Se a demanda for superior a oferta, o preço do
produto irá subir, se a oferta for superior a demanda, o preço tende a cair. Mas
existem alguns fatores por trás disso tudo, em geral, nós temos que observar que, no
mercado há sempre o mesmo número de compradores e vendedores; para alguém
comprar, deve haver alguém a quem vender. Dito isso, para que o preço suba, os
compradores têm que comprar as ordens dos vendedores que estão disponíveis a
esse nível de preço e também continuar comprando agressivamente para forçar o
preço a subir em uma faixa que encontre novos vendedores para negociar. Portanto,
um movimento de alta pode ser dado pela entrada dos compradores ou pela
execução de stop loss de posições curtas, também conhecida como sweep ou
captura de liquidez.
Causa e Efeito:
6. É a troca de dinheiro das mãos fortes para as mãos fracas. A ideia por trás dessa lei
é que algo não pode acontecer simplesmente do nada, para ver uma mudança no
preço, é preciso primeiro construir uma causa. Toda ação tem uma reação.

Notou algo familiar? A causa é um range construindo ordens e liquidez. Para isso, o mercado
está construindo uma causa durante os períodos de lateralização dos preços; e que estes geram
posteriormente como efeito um movimento tendencial bullish ou bearish.

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Smart Money Concepts - @marraik

Um ponto interessante nessa lei é que o efeito realizado estará sempre em proporção de ambos
os movimentos. Ou seja, uma grande causa irá produzir um efeito maior. Uma pequena causa,
irá produzir um efeito menor. Uma tendência vai acabar e uma causa vai começar. Uma causa
vai acabar e uma tendência vai começar. O método Wyckoff está centrado na interpretação
destas condições.
Esforço vs Resultado:
7. Nos mercados financeiros, o esforço é representado pelo volume, enquanto o
resultado é representado pelo preço. Isso quer dizer que, a ação de preço deve
refletir a ação de volume. Sem esforço, não pode ter funcionado. Segundo Wyckoff,
preço e volume são chaves fundamentais para a metodologia. O volume identifica a
quantidade de ordens, unidades, contratos que mudou de mãos. Quando as grandes
instituições estão interessadas em certa faixa de preço, isso irá refletir no volume
negociado.

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Smart Money Concepts - @marraik

Fase de acumulação

8. As grandes instituições compram as faixas de preços diponíveis para venda no


mercado. Quando eles estão assegurados por vários meios (que já estudamos) que
não há mais nenhuma supply sobrando, eles começam a fase ascendente, o preço
começa seu movimento bullish. Eles já sabem e já verificaram que não encontrarão
mais supply no caminho que vão impedir que o preço suba. Esse conceito é
importante, pois até que eles provem que a caminho está livre (ausência de
vendedores), eles vão iniciar seu movimento de alta, mas para isso vão iniciar suas
manobras e testes várias e várias vezes. Esse movimento vai continuar até que os
compradores e vendedores considerem que o preço atingiu um nível interessante
para ambos, os compradores irão ver que é melhor fechar suas posições e os
vendedores por sua vez vão perceber que é melhor começar a tomar suas posições
curtas, fazendo o preço “ir parando aos poucos”, com isso entramos na fase de
distribuição;

Fase de reacumulação

9. O processo de reacumulação é idêntico ao processo de acumulação. A única


diferença entre os dois é a forma como a estrutura começa a se desenvolver.
Enquanto a estrutura de acumulação começa com um movimento de baixa, a
estrutura de reacumulação começa após uma pausa de um movimento bullish.

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Smart Money Concepts - @marraik

Fase de distribuição

10. O teto do mercado acaba de ser formado, existe a entrada dos últimos compradores
com ganância e a entrada de vendedores mais informados e com a mão mais pesada.
Quando se dão conta que o caminho do preço está numa fase de distribuição, o
mercado começa seu movimento de baixa. Durante essa fase, as ordens dos
vendedores é mais agressiva do que os compradores.

Um ciclo é considerado completo quando se observam todas as fases do ciclo: acumulação,


tendência ascendente, distribuição e tendência descendente. Estes ciclos completos ocorrem
em todas as temporalidades. É por isso que é importante ter em conta todos os prazos, porque
cada um deles pode estar em fases diferentes. É necessário contextualizar o mercado deste
ponto de vista para realizar uma análise correta do mesmo. Quando você aprender a
identificar corretamente as quatro fases de preço e assumir um ponto de vista totalmente
imparcial, longe de notícias, rumores, opiniões e seus próprios preconceitos, tirar vantagem de
seu operativo será relativamente mais fácil.

Fase de redistribuição

11. Fase de redistribuição é um intervalo que vem de uma tendência bearish e é seguido
por uma nova tendência bearish. Múltiplas fases de redistribuição podem ocorrer
dentro de um grande mercado de baixa. Esta é uma pausa que refresca o valor para
desenvolver outro movimento descendente.

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Smart Money Concepts - @marraik

Dica:
A essa altura do campeonato, você já prestou atenção que uma fase de “redistribuição” pode
também ser uma fase de “acumulação”. Ambas estão vindo de um movimento de baixa e
existem semelhanças. Mas como podemos identificar quem é quem? Precisamos de uma análise
criteriosa para não tomamos stop. Essa análise é uma das tarefas mais difíceis: Saber diferenciar
acumulação de redistribuição.
1. Durante a fase de redistribuição, os market makers estão fazendo entradas mais curtas,
pois eles precisam de confirmações de que o preço vai atingir um nível importante. Eles
vão aumentando essas entradas, uma vez que na fase de redistribuição, o preço vai
continuar a tendência bearish;
2. A redistribuiçao, continua volátil durante e no final de sua fase antes de continuar a
tendência de baixa; (verifique Esforço vs Resultado);
3. Precisamos de confirmações de cada fase para sabermos de fato onde o preço
provavelmente vai. (falarei em breve sobre cada fase dentro das estruturas).
Uma fase de reacumulação talvez possa ser uma fase de distribuição – como podemos
identificar? Muito provável que em uma fase de reacumulação o preço faça padrões de liquidez
nos topos do buying climax e ST, por que no futuro quando essa faixa for rompida o preço vai
buscar alvos mais altos para começar a fase de distribuição.

Eventos

Wyckoff tenta identificar alguns movimentos existentes dentro de cada período que vimos
anteriormente. Cada movimento e cada fase existe uma particularidade e uma característica.
Em resumo, nós temos os eventos a seguir:
1. Parada preliminar - é o movimento que tenta parar a tendência no momento que
sempre vai falhar, é um sinal que a tendência pode estar chegando ao fim;
2. Clímax - é o movimento extremo no momento que vai identificar a entrada das grandes
instituições;
3. Reação - é o primeiro grande sinal que sugere a mudança do sentimento no mercado;
4. Teste - depende do local onde se encontra, pode ter leituras diferentes. Mas a ideia é
verificar a ausência de compradores ou vendeores;
5. Agitação (Shakeout) - momento crucial para a análise da estrutura. Últimos
movimentos que tiram alguns traders do jogo antes de iniciar a tendência macro;
6. Quebra - é a maior prova para interpretar nossa fase, com as quebras de estruturas
podemos identificar o sentimento no momento. Quem está quebrando quem;
7. Confirmação - se a análise estiver certa, será realizado um teste de quebra que vai
confirmar a nossa fase e podemos fazer possíveis entradas.
Agora vamos mergulhar dentro de cada ponto e jogar no gráfico para você entender melhor
como cada evento desse funciona dentro de uma fase, seja acumulação ou distribuição.

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Parada preliminar
Também conhecida como Preliminary Support (PS), quando estamos na fase de acumulação. E
Preliminary Supply (PSY), quando estivermos na fase de distribuição. Como ela aparece no
gráfico? São estruturas ou candles que com seu movimento vai “suavizando” a tendência, é o
freio que o preço está fazendo para chegar em uma determinada fase. Vamos entender a seguir:

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Conseguiram entender a lógica dessa parada preliminar? Como o nome diz, é quando um lado
do mercado está “perdendo as forças”, está freando aos poucos a tendência que após isso irá
começar os outros eventos de uma fase Wyckoff e possivelmente mudar a tendência. Notaram
também que uma parada preliminar é um topo ou fundo fraco? Não conseguiu romper um topo
ou fundo anterior, com isso foi engolido com o impulso da tendência. É importante
identificarmos esse primeiro ponto de vários eventos dentro de uma fase Wyckoff, pois é a
primeira ação para parar o movimento da tendência anterior, e quanto mais houver essas paradas
no decorrer do caminho, mais provável que o extremo será com pouco volume. Isso indica que
os compradores ou vendedores estão alimentando suas ordens até um determinado pouco que o
oposto não estará disposto a vender/comprar, que aí entra a próxima fase – Clímax.

Dica:
Precisamos de mais eventos para identificarmos uma fase Wyckoff, uma parada preliminar
sozinha não nos diz muita coisa.

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1. Clímax
É o segundo evento do método Wyckoff e aparece após o PS/SPY. Na fase de acumulação
iremos chamá-lo de Selling Climax (SC), na fase de distribuição iremos abordar como Buying
Climax (BC). São poderosos sinais de fraqueza do mercado. É importante destacar que as vezes
o PS/PSY é o nosso BC ou SC. É o ponto extremo (até o momento) que vai entrar a força
vendedora/compradora. É onde identificamos a entrada das mãos fortes no jogo. É a ação
climática que para o movimento. É o clímax dos vendedores (acumulação) ou clímax dos
compradores (distribuição).

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Dica:
Duas coisas podem acontecer após o evento clímax: uma reação (Automatic Rally/Reaction) ou
um movimento lateral. Se surgir uma reação, ela será seguida de um Secondary Test;
inversamente, se ocorrer um movimento lateral, o mercado provavelmente continuará na direção
da tendência anterior. Um aspecto muito relevante é que este evento precisa ser testado para
verificar sua autenticidade (com o Secondary Test). Um volume muito menor em um teste
subsequente mostra uma diminuição na pressão de venda.

2. Reação

Como toda ação tem uma reação, o nosso terceiro evento é uma reação automática (AR-
Automatic Rally) para fase de acumulação, é uma reação bullish. (AR-Automatic Reaction) para
fase de distribuição, é uma reação bearish. Essas reações vão deixar um grande movimento na
direção oposta do evento climático (SC ou BC).

AR-Automatic Reaction, é o movimento de reação do Buying Climax.

Por qual motivo ocorre a reação?

12. AR-Automatic Reaction, ocorre quando o mercado já subiu o suficiente que existe
eventos ao qual dão origem ao AR. Existem a exaustão da demanda, não há mais
compradores agressivos dispostos a continuarem comprando. Os compradores que
teriam entrado nessas regiões acabam fechando suas posições e pegando seus
lucros. Novos picos de vendedores começam a entrar no mercado observando o
Buying Climax. Eles se dão conta que a partir dali pode ter sido o último “suspiro”
dos compradores e agora talvez tenham forma para formar uma tendência bearish.

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AR-Automatic Rally, é o movimento de reação do Selling Climax.

Por qual motivo ocorre a reação?

Automatic Rally (fase de acumulação)- ocorre durante um movimento bearish, o preço está
chegando a uma distância considerável e atingindo uma reação de sobre-venda com o Selling
Climax (SC), onde podemos notar que existe exaustão de ofertas, os vendedores agressivos vão
deixando de entrar no mercado. Existe também a cobertura de shorts, os vendedores que teriam
entrado mais pesado fecham as posições e os novos compradores entram no mercado. O preço
atingiu níveis desinteressantes para que se tenha mais vendas, o que vai levar a falta de ofertas.

Dica:
O Automatic Rally irá identificar o verdadeiro Selling Climax.
A Automatic Reaction irá identificar o verdadeiro Buying Climax.

3. Teste

O Secondary Test é o quarto e último evento da fase A da metodologia Wyckoff. Interrompe o


fim da tendência anterior e dá origem ao início da fase B que é: A construção da causa.
A função desse evento é que ele nos diz o contexto do mercado no momento, passamos de uma
fase de tendência e estamos num contexto de lateralização.

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Usando o mesmo exemplo anterior, nós temos o Secondary Test, que testa o nível de
oferta/demanda em relação à ação climática (SC ou BC). Por muitas vezes o ST não rompe o
nível do SC ou BC. Mas há casos em que isso acontece. O ideal é identificarmos o ST após o
nosso AR que na maioria das vezes será literalmente um teste do movimento do AR.

Dicas:
Se você identificou corretamente o Selling Climax e agora o Automatic Rally na fase de
acumulação, você pode diminuir o tempo gráfico para procurar o início de uma estrutura de
distribuição que esteja acontecendo no fim do Automatic Rally em LTF (tempo gráfico menor)
e irá procurar o desenvolvimento do Secondary Test.
Se você encontrou o verdadeiro Buying Climax e o Automatic Reaction na fase de distribuição,
você pode ir para um tempo gráfico menor (LTF) para verificar um desenvolvimento de uma
estrutura de acumulação que esteja acontecendo o fim do Automatic Reaction e e irá procurar
por um possível começo do Secondary Test.
Se vemos que o movimento descendente (AR em distribuição) que não percorre uma grande
distância e em seguida o Secondary Test termina acima da máxima do Buying Climax (ou seja,
quebra a estrutura do BC), muito provável que o que está acontecendo é uma estrutura de
reacumulação.

O ST-Seconday Test é particulamente da fase A e ocorre após o AR-Automatic Rally/Reaction,


mas encontramos também testes em algumas outras fases de Wyckoff que vou mostrar em
breve.

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Fim da fase A

Bom, vamos para a fase B e entender como esse intervalo funciona.

Após o Secondary Test inicia-se uma nova fase que a intenção é a construção da causa com o
objetivo de preparar o efeito subsequente. Essa fase consiste em ter alguns testes que podem ser
realizados nas extremidades superior e inferior da estrutura e o preço está equilibrado e é aqui
que os big players aproveitam para acumular ordens. Nessa fase temos:

13. Upthrust Action – UA (fase de acumulação) e Upthrust – UT (fase de distribuição)


que nada mais é uma tentativa de rompimento da estrutura na parte superior. Um
quebra o AR e o outro quebra o BC respectivamente.
14. Temos também o SOW as ST – Sing of Weakness as Secondary Test – (fase de
acumulação), que é uma amostra de fraqueza numa função de teste. Uma quebra
temporária da linha do Selling Climax.
15. Temos o mSOW – Minor Sign of Weakness (fase de distribuição), também uma
amostra de fraqueza. É um teste de rompimento temporário que quebra o nível do
Automatic Reaction.

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A fase B é repleta de testes e captura de liquidez em ambas extremidades, é o famoso sweep,


stop hunting, spring/shekout.

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4. Agitação (Shakeout)

É o momento em que todos estão esperando que aconteça. Não existe outro evento que se tenha
tanta convicção que realmente estamos diante de uma estrutura de Wyckoff.
Após o Homem Composto ter construído boa parte das posições que querem, eles usam o
shakeout para tirar os demais investidores da jogada e para que possamos estar bem próximo
que isso aconteça, é necessário que tenha ocorrido pelo menos dois conceitos:
16. Um Preliminary Support/Supply;
17. Uma construção de uma causa significativa. Este é o desenvolvimento da fase B.

O Shakeout acontece para capturar a liquidez existente em níveis nas extremidades da estrutura,
e por vir como um pavio, um candle ou mais de um candle.
A função desse evento é sacudir os stop loss dos demais investidores e expulsar eles da jogada e
tomando a liquidez.

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Na fase C nós temos:

18. Upthrust After Distribuiton – UTAD (fase de distribuição), é um teste que quebra as
máximas das fases A e B, que tem como objetivo testar a capacidade dos
compradores de tomar preços mais altos e atingir uma área específica. É o mesmo
que UT, mas quando acontece na fase C ele é chamado de UTAD. O volume dessa
fase é moderado ou forte;
19. Last Point of Supply – LPSY (fase de distribuição), que é o último nível que suporta
a demanda, geralmente não atinge a máxima do intervalo.
20. Spring – SP (fase de acumulação), é um teste que quebra as mínimas das fases A e
B. O Spring acontece com um alto volume!!!
21. Last Point of Support – LPS (fase de acumulação), que é o último nível que suporta
a oferta, geralmente não atinge a mínima do intervalo.
22. Terminal Shakeout – TSO (fase de acumulação), uma agito final, movimento brusco
que quebra as mínimas e penetra pronfundamente num nível que irá voltar rápido.
Pode ser interpretado como SP também.

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5. Quebras

Após o término dos eventos da fase C, o preço irá desenvolver um movimento de tendência
querendo “sair” do range e construir sua reversão. Após todos esses testes, capturas de liquidez,
está na hora de começar a caminhar para o lado oposto de qual o preço estava vindo.
É o começo do segundo CHoCH, o primeiro ocorreu no momento do clímax, o preço vinha de
uma tendência e começou a ficar lateralizado, esse CHoCH é a mudança de uma linha
descendente/ascendente para uma linha reta. E agora, o preço sai de uma fase com preços
lateralizados para um começo de um movimento de tendência ascendente/descendente.
A fase D na distribuição, nós temos uma tendência descendente dentro do nosso intervalo.
A fase D na acumulação, nós temos uma tendência ascendente dentro do nosso intervalo.
Essa fase, nós temos os seguintes eventos:
23. Major Sign of Weakness – MSOW (fase de distribuição), é uma grande amostra de
fraqueza. Movimento bearish originado após a fase C que vem do UTAD ou LPSY
e consegue chegar no fundo do intervalo gerando um CHoCH;
24. Last Point of Supply – LPSY (fase de distribuição), também podemos encontrar
esse evento tanto na fase C quanto na D, é o último nível para demanda;
25. Sign of Strength – SOS (fase de acumulação), é o movimento de alta gerado após a
fase C que consegue atingir a máxima do intervalo, também conhecido como JAC
(Jump Across the Creek), ou salto de riacho. É a saída do preço no range;
26. Last Point of Support – LPS (fase de acumulação), é o último nível de suporte da
oferta, tentativa dos vendedores de jogar o preço para baixo que vai falhar;
27. BU ou Backup (fase de acumulação), essa é a última grande reação antes do
movimento bullish começar, também conhecido como BUEC (Backup to the Edge
of the Creek), ou de volta ao riacho.
O riacho, é a linha CREEK e ICE que falarei em breve.

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6. Confirmação

A confirmação vem do teste das quebras de estruturas, e os sinais de fraquezas deixados na fase
D.
A linha – Creek e Ice – marcada nas figuras anteriores, são os pontos que vamos prestar atenção
de uma possível confirmação. Essas zonas são os apoios das estruturas.
A linha CREEK, é colocada na fase de acumulação no ponto do AR-Automatic Rally e a
linha ICE, é plotada no gráfico no nível da AR-Automatic Reaction na fase de distribuição.
Como a confirmação aparece no gráfico?
Este é o momento mais delicado porque se trata de verificar se estamos diante de uma quebra de
estruturas ou mais de alguns Shakeouts. Originalmente, essa era a posição preferida de Richard
Wyckoff para entrar no mercado, quando essa linha é quebrada e testada. Pois tudo que já
deveria acontecer, já aconteceu a esquerda do gráfico – parar tendência, ação climática, testes,
capturas de liquidez e após isso, existe a confirmação que nos dá ideia de que agora o preço vai
seguir seu fluxo depois de ter realizado toda a tarefa de casa.
Dicas:
28. Last Point of Supply são bons lugares para começar ou adicionar posições curtas,
pois são as últimas ondas de distribuição antes do início de um novo movimento
bearish. O preço atingido pelo LPSY irá às vezes coincidir com o nível acima do
qual a Preliminary Supply apareceu. Isso ocorre porque se a estrutura é de
distribuição, é na Preliminary Supply onde a distribuição começou inicialmente.
29. Um mercado de bullish é impulsionado pela ganância, enquanto um mercado
bearish é impulsionado pelo medo. Estas são as principais emoções que
impulsionam os mercados. A ganância leva ao deslocamento de preços mais altos
até que isso leve ao que é conhecido como uma condição de sobre-compra. Por
outro lado, o pânico causado pelas quedas leva os investidores a querer se livrar de
posições de vendas, adicionando mais impulso para o colapso até que as condições
de sobre-venda sejam atingidas. Ter isso em mente nos ajuda a entender os
movimentos e o pontos extremos que o mercado pode estar chegando.
30. O clímax (BC ou SC), que como sabemos também pode aparecer sem volume
climático (vendendo exaustão e comprando exaustão), nos identifica um dos
extremos da estrutura e sua ação é muito elevante para acabar esgotando aqueles
que até então mantinham o controle do mercado. A aparência da reação é um dos
eventos mais informativos porque confirma que algo está acontecendo. O preço
veio previamente em uma tendência prolongada e esta reação é a primeira vez que
deixa ver com significância relativa que começa a haver um interesse no outro lado.
O teste (PS) põe fim a esta primeira fase ao iniciar o desenvolvimento da fase b a
partir daí.
31. Particulamente eu procuro por uma parada preliminar, uma reação automática,
springs e perda de forças.

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Essa é uma fase de distribuição, fica no teto do gráfico. Notaram como é diferente quando a
gente joga pra realidade? Notaram que quando a linha do ICE é quebrada, existe um movimento
brusco que é nessa faixa que procuramos fazer nossas entradas? É conforme o pensamento de
Wyckoff, era o ponto preferido de entrada dele após a quebra do CREEK/ICE, pois é quando já
“houve de tudo” a esquerda do gráfico.
1. Veja como o volume se comporta com o mSOW (Minor Sign of Weakness) sinal de
fraqueza – esforço vs resultado
2. Veja o volume do UTAD – que quebra os níveis da fase A e B;
3. Veja o volume aumentando gradativamente com a quebra do ICE.

Vamos fazer um breve resumo de cada fase e após isso vou mostrar alguns modelos de
diferentes formas que podemos enxergar Wyckoff no gráfico.

32. FASE A – Parar a tendência com PS/SC – PSY/BC – AR e ST


33. FASE B – Construção da causa com UT/UA/mSOW
34. FASE C – Fase de testes com Spring/UTAD/LPS
35. Fase D – Tendência dentro do intervalo com JAC/Backup/LPSY
36. Fase E – A tendência está fora do intervalo, se houver SOS/LPS, quebras do nível
ICE ou CREEK, forte indício que agora vai!

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Alguns esquemas de Distribuição

Fonte : PDF internet

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Alguns esquemas de Acumulação

Fonte : PDF internet

Notou que nem sempre uma fase de Wyckoff é aquela bonita que podemos encontrar desenhada
por aí? Nem tudo que estamos enxergando no gráfico é uma fase de acumulação ou distribuição,
nem sempre todos as fases precisam aparecer em um modelo de Wyckoff. É preciso ligar os
pontos de cada evento e cada fase com lógica, para sabermos se estamos diante de uma estrutura
real. Se você quere ser realmente bons, você tem que enxergar coisas que os outros não estão
vendo e uma fase dessa metodologia nem sempre será a que estamos acostumados a ver.
Vou deixar um link de um site para você ter uma ideia de quantas estruturas de diferentes
modos e interpretações podemos identificar as fases de Wyckoff:
https://www.wyckoffanalytics.com/bias-game/

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Smart Money Concepts - @marraik

ATENÇÃO (!!!)

Nessa hora você deve está com a cabeça explodindo de tantas siglas e informações. Mas vamos
entender uma coisa importante: Não precisamos ficar feito um caçador de siglas de Wyckoff em
toda estrutura que identificarmos no gráfico, marcando todo ponto que existe, colocando nomes
em tudo... até fazer tudo isso, o preço vai embora e a gente perde a oportunidade. O que vai
interessar de fato é sabermos a tendência do ativo, o movimento que vai parar aquela tendência,
o movimento contrário da tendência, os testes desse movimento, alguns movimentos que irão
capturar a liquidez, entender quem está no controle e verificar a possibilidade de entrada após
quebrar estruturas, principalmente no CREEK ou ICE. Eu estou colocando todas essas siglas
para você entender a complexidade desse assunto e o que realmente é cada um. Eu estou
fazendo um resumo do resumo bem didático para você ter pelo menos uma boa noção do que é
Wyckoff. Como mencionei anteriormente, com esse resumo que estou trazendo, eu espero que
você já tenha uma interpretação e que possa identificar essas estruturas no gráfico.
Muita gente não usa Wyckoff e se dá bem, como também tem gente que consegue lucrar muito
com essa metodologia. Vai de cada um conseguir encaixar em seu operacional. Não se apavore
caso não entenda. É muito complexo mesmo e para isso requer estudos diários e treinar o olho
no gráfico. Não pense que você só vai ser um trader de sucesso se souber disso. Wyckoff é
apenas mais um modelo de olhar o gráfico.
Lembrando que o preço é fractal, então você pode facilmente enxergar uma estrutura de
Wyckoff acontecendo em 4h e nesse mesmo momento num gráfico de 15m/5m/1m pode
também está acontecendo uma outra fase, tanto acumulação quanto distribuição. Ponha
isso em mente! Isso funciona em qualquer tempo gráfico!!

Tipos de entradas

Chegamos no capítulo que a grande maioria estava esperando. Os tipos de entradas que fazemos
e como podemos começar uma análise do zero até o tempo de execução. Como criamos uma
história para chegar no ponto x da questão, clicarmos em “nova ordem” e começar a rezar para o
preço chegar lá.
Esse vai ser um capítulo que vou colocar bastante exemplos e dicas com a narrativa em cada
uma explicando passo a passo.

Vamos entender que de modo geral, existe dois tipos de entradas:

Risk vs Confirmation
Entrada de risco e entrada de confirmação. Esses dois meios de entradas, é o nosso modelo
básico de fazer as operações, porém dentro desses termos existem pequenos meios de entradas
que vou falar um pouco de cada um, mostrar modelos, setups e meios que podemos realizar
nossas operações.

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Smart Money Concepts - @marraik

Entrada de risco – Risk Entry


É quando fazemos uma análise em um HTF (Tempo gráfico maior) e o preço está precificando
naquele exato momento, é uma entrada de risco mas para quem fez uma análise boa e com alta
probabilidade de dar certo, põe uma ordem sem a necessidade de confirmações extras. Tocou no
POI, entrou.
Entrada de confirmação – Confirmation Entry
Para isso, precisamos de uma confirmação extra como quebras de estruturas naquele exato
momento em um tempo gráfico menor.

A principal diferença entre um risk vs confirmation, é que a entrada de risco se basea


principalmente no limite dos pedidos, você simplesmente definiu um pedido limitado (ou no
mesmo instante da execução, no mesmo tempo gráfico da análise). A entrada de confirmação,
exige que você pare para os tempos gráficos menores e procure por quebras de estruturas na
direção oposta uma vez que o preço tocar numa zona de HTF.
Uma é mais conservadora e a outra mais agressiva.
Como identificar uma entrada de confirmação?
Encontre um POI em um tempo gráfico maior e refine para um tempo gráfico menor. Espere
que o preço toque na zona de HTF e faça quebras de estruturas (BoS, CHoCH, Flip, etc.)
Nesse tipo de entrada, podemos pegar alvos longos, porém, o nosso stop loss fica um pouco
grande pelo fato de que entramos num LTF.
Como identificar uma entrada de risco?
Identifique um POI em HTF e diminua para LTF. Verifique se está clara a entrada quando o
preço tocar a zona de LTF.

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Obs.: Quando o HTF e LTF estão na mesma direção, alinhados, esse tipo de entrada se torna
viável.
Ideal para fazermos entradas a favor da tendência!

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Setups de entradas
Análises em múltiplos tempos gráficos estão à frente de qualquer setup milagroso. No mercado
não há um Santo Graal. Não existe setup dos deuses. Mas nós podemos identificar padrões que
acontecem diariamente no gráfico e o que fazemos é ficar atento ao início dessas formações.
1. Sopa de tartaruga – Turtle soup – conhecido também como ABC

Esse setup tem como agente principal, a captura de liquidez com um stop hunt em uma região
onde existe bastante liquidez. É um falso rompimento ou um toque em uma região HTF para
varrer os stop losses das pessoas e continuar sua estrutura.

BSL – Já vimos no capítulo de liquidez, são os pontos “highs” do gráfico. Máxima do dia,
máxima da semana, máxima do mês, uma máxima importante naquele dia, etc.

Repare que sempre existe pontos de inducement próximo do nível da liquidez e pouco antes
de fazer o stop hunt.

Esse inducement é bem sacana, mas como você aprendeu nunca vai cair nessa armadilha.

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SSL – Também já estudamos, são os pontos “lows” do gráfico. Mínima do dia, mínima da
semana, mínima do mês, uma mínima importante daquele dia, etc.

Sempre atento a esses pontos extremos do gráfico. Há bastante liquidez nessas regiões.

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Dica:
Como podemos “prever” esse movimento? Eu escrevo em aspas, pois simplesmente não tem
como a gente adivinhar o movimento que está por vir. O que podemos é aumentar a chance de
acontecer. Bom, uma dica importante, como mencionei, é sempre que formos fazer uma análise
devemos marcar no gráfico as máximas e mínimas relevantes, tais como do mês, semana, dia
e até no intra-day. Pois esses extremos é onde há bastante liquidez e na maioria das vezes zonas
institucionais. Portanto, caso perceba que o preço está chegando próximo a esses highs ou lows
e o principal – criando inducement – espere uma possível varredura de liquidez naquela região
para verificar a possibilidade de uma entrada, sempre observando a questão do stop loss
acima/abaixo do ponto máximo do stop hunt com pelo menos 10pips (depende do seu
gerenciamento).

2. Bullish SH + BOS + RTO

O stop hunt está presente novamente nesse setup, pois ele é primordial para capturar a liquidez
que existe em determinada faixa de preço, repare que a ideia é essa, esperar a varredura de
liquidez para podermos fazer nossas possíveis entradas. Nunca entre precipitado.
SH será nosso stop hunt, BoS será nossa quebra de estrutura e RTO será nosso return to order
block/origin.

Como entender a dinâmica por trás desse setup?


1. Vai ocorrer o SH para varrer a liquidez da mínima relevante daquele momento;
2. Com o movimento que houve a captura de liquidez, o preço vai quebrar estruturas;
3. Com o movimento que quebrou a estrutura, vai ser deixado zonas ao qual o preço vai
voltar e seguir o fluxo, ou seja RTO – retorno ao order block/origin.

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Bearish SH + BOS + RTO

Mesma lógica, porém o preço irá tocar em uma zona criada pelos vendedores e o alvo será
colocado em lows deixado a esquerda do gráfico.

3. Bullish SMS + BOS + RTO


A ideia é parecida com o que vimos anteriormente, porém ao invés do SH, será o SMS (Failure
Swing), em outras palavras, falha em romper um swing point ou trazendo para o popular, falha
em rompe fundo/topo. É a falha do rompimento de uma estrutura, ao qual após a falha o preço
quebra uma estrutura e volta no order block, dando início a esse setup. Bastante visto nos
gráficos diariamente e muito eficaz.

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O ponto x da questão é a falha em romper um swing point, que entendemos como um


fundo/topo fraco e em seguida existe a quebra de estrutura e o retorno na região criada. Essa
estrutura é vista praticamente todos os dias.

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Bearish SMS + BOS + RTO

Mesma lógica, mas agora será um movimento bearish com topos e fundos descendentes.

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4. Quasimodo (QM)
Quasimodo é um personagem de desenho muito conhecido que tem uma deformação no ombro
e na coluna. Mais conhecido como O Corcunda de Notre Dame. No gráfico nós identificamos
três tipos de QM:
4.1 QMR, Quasimodo Reversal:

Você que já está afiado no SM, vai ver de cara que se parece com um CHoCH, e é verdade.
Mas o toque da entrada será no mesmo nível/level do penúltimo swing point, nesse caso swing
low, ou como as pessoas gostam de chamar – o ombro esquerdo do pobre coitado Quasimodo.

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Smart Money Concepts - @marraik

Esse modelo é realmente bem parecido com o CHoCH, mas por muitas vezes a volta do
CHoCH rompe a linha do QM ou as vezes nem toca nessa região horizontal. Essa é a diferença
entre o QMR com CHoCH.

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4.2 QMC, Quasimodo Continuation

O processo é o mesmo em relação ao level do QM, mas agora estamos em uma trend line:

A linha de entrada será no primeiro ombro do Quasimodo.


Dica:
O segundo toque na trend line deve romper o nível do QM, e após o toque na linha, deve
quebrar estruturas para voltar no mesmo nível criado. Sabemos que trend line é criação de
liquidez, por isso devemos entrar em setup como esse quando vier de um CHoCH, de uma
reversão saudável que acabou de acontecer, por isso o nome - continuação.

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4.3 QMM, Quasimodo Manipulation


Temos uma manipulação de um swing point, quebra de estrutura e quebra do nível do QM. A
volta é o teste nessa faixa de preço. É nossa entrada.

O setup Quasimodo funciona bem quando nós temos a criação das estruturas.
DBD = drop – base – drop

Dica:
QMM - Quando você enxergar no gráfico topos e fundos ascendentes ou descendentes e em um
determinado momento houver uma manipulação, quebrando swing point anterior, e no mesmo
momento ele continua o fluxo anterior, verifique a linha do ombro e espere uma reação nela,
refine o tempo e veja como se comporta o preço.
QMR – É parecido com o CHoCH, espere a volta em alguma região dentro da pernada que
houve o BoS, se por acaso o preço reagir exatamente na faixa horizontal do QML, refine o
tempo e veja como o preço está reagindo a essa linha de preço.
QMC – Ideal verificar se o preço vem de uma reversão, pois sabemos que trend line é criação
de liquidez, não coloque tão longo seus alvos nesse tipo de setup. Mas verifique sempre a
tendência macro e os pontos de liquidez.

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Smart Money Concepts - @marraik

A regra dos 70%


É uma Fibo ou caixa de Gann (caixa de Gann é uma ferramenta nas plataformas) que traçamos
de um ponto ao outro que formou uma estrutura, ou seja, de um topo/fundo. Se por acaso o
preço romper os 50%, voltar e não quebrar o último swing point formado, muito provável que
ele irá voltar e retestar a área abaixo dos 50% novamente para seguir o fluxo. Os 70% nos dá
ideia de que aquela região da estrutura são zonas que existe liquidez e/ou fvg formada com o
impulso da pernada. Sempre atento à reação do preço.

1. O preço rompe os 50% dessa estrutura;


2. O preço falha em romper o swing point anterior;
3. O preço volta para testar outra área abaixo dos 50%. Note que a falha (2) de romper o
swing high, nos deixa um ponto de inducement (1) e também um fvg bem abaixo em
LTF. Basta analisar com calma e verificar a possibilidade do preço voltar (3) e fazer
uma entrada com stop abaixo do low.
A chave é você andar de mãos dadas com múltiplos tempos gráficos.

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Smart Money Concepts - @marraik

Novamente o preço rompe os 50% da estrutura e falha (2) em romper o último swing high. O
ponto (1) se torna uma liquidez para uma possível volta do preço (na região dos 70%) para
capturar mais liquidez/tocar em regiões/equilibrar o preço.

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Smart Money Concepts - @marraik

Há quem diga que é uma zona que por muitas vezes é uma área de liquidez, então ocorre muito
do preço romper os 50% tocar no nível de 70% e seguir o fluxo. Eu estou dando dicas e pontos
que podemos impor nas análises. São ferramentas para no momento da execução você colocar
no gráfico para aumentar a chance da assertividade.

1. O preço volta exatamente nos 70% da estrutura “a”, com isso, o movimento quebra o
swing low dessa estrutura;
2. A retração da estrutura “b”, volta nos 70% dessa mesma estrutura, após isso, o
movimento de impulso quebra o swing low desse range e segue o fluxo.
Dica:
Como toda regra há exceção, nesse caso nós vamos usar os 70% quando estivermos vendo que o
preço rompeu os 50% e dentro de um gráfico menor ele está nos dando indícios que
possivelmente poderá subir um pouco e atingir algum POI nessa zona ao qual existe liquidez.
Sempre atento!

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Smart Money Concepts - @marraik

Critérios para entradas


Vamos abordar alguns critérios que utilizamos para fazer nossas entradas e aumentar a chance
da assertividade.
Obs.: Critério é muito pessoal e você vai entender com o passar do tempo vendo o gráfico. Eu
vou mostrar o que a maioria dos traders consistentes adotam, porém, ao decorrer de sua
jornada, você pode colocar em suas análises outros meios para suas operações. O interessante é
que você seja lucrativo e não importa como.

5. Identifique um POI em HTF (entre 4h a 8h);


6. Espere que o preço esteja tocando nesse POI em 15m;
7. Procure por regiões que não foram mitigadas/testadas ainda;
8. Refine para 5m e verifique se está acontecendo quebras de estruturas, CHoCH e/ou
Flip;
9. O preço irá criar outro POI, dessa vez em tempo gráfico menor em 5m e até 1m;
10. Faça sua execução em 1m ou nos 30s após a confirmação de mais CHoCH do POI em
LTF;
11. Verifique as quebras de estruturas dos tempos gráficos maiores. Ex., 1m quebrando 5m,
5m quebrando 15m...
12. SEMPRE procure por inducement próximo a essas zonas.

Esse critério é universal e é o mais utilizado. Marcar POI>Esperar reação>Esperar


CHoCH>Refinar e esperar mais quebras de estruturas>Aguardar o preço ficar alinhado.
O preço alinhado é quando diversos tempos gráficos estão apontando na mesma direção, ou
seja, 4h, 15m, 5m e 1m bullish/bearish e em áreas de P/D para alvos mais longos.
Tenho um vídeo no meu canal do Youtube/@marraik sobre “Alinhamento de fluxo de
ordens”.

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Também temos que olhar todo um contexto por trás, horário, kill zones, notícias, sessão,
estrutura macro (estamos numa retração ou impulso de uma pernada maior?), pontos de
inducement, liquidez interna vs externa, etc.

4 critérios macro importantes para ajudar a identificar uma entrada em tempo gráfico menor
(LTF);
1. Estrutura
A principal direção do mercado e de todo trabalho para análise, saber em que estrutura estamos,
veja qual a direção do mercado naquele momento e tenha em mente se está prestes a entrar a
favor ou contra tendência macro;
2. Supply e Demand
Um conceito que será primordial sabermos nossos alvos e possíveis entradas. Cada entrada que
iremos fazer basea-se em supply/demand, pois é onde iremos identificar se o preço está vindo ou
indo para uma dessas zonas. Quem está no controle?;

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3. Eficiência do mercado
Usamos a eficiência do mercado junto com os itens 1 e 2 dessa lista, devemos saber a eficiência
que o mercado se encontra no momento da execução. Quem está sendo eficiente em quebrar
estruturas e proteger suas regiões?;
4. Liquidez
É claro que não poderia faltar o gás do mercado. A liquidez é a forma mais importante de
sabermos o horário correto de fazer uma entrada, é após a varredura dos stop losses que
preferimos fazer uma bela operação. Sempre procure por pontos estratégicos que são criados
próximos a POI e sempre espere a captura desse nível para verificar a possibilidade de uma
entrada.

Exemplos
Nem sempre nossas entradas vão se basear em tocar em um HTF POI diretamente, muitas vezes
será o toque do toque nessas zonas. O primeiro toque pode ser mais arriscado do que um
segundo teste nessa região. Vou mostrar alguns modelos de entradas que aparece diariamente no
gráfico. Mas o critério nós adotamos como um método primordial, pois dentro dessa esfera nós
temos as quebras de estruturas, toque em zonas, CHoCH e/ou flip, etc. Então, ponha em mente
que esses critérios básicos que expliquei anteriormente, nós devemos ter na mesa no momento
das entradas.
Eu posso desenhar inúmeros modelos de entradas aqui, mas a ideia não é aprender
“modelos” e sim entender o por quê que se formam.

Exemplo 1

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1. Houve esse movimento bullish agressivo após o preço ficar lateral criando liquidez;
2. A retração desse movimento é para preencher o imbalance e deixar inducement para a
volta;
3. Criação de mais inducement próximo ao topo mais alto dessa estrutura;
4. Captura de liquidez com stop hunt. O stop loss poderia ficar 10p acima do SH.

Exemplo 2 – Criação de liquidez + Order Block 2.0

1. Há uma zona institucional, um order block nessa área, pois a partir daí houve esse
movimento de baixa;
2. O preço “descança” criando o low da estrutura e faz uma retração;
3. Eles criam liquidez e inducement, pois precisam voltar na zona criada do ponto 1;
4. Há o toque na região institucional, o preço continua a trend line;
5. A entrada é exatamente na zona criada com o primeiro toque. Refine para um tempo
gráfico menor e observe quebras de estruturas e toque em região criada em LTF.

Dica:
Se você está diante de uma formação de estrutura como essa e está vendo pontos de inducement
sendo criados próximos a uma faixa de order block, fique atento na volta do preço e espere
possíveis entradas em LTF confirmando com quebras de estruturas.

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Exemplo 3 – Entradas de Continuação

1. Criação de inducement próximo a um POI de 1h;


2. Houve o toque e a reação em LTF;
3. Retração em uma zona de supply + imbalance;
4. Entrada na retração de uma zona lateralizada que ocorreu o BOS

Sempre verifique a tendência macro, nesse caso, estava vindo de uma onda bullish e o ponto 2
foram os últimos compradores. Com isso o preço começa a despencar. Aproveite o máximo
para surfar nessa onda e sempre monitorando suas operações, fazendo o break even e tirando
parciais assim que possível.

“Se estiver chovendo ouro, leve um balde e não um dedal.”


Warren Buffett

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Exemplo 3.1 – Entradas de Continuação

1. Há o toque em uma demanda de 4h e com esse toque existe a primeira quebra de


estrutura do fluxo;
2. São as retrações dos movimentos que voltam para mitigar áreas criadas com o impulso

Esse tipo de entrada de continuação, é muito vista quando o primeiro toque é feito em uma zona
institucional de um tempo gráfico maior, pois isso nos indica que uma região macro foi testada e
agora, possivelmente o preço irá começar a procurar zonas de HTF opostas desse POI. É como a
gente jogar uma pedrinha na horizontal na beira de um riacho, a pedra vai tocando, tocando,
tocando na superfície da água e vai continuar sua trajetória até perder força e afundar. Esse é o
padrão de continuação. O preço vai tocando em regiões demand/supply e vão sendo
respeitadas/rompidas até chegar num POI macro.
Dica:
Sempre verifique a tendência do ativo. Sempre veja com clareza o toque nessa zona HTF e
diminua seu tempo gráfico para verificar quebras em estruturas e retrações. Defina um alvo na
direção oposta que o preço estava vindo e sempre ponha seus alvos em swing points ao qual
ocorre o BoS (pontos 2 da figura), com isso, vá monitorando sua operação e sugue o máximo
que puder do mercado, pois quando é o contrário, eles sugam seu capital o máximo que podem.
Então, não tenha medo, quem não arrisca perde a chance!

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Exemplo 4 – Captura de liquidez da Ásia

1. O preço, na sessão de Londres, captura a liquidez da sessão asiática;


2. Nesse momento em um tempo gráfico menor, o preço quebra estruturas e volta para
testar área deixada para trás
3. O preço toca numa região de supply 1h criada no passado.

Sempre bom olhar as sessões e o horário que estamos operando. Como explicado no capítulo de
Sessões, o preço na sua grande maioria das vezes faz esse padrão que acabamos de ver.

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Modelo 4 refinado em um tempo gráfico menor após a captura de liquidez da sessão asiática.
Ponto crucial após ter feito um BoS e voltar para testar região.

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Exemplo 5 – Captura de liquidez da asian range

Em sua grande maioria das vezes, london KZ vai capturar os níveis acima ou abaixo da asian
range. Após fazer essa tarefa, é normal o preço despencar ou subir bruscamente. Tudo vai
depender da tendência maior e de onde o preço estava vindo.

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Exemplo 6 – Sweep + BoS + RTO

Um lindo modelo clássico de entrada de venda.


1. O preço a partir desse ponto toca numa região de supply quebrando estruturas;
2. Topo mais alto e entra a força vendedora. Nesse momento os últimos compradores estão
se livrando de suas ordens e com esse impulso é quebrado o ponto 1 (que dá início ao
nosso CHoCH);
3. A retração dessa estrutura para voltar dentro da gama de vendedores;
4. Antes de voltar em uma zona criada com o impulso, claro, criação de inducement
(sempre ele);
5. Toque na zona e o preço segue o seu fluxo natural como a correnteza de um rio!

Dica:
Praticamente em todas as entradas você vai ter que enxergar o inducement. Sem ele, parece que
sua operação vai estar desequilibrada. Pode dar certo? Sim. Mas com a captura do inducement o
processo flui com facilidade, você respira aliviado. Então em sua grande maioria espere a
criação de inducement próximo de zonas institucionais, regiões importantes como supply,
demand, order block, etc.

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Exemplo 7 – Breaker Block

1. O preço faz um topo mais alto (HH) e de cara captura uma linha de liquidez anterior, o
BSL;
2. Com o movimento ele quebra a estrutura do impulso do ponto 1;
3. Volta para testar a zona de supply criada anteriormente (mitigação);
4. Movimento que quebra novamente um nível importante;
5. Volta para testar no mesmo nível do ponto 2, esse order block deu início ao teste do
ponto 3, e agora foi testado novamente.
Em um tempo gráfico menor, poderíamos verificar a reação do preço ao chegar no nosso
breaker. Mas repare o tamanho do desequilíbrio do preço (fvg) criado a esquerda do gráfico.

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Exemplo 8 – Whipsaw + 70%

1. Criação de liquidez nesses swing points;


2. Captura de liquidez com o whipsaw (serrote), cortaram de um lado e do outro da
lateralização e formaram uma estrutura (topos e fundos);
3. Quando o preço estiver próximo de voltar na região de premium, nós sabemos que está
começando a ficar caro. Traçamos nossa Fibo dos 70% e vamos colocar num tempo
gráfico menor para verificar a reação.

O whipsaw é importante pois é um movimento que capta os níveis de liquidez no range que
acabou de ser criado, ou seja, houve a varredura de stop loss em ambos os lados. Nesse caso nós
observamos para onde o primeiro movimento do serrote vai, pois a volta, será para mitigar
alguma zona criada. Repare que na imagem acima, o primeiro serrote foi no topo capturando a
liquidez ali existente, após isso houve o segundo movimento com a serra capturando a liquidez
abaixo do range, e há a volta na região. Poderíamos usar outro tipo de Fibo também. O
interessante é esse movimento voltar e quebrar os 50% e entrar numa região de premium ou
discount para o preço ficar precificado!

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Exemplo 9 – Equilibrium Entry

Quando temos um order block, supply, demand ao qual o pavio é maior que todo o seu corpo,
nós usamos o equilibrium entry. Marcamos toda essa zona com uma ferramenta de Fibo ou
Caixa de Gann e esperamos que o preço volte em pelo menos 50% dessa região. O preço está
equilibrado, pois um candle com pavio largo em ambos os lados, se você for refinar, vai
encontrar um equilíbrio de compradores e vendedores. (de preferência nos extremos).

Esse é o gráfico em 5m na mesma região - um equilíbrio.

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Exemplo 10 – Os três BOX

O nosso primeiro box será marcado de um topo/fundo relevante. Uma estrutura que houve
quebra de níveis anteriores. Colocamos nosso primeiro box junto da ferramenta de premium &
discount para sabermos os 50% dessa estrutura.

O nosso segundo box será marcar os POI’s acima dos 50% (se o mercado estiver de baixa, caso
esteja de alta, devemos marcar POI’s abaixo dos 50%), e esperarmos que o preço reaja em
algumas das zonas marcadas após romper a faixa de 50%.

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Finalmente o nosso terceiro box é a nossa confirmação. Temos que refinar para um tempo
gráfico menor e verificar os toques nessas zonas e as quebras de estruturas. Quando houver
BoS/CHoCH, captura de liquidez e toques em zonas criadas em tempos gráficos menores, nós
começamos a montar nossa posição. Repare que o preço faz vários toques no box 2 que sabemos
que há liquidez ali, porém, a gente espera sempre uma quebra de estruturas e veja que após o 3º
toque, há o BoS e a volta em uma região de supply. Podemos verificar também alguma fase de
Wyckoff no momento da confirmação.

Como mencionei, o preço fez uma região de liquidez com esses três toques no nosso POI, mas
após a quebra de estrutura e a volta em uma supply, nos dá indício que a probabilidade de o
preço fazer seu impulso é grande.

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E o nosso modelo de 3 box’s fica assim:

No meu canal do Youtube/@marraik, eu tenho um vídeo explicando sobre esse método. Caso
ainda não viu, aproveite para assistir.

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Exemplo 11 – Formação de W + Fibo

Repare que o mercado veio de um impulso – ponto “a” ao ponto “b”. O movimento que iria
começar um novo impulso forma uma espécie de W dentro da estrutura maior (Isso é criação de
liquidez). Traçamos essa Fibo do ponto “1” ao ponto “2” e esperamos uma retração em um nível
da ferramenta – de preferência entre 0.62 ao 0.78. A última ponta do “W” é a captura de
liquidez do inducement que seria da base do “W”.

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Exemplo 11.1 – Formação de W + Fibo

Muito comum acontecer em tendências sendo revertidas de alta para baixa.


Dica:
O ponto do meio da letra “M” se torna inducement.

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Exemplo 12 – Formação de M + Fibo

Se o mercado estiver vindo de um movimento de baixa, espere a confirmação com quebras de


estruturas de swing points anteriores. E projete a possibilidade de fazer uma reversão que será
nossa pernada do “M”. Coloque sua Fibo do fundo mais fundo até o topo que houve o
BoS/CHoCH e aguarde a confirmação e a volta em algum nível.
Vamos ver como se comportou o preço:

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Dica:
Refine seu tempo gráfico para verificar os níveis que você pode colocar seu stop loss. Vai
depender de seu gerenciamento, do seu capital e do seu perfil de trader.

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Exemplo 13 – Block Flow

É um jeito de fazer uma entrada de risco baseando-se em um bloco de fluxo criado no gráfico
que é quebrado e o preço volta a testar toda região. Muito parecido com o breaker block, porém,
nesse caso, o nível do price vai voltar dentro da região marcada e muitas vezes 50% dela. Como
dito, é uma entrada de risco, ou seja, não necessariamente precisamos de confirmações extras.

1. O preço após vir de um SSL cria uma espécie de bloco com bastante vendas. Os bancos
nesse momento fizeram um S2B – sell to buy;
2. Com o movimento brusco eles quebram uma estrutura, renovam um topo e começam a
voltar na região criando mais liquidez. O ponto 2 é o toque na faixa do bloco;
3. Criam liquidez e a volta é exatamente em 50% do bloco de fluxo e no toque de um
order block.
Dica:
Se tiver alguma dúvida da volta do preço, diminua o seu tempo gráfico e procure por regiões
para colocar sua posição e o seu stop loss.

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O ideal é quando você enxergar um grupo de candles de venda/compra que após isso houve um
movimento agressivo na direção oposta deixando um imbalance e quebras de estruturas,
certifique-se e acompanhe o preço quando o movimento quebrar esse bloco de fluxo. Verifique
sempre a criação de liquidez próximo a esse retângulo no gráfico. Se sua análise estiver com
lógica, confluências ao seu favor, veja a possiblidade de uma entrada.

Você já deve ter reparado até aqui, que muitas coisas no Smart Money são refinadas, por
exemplo, um order block pode ser um rejection block, IFC, breaker block, etc. O que vai
importar é o momento da reação do preço naquela região e, principalmente, a narrativa que você
vai criando ao decorrer que o preço vai se movendo. É muito importante que você vá
construindo uma história do que possivelmente o preço pode fazer. Tenha pelo menos 3
possíveis movimentos, e vá descartando à medida que o preço não fizer o que pensou. Se não
sobrar nenhuma alternativa, veja a possibilidade de não entrar.

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Exemplo 14 – NY Reversal

Em um dia típico no mercado, nós temos a sessão da Ásia que vai servir para acumular ordens,
e logo após nós temos a sessão de Londres que em sua grande maioria das vezes captura a
máxima ou mínima da Ásia, que chamamos de manipulação. Em Londres é criada uma estrutura
que quando formada, NY entra para fazer a reversão desse movimento.
1. Dentro da sessão de Londres foi feita a captura de liquidez da asian range high;
2. Após o preço fazer a outra ponta da estrutura, começa a NY Reversal.
Coloque o premium&discount na estrutura de Londres e veja se existe alguma lógica com
alguma região após romper os 50%.

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Exemplo 14.1 – NY Reversal

OTE + NY Reversal.

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Exemplo 15 – O meu preferido! Order block 2.0 + liquidity engineer

Esse é a estrutura que busco na maioria das minhas operações.


1. Antes do preço quebrar estrutura e fazer um CHoCH naquele momento, existe a criação
de internal liquidity. O ponto 1 é válido pois a partir dali houve a quebra de estrutura;
2. O preço reage a uma supply válida, pois também houve quebra de estrutura + imbalance
(1);
3. Criações de liquidez – sempre.

Gosto bastante desse formato, pois acontece muito. Principalmente quando o preço já vem de
zonas em HTF não mitigadas e está nos extremos.

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Exemplo 16 – Internal BoS + liquidity engineer

1. O movimento do ponto 1 quebra uma estrutura interna;


2. Os pontos 2 são criações de liquidez, fvg, trend line e internal inducement;
3. A demand do ponto 3 é quebrada (vendedores ainda agressivos) com isso forma um
fundo mais fundo;
4. O ponto 4 é a volta na supply extrema capturando toda liquidez interna existente para
seguir o fluxo de baixa e ir em busca da liquidez externa.

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Exemplo 17 – CPE Entries Short

1. O ponto 1 é a abertura do dia que após isso existe a asian range;


2. O ponto 2 é a máxima do dia que geralmente ocorre com o Judas Swing;
3. O ponto 3 é um fvg dentro da CPE Área.

Dica:
Esse tipo de exemplo só vai ter uma alta probabilidade se existir a manipulação após a asian
range – fazendo a máxima ou mínima do dia naquele momento, e, se após a manipulação o
mercado já esteja na tendência da entrada.

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Exemplo 18 – CPE Entries Long

1. Ponto 1 é a abertura desse determinado dia;


2. Ponto 2 é a mínima parcial do dia;
3. Os pontos 3 são fvg na área CPE.
Boa probabilidade de uma compra com alvos a esquerda do gráfico.
Dica:
Sempre verifique a manipulação do dia feito em sua maioria das vezes na sessão de Londres.
Veja também a tendência macro do ativo e os pontos que existe nos níveis tanto abaixo da
manipulação, quanto acima da área CPE.
Esse conceito já foi mostrado no capítulo 5.

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Exemplo 19 – FVG + Criação de liquidez

Na imagem acima, nós temos um fvg após um movimento agressivo dos vendedores e, ante de o
preço chegar para equilibrar o mercado, existe criação de liquidez tanto próximo a essa linha
institucional, quanto numa trend line formada de propósito para os compradores colocarem suas
ordens e na volta serem stopados. Eles capturam a liquidez acima e abaixo num piscar de olhos.

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Exemplo 20 – O clássico CHoCH + flip

O bom e velho CHoCH+Flip. Quando o preço toca numa região e após isso ocorre quebras de
estruturas na direção contrária do toque.
Como já explicado aqui, um flip é a virada do preço naquele momento. É quando o movimento
de uma supply quebra uma demand ou vice-versa. Nesse exemplo, existia uma demand que deu
origem ao toque no POI em 15m. Após isso, o preço começa um movimento de baixa e com 2
candles o preço reage a essa demand. A volta e a reação do preço, bem rápida, foi para pegar
impulso e quebrar essa linha da demand. Faz o CHoCH com esse movimento e volta
exatamente em uma supply – a mesma que quebrou a demand. Com isso, o preço segue o fluxo
naturalmente.

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Como começar uma análise - Trading Plan


Já vimos estruturas do mercado, liquidez, inducement, BoS, CHoCH, imbalance, sessões,
premium vs discount, etc. Já estudamos praticamente as ferramentas que temos que ter em mãos
para iniciar uma análise. Tudo que você aprendeu até agora já lhe ajuda para clicar no botão
“nova ordem” e fazer uma operação. Mas sem um plano de trading adequado para seu perfil,
provavelmente você não vai sobreviver no mercado à longo prazo. Vamos entrar com mais
detalhes e mostrar como você pode criar o seu plano de trader. Isso é bastante pessoal e você
vai se identificar com alguns pontos e acrescentar outros ao seu gosto.
Vou listar algumas dicas que pessoalmente uso antes de iniciar uma análise.
Psicológica:
1. Eu me sinto bem mentalmente?
2. Há algum pensamento negativo que me atormenta ultimamente?
3. Dormi bem? Tive uma boa noite de sono?
4. Já estou alimentado?
5. Exercícios estão em dia?
6. O meu ambiente está calmo e organizado?
7. Pratique meditação. (Pode parecer bobo, mas tenha o hábito de praticar meditação. Isso
vai fazer você ter mais foco e evitar distrações com a prática constante).
Eu sei que muitas pessoas não vão seguir a risca essa lista, pois as vezes a gente não vive num
ambiente calmo, há preocupações da vida, contas para pagar, família, esposa/marido, filhos ou
qualquer problema externo. Mas entenda que fazer trading não é brincadeira, o mercado NÃO é
para amadores. É uma profissão como qualquer outra e envolve risco, envolve seu dinheiro!
Não se iluda com esses comerciais de instagram que eles vivem uma vida de rei, de ostentação e
que não tomam loss. É mentira! Não caia nessa armadilha de marketing.
Você deve ter calma e foco. Mantenha a disciplina e aplique tudo que aprendeu e siga
religiosamente sempre seu plano de trader. Construa o seu próprio plano. Escolha um ativo com
volatilidade/liquidez diária e com uma boa movimentação. Particulamente gosto de pares com
USD/GBP/EUR e índices NAS100, S&P500. Mas vai de cada um.
Teoria e prática:
8. Marque a máxima e a mínima do dia/semana anterior;
9. Veja os últimos 20 dias (diário) e observe se o preço está em premium ou discount;
10. Verifique se o preço está próximo as regiões de BSL/SSL;
11. Procure sempre pela liquidez mais clara no momento, e por fvg;
12. Veja quem está no comando no momento em 4h – demand ou supply?
13. Encontre um POI em 4h;
14. Antes da criação do POI há imbalance e quebras de estruturas?
15. O preço está vindo de uma região macro não mitigada?
16. Supply ou Demand capturou liquidez de outra S/D?
17. Há criação de inducement próximo ao POI?
18. Refinou para um LTF e observou criações de zonas S/D indo na direção do POI HTF?
19. Há algum tipo de CHoCH, BoS, Flip nessa região?
20. Está próximo de uma Kill Zone? O horário que você está no momento é dentro de
alguma sessão com volatilidade? Há alguma notícia relevante nos próximos minutos?
21. Pergunte a si mesmo: Onde o preço quer ir? Em outras palavras – Onde está a próxima
liquidez? A estrutura está acompanhando a sua narrativa?

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Smart Money Concepts - @marraik

OK, você marcou um POI em 4h e vai demorar para o preço chegar lá, ou acabou de tocar em
um. Você não quer ficar esperando dias e mais dias. O que fazer?

Veja a tendência do ativo. Veja se ele veio de um toque em uma zona de 4h ou se está a
caminho de tocar em uma.

No exemplo acima, o preço acabou de tocar em um rejection block/fu candle de 4h. Vamos
supor que o dia de hoje é aquele ponto vermelho. Pergunte a si mesmo:

• Qual a probabilidade do preço fazer o movimento da linha pontilhada? Veja que o


movimento é de alta, topos e fundos ascendentes... Nossa expectativa de order flow é
bulish até então;
• O preço acabou de mitigar uma região importantíssima de demand 4h, provavelmente
está indo buscar outra região de 4h. Mas qual?
Nessas horas você refina o tempo gráfico e procura por regiões criadas a esquerda do gráfico.
Como topos antigos, máxima do dia anterior por exemplo.

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Smart Money Concepts - @marraik

Repare que ao refinar o tempo gráfico, existe uma compression ao tocar no POI 4h, após isso o
preço entra no horário que chamamos de tempo morto, abrindo a asian range e o ponto em
vermelho é a abertura da sessão de Londres. Há o BoS e o preço volta na mesma faixa de preço
desse BoS, refinando para um tempo menor poderia fazer uma compra buscando um topo
anterior, pois não há mais liquidez evidente para ser capturada abaixo. Repare o tamanho do
pavio que foi criado para varrer os stop loss dos compradores ansiosos.
São essas perguntas que você precisa fazer. Tudo vai depender de uma série de fatores para
fazer uma entrada. Uma busca por 50 pontos por dia baseado em uma análise clara e lógica,
muitas vezes será a sua operação do dia. E você vai entender que no final da semana/mês de
pouco em pouco foi o que te deixou positivo.

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E assim ficou nossa estrutura macro de 4h no EURUSD. Fazendo topos e fundos ascendentes,
em busca sempre da liquidez externa que quando for quebrada, nós chamamos de BoS.

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Smart Money Concepts - @marraik

Vamos para outro exemplo. Entenda que vai depender do seu tempo disponível no computador,
seu horário, seu capital... enfim, cada um sabe de suas limitações. Então, as vezes a gente já
pega o “trem andando” e se temos uma clara oportunidade, não perdemos a chance:

Se observo uma figura como essa, construindo topos/fundos e quebrando swing points, posso
marcar uma zona dentro da estrutura e esperar uma confirmação com alvo na liquidez externa.

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Smart Money Concepts - @marraik

Fazer operações contra tendência o ideal é esperar um CHoCH/Flip com alvos curtos dentro da
estrutura;
Fazer operações a favor da tendência nós procuramos por CHoCH e/ou Flip e continuação com
alvos em swing points anteriores.

Se o ativo estiver fazendo uma retração (linha vermelha) nós estamos contra tendência naquele
momento, por isso, se for fazer uma entrada nessa situação coloque seu alvo dentro da estrutura
da linha verde anterior.
Por outro lado, se estivermos fazendo uma operação a favor da tendência (linha verde) e o final
da linha vermelha, vá monitorando sua operação para colocar alvos no início da retração
anterior (linha vermelha), pois é onde irá ocorrer o BoS e formar a estrutura da imagem acima.

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Smart Money Concepts - @marraik

Pro Trend – A favor da Tendência


Podemos marcar um POI em 4h e ir monitorando a operação nos 15m esperando que chegue
próximo a essas zonas usando os 5m ou 1m como confirmação, como dito anteriormente.
Fazer uma entrada a favor da tendência requer alguns critérios que já abordamos nesse material,
mas vamos entrar com mais detalhes agora:
1. Espere o toque em 15m ou 5m em uma zona de HTF (4H~);
2. Espere a confirmação de tomada de liquidez, a varredura de stop loss;
3. Aguarde a criação de mais zonas, dessa vez em LTF;
4. Certifique-se que há um desequilíbrio no preço, imbalance depois da mitigação na zona;
5. Verifique se o preço está em região de premium ou discount;
6. Entre se baseando em quebras de estruturas em 5m ou 1m a esquerda do gráfico.

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Smart Money Concepts - @marraik

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Uma entrada a favor da tendência vai nos dar a chance de fazer uma entrada de continuação,
com vários picos e alvos simultaneamente à frente. É hora de surfar a onda.

Counter Trend – Contra Tendência


Se estamos diante de um ativo ao qual 4h e 15m estão bullish (tendência de alta), e nesse
momento queremos fazer uma venda em 1m – Não é proibido, mas entenda que você está
vendendo contra tendência e seu alvo não pode ser tão longo.
Por outro lado, se estamos diante de 4h e 15m bearish (tendência de baixa), e você decide fazer
uma compra em 1m será arriscado, pois você também vai estar contra tendência.
Agora se nos deparamos com um mercado 4h bullish e 15m bearish, fazer uma compra em 1m é
um meio termo e nosso alvo preferencialmente deve ser em alguma supply de 15m.
E se estivermos num gráfico com 4h bearish e 15m bullish e queremos fazer uma venda em 1m,
também estamos diante de uma contra tendência mais sólida e a preferência é o alvo em alguma
demand de 15m.
1. Um tempo gráfico maior HTF sendo tocado;
2. Varredura de liquidez (sweep, stop hunt);
3. Ineficiência do preço (imbalance, gap, fvg);
4. Quebras de estruturas FORTE (BoS, CHoCH);
5. Movimento agressivo com uma forte reação (V-Shape).
6. Retorno em alguma zona criada

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O mesmo conceito aplica-se para uma tendência bullish. A nossa venda/compra a favor da
tendência será no final da retração.

Quando devemos pensar duas vezes antes de entrar em uma operação?

Já expliquei como podemos fazer uma entrada pro treind e counter trend. Mas como podemos
ter um plano de fuga? Como podemos saber a hora de sair do trader e abandonar a operação
para não tomarmos stop?

• Stop loss – É a região que você vai colocar o seu nível que aceita perder (creio que a
maioria já sabe disso);
• Breakeven – É modificar seu stop loss até um certo local que se o preço voltar, você não
vai perder. Você vai arrastando a linha do stop em direção do seu alvo, mas você
precisa saber a hora de fazer o BE. O interessante é ver se o preço quebrou alguma
estrutura (swing point) anterior ou se houve alguma forte reação em uma zona de
supply/demand.

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O ideal é você ir movendo seu stop loss e fazendo o breakeven a medida que o preço vai
quebrando estruturas relevantes anteriores a esquerda do gráfico e/ou swing points dessa
estrutura. Claro, sempre verifique a tendência, pontos de liquidez, horário, notícias, etc. Pois
você pode tomar um sweep. Esse exemplo foi para mostrar onde podemos colocar nosso SL e ir
monitorando a operação. Vai depender de todo o contexto que acabei de mencionar. Você pode
fazer parcial diretamente da plataforma em que opera. Se estiver a favor da tendência seja mais
leve, se estiver contra tendência seja mais conservador ao mover o SL e alvos curtos.

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Gerenciamento de risco
Gerencie suas operações
Muito se fala sobre os três pilares de um trader bem sucedido. E não é mito. Para você ser
consistente vai precisar desses três pontos essenciais se quiser sobreviver no mercado
financeiro.

1. Gerenciamento de risco
2. Estratégia
3. Psicológico

Se você não tiver disciplina e não entender que vai ter que passar por esse processo e seguir a
risca esses três pilares, muito provavelmente você não vai chegar lá. Pode até ser que fique por
alguns meses/anos, mas vai levar tanto stop na cara que vai ficar com o psicológico abalado que
ao curto prazo vai acabar abandonando o mercado, e uma boa porcentagem das pessoas que
passam por esse infeliz processo, vão falar mal do trader pela internet.
Passar por essa peneira é primordial, você tem que entender que todos passam por isso, todos
que chegam no topo desfrutam desse arduoso processo e seguem a risca esse triângulo do
sucesso. Com você não vai ser diferente.

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É isso que vai te manter vivo


O que vai evitar de você quebrar contas e te deixar respirando será seu gerenciamento de risco.
E particulamente eu uso essas ideias para seguir firme no mercado:
1. Eu só arrisco 1% a 1,5% (raramente) por trade do meu capital total (valores
fictícios):

2. Não aceito perder mais que a média dos meus 3 últimos dias de gain (valores
fictícios):

Não aceito perder no 4º dia mais que $64,81 (se no dia eu tiver 2 loss, paro imediatamente de
operar e estudo meus erros), pois dessa forma, dos três dias que fiz as operações eu continuo
com pelo menos dois dias positivos. Vamos deixar claro que esse é o meu modelo de
gerenciamento que desenvolvi conforme minhas limitações e após usar minhas técnicas
aperfeiçoando no dia a dia. Isso é bem pessoal e vai depender do seu perfil de trader, se é
mais agressivo ou mais conversador e quanto de capital tem. Mas em geral e o que vejo
muito por aí, é realmente arriscar de 1% até no máximo 2% (2% eu acho muito, então aconselho
ficar em 1% pelo menos no início). Eu vou até meus 1,5%, mas na grande maioria fico em 1%.
Para isso, calcule o tamanho dos seus lotes. Há diversas plataformas e ferramentas que você
pode fazer isso, vou deixar alguns sites que vão te ajudar:
https://www.myfxbook.com/br/forex-calculators/profit-calculator
https://www.xm.com/pt/forex-calculators/pip-value
https://www.mataf.net/pt/forex/tools/pip-value
Se você usa MT4/MT5, procure por esses programas para calcular os lotes dentro da plataforma
– Magic Keys, Position Size Calculator e Trade Assistant - São softwares que você consegue
baixar em sites e instalar dentro da plataforma de negociação. Alguns são gratuítos e outros não.

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Smart Money Concepts - @marraik

3. Sempre use o stop loss;

Não, isso não é montagem. Foi no dia 15 de janeiro de 2015 no par EURCHF, exatamente às
10h30, um dia histórico no mercado. O Banco Central Suíço (SNB), decidiu anular a taxa
mínima que foi uma medida colocada em 2011 para evitar a valorização do franco suíço diante
do euro. Em poucos segundos, o euro afundou contra o franco suíço conforme a imagem. Esse
gráfico é diário, ou seja, cada candle é um único dia. Foi uma queda de mais de 2,3 mil pontos.
Se você é uma pessoa que não costuma usar stop loss e tivesse comprado lá em cima,
provavelmente seu capital iria explodir em 2 segundos e você iria ficar devendo até suas
próximas gerações. Tragédias acontecem e não podemos adivinhar.

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4. Não se exponha ao mesmo tempo com dois pares de moedas similares, por ex.,
EURUSD e GBPUSD;
5. Caso tome dois stop loss em um dia – PARE DE OPERAR -, pegue uma caneta e
um papel (escreva à mão, faz seu cérebro memorizar mais) e escreva o motivo que
tomou loss;
6. Faça todo movimento, construa uma narrativa na sua cabeça e veja o porquê que o
preço não foi onde você analisou e colocou seu take. Faça o caminho e ponha tudo
que estudou até o momento, analise minuciosamente passo a passo, contanto as
zonas que marcou, sessão, horário, tendência macro e você vai enxergar o motivo
de ter tomado stop para quando tiver na mesma situação não cometer o mesmo erro;
7. Faça um diário de todas suas operações (gain e loss), pois só assim você vai fazer a
comparação e saber sua evolução diária, semanal e mensal.
8. Faça backtesting!!!
9. Coloque sempre o seu stop loss um pouco abaixo/acima do seu POI;

Lembre-se de verificar o spread em seu stop loss. Se você tiver um SL de 1,5 pips, adicione seu
spread da corretora a tal modo que seu SL seja de 1,7 pips, por ex. (a imagem acima retrata um
pouco disso) Coloque seu SL um pouco acima/abaixo para evitar ser “sweepado” e que o
spread da corretora te jogue para fora do jogo.

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Smart Money Concepts - @marraik

Spread, em uma breve explicação, é a diferença da linha de compra que os players estão
dispostos a comprar que chamamos de (bid) e o preço de venda que os vendedores estão
dispostos a vender (ask). Esse miolo é o nível do spread e há várias corretoras que trabalham
com spread e outras com comissão. Vai de cada um decidir. Em eventos econômicos e horários
de notícias relevantes, o spread costuma ser alto, então se por acaso o preço chegou próximo da
sua linha de stop loss mas mesmo assim você ficou fora do jogo, pode ter certeza que o spread
que te tirou.
10. Defina uma meta realista para o crescimento ascendente do seu capital. Comece de
baixo, pise no chão e saiba reconhecer a sua trajetória. Tijolo por tijolo;
11. Evite operações que não se encaixam no seu plano de trader, que não se encaixam
na sua visão e no que você sabe até o momento;
12. Lembre-se: Não operar também é operar. Só abra uma nova ordem se estiver
confiante de sua análise. Você não precisa fazer entradas todos os dias!
Observe se o vento está a seu favor. Se não estiver, sente em cima das mãos!
13. Evite entrar em operações que já teve loss. NUNCA tente buscar a sua perda. O
famoso FOMO (Fear of missing out) medo de perder, vai tomar conta de você;
14. Procure mais por operações a favor da tendência, realinhe os tempos gráficos e
evite entrar contra tendência (a não ser que seu alvo seja curto e dentro da estrutura,
mas tenha em mente que é arriscado e para isso precisará de critérios de entradas);
15. JAMAIS venda bens ou ativos (casa, carro, terreno, celular, moto) para aplicar no
mercado sem ter conhecimento;
16. Não entre no trading achando que você vai sobreviver pagando suas contas no curto
prazo;
17. Não saia de emprego e/ou peça empréstimo para aplicar em renda variável sem
conhecimento;
18. Comece a operar com lotes pequenos e aos poucos vá aumentando gradativamente
conforme você vai ganhando experiência e visão de gráfico;
19. Tenha em uma planilha ou anotações com metas diária/mensal de perdas e ganhos;
20. Não seja o trader macaco. Que fica pulando de estratégia em estratégia. Pegue um
modelo de estratégia e foque nela incansavelmente. DISCIPLINA é a chave do
sucesso!

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É o que arriscamos (stop loss) para conseguirmos um retorno (take profit). Chamamos de R.R.
Veja que o Retorno se basea em cima do stop loss, nós temos 1:10 2x, um com stop curto mas o
take também é curto, o outro com o stop um pouco maior, e o alvo também fica mais longo.
Tudo vai depender do seu stop loss para calcularmos nosso RR. O poder do smart money é que
podemos fazer operações com stop mais curto e alvos longos – se for comparar com o SL.
Veja que o R.R 1:34 é o mesmo alvo do segundo 1:10, o que vai mudar é quanto arriscamos
(stop loss).
Por isso, sempre verifique como está seu gerenciamento. Como está seu capital. Pois vai haver
operações que você vai arriscar pouco para ter um retorno maior, e vai ter dias que você para
não perder uma operação, vai posicionar seu stop loss um pouco maior para pegar um alvo
considerável – Mas lembre-se de sempre olhar como está seu gerenciamento financeiro para
fazer esse tipo de operação com RR alto.

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Psicológico
O fator mais importante
Esse nosso último capítulo, mas não menos importante, será mais como uma espécie de bate
papo, um tipo de conselho de amigo para amigo. Algo que eu não tive quando comecei e fui
aprendendo e apanhando ao longo dessa jornada. Agora quero passar para você e espero que
ajude infinitamente sua vida em vários âmbitos. E para escrever essas últimas páginas desse e-
book, eu li alguns artigos e livros sobre psicologia, vi também alguns vídeos de psicólogos e
assuntos relacionado à mente humana. De cara, eu indico dois livros que a meu ver será
essencial para você blindar sua mente desse mercado cruel. Funcionou comigo e pode ajudar
você também.

• Trading in the Zone – Mark Douglas


• Rápido e devagar – Daniel Kahneman
Trading in the Zone, é de longe o melhor livro sobre psicologia trader que eu tive o prazer em
ler, pode ter certeza que a grande maioria dos traders sérios de hoje em dia, já leram esse
exemplar. Esse livro dispensa comentários. Apenas leia.
Rápido e devagar é um aglomerado de ensinamentos que envolvem duas formas que nós, seres
humanos, temos de pensar: Uma é a forma rápida, intuitiva e emocional, e a outra é mais lenta e
lógica. Isso vai ajudar você a não tomar decisões com base em emoções e começar a raciocinar
pela lógica do problema. Vai te salvar de fazer muita operação sem sentido baseando-se em
ganância e no medo de perder dinheiro.
Já foi dito anteriormente mas volto a enfatizar, fazer trading não é brincadeira e você não pode
levar isso como um hobby ou como uma segunda opção. Você tem que entrar de cabeça,
mergulhar fundo e entender como o sistema funciona. Nós estamos lidando com dinheiro e
quando essa invenção humana some da sua conta, do seu bolso, quem sofre é o seu cérebro que
afeta sua vida externa, sua família, amigos, seu ambiente e consequentemente sua saúde física.
FOMO (fear of missing out) é o medo de perder. E isso é um fenômeno psicológico que
atormenta muitos traders principalmente os iniciantes. Não deixe suas emoções tomarem conta
de você. É importante fazer suas operações quando você estiver confiante o suficiente e
preparado para quando vier o loss você vai falar pra si: “Tudo bem, faz parte do processo. Vou
ver o que eu errei para não comenter o mesmo equívoco.”
Tudo, absolutamente tudo nessa vida, precisamos errar, cair e aprender com essa pequena
derrota. Nem que seja pelo menos uma vez. Não há NENHUM vencedor que chegou ao topo
sem nunca ter caído, sem nunca ter chorado, sem nunca ter tido vontade de desistir. O ser
humano precisa falhar, precisa cair. É nesse processo de queda que só vai vencer os que se
levantam, enxugam as lágrimas, vê onde errou e segue o jogo. A espécie Homo sapiens sapiens
é composta por dois seletos grupos: a plateia e os jogadores. A plateia é mais de 90% das
pessoas, é a massa, a maioria. Elas ficam sentadas em suas cadeiras, comendo a mesma comida,
com a mesma vida, mesmo trabalho, mesma ideologia, mesmo pensamento, mesma opinião,
mesma visão de vida. Os jogadores são os que ousam vencer, os que jogam para ganhar, os que
são movidos por fome de chegar ao topo. São os que ficam no meio da arena e não se contentam
com a mesmice. São os que lutam!
Não tenha uma vida medíocre!
“Nós só temos duas vidas, a segunda começa quando nos damos conta que só temos uma.”
Confúcio, 551 a.C

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Foque no seu progresso dia após dias, faça o trabalho de formiga. Coloque um tijolo por dia no
seu muro e quando você menos esperar, a sua muralha vai aparecer pronta e protegida.

1. Proteja seu psicológico para perdas e para ganhos


Geralmente quando falamos sobre psicologia trader as pessoas pensam que devemos controlar
nossas perdas apenas, mas isso está errado. Tão importante quanto um loss, o nosso gain será
primordial para equilibrar na balança das emoções. Pois, do nosso gain vai vir ganância, vamos
ter vontade de ganhar mais, mais e mais. O ser humano é mais emocional que racional. Se você
tiver 3 ou 4 dias de ganhos consecultivos, o seu cérebro vai te enganar a achar que já está expert
no gráfico, que já sabe fazer uma operação e claro, a sua próxima análise vai dar certo também.
Mas aí o que acontece? Você toma um loss, em seguida você pensa “Ah, tá tudo bem, ganhei 3
dias e até agora perdi 1. Vou tentar recuperar esse dia perdido”. Você tenta fazer uma operação
e toma na cara denovo. Nesse exato momento sua emoção já começa a ferver, seus pensamentos
vão sendo criados em sua mente a achar que na próxima operação talvez você perca novamente
e vai ficar empatado. Então, você já começa a abrir o gráfico com medo, porque sabe que se
perder a coisa vai começar a ficar feia. Esse medo vai tomando conta com uma sensação ruim, o
FOMO já está instalado no seu sistema límbico e se você não souber lutar contra isso,
provavelmente vai fracassar. Por isso, siga seu plano tanto quando perder ou ganhar. Se você
vier de uma maré de alta. Ótimo. Finja que nada está acontecendo e seja frio nessas horas, não
deixe a ansiedade e a emoção de estar ganhando dinheiro dominar você. Todo mundo tem um
processo e evolução como trader e nunca, em hipótese alguma, se compare com o processo do
vizinho. Cada um tem seu tempo de chegar lá, cada um tem suas limitações, seus objetivos, seus
meios de aprender e entender algo. Não importa se José ou Maria começou agora e já está
ganhando direito. Foque em você e nunca se compare. O mercado é totalmente meritocrático, só
vai depender de você ter sucesso. É você contra você!
2. Cuide de sua saúde física e mental
Há quem diga que um corpo sã, uma mente sã. E se sua mente está leve, focada e longe de
negatividade, seu corpo é refletido. Ou vice versa. Há estudos que comprovam os inúmeros
benefícios de uma meditação, o quão benéfico é essa prática para o nosso cérebro
(https://www.healthline.com/nutrition/12-benefits-of-meditation). E o mais importante em
praticar todos os dias é que essa ação nos dá mais foco nas nossas tarefas. E foco é algo
primordial nessa vida de trader. Não podemos ter distrações quando estamos fazendo as
análises, marcações, lendo notícias ou estudando. Um erro pode ser fatal.
Exercícios físicos é um fator principal para termos em nossa rotina, nem preciso falar os
benefícios de praticar atividade física aqui. Todo mundo já está cansado de saber o quanto é
importante para a saúde do nosso cérebro que consequentemente vai interferir nas nossas
emoções e no gráfico. Reduz o stress e ajuda a dormir melhor. Aliás, dormir bem está entre um
dos pilares para um cérebro saudável. Pois dormir mal pode deixar você mais impulsivo e talvez
te deixe ansioso, sem ânimo e sem foco. Portanto, cuide de sua saúde mental, fazendo
exercícios, se alimentando com os nutrientes necessários para o corpo e dormindo bem. A sua
saúde no futuro agradece.
Parece bobagem, mas depois que eu comecei a meditar, cuidar de minha saúde, alimentação e
exercício físico, minha atenção, foco e capacidade de raciocínio e ações cognitivas melhoraram
bastante. Acredite, o cérebro é a máquina mais poderosa existente e se você cuidar bem dele, o
retorno vai ser duradouro e benéfico.

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Aprenda a montar uma rotina


Crie um plano - conforme vimos no capítulo anterior - monte uma rotina para fazer suas
operações e faça um check-list antes de abrir o gráfico:

1. Estou me sentindo bem hoje?


2. Eu tive uma boa noite de sono? Acordei cansado/indisposto?
3. Já estou alimentado? Hidratado? Exercícios em dia?
4. Já pratiquei meditação para ter foco na hora de fazer as análises? (pessoal)
5. O meu ambiente está calmo e livre de distrações? Notificações de celular,
instagram, WhatsApp, etc. (desative enquanto estiver no gráfico)
6. Qual meu nível de ansiedade de 1 a 10 no momento?
7. O meu resultado nos últimos dias está de alguma forma afetando o meu psicológico
agora?
8. Qual critério/modelo posso usar hoje para fazer uma entrada?

Faça essas perguntas todas as vezes em que você for abrir o gráfico para começar uma análise,
digo e repito, trading não é hobby! Envolve seu dinheiro, envolve seu psicológico que por sua
vez se estiver abalado, vai custar sua paz interna e externa, pois vai refletir no ambiente e nas
pessoas ao seu redor. Cuidado!

O mercado é movido por seres humanos, por sentimentos. O mercado é movido por emoção.

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Crenças limitantes
“Crenças limitantes são pensamentos impositivos criados, geralmente, no período da infância e
desenvolvidos ao longo da vida. Elas acabam se tornando nossas próprias verdades e, com o
tempo, desenham nossa personalidade. Uma crença está relacionada a uma ideia na qual
acreditamos. Isso pode surgir dentro de uma família, ser algo ensinado, estudado ou
simplesmente praticado por cada um. Geralmente é construído na infância quando somos
crianças. Isso acontece através do que elas escutam em casa, dos discursos familiares e das
pessoas que mais a cercam durante o seu dia a dia. Adultos, quando educam crianças, tendem a
sempre pontuar as possíveis consequências dos atos delas, exemplo: “se você continuar
comendo assim, seu corpo vai ficar desse jeito e as pessoas não vão te aceitar assim.” Ou
ainda: “não fale nesse tom de voz alto, ninguém é levado a sério dessa forma.”
Crianças que crescem ouvindo esse tipo de orientação criam monstros dentro das próprias
cabeças e acabam sempre relacionando seus comportamentos a essas crenças limitantes.
Fonte: https://psicoter.com.br/crencas-limitantes/

Já deu para ter uma noção do que é esse fenômeno psicológico e eu aposto que boa parte das
pessoas que estão lendo agora vão se identificar. Então, como em poucas palavras não vou
conseguir arrancar essa crença de você, o que posso fazer é te mostrar o caminho oposto para
você não cair nesse poço de pensamentos e energias negativas que vão lhe atrapalhar.
Nunca diga e nunca deixe ninguém dizer que você não é capaz de algo que realmente queira.
Não comece seu dia com pensamentos negativos ou crenças limitantes como:
1. Não sou capaz disso!
Sim, você é! Você é tão capaz de chegar no topo como QUALQUER OUTRA PESSOA. O que
vai te ajudar e te fazer chegar lá em cima é sua disciplina e sua dedicação! Não fuja essa dupla!
2. Sou muito velho para isso!
Não, você não é! Nunca é tarde para fazer algo que você realmente esteja interessado e focado.
Você já ouviu falar do KFC? Aquela rede de restaurante de fast-food com deliciosos frangos
fritos? Pois bem, você sabia que o criador dessa rede, Coronel Harland Sanders, com 40 anos de
idade veio criar o KFC? Mas o negócio só começou a decolar quando ele tinha 65 anos de
idade. E que com 74 anos ganhou o contrato de sua vida vendendo seus negócios por $2M e
salário vitalício de $200k/ano. Mas antes disso ele teve uma infância pobre, decepções, perdeu o
pai com 5 anos, quebrou várias vezes, pensou em desistir diversas vezes, recebeu muito NÃO
durante a vida, mas só com seus mais de 60 anos que conseguiu vencer na vida. Você pode
pensar “Ah, mas eu não quero ficar bem de vida com 60 anos, quero ficar mais novo”... Então,
meu jovem, aja agora e não viva uma vida medíocre! Pois o maior ativo que temos se chama –
TEMPO.
https://www.startse.com/artigos/a-inspiradora-historia-do-fundador-do-kfc/

3. Nunca vou ser bom nisso!


Vai sim pequeno gafanhoto! Talento se constrói e é moldado exclusivamente com trabalho
duro, persistência e disciplina.

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Smart Money Concepts - @marraik

Veja o Cristiano Ronaldo, o cara é um mestre em disciplina e foco. Trabalho duro e persistência
em fazer o que tem que ser feito.
https://erregrande.pt/mindset-3-coisas-que-o-cristiano-ronaldo-nos-ensina/
Michael Phelps antes de pular na piscina, já imagina chegando no final tocando a borda e sendo
campeão, já mentaliza subindo no pódio com a medalha em seu pescoço. As pessoas focadas e
determinadas, elas criam a imagens em sua cabeça, criam a representação e fixam em seu
cérebro. Esse é o poder do foco e da disciplina.
Aos 11 anos, seu treinador pediu para que ele escrevesse em um papel qual era o seu objetivo,
seu grande sonho. O campeão da natação colocou que queria participar das Olimpíadas. Foi a
primeira, e depois vieram as quase 30 medalhas.
“Eu escrevia minhas metas em um pedaço de papel e olhava para elas todos os dias. Era isso
que me motivava a sair da cama”, revelou Phelps.
https://www.4fit.com.br/michael-phelps-e-5-licoes-do-maior-campeao-das-olimpiadas-para-a-
vida/

Aprimore seu mindset, aliás, vou indicar um livro clássico da psicologia que vai transformar sua
mentalidade: Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso – Carol Dweck.
4. E se eu fracassar?
Entenda que o fracasso faz parte do processo. Sem fracasso não há glória. Quem não suporta a
dor e o estágio do fracasso não vai sentir o gosto da vitória! Se você quer ser bom em alguma
coisa, então aceite ser ruim nessa coisa no começo. O assassino número 1 dos nossos sonhos é o
medo de errar e a expectativa de acertar logo de início. Isso que trava as pessoas e deixam elas
no modo de repetição. Aprenda a alinhar as expectativas do seu processo. Quem aceita ser ruim
no começo, larga na frente e aprende 10 vezes mais rápido. Quem baixa a cabeça e foca no
processo a vida só melhora. Foque no seu progresso, no seu caminho e não no seu objetivo, isso
mesmo, foque no seu dia a dia, no seu tijolo que você põe diariamente. Esqueça o alvo, esqueça
o objetivo. Tenha ele em mente, mas o seu foco será nos pequenos passos que vão te levar para
lá. Vá tecendo sua teia com disciplina e persistência que quando menos você esperar, você já
formou uma estrutura linda de aprendizado.
Livre-se desses pensamentos negativos:
5. Já tentei de tudo, mas parece que não adianta.
6. Isso nunca vai dar certo!
7. Eu estudo, estudo mas parece que nada entra na minha cabeça!
Esse é um problema comum que as pessoas falam comigo e pedem ajuda. O que posso falar é o
seguinte: Não misture em sua cabeça muitos assuntos, indicadores, estratégias, setups
milagrosos, técnicas, informações, gráficos poluídos, etc. O simples funciona, o básico
funciona. O famoso feijão com arroz vai te ajudar a ser consistente. Quanto mais você colocar
informações diariamente em sua mente vindo de x, y e z, mais confuso vai ficar sua cabeça e
você no final de contas não vai aprender nada.

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Smart Money Concepts - @marraik

Por que eu não sou consistente?


Essa pergunta somente você pode responder. Mas se baseando no que eu recebo de respostas,
separei algumas que tenho visto muito por aí de relatos de fracassos:

- Você não tem um trading plan sólido;


- Você segue muitos grupos de Telegram/Whatsapp, etc.;
- Você aprende com muitos cursos/vídeos – muita informação na cabeça;
- Você quer saber cada palavra/nomenclatura nos gráficos de outros traders;
- Você não quer registrar suas análises e operações. Diário de trader;
- Você não quer fazer o backtest*;
- Você não mantém sua disciplina nas operações e análises;
- Você quer ficar rico rapidamente – A melhor;
- Você define expectativas irreais;
- Você está competindo/comparando com outros traders;
- Você não está totalmente comprometido com seu trading plan;
- Você não tem um bom gerenciamento financeiro;
- Você tem um psicológico abalado para se adaptar ao mercado;
- Você segue grupos de sinais e canais onde recebe sinais sem análise de gráficos;
- Você desiste após a primeira derrota;
- Você tem um mau hábito, ou seja, fugir da zona de conforto/incerteza;
- Você tem FOMO – Medo de perder;
- Você não está totalmente comprometido com seu trading plan;
- Você não é honesto consigo mesmo (você não segue seu trading plan).

Viu que repeti várias vezes o seu trading plan? Porque isso é essencial nessa sua jornada.
Seguir a risca o seu plano de negociação. Critério por critério até chegar no último segundo para
abrir a operação. Acredite, siga ininterruptamente o seu plano.

*Backtest, é você pegar um período específico de algum ativo no gráfico e começar uma análise
como se estivesse naquele momento. Resumidamente, é você “treinar” antes de ir pro jogo. Se
você tem o tradingview pago, você pode fazer o replay e ir analisando o mercado como se
estivesse ao vivo. Coloque o tempo gráfico em diário ou semanal, corte um dia qualquer e
comece suas marcações e análises de tudo que sabe até o momento da entrada. Faça isso
constantemente e veja sua evolução em acertos e perdas.

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Smart Money Concepts - @marraik

O loss vai acontecer


Gosto muito de uma minissérie chamada “Band of Brothers” que conta a história de uma
companhia de infrantaria do exército americano na Segunda Guerra Mundial, com o nome de
Easy Company Airborne 101ª. Em uma cena épica, o tenente Speirs se depara com o soldado
Blithe dentro de uma trincheira aos prantos com todo horror da guerra, barulhos e mortes. Blithe
ao ser questionado por Speirs do porquê ter se escondido e ficado travado sem nenhuma ação,
esse responde: Eu estava com medo, senhor. O tentente Speirs, se agacha e olha diretamente nos
olhos do soldado e fala: Todos nós estamos com medo, soldado. Sabe por que você está com
medo? Porque você acha que ainda há esperança. Quanto mais você aceitar o fato de que já está
morto, mais vai agir como um verdadeiro soldado, sem remorso, sem piedade e sem dor.
O exemplo foi para mostrar que você vai perder! O loss vai acontecer ao decorrer dessa sua
jornada. Aceite isso. Quanto mais cedo você aceitar, mais fácil será. Essa é uma verdade nua e
crua na vida de qualquer trader.
Eu costumo dizer que o loss é como a morte. Infelizmente ou felizmente, uma hora vai chegar.
A diferença é que a morte só acontece uma vez para cada ser. Já o loss vai acontecer mais vezes.
Tudo vai depender do seu gerenciamento, técnica e se seu psicológico está blindado. Tenha em
mente que TODOS os grandes traders que existem e já existiram, tomaram loss diversas vezes.
Pois é através da perda que a gente modela o erro e tenta não perder novamente em uma nova
operação. Não se abale com um loss, em vez disso pegue esse erro e estude. Seja frio nesses
momentos. Não tenha medo (fomo) de abrir uma operação quando você estiver convicto de sua
análise.
Se você tiver 1 loss por dia de segunda até a sexta de manhã, que totalizou uma perda de
R$400,00 por exemplo, na sexta a tarde você faz uma operação que consegue ganhar R$450,00.
Você acha que está com R$50,00 de lucro? Economicamente falando sim, mas para uma vida de
trader, não. Pois nesse tempo você obteve 5 loss e 1 gain. E na balança isso não é saudável
tanto para seu psicológico quanto para seu operacional que provavelmente está sendo falho.
Então procure entender, quando houver seu loss, procure estudar o motivo do erro e criar uma
narrativa em sua mente todas as vezes em que o preço fizer o mesmo tipo de estrutura que veio
te trazer prejuízo naquela operação.
Entenda que quanto mais o seu lote for aumentando, mais você vai ficar com o psicológico
tremido na hora de clicar em nova ordem. Por isso é importantíssimo que você coloque em
mente em começar de baixo com os pés no chão. Pouco lote para você ir treinando seu cérebro
que perder faz parte do jogo, assim como ganhar. O que você precisa saber é que devemos
ganhar bem mais do que perder - óbvio.

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Smart Money Concepts - @marraik

Todo iniciante já passou ou vai passar por a fase inicial, claro. Para uns duram pouco, para
outros duram uma eternidade. Nessa fase você acha que sabe dos conceitos e tem dias de gain
consecutivos. Essa fase é muito perigosa:
Primeiro, porque no início da jornada, o trader não faz ideia do quão importante é ter um bom
gerenciamento de risco, financeiro e um psicológico forte. O trader iniciante é bombardeado
por marketing de instagram dos vendedores de ilusões e acham que tudo é fácil, que o mercado
é uma Disneyland. Mas eles não têm ideia de que o mercado é mais parecido com a hora do
terror se você não souber interpretá-lo.
Segundo, porque após essa fase, de achar que já sabe de tudo e já domina o mercado, existe a
sequência de loss e quando menos esperar você se vê sentado na quina da cama com a mão no
queixo e pensando “Porque nada dar certo? Eu sinto que não sei de mais nada. Minha cabeça
está confusa demais.”
Quando chegamos no Vale das Sombras, é aí que mora o perigo. É exatamente nesse fundo que
vai separar os que vão vencer dos que vão perder e dos que nunca vão se dar bem no mercado
financeiro. Esse Vale é uma peneira que vai refinar os grãos finos – que serão as pessoas não
aptas a encarar o mercado, dos grãos mais grossos – que serão as pessoas persistentes, pacientes
e com disciplina. Não desista tão fácil!
Nessa nossa linha ascendente ao decorrer da jornada, você vai acrescentando mais valor ao seu
operacional. Você vai modulando suas estratégias, seu jeito de agir, sua gestão de risco e
principalmente você vai proteger seu emocional.
Após cruzar a linha que você iniciou, se continuar nessa pegada você se torna um trader de
sucesso. A consistência não é um nível e sim um estado. Você deve fazer e cumprir todos os
dias suas tarefas como se ainda fosse um iniciante. Nunca pare de estudar!

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Smart Money Concepts - @marraik

As pessoas só vão reconhecer quando você estiver no topo do iceberg, e, quando estiver lá,
muitas vão dizer que foi sorte, e o pior, essas serão as mais próximas de você. Dificilmente você
vai encontrar pessoas que vão estar do seu lado desde o seu início. Então, se você tem alguém
nesse momento ao seu lado nunca esqueça dessa pessoa quando você chegar ao topo. E eu tenho
certeza que você vai chegar!

Desejo todo sucesso nessa sua jornada trader!

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Smart Money Concepts - @marraik

Agradecimentos

Quero agradecer imensamente à todos que curtem o meu trabalho, meus vídeos e minha
dedicação em ajudar você a aprender sobre smart money. Quem me conhece sabe do tempo que
me disponibilizo para ajudar e tirar dúvidas na nossa comunidade do Telegram.
Eu tenho ciência que ainda estou evoluindo, aprendendo a cada dia sobre esses conceitos e
tenho noção que daqui a alguns meses/anos vou saber bem mais do que no presente momento
que escrevo esse e-book.
Se você não me segue nas redes, aproveite e confere meu trabalho @marraik para instagram,
Youtube e Telegram.
Lembre-se: você só chegará ao topo com persistência, disciplina e seguir a risca tudo que
aprendeu. Paciência é a chave do sucesso!
Ninguém é tão pequeno que não possa ensinar e nem tão grande que não possa aprender.

Um abraço e muito obrigado pela confiança.

Marcos Leitão.

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