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ACABAMENTOS QUÍMICOS TÊXTEIS

ACABAMENTOS QUÍMICOS FUNCIONAIS


1. Amaciadores
2. An0-está0cos
3. An0-feltragem
4. Hidrófobo/Hidrófilico
5. Oleófobo
6. Carga
7. An0-ruga (easy care)
8. Ignífugo
9. Acabamentos biocidas / bioestá0cos
10. An0-odor
11. Repelência
12. An0-UV
13. Cosmetotex0l
14. Conforto termico
ACABAMENTOS QUÍMICOS TÊXTEIS

1. AMACIADORES
Obje%vo: conferir um toque macio – quase sempre presentes num banho com resinas. A
molécula de um amaciador é geralmente composta por uma cadeia alifá9ca e por uma
cabeça polar não iônica(o), aniônica(-), ca9ônica(+), anfotérica(- e +) ou com possibilidade
de criar ligações do 9po covalente com a fibra. Também são u9lizados amaciadores à base
de silicone a fim de facilitar a costura.

Desvantagens:
• Incompa9bilidade entre o amaciador e outros produtos (exemplo do branco óp9co)
• Favorece a formação do pilling
• Torna os ar9gos hidrofóbicos
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1. AMACIADORES
• A incorporação de amaciadores pode ser permanente (ligações covalentes com o
substrato) ou não permanente e portanto facilmente removidos após lavagens
(moléculas mais pequenas derivadas de ácidos gordos).

• Os agentes de amaciamento podem ter diferente carga (cabeça de agente


tensioativo) dando ao material um toque bastante diferenciado:

- Catiónicos dão um toque muito suave e voluminoso


- Aniónicos e não iónicos dão toque menos suave
- Anfotéricos têm propriedades intermédias
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1. AMACIADORES

• Quanto mais hidrofóbico é o agente amaciador, mais


agradável, voluminoso e gorduroso se sente o toque.
• Um amaciador hidroSlico dá um toque mais seco.

• De entre os amaciadores com carácter permanente,


são muito usados:

- Derivados do polisiloxano com grupos amino .


- Poliuretano reac9vo.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
A maioria dos têxteis são maus condutores
elétricos, isolam, sobretudo se secos, daí
considerarem-se materiais dielétricos.

A fricção entre 2 superScies aumenta a diferença


de carga e a movimentação de eletrões;
Fibras organizadas séries (triboelectric ); assumem
cargas posi9vas quando friccionadas com outra
abaixo na série
Exemplo: a lã fica posi9va se friccionada com
poliéster, que fica nega9vo
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
Fibras organizadas por propriedade
triboeletricas, assumem cargas posi9vas
quando friccionadas com outra abaixo na
série.

Exemplo: a lã fica posi9va se friccionada com


poliéster, que fica nega9vo.

Quanto mais afastadas na série, maior a carga


gerada por contacto.

Quando a diferença de carga a9nge ~3.106


V/m (diferença de potencial elétrico do ar), a
carga libertada é acompanhada por luz e som.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
Corpo humano é capaz de acumular carga equivalente a 90
mJ. É condutor, por isso, em contato com um material
condutor sente-se choque.

A eletricidade está9ca pode ser controlada:


• Através do teor de humidade do material (diminui com
a humidade).

• Por qualquer agente que promova a dissipação de carga.

• Lubrificantes que diminuam o atrito entre as superScies.

A temperatura não tem efeito significa9vo.


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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
Obje%vo: Favorecer a condu9vidade eléctrica a
fim de remover a eletricidade está9ca nos
tecidos

Desvantagens:
• Diminui a solidez à lavagem
• Diminui o conforto
• Diminui a remoção de manchas
• Amarelamento após exposto ao calor
• Diminui a resitencia a frição de têxteis
9ngidos ou impressos com corantes
dispersos.
• A permanência do efeito an9está9cos as
lavagens, mesmo a 40ºC, é limitada
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
Problema mais usual nas fibras sinté9cas pela pequena capacidade de absorção de
humidade e elevada resistência elétrica.

Soluções:
• Incorporar antes da extrusão agentes an1-está1cos
• Torná-las condutoras por incorporação depar9culas de carbono ou metálicas
• Coa$ng com Ni, CuS, nanoprata
• Misturá-las com cerca de 0.5-2% de fibras condutoras
• Incorporar co-monómeros hidroIlicos.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
Requisitos:

• Aplicação fácil: produtos solúveis em água e aplicáveis


por esgotamento,
• impregnação ou outros métodos de aplicação comum
• Compa9veis com corantes; não afetarem nem a cor
nem a solidez
• Não causarem amarelecimento
• Resis1rem aos processos de secagem, cura ou fixação
• Ecofriendly
• Não piorarem a retenção de sujidade
• Boa solidez à lavagem e abrasão
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
NÃO DURAVEIS (ANIÓNICOS, CATIÓNICOS OU NÃO IÓNICOS)

• Esteres do acido fosforico (mais u1lizados, maior o tamanho molecular mais é duravel)
• Sais quaternários de amónio (segundos mais usados, mais em detergentes)
• Surfactantes/amaciadores/sais organicos
• Poliglicois (acidos gordos, esteres aminados)
• Polie1leneglicois
• Compostos não-ionico (Aminas e esters etoxilados, alcool, alkilaminas)
• Derivados de óxidos de polie1leno
• Nanoacabamentos (naopar1culas de TiO2, ZnO, silanos) por gra_ing ou nanocoa1ng
(dispersão, sol-gel, LbL, re1culação com derivados de silano ou acido carboxilicos)
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
DURAVEIS

São mais diIceis de obter. Devem formar um polímero de ligação cruzada (crosslink) contendo
grupos hidroIlicos.
• Envolve a aplicação de poliaminas que reagem com poliglicois para fazer o crosslink.
• Os polímeros podem ser formados antes da aplicação ou diretamente nas fibras.
• A maioria dos crosslinker são a base de poliepoxidos.
• Maior é a porção hidroIlica maior é a absorção e maior é o efeito an1está1co.
• Se o crosslinking é demasiado elevado a absorção é limitada e também o efeito an1está1co.
• As manchas podem causar interferências.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
ALGODÃO POLIÉSTER
• Baixa propensão para gerar eletricidade • Tratamento com hidróxido de sódio, soda
está3ca (apenas controlo de humidade) caús3ca
• Soda caús3ca + PEG (MW~1000)
LÃ E SEDA • Copolimeros com segmentos de poliéster e
• Só se aplica an3-está3cos para aplicações de polialquilenos
especiais (carpetes), N-Methyl-N,N,N- • Derivados do silano
trioctylammonium chloride
• Seda pode ser enxertada com metacrilato de POLIAMIDA
glicidilo ou de me3lo • QUACs
• Reves3mento com prata
ACRILICA • Gra$ing com acido poliacrílico e outros
• Agentes e polimeros ca3ónicos combinados derivados acrílicos
com surfactantes aniónicos
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
AVALIAÇÃO DE ACABAMENTOS ANTIESTÁTICOS
Deve ser feito num ambiente onde a temperatura e a humidade rela9va sejam
completamente controladas.

• Teste de cinzas
• Método de ensaio AATCC 115: Aderência eletrostá9ca aos tecidos
• Método de ensaio AATCC 76: Resistência elétrica dos tecidos.
• Teste de dissipação de carga
• Método de teste AATCC 134: Propriedades eletrostá9cas dos tapetes
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
TESTE DE CINZAS
• Este teste é usado principalmente como uma
ferramenta qualita9va para dis9nguir entre
tecidos tratados e não tratados.
• O tecido a avaliar é esfregado rapidamente
num pedaço de plás9co ou borracha.
• Em seguida, o tecido é colocado sobre um
cinzeiro contendo cinzas de cigarro.
• A quan9dade de cinzas transferida para o
tecido indica a quan9dade de carga está9ca
transmi9da ao tecido.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
MÉTODO DE ENSAIO AATCC 115: ADERÊNCIA ELETROSTÁTICA AOS TECIDOS
• Teste de tecido ao metal também conhecido
como TESTE CLING
• Um tecido carregado electricamente é
colocado ao lado de uma placa de metal
inclinada à terra.
• Qualquer carga elétrica residual faz com que
o tecido se agarre à placa.
• É medido o tempo necessário para que o
tecido seja libertado da placa.
• Quanto mais curto o tempo de aderência
melhor as propriedades an9está9cas.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
MÉTODO DE ENSAIO AATCC 76: RESISTÊNCIA ELÉTRICA DOS TECIDOS
• Usado para medir a resistência superficial dos tecidos.
• A queda de tensão através de um sistema de elétrodos
de anel é usada para determinar a resistência do tecido
• Um valor de resistência de 1011ohm/quadrado ou
inferior é considerado indicativo de um tecido com
propriedade antiestática (ideal 107).
• A Associação Nacional de Proteção contra Incêndios
(NFPA) especificou uma resistência de 1011ohm/
quadrado para têxteis destinados a serem utilizados
em salas de operações com gases anestésicos
inflamáveis.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
MÉTODO DE ENSAIO AATCC 76: RESISTÊNCIA ELÉTRICA DOS TECIDOS
• Usado para medir a resistência superficial dos
tecidos.
• A queda de tensão através de um sistema de
elétrodos de anel é usada para determinar a
resistência do tecido
• A Associação Nacional de Proteção contra
Incêndios (NFPA) especificou uma resistência de
1011ohm/ quadrado para têxteis destinados a
serem utilizados em salas de operações com
gases anestésicos inflamáveis.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
MÉTODO DE ENSAIO AATCC 76: RESISTÊNCIA ELÉTRICA DOS TECIDOS
• Um valor de resistência de 1011ohm/quadrado ou inferior é considerado indicativo
de um tecido com propriedade antiestática (ideal 107).
• É num teste estático sem informação sobre o comportamento de carga e descarga
dos têxteis. É aconselhado combinar com o teste de dissipação de carga.
Surface resistivity range(Ώ) Assessment
1x106 – 1x108 Very good
1x108 – 1x109 Good
1x109 – 1x1010 Satisfactory
1x1010 – 5x1010 Limit of sufficient
>5x1010 insufficient
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
Field intensity half-life time (s) Assessment

TESTE DE DISSIPAÇÃO DE CARGA 0-0.3 Very good


0.3-1 Good
• Este teste é feito com o Voltímetro Estático 1-2 Satisfactory
• A amostra de tecido é fixada verticalmente e 2-3 Sufficient

carregada com tensão direta ou por fricção >3 insufficient

com uma vara de vidro.


• O Voltímetro estático mede a carga máxima
gerada, bem como a decaimento da carga.
• Quanto mais curto é o tempo de meia-vida
(tempo necessário para que a carga caia para
metade do seu valor máximo), melhor é a
propriedade antiestática.
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2. PRODUTOS ANTI-ESTÁTICOS
MÉTODO DE ENSAIO AATCC 134: PROPRIEDADES ELETROSTÁTICAS DOS TAPETES

• A tensão do corpo de uma pessoa


que usa sapatos com solas de
neoprene padrão ou de couro é
medida enquanto atravessa um
tapete.
• É registada uma tensão máxima
após os 30-60s. Quanto mais baixa
a voltagem, melhor são as
propriedades antiestáticas.
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3. ACABAMENTO ANTI-FELTRAGEM
Obje%vo: evitar a feltragem dos tecido de pelo.
Dois métodos u9lizados:
• i) Cloração das fibras – destruição parcial por
método oxida9vo das escamas.
• ii) Recobrimento das escamas da fibra de
pelo com resinas afectando o toque.
• iii) Combinação dos dois métodos
Cloro/Hercoseq – permi9ndo a e9queta de
SUPER-WASH – Lavável em máquina.

Desvantagens: Diminui a solidez à lavagem


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4. PRODUTOS DE HIDROFOBAÇÃO
(NÃO CONFUNDIR COM IMPERMEABILIZAÇÃO)
Obje%vo: evitam a penetração de água, contudo
mantendo as propriedades de penetração de ar
inerentes ao tecido. Geralmente à base de silicone, mas
podem ser ceras e parafinas.

AATCC 118 : Test Method for Oil Repellency


Há molhagem qunado TS>TL
TS tensão superficial da celulose 80-90
TLtensão superficial da água 74 mN/m

Desvantagens: Baixa permeabilidade ao vapor de agua


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4. PRODUTOS DE HIDROFOBAÇÃO
(NÃO CONFUNDIR COM IMPERMEABILIZAÇÃO)
• Os polisiloxanos formam um filme silicónico com os O2
ligados à fibra e os CH3 repelentes de água voltados
para o exterior.
• Os polímeros fluorocarbonados formam um filme onde
os fluorocarbono se colocam perpendicularmente à
fibra com uma tensão superficial muito baixa. São
capazes de repelir água e óleo.
• As dispersões parafínicas de sais de alumínio, o
alumínio trivalente interage com a carga negativa do
algodão e as parafinas colocam-se como pelos de
escova perpendicularmente à fibra, constituindo uma
barreira hidrofóbica.
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4. PRODUTOS DE HIDROFOBAÇÃO
(NÃO CONFUNDIR COM IMPERMEABILIZAÇÃO)
• Os acabamentos de repelência (propriedades
hidrofóbicas) podem ser conseguido a par9r de:

- Dispersão paraSnica de sais metálicos;


- Polisiloxanos;
- Polímeros fluorocarbonados.

• As moléculas destes produtos de acabamento devem


estar posicionadas paralelamente entre si e
perpendiculares ao material, com os componentes
hidrofóbicos voltados para fora.
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4. PRODUTOS DE HIDROFOBAÇÃO
(NÃO CONFUNDIR COM IMPERMEABILIZAÇÃO)
• Os acabamentos de repelência (propriedades
hidrofóbicas) podem ser conseguido a par9r de:

- Dispersão paraSnica de sais metálicos;


- Polisiloxanos;
- Polímeros fluorocarbonados.

• As moléculas destes produtos de acabamento devem


estar posicionadas paralelamente entre si e
perpendiculares ao material, com os componentes
hidrofóbicos voltados para fora.
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5. PRODUTOS OLEÓFOBOS
ObjeJvo: diminuição drás1ca de tensão superficial de forma que
a sujidade seja repelida. Compostos exlusivamente cons1tuídos
por fluorocarbonos.
Nenhum outro 1po de químicos tem esta propriedade, nem
mesmo quando a superIcie é altamente modificada para ter
várias camadas de rugosidade.
No entanto, ao misturar flúor com outras substâncias como
polímeros de silicone superIcie oleofobicas ainda podem ser
produzidos u1lizando assim menos flúor e, no caso dos têxteis, o
silicone confere uma sensação mais suave ao tecido.

Desvantagens: Fluorocarbonos são um perigoso para saúde e


para o ambiente.
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6. PRODUTOS DE CARGA
Obje%vo: aumentar o peso e o corpo do tecido a fim de o tornar mais rígido. Amido e
os seus derivados, assim como resinas termoplás9cas e termoenduríveis ou derivados
celulósicos. As resinas termoplás9cas (substancias que polimerizam sob ação do calor)
também reagem com a celulose, e incluem os efeitos an9-ruga, plissado permante e
an9-encolhimento.

Desvantagens: Elevada resistência a tração e abrasão, alteração na tonalidade da cor,


diminuição da solidez dos 9ntos e estampados
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7. ANTI-RUGA (EASY CARE)


Obje%vo: O uso de resinas de re9culação para
acabamento de fibras celulósicas permite melhorar a
recuperação da ruga a seco e molhado, a estabilidade
dimensional, a redução de borboto, etc.
Resinas de re9culação (sem formaldeído) capazes de
formar uma rede de ligações covalentes com a fibra de
algodão (grupos OH), conseguindo ligar-se também
entre si. Esta estrutura inibe a mobilidade das cadeias
da fibra, estabilizando-a.
Desvantagens: Significa9va perda de resistência.
Necessidade de adicionar amaciadores e outros
adi9vos, como resinas termoplás9cas.
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
Obje%vo: tornar os produtos têxteis com propriedades
ignífugas.

Para compreender melhor os mecanismos dos


retardadores de chama, deve ser antes clarificado o
mecanismo de combustão.

A combustão é um processo exotérmico que requer


três componentes, calor, oxigénio e um combuswvel
adequado.

Quando não for controlada, a combustão torna-se


auto-catalisante e con9nuará até que o oxigénio, o
fornecimento de combuswvel ou o calor em excesso se
esgotem.
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
O comportamento de combustão dos têxteis é Temperatura de auto-inflamação das fibras
determinado mais pela velocidade ou pela velocidade
de libertação de calor do que pela quan9dade deste Algodão 400ºC
calor.
Polipropileno 438ºC
Aspectos a ter em conta na combustão
Acetato 475ºC
• Ignição Triacetato 480ºC
• Propagação
• Gases tóxicos libertados Poliéster 509ºC
• Concentração dos gases e do ar (oxigénio) Poliamida 6 510ºC
• Temperatura
• Contextura (quanto mais “fechado” mais lenta a sua Acrílicas 515ºC
ignição/propagação)
• Acabamentos Lã 590ºC
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
1) Quando o calor é aplicado, a temperatura
da fibra aumenta até que a temperatura de
pirólise, TP, seja a9ngida. A esta temperatura,
a fibra sofre alterações químicas irreversíveis,
produzindo gases não inflamáveis (dióxido de
carbono, vapor de água e óxidos mais
elevados de azoto e enxofre), carvão
carbonáceo, alcatrão (condensados líquidos) e
gases inflamáveis (monóxido de carbono,
hidrogénio e muitas moléculas orgânicas de
oxidação).
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
2) À medida que a temperatura con9nua a subir, o
alcatrão também pirolisa, produzindo mais gases não
inflamáveis, carvão e gases inflamáveis. Eventualmente,
a temperatura de combustão, TC, é alcançada (processo
que é uma série de reações radicais livres da fase
gasosa).
Estas reações de combustão são altamente exotérmicas
e produzem grandes quan9dades de calor e luz que
fornece a energia adicional necessária para con9nuar a
pirólise da fibra, fornecendo assim mais gases
inflamáveis para combustão e perpetuando a reação.
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
Diferentes métodos para evitar a combustão dos têxteis:

1. Teoria do revestimento

2. Teoria da desidratação (fibras celulósicas)

3. Teoria do arrefecimento

4. Teoria dos gases (“asfixia”)


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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
1. Teoria do reves9mento

Uma película de materiais que se decompõem


termicamente através de reações fortemente
endotérmicas é formada na superScie das fibras
a fim de evitar a passagem do oxigénio (ex: sais
minerais). Se o calor puder ser absorvido por
estas reações, a temperatura da pirólise da fibra
não é a9ngida e não ocorre combustão.
Exemplos deste método são a u9lização de
hidróxido de alumínio ou tri-hidrato de alumínio
e carbonato de cálcio como enchimentos em
polímeros e reves9mentos.
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
2. Teoria da desidratação (fibras celulósicas)

Os acabamentos ignífugos podem criar uma película de carbono na superScie das fibras.
Durante a desidratação da celulose é criada uma camada de carbono via ciclização.
Impedindo deste modo a passagem de gases combuswveis, assim como protegendo o
polímero do calor gerado pela combustão. O carbono só se inflama a mais de 700ºC

Os produtos ignífugos catalisam a decomposição da celulose (C6H10O5)n à 6nC + 5n H2O


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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
3. Teoria do arrefecimento

Os acabamento (ignífugos) absorvem o calor de forma a


quebrar o ciclo de combustão por diminuição da
temperatura nas fibras (sais minerais com água de
cristalização) ou produzem voláteis menos inflamáveis e
mais carvão residual (fase condensada). O ácido bórico e
os seus sais hidratados quando aquecidos libertam vapor
de água e produzem uma superfície vidrada espumosa
sobre a fibra, isolando a fibra do calor e oxigénio aplicados.
Os retardadores contendo fósforo produzem ácido
fosfórico por decomposição térmica e reagem com os OH-
dos polímeros produzindo subprodutos menos inflamáveis.
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
3. Teoria do arrefecimento
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
4. Teoria dos gases (“asfixia”)

Os produtos à base de F, Cl, Br e I quando ardem


libertam gases do 9po Cl2 ou Br2 que fazem
diminuir o teor de O2 no meio circundante das
fibras.
Estudos sobre a inibição da chama
demonstraram que há um efetivo
decréscimo do seguinte modo:

HI > HBr > HCl > HF


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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
1. Sais minerais: Bórax, Fosfato de amónio, Cloreto ou brometo de amónio. Sem
afinidade para as fibras são eliminados na primeira lavagem
2. Óxidos de Sb e Ti:Trióxido de an9mônio
3. Compostos organohalogênicos: Resinas de PVC, PVD. Parafinas cloradas
4. Polímeros com N e P: reagentes iniciais de Ácido fosfórico + ureia e Ácido
fosfórico + cianoamida. Polímeros com P e halogéneo
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
1. Sais minerais

• Há muito que se sabe que os sais inorgânicos fornecem


retardação da chama para material celulósico que não
devem ser exposto à água, à chuva ou à transpiração.
• Ainda hoje misturas de ácido bórico e bórax são
u9lizadas para algodão em 10 % w/w.
• Os sais de amónio de ácidos fortes, especialmente o
ácido fosfórico (sinergismo P/N) são par9cularmente
úteis como retardadores de chama. Três produtos
comercialmente importantes são fosfato de diamónio,
sulfamate de amónio e brometo de amónio.
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
2. Óxidos de Sb e Ti

• O Trióxido de an%mônio é um importante


componente de adi9vos an%chama em
compostos halogenados.

• Muito embora só sejam eficientes sozinhos em


teores muito elevados (altos custos), a atuação
sinérgica com os compostos de bromo tem se
mostrado de grande eficácia.
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
3. Compostos organohalogênicos

• Esta classe inclui organoclorados como


derivados do ácido cloréndico e parafinas
cloradas ; organobromines tais como éter
decabromodifenílico (deca BDE), etano
decabromodifenílico (um subs9tuto para o deca
BDE), compostos bromados poliméricos, tais
como os polies9renos bromados, oligómeros de
carbonato bromados (OCSs), oligómeros de
epoxi bromada (BeOs), anyhydride
tetrabromo•ico, tetrabromobisfenol A (TBBPA) e
hexabromociclododecano (HBCD).
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4. Polímeros com N e P

• Ácido fosfórico + ureia

• Ácido fosfórico + cianoamida

• THPC cloreto de tetrahidroxime%lfosfónio


(Proban)

• APO - Óxido de triaziridinilfosfina


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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
4. Polímeros com N e P

• Pyrovatex

• BAP

• PHOSGARD
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8. PRODUTOS DE IGNIFUGAÇÃO
Desvantagens

• Grandes quan9dades (10-20%)

• O toque é fortemente afetado

• Quando aplicado com resinas está associado o inconveniente da libertação do


formaldeído

• A toxicidade varia de produto para produto

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