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2 - Objetivo :
3 - Conceitos :
4 – Abrangência
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MÓDULO 1 - SISTEMAS DE ISOLAMENTO DE TRANSFORMADORES
1 - Transformador
- Núcleo magnético
- Bobinados (enrolamentos)
- Sistema de Isolamento
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MÓDULO II – ISOLAMENTO SÓLIDO
O papel Kraft, que é um papel obtido a partir da madeira (coníferas) por processos
químicos é utilizado para isolamento dos condutores (bobinas, leads de bucha,
cabos do comutador, etc..).
1. Degradação do Papel
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preservação e manutenção adequadas possibilitam preservar o transformador
bem além da expectativa de vida útil, que na COPEL consideramos 30 anos.
Quando falamos em vida útil do transformador, estamos nos referindo a vida útil
do papel. Porém para analisarmos a degradação do papel é necessário
considerarmos todo sistema de isolamento, pois como veremos adiante, uma das
funções do isolamento líquido é proteger o papel, sendo assim as condições do
isolamento sólido dependem também das condições do isolamento líquido.
Portanto para descrever os fatores que influenciam na degradação do papel,
algumas vezes teremos que considerar o líquido isolante.
• Temperatura
• Oxigênio
• Umidade
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possui adsorção seletiva pronunciada para ácidos orgânicos voláteis formados
como produtos iniciais da decomposição do óleo.
Umidade : A celulose tem uma afinidade muito forte com a água e assim não
divide a umidade de maneira equitativa com o líquido isolante. A umidade se
divide entre o papel e o óleo em uma relação definida em um estado final de
equilíbrio no qual o conteúdo de umidade no papel é cerca de 600 a 800 vezes
maior que no óleo.
Na fabricação, os transformadores são secados a valores de umidade residual da
ordem de 0,3% a 0,5% com relação ao peso do papel seco. Para que essas
características sejam conservadas, é exigido que o óleo isolante para enchimento
do transformador seja secado a um nível de conteúdo de água da ordem de 10
ppm.
O que determina a necessidade de tratar a parte ativa de um transformador em
operação é a quantidade de água no papel. Existem vários ensaios que
determinam a quantidade de água no papel, mas todos implicam no desligamento
do transformador, quando não, na necessidade também de se retirar o óleo.
Portanto só realizamos ensaios para determinar a umidade do papel em ocasiões
especiais (transformadores que submetidos a manutenção permaneceram muito
tempo aberto, transformadores novos submetidos a manutenção ou que tenham
apresentado contaminação por vazamento, por exemplo no transporte).
O que utilizamos como parâmetro para efetuar a secagem da parte ativa é a
quantidade de umidade no óleo. De maneira geral podemos dizer que quando
tivermos água no óleo na ordem 30 ppm a uma temperatura de 60 oC , teremos
umidade residual no papel da ordem de ± 1,5% a 2,0%.
Exemplo:
Existem alguns fatores que alteram essa relação, como por exemplo peso do
papel seco, de forma que existe alteração nessa relação dependendo do
transformador. Para facilitar, na TRA, generalizamos essa relação de acordo com
a classe de tensão do transformador, qual seja:
Então quando tivermos água no óleo em teor superior ao indicado acima, será
necessário secagem da parte ativa.
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Vimos os três principais agentes de degradação do papel, analisando
separadamente os efeitos de cada um, porém é a ação conjunta desses agentes
que irá determinar o grau de degradação do papel.
O fato de podermos retirar a umidade da parte ativa, não significa que podemos
relaxar nas medidas preventivas, muito pelo contrário, tratando-se a água como o
pior inimigo do papel, os cuidados para evita-la tem início no projeto do
transformador, através de técnicas de selagem, tais como, bolsa de borracha,
diafragma de borracha, dimensionamento do recipiente de silica-gel, etc....,
Os cuidados continuam durante a fabricação, que normalmente é efetuada em
área climatizada, no processo de secagem das bobinas e posteriormente da parte
ativa, nas técnicas para impregnação, enchimento e preparação para o transporte.
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Os acessórios dos transformadores que tem a finalidade de evitar a contaminação
por umidade do óleo e consequentemente da parte ativa, tais como bolsa,
diafragma, sistema de pressorização, silica-gel, etc... Devem ser objeto de
acompanhamento pelas equipes de manutenção.
As equipes de manutenção também devem atentar para os procedimentos para
completar o nível de óleo de transformadores.
2.2 - Vácuo
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A maioria dos processos que operam sob vácuo, estão situados na faixa de 0,1
a 760 torr.
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Abaixo apresentamos tabela com a relação entre as principais unidades de
pressão:
Outras unidades è 1 bar = 103 mbar = 1 dyn cm2 = 29,53 in Hg = 14,5 lbf / pol2
Pa = N/m2
Por exemplo :
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Outra condição básica é que para aplicarmos vácuo no interior de um
recipiente é necessário que esse recipiente seja estanque. Se houver pontos
de “vazamento” nesse recipiente, a medida que formos “esvaziando” o
recipiente, tenderá a haver um equilíbrio da pressão pela admissão de ar por
esse pontos de “vazamento”.
Essa situação é inadmissível quando se aplica vácuo em transformadores,
visto que a admissão de ar, sem termos controle da sua umidade, poderá
contaminar a parte ativa com umidade.
Portanto antes de iniciarmos a aplicação de vácuo em transformadores
deveremos ter certeza da Estanqueidade de todo o sistema. Essa condição
poderá ser verificada com o ensaio de Estanqueidade, que consiste na
aplicação de pressão positiva com consequente verificação de possíveis
vazamentos.
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2.2.2 - Propriedades do vácuo :
A solubilidade da água no óleo varia com a temperatura (ver tabela 1). Por
exemplo a 20 oC o óleo pode conter até 40 ppm de água em solução (isso
para a pressão de 1 atm = 760 torr). Quantidades maiores do que 40 ppm
existirão como água livre.
Se secarmos o óleo nesta mesma temperatura, mais com uma pressão de 1
torr, o teor de umidade de equilíbrio será menor do que 10 ppm. Esta é a razão
pela qual é usado o vácuo no tratamento do óleo, por causa do seu efeito no
equilíbrio no teor de umidade. Há outro benefício na secagem do óleo a vácuo
– ele será desgaseificado ao ponto do teor de ar residual chegar a menos de
0,25 % em volume a 1 torr e 20 oC.
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Teor de Água Saturada do Óleo do Transformador
X Temperatura
450
400
Teor de Água (ppm)
350
300
250
200
150
100
50
0
0 20 40 60 80 100
Temperatura oC
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Teor de Umidade em Equilíbrio para Papel
Wood & Kraft
100
10
0,1
0,01
0,001
100 80 60 40 20 0
Temperatura o C
A contaminação será tanto maior quanto maior for a umidade relativa do ar.
Portanto esse valor é limitado em no máximo 70%.
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É fácil verificar que devemos limitar o tempo de exposição ao mínimo possível,
porém sabemos que esse tempo depende dos serviços a serem realizados e que
variam dependendo do transformador.
B C
A
Tempo
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Como pode se observar, a razão muda constantemente devido a dificuldade que
aumenta em transportar a umidade para a superfície. O período C-D pode ser
muito demorado e depende primordialmente da massa da isolação que esta sendo
secada, da temperatura do isolante, dos níveis de vácuo alcançados, do teor de
umidade final desejado e, da espessura do material isolante.
Observações :
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2 – Transformadores novos com problemas de estanquiedade durante o
transporte ou transportado sem óleo ou gás.
3 – Executar um ciclo de vácuo de 60 horas, quebrar o vácuo com óleo isoalnte
aquecido, aquecer a parte ativa com circulação de óleo, retirar o óleo e efetuar
novo ciclo de vácuo por 60 horas.
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Como iremos utilizar vácuo, não será necessário atingirmos temperaturas
elevadas para secar o papel, então a temperatura será limitada pelos valores
máximos que poderemos submeter o óleo sem degrada-lo.
Em situações mais críticas poderemos aquecer o óleo até 80 oC, podendo usar
óleo degradado previamente filtrado (livre de partículas) ou óleo em boas
condições. Em ambos os casos o óleo deverá ser regenerado para
reutilização.
Será necessário esgotar todo óleo do transformador, mas devemos considerar que
a circulação com óleo quente ficará restrita ao tanque, devendo os radiadores e o
tanque de expansão serem isolados, fechando-se as respectivas válvulas.
O óleo deverá ser retirado com termo-vácuo e armazenado em tanque com
divisão ou dois tanques, de forma que possamos aquecer somente o óleo que
necessitaremos para a circulação.
A admissão de ar no transformador poderá ser feita pelo respiradouro, utilizando
silica-gel nova ou por injeção de ar seco.
A quantidade de óleo a ser utilizada para circulação deverá estar entre 30% a 50%
do volume total de óleo do transformador. Essa quantidade deve ser armazenada
separadamente.
Durante a primeiro ciclo de vácuo o óleo para a circulação deverá ser tratado e
aquecido com a termo-vácuo. É imprescindível que para iniciar a colocação do
óleo no transformador o mesmo esteja seco (< 10 ppm) e aquecido (± 60°C).
A vazão das bombas de circulação deve ser de no mínimo 60% da vazão nominal.
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5o passo – 2o ciclo de vácuo (final).
Durante segundo ciclo de vácuo todo o óleo deverá ser tratado com a termo-
vácuo. É imprescindível que para iniciar a colocação do óleo no transformador o
mesmo esteja seco (< 10 ppm).
O enchimento será feito com o transformador sob vácuo. Colocar óleo até atingir o
nível (verificar a temperatura do óleo e as indicações de temperatura no indicador
de nível de óleo).
Após completado o nível proceder sangria das buchas, relé buchholz e tanque de
expansão (bolsa ou diafragma). Após 24 horas repetir a sangria.
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