Você está na página 1de 8

Sistemas de Informações Gerenciais

O 4o paradigma é concebido como um novo método de avançar as fronteiras do conhecimento,


através de novas tecnologias para coletar, manipular, analisar e exibir dados.

CIENCIA EMPÍRICA > Milhares de anos atrás: a pesquisa científica era puramente empírica,
baseada em observar e descrever os fenômenos naturais

CIENCIA TEÓRICA > Últimas centenas de anos: Ciência torna-se teórica, com Leis de Kepler, Leis
de Movimento de Newton, Equações de Maxwell… Usam-se modelos e generalizações.

CIENCIA COMPUTACIONAL > Últimas décadas: modelos teóricos se tornam muito complicados
para serem resolvidos analiticamente, e os cientistas começaram a simular. Torna-se possível a
simulação de fenômenos cada vez mais complexos. Os resultados das simulações tornaram-se
dados sintéticos, mal distinguíveis do que chamamos de "dados observacionais”.

E-SCIENCE > Hoje: Ciência é centrada nos dados, sejam observados ou simulados, unificando
teoria, experimentos e simulações = eScience. Exploração de dados, dados são capturados por
instrumentos ou gerados por um simulador, processado por software, informação é armazenada
em computadores, cientistas analisam bancos de dados usando gerenciamento de dados e
estatística.

BIG DATA > Conjuntos de dados que são tão grandes ou complexos que os softwares de
aplicativos de processamento de dados tradicionais são inadequados para lidar com eles. Os
desafios incluem captura, armazenamento, análise, coleta de dados, pesquisa,
compartilhamento, transferência, visualização, consulta, atualização e privacidade de
informações.

• Volume dos dados gerados e disponíveis;

• Velocidade que devem ser tratados e apresentados;

• Variedade de fontes onde eles se encontram.

Revolução no modo como as análises de dados estão ocorrendo, tanto no âmbito


organizacional, quanto no acadêmico.

“[...] uma nova fonte de valor econômico e informação”

Mayer-Schönberger e Cukier (2013)

Síntese de tecnologia da informação e pesquisa científica. Cientistas da computação e


estatísticos passam a ser indispensáveis para que se obtenha conhecimento dos dados que as
diversas disciplinas tem acesso hoje em dia.

Nesse paradigma emergente, desenvolvem-se caminhos em que computadores, bancos de


dados e redes não são vistos e utilizados apenas como ferramentas, mas se tornam uma parte
fundamental do processo de descoberta de conhecimento, tornam-se fundamentais para a
nossa interpretação dos dados. Assim, este novo paradigma também avança métodos e
algoritmos para analisar os dados armazenados nessas bases de dados de grande escala (ou
entre várias bases de dados em paralelo), e nesse processo, também é necessário estabelecer
protocolos de comunicação padronizados entre todas essas fontes de dados.

BANCO DE DADOS E GERENCIAMENTO DO CICLO DE VIDA DOS DADOS > Desde a criação e
armazenamento inicial até o momento em que é arquivado para a posteridade ou tornasse
obsoleto e é excluído. O objetivo é garantir que os dados sejam recuperados de forma confiável
para fins de pesquisa futura ou reutilização.

DESAFIOS PARA OS PROFISSIONAIS DA INFORMAÇÃO GERENCIAL

• Rosenfeld (2002) pontua que, no mundo dos negócios, empresários constatam que os
problemas de negócios são na verdade problemas de informação; portanto, os
profissionais da informação podem colaborar na resolução desses problemas.

• “Nos dias atuais, o contorno da economia é definido pela quantidade de informação


possuída, veiculada e disseminada, podemos identificar a informação como matéria-
prima do mundo contemporâneo, juntamente com as tecnologias disponíveis.” Santos
(2000, p. 103)

Tecnologia da informação (TI) é o conjunto de atividades e soluções suportadas por recursos


computacionais e de comunicação, que tem o objetivo de obter, armazenar, acessar e
gerenciar, dados e informações.

A TI está é formada pelos seguintes componentes:

• Hardwares;

• Software;

• Telecomunicações;

• Gestão de dados e informações.

DADO X INFORMAÇÃO X CONHECIMENTO


PLANEJAR / AVALIAR / IMPLEMENTAR

1 – Diagnóstico

O primeiro passo é realizar um mapeamento da cultura, da estrutura organizacional e dos


processos operacionais e suas peculiaridades.

Esta etapa possibilitará configurar o Banco de Dados de acordo com o funcionamento da


empresa e auxiliará na criação de um prazo de implantação.

Além disso, com o levantamento detalhado dos processos e necessidades operacionais, será
possível verificar a necessidade de implementar customizações e sugerir melhorias.

2 – Planejamento

Segundo Chiavenato (2004), o planejamento determina antecipadamente as atividades que


devem ser desempenhadas, além de quais objetivos serão alcançados, visando dar condições
para que a empresa se organize a partir de determinadas análises a respeito da realidade
atual e futura que se pretende alcançar.

1. Escolha do software;
2. Avaliação das necessidades de customização e escolha de alternativas que atendam
este requisito;
3. Alinhamento de expectativas sobre a implantação com a equipe;
4. Definição de prioridades;
5. Criação de um cronograma;
6. Designação de tarefas.

3 – Implementação do projeto

Executar o detalhamento das atividades do projeto, indicando uma espécie de subdivisão dos
trabalhos executados. O Projeto irá garantir que seja possível controlar o tempo e custo de
cada atividade do projeto.
4 – Treinamento e capacitação

O treinamento e capacitação dos usuários é um fator determinante na implantação de


sistemas para garantir que todas as funcionalidades do Banco de Dados sejam bem
aproveitadas.

5 – Monitoramento

O monitoramento do uso da ferramenta evita que processos importantes sejam deixados de


lado. Este acompanhamento deve ser feito periodicamente caso algum processo fique em
desacordo.

TECNOLOGIAS, SISTEMAS DE INFORMAÇÕES E CONTABILIDADE

A evolução da TI encurtou as percepções de tempo e distância e, em relação ao contador


passou a requer:

• Adaptação às mudanças da legislação do mercado.

• Fornecimento de informações com mais agilidade.

• Abandono de tarefas tradicionais.

• Dedicação à contabilidade voltada para a gestão da informação, na perspectiva do


planejamento estratégico.

A nova visão da função da contabilidade aumentou a importância dos profissionais da área deu
novo significado aos negócios, que passaram a utilizar sistemas automatizados, como por
exemplo:

• Sistemas de Gestão Integrada (ERP);

• Sistemas para gerenciamento de banco de dados;


• Sistemas e-business;

• Sistemas que integram os processos de um escritório contábil (folha de pagamento,


controle de estoque etc.)

• A alteração que a TI promoveu na forma de se fazer contabilidade também reduziu


substancialmente a quantidade de documentos em papel. Isso ocorreu, em boa parte,
porque os órgãos públicos passaram a exigir que as empresas forneçam informações
em meio digital.

• O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) é o maior exemplo dessa nova forma
que os órgãos públicos têm utilizado para solicitar informações.

• A alteração que a TI promoveu na forma de se fazer contabilidade também reduziu


substancialmente a quantidade de documentos em papel. Isso ocorreu, em boa parte,
porque os órgãos públicos passaram a exigir que as empresas forneçam informações
em meio digital.

• O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) é o maior exemplo dessa nova forma
que os órgãos públicos têm utilizado para solicitar informações.

A alteração que a TI promoveu na forma de se fazer contabilidade também reduziu


substancialmente a quantidade de documentos em papel. Isso ocorreu, em boa parte, porque
os órgãos públicos passaram a exigir que as empresas forneçam informações em meio digital.

O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) é o maior exemplo dessa nova forma que os
órgãos públicos têm utilizado para solicitar informações.

A TI vem revolucionando a rotina da área contábil há décadas, proporcionando melhorias nos


serviços e no atendimento aos clientes, sendo que a principal e maior destas transformações foi
a criação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que obriga os contadores se
capacitarem na obtenção de conhecimentos sobre o assunto, pois os que não se adaptarem a
era digital serão engolidos pelos demais.

O Sped consiste em um sistema que modernizou a sistemática de cumprimento das obrigações


acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos
fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos
eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital.

O Sped tem, entre outros, os seguintes objetivos:

• Promover a integração dos fiscos (padronização);

• Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes (transmissão


única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores);

• Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários (cruzamento de dados e e-


auditoria).

A Secretaria da Receita Federal aponta diversas vantagens decorrentes da utilização do Sped:

• Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em


papel;
• Eliminação do papel;

• Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;

• Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades


federadas;

• Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;

• Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do


contribuinte;

• Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração


tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação);

• Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações


entre as administrações tributárias;

• Rapidez no acesso às informações;

• Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos
arquivos;

• Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um


leiaute padrão;

• Redução de custos administrativos;

• Melhoria da qualidade da informação;

• Possibilidade de cruzamento entre dados contábeis e fiscais;

• Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e


concomitantes;

• Redução do "Custo Brasil";

• Aperfeiçoamento do combate à sonegação;

• Preservação do meio ambiente (redução do uso de papel).

Sistemas de Informações e a Contabilidade Pública

No Brasil, a Contabilidade Pública utiliza o SIAFI, que é um sistema informatizado,


gerenciado pela STN, que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o
território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos
da Administração Pública federal, das autarquias, fundações, empresas públicas federais e
sociedades de economia mista.

O SIAFI foi concebido pela STN e desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de
Dados - Serpro, e é um dos principais sistemas estruturadores do governo federal. Segundo
o Serpro, o SIAFI registra cerca de 28 milhões de documentos por exercício e tem
aproximadamente 55 mil usuários ativos.

A implantação do SIAFI trouxe as seguintes melhorias:


• Contabilidade: rapidez, qualidade e precisão na informação;

• Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do


Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal na
Conta Única no Banco Central;

• Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada dentro do prazo e com


transparência, completamente integrada a execução patrimonial e financeira;

• Visão clara de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento: mais de
4.000 gestores;

• Desconto na fonte de impostos: no momento do pagamento, já é recolhido o imposto


devido;

• Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público;

• Transparência: detalhamento total do emprego dos gastos públicos disponível em


relatórios publicados no site.

• Fim da multiplicidade de contas bancárias.

Sistemas de Informações e Governança

Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são


dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios,
conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes
interessadas.

A Governança Corporativa se escora em mecanismos que procuram garantir que o


comportamento dos gestores esteja sempre convergente com o interesse dos acionistas,
observados os princípios éticos e de direito, sob a tutela do conselho de administração, do
conselho fiscal e da auditoria independente.

São dois os principais modelos de sistemas de governança:

• Outsider System;

• Insider System.

No Brasil os modelos de Governança Corporativa se aproximam mais do Insider System,


devido a forte presença reguladora do Estado, a concentração da propriedade, ao
expressivo mercado de dívida e a elevada presença de empresas familiares.

Outsider System Insider System


Acionistas pulverizados e tipicamente fora Grandes acionistas no comando das
do comando diário das operações da operações (ou pessoa da sua indicação)
companhia;
Propriedade mais concentrada;
Propriedade dispersa nas grandes
Papel importante do mercado de dívida e
empresas;
títulos no crescimento e financiamento das
empresas;
Papel importante do mercado de ações no Frequente controle familiar nas grandes
crescimento e financiamento das companhias e presença do Estado como
empresas; acionista relevante;

Ativismo e grande porte dos investidores Presença de grandes conglomerados,


institucionais; muitas vezes altamente diversificados;

Mercado com possibilidade real de Baixo ativismo e menor porte dos


aquisições hostis do controle; investidores institucionais;

Reconhecimento mais explícito de outros


Foco na maximização do retorno para os stakeholders não-financeiros.
acionistas (orientado para o acionista).

Você também pode gostar