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As Organizações e a Tecnologia da Informação

Para compreender o que é a Governança de TI e qual as suas finalidades, vamosentender


inicialmente o conceito de Governança Corporativa, que por certa obrigatoriedade todas as
grandes empresas se utilizam deste formato atualmente.
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC): Governança
Corporativa é o sistema pelo qual sociedades e empresas são geridas, administradas e
monitoradas, no que tange às relações profissionais entre acionistas, conselho administrativo,
diretoria, conselho fiscal e auditorias independentes, visando aumentar o valor da sociedade,
facilitar o acesso ao capital e garantir a longevidade da empresa.
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em
recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor
econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para
a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum.
Para chegarmos claramente ao nosso objetivo que trata a Governança de TI, será
necessário entendermos alguns princípios básicos da Organização e Administração.
Fundamentação de conceitos referentes ao funcionamento de uma organização:
objetivos, estruturas, processos, eficiência, eficácia, efetividade

Organização
Conjunto social de pessoas e recursos para atingir determinados objetivos. Simples

assim, mas por trás dessa simplicidade existem muitos controles, objetivos, estruturas,
processos, eficiência, eficácia, efetividade para que possamos alcançar tais objetivos.

Administração

A palavra administração tem origem do latim, ad (junto de) e ministratio (prestação de


serviço), significa prestar algum tipo de serviço ou trabalhos voltados para essa área
especificamente, trazendo para uma empresa ou organização três importantes ações que são
qualificadas em: eficiência, eficácia e efetividade, denominados os 3Es.
Es

Administração – Eficiência

Entende-se como eficiência os meios: Os métodos, procedimentos, regras e


regulamentos sobre como as coisas devem ser conduzidas na organização, com o objetivo de
organizar e adequar os recursos utilizados. Essa será sempre a primeira organização que
precisamos utilizar na administração de uma forma geral, que nos ajudará a executar os
critérios das operações definidas.

Administração – Eficácia

A eficácia devemos entender como objetivo e os resultados a serem alcançados na


organização, através de um planejamento antecipado, analisado e organizado.

Administração – Efetividade

A efetividade por final é os resultados finais de tudo que foi planejado em outro
momento, e neste momento devemos nos perguntar se: Atingimos as nossas metas definidas
anteriormente? O que planejamos aconteceu da forma que queríamos? Quais foram os
aprendizados positivos e negativos nesta execução?

Administração e suas subdivisões


Ainda dentro da administração vamos ver:

Objetivos

São basicamente os resultados quantitativos e qualitativos que a organização precisa


alcançar dentro de um prazo definido.

Resultados Quantitativos

Entende-se de forma quantitativa, os resultados com base na medida quantidade de


resultados previstos e realizados, seus problemas e suas dimensões, por exemplo: a quantidade
frequência de vendas de um produto, uma divulgação de marca, comportamentos de mercado
etc.

Resultados Qualitativos

Um pouco mais difícil de captar e pode ser definido com dentro dos seus projetos,
entendendo o comportamento de uma classe de usuários, etc., por exemplo, qual o
comportamento de determinada classe sob a ótica de uma nova aplicação, APPs etc.

Estruturas
Trata da forma que a organização está dimensionada e dividida para cumprir seus
objetivos, no que refere a recursos humanos, tecnológicos etc.

Processos

Quando olhamos para os processos, nos deparamos com quatro fases de um projeto
planejamento, organização, direção e controle, pois os processos sãoatividades definidas para
serem executadas como um projeto, por exemplo, por isso é impossível realizar qualquer
processo ou projeto sem essas fases serem comtempladas na sua totalidade.

A evolução das funções de TI ou TIC nos negócios

Definições

TI - Tecnologia da informação é a área da computação que é destinada para a geração,


produção, transmissão e armazenamento de dados e informações para atender as
necessidades informatizadas dos departamentos e usuários de uma organização.
Como a tecnologia da informação pode ser usada em vários segmentos do mercado
corporativo e organizacional, sua definição pode ter uma grande abrangência nesta área e está
segmentada nas suas áreas de aplicação.
Podemos afirmar que a TI é usada para fazer o tratamento da informação, auxiliando o
usuário final a alcançar seus objetivos informatizados, como por exemplo uma simples consulta
de seu saldo bancário. Desta forma, as TIs ou TICs têm seu crescimento rápido, marcado pelo
desenvolvimento das inovações tecnológicas, que surgem cada vez mais em quantidade e mais
rápidas, sob o olhar atento dos fornecedores de Softwares e Hardwares e um mercado tão
exigente.
A tendência é que a tecnologia da informação seja cada vez mais importante na nossa
sociedade e em nossas vidas, onde a informatização de tudo que fazemos ou precisamos estar
à disposição em nosso cotidiano.
A Tecnologia da Informação será sempre dividida de acordo com os seguintes
componentes:
• Hardware e seus componentes;
• Software, tipos e suas aplicações;
• Peopleware;
• Sistemas de telecomunicações;
• Administração de Dados e Informações.

Peopleware – Definição

Peopleware são o que consideramos como os atores da área de Tecnologia da


Informação, como podemos observar nos exemplos abaixo:
• Usuários de departamentos ou chamados de usuários finais;
• Digitadores de dados;
• Operadores de computador ou Help Desks;
• Programadores nas diversas linguagens de programação;
• Analista de sistemas;
• Programadores-Analistas de sistemas;
• Analistas-Programador de linguagens de programação;
• Tester ou analistas de testes;
• Webdesigners ou WebDevelopers.

Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na atualidade é considerada a área que


utiliza os meios tecnológicos disponíveis para facilitar a comunicação entre as pessoas e
equipamentos, deixando para trás as tecnologias antigas como telefone por exemplo. Podemos
considerar essas novas tendências tecnológicas como VPN, Voip etc.
Além de beneficiar o cotidiano de uma organização, as TICs servem para agilizare tornar
eficientes os seus processos de comunicação, tornando a organização muito mais competitiva
e eficiente para as operações transacionais e de apoio a decisão.
A tecnologia da informação e comunicação juntas também pode revolucionar processos
de negócios e pesquisas científicas, no sentido de trazer novos parceiros e negócios.

A evolução das funções de TI ou TIC nos negócios – Cronologia dessa evolução

Pensando que no início da era tecnológica havia dúvidas e descréditos sobre o uso da
tecnologia da informação, devemos, então, entender melhor a evolução das funções das TICs,
demonstrando algumas datas relevantes e sua influência nos dias atuais.
A evolução da TI pode ser dividida em quatro fases:

Fase 1 - Processamento de dados iniciada em meados de 1960.


Fase 2 - Sistemas de informação têm a seu fortalecimento em meados de 1970.
Fase 3 – Nesta época a inovação e vantagem competitiva se destacam nomercado e nas
organizações, onde isso ocorre aproximadamente em 1980.
Fase 4 – O simples processamento das informações dá lugar a uma forma mais
abrangente com as integrações de sistemas, recursos e negócios, onde tem um início na década
de 1990, com a expansão dos microcomputadores, das redes e da Internet.

Fase 1 - Processamento de dados iniciada em meados de 1960

Em meados de 1960 os computadores passam a ter uma maior importância nas


operações transacionais das grandes e médias empresas, mas devido seu alto custo, ainda eram
consideradas muito dispendiosa e com poucas aplicações e além disso eram chamados de
“Sistemas Proprietários”, onde a comunicação entre eles era muito difícil devido a sua
incompatibilidade.
Os avanços da Tecnologia da Informação, foram acontecendo quando o
aperfeiçoamento dos Hardwares, redução de custos tanto de equipamentos quanto de
softwares, melhorias significativas na velocidade dos processadores, aumento na capacidade
de armazenamento de informações e memória e principalmente na evolução e
aperfeiçoamento dos aplicativos de softwares.
Já na década de 70, as linhas telefônicas que eram apenas para transmissão de voz,
passaram a permitir primitivamente o acesso a terminais remotos de computadores e as
telecomunicações se tornam um recurso importante e como essa ação acontecia dentro na sala
de processamento de dados ou centro de processamento de dados denominado até então
como CPD, estes eram os responsáveis exclusivos pelo tratamento dos dados. Nesta época, o
processamento e acesso das informações eram totalmente dependentes destes centros e a
Internet estava neste momento gatinhando para o que conhecemos nos dias atuais.

Fase 2 - Sistemas de informações têm a sua origem fortalecida em meados de 1970


Já em meados de 1970 a evolução continua das transformações tecnológicas,
começaram a abrir novas opções para a transformação de dados em informações e os sistemas
de informação e equipamentos no geral começam a se adequar anecessidade do negócio de
cada empresa.
O antigo terminal de processamento se transforma em um recurso muito mais flexível,
permitindo os usuários processar diversas tarefas simultaneamente com uma maior eficiência
e agilidade. Nesta época, surgem também os “pacotes de software” ea integração entre os
fabricantes de computadores, iniciando a derrubada dos chamados sistemas proprietários e
podemos entender melhor essa afirmaçãoverificando o que diz Kenn (1996): a maior evolução
técnica dessa época foi a passagem do processamento de transações para o gerenciamento de
banco de dados. Surge então os sistemas gerenciadores de banco de dados (SGBDs), que
organizam as informações de uma maneira eficaz.

Fase 3 – Nesta época a inovação e vantagem competitiva se destacam no mercado e


nas organizações, onde isso ocorre aproximadamente em 1980
Durante o ano de 1980 em diante, temos o início de mudanças tecnológicas muito mais
significativas melhorando as operações dos departamentos de uma empresa, utilizando-se dos
novos microcomputadores, o início das redes de computadores e Internet e nesta época
aproximadamente, surge o termo da área de “Tecnologia da Informação”. Os SGBDs, ou
gerenciadores de banco de dados, se tornaram totalmente acessíveis nos novos equipamentos,
trazendo uma maior independência das operações dos usuários e assim devemos entender que
nessa época foi uma grande revolução na área computacional.
Surgem neste tempo, além dos aplicativos transacionais, aplicações para gestão e apoio
a decisão para atender as necessidades dos altos executivos, gerentes, supervisores e também
para certa independência e apoio aos usuários, os centros de apoio, chamados de Help Desk,
onde os usuários tinham a quem consultar esclarecer dúvidas e problemas técnicos. Mesmo
com todos os avanços desta época, como as redes locais, a maioria dos computadores ainda
eram incompatíveis entre si, dificultando assim a integração dos sistemas e uma maior
flexibilidade.

Fase 4 – O simples processamento das informações dá lugar a uma formamais


abrangente com as integrações de sistemas, recursos e negócios, onde tem um início na
década de 1990, com a expansão dos micros computadores, redes e a Internet
Na década de 1990, sistemas abertos, integração e modelos se tornam itens essenciais
nos departamentos de sistemas acabando com a incompatibilidade. A integração tecnológica
flexibilizou e facilitou a troca e o acesso às informações otimizando o funcionamento da
empresa. Surge, por exemplo, o sistema EDI (electronic data interchange ou troca eletrônica de
dados).
De modo súbito, a mudança se acelerou em quase todas as áreas do negócio e da
tecnologia. A transformação e utilização das ferramentas da TI se tornam globais e as distinções
entre computador e comunicação desaparecem mudando radicalmente o mundo dos negócios.
O computador se torna elemento de TI indispensável em uma organização (REISSWITZ, 2008).
A TI é reconhecida como fator crítico de capacitação, principalmente através das
telecomunicações, que permite eliminar barreiras impostas por local e tempo às atividades de
coordenação, serviço e colaboração (KENN, 1996, p. XLIX).

Os sistemas de informação nos dias atuais

Tratando da evolução dos Sistemas de Informação (SI) para os dias atuais, devemos
entender que está atendendo todas as áreas e segmentos de uma organização empresarial seja
ela geradora de produtos ou serviços, processando todas as operações e transações cotidianas
que chamamos de sistemas transacionais.
Além dos processos transacionais os sistemas gerenciais contemplam o processamento
de agrupamento de dados das operações e transações operacionais, transformando-as em
informações de análise e tomada de decisões, de uma forma macro com a possibilidade de
acessar os dados em sua menor informação.
Nos dias atuais, nos vemos dependentes desta evolução, onde tudo e todos estão
interligados em uma grande rede de informações que nos chega a cada dia mais rápido e nos
obriga a estarmos sempre antenados a novos conceitos e métodos.
Não devemos entender isso como algo negativo, mas sim como uma evolução de nosso
conhecimento como ser humano, portanto, vamos nos adaptar e buscar esse tão precioso
conhecimento, que estará sempre facilitando as nossas vidas, tirando as atividades braçais e
deixando o nosso tempo mais produtivo para a busca de novosconhecimentos.

Definição de Governança

Governança vem do termo de governo ou governar, onde de certa forma é a maneira


pela qual o poder é exercido e isso inclui as organizações públicas e privadas. Durante muito
tempo essa palavra era destinada para as instituições públicas e governos propriamente ditos,
mas, segundo Castro (2014), em meados da década de 90 nos Estados Unidos, alguns
investidores e acionistas, necessitavam “de utilizar novas regras que os assegurassem contra
os abusos das diretorias executivas das empresas, da inoperância dos conselhos de
administração e, principalmente, das omissões das auditorias externas”.
Castro (2014) explica que essa motivação se deve a desconfianças sobre alguns
resultados, pois em 2001 o mundo todo tem acesso a informações que expõem dados contábeis
manipulados para favorecer alguns grupos empresariais dos Estados Unidos. Dá-se “uma crise
de confiança, em níveis inéditos desde a quebra da bolsa norte-americana em 1929, através da
constatação de práticas de manipulação de informações em várias outras instituições, não
somente norte-americanas, mas em todos os mercados mundiais”.
Ainda de acordo com Castro (2014), “Nesse momento, percebeu-se uma relação de
dependência e conivência entre grandes prestadoras de serviços da área de Auditoria,
principalmente Fiscal e Contábil, e os atos [fora da ética] praticados pelas diretorias executivas
das empresas por elas auditadas”. Isso também aconteceu no Brasil e foi chamado de
“Pedaladas Fiscais”.
Castro (2014) continua dizendo que após diversas reflexões sobre essa situação, a GC
ou Governança Corporativa surge nessa época como um movimento para proteger os acionistas
contra a manipulação de resultados nas organizações.

A origem desse movimento

Coincide com a necessidade de profissionalização da gestão dos negócios, decorrente


dos processos de dispersão do capital e de separação entre propriedade e gestão, ou seja,
quando os proprietários de uma empresa passaram a delegar poderes a um administrador que,
em nome da companhia, tomava decisões as quais, por vezes, contrárias ao bom senso e
interesses dos próprios proprietários e demais stakeholders (CASTRO, 2014).

Stakeholders

Stakeholder é a figura que patrocina ou autoriza as ações dentro de uma organização


empresarial. Desta forma, podemos afirmar que um stakeholder pode ser afetar ou ser afetado
positivamente ou negativamente, sempre com efeito em suas políticas e formas de atuação
(STAKEHOLDER, 2017).
Alguns exemplos de stakeholder de uma empresa podem ser os seus funcionários,
gestores, gerentes, proprietários, fornecedores, concorrentes, ONGs, clientes, o Estado,
credores, sindicatos e diversas outras pessoas ou empresas que estejam relacionadas com uma
determinada ação ou projeto (STAKEHOLDER, 2017).

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